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MORTE E LUTO: VIVÊNCIAS DE UMA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DE UBERLÂNDIA - MG

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MORTE E LUTO: VIVÊNCIAS DE UMA EQUIPE

MULTIDISCIPLINAR DE UBERLÂNDIA - MG

Autores: VIEIRA, Amanda Martins, amandavi@outlook.com [1]; ROCHA, Camila de Souza, camila.s.r@hotmail.com [1]; SARAIVA, Danielle Figueira, dani.saraivaf@gmail.com [1]; SILVA, Kaeli Estevam da, kaeliestevamds@gmail.com [1]; SOUZA, Ketulem Mendes de, ketmendes@hotmail.com [1]; COTTA, Mariah Dias de Carvalho, mariahcotta@hotmail.com [1]; SANTOS, Ygor Ferreira, ygorferreira247@gmail.com [1]; RAMOS, Maria Tereza de Oliveira, mterezaoramos@gmail.com [2]; MAGALHÃES, Saulo, saulomagalhaes@yahoo.com.br [3];

RESUMO

Essa pesquisa transversal, de base empírica, aplicada em campo, descritiva e quali-quantitativa objetivou verificar o significado da morte dos pacientes para os componentes de uma equipe multidisciplinar de Uberlândia, Minas Gerais. Utilizou-se de um questionário sociodemográfico seguido de uma entrevista estruturada a respeito da temática para investigar o perfil sociofamiliar, acadêmico e profissional de trinta profissionais integrantes de uma equipe multidisciplinar da área da saúde, composta por psicólogos, médicos, assistentes sociais, enfermeiros e técnicos em enfermagem que atuam em hospitais e clínicas, com idades entre 24 a 65 anos. Os resultados indicaram que não existem diferenças entre as profissões e os entrevistados que afirmaram que já foram afetados pela morte de um paciente ou que já passaram por um quadro de pânico. Compreende-se, pois, que a morte de um paciente influencia com mais intensidade no início da vida profissional, vivenciando sentimentos como tristeza e impotência. Porém, foi observado que quanto maior a prática profissional menor a interferência da perda de um paciente no dia a dia da equipe multidisciplinar. Constatou - se que os cursos para a formação de profissionais da área da saúde, oferecem uma formação técnica e voltada para a perspectiva biológica, sendo assim, impede que o profissional desenvolva habilidades para o enfrentamento da morte, tendo em vista o cuidado de si e do outro.

Palavras chave: Morte; Luto; Equipe multidisciplinar; Profissionais da área da saúde.

[1] Graduandos em Psicologia pelo Centro Universitário do Triângulo – UNITRI

[2] Mestre em Educação e ex docente do curso de Psicologia do Centro Universitário do Triângulo- UNITRI

[3] Doutor em Psicologia Social e docente do curso de Psicologia do Centro Universitário do Triângulo – UNITRI

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1. INTRODUÇÃO

A morte é um fenômeno recorrente, porém ainda difícil de ser discutido, principalmente entre os profissionais da saúde, cuja formação é regida pela premissa de combatê-la e evitá-la. Diante disso, quando esses profissionais perdem um paciente, não é incomum que experimentem sentimentos de fracasso e impotência e, dependendo da relação e experiência pessoal que esse profissional tem com a morte, pode se sentir deprimido, estressado e desmotivado em seu trabalho.

A problematização levantada é: Qual é o significado da morte dos pacientes para os componentes de uma equipe multidisciplinar? A hipótese norteadora é de que os participantes da pesquisa consideram que o processo da perda de uma paciente influência direta e negativamente no seu dia a dia, pois o contato constante com a morte pode causar adoecimento psíquico e afetar sua qualidade de vida e bem-estar no ambiente de trabalho. Outra hipótese é que, embora a morte seja um fenômeno recorrente para os profissionais da saúde, os participantes da pesquisa consideram que não recebem uma preparação adequada para enfrentá-la, uma vez que não sabem lidar com o ser humano dotado de emoções e valores e nem com angústias relacionadas à própria morte.

O objetivo geral deste trabalho se propôs a verificar o significado da morte dos pacientes para os componentes de uma equipe multidisciplinar hospitalar. O trabalho teve como objetivos específicos: (i) levantar o perfil sociofamiliar, acadêmico e profissional dos participantes da pesquisa; (ii) identificar como os profissionais da saúde lidam com a temática morte; (iii) descrever como a vivência com a morte interfere no dia a dia da equipe multidisciplinar; (iv) verificar se a má elaboração do luto pode afetar a vida profissional e pessoal do profissional; (v) verificar se as proporções de entrevistados que afirmaram que já foram afetados pela morte de um paciente diferem entre as diferentes profissões.

De acordo com Dalgalarrondo (2008) compor uma equipe multidisciplinar requer um preparo acadêmico e prático sobre as inquietações que acometem os pacientes, os quais, em determinadas situações, sentem medo e ansiedade da morte.

O excesso de trabalho, baixas remunerações e fragmentação das ações são questões que ocasionam uma dinâmica institucional inadequada, uma vez que os componentes das equipes de saúde começam a realizar atividades individualizadas e passam a não compartilhar ideias a respeito do enfrentamento dos diversos casos diários que aparecem nas unidades de saúde.

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Segundo Morin (2001 apud LOURDES, 2009) existem alguns fatores facilitadores para o desenvolvimento de um bom trabalho numa equipe multidisciplinar como a interiorização da tolerância que supõe aceitação da expressão das ideias, que se refere à abertura para escuta do outro, pois mesmo que o profissional esteja convicto de suas ideias, precisa realizar essa escuta que muitas vezes pressupõe sofrimento, já que não é sempre harmoniosa e passiva. O sofrimento é inerente ao homem, buscar a subjetividade e o compartilhamento de ideias pode ajudar os profissionais de saúde no enfretamento de muitas questões.

Segundo Pinho (2006), cada vez mais estão sendo exigidas dos componentes da equipe multidisciplinar, determinadas competências técnicas juntamente com uma compreensão mais ampla das suas atribuições profissionais, as quais se relacionam à necessidade de uma multiespecialização. Essa especialização é responsável por tornar o profissional hábil a superar desafios e mudar sua forma de trabalho previsível. A integração desse novo modelo de equipe prepara o profissional para ter uma visão mais ampla, proativa, complementar e integrada das suas ações.

De acordo com Morin (2001 apud LOURDES, 2009) o autoconhecimento auxilia os profissionais a não assumirem uma posição de juiz de todas as coisas, sendo este um fator facilitador para o desenvolvimento de um bom trabalho na equipe multidisciplinar.

No entanto, há dificuldades, como a acentuada divisão social e de competências do trabalho na área da saúde, resultante de um processo de alta especialização e de divisão do saber na formação acadêmica dos profissionais, o que, muitas vezes, gera uma visão simplista e fracionada do ser humano (PINHO, 2006).

As palavras morte e morrer normalmente são evitadas pelas pessoas e a maioria delas procuram não pensar nesses fatos. Esse distanciamento causado pela falta de habilidade na convivência com a morte pode atrapalhar e muito a sua elaboração e acaba atrapalhando a possibilidade de lidar com tranquilidade com as perdas naturais que acontecem inevitavelmente no decorrer da vida. Apesar de saber que a morte é inevitável, ainda há um tabu muito grande diante desse fato e as pessoas se silenciam como refúgio para lidar melhor com esse acontecimento (SILVA; PALIS, 2013).

Segundo Capra (1982 apud COMBINATO; QUEIROZ, 2006) a morte consiste, simplesmente, na paralisação total da máquina-corpo, isto para a ciência que está situada na perspectiva biologicista.

Na cultura da Europa Ocidental, no início da Idade Média, predominava a ideia do universo como uma conexão entre o natural e a lei divina, regida pelos ensinamentos da Igreja

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que exerceu grande influencia na forma pela qual as pessoas morriam e tinham esperança na vida após a morte. O historiador francês Phillipe Ariès caracterizou esse período como o da “morte domada” que em sua compreensão significava que “A atitude antiga em que a morte é ao mesmo tempo próxima, familiar e diminuída, insensibilizada, opõe-se demasiado à nossa onde faz tanto medo que já não ousamos pronunciar o seu nome” (ARIÉS, 2000 apud INCONTRI; SANTOS,2009).

No século XIV, na época da “peste negra”, a morte era encarada como um castigo e era um terror para as pessoas da época, pois não existia a menor ilusão de imortalidade. Imperava um sentimento de falta de controle sobre a natureza, pois os indivíduos sabiam que a expectativa de vida tinha um limite, havendo uma proximidade física maior com a morte. Apesar de na antiguidade as pessoas jamais esquecerem o fato de que iriam morrer, mais tarde passaram a adotar o silêncio como uma maneira de distanciar do cotidiano a inevitável morte (SILVA; PALIS, 2013).

Nos séculos XV e XVI, a revolução científica desafiou as ideias tradicionais de autoridade e acabou por estabelecer uma era do Iluminismo, no século XVIII, que enfatizava a razão e o intelecto, tornando a morte como algo que poderia ser manipulado e moldado pelos seres humanos. Com o modelo cientifico em ascensão e a visão religiosa em declínio durante o final do século XVIII e todo o século XIX, passamos a notar uma nova forma de morte e morrer que não só se conservará, como aumentara o medo da morte (INCONTRI; SANTOS, 2009).

No final do século XVIII e início do século XIX, com o início da Revolução Industrial, na Inglaterra por volta de 1750, a Europa presenciou o crescimento de uma poderosa classe burguesa que trouxe novos valores morais e socioeconômicos, além de melhorias na saúde pública e a construção de grandes hospitais com a tecnologia inovadora que as pesquisas na área médica tinham desenvolvido. Essas conquistas causaram uma grande influência na maneira de ver e tratar a morte no Ocidente transformando-a em algo cada vez mais distante, impessoal e destituída de sentido, sendo o início da “Medicalização da Morte” (INCONTRI; SANTOS, 2009).

Ariés (1989 apud SILVA; PALIS, 2013) comenta que a partir do século XX o comportamento frente à morte na civilização ocidental foi transformado, sendo essa temática cada vez mais encoberta e temida por todos.

Atualmente, predomina a negação da morte, causando grandes barreiras nos adultos em nível existencial e dificultando, consequentemente, o entendimento das crianças diante desse processo (SILVA; PALIS 2013).

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Ao longo do tempo, o entendimento sobre a morte vem sendo influenciado pelos fatos históricos e culturais, assim como os rituais que a cercam, que se modificam conforme a história de um povo e de sua cultura. A modernização tem feito com que, na intenção de se distanciarem da morte, os homens adotem mecanismos de cuidados com a saúde física, para evitar ou se proteger dos riscos de morrer antes da hora, procurando não se expor a situações mais vulneráveis e a riscos desnecessários (SILVA; PALIS, 2013).

Já os profissionais de saúde são formados para curar a doença, combater a morte, lidar de forma técnica, e não para lidar com a pessoa como um ser subjetivo. Os profissionais não estão preparados para lidar com o ser humano dotado de emoções e valores. Além de evitá-los, o profissional, também está evitando suas próprias emoções a sua morte e o seu morrer (COMBINATO, QUEIROZ, 2006).

De acordo com Pitta (1999 apud COMBINATO, QUEIROZ, 2006) o saber da equipe de saúde, voltado exclusivamente para soluções técnicas, exige uma atitude de negação da morte, na medida em que fornece poder ao profissional da saúde e ameniza o sentimento de impotência.

Segundo Combinato e Queiroz (2006, p. 215):

No caso mais específico da morte e do morrer, tendo em vista este novo paradigma, caberia à Psicologia reintroduzir, através de uma aproximação científica, os aspectos emocionais e simbólicos presentes na manifestação desse fenômeno. Somente assim a Psicologia poderia contribuir com uma assistência de melhor qualidade ao indivíduo, à sociedade e ao ser humano diante da experiência da morte.

Segundo Freud (1969 apud TAVERNA; SOUZA, 2014), o luto é a resposta ao óbito de alguma pessoa próxima, ou a algum objeto de grande valor. Assim como para Násio (1997) é o sentimento oriundo da perda de um objeto idealizado e valoroso.

Diante da vivência do luto, alguns dos sintomas do sujeito enlutado são ataques de pânico, dificuldade para dormir, redução ou aumento da fome, falta de ar, baixa produtividade, etc (PARKES, 1998).

No decorrer da vida, Kovacs et al. (2002) afirma que, todo ser humano vivenciará o processo de luto e processamento da perda, e essa má elaboração do luto pode desencadear quadros de psicopatologias permanentes.

Uma das formas de se iniciar a elaboração do luto, conhecido como luto antecipatório, é quando o paciente recebe alguma notícia trágica sobre sua saúde, podendo assim dar início

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às fases do luto, que são a negação, raiva, barganha, depressão e aceitação (KUBLER; ROSS, 1998).

Segundo Taverna e Souza (2014), os estágios propostos por Kubler-Ross não seguem necessariamente a mesma sequência para todos os indivíduos.

Ainda conforme Taverna e Souza (2014), o sofrimento decorrente do luto e das perdas não são sentidos somente pelos familiares. Aqueles que acompanharam o drama daqueles que sofreram e partiram, também sofrem.

Para Freud (1969 apud TAVERNA; SOUZA, 2014), é essencial que o indivíduo interiorize a perda e se confronte com a realidade para que possa aceitar a perda do objeto. É imprescindível, para a superação da perda, que o indivíduo passe pela interiorização do luto e vivência desse sentimento.

Os profissionais da área de saúde diariamente presenciam o processo de morte, e não é incomum se sentirem despreparados para lidar com os impactos emocionais que podem surgir e usarem a negação da morte para se protegerem de suas próprias emoções. Além disso, a morte e o luto podem produzir adoecimento psíquico nos profissionais de saúde e afetar sua qualidade de vida e bem-estar no ambiente de trabalho (MAGALHÃES; MELO, 2015).

Segundo Kovács (2010), os profissionais de saúde são enlutados não reconhecidos, uma vez que eles não têm direito de falar abertamente sobre como se sentem com a perda de um paciente, e isso pode levá-los à crise.

Os profissionais da saúde, ainda que de forma oculta, são impedidos de demonstrar suas emoções, pois o sentimentalismo no ambiente de trabalho é taxado como inadequado e impróprio por seu próprio grupo de trabalho e familiares do paciente (BOSCO, 2008).

Boemer, Zanetti, Valle (1991 apud BOSCO, 2008) declaram que os profissionais da saúde, em sua formação acadêmica, são preparados para promover a vida e a cura e não recebem uma preparação adequada no contexto da morte. Por isso, quando entram em contato direto com o processo da morte, tentam se manter distantes, pois, em sua maioria das vezes, não estão preparados para lidar com elas. Ademais, segundo Magalhães e Melo (2015), quando os profissionais presenciam a morte de um paciente, eles se voltam para sua própria finitude e angústias relacionadas à própria morte.

A morte de pacientes pode fazer reviver a experiência de dor e angústia no profissional da saúde quando ele já passou por uma experiência de morte de uma pessoa querida. Assim, cada vez que um paciente morre, o sofrimento é novamente trazido à tona (MARQUES et al., 2011).

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De acordo com Kovács (2010), a maneira pela qual o profissional da saúde encara a morte de um paciente está diretamente relacionada com sua história pessoal de perdas e luto, a cultura em que está inserido e com sua formação e capacitação.

Profissionais da área hospitalar afirmam que, em alguns casos, conseguem estabelecer vínculos afetivos mais intensos com seus pacientes e, quando os mesmos vão a óbito, isso pode gerar um sentimento de luto profundo (FRANCO, 2003 apud COSTA; LIMA, 2005).

Além disso, o profissional se sente frustrado e enxerga a morte do paciente como um atestado de seu fracasso e impotência o que passa a reforçar a ideia de que não devem se envolver com seus pacientes, como é ensinado em sua formação (KOVÁCS, 2010).

Franco (2003 apud COSTA; LIMA, 2005) afirma que quando o profissional não elabora o luto de forma plena, pode se encontrar debilitado, tanto quanto o luto vivido fora do âmbito hospitalar.

Logo, é importante que angústia decorrente da perda seja bem interpretada para que o luto não se torne patológico. As crenças religiosas e filosóficas podem amparar as pessoas enlutadas nesse processo de elaboração da perda (MAGALHÃES; MELO, 2015).

2. MÉTODO

Tratou-se de um estudo transversal, de base empírica, aplicado em campo, com objetivo descritivo e abordagem quali-quantitativa, a amostragem desta pesquisa foi constituída por 30 pessoas com idade de 24 a 65 anos, profissionais integrantes de uma equipe multidisciplinar da área da saúde, composta por psicólogos, médicos, assistentes sociais, enfermeiros e técnicos em enfermagem que atuam em hospitais e clínicas da cidade de Uberlândia.

Para responder aos instrumentos de coleta de dados, os participantes foram convidados a comparecer à sala nº 345 (sala 3) do Núcleo de Psicologia Aplicada (NUPA), localizada no bloco E do Centro Universitário do Triângulo, UNITRI, situado na Avenida Nicomedes Alves dos Santos, 4545, CEP: 38411-106, telefone 4009-9000.

O NUPA é um espaço destinado à clínica-escola do Curso de Psicologia, para atendimento à comunidade, cujos encaminhamentos são feitos por demanda interna, por sugestão de professores ou estagiários ou, ainda, pela indicação da Rede Municipal de Saúde Mental, buscando desenvolver um trabalho multiprofissional e interdisciplinar. Nas salas do NUPA são desenvolvidos atendimentos psicoterapêuticos individuais e em grupo, programas

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de orientação vocacional/profissional, além de oficinas de dinâmicas de grupo, oferecidas para funcionários e alunos de todos os cursos da UNITRI.

Foram disponibilizadas as salas de atendimento individual do NUPA, que possuem infraestrutura adequada para garantir o sigilo e a privacidade dos entrevistados, em atendimento aos preceitos dispostos na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Como alguns participantes não tinham disponibilidade para comparecer aos espaços relacionados anteriormente foram determinados locais que lhes fossem mais convenientes para a coleta de dados.

Os participantes da pesquisa foram recrutados a partir de indicações de pessoas conhecidas dos pesquisadores e atenderam aos critérios de inclusão. O primeiro contato foi realizado por e-mail, telefone ou pessoalmente e, com a demonstração de interesse dos mesmos em participar da pesquisa, foi agendada, para aqueles contatados indiretamente (e-mail ou telefone) dia e horário para que os esclarecimentos devidos fossem feitos quanto às condições éticas da pesquisa. Para os contatos realizados pessoalmente, os esclarecimentos foram dados no momento da abordagem.

Independente da condição primeira de recrutamento, todos os profissionais da saúde contatados foram previamente informados dos objetivos da pesquisa, sua importância, bem como o instrumento que foi utilizado e sua participação na condição de entrevistado. O caráter voluntário foi reforçado, bem como o direito de não participar ou mesmo de abandonar o processo em qualquer momento e situação, sem o risco de receber represálias. As garantias de sigilo de identidade, bem como de confidencialidade das informações foram também apresentadas, bem como a condição obrigatória de assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo1) em duas vias. Foi enfatizado também que a pesquisa não trará benefícios diretos aos mesmos, mas que foi mobilizadora de reflexões e discussões acerca da concepção de morte e luto dos profissionais da saúde.

Com a concordância entre as partes, foi agendado (dia e hora) para a execução da pesquisa, por meio da aplicação dos instrumentos previamente selecionados. Na data marcada com os participantes, foram realizados respectivamente, a leitura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, o recolhimento das assinaturas e a entrega da via do participante.

Para a coleta de dados foram utilizados dois instrumentos: (I) Questionário sociodemográfico, elaborado por Azeredo (2016) e adaptado pelos pesquisadores (2017) foi solicitado dados pessoais, acadêmicos e profissionais e questões relacionadas à satisfação no trabalho. (II) Entrevista Estruturada, criada por Bosco (2008) e por Azeredo (2016), adaptada pelos pesquisadores (2017); A entrevista foi composta por 23 perguntas voltadas para

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identificar o significado da morte dos pacientes para os componentes de uma equipe multidisciplinar de saúde.

Os instrumentos apresentados com suas respectivas particularidades foram aplicados por meio da utilização da técnica de entrevista estruturada, contendo questões abertas, fechadas e mistas. A escolha da mesma se justifica pela relevância do contato estabelecido entre as partes, podendo o pesquisador intervir e reforçar pontos que por ventura tenham ficado obscuros durante a exposição do participante.

De posse do material coletado, o mesmo foi submetido a uma verificação crítica a fim de detectar se houve adequado preenchimento de todas as entrevistas. Caso fossem identificados instrumentos incompletos, os mesmos seriam inutilizados e um novo participante seria convocado para a entrevista, até que o tamanho da amostra previsto (n = 30) fosse alcançado.

As respostas ao questionário sociodemográfico e a entrevista estruturada foram codificadas numa planilha do programa estatístico Systat (versão 10.2), segundo as categorias especificadas nos instrumentos de pesquisa, para obtenção de médias, desvios padrões e amplitudes para as variáveis numéricas, e de frequências percentuais para as variáveis categóricas (SYSTAT, 2002).

O teste Qui-quadrado (X2) foi utilizado para verificar se as proporções de entrevistados que afirmaram que já foram afetados pela morte de um paciente ou que já passaram por um quadro de pânico diferiam entre as diferentes profissões (ZAR, 1982).

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em relação aos dados sociodemográficos, participaram dessa pesquisa 30 profissionais da saúde, integrantes de uma equipe multidisciplinar, dos quais 80% são mulheres e 20% são homens, com a idade média de 36,7 anos variando de 25 a 57 anos.

Dos participantes 26,7% são enfermeiros, 26,7% técnicos de enfermagem, 23,3% psicólogos, 13,3% médicos e 10,0% assistentes sociais. O tempo médio de formado dos participantes da pesquisa é de 10,9 anos variando de 2 a 28 e o tempo de trabalho na área é de 10,6 variando de 1 a 30. Já a carga horária de semanal de trabalho é de 40,6 horas variando de 20 a 75 horas.

Os resultados evidenciaram que no que toca à revelação do óbito aos familiares do paciente, 50% dos profissionais investigados disseram que se sentem preparados, 16,7% despreparados, 16,7% responderam como outros (“Não há preparação”, “trabalho no

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ambulatório e não tenho contato com essa realidade”), 10,0% se sentem completamente

preparados e 6,6% completamente despreparados.

Salomé, Martins & Espósito (2009 apud MEDEIROS; LUTOSA, 2011) afirmam que é necessário que as instituições tenham um espaço destinado ao apoio psicológico para os funcionários, dando a oportunidade de discutirem questões conflitantes e propor sugestões.

Em relação à discussão do tema morte/morrer e família pelos profissionais da equipe multidisciplinar 26,7% informaram que frequentemente discutem esse tema, por outro lado 26,7% relataram que raramente discutem o tema, 16,7% apresentaram que discutem o tema com muita frequência, em contrapartida 16,7% apresentaram que nunca discutiram o tema e 13,3% relataram que o tema é discutido com pouca frequência.

A naturalidade da morte foi esquecida, trazendo como consequência um distanciamento da vida nos hospitais. Sendo assim, salientam-se as diversas possibilidades de seu ocultamento, representadas como mecanismos de defesa: negação, repressão, intelectualização e deslocamento (VICENCI, 2016).

Ao perguntar sobre como o profissional da saúde e a equipe lidam com a morte no dia a dia, 26,7% relataram que não é fácil lidar com a morte no dia a dia e com os sentimentos de impotência, frustração, tristeza e angústia que emergem em colegas da equipe, 20% deles relataram lidar tranquilamente com relação à essa questão. Outros 16,7% afirmam que tem consciência de que fizeram tudo o que foi possível e que, algumas vezes a morte foi a melhor solução por causa do sofrimento intenso, 16,6% alegaram reagir de forma profissional e com respeito diante da morte de um paciente. Alguns entrevistados 10% afirmam que não falam ou pouco discutem sobre a morte de paciente e que cada membro da equipe costuma lidar sozinho com seus próprios sentimentos.

Segundo Santos e Hormanez (2013), a falta de preparo da equipe de saúde para lidar com a morte de seus pacientes acaba por acarretar certas consequências para os profissionais, como a sensação de fracasso que desencadeia muitas vivências emocionais negativas advindas da frustração narcísica que coloca em risco a realização profissional, bem como o surgimento de um desapontamento profundo ligado aos ideais de onipotência e eficiência pregados desde a formação acadêmica que, diante da projeção da fragilidade no outro e da identificação com o doente, acabam por gerar angustias existenciais.

Diante disso, Shimizu e Ciampone (2002) falam que apesar da sensação de impotência e tristeza que ocorrem após a morte de um paciente, o convívio diário com a morte, propicia que os profissionais encarem essa experiência com naturalidade ou mesmo com frieza e indiferença, na intenção de se proteger e evitar a vivencia dos sentimentos que poderiam lhes

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desestabilizar, o que acabaria por prejudicar a dinâmica hospitalar, a qual eles têm que conviver diariamente e por esse motivo acabam por buscar o afastamento de seus medos e angustias.

Quando questionados de que modo a morte dos pacientes, principalmente os que os participantes tiveram mais contato os influenciam, 50% relataram que tem pouca influência, já 43,3% disseram influenciar diretamente e 6,7% que não influencia.

Segundo Santos e Hormanez (2013), a negação tem sido um dos grandes mecanismos usados por profissionais da saúde ao enfrentar situações que envolvem a morte. Esse sistema de defesa que se baseia na negação e na repressão dos sentimentos e emoções se apoiam na ideia de que se por um lado esses profissionais são os que lidam de forma mais próxima e intensa com tema morte, por outro são também os que mais existam em reconhecê-la como um fato inerente à existência humana.

Os integrantes de uma equipe multidisciplinar acreditam que seus sentimentos devem ser contidos perante o paciente, a favor de uma postura firme e objetiva, que lhe dá a sensação de imunidade diante do tão temido “erro”. (SANTOS; HORMANEZ, 2013).

Quando questionados se já se envolveram emocionalmente mais do que deveriam com algum paciente que faleceu, 63,3% dos participantes responderam que sim.

A morte de alguns pacientes pode provocar luto, com todas suas reações próprias, como se fosse por uma pessoa com a qual mantivesse relações de outra ordem que não a profissional (SILVEIRA; CIAMPONE; GUTIERREZ, 2014).

De acordo com Silveira et al. (2014), o sofrimento do profissional frente à morte do paciente pode ser amenizado, a partir do momento da conscientização do seu máximo desempenho profissional e a comunicação na equipe multiprofissional relacionada à discussão dos casos clínicos. (SILVEIRA; CIAMPONE; GUTIERREZ, 2014).

Sobre como se sentem quando acontece uma morte com um paciente que o participante esteja cuidando, 30,0% dos profissionais disseram que se sentem tristes, 26,7% sensação de perda e impotência, 23,3% se sentem normal ou natural, 10,0% em choque.

Com relação à percepção dos dias que seguem a morte de um paciente após terem cuidado dele e ele falecer, 63,3% responderam que os dias são normais, indiferentes, tranquilos ou seguindo a mesma rotina de trabalho, para 40% os dias são tristes, angustiados, difíceis, há sensação de vazio e a equipe fica pensativa, mexida e fragilizada, ocorrendo lembranças constantes da pessoa falecida. 16,7% conversam com a equipe sobre a perda por cerca de uma semana e fazem reflexões e autoavaliações.

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De acordo com Martins et al. (1999), o ambiente hospitalar não tolera a expressão de tristeza dos profissionais da saúde para com a morte dos pacientes. Desse modo, é comum que frente a isso os profissionais se afastem, racionalizem e encubram suas emoções para que seu desempenho profissional não seja comprometido e nem julgado, o que pode explicar o fato da maioria dos profissionais relatarem tranquilidade e indiferença após a perda de um paciente. Já Zorzo (2004), acredita que essa postura firme e racional é estimulada desde a formação dos profissionais que a encaram como algo indispensável para o bom desempenho profissional. Para ele, a prática técnica e distante pode, inclusive, interferir no cuidado ao paciente, tornando-o frio e impessoal.

Em referência à formação acadêmica do profissional de saúde, 70,0% dos profissionais responderam que acreditam que ela poderia ser melhorada no sentido de ajudá-los a lidar melhor com a morte de pacientes.

Analisando os cursos da área de saúde hoje em dia, percebe-se que eles oferecem uma formação técnica que é mais voltada para a perspectiva biológica, ou seja, a humanização da assistência e o preparo para trabalhar com as perdas ainda são pouco discutidas. (BANDEIRA et al, 2014).

A maioria dos participantes (90,0%) quando indagados se no começo de sua atuação profissional era mais difícil lidar com a morte de pacientes, disseram que sim.

Moritz (2005), atribui esse fato ao processo preparatório da graduação, que durante os anos da formação não abre espaço para o processo de morte e morrer ser falado. Enfatiza que o primeiro contato que os futuros profissionais têm com a morte é através dos cadáveres na aula de anatomia, corpos deformados, conservados pelo formol, se deparam com um ser sem história e sem emoção, que são apenas a embalagem descartável do homem. E no início de sua atuação profissional, longe dos cadáveres anatômicos, o profissional se depara com o real sentido da morte, com a finitude de seus pacientes e com sua própria, e é no decorrer desse processo que muitos se fecham em seus medos e se tornam indiferentes a dor humana.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa objetivou identificar de que forma os profissionais da saúde lidam com a morte de seus pacientes, descrever como essa vivência impacta na rotina de trabalho da equipe multidisciplinar e verificar se ocorre uma má elaboração do luto que interfere na vida profissional e pessoal desses profissionais. Para, além disso, pretendeu-se examinar se existem

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algumas profissões em que o quadro de pânico frente à morte de um paciente se apresenta com maior frequência.

Frente aos resultados obtidos, foi constatado que a morte de um paciente influencia com mais intensidade no início da vida profissional, fazendo com que boa parte desses profissionais vivenciem sentimentos como tristeza e impotência. Em contrapartida, foi observado que quanto maior a prática profissional menor a interferência da perda de um paciente no dia a dia da equipe multidisciplinar. Ademais, observou-se que não há divergências entre os entrevistados das diferentes profissões quanto à possibilidade de serem negativamente afetados pela morte de um paciente.

No entanto, como a pesquisa não delimitou o tempo de formação dos profissionais entrevistados, não foi possível concluir se a morte de um paciente, de fato, pouco influencia no cotidiano profissional desses trabalhadores ou se esse resultado se deve à uma maior habituação a esse tipo de experiência.

Vale ressaltar que a hipótese de que os profissionais da saúde não recebem um preparo acadêmico adequado frente à morte e ao processo de luto foi confirmada, uma vez que a maioria dos profissionais entrevistados reconhece que esse assunto poderia ter sido melhor debatido durante a formação acadêmica de forma a adquirirem um melhor preparo e/ou suporte emocional.

Tais resultados demonstram que os cursos da área da saúde oferecem aos estudantes uma formação mais biológica e tecnicista, pouco focada na humanização e no debate da morte e do morrer o que os torna menos aptos para lidar com as perdas inerentes à profissão, que são mais marcantes no início da prática profissional em razão de um maior envolvimento emocional com os pacientes, o que consequentemente, causa maior comoção e abalo fazendo com que esses profissionais necessitem de maior atenção e cuidado.

Ao fim dessas considerações, acreditamos ser de grande valia a abertura de espaço de discussão sobre morte e luto no ambiente acadêmico bem como no ambiente hospitalar para que se possa compreender melhor essa problemática de forma a oferecer um cuidado mais humanizado ao paciente e a seus familiares quanto para o profissional da área da saúde.

5. REFERÊNCIAS

AZEREDO, N.S.G.D. O cuidado com o luto para além das portas das unidades de terapia

intensiva: uma aposta e uma proposta. Tese (Doutorado em Medicina) - Universidade

Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente, 2016.

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BANDEIRA, D.; COGO, S.B.; HILDEBRANDT, L.M.; BADKE, M.R. A morte e o morrer

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