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Identificação de proteínas com atividade hemaglutinante na alga marinha vermelha Digenea simplex

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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA

IDENTIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS COM ATIVIDADE HEMAGLUTINANTE NA ALGA MARINHA

VERMELHA Digenert simplex

Maria Luiziete Alves da Rocha

Dissertação apresentada ao Departamento de Engenharia de Pesca do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará, como parte das exigências para obtenção do titulo de Engenheiro de Pesca.

FORTALEZA - CEARÁ 1996.2

(2)

Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

R574i Rocha, Maria Luiziete Alves da.

Identificação de proteínas com atividade hemaglutinante na alga marinha vermelha Digenea simplex / Maria Luiziete Alves da Rocha. – 1996.

44 f. : il.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 1996.

Orientação: Profa. Dra. Ana Lúcia Ponte Freitas. 1. Algas marinhas. I. Título.

(3)

COMISSÃO EXAMINADORA:

Prof. Francisco Hiran Farias Costa M.Sc

Prof. Jorge Falco Paredes Ph. D

VISTO:

Prof. Pedro de Alcântara Filho Ph.D Chefe do Departamento de Engenharia de Pesca

Prof. Ass. José Wilson Caliope de Freitas Coordenador do Curso de Engenharia de Pesca

(4)

A

minha orientadora e grande amiga, Profa. Dra. Ana Lúcia Pontes Freitas, pela sua dedicação, paciência e carinho que ela demonstrou durante a realização deste trabalho.

A

Profa. Dra. Norma Maria Barros Benevides por sua amizade, dedicação e apoio em todos os momentos.

Aos amigos do laboratório de lectinas de algas marinhas, Fábio, Samya, Lídia, Dárlio, Patricia, Márcia Rúbia, Marcia, Stélio, Marjory, Auricélia, Cinthia, Rosana, Bete e Maria, pela amizade e companheirismo.

A meus pais, por estarem sempre ao meu lado, me apoiando e dando muito amor e carinho, digo meu muito obrigada.

minha irmã Luciana pela amizade e carinho de sempre.

A meu namorado e amigo Adi, por me apoiar e incentivar sempre.

A

Deus por dar-me forças para continuar nos momentos em que me sentia fraca, e por dar-me amor e amizade nos momentos em que estava fortalecida.

A

minha família, meus amigos que estiveram sempre ao meu lado.

minha amiga Evanélia, que fez com que se tornasse possível a realização deste trabalho.

Agradeço por fim, a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho.

(5)

LISTA DE FIGURAS viii

LISTA DE TABELAS ix

ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES

1- INTRODUÇÃO 01

1.1- Considerações Gerais 01

1.2- Ocorrência de Hemaglutininas (Lectinas) em algas

Marinhas Brasileiras 02

1.3- Detecção, Isolamento e Propriedades Físico-químicas e Biológicas das Lectinas de Algas Marinhas Brasileiras 04

1.3.1- Detecção 04 1.3.2- Isolamento 05 1.3.3- Propriedades Físico-químicas 06 1.3.4- Propriedades Biológicas 07 2- OBJETIVO 09 3- DESCRIÇÃO DO GÉNERO 10 4- MATERIAL E MÉTODOS 17 4.1-Alga 12 4.2- Sangue 12 4.3- Reagentes 17 4.4- Análise Elementar 13 4.4.1- Determinação de Umidade 13 4.4.2- Determinação de Cinzas 13

4.4.3 - Determinação de Nitrogênio Total 13

4.5- Determinação de Proteínas 13

4.6- Determinação da Atividade Hemaglutinante 14 4.6.1- Preparação e Tratamento Enzimático dos Eritrócitos 14 4.6.2- Ensaios de Atividade Hemaglutinante 14 4.6.3- Cinética da Atividade Hemaglutinante 15

(6)

4.7.2- Extração de Proteínas 15 4.7.3- Fracionamento de Proteínas por precipitação salina 16 4.8- Ensaios de Inibicão da Atividade Hemaglutinante 18 4.9- Efeito de Cations Divalentes na Atividade Hemaglutinante 18 4.10- Efeito da Temperatura na Atividade Hemaglutinante 19 4.11- Cromatografia em Coluna de DEAE-Sephacel 19 4.12- Cromatografia em Coluna de Mucina-Sepharose 19 4.13- Eletroforese em Gel de Poliacrilamida - SDS

5- RESULTADOS E DISCUSSÕES 22

5.1- Análise Elementar ??

5.2- Estabelecimento das condições ideais de extração de proteínas e de

Atividade Hemaglutinante na alga Digenea simplex 22

5.3- Estudo Cinético da Atividade Hemaglutinante presente

25 no Extrato Total

5.4- Fracionamento de Proteínas 25

5.5- Características Físico-químicas da Atividade Hemaglutinante presente no

extrato total 28

5.5.1- Efeito da Cations Divalentes na Atividade Hemaglutinante 28 5.5.2- Ensaio de Inibição da Atividade Hemaglutinante 28 5.5.3- Termoestabilidade da Atividade Hemaglutinante 29 5.5.4- Cromatografia em DEAE - Sephacel 39 5.5.5- Cromatografia de Afinidade em Coluna.de Mucina

Sepharose 32

5.5.6- Eletroforese em Gel de Poliacrilamida na presença de SDS e de 13 mercaptoetanol das frações obtidas nas etapas de purificação

da lectina de Digenea simplex. 32

6- CONCLUSÕES 38

(7)

1- Espécie de Digenea simplex coletada na praia de Flexeiras

(Trairi - Ce) 11

2- Esquema de purificação da fração encerrando atividade

hemaglutinante 17

3- Efeito da temperatura na atividade hemaglutinante presente

no extrato total 20

4- Estudo cinético da atividade hemaglutinante presente

no extrato total 26

5- Cromatografia em DEAE - Sephacel da fração(F20/60) obtida por precipitação salina do extrato total na faixa de concentração

de 20 a 60% de sulfato de amônio 34

6- Cromatografia de Afinidade em coluna de Mucina-Sepharose 35

(8)

1 - Características Gerais das Lectinas de Algas Marinhas 08

2- Composição minima parcial da alga marinha vermelha Digenea simplex

com base no peso seco 23

3- Teor proteico e atividade hemaglutinante das frações

obtidas por fracionamento com sulfato de amônio do extrato total

de Digenea simplex 74

4- Teor proteico e Atividade Hemaglutinante nos extratos obtidos

empregando-se diferentes meios de extração 27

5- Efeito de cdtions divalentes na atividade hemaglutinante

presente no extrato total 30

6- Especificidade da atividade hemaglutinante presente

no extrato total por açúcares simples e glicoproteinas 31

7- Purificação parcial da Lectina de Digenea simplex obtida através

(9)

A280nm: Absorbância a um comprimento de onda de 280 run A750nm: Absorbância a um comprimento de onda de 750 nm BSA: Bovine Serum Albumin

DEAE: Dietil - aminoetil

UH/ml: Unidade de atividade hemaglutinante

F

20/60:

Fração proteica precipitada com sulfato de amônio TRIS: Tris (hidroxymethyl) aminoethano

(10)

IDENTIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS COM ATIVIDADE HEMAGLUTINANTE NA ALGA MARINHA VERMELHA Digenea

simplex.

Maria Luiziete Alves da Rocha.

1- INTRODUC. AO

1.1 - Considerações Gerais

Um longo caminho já foi percorrido por vários grupos de lectinálogos em todo o mundo desde que H. STILLMARK, (1888) , fez referência em sua tese de Doutorado à presença de proteínas em extratos de plantas que eram capazes de aglutinar eritrócitos. Tais proteínas, foram inicialmente lembradas pelo nome de hemaglutininas vegetais (KOBERT., 1900), posteriormente chamadas de fitoaglutininas (LANDSTEINER & RAUBITSCHEK., 1910) e finalmente denominadas Lectinas.

0 nome lectina (do latin "legere", escolher) foi proposto por BOYD & SHAPLEIGH (1954) para chamar atenção da especificidade destas proteínas vegetais em aglutinar eritr6citos.

Lectinas são definidas como proteínas ou glicoproteinas de origem não imune, capazes de reconhecimento especifico e ligação reversível a carboidratos (ou compostos contendo carboidratos) e de aglutinar células e glicoconjugados, sem induzir qualquer modificação química nos mesmos (GOLDSTEIN et al., 1980; KOCOUREK & HOREJSL 1983; LIENER et al., 1986). Atualmente, a definição de lectina vem sendo muito questionada em decorrência do grande número de informações obtidas em nível de estrutura, propriedades e funções apresentadas por tais proteínas.

Muitas lectinas estudadas pertencem ao reino Plantae e são entre as sementes de leguminosas que encontramos o maior número de proteínas isoladas e caracterizadas.

(11)

Para o isolamento e purificação de lectinas, tem-se empregado métodos clássicos de fracionamento protéico, como precipitação salina e cromatografias de troca iônica e de exclusão molecular. Mais recentemente, cromatografias de afinidade também têm sido empregadas neste isolamento, com base na possibilidade da lectina se ligar especifica e reversivelmente a carboidratos; monossacarideos, oligossacarideos ou porções glicidicas de glicoproteinas (SHARON & LIS., 1989).

Estudos experimentais possibilitaram a observação de diversas atividades biológicas das lectinas. A capacidade de ligação a porções glicidicas na superficie de células faz com que as lectinas induzam uma variedade de mudanças nestas células e que através deste mecanismo sejam exercidas as suas mais variadas atividades biológicas.

Apesar dos estudos de localização, propriedades fisico-químicas e biológicas das lectinas, sua real função na planta ainda é desconhecida (VAN DAMIVIE & PEUMANS., 1990).

1.2- Ocorrência de Hemaglutininas ( Lectinas) em Algas Marinhas Brasileiras

0 grande interesse no avanço das investigações sobre hemaglutininas (lectinas) presentes em algas marinhas, está relacionado a pelo menos dois pontos principais: inicialmente, com base em algumas de suas propriedades fisico-químicas já descritas, parece evidente que estas proteínas possam servir como ferramentas de apoio em estudos taxonômicos, principalmente, considerando-se a ampla distribuição das mesmas em um grande número de espécies de algas já estudadas. Em algas, como observado para plantas superiores, as lectinas devem estar envolvidas em alguma atividade biológica importante, até o presente não definida. Assim, a determinação precisa do papel biológico das lectinas de algas representa em nossos dias, o maior desafio desta área de estudos.

Hemaglutininas de algas marinhas têm sido detectadas nas classes Chlorophyceae, Cyanophyceae, Phaeophijceae e Rhodopityceae. Entretanto, o

(12)

número de espécies protéicas isoladas é bastante reduzido e, comparativamente as algas verdes e pardas, é nas algas vermelhas que concentra-se o maior volume de lectinas purificadas e caracterizadas.

Como um breve histórico, gostaríamos de lembrar que a busca de hemaglutininas em algas marinhas iniciou-se com o trabalho de BOYD

et al.

(1966). Neste estudo, dos 24 extratos aquosos utilizados, seis algas pardas e uma alga verde-azul aglutinaram eritrócitos dos grupos A e 0, uma alga verde e duas algas pardas aglutinaram inespecificamente eritrócitos de todos os grupos sanguíneos testados. Apenas o extrato protéico de uma única alga vermelha mostrou-se especifico para células sanguíneas tipo "A "de humanos.

Dando sequência a este estudo pioneiro acima relatado, vários grupos de pesquisadores distribuidos em países como, Estados Unidos, Espanha, Inglaterra e Japão, também relataram a ocorrência de hemaglutininas em algas, além de descreverem várias técnicas de detecção e isolamento destas proteínas [BLUNDEN

et

a/.(1975); WAGNER & WAGNER (1978); ROGERS

et al.

(1980); HORI

et al.

(1981); FABREGAS

et al.

(1984 ; 1985) ; MUNOZ

et al.

(1985); ANDERSON

et al.

(1986); CHILES & BIRD (1989) ; ROGERS

et al.

(1986); HORI

et al.

(1990); ROGERS & FISH (1991); ROGERS & HORI (1993) ].

No Brasil, AINOUZ & SAMPAIO (1991) fizeram um primeiro levantamento de atividade hemaglutinante em algas marinhas brasileiras. Os autores utilizaram extratos salinos de 20 espécies de algas marinhas coletadas na costa do Nordeste brasileiro para a determinação de atividade hemaglutinante. Nos experimentos foram usados eritrócitos tripsinizados de coelho, carneiro, galinha, cabra, boi e humanos do sistema ABO. Foi observado que 65% das espécies estudadas foi capaz de causar a aglutinação de pelo menos um tipo de eritrócito testado.

Dando prosseguimento ao levantamento da presença de hemaglutininas de algas marinhas do litoral nordeEtiro„NINOUZ et al., (1992) utilizaram 27 extratos salinos, testando-os contra eritrócitos tratados enzimaticamente com tripsina, bromelaina, papaina e subtilisina, de coelho, galinha, porco, cabra e humanos do sistema ABO. 0 tratamento com tripsina foi mais eficaz para os

(13)

eritrócitos de coelho, enquanto os eritrócitos humanos mostraram-se mais susceptíveis a aglutinação quando tratados previamente com as enzimas papaina, bromelaina e subtilisina.

COSTA,F.H.F. (1995) isolou e caracterizou uma lectina presente na alga marinha vermelha

Amansia multifida

abundantemente distribuida na costa cearense. Esta proteína, foi purificada por cromatografia de troca iônica (DEAE-Celulose), seguida de cromatografia de afinidade em coluna de Avidina-Sepharose C1-4B. A lectina purificada apresentou massa molecular aparente de 29 kDa, como observado por cromatografia em coluna de Superose por FPLC. Em estudos de atividade biológica, esta lectina mostrou-se mitogênica frente células mononucleares do sangue periférico humano (CMSPH) em baixas concentrações que variaram entre 1,562 e 12,5

Estudos adicionais empregando espécies de algas do litoral cearense contribuiram para a purificação e caracterização de lectinas apresentando propriedades fisico-quimicas e biológicas bem particulares, além de exibirem baixas massas moleculares aparentes ( FARIAS,W.R.L.,1995; AINOUZ et aL,1995; BENEVIDES et

al.,

1996).

1.3 - Detecção, Isolamento, Propriedades Físico-químicas e Biológicas das Lectinas de Algas Marinhas

1.3.1 - Detecção

Os testes de atividade hemaglutinante em extratos de algas marinhas foram inicialmente realizados empregando-se eritrócitos nativos (não tratados) , de humanos do sistema ABO. No entanto, tendo em vista os baixos títulos de hemaglutinação obtidos ou até mesmo, devido a não detecção de atividade hemaglutinante em extratos protéicos de um considerável número de espécies algais testadas, buscou-se o desenvolvimento de técnicas que levassem

a

otimização dos testes de hemaglutinação. Foi observado que a atividade hemaglutinante pode ser incrementada através de alguns procedimentos tais

(14)

como: 1. tratamento das células com enzimas proteoliticas (tripsina, bromelina, papaina, subtilisina, pronase) ou neuraminidase, conduzindo à exposição de receptores glicidicos presentes nas membranas de eritrócitos ou outras células e, assim facilitando a aglutinação das células por parte da lectina; 2. adição de albumina sérica bovina (BSA) á. suspensão de eritrócitos, levando a um ajuste conformacional favorável à interação lectina-receptor glicidico de membrana. Como observado por ROGERS et a/.(1980), a adição de albumina ou o pré-tratamento moderado com pron_ase em seus ensaios, causou a elevação dos títulos de hemaglutinação na maioria dos extratos protéicos entre 49 espécies de algas testadas.

1.3.2 - Isolamento

A maioria das lectinas de algas marinhas têm sido isoladas através da utilização de métodos convencionais de purificação de proteínas e, apenas em poucos casos, a técnica de cromatografia de afinidade foi empregada. Podemos citar como exemplo os trabalhos de: ROGERS et a/.(1983) que purificaram e caracterizaram uma aglutinina da alga marinha vermelha Solieria chordalis (C. Ag.), por cromatografia de afinidade usando como suportes adsorventes a Fetuina-agarose e Melibiose imobilizada á. 4-Seletina. FABREGAS et al.(1988) relataram a purificação e caracterização de uma nova lectina denominada "tomentine" isolada da alga marinha verde Codium tomentosum (Huds.), empregando duas técnicas de afinidade: Coluna de N-acetilglucosamina-Sepharose e a técnica de adsorção em eritrócitos formalinizados de coelho.

Em nosso laboratório, algumas lectinas foram purificadas pelo emprego adequado de colunas de afinidade: ern coluna de Avidina-Sepharose, a lectina Amansina foi isolada da alga Amansia multifida ( COST A, F.H.F. ,1995) ; ern coluna de Manana-Sepharose, a lectina Meristielina foi isolada da alga Meristiella echinocarpa (F ARIAS,W .R.L ,1995).

(15)

1.3.3 - Propriedades Físico-químicas

Na maioria dos casos, as lectinas isoladas de algas marinhas ocorrem dentro de uma mesma espécie como Isolectinas. Estas diferentes formas de uma mesma proteína, exibem estruturas moleculares bem semelhantes, porém apresentam variações em diversas de suas propriedades fisico-quimicas como, diferentes pontos isoelétricos (todos dentro da faixa ácida), diferentes composições de aminoácidos ( em geral ricas nos aminoácidos glicina, serina, ácido aspartico, asparagina, ácido glutdmico e glutamina) e finalmente exibem diferentes especificidades por açúcares ( ROGERS et

al.,

1986; FÁBREGAS et

al.,

1988; COSTA, F.H.F .,1995). Suas massas moleculares variam de 4,2 kDa (HORI et

al.

1986b) a 43 kDa ( KAMIYA et

al.

1982). As lectinas de algas em geral, não mostram dependência por cátions divalentes para exercerem suas atividades biológicas. No entanto, segundo ROGERS & HORI (1993) as lectinas de algas marinhas vermelhas podem ser distribuídas em três tipos e pelo menos em alguns casos, estas propriedades gerais destas lectinas podem variar como segue: Tipo 1- Moléculas de baixo peso molecular que reconhecem glicoproteinas, mas não monossacarideos e que não requerem cdtions divalentes; Tipo 2 - Moléculas que se ligam a monossacarídeos e derivados, e que também não possuem dependência por cations divalentes; e Tipo 3 -São grandes moléculas (PM > 64 kDa), que ligam-se a monossacarideos na presença de ations divalentes. Ainda segundo estes autores, somente as lectinas de algas verdes capazes de formar oligiimeros têm a capacidade de interagir com monossacarideos.

As características fisico-quirnicas da maioria das lectinas de algas marinhas encontram-se resumidas na TABELA 01

(16)

1.3.4 - Propriedades Biológicas

Atualmente os trabalhos voltados para o estudo das atividades biológicas de lectinas de algas marinhas já são em número, bem consideráveis. Descreveremos abaixo alguns dos estudos realizados neste sentido:

-- Ensaios de tipagem sanguínea (ROGERS

et

al. ,1977);

-- No diagnóstico e identificação de microorganismos (CRIADO & FERREIROS, 19831);

- Estimulação mitog'enica de linfácitos ( HORI

et

al .,1987; HORI

et

al .,1988b; OKAMOTO

et

a/.,1990; COSTA,F.H.F.,1995; FARIAS,W.R.L.,1995).

- Aglutinação de células Leucemicas ( KAMIYA

et

aL,1982).

Como descrito anteriormente, em geral, as lectinas de algas marinhas são muito menores do que lectinas de vegetais superiores. Esta característica, as torna mais adequadas para serem usadas como mísseis biológicos. A associação da lectina com nina droga ou lectina com urn anticorpo, poderá vir a ser de grande utilidade na medicina, por exemplo, através de tratamentos quimioterdpicos. Como discutido por ROGERS & HORI (1993), estas moléculas por serem menores, devem ser menos susceptiveis à detecção pelo sistema imunológico humano. Desta forma, podemos especular que estas moléculas venham a se tornar após estudos mais cuidadosos, excelentes instrumentos na terapia contra o câncer.

(17)

Característica Físico-Química Lectinas de Algas Marinhas Natureza Peso Molecular N. de Subunidades Especificidade Cations Divalentes Ponto Isoelétrico Aminoácido Sulfurado Glicoprotéina Baixo (4,2 a 43 kDa) 1 Glicoproteinas Não Dependem Faixa Acida (3,8 - 6,9) Presença (Cys e/ou Met) TABELA 01. Características Gerais das Lectinas de Algas Marinhas.

(18)

3- DESCRIÇÃO DO GÊNERO

Plantas erectas, crescendo em tufos, ramos principais irregulares ou mais ou menos dicotomicamente divididos. Estrutura polissifônica reconhecível nas porções novas (em corte), porções mais velhas densamente pseudoparenquimatosas, com células grandes no interior e células menores na casca. Ramos principais densamente revestidos de rámulos curtos com 6 a 8 pericentrais e com crescimento por célula apical. Tricoblastos pequenos, somente encontrados próximos ao ápice dos ramos curtos e logo deciduos. Tetrasporángios tetraedricamente divididos nos rámulos superiores engrossados, cada qual recoberto por três células, um por segmento. Cistocarpos ovóides nos rámulos laterais. Corpos anteridiais discoformes, em grupos, no ápice dos rámulos férteis, segue abaixo uma cópia fotográfica da espécie Digenea

simplex.

(FIGURA 01).

(19)

FIGURA 01: Espécie de Digeitea simplex coletada na praia de Flexeiras (Train -Ce).

(20)

4- MATERIAL E MÉTODOS

4.1- Alga

A espécie foi coletada periodicamente em maré baixa (-0,2 à 0,3) no decorrer do ano de 1996. Todas as coletas foram feitas na Praia de Flexeiras, município de Trairi - Ce. A alga foi levada para o laboratório em recipiente isotérmico, e estocada a -20°C para posterior utilização.

4.2 - Sangue

Amostras de sangue de coelho foram obtidas de animais mantidos em cativeiro no Biotério do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular do Centro de Ciências da Universidade Federal do Ceará.

Eritrócitos de outros animais também utilizados em nosso trabalho foram obtidos de animais sadios criados no Departamento de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceara.

4.3 - Reagentes

As enzimas proteoliticas foram obtidas de Sigma Chemical Co. St. Louis, EUA.

Marcadores para eletroforese - kit de proteínas com peso molecular de 14000-70000 Da, foram também obtidos de Sigma Chemical Co. St. Louis, EUA.

DEAE-Sephacel, Beta-mercaptoetanol, Dodecil sulfato de sódio foram obtidos de Merck, Darmstadt, Alemanha.

(21)

4.4 - Análise Elementar

4.4.1 - Determinação de Umidade

Para determinação de umidade, pesa-filtros previamente tarados, contendo 1,0 g de alga fresca foram colocados em estufa a 100. C por 24 horas, em seguida estes foram transferidos para um dessecador até o equilíbrio com a temperatura ambiente e pesados. 0 teor de umidade foi calculado pela diferença entre os pesos inicial e final das amostras, sendo este valor expresso em percentagem.

4.4.2 - Determinação de Cinzas

Para determinação do teor de cinzas, cadinhos de porcelana previamente tarados contendo 1,0 g de alga desidratada (obtida a partir do tratamento anterior) foram colocados em mufla à 600°C até a incineração completa da matéria orgânica, sendo posteriormente mantidos em dessecador até atingir a temperatura ambiente. A seguir estes foram pesados e o teor de cinzas calculado pela relação entre o peso do resíduo e o peso inicial da amostra e expresso em percentagem.

4.4.3 - Determinação de Nitrogênio Total

O nitrogênio total da alga fresca Digettea simplex foi determinado pelo método descrito por BAETHGEN & ALLEY (1989).

4.5 - Determinação de proteínas

As dosagens de proteínas nas diversas etapas desse trabalho foram feitas segundo o método de FOLIN (LOWRY et al., 1951). As absorbâncias foram lidas em espectrofotômetro a 750 nm. A concentração de proteína foi estimada com relação a uma curva padrão obtida com albumina sérica bovina (BSA).

(22)

0 teor de proteína nos elutos das cromatografias foi determinado pela medida de absorbAncia a 280 nm.

4.6 - Determinação da Atividade Hemaglutinante

4.6.1.Preparagão e Tratamento Enzimático dos Eritrócitos

Inicialmente os eritrócitos (de qualquer origem animal) foram lavados três vêzes com 10 volumes de NaC1 0,15M. Após a determinação do hematócrito foram preparadas suspensões A 2% em NaCl 0,15M (eritrócitos nativos). 0 tratamento enzimático foi feito preparando-se a suspensão de eritrócitos com uma solução de NaC1 0,15M encerrando 0,1 mg de enzima/10 ml de sangue. Os eritrócitos foram mantidos em contato com a enzima por uma hora, lavados seis vezes com 10 volumes de NaCl 0,15M e, finalmente, resuspensos de modo a se obter uma concentração final de eritrócitos A 2%.

4.6.2 - Ensaios de Atividade Hemaglutinante

A atividade hemaglutinante foi determinada por diluições sucessivas dos extratos (1:2, 1:4, 1:8, 1:16, etc.) em tubos de ensaio, com NaC1 0,15M.

ik

200 pl de cada diluição foi adicionado igual volume de uma suspensão de eritrócitos que após leve agitação, a mistura foi deixada em repouso por uma hora a temperatura ambiente (25° C). Após centrifugação a 2000 x g por 30 segundos, foi feita a leitura dos títulos (aglutinação observada macroscopicamente). Uma unidade de hemaglutinação (UH/ ml) foi definida como sendo o inverso da maior diluição de uma dada solução que ainda é capaz de aglutinar uma suspensão de eritrócitos A 2%.

(23)

4.6.3- Cinética da Atividade Hemaglutinante

As diluições dos extratos foram feitas como descritas no item anterior. Duas séries de diluições foram utilizadas para a realização de um estudo cinético comparativo, conduzido A temperatura ambiente ou na estufa h 37° C.

As diluições foram incubadas na presença de eritrocitos de coelho A 2% em cada uma das situações, por um período de no máximo dez horas. Os títulos foram observados a cada 15 minutos nas primeiras duas horas de incubação e a cada 30 minutos até completar as dez horas de experimentação.

4.7 - Fracionamento de Proteínas

4.7.1.Determinação do pH ótimo de Extração

Amostras da alga Digenea simplex (pó obtido por congelamento e trituração em nitrogênio liquido) foram submetidas a extração com diferentes soluções tampões (fosfato pH 7,0 contendo NaC1 0,15M; tris - HG pH 7,6 contendo NaC1 0,15M e tris - HG pH 7,6). Extrações adicionais foram feitas em salina na concentração 0,15 M e com Tween 80. Os extratos foram preparados na

proporção 1:3 (p:v), deixados em contato por um tempo de 16 horas temperatura ambiente, seguido de filtração em tecido de nylon e centrifugados a 10.000 x g por 30 minutos A 4° C. Os sobrenadandes foram utilizados para os ensaios de hemaglutinação e determinação do teor de proteínas extraídas.

4.7.2 - Extração de Proteínas

Com base nos resultados obtidos no item 4.7.1, os tecidos de alga (pó) foram submetidos A extração com tampão fosfato pH 7,0 contendo NaC1 0,15 M.

(24)

4.7.3.Fracionamento de Proteínas por precipitação salina

0 extrato total foi tratado com sulfato de amônio sólido até 20% de saturação,para eliminação da fração (F0/20), rica em pigmentos. Após centrifugação, ao sobrenadante residual foi tratado com sulfato de amônio na faixa de 20 a 60% de saturação, deixado em repouso por quatro horas A temperatura ambiente (25° C), sendo então centrifugada a 10.000 x g por 30 minutos, a 4° C. Após a centrifugação, o sobrenadante foi descartado e o precipitado suspenso no tampão de extração, dialisado exaustivamente contra a água destilada e finalmente liofilizado. A fração (F20/60) assim obtida, foi usada convenientemente nas etapas que seguiram o processo de purificação da proteína ativa ( FIGURA 02).

(25)

ALGA FRESCA

+ tampão fosfato 0,02M, pH 7,0 contendo NaC1 0,15M

+ agitação por 16 horas + filtração em tecido fino

+ centrifugação a 10.000 x g, 4°C 30 minutos

Precipitado Sobrenadante

( descartado) ( extrato total)

+ sulfato de amônio faixa 0/20% Centrifugação (precipitação FO/20) > Sobrenadante Residual

+ sulfato de amônio na faixa de 20/60 % + 4h contato

+ Centrifugação a 10.000 x g 4°C, 30 minutos.

Precipitado Sobrenadante (F20/60)

+ tampão fosfato pH 7,0 + didlise contra água

+ concentração por liofilização parcial.

CROMATOGRAFIAS ELETROFORESE

Figura 02 - Esquema de extração da fração F20/60 rica em atividade hemaglutinante da alga marinha vermelha Digenea simplex.

(26)

4.8 - Ensaios de Inibição da Atividade Hemaglutinante

Para o estudo de inibição da atividade hemaglutinante foram usadas soluções diluídas do extrato que apresentava titulo de 24 (16 UH/ml), previamente determinado com eritrócitos de coelho a 2% tratados com tripsina. Os açúcares simples foram usados na concentração estoque de 100 mM em NaC1 0,15 M e as glicoproteinas na concentração de 5 mg/nil. A partir da solução inicial dos açúcares e glicoproteinas foram feitas diluições seriadas com NaC1 0,15M ( 1:2; 1:4; 1:8; etc.).

200p1 das diluições foram adicionados 2000 da solução de extrato com titulo 16, sendo então os tubos incubados a temperatura ambiente por uma hora. Após este período foram adicionadas 400p1 da suspensão de eritrócitos de coelho, novamente incubados por uma hora a temperatura ambiente, centrifugados a 2000 x g por 30 segundos e analisados macroscopicamente. Os resultados foram expressos como a concentração minima do açúcar ou glicoproteina capaz de inibir a atividade hemaglutinante

4.9 - Efeito de Cations Divalentes na Atividade Hemaglutinante

Uma amostra do extrato protéico da alga Digenea simplex foi submetida a didlise contra solução de EDTA 5 mM, por 15 horas e sob agitação a 4° C. A seguir, foram retiradas aliquotas das soluções para ensaios de atividade hemaglutinante. Diluindo as amostras em soluções da NaCl 0,15M contendo Ca+2 e Mn+2, 5mM e realizando ensaios controle (ensaios com os extratos não dialisados, ensaio na presença de EDTA e ensaios na presença de salina contendo os cations divalentes) os resultados de atividade hemaglutinante foram analisados macroscopicamente.

(27)

4.10 - Efeito da Temperatura na Atividade Hemaglutinante

Com a finalidade de verificar a termoestabilidade da atividade hemaglutinante, aliquotas dos extratos totais foram incubados em banho-maria a 40, 50, 60 e 70°C por períodos de 15, 30, 45, 60 e 75 minutos. Decorrido cada período os extratos foram imediatamente transferidos para um banho de gélo, centrifugados e aliquotas de 200111 foram retiradas para ensaios de atividade hemaglutinante e dosagem de proteína.

Para determinar o AG' de ativação do processo de desnaturação da atividade lectinica, inicialmente calculou-se a velocidade da reação (K1) do processo que é dada pela inclinação da reta obtida na (Figura 03), sabendo-se que: K1 x T = ln A/ Ao

A velocidade da reação esta relacionada com a energia livre padrão do estado ativo pela fórmula (DAWES, 1972).

lnKl= in KT/ h - AG/ RT

4.11 - Cromatografia em Coluna de DEAE- Sephacel

A fração (F20/60) obtida por precipitação do extrato total livre da fração (FO/20) foi submetida a cromatografia de troca iônica em coluna de DEAE-Sephacel, medindo 11,7x1,8cm. A DEAE-Sephacel foi previamente lavada com agua destilada, para retirada das partículas finas, seguido de lavagens com NaOH 0,1N, agua, HC1 0,1N e agua. Após montagem da coluna por gravidade, a mesma foi equilibrada com tampão fosfato pH 7,0 contendo NaC1 0,15M.

4.12 - Cromatografia de Afinidade em Coluna de Mucina-Sepharose

Mucina foi acoplada à uma matriz de Sepharose l ativada com brometo de cianogênio e uma pequena coluna medindo 5,0 x 1,5 cm foi montada através da sedimentação do gel por gravidade e em seguida foi equilibrada com NaC1 0,15M. 0 PT obtido da cromatografia em DEAE-Sephacel foi aplicado ã. esta

(28)

coluna e a fração ativa, encerrando toda a tividade hemaglutinante foi adsorvida A coluna e eluida pela passagem de uréia 8M . A lectina (PII-Mucina) assim obtida foi dialisada exaustivamente contra agua destilada 4°C, liofilizada e submetida a testes complementares indicativos de purificação.

4.13 - Eletroforese em Gel de Poliacrilamida - SDS

A eletroforese foi feita seguindo o método de LAMMELI modificado (1970). Para a montagem das placas foi usado um gel de aplicação contendo 3,95% de acrilamida em tampão Tris-HC1 1M pH 6,8 e um gel de separação contendo 12,5% de acrilamida em tamp-do Tris-HQ 1,0M, pH 8,8. As amostras foram incubadas a 100°C por 10 minutos. Glicerol e azul de bromofenol a 0,05% foram adicionados As amostras a fim de aumentar a densidade e permitir a visualização da frente de corrida respectivamente.

Após corrida, as proteínas foram visualizadas utilizando-se solução corante de Coomassie brillant blue R-250 0,05% em metanol, ácido acético e água (4:0, 7:5,3) por um período de 15 horas. 0 descorante foi feito em uma solução de metanol, ácido acético e água (3,5:1:8,0).

(29)

5- RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1 - Análise Elementar Parcial

A TABELA 02 mostra os resultados obtidos quanto ao teor de umidade e percentagens de proteína bruta e cinzas presentes na alga marinha vermelha

Digenea

simplex.

Corn base no peso seco, observa-se que a alga encerra 8,48% de proteína bruta, contra 11,9 % de cinzas. Observa-se também, como é comum em algas marinhas, uma elevada percentagem de umidade.

5.2 - Estabelecimento das condições ideais de Extração de Proteínas e de Atividade Hemaglutinante na alga Digenea simplex

Os resultados da extração de proteínas e atividade hemaglutinante frente a diferentes tampões em presença ou não de NaC1 0,15M estão apresentados na TABELA 03. Os resultados indicam que a atividade hemaglutinante total e as proteínas solúveis foram melhor extraídas na presença de tampão fosfato, 0,02M pH 7,0, c/ NaC1 0,15M. Observou-se nesse meio os maiores valores de atividade especifica obtidos.

Através destes dados, constatamos uma forte correlação com os resultados já relatados por outros autores (AINOUZ

et

aL,1995; COSTA,F.H.F.,1995; BENEVIDES

et

a/.,1996).

(30)

TABELA 03 - Teor protéico e Atividade hemaglutinante nos extratos obtidos empregando-se diferentes meios de extração.

Soluções pH Volume (ml) Proteína Total(mgP) UH/m1 UH Total UH/mgP NaC1 0,15M - 12 4,3 32 384 2,6 Fosfato c/ NaC1 0,15M 7,0 12 5,0 64 768 5,3 Tris-HC1 c/NaC1 0,15M 7,6 11 2,5 16 176 1,4 Tris-HC1 7,6 13 2,0 8 104 0,6 NaC1 0,15M c/Tween 80 - 11 5,0 16 176 1,5

(31)

5.3 - Estudo Cinético da Atividade Hemaglutinante presente no Extrato Total

Como mostrado na FIGURA 04, os resultados obtidos neste teste mostram que a atividade hemaglutinante desenvolve o mesmo comportamento cinético tanto a temperatura ambiente como a 37°C. Ao longo das primeiras seis horas de experimentação, a atividade manteve-se máxima e inalterada, vindo ern seguida a decrescer em torno de 50% após 8 horas. Como o ensaio normal de atividade hemaglutinante é completado dentro dos primeiros 60 minutos e, considerando os resultados obtidos, optamos pela realização dos mesmos a temperatura ambiente. A atividade hemaglutinante presente no extrato total, no tempo normal do ensaio foi considerada 100%.

5.4 - Fracionamento de Proteínas

0 fracionamento das proteínas extraidas a pH 7,0 foi feito por precipatação salina. 0 extrato total foi tratado com sulfato de amônio em diferentes faixas de concentração.

Como observado na TABELA 04, a atividade hemaglutinante total, concentrou-se na fração (F20/60). Esta mesma fração protéica também apresentou a maior atividade especifica. Em decorrência destes resultados, a fração (F20/60), foi a escolhida para utilização nas etapas posteriores do isolamento da lectina.

(32)

176,0

35,2

F0/20

5,0

11.264,0

541,5

20,8

Frações

Extrato total

Proteína Total

(mg)

39,8

Atividade Hemaglutinante

(UH total) *

(UH/mgP)

1920,0

56,8

F20/60

TABELA 04 - Teor protéico e atividade

hemaglutinante

das frações obtidas por fracionamento com sulfato de amônio do extrato total de

Digenea simplex.

(33)

5.5 - Características Físico-químicas da Atividade Hemaglutinante presente no Extrato Total

5.5.1 - Efeito de Cations Divalentes na Atividade Hemaglutinante

A TABELA 05 apresenta os resultados do estudo sobre o efeito de cations divalentes (Ca+2 e Mn+2) na atividade hemaglutinante presente no extrato total. De acordo com os resultados obtidos o EDTA não afetou a atividade hemaglutinante e, a presença de ions divalentes no ensaio não exerceu qualquer influência sobre a mesma. A atividade presente no extrato total foi considerada 100%. De conformidade com dados existentes na literatura, a atividade hemaglutinante presente ern algas vermelhas não requerem cdtions divalentes para exercerem a aglutinação de células. Como observado por ROGERS

et

al. (1980) , dentre as algas vermelhas, somente as lectinas do gênero

Ptilota

mostraram esta exigência.

5.5.2 - Ensaio de Inibição da Atividade Hemaglutinante

A TABELA 06 mostra a concentração minima de glicoproteinas capazes de inibir uma unidade hemaglutinante. De acordo com os resultados, os açúcares simples testados não inibiram a atividade hemaglutinante presente no extrato total até uma concentração de 25 mM e as glicoproteinas avidina, fetuina e manana de levedura não inibiram até uma concentração de 1,25 mg/ml. A atividade hemaglutinante presente no extrato total de

D.

simplex foi inibida pela glicoproteina mucina, requerendo uma concentração minima de 0,3 mg/ml para ainda causar efeito inibitório.

Estes resultados vêm a reforçar aqueles já relatados a este respeito por outros autores (ROGERS & FISH.,1991). Os sítios de ligação a carboidratos destas lectinas parecem exigir uma estrutura mais densa, que possa vir a encorar e desta forma favorecer a interação da lectina com um ou mais resíduos de

(34)

monossacarides presentes na porção glicidica da glicoproteina ( BOURNE

et

ta.,1994).

5.5.3 - Termoestabilidade da Atividade Hemaglutinante

A atividade hemaglutinante presente no extrato total quando incubada a diferentes temperaturas apresentou o seguinte comportamento: a 40 °C, a atividade hemaglutinante presente no extrato total de D.

simplex,

manteve-se estável em torno dos primeiros 20 minutos, vindo a sofrer uma redução de 50% após completados 30 minutos do tratamento. A partir deste período a atividade manteve-se inalterada até o tempo máximo da experimentação. Significativa perda de atividade foi observado nas temperaturas de 50, 60 e 700C (FIGURA 03, pág. ) Nestas situações, houve forte perda de atividade, na ordem de 75 a 95%, logo após 15 minutos de tratamento.

0 valor do AG' de ativação do processo de desnaturação da fração proteica encerrando atividade hemaglutinante calculado como descrito no item 4.10 foi de: AG' (60°C) 22,9 Kcal/mol.

(35)

TABELA 05 - Efeito de cdtions divalentes ( Ca+2 e Mn+2 , 5 mM ) na atividade hemaglutinante presente no extrato total de

D.simplex.

FRAÇÃO -ATIVIDADE HEMAGLUTINANTE *

Extrato Total

Extrato Total

c/

Ca+2 e Mn+2, 5mM Controle ,EDTA

Controle, cdtions divalentes

* Atividade hemaglutinante presente no extrato total foi considerada 100% (-) Ausência de atividade hemaglutinante

100 100

(36)

TABELA 06 -Especificidade da atividade hemaglutinante presente no extrato total de Digenea simplex por açúcares simples e glicoproteinas.

Açúcar Concentração minima* M) D(+)galactose DeOglicose N.I L(-)ranmose N.I Le0arabinose NJ D(4) glicosamina N.I D(f)lactose N.I D(l)rafinose NJ D(+)celobiose NJ D(+)xilose N.1 D(+)frutose NJ Salicina NJ Trealose NJ Melizitose N.1 D(F)mariosamine 0,1M

GLICOPROTEINAS Concentração Minima* (mg/m1)

Avidina N.I

Mucina 0,3

Fetuina NJ

Manana de Levedura N.1

Concentração minima requerida para inibição de uma unidade de hemaglutinação.

N.I - Não inibiu até a concentração final de 25 mM para os açúcares simples ou 1,25 mg/ml para as glicoproteirtas.

(37)

5.5.4 - Cromatografia em DEAE- Sephacel

A fração (F 20/60) obtida a partir do extrato total de

D.

simplex,

foi submetida a cromatografia de troca i6nica em coluna de DEAE-Sephacel. A FIGURA 05 mostra o perfil cromatográfico obtido para a fração em estudo.

A fração protéica foi eluida em dois picos (PI e PII), estando toda a atividade hemaglutinante concentrada em PI. Esta etapa mostrou-se efetiva para o bom desenvolvimento do processo de purificação da lectina presente na alga em estudo.

5.5.5 - Cromatografia de Afinidade em Coluna de Mucina-Sepharose

A fração ( PI-Sephacel) , livre de pigmentos, foi ern seguida dialisada, concentrada e aplicada em coluna de Mucina-Sepharose CL (FIGURA 06). A fração protéica adsorvida à coluna, PII-Mucina, encerrando toda a atividade hemaglutinante, apresentou uma purificação de 27 vêzes com relação ao extrato total (TABELA 07).

5.5.6 - Eletroforese em Gel de Poliacrilamida na presença de SDS e 13-mercaptoetanol das frações obtidas nas etapas de purificação da lectina de

Digenea

simplex.

A FIGURA 07 refine o perfil eletroforético das frações protéicas obtidas durante as diversas etapas de purificação da lectina de

D.

simplex.

A fração PII-mucina, na presença de SDS e f3-mercaptoetanol foi resolvida num gel de poliacrilamida a 15%, como uma (mica banda protéica difusa, apresentando massa molecular aparente inferior a 14,2 kDa quando a lactoalbumina foi empregada como marcador protéico.

Esse baixo tamanho molecular encontrado para a lectina de

D.

simplex,

está em concordância com o detectado para outras lectinas de algas. AINOUZ et al. (1995) , relataram a ocorrência de polipeptideos ixibindo elevada atividade

(38)

200 1-‘ 0,8 '-- 4, 4

--1111--

A280 UH/m1300 NaCl 1M 1100 V 4-4-41 20 30 o 10 1 I I 0,4 - Frações (3 ml / tubo)

FIGURA 05: Cromatografia de troca iônica da fração F20/60 em coluna de DEAE - Sephacel equilibrada com tampão fosfato de sódio 0,02M, pH 7,0. 0 primeiro pico (PI DEAE) foi eluido com o tampão de equilíbrio e o segundo pico (P11- DEAE) eluido com NaC1 1,0M.

(39)

0, —0-- A280 UH/ml 30 10 20 -! 40 0,1 - NaCi 0.15 M -160 Frações (3 ml! tubo)

FIGURA 06: Cromatografia de afinidade do PI - DEAE em coluna de Mucina-Sepharose equilibrada com tampão fosfato de sódio 0,02M, pH 7,0. 0 primeiro pico (PI - Mucina) foi eluido com NaC1 0,15M e o segundo pico (PII-Mucina) encerrando toda atividade hemaglutinante foi eluído com uréia 8M

(40)

TABELA 07: Purificação parcial da lectina de Digenea simplex obtida através de cromatografia em Mucina - Sepharose - CL.

Frações Proteína Total(mg) Rendimento (0/0) Atividade Hemaglutinante Purificação Total Especifica Extrato 264,18 100 7488 28,34 1,00 F20/60 21,40 8,10 2892,8 135,16 4,76 PI-DEAE 5,36 2,02 2304 429,53 15,15 PII-Mucina 0,63 0,238 80 761,90 27,00

* Os dados foram obtidos a partir de 100g. de farinha de alga fresca (29,2g da alga seca)

(41)

FIGURA 07: Eletroforese em gel de poliacrilamina em presença de SDS e 13-mercaptoetanol das frações da alga

Digenea

simplex obtidas durante o processo de purificação da lectina. 1:marcador de massa molecular (albumina sérica bovina, 66kDa; ovalbumina, 45KDa; gliceraldeido 3-fosfato desidrogenase, 36Kda; anidase carbônica, 29KDa; tripsinogênio, 24 KDa; inibidor de Tripsina, 20,1 KDa; lactoalbumina, 14,2 KDa); 2 e 3: PI-Mucina; 4 e 5: PII-Mucina; 6:PI-DEAE.

(42)

6- CONCLUSÕES

1. A alga marinha vermelha Digenea simplex apresenta um baixo teor protéico, comparativamente a outras espécies de Rhodophytas estudadas.

2. Os eritrócitos de coelho quando tratados com a enzima tripsina, foram mais sensíveis à aglutinação por extratos da alga Digenea simplex.

3. A Atividade hemaglutinante não apresentou dependência de ations divalentes (Ca+2 e Mn+2) e mostrou-se estável na faixa de pH neutro.

4. Os estudos de cinética da atividade hemaglutinante podem ser realizados A temperatura ambiente.

5. 0 AG' de ativação do processo de desnaturação da fração protéica responsável pela atividade hemaglutinante foi de 22,9 kcal/ moi.

6. A atividade hemaglutinante não foi inibida por açúcares simples até a concentração de 25mM, porém, foi inibida pela glicoproteina mucina na concentração minima 0,3mg/ml.

7. A fração rica em proteína (F20/60) encerrando grande parte da atividade hemaglutinante apresentou os maiores valores de atividade especifica.

8. A cromatografia em DEAE-Sephacel foi eficiente na separação dos pigmentos da fração proteica. A fração não adsorvida A coluna (PI-DEAE) encerrando toda a atividade hemaglutinante foi empregada nas etapas posteriores de purificação da lectina.

9. Os estudos eletroforéticos em PAGE - SDS realizados com as diversas frações protéicas de Digenea simplex mostraram que a lectina apresenta massa molecular aparente inferior a 14,2kDa.

10. Estudos adicionais deverão ser realizados para uma melhor caracterização da lectina de Digenea simplex.

(43)

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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