S
Dinâmica de Voo
Espacial
Cap. IV – Equações Do Movimento
De Foguetes Rígidos
Profª Maria Cecília Zanardi Julho/2015
Introdução
S
Consideremos o foguete como um sistema de massa
limitado por uma superfície fechada S, formada por uma
superfície externa S
rdo foguete e uma superfície A
e, limitada
pelo contorno do bocal de saída dos gases de combustão:
Sr
Ae
Introdução
SSuposições Adicionais
1.
Exceto pelo propelente queimado (consumido),
toda a massa limitada pela superfície S forma um corpo
indeformável, e esta é a razão para chamarmos o foguete
hipoteticamente de foguete rígido.
Na realidade existem foguetes não rígidos, como os foguetes com
propelente líquido, onde existe movimento de fluído dentro do
tanque, existindo equipamentos girantes tais como turbinas e
bombas.
Introdução
S
Suposições Adicionais
2.
A superfície externa S
rdo foguete, exceto talvez a parte de S
ra
qual é formada pela superfície externa do bocal, tem um eixo
de simetria: o eixo longitudinal do foguete.
3.
O centro de massa do foguete alinha-se neste eixo
4.O eixo longitudinal é um eixo principal de inércia.
Introdução
S
O movimento do foguete, considerando estas simplificações, em
geral se aproxima muito bem do movimento real do foguete.
S
No entanto, as equações do movimento permanecem ainda
complicadas, apesar das suposições.
S
Na prática temos que escolher um sistema que durante a missão
pode ser aproximado para um sistema inercial com exatidão
suficiente para os fins da missão em questão.
S
Assim, o movimento de translação da Terra pode ser negligenciado se
Introdução
S
Alguns termos, são muito pequenos quando comparados à
outros termos, e não tem grande influência no movimento,
de maneira que podem ser negligenciados.
S
Algumas vezes poderemos provar que realmente a
Sistemas de Referência
Sistema Inercial: 0XYZ
a. Centrado no CM da Terra, ORIGEM 0; b. O plano fundamental sendo o EQUADOR; c. Eixo Z dirigido para o Pólo Norte;
Sistemas de Referência
Sistema Inercial: 0XYZ
d. O eixo X estando no plano do Equador e esta dirigido para o ponto vernal (ponto em que o plano da órbita da Terra em torno do Sol cruza o plano do Equador, quando passa o hemisfério sul para o norte) ;
e. O eixo Y esta no plano do Equador 90º de X, formando um sistema
Sistemas de Referência
Sistema Inercial: 0XYZ
S Os vetores unitários deste sistema são:
: , ,e e eX Y Z
e
e
e
e
Z Y X I X Y ZSistemas de Referência
Sistema Geocêntrico: 0X
gY
gZ
ga. Centrado no CM da Terra, origem O;
b. O eixo Zg na direção do eixo de rotação da Terra apontando para o norte (portanto coincide com o eixo OZ do sistema inercial);
c. Os eixos Xg e Yg estão no plano do Equador, com o eixo Xg dirigido
para o ponto de intersecção entre o meridiano de Greenwich e o Equador, sendo que o eixo Yg forma o sistema dextrogiro.
Sistemas de Referência
Sistema Geocêntrico: 0X
gY
gZ
gS Se são os vetores unitários deste sistema:
eZ eY e X e g g g g eZ eY e Xg, g, gSistemas de Referência
Sistema Geocêntrico: 0X
gY
gZ
gS Este sistema de referência é conveniente para especificar a posição do
foguete relativo à superfície da Terra, pois conhecido a posição do foguete neste sistema e a posição de de um ponto na superfície da Terra e sendo o vetor posição do foguete em relação à superfície da Terra, então:
Sistemas de Referência
Sistema Geocêntrico: 0X
gY
gZ
gS Como a Terra gira em torno do eixo OZ com velocidade angular Ωe temos
que a velocidade angular do sistema geocêntrico em relação ao sistema inercial é dado por:
Sistemas de Referência
Sistema Geocêntrico: 0X
gY
gZ
gS O vetor posição pode ser dado pelo
módulo do raio vetor , pela latitude geocêntrica Φ e longitude λ:
S sendo que -90°≤Φ≤90°, positivo
para o hemisfério norte e
Sistemas de Referência
Sistema Vertical: 0X
VY
VZ
Va. Centrado no CM do foguete, origem C,
b. O eixo ZV está orientado segundo o raio vetor R (que une o CM da Terra ao CM do
foguete, direção da vertical local) apontando para o centro da Terra,
c. O eixo XV está na direção norte-sul, positivo para o norte.
Sistemas de Referência
S Os vetores deste sistema são: e temos:
Sistemas de Referência
S Os vetores deste sistema são:
e temos:
e e eXV, YV, ZV
Sistemas de Referência
a. O centro de massa do foguete é a origem deste sistema;
b. O eixo x alinha-se ao longo do eixo longitudinal do foguete e positivo
para frente;
Sistemas de Referência
S Este sistema possui:
c. Os eixos y e z alinham-se ao longo dos dois outros eixos principais do
veículo, formando um sistema dextrogiro.
Sistemas de Referência
S Os vetores unitários deste sistema são :
Relação Entre os Sistemas de
Referência
S O sistema geocêntrico é fixo na Terra e, portanto acompanha o
movimento de rotação da Terra, ou seja, gira em torno do eixo Z do sistema inercial com a velocidade Ωe.
S Sua orientação em relação ao sistema inercial é determinada pelo ângulo
entre os eixos X e Xg : ângulo horário.
Relação Entre os Sistemas de
Referência
S Se para t = t0 os dois sistemas
coincidem, então:
Plano do Equador
Relação Entre os Sistemas de
Referência
S Sendo:
Relação Entre os Sistemas de
Referência
S E a velocidade angular do sistema geocêntrico com relação ao inercial,
como já vimos, será:
Relação Entre os Sistemas de
Referência
S O vertical, centrado no foguete, é obtido do sistema geocêntrico através
de duas rotações sucessivas e de uma translação:
1. Primeiro, giramos o eixo Zg de um ângulo λ (longitude geográfica);
2. Depois, giramos o novo eixo Y’
de um ângulo
Sistema Geocêntrico e Vertical:
- p 2 +f æ è ç ö ø ÷.
Eixo Zv– direção vertical
Plano Xv Yv – plano do horizonte. Plano horizontal
Relação Entre os Sistemas de
Referência
S Portanto:
Relação Entre os Sistemas de
Referência
S Portanto:
Relação Entre os Sistemas de
Referência
S Portanto:
Relação Entre os Sistemas de
Referência
S A velocidade angular do sistema vertical em relação ao geocêntrico será:
S Utilizando a matriz de transformação LVg temos:
Relação Entre os Sistemas de
Referência
S E a velocidade angular do sistema vertical em relação ao sistema inercial
será:
Relação Entre os Sistemas de
Referência
S
Três ângulos de Euler: ψ, θ, Φ, sequencia 3-2-1
1. Girar o eixo ZV de um ângulo ψ,
2. Depois girar de novo o eixo Y’V de um ângulo θ
3. E por fim girar o eixo x de Φ.
Relação Entre os Sistemas de
Referência
S ψ = ângulo de azimute, é o ângulo entre o
plano vertical que contém o eixo
longitudinal do foguete e o eixo XV.
S θ = ângulo de elevação, é o ângulo entre o eixo x e o plano do horizonte local
S ϕ = ângulo de declive, é o ângulo entre o eixo z e o plano vertical que contém o eixo longitudinal. Φ Φ θ Ψ Ψ θ XV ZV YV X Y Z
Relação Entre os Sistemas de
Referência
S A relação entre os sistemas será:
S LpV já foi obtido no Capítulo III e é dada por:
Relação Entre os Sistemas de
Referência
S Como já vimos também no Capitulo III, a velocidade angular do sistema vertical
é dada por:
S (Ω𝑝/𝑉) = *−𝜓 𝑠𝑒𝑛𝜃 + 𝜙 +𝑒 𝑥 + *𝜓 𝑐𝑜𝑠𝜃 𝑠𝑒𝑛𝜙 + 𝜃 𝑐𝑜𝑠𝜙 +𝑒 𝑦 + *𝜓 𝑐𝑜𝑠𝜃 𝑐𝑜𝑠𝜙 − 𝜃 𝑠𝑒𝑛𝜙 +𝑒 𝑧
Relação Entre os Sistemas de
Referência
S Como queremos determinar a matriz de transformação LpI, ou seja:
Relação Entre os Sistemas de
Referência
S A velocidade angular do sistema do veículo em relação ao sistema
inercial será:
Equações Dinâmicas
S
Se é a velocidade do CM do foguete em relação ao
sistema inercial, Ω a velocidade angular do sistema fixo no
foguete (ou seja, é a própria velocidade angular do foguete),
então as equações do movimento de rotação e de translação
do foguete, como vimos no Capítulo II, podem ser obtidas
por:
Equações Dinâmicas
Onde:
S
é o vetor posição do elemento de massa dM relativo ao CM
do foguete,
S
é a força externa atuando sobre o foguete,
Equações Dinâmicas
S
Os outros termos do lado direito das equações são as forças
Equações Dinâmicas
S
Sendo que as parcelas e representam a velocidade e
aceleração dos componentes de combustão com relação ao
centro de massa do foguete.
Equações Dinâmicas
S
Se e - a velocidade dos componentes de combustão com
relação a estrutura do foguete rígido e
S
e
velocidade e aceleração do CM com relação a
Equações Dinâmicas
S
No desenvolvimento das expressões das forças e momentos
aparentes, em um meio fluído de densidade ρ:
S
Sendo um vetor qualquer, a velocidade do fluído em
relação ao volume de controle considerado, e um vetor
unitário normal a superfície A
e.
Equações Dinâmicas
S Esta relação pode ser
demonstrada utilizando o teorema de transporte de Reynolds e o teorema de Gauss;
S A última equação também é
válida substituindo-se por ;
S Nas nossas aplicações o fluído
considerado será os componentes da combustão.
d dt
d dt