• Nenhum resultado encontrado

CONIC-SEMESP

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "CONIC-SEMESP"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

16°

TÍTULO: INCIDÊNCIA DE QUEIXAS VESTIBULARES EM CRIANÇAS COM DISTÚRBO DE LINGUAGEM ORAL E/OU ESCRITA

TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: FONOAUDIOLOGIA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): ELIANE DE FRANÇA CORDEIRO AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ADRIANA MARQUES DA SILVA ORIENTADOR(ES):

(2)

Projeto de Pesquisa - Iniciação Científica

Aluno: Eliane de França Cordeiro RA: 6704888

Orientador: Profa. Adriana Marques da Silva

Curso: Fonoaudiologia abril/2016

Título do Projeto:

INCIDÊNCIA DE QUEIXAS VESTIBULARESEM CRIANÇAS COM DISTÚRBIO DE LINGUAGEM ORAL E/OU ESCRITA

Resumo

O sistema vestibular, visão e propriocepção são responsáveis pela manutenção do equilíbrio corporal. A integração central dessas informações propicia o movimento harmônico e equilíbrio do corpo. As disfunções vestibulares podem ocorrem em crianças levando a sintomas como medo de altura, dores abdominais, cefaléia, terror noturno, vômitos suspeitos e quedas banais. As desordens vestibulares na infância podem interferir no desenvolvimento motor e de linguagem da criança, acarretando prejuízos no desenvolvimento da postura, da motricidade e no desempenho escolar. Este estudo tem por objetivos avaliar a incidência de queixas vestibulares em crianças com alteração de linguagem oral e/ou escrita. Será realizado o levantamento de queixas vestibulares em crianças com alteração de linguagem oral e/ou escrita (grupo experimental) e em crianças sem queixas escolares (grupo controle) através de um questionário que deverá ser respondido pelos responsáveis. Após estudo estatístico das respostas apresentadas, será elaborado um folder explicativo sobre a importância do equilíbrio no desenvolvimento da linguagem.

Introdução

O sistema vestibular, visão e propriocepção são responsáveis pela manutenção do equilíbrio corporal. A visão nos dá a informação da relação espacial do corpo com o ambiente. A propriocepção nos dá a informação da posição do corpo, das articulações, e o grau de contração/relaxamento dos grupos musculares. O sistema vestibular nos dá a informação da posição e movimento da cabeça. (KLEINER; SCHLITTLER; SÁNCHEZ-ARIASL. 2011)

(3)

A integração central dessas informações propicia o movimento harmônico e equilíbrio do corpo através da contração e/ou relaxamento dos grupos musculares agônicos/antagônicos (reflexos posturais). Existem também movimentos oculares reflexos que estabilizam a imagem durante o deslocamento da cabeça. Sendo assim o sistema vestibular contribui para três funções principais: controle do equilíbrio, orientação espacial e estabilização da imagem na retina. (ZAMBENEDETTI; SLEIFER; FIORINI, 2011)

O sistema vestibular é composto por estruturas sensoriais periféricas localizadas na orelha interna (labirinto), os nervos vestibulares superiores e inferiores e as vias vestibulares centrais. (GANANÇA et al., 2006)

Quando o sistema auditivo e vestibular apresenta disfunções, individualmente ou em conjunto, surgem tontura, desequilíbrio e sintomas neurovegetativos caracterizando as síndromes vestibulares. A síndrome vestibular pode ter localização periférica localizada no labirinto e/ou nervo vestibular ou central que pode ser nos núcleos, vias e inter-relações no SNC. Nas síndromes periféricas, a vertigem e outros tipos de tontura costumam surgir associadas à perda de audição, zumbido, sensação de pressão ou desconforto no ouvido e manifestações neurovegetativas. Nas síndromes vestibulares centrais, as tonturas podem coexistir com ataxia, diplopia, paresia ou paralisia facial, disartria, disfagia, fraqueza, incoordenação de movimentos, distúrbios de motricidade e sensibilidade, entre outros sintomas neurológicos. (GANANÇA et al., 2010)

A tontura pode representar uma sensação de desorientação espacial do tipo rotatório (vertigem) ou não rotatório (instabilidade, flutuação, oscilação, mareio, afundamento, desequilíbrio, queda e oscilopsia). A vertigem é o tipo mais comum, correspondendo a uma sensação de estar girando no meio ambiente (vertigem subjetiva) ou de rotação do ambiente em relação ao próprio paciente (vertigem objetiva). A vertigem pode apresentar curso paroxístico, permanente ou transitório e ocorrer caracteristicamente em determinadas posições ou movimentos da cabeça e do corpo. O mesmo paciente pode ter mais de um tipo de tontura. Além disso, a tontura pode variar em relação à intensidade (leve, moderada, acentuada, incapacitante) e duração (segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses ou anos). (GANANÇA et al., 2010)

As síndromes vestibulares podem ocorrem em crianças levando a sintomas como medo de altura, dores abdominais, cefaléia, terror noturno, vômitos suspeitos e quedas banais. (GANANÇA et al., 1997)

(4)

- Torcicolo Paroxístico da Infância (TPI) ocorre em crianças pequenas, de meses até aproximadamente cinco anos. Na crise, a criança apresenta choro, sintomas neurovegetativas, como palidez, sudorese, náusea e vômito e torção da cabeça. A doença costuma ser autolimitada e acredita-se que seja precursora da VPBI e da enxaqueca. (DOLCI et al., 2013)

-Vertigem Paroxística Benigna da Infância (VPBBI) acomete crianças maiores, de três a oito anos. A tontura costuma ser rotatória, com duração de minutos, podendo durar horas. Como no TPI, as crises são acompanhadas de náusea, vômito, palidez, sudorese e podem ter dor abdominal. A cefaléia pode ter as características de enxaqueca, já que se credita que a VPBI é precursora da enxaqueca. (DOLCI; ALCÂNTARA, 2013)

- Migrânea Vestibular pode causar tontura, sensibilidade ao movimento, ou desequilíbrio e tem maior incidência no sexo feminino. (MIYAKE et al., 2014)

As disfunções vestibulares na infância podem interferir no desenvolvimento motor e de linguagem da criança, acarretando prejuízos no desenvolvimento da postura, da motricidade e no desempenho escolar (QUIRÓS, 1970; AYRES, 1978; GANANÇA, 1989; GANANÇA & CAOVILLA, 1989).

A disfunção vestibular infantil pode afetar consideravelmente a habilidade de comunicação, o estado psicológico e o desempenho escolar, sendo importante lembrar que o baixo rendimento escolar também pode ser um indício valioso de possível Labirintopatias (SANDLER et al., 1992).

Uma consequência da disfunção vestibular da infância pode ser alteração no desenvolvimento da linguagem oral e/ou escrita. A linguagem é definida como uma ferramenta de comunicação do ser humano para interagir com o mundo e consigo próprio através de símbolos verbais e acústicos. Na interação com o ser humano, a linguagem representa um papel fundamental. (BORGES; SALOMÃO, 2003)

Objetivos

 Avaliar a incidência de queixas vestibulares em crianças com alteração de

linguagem oral e/ou escrita.

 Elaboração de um folder com material explicativo que deverá ser distribuídos

para a população local, sobre as Labirintopatias da Infância e suas relações com a Linguagem.

(5)

Metodologia

Serão selecionados para este estudo 30 crianças com idades entre 7 e 11 anos de idade, de ambos os gêneros, sendo divididas em dois grupos: grupo controle e grupo experimental.

O grupo experimental será constituído por crianças com queixa de alteração de linguagem oral e/ou escrita provenientesda Clínica Escola de Fonoaudiologia do Complexo Educacional FMU na cidade de São Paulo/SP. O grupo controle será formado por crianças sem histórico ou queixas de alteração de linguagem oral e/ou escrita, oriundos de escola privada do Ensino Fundamental I na cidade de São Paulo/SP.

Este estudo será submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa antes de seu início.

Todos os responsáveis pelas crianças receberão as informações por meio de uma carta

explicativa e assinarão o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Para relacionar as alterações de linguagem aos sintomas e sinais vestibulares será elaborado um questionário de anamnese com perguntas sobre os sintomas e sinais

vestibulares que será respondido pelos responsáveis pelas crianças. Os grupos serão

pareados por idade e gênero e as respostas ao questionário serão submetidas à análise estatística qualitativa.

Ao término deste estudo, será elaborado um folder para esclarecimento da importância do equilíbrio na aquisição da linguagem contendo:

 Sintomas em crianças com disfunções vestibulares;

 Principais síndromes vestibulares na infância;

 Prejuízos na aquisição e desenvolvimento da linguagem acarretados pelas

síndromes vestibulares;

 Avaliação e tratamento das síndromes vestibulares na infância.

Desenho do estudo = estudo exploratório Justificativa

 Crianças com alterações de linguagem oral e/ou escrita podem apresentar

disfunções vestibulares que prejudicam seu desenvolvimento escolar e que, muitas vezes podem estar sendo negligenciadas, pelos pais, professores ou médicos.

(6)

ZAMBENEDETTI, M; SLEIFER, P; FIORINI, A. C. Perfil otoneurológico e sintomatológico em pacientes vertiginosos. São Paulo, 2011.

SOARES, I. P; AGUIRRE, B. R; FORMIGONI, L. G. Vertigem na Infância. São Paulo, 1994. AYRES, A. J. Learning disabilities and the vestibular system. LearnDisabil. 1978;11:30-41. DOLCI, J; SANTOS, M. A. O. Como diagnosticar e tratar vestibulopatia. RBM MARÇO 2013; V 70 N 3 Págs.: 59-65.

GANANÇA, M. M. Da vestibulometria em crianças com distúrbios de linguagem. São Paulo, 1989.

Ganança M. M; Caovilla H. H. Labirintopatias infantis. RevBrasClin Terap. 1989;18:350-69. GANANÇA, M. M. et al. Tratamento da vertigem na criança. Pediatr. mod, São Paul, 1997.

GANANÇA, M. M. et al. A vertigem explicada. São Paulo, 2006.

GANANÇA, F. F. et al. LABIRINTOPATIAS. RBM V67 Especial Como Diagnosticar e Tratar. São Paulo, 2010.

KLEINER, A. F. R; SCHLITTLER, D. X. C; SÁNCHEZ-ARIASL, M. D. R. O papel dos sistemas visual, vestibular, somatosensorial e auditivo para o controle postural. Campinas, 2010.

BORGES, L. C; SALOMÃO, N. M. R. Aquisição da Linguagem: Considerações da Perspectiva da Interação Social, 2013.

MIYAJE, M. A. M. et al. Como diagnostica e tratar Vestibulopatias. RBM abr 2014; V 71 N 4 Págs.: 83 -89. São Paulo, 2014.

QUIRÓS, J. B. Lasllamadas afasias infantiles y elniño que no habla: sus rel aciones conlassorderascentrales. Fonoaudiologica. 1970; 16(1):83-8.

Referências

Documentos relacionados

de um procedimento de acolhimento diferenciado, com fins preventivos, a pais de crianças com queixas de alterações de linguagem oral, que aguardam por atendimento fonoaudiológi- co

• A Latam e a Gol concentram sua operação de Confins em voos de ponte aérea, o que demonstra que as principais companhias que tenderiam a migrar seus voos para a Pampulha

e) Se o autor da conduta típica descrita no artigo 299 do Código Eleitoral - “Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer

A avaliação auditiva central realizada por meio do potencial evocado auditivo Mismatch Negativity (MMN) possibilita investigar a detecção, a discriminação e a

Participaram desta pesquisa 72 crianças com idade entre 5:00 e 7:11 anos de ambos os gêneros, sendo 36 sem queixas de alteração de fala e linguagem (GC) provenientes de

1 Instituto de Física, Universidade Federal de Alagoas 57072-900 Maceió-AL, Brazil Caminhadas quânticas (CQs) apresentam-se como uma ferramenta avançada para a construção de

Coronary embolism causing myocardial infarction in a patient with mechanical aortic valve prosthesis. Atherosclerotic and nonatherosclerotic coronary artery factors in acute

Além disso, o 911 Turbo S oferece adicionalmente um conjunto de itens de série para complementar a direção dinâmica: o sistema de ajuste de chassi PDCC é equipamento