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Composição da avifauna em uma parcela de vegetação perturbada na Baixada, em Majé, Estado do Rio de Janeiro, Brasil

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(1)

-LUIZ PEDREIRA GONZAGA

ft I

7056

COMPOSICAO DA AVIFAUNA EM UMA PARCELA DE �ATA PERTURBADA

-

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NA BAIXADA, EM MAJE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO,

,BRASIL

Dissertação apresentada à Coordenação de Pós-Graduação em Zoologia, da Uni versidade Federal do Rio de Janeiro , para obtenção do Grau de Mestre em Ciências Biológicas (Zoofogia} .

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RIO DE JANEIRO

1986

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LUIZ PEDREIRA GONZAGA

(OMPOSICÃO DA AVIFAUNA EM UMA PARCELA DE MATA PERTURBADA

,

NA BAIXADA� EM MAJ� ESTADO DO RIO DE JANEIRO, BRASIL,

DISSERTACÃO APRESENTADA À COORDENACÃO DE PÓS-GRADUACÃO EM ZOO

, ,

LOGIA, DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, PARA OBTEN

CAO DO TÍTULO DE MESTRE EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (zooLOGIA),

,

BANCA EXAMINADORA=

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� í FICHA CATALOGRÃFICA

GONZAGA, Luiz Antonio Pedreira

Composição da Avifauna em uma Parcela de Ve­ getação Perturbada na Baixada, em Maj·é, Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Rio de Janeiro,UFRJ. Curso de Pós-Graduação em Zoologia, 1986.

X , 110 f.

Tese: Mestre em Ciências Biológicas (Zoologia)

1. Aves 2. Populações 3. Sinecologia

4. Zoogeografia 5. Teses

I. Universidade Federal do Rio de Janeiro Curso de Pós-Graduação em Zoologia II.Titulo

(4)

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iii.

Trabalho realizado no Setor de Orni tologia do Departamento de Vertebra dos do Museu Nacional.

ORIENTADOR:

Prof� Dr. Heinrich M.F. Helmut Sick

(5)

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O sol evaporou metade do meu suor; a chuva lavou a outra metade;

nenhuma gota chegou a estas páginas, para que você possa perceber o

quanto suei.

A Fernando Novaes,

iv

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-.. V. AGRADECIMENTOS

A Helmut Sick, que sabiamente me forneceu mapa e bús sola (ao invés de fio de Ariadnel, e muitas vezes ainda me acenou com uma lanterna, restaurando-me a certeza de estar no caminho certo.

A Ãlvaro Aguirre , Graziela Barroso, José Candido de M. Carvalho e Augusto Ruschi, que se confundem com o começo

de minha caminhada pelas matas e por recintos com cheiro naftalina , dos quais , embriagado, não consegui mais sair.

de À União dos Escoteiros do Brasil , Região do Rio de Janeiro , que apoiou com vivo interesse meu trabalho em sua propriedade. Contei especialmente com a atenção de Luis Pau lo Maia , Ivan Monteiro e Roberto N. da Silva.

Ao zelador da área de estudo , José P. da Rosa e a seu filho Valmir , que foram sempre a maior garantia de ajuda valiosa e agradável companhia durante o trabalho de campo.

A Filipe, Pestana , Sansão e Tania , que deram apoio amigo sem o,qual o trabalho de campo teria sido quase insupoE tável.

A Rosane, que permaneceu com firmeza na incômoda po­ sição de amiga, em bons e maus momentos da batalha.

Aos colegas Paulo de Tarso Antas , Richard

o.

Bierre gaard, Clóvis B. e Castro , Fernando �ovaes , J. Fernando Pa

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E. Ventura e Edwin Willis, pelo continuo estímulo surgido no de�te de numerosas idéias.

Aos professores Johann Becker e Lino Vieira, pelo incentivo que só os verdadeiros mestres sabem transmitir( ain da que por modéstia ou desilusão talvez não saibam disso).

Aos longos anos de jornada com meus pais Jandyra e Luiz, irmãs Glória e Regina, com Luiz Fernando e com Rejan, de vo o que sou, devo o que fui, e devo o que fiz.

A todos, ofereço com amizade a principal a que cheguei com meu trabalho:

conclusão

"Mais valem dois pássaros voando que ,um na mão".

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... r,, VJ.i. RESUMO

Numa faixa de mata parc!almente isolada e muito peE turbada por atividades humanas no sopé da serra dos Õrgãos, com uma área de 36 hectares, foram encontradas 126 espécies

de aves entre 1975 e 1984. Cerca de 40% delas provavelmente

não se reproduzem regularmente na área,que visitam ocasional ou periodicamente. Hã uma grande proporção de espécies e de indivíduos que se alimentam de frutos e vivem nas bordas da mata, pertencentes à sub-ordem Oscines e à superfamilia Tyra� noidea, representantes mais tlpicas da avifauna de

temperadas. Entre as aves que vivem no interior da

regiões mata

acha-se uma proporçao maior de espécies que só existem no les te brasileiro. Há proporcionalmente mais dessas espécies en­ dêmicas entre as aves que se alimentam de néctar do que entre as que se alimentam de frutos ou de outros animais. Das 99 espécies registradas na área de estudo em 1982, 62 foram cap­ turadas em redes esticadas dentro da mata, perto do solo. A composição dessa amostra não corresponde à da avifauna da área, havendo uma tendência para a captura de maior proporção de espécies e de indivíduos que freqüentam o interior da mata

e cujos tamanho e comportamento não dificultam a captura.

Mais de 40% dos indivíduos capturados pertencem a uma espécie, Manacu4 manactU, também a Única capturada em todas as redes e em todos os dias de amostragem. Reafirma-se a necessidade do uso de uma combinação de métodos para a obtenção de resul tados mais confiáveis em estudos sobre comunidades de aves florestais. No final apresentam-se notas sobre distribuição e abundância de espécies selecionadas.

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Vil i ABSTRACT

In a partially isolated, 36 ha woodlot located in the

foothills of Serra dos Õrgãos,and which has suffered greatly

from human influence,126 species of birds were found from 1975 to 1984. About 40 percent of these most likely do not nest

regularly in the area. Some are occasional visitors;others are seasonal, coming down from the nearby mountain slopes mainly

in winter, from May to August. There is a large proportion of fruit-eating, forest edge species and individuals,belonging to the suborder Oscines and to the superfamily Tyrannoidea. These

groups more typically represent the avifauna of temperate zo

nes. There is a greater proportion of species endemic to ea stern Brazíl among the forest interior birds than among the

edge inhabitants. There are relatively more endemic among nectarivores than among either frugivores or

species insecti vores. Sixty-two of the 99 species recorded in the study area in 1982 were mist-netted in uhe forest undergrowth. The guíld signature of this sample did not match that of the entire avi fauna. There was a bias towards capturing more forest interior dwellers of proper size and behavior. The White-beardea Mana kin (Manac.tu, m.a.na.c.uõ l alone contributed to over 40 percent of all the birds ringed. This species was also the only

caught in every net and on every day of sampling. One recognize the importance of the use of combined methods order to achieve better results in studies of forest

one

must

in

bird

communities. Notes on distribution and abundance of species are presented at the final chapter.

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SUMÃRIO 1. INTRODUÇÃO

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2. ÃREA 2 .1. DE ESTUDO ...••...•.•••••...••.••••...• 1. -Loca izaçao ... . ... ... :· .. .. .. ... ... ... .... . j Pág. 1 7 7 2.2. Çl.i.ma . • . . . • . . . . . . . • . . . . . • . . . 9 2. 3 .. Vegetaçao ...•... 2.4. Fauna ... .... . . ... ... ... ... .... .... ... . 3 • MATERIAL E M:t:TODOS •••••••••••.•.••••••••••••••••••••••• 3.1. Levantamento ornitológico •••...•••••.••••.•..• 3.2. Marcação e recaptura ···�··· 3. 3. Análise estatística •••••.••....•..•.... .•..•••••.• 3. 4. Classes al.i.mentares •••.•..••.•...••.. ••.••••••.• 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 10 14 17 17 18 21 27 29

4 .1. Composição por espécies . . • . • . . . • . . . . • • • • • . . 2 9

4.2. Composição por classes alimentares ...•..•••••.• 4.3. Composição por tãxons superiores .•••.•.•••....•••

4. • 4 .. EndeIT1isrno ... . 4.5. Notas sobre espécies selecionadas

5. CONCLUSÕES

. . .

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. . .

6. REFERENCIAS BIBLIOGRÃFICAS

APtNDICE 1 - Lista sistemática das espécies de aves

encontradas na área de estudo ..•.•••••••.

. APENDICE 2 - Lista das espécies de aves encontradas na

área de estudo,classificadas de acordo

48 56 61 6 "i 79 83 96

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AP�NDICE 3 - Aves de outros ambientes nas vizinhanças

da área de estudo... ... ... . . 109 AP�NDICE 4 - Aves da mata na encosta não registradas

(12)

1 •

1. INTRODUÇÃO

Os estud6s sobre populações e comunidades de aves

florestais intensificaram-se há pouco mais de duas décadas, gerando um grande número de publicações em todo o mundo. No tocante à região neotropical, constitui um marco desse desen­

volvimento o trabalho de SLUD (1960), onde se encontra uma re visão da literatura produzida até então sobre o tema.

Muitos desses estudos têm procurado esclarecer os processos evolutivos responsáveis pelos padrões de variedade e abundância dos organismos componentes da biosfera, através da análise de comunidades de aves sob aspectos corno, entre ou tros, a correlação de características do hábitat (e.g. estru tura da vegetação, umidade, altitude) com a diversidade de es pécies de aves que o utiliza (MACARTHUR & MACARTHUR, 1961; MA CARTHUR et al.,1966; ORIANS, 1969; KARR & ROTH, 1971}, colon! zação de novos hábitats (TERBORGH & WESKE, 1969) ,extinção em hâbitats isolados (KARR, 1982), riqueza de espécies em áreas isoladas de diferentes tamanhos (WILLIS, 1979) ou situa ções geográficas (.AMADON, 1973; KARR, 1971; PEARSON, 1982) e em hábitats com características especiais (REMSEN,JR. & PAR

KER, III, 1983)..

No Brasil, os primeiros levantamentos ornitológicos com enfoque sinecológico foram feitos no estado do Rio de Ja neiro por DAVIS (1945}, que pesquisou a abundância e a distri buição das aves em duas fazendas no município de Teresópolis,

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2.

NOVAES (1950), que �ez urna avaliação do número de aves prese� tes num trecho de restinga no atual município do Rio de Janei ro, localizando num mapa (mappingl os indivíduos observados. A esses estudos pioneiros sucederam análises da dis tribuição e da abundância das aves (levando em conta aspectos como estratificação , hábitos alimentares e distribuição

gráfica das espécies) em hábitats amazônicos (NOVAES,

geo 1958,

1969, 1970, 1973; FRY, 1970; LOVEJOY, 1974; WILLIS,1976, 1977).

Um importante estudo da composição de comunidades de aves em parcelas de mata subtropical latifoliada no

(planalto paulista) foi realizado por WILLIS (19791. Seguiram-se levantamentos da avifauna de

sudeste

diversas áreas (incluindo reservas e parques) nos estados de são Paulo

(WILLIS & ONIKI, 1981) , Rio de Janeiro e Espírito Santo

(SCOTT & BROOKE, 19851. Estes estudos apresentam informação sobre a distribuição altitudinal e a abundância de cada espé­ cie observada , e podem servir de base a futuras análises e comparações de âmbito regional.

Na América do Norte, as redes de nãilon (m.Ut ne.úl japonesas foram usadas inicialmente por anilhadores, após a Segunda Guerra Mundial (LOW , 1957). Desde então, esse método de captura tem sido empregado também na região neotropical,pa ra amostragem de populações, em estudos sobre comunidades de aves. Alguns desses estudos apresentam e discutem resultados obtidos exclusivamente com o uso de redes (e.g., KARR, 1980; LOVEJOY, 1974; NOVAES , 196�, 1970}, enquanto em outros foram

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usadas redes em combinação com métodos diferentes para avali� ção da abundância das aves (e.g. NOVAES, 1973; STAJ\'1M et al . , 1960; TERBORGH & WESKE, 1969).

O uso de redes e suas fontes de erro no estudo de co

munidades de aves têm sido comentados por diversos autores

(e.g. LOVEJOY, 1974; MACARTHUR & MACARTHUR, 1974; REMSEN, JR.

& PARKER, III, 1983) e uma revisão das técnicas e princípios que devem nortear o emprego de redes encontra-se em KEYES & GRUE (19821.

A importância crescente que os estudos sobre popul� çoes e comunidades de aves vem assumindo nas últimas duas dé cadas refletiu-se num simpósio internacional realizado em 1980 na Califórnia, cujas atas foram organizadas por RA.LPH & SCOTT (1981) num volume com mais de 80 trabalhos e extensa

bibliografia que representam uma abrangente avaliação dos mé­ todos até agora empregados para recenseamento de aves terres­ tres.

Diante da igualmente crescente necessidade de conseE var o que ainda resta da natureza, especialmente nas regiões tropicais de todo o planeta, através do uso racional e auto­ sustentado de seus recursos (o que inclui a manutenção de áreas selecionadas e manejadas de modo a garantir por tempo não determinado a diversidade e os processos evolutivos dos sistemas biológicos), evidencia-se a importância da adoção de critérios baseados num sólido conhecimento biológico para o estabelecimento de prioridades no uso do solo em paisagens na turais, ainda desocupadas ou em processo de ocupação (LOVEJOY

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& OREN, 1981; WETTERBERG et al., 1976).

Os efeitos da fragmentação florestal (por açao huma­ na ou não) sobre a diversidade de seres vivos no meio terres-tre têm sido mostrados freqüentemente com base na evidência

apresentada em estudos sobre aves (cf. LOVEJOY & RANKIN, 1981;

OREN, 19 8 3) .

Estudos sobre a utilização, pelas aves, de hábitats florestais primitivos ou alterados têm se refletido tanto na avaliação de estratégias para a conservação das florestas tro picais e suas aves tDIAMOND & LOVEJOY, 1985l corno na questão

da conservação das matas temperadas e das aves que nelas se reproduzem, emigrando no inverno para regiões tropicais (ROB BINS, 1980; TERBO RGH, 1980; WHITCOMB et al.,1981).

A ornitologia em geral e os estudos sobre cornunida

des de aves em particular representam, portanto, matéria de

especial interesse, e para isso contribuem fatores corno os se guintes:

11 O conhecimento taxonôrnico sobre as aves é conside rado muito avançado em relação a outros animais e às plantas.

Disso resulta que a avaliação da riqueza em espécies de

aves de uma área qualquer pode ser feita com urna relativapr� teza, urna vez que o ornitólogo raramente encontrará, durante um levantamento, espécies desconhecidas ou cuja distinção de

outras parecidas ofereça grandes dificuldades e demande por

conseguinte um trabalho paralelo de avaliação taxonôrnica. O número total de espécies conhecidas aproxima-se de 9000, das quais cerca de 1600 foram encontradas no Brasil (.SICK, 1985).

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2) Aves, em sua grande maioria, podem ser identific� das (muitas vezes até o nível de subespécie) por simples ob servação, dispensando a elaboração de coleções (a não ser em

casos duvidosos ou com o objetivo de documentação). Pode-se,

contudo, utilizar outros métodos (como captura com redes e provocação de respostas com a reprodução de vozes gravadas)p� ra incrementar o número de registros de aves mais caladas ou arredias ou para facilitar a identificação e a documentação por outros meios (fotografia, p.ex.).

3) O conhecimento já existente sobre as exigências

ecológicas de mui tas famílias, gêneros e espécies de aves e su

ficiente, em diversas situações, para selecionar e certas aves como indicadores das condições ambientais

utilizar

as

quais são sensíveis, a partir de um levantamento prévio da avifauna de uma região.

4). Inúmeras são as entidades conservacionistas e mi lhÕes as pessoas no mundo inteiro especialmente interessadas pelas aves, o que talvez possamos explicar pelo inegável ape

lo estético que as aves transmitem. Além disso, as aves se impõem devido à sua quase onipresença (vivendo até no centro de grandes cidades), aliada a uma relativa facilidade de

servação (a maioria das aves têm hábitos diurnos}. A

ob

impo.E_ tância disso é clara, na medida em que não só um maior numero

de pessoas e instituições pode ser mobilizado em apoio a um

-projeto que envolva o estudo e a conservaçao de aves, corno a própria avifauna assim manejada se constitui num valioso re curso de uso indireto com elevado potencial econômico,

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tivo e recreativo.

No presente ensaio, estudamos, sob o ponto de vista da sinecologia descritiva (DAJOZ, 1973: 18), as aves encontra das numa área recoberta por vegetação florestal perturbada no litoral sudeste brasileiro, num período de dez anos (1975-1984), analisando a utilização espacial do hábitat pelos indl

víduos componentes de diversos grupos de espécies (classific� dos de acordo com suas preferências alimentares, relações ta­ xonômicas e distribuição geográfica} e assinalando a presença

de elementos sazonais ainda pouco investigados nessa do país .

(18)

I •

2. ÁREA DE ESTUDO 2.1. Localizacão

A area de estudo fica no sopé da serra dos ôrgãos,e�

tre as coordenadas de 22°34'40" e 22°35'00" de latitude sul

e 43°01140" e 43°02'20" de longitude oeste, no 19 distrito

do município de Majé, estado do Rio de Janeiro, distando cer-ca de 40 km, em linha reta, da cidade do Rio de Janeiro

GURA l) •

(FI-Trata-se de urna propriedade da União dos Escoteiros do Brasil, denominada Campo Escoteiro Geraldo Hugo Nunes,com ceE ca de 36 ha e perímetro de 3400 m, apresentando relevo plano com pequenas elevações, estando a cota máxima a 40 m de

alti-tude. A vegetação da área (v. adiante} continua pela encos

ta em direção à serra, constituindo portanto urna "ponta" ( e não uma "ilha") de mata na baixada.

O solo é de aluvião fluvial argila-arenoso com dren� gem deficiente, apresentando alguns trechos alagadiços e ou tros permanentemente encharcados nas cotas mais baixas do ter reno.

Diversos canais de drenagem naturais e artificiais p� netram na área, concorrendo para a formação de um estreitDcÓ!

rego que percorre a metade ocidental do terreno no sentido

leste-oeste, indo reunir-se ao córrego do Sertão, afluente

do rio Roncador, fora dos limites da área de estudo (BRASIL, 1979) .

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... 439 Teresópolis •

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Rio de Janeiro Niterói

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43 30'

Figura 1: Localização da área de estudo no sopé da serra dos

õrgãos, município de Majé, estado do Rio de Janeiro

22°

(20)

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�. 9. 2. 2. Clima

Segundo BERNARDES (i952}, o clima da região é quente e úmido sem estação seca, correspondendo ao tipo Af da classi ficação de Koppen.

As normais climatológicas calculadas a partir de ob servaçoes feitas na estação meteorológica de Citrolândia (22°361S; 43°02' W; altitude 15 msm), a cerca de 2 km ao sul

da área de estudo, indicam uma temperatura média anual de 21,9°c com uma grande amplitude térmica de 7,4°c, sendo a tem

peratura média do mês mais quente (janeiro) 25,3°c e a do mês mais frio (julho) 17,9°c. Os meses mais frios ( temperatura

média abàixo da média anual) são os de maio a outubro. A

precipitação é abundante, atingindo o total anual de 2050 mm,

variando as médias mensais de 337 ,8 mm (fevereiro} a 59,3 mm

(julho}. Os meses de menor pluviosidade sao os de maio a ou­

tubro, com totais inferiores a 143 mm de chuva.

Os valores pluviométricos apresentados são provavel mente inferiores aos observáveis na área de estudo, devendo haver também uma pequena diferença em relação aos demais fato

res climáticos, pois Citrolândia acha-se um pouco mais distan te da serra dos Õrgãos, que exerce influência decisiva no cli ma da região, segundo BERNARDES (1�52}.

Fala�se também de urna "alteração do clima" no país, de

vido a desmatamentos e outros motivos, razão pela qual os da dos apresentados, publicados em 1952, poderiam divergir da realidade atual. Faltam-nos, porém, dados mais

(21)

recentes.vis-_..._

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te a estação de Citrol�ndia so funcionou at� 1941.

2.3. Veaetacão

A região situa-se no dorninio morfoclimâ�ico tropi��l

atlân tice, "simbolicamente reconhecido como domínio dos ''ma

res de morros" florestados, desenvolvido em posição azona�,�a fachada atlântica tropical do Brasil", na definição de AB'SA BEF ·. 19 7 7 � .

A paisagere característica nesse domínio, hoje reduz� da a pequenas areas remanescentes, que a representam princi -palmente em unidades de conservação da natureza, é a da mata pluvial costeira, ou mata atlântica. Nos trechos de mais bai

altitude, entre as primeiras elevações das cadeias monta

nhosas li torâneaf e o mar, ãesenvolve-se urr, tipo particular

a�

vegetaçãc, caracterizaàc por HUECY :1972) corno a "mata clu

vial tropical das planícies costeiras�.

Uma breve descrição da fisionomia e da composição des sas matas nos arredores de Rio de Janeiro, no início do secu lc passaão, pode ser encontrada em SAINT-HILAIRE (1975:20-221, d.ande urr,2 boa idéia do gue foram as mesmas quando esse botâni co percorreu a região (v. também SPIX & MARTIUS, 1976:81-831.

A composiçac e a fisionomia atuais da vegetação na

area de estudo são, certamente, resultantes de uma degradação progressiva da vegetação primitiva do local.

A extracão seletiva deve ter se iniciado muito cedo

(22)

1 ] •

1954) com a retirada de madeiras de lei, notadamente o tap�

nhoâ (Mez;tau�uh naval�um) e o pau-brasil (Cae�alpinia echina

tal, e perdura até hoje, quando o pau-de-tamanco Tabebuia

cahhinoide� e o palmito-doce Eu�e�pe edulil são o que de

mais valioso ainda existe para os saqueadores que periodica -mente voltam a agir.

A derrubada para obtenção de lenha ou implantação

de roçados nunca chegou a atingir, até onde sabemos, a totali dade da área de estudo, embora os sinais de que foi feita no

passado sejam evidentes em diversos trechos, e constitua a

regra na maioria das propriedades limítrofes até hoje (FIGURA

2 )_ •

A degradação da vegetação acentuou-se de modo notá

vel nos Últimos anos (1981 a 1983) de nosso estudo, pois a um incremento sensível da ação de lenhadores e extrativistas so mouse a ação natural de ventanias, abrindo diversas clarei -ras com a derrubada de árvores nas proximidades de clarei-ras preexistentes ou da borda da mata. Essas árvores nao puderam

resistir à ação eólica devido à fraca sustentação que lhes

confere um sistema radicular pouco aprofundado num solo pouco consistente. Isso é um fenômeno bastante frequente err nossa

área de estudo, e deve ser um dos motivos para a raridade de arvores de maior diâmetro na mesma.

A maior parte da área é coberta por uma formação de porte arbóreo atingindo 15 a 20 metros acima do solo, com sub

bosque denso composto por arbustos e arvoretas em crescimen

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12. entre dois e seis metros do solo.

O pipo dessa formação é coberto por um manto relativ�

mente fino de folhas mortas e por urna profusão de ervas e sub­ arbustos que se desenvolvem graças à abundância de luz solar, que atravessa os estratos superiores.

As epífitas e trepadeiras proliferam desde a base dos caules, a pouc·os centímetros do solo, aos galhos das árvores mais altas, sendo especialmente abundantes nos trechos alagadi ços, em que a mata assume características peculiares.

Nesses trechos, o desenvolvimento vertical das árvo

res é raramente observado além dos dez metros. AÍ as árvores sao normalmente mais baixas, tortuosas e podem apresentar raí zes-escora. Muitas crescem inclinadas ou mesmo quase horizon­ talmente, dirigindo seus ramos para cima.

Reconhecemos na área de estudo, portanto, urna forma

ção de porte arbóreo mais elevado, com três estratos de vegeta ção, nas partes mais altas e bem drenadas do terreno, e um ar­ boreto mais baixo, com dois estratos e maior concentração de epifitas e trepadeiras, nos trechos de solo com menor inclina­ ção e drenagem deficiente .

Nas bordas da mata, clareiras e beiras de caminhos

mais largos desenvolve-se rapidamente uma comunidade de pla!!

tas invasoras, heliófilas, incluindo ervas, subarbustos e tre

padeiras que formam intrincado de difícil penetração sem o uso do facão.

(24)

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.�. 13.

As árvores mais altas são

Ta.bebuia cal>hinoidel>

( na

região alagadiça) ,

Newton.ia n.i.tida, Scle11.olobiwn 11.ugohum, T11.i

chilia maJLt.i.ana

e

Ta.p.i.11..i.11.a guia.nenhih.

Abaixo dessas encon

tram-se as copas de

Ah.t11.oc.a11.yum ac.ulea.tihhimum, Apall.ih.thm.i.wn

c.011.da.tum, Se.bati .tian..la

sp. ,

Ch11.yh o phy..f.lum impell..i.ale., Eu.te.11.pe edu

l.i.h, Aniba 6i11.mula, Guap.i.11.a

aff.

oppohUa, Eugenia c.efl.ahióo

-Ua, Ba.thy1>a cuhpidada, Mac.ha.eft.i.um bll.ahilienhe, Pe11.a obova.ta,

011.moh.i.a_ 611.ibull.guenhih, Co11.d.i.a. h ellow.i.ana., Fie.uh

sp. , e outras.

Formando a densa folhagem do sub-bosque predominam

Fa11.amea m�11.g.i.na.ta, M.i.conia wilde.now.i..i.

e outras do gênero

,T11..i.-eh.ilia hilva.tic.a, Phyc.ho.t11..i.a veUozia.na

e outras do genero,

Leand11.a hc.ab11.a., Paypall.ola blanc.hetiana., Gomideh.i.a. hpec..tabilih

e outras do gênero,

E11.y.th11.oxylum c.oe.lophle.b.i.um, Eugenia

spp. ,

Sipall.una

sp. ,

Gua.t.te11.ia la.t.i.6olia, Pipe.11. .til.une.a.tum

e outras. Dentre as ervas eretas e subarbustos que compoem o úmido estrato abaixo do anterior - freqüentemente exibindo in florescências de cores vermelha , branca ou amarela, de resto pouco encontradas na mata a não ser pelas bromélias e orqu_; ,r deas epífitas - destacam-se

Aphela.nd11.a hquafl.11.oha,

sp.,

He.l.i.c.onia laneana., Ou11.a.tea ve11..tic.illa.ta e B11.un6e.lhia. bo­

nodo11.a.

Polypodium

spp. ,

Lyc.opodium

sp. e

V�fl.h.tenia c.aya

-pia

forram o solo em diversos lugares. Pelos troncos sobem

An.thu11..i.um

spp. ,

Monh.te.11.a adanhon.i.i, Philodend11.on

spp.e

.

Polypo

-dium vac.c..i.ni6olium,

aparecendo ao lado das bromélias

Billbell.

gia py11.amidaUh, Aec.hmea nud.i.c.aul.i..6, Ne.011.egelia c.a.11.olinea,V11.�

eh.ia. spp . ,Quehnelia.

quehnelia.na,das

orquídeas

E pide.nd11.wn

sp. ,

(25)

-�

c�vaden6i�, alêm de liq�ens e bri6fitas não identificados.

Nos trechos de sole mais fimido, como em certas de

press�es e ao lado de cursos d'água, vicejam em moitas Cala

the.a ae.mula, Bactr..i� sp.,Polypodium µhyllitidi� e P.anguhtum, bem como NeoJt.e.ge.li.a c.ar..oltnca, bem próximo ao solo ou direta -mente sobre ele.

Um estudo da composição floristica e da estrutura

dessa vegetação foi elaborado por R.R. Guedes como tema de dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1986.

2.4. Fauna

Na falta de um trabalho mais acurado sobre a fauna da area de estudo e de suas vizinhanças, recorremos as nossas pr6prias observações, desenvolvidas de modo esporádico duran­ te o estudo sobre a a'\·:.:_f a una. O volume de material referente a outros grupos animais colecionado por n6s nesse período foi insignificante e pouco representativo àa fauna local,razão p�

la aual nao o relacionamos aqui.

A ausência que mais se faz notar, entre os mamífe -ros,e a de primatas. O Único elemento arborícola de hábitos

diurnos presente no local é o caxinguelê, SciuJt.u� ingr..ami, ob servado em raras oportunidades.

A fauna de aves faltam elementos mais notáveis, comG

urus (Phasianidae),papagaios (Psittacidae) , tucanos (Ramphas

(26)

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cimento c L:j a aná l ise e um dos objetivos des te trabal ho .

Laga �tos arborí colas e ofídios são esporadicamente obs ervados, encontrando-s e com maior freqU�ncia nas bordas da mata e em outros lugares ensolarados o t eiü , Tupin am bi6 tegui xin e o ca lango TAo pi du � u6 to lL q ua�ui .

enccntrados.

Que l ônios nunca foram

Os anfíbios anuros mostram-se numerosos e divers i fi

caàos na 3 rea , fazendo-se notar com freqüência pel2 err:i S S 3C

ãe vezes e pela presença constante nas camadas inferiores dé

folhaaerr. e no sole da ma ta . Os elementos mais notávei s desse

grupo s�o Bu 6 r �Auci f c � , B . �ypho niu6 , A d eno m cAa m aAmo1t.atc. , Apa1La6 phenodo n blwno ,i_ , H yla. spp. ldes tacanão-se H .

.Z:.l guns peixes poderr: ser encontrados nas coleções d '

a aua nc : Lterior óa mata , tendo sido identifi cados , p . ex .

e S ymb1t.anchu� ma�mc �aZu6 .

Urr levantamento dos r�pteis, anfíbios e peixes d2

are2 está sendo feito desde 1 9 83 por Sérgio P . Carvalho e S i �

e colaboradores , que identific aram a s especies ci tadas .

D� fauna de invertebrados pudemos nos ocupar menos do que c om as diversas classes de vertebrados que

aves, e seria inútil citar um ou outro de seus elementos

ainàc.

nao

na

(27)

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1 6 .

nar a ocorrência de formigas-de-correição dos gêneros Eti�o n

e LabidLU , que periodicamente visitam a área e são seguidas por

aves lv. WILLIS & ONIKI , 1 9 78) .

Pequenas coleções de insetos foram reunidas e depos_!

tadas no Museu Nacion�l e no Instituto de Biologia da UFRJ .

Alguns professores . e alunos deste último visitaram o local em diversas ocasiões, para coleta de material entomológico .

Chama a atenção uma aparente ausência de Gastrópodes terrestres são bastante raros.

(28)

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..----... 17 3. MATERIAL E Mr;TOOOS 3. 1 . Levantamento ornitológico

De 1975 a 198� realizamos visitas ao local com peri� dicidade e duração irregu lares (totalizando cerca de 2 0 0 dias) ,

que abrangeram tora� a s estações do ano . Nessas viagens

gistramos as espécies de aves presentes na área de estudo re

e em propriedades vizinhas , dedicandc menor esforço a estas do que àquela . Ao mesmo tempo coletamos material para estudo, d� cumentaçâo e identificação, usando espingarda ou redes de nái

lon (m.w�

�wi

para a obtenção dos exemplares . A maior Pª!

te dos exemplares colecionados foi preparada por taxidermia

e inclu!da na coleção do Museu Nacional da UFRJ : alguns exem­ plares foram depositados no Museu Paraense Emilio Goeldi . Me tade das espécles encontradas na regiao encontram-se docurnen

tadas nesse

marer4� ,

achando-se assinaladas com uma

(+} nc APtNDICE 2. Observações sobre o comportamento

cruz das aves ou outros aspectos da vida silvestre foram fei�as com e auxilio de binmculos 8 x 30 e de luneta 10-16- 2 5x . Foram tam bém usados gravadores de fita em cassete ou em rolo para ob tenção de registros de manifestações sonoras de aves . Alguns desse� registros foram depositados no Arquivo Sonoro Neotropi

cal, da Universidade de Campinas (sp} . A identificação das

aves, colecionadas ou não, foi sempre baseada nc estudo da coleção seriada do Museu Nacional .

Em casis

mais difíceis

ou de menor di.ponibilidade de material, recorremos também

as coleções do Museu de Zoologia da USP, Museu Paraense Emí -lio Goeldi, American Museum of Natural History,

u . s .

National

(29)

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Museum e Field Museurn of Natural History .

A nomenclatura adotada foi a que aparece em DE SCHAU

ENSEE (1966 e 19 70) . Não seguimos as alterações surgidas em di

versos catálogos e monografias mais recentes, que se referem

especialmente às famílias Cotingidae e Tyrannidae, com a fina­ lidade de simplif icar o entendimento fazendo referência a uma

única fonte de ��formação { contudo, indicamos no final do

AP�NDICE 1 alterações introduzidas por alguns autores na clas­ sificação de diversos géneros. e famílias, bem como na nomencla

tura de certas espécie� . A adoção desse procedimento nenhuni

prejuízo causou â nossa análise da composição da avifauna po::: táxons superiores, pois nesta análise somente foram considera­ das as grandes subdivisões da Classe , não afetadas pelas mais recentes mudanças nomenclaturais e sistemáticas em nível fam1 liar , genérico ou especifico.

Em 19 81 fizemos o mapeamento das picadas e do

carre-go existentes na área de estudo utilizando bússola Silva E

trena graduada em metros ..

3 . 2. Marcação e recaptura

Com base nesses levantamentos prévios, planej amos wr.

trabalho de marcação e recaptura que foi realizado em 1982.

Esse trabalho foi precedido por uma amostragem-piloto feita em novembro de 1981 . Nessa amostragem usamos 11 redes de náilon

(30)

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menta , ou se j a , cerca de 3 3 0 hor a s-rede .

Ea 1 9 8 2 reali zã.mos mensalmente marcaçao e recaptura àe aves na area àe estudo usã.ndo inicialmente 2G redes numera

das de l a 20 . Nas amos trag ens de fevereiro a abril foi

usa-àa uma rede adicional (n9 2 1 A) , instalada a les te da es trada

de acesso a area . No roes de maio , ess a rede foi subs tituída

por cuas outras (21 B e 21 C ) . Finalmente , a part ir ae

nho , a rede 21 E foi substituída pela rede 21 D, que comp l e

to� e 2onj unto d e 22 redes utilizadas ã t s o final de anc

(FIGUR.l, 2 e TABELA 1) .

As redes foram ins taladas em picaâas nc interior da

mê ta , 2 uma dis tância de cerca de 1 0 0 mstros uma da outra , nurr

arrar.Jc com que precenàemos amostrar as aves presentes na

maior extensão poss ível ão terreno . Al aumas reàes foram cole

caâas lado a ladc , fazendo um ângulo reto entre elas (FIGURE.

2 Foram armadas em varas de madeira com enca ixes plást�­

cos -:::.ubul ares uma vez por mês , permanecendo insta ladas duran-ts �r�s dias e �eic . Ao f 1:T ô.e c aàa urr. aes s es períodos , forarr:

desmon�aâas e as varas re�olh i ãas . DurantE a arnos�rageffi men

s al , ir.iciou-se a abertura àas redes 1 5 minutos antes do hori

r ic previsto para o nascimento do sol e e. fechamento foi ini ­ ciadc crês horas an ces de ocasc (com exceç�c do quarto e iilti me- a.i2 àe caà2 perioã o , quanào e fechament.o foi iniciado loac

apos a s egund� vis i ta reã es, por volta das 10 horas àa ma

_, .. ,

-nha ) , seguindo-se a mesma s equencia para ambos . Os horários

âe abertura, fechamento e vis i tação das redes foram anotados em ficha padronizada com aproximação de c inco minutos {FIGURh

(31)

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3 ) • Durante a noite as redes permaneceram fechadas e ligei

ramente enroladas , para evitar a captura de aves ou de morce­ gos .

As redes , tal como as instalamos , interceptam as tra jetór ias das aves em vôo numa fa ixa de 0 , 2 a 2 , 5 m acima do solo , capturando-as vivas e ilesas .

Cada ave capturada , após retirada da rede , foi , no próprio local de captura , submetida a um processamento de

ro-tina e libertada . Esse processamento incluiu a verificação

do estado da plumagem, da ocorrência de penas em muda , de pl� ca de incubação e do peso , obtido com o auxílio de dinamôme -tros Pesola-.

Com exceção dos beija-flores (Trochilidae l , as aves foram marcadas com anilhas de alumínio numeradas em série for necidas pelo CEMAVE (Centro de Es tudos de Migrações de Aves ) . Os beija-flores foram marcados através de combínações de

cor-tes na ponta das retri zes (geralment� duas por indivíduo) e

de estrei ta tira de alumínio delgado (colocada no tarso , como uma anilha) onde foi datilog.rafado um algari�mo ou letra

alfabeto .

do

Em todos os casos , foram anotados em ficha padroniz� da (FIGURA 4 } o número e o bolsão da rede em que a ave foi capturada , o lado de onde procedia , a hora em que foi

retira-da, a espécie (.número codificado prev!iamente} , idade e sexo

(verificados geralmente pela plumagem} , o número da anilha e se o indivíduo estava sendo recaptu�ado . Se a ave já tivesse

(32)

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sido capturada no mesmo dia, era libertada imediatamente .

Normalmente, dispendemos em média cinco minutos no processamento de cada ave capturada , incluindo sua retirada da rede e a anotação de todo� os dados referentes à captura •

Inãividuos debilitados por causa do tempo de perma -nência na rede ou eventua: exposição à chuva foram reanimados antes de serem liberados. Para tanto ingeriram algumas gotas

de mel diluído em água e fcram mantiàos envoltos err pane ab

sorvente ou dentro de caixa de madeira1 .

Em adição ao trabalho de captura com redes, registr� mos todas as espécies vistas ou ouvidas na área de estudo du rante caãa período mensal de amostragem.

3 . 3 . Análise es tatística

Os dados de captura foram tabulados e analisados p�

ra a obtenção dos indices de freqÜência relativa de captura E

abundância relativa de indivíduos por espécie , baseados seguintes cálculos :

nos

{a J Freqüéncia relativa lFr) = � x 1 0 0

n

onde A

&

o número de capturas da espécie a e n é o número te

tal ãe capturas obtidos ao longo do ano . Por "captura " en

1 Particularmente propensos ao estresse foram os indivíduos das

espécies : Geo�4ygon montana, Glauci� kiJL6 uta, M�naeiu mana

(33)

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tende-se o evento de uma ave qualquer (tendo sido ou nao pr�

vi arnente capturada e marcada) presa a uma das redes durante

uma amostragem qualquer (por analogia, "recaptura " é a captu­ ra de uma ave já marcada) . Não consideramos, neste cálculo , as aves capturadas durante a amostragem-piloto feita em nevem bro de 1981, nem as capturadas acidentalmente em redes fecha das, fora do horário padronizado de funcionamento.

(.b ) Abund.ância relativa (Ar} =

--

X 100

onde A é o número de indivíduos capturados da espécie a e n

é o número total de indivíduos capturados ao longo do ano.Não foram considerados,- neste cálculo, os indivíduos capturados da familia Trochilidae, pois o método de marcação utilizado p� ra essas aves não permitiu um seguro reconhecimento

dual .

indivi

Calculamos também a Freqüência de capturas por espé cie em relação ao total dos dias de captura e ao número de redes usadas , com base na mesma fórmula (al apresentada acima, onde A é o número de dias ou de redes em que a espécie foi capturada e n é o número total de dias ou de redes de captu ra.

Para as espécies capturadas em pelo menos dez dias

que correspondem a mais de 20% do total de dias de captura , aplicamos o Teste de Casualidade de YOUNG (1961} para anali -sar a distribuição das capturas ao longo do ano.

(34)

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1 14 1981 13 Convenções:

l�f ll ,. eiras ou pastos Lind.te da mata can

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Alagadiço

� CUrvas de nível 9

� CUrso d'água

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Estrada de acesso Sede ãa proprie1cde

Re3es de captura (an

esca-4 3 7

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la diferente da usada no

resto do mapa)

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TABELA 1 . Redes de captura usadas em 1 9 82 e

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serie 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 li 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21A 21B 21C 21D ras D.inensões e tamanho da

m,lha

12 2,5 m, 36nm 12 2,5 m, 36nm 12 2,5 m, 36nm 12 2,5 m, 36nm 12 2,5 m, 36nm 12 X 2, 5 m, 36mn 12 >: 2,5 �, 36nm 12 x 2,5

ri,

36mm 12 X 2,5 µt, 36mn 12 -� 2,5

f'

36nm 12

1

2,5 rn, 36mn 12 X 2,5 rn, 36rrrn 12 X 2,5 �, 36nm 12 � 2,5 m, 36mn 12

"f

2,5

:rn,

36:ntn 12 � 2,5 m, 36nm 12 X 2,5 m, 36nm 12 � 2,5

m,

36mn 12 X 2,5

f,

36nm 10 X 1,5 m, 36mm 20 X 1,5 rn, 36rrrn 12 X 2-,5 rn, 61mn 12 X 2,5 m, 36:ntn 12 X 2 , 5 In, 36mn

Orien- Terrp) de fun

tação cionamento -Chl EW 413,50 NS 414,83 N5 414,08 NS 415,00 EW 40.9.,00 NS 413,58 NS 415,08 EW 415,08 NS 409 ,08 NS 408, 75 EW 408,66 NS 409,25 EW 409 ,16 El\ 409 ,16 NS 410,25 NS 413,75 NS 415,08 EW 417, 25 NS 416 ,83 NS 417,00 NF 99 ,41 NS 32, 75 NS 268, 08 NS 235,50 (T=8890,11) 24 . sumário das captu

Capturas/ 100 horas 13,06 17, 60 21, 73 18,55 16,38 16� 20 6 , 50 6,74 12 ,46 7,58 9 , 79 11, 00 6 ,11 15, 64 10, 72 25,38 16 , 86 8,39 12 ,95 3,60 29 ,17 3,05 35,81 17, 83 (x=l4 ,29 ) N<?" de - . especies 15 23 21 23 24 20 15 12 17 13 23 18 13 20 20 16 14 12 16 08 09 01 22 15 (x=l6 ,25)

(36)

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�- ·

9- 1'1 C1. f IOOh-r .

Figura 3: Ficha usada para anotação dos horários de

às redes e sumário das capt.ura·s diárias .

visitação

(37)

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Figura 4 : Ficha usada para anotação dos dados referentes aves capturadas em rede s .

(38)

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I •

3 . 4 . Cl asses al imentares

Na classificaç�o da avi fauna por ca tegor i as al iment� res , bas eamo-nos em nossas própr ias obs ervações e na l i teratu­ ra , onde cons tam informações sobre reg imes a] j mentares , ambie�

tes e técn icas usados pel a s aves brasi l eiras para bus ca de

al imento . Levamos em co nta , de modo especial , os trabalhos

de SCHUBART et al. ( 1 9 6 5 ) , S ICK ( 1 9 8 5 ) e WILLIS ( 1 9 7 9 ) .

Adaptamos a terminologia relat iva aos regimes alimen tares encontrada na literatura de acordo com o nosso entendi mente de assunto , vi sando a s implificação , corr eção e

unifor-mização da linguagem . Esses princípios levaram-nos as vezes

a adotar certos neologismos em detrimento de outros , anterior mente usados por autores . Mesmo a literatura em língua ingle sa é impr ecisa nes se as sunto , não podendo s ervir de base para a solução de certas ques tões .

Cons ideramos , p . ex . , os granívoros auct. uma classe

de frugívoros , uma ve z que "grão " é pal avra de s i gnificado

impr eciso e , a inda que empregada para des ignar genericamente cariopses , núcu las e aquênios comidos por aves , refere-se aos

frutos de gramíneas , ciperáceas e compostas ( e não às semen

tes dessas plantas , razão pela qual a expres são inglesa � e e­ d eate� , também apl icada a essas aves , é igualmente errônea )

Às vezes , contudo , apenas a semente Carilaãa ou não ) de cer

tas plantas (Euphorb iaceae , p . ex . ) é comida pela ave , que a

recolhe no solo CAGU IRRE , 1 9 7 6 ) ou ainda presa ao fruto , após

(39)

) 13 .

aqueles que ingerem frutos ou partes de frutos, deixando de adotar a definição de SNOW ( 19 8 1 } , que cons idera frugivoros "legitimos " "those birds that digest only the pericarp or other soft parts of the fruit and void the seeds intact, either by regurgitation or by defecation " . Esta definição, baseada no que é digerido (e não no que é ingerido) considera

obviamente a questão da dispersão de sementes ( e Snow refe re-se, portanto, ao que ele considera legitimes "dispersores " de sementes , em contraste com o que chama de "seed-predators") .

Como nem sempre é claro se uma semente ingerida por urna ave

e ou nao digerida e expelida "intacta " lv., p . ex. , PÉREZ ,19 79), empregamos o termo "frugivoros " com o propósito de indicar a

fonte de a limento considerada, estando a questão da dispersão de sementes além dos objetivos deste trabalho.

Outrossim, carnívoros e insetívoros (que comem tarn

bém aracnídeos e outros artrópodes que não insetos, bem como pequenos vertebrados } são termos usados por autores de modo impreciso. Referem-se ambos , contudo , a animais que atuam co mo predadores, denominação que adotamos.

Empregamos a denominação de detritívoros, aplicada

por WILLIS ( 19 7 7) à categor ia de aves que se alimentam de re� tos de animais mortos, em prejuízo do sinônimo saprófagos,te�

do em vista a uniform idade da nomenclatura adotada pelo uso

(40)

-.

-

2 ,, ·'

.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4. 1 . Composição por esµécies

Foram registradas 126 espécies de aves na área de es

tudo desde 1975 , das quais 9 9 ( 78 , 6 % ) tiveram sua

assinalada durante o trabalho de marcação e recaptura 1 982 (APENDICES l e 2) .

presença

em

Dessas 9 9 espécies, 62 (62, 6 %) foram capturadas em

1 98 2 , incluindo cinco (C.ta.Jz.a.v,ü p!te-tioh a. , Ch.toJz.o c. e.Jz.y.t e. a.e.ne.a .

L e.pid o e.o la. p-t. u,

ti

u.t:, c.u.h , M y Jz.m o .t.h e.Jz.u.la. sp . e La. n.iih o ma e..t:. e.9 a nh l

não reg istradas anteriormente na area e não observadas fora de redes. Outras nove espécies, embora j á registradas em anos anteriores, em 1982 fizeram notar sua presença apenas p�

losindividuos capturados .

Entre as 3 7 espécies nao capturadas encontram-se 28 que freqüentam preferencialmente a borda da mata (FIGURA 13 , l e 2) , seis que buscam alimento exclusivamente no espaço ae reo acima da vegetação (F IGURA 13, 6 ) , duas habitantes do so lo no interior da mata (FIGURA 1 3 , 3) e urna visitante ocasio

nal do subbosque (FIGURA 13 , 4). Algumas dessas espécies

( Ama.u.Jz.o timn.a.h c o n.c.o.toJz., 0-t.u.h c.ho.ti b a. , Nyc..t.idJz.omu.h a..tbic.ollih ,

Pa. c.hyJz.amphu.h viJz.idih , Ca.ph ie.mpih 6la.v e.o.ta., Eta. e.nia 6lavoga.!

-t.e.Jz. , VL1t e.o o litia.ce.u.l! e Hy.tophilu.t:, -t.ho 1ta. cic.u.h) foram captura

das em redes (às vezes colocadas na borda da mata) em anos anteriores.

(41)

.3 o .

.6 pec io.6 a ) fo i observada somente em 1 9 83, outra (Touit .6 u/i..da. )

registrada apenas em 1 9 8 4 { embora d eva ter visitado a area

também em 1 982) e outra a i nda ( H e_tz p.6 i lo c hmu.6 1tu 6ima.ttgina.tu.6 l ,

regularmente registrada na ma ta da encosta acima da área de

estudo, somente em 1 9 85 visitou a mesma , na baixada . Dentre

as 24 espécies restantes , dez ( C o c c y zu.6 sp. , Gla.uc.idium bita

.6ilianum , L o pho1tn,i_.6 mag n.i tí-i ca , Chto1to c.c.1tyt e a.meJr.i c.a.·n.a , LepidE_

c.ola.pte..6 a.n.gu .6 ti1to.6 t1ti.6 , Chin o x ip&ia c.a.udata , Eta.en.ia pa1tvi

'1.o.6tJti.6 , Ela.e.n.ia rneh ot e.uc.a. , TuJtdu.6 a.lbic.olli.6 e D e.nd1to ic.a

.6 :t.'1.ia.ta) foram registradas apenas por indivíduos isolados em

uma ou duas ocasiões. Cinco ( F o1tm,i,c.a.1tiu.6 colma. , S c hití 6 o n ni.6

vi1t u c.en..6 , Tolmom!_)ia..6 .6ulphu1t u c.e.n..6 , Eupho ni.a. c. htoJto:t,i c a e

Te.1t.6 in.a viJt idi.6 ) n�o for am mais encontradas d esde 1 9 7 8/1 9 7 9

( F o1tmic.a.1tiu.6 colma e Tolmomyia..6 .6ulphu1t e..6 c.e1Ui apos a col e

t a d e um exemplar d e cada esp écie ) . Cinco outras ( Myio dy n.a.�

t e..6 ma.c.ula.tu.6 , C o ntopu.6 c.in. vi e.u.6 , Pa.Jtuta. piti.a.yumi., Va.c.n.Á...6

n.igJtipe.-6 e Pip1ta. e.idea mela.n.o n.ota.) são visitantes que apar� �em intermitentemente na área de estudo . Spo1to phila. tí a.lc.iJto�

.-.Jti.6 e Ha.plo.6 pi z.a un.ic.o.ton estiveram presentes em 19 75 e

1 9 7 6 , durante uma frutificaç �o de taquara (Chu.6 q u e.a ba.mbu.6 o i

d e..6 j . Spo1tophila 6 a.l..c.i1to.6 t1ti.6 foi novamente registrada ( um

indivíduo cantando ) no frio inverno de 1 9 81 ; H . unic.o.tori.. nao

foi mais encontrada após o término dos frutos de taquara .

M �ia.Jtchu.6 tí e.Jto x e TodiJto.6 t'1.u� po lio c.epha.lum provavelmente e� tavam presentes na área em 1 9 82 , tendo simplesmente escapado ao registro.

A FIGURA 5 mostra a curva acumulativa de espécies em função d as sucessivas capturas efetuadas com redes em 198 2 .

(42)

•.-n

-.

-.

n

n

n

31 . Espécies

o ---�---

500 1000 1500 Capturas

Figura 5 : Curva de descobrimento de espécies baseada em captu­ ras com redes.

,:J

o "C e o • • lctl e 50 • • "C

·-e

V =

9 1,2 - 0,279 X 0 '---+:---+---+---+---1---+---... 50 150 250 350 Indivíduos anilhados

Figura 6 : Regressão da porcentagem de indivíduos de Manacus

man�cus ainda não anilhados em amostras mensais suces sivas (detalhe : macho adulto da espécie , desenho adaE

(43)

Ao todo , efetuaram-se 1 23 0 capturas num total de 8890 , 11 ho ras - rede , envolvendo 6 4 7 indivíduos de 55 espéci es e um

nu-mero incerto de indiv íduo s de s ete espéci es de Trochil ida e

{ cujo método de marcação n�o permitiu um seguro reconhec imen­ to ind ividual , como em LOVEJOY , 1 9 74 ) . O tempo de funciona mente , o número de captur as e o número de espécies capturadas em cada rede es tão sumaria dos na TABELA 1 . A freqüência e a abundância relativas com que cada espéc ie foi capturada encon tram-se no APtNDICE 2 (sumaria das nas FIGURAS 7 e 8 e as dis tribuições de freqüência de captura por dias e por re des são mos tradas nas FIGURAS 9 e l ü

Apenas uma espécie , Mana cu� manacut:i , foi capturada

em 537 ocasiões ( 4 3 , 6 6 % do total de capturas ) , perfazendo

4 1 , 11 % dos indivíduos capturados de todas as espécies . Glau

c.i..t:i h.i..11.t:i u-ta e Tu11.dut:i 11.u n.i..v e.n.t11..i..l:i , que vêm em segundo lugar e�

tre as espécies mais capturadas , perfazem cada uma apenas

5 , 28 % do total , o que corresponde a 6 5 capturas {FIGURA 7 ) . Apenas dez de 55 espécies contribuíram, caãa uma , corn

mais àe dois por cento dos indivíduos capturados , somando

7 O , 6 3 por cento do" total (FIGURA 8 J • Dezoito espécies con tribuíram , cada uma , com apenas um ou dois indivíduos , soman

do 3 , 5 5 por cento do total . Esses dados demonstram a rarida-de da ma ioria das espécies na amostra , característica rarida-de comu

nidades florestais tropicais que tem sido ass inalada por di

ver sos autores (e . g . KARR , 1 9 71 , 1 9 7 7 ; LOVEJOY , 1 9 7 4 ; WONG , 1 9 8 5 ) .

Referências

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