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UNIDADE DIDÁCTICA DE GINÁSTICA

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Academic year: 2021

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ESCOLA BÁSICA DO 2º E 3º CICLOS MARQUÊS DE POMBAL

EDUCAÇÃO FÍSICA

UNIDADE DIDÁCTICA DE GINÁSTICA

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BREVE

HISTÓRIA

DA

MODALIDADE

A evidência mais antiga da existência da Ginástica é datada de 2700-1400 antes de Cristo.

A palavra Ginástica deriva do grego. Os homens da altura executavam os exercícios nus, daí a palavra "Gymnos" que significa nu.

No entanto, a ginástica surgiu na china há milhares de anos. Onde a acrobacia fazia parte integrante do culto religioso.

Na Grécia, no ano 400 A.C. a Ginástica englobava a Ginástica de manutenção, o Atletismo e a Esgrima. Estas actividades eram utilizadas como forma de estabelecer o Ser Humano.

Na Roma Antiga, um pouco mais tarde, a ginástica era utilizada para ajudar os homens na sua preparação física para a arte de guerrear.

Após a vitória do catolicismo e o declínio de Império Romano a Ginástica afundou-se e desapareceu durante mais de mil anos.

Na Europa, a acrobacia viria a ser implementada no período da Idade Média, com o aparecimento de grande número de funâmbulos e saltimbancos em jogos de circo que mais se assemelhavam ou prendiam com exercícios no solo. Foi no séc. XIX, que se notou a grande evolução da Ginástica, na Europa, com o aparecimento de três linhas doutrinárias distintas.

A linha Doutrinária Francesa, esta doutrina foi impulsionada por um senhor espanhol Francisco Amoros (1770/1847) que tenta pôr a ginástica como desporto e define-a como sendo a prática de exercícios que tornam o homem mais saudável e mais forte.

Per Henrik Ling (1759/1839) formou a linha Doutrinária Sueca. Algumas das ideias de Ling não foram aprovadas, pois a sua doutrina estava ainda fortemente ligada a exercícios de malabarismo. No entanto, conseguiu levar as suas ideias para a frente criando uma ginástica ligada à Ginástica dos Gregos, religião e às artes. Era uma forma de Educação e Socialização numa tentativa de criar protótipos de homens, obedecendo a uma enorme rigidez.

Mas seria com J.C.Guts Muts (1759/1839), considerado o “Pai da Ginástica Escolar”, que a mesma viria a sofrer um enorme incremento, através da aplicação de um novo conceito de exercício físico com fins educativos.

Pela mesma altura e também na Alemanha, apareceu F.L. Yahn (1778/1852), que apresenta como base do seu sistema os aparelhos. Professor num liceu em Berlim, Yahn é animado de um ardente patriotismo, agrupava com um fim semelhante de ressurgimento nacional

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e de desforra contra o estrangeiro, toda a juventude do seu país. É neste espírito nacionalista que nasceu o primeiro, de todos os métodos modernos de Educação Física.

O método de Yahn fundamentava-se primeiramente, no adestramento, disciplina e vida ao ar livre, apelidando esta prática de "Turnen". O que lhe deu sucesso perante a juventude foi o facto de exigir movimentos de conjunto rigorosamente ordenados, uma disciplina de ferro e uma subordinação absoluta às ordens do chefe. O seu método baseia-se, principalmente, na força e na destreza exigindo uma atitude rígida e artificial: a cabeça levantada, o corpo direito, a perna estendida.

Em finais do séc. XIX, o ensino da Ginástica viria a ser praticado nos estabelecimentos de ensino, onde permaneceu durante muito tempo sob a influência do Método Sueco de Ling.

Em 1881, funda-se a Federação Internacional de Ginástica (F.I.G.).

A Ginástica já como desporto foi introduzida nos Jogos Olímpicos de 1896, realizados em Atenas, unicamente com cinco modalidades para o sexo masculino.

As mulheres começaram a praticar ginástica por volta de 1800, ma foi só em 1909 que uma mulher participou em eventos internacionais. Foi em Luxemburgo e os exercícios incluíam rítmica, ballet e rotinas coreografadas. Nos Jogos Olímpicos de Amesterdão, em 1928 ocorreu a primeira competição de ginástica feminina e, em Budapeste, 1934, ocorreu o primeiro mundial com a participação feminina.

Foi em 1903, já no nosso século que se realizou o primeiro campeonato Mundial de Ginástica Desportiva. E é a partir desta altura que se assiste a uma tentativa de melhorar e substituir os aparelhos existentes, por outros melhores e mais modernizados. Mas, só em 1956 se define a Ginástica que dura até aos dias de hoje, ou seja, com seis aparelhos para os homens (argolas, barra fixa, cavalo com arções, salto de cavalo, solo e paralelas simétricas); e quatro para as mulheres (paralelas assimétricas, salto de cavalo, trave, solo); isto no que se refere à Ginástica de competição.

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GINÁSTICA

EM

PORTUGAL

Em Portugal, a Ginástica começou a ser praticada ainda que por um número reduzidíssimo de elementos, a partir da Segunda metade do séc. XIX. Orientada inicialmente no sentido da Ginástica de Amoros, o aparecimento da Ginástica do Método Sueco deu-se, essencialmente, nos princípios do séc. XX, por intermédio da leitura dos manuais Belgas e Franceses e como consequência da viagem à Suécia da António Martins e do Dr. Jorge Santos.

A Ginástica iniciou-se nas escolas militares (Exército-1867;Escola Naval-1868) e na Casa Pia de Lisboa, onde já em 1838 havia um professor da especialidade. Em 1875, por iniciativa de Luís Monteiro e alguns amigos, iniciou-se a Ginástica nos clubes, o Real Ginásio Clube Português, que foi a partir desta data o primeiro clube a praticar Ginástica, de maneira metódica e ordenada, sendo o seu grande impulsionador o já referido Luís Maria de Lima da Costa Monteiro. O primeiro português a exercer a profissão de professor de Educação Física.

Só em 1902 ela se tornou obrigatória nas escolas portuguesas do ensino secundário, embora em 1894 já tivesse sido aconselhada para a instrução primária.

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CARACTERIZAÇÃO

DA

MODALIDADE

A Ginástica é a base de todos os desportos, desenvolve o equilíbrio, a agilidade, a flexibilidade, a força, a coordenação e o autocontrole. É muito importante para o desenvolvimento das habilidades motoras das crianças.

A Ginástica que se pratica na Escola consiste num conjunto de exercícios, com e sem aparelhos, que permite aos alunos conhecer o seu corpo e desenvolver as capacidades físicas e mentais.

Em termos competitivos os atletas executam elementos gímnicos em aparelhos variados.

GINÁSTICA ARTÍSTICA

A Ginástica Artística implica todo um tipo de trabalho algo distinto se o comparamos com outras modalidades desportivas, tanto de ordem física quer de ordem psicológica.

Por outro lado, os exercícios executados nos aparelhos e as diferenças existentes entre estes condizem a um trabalho perfeitamente diferenciado caracterizando-se por movimentos a partir da Suspensão e Apoio. A estética associada à performance conferem-lhe o qualificativo de Artístico.

No aspecto competitivo, os exercícios executados nos diferentes aparelhos compõem-se de elementos codificados segundo um determinado valor (Código de Pontuação), e que analisados segundo a sua combinação e execução permitem um julgamento o mais completo possível com um principio e fim perfeitamente definidos.

GINÁSTICA ARTÍSTICA MASCULINA

Solo – Superfície com elasticidade formando um quadrado com 12m de lado. Os Ginastas executam um conjunto de elementos demonstrando força, flexibilidade e equilíbrio, combinando a execução e expressão em saltos múltiplos (mortais) e piruetas.

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Cavalo com arções – Colocado a uma altura de 1,05m, os Ginastas executa movimentos contínuos e suaves sem apoiar as pernas, como círculos e tesouras, percorrendo todas as partes do aparelho.

Argolas – Colocadas a uma altura de 2,55m, os Ginastas incluem no seu exercício uma variedade de movimentos demonstrando apoios em força e equilíbrio e balanços à frente e atrás, terminando com uma saída acrobática.

Cavalo Este aparelho é colocado

longitudinalmente a uma altura de 1,35m. O Ginasta, após uma corrida de aproximação de 25m, executa um salto potente combinando movimentos com uma ou mais rotações finalizando com uma recepção controlada.

Barra fixa – O Ginasta executa contínuos balanços, combinando elementos de dificuldade superior à frente e atrás soltando e agarrando a barra com as mãos, não devendo tocar com o resto do corpo. Colocada a uma altura de 2,55m, permite uma saída acrobática espectacular.

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7 GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA

Paralelas – Constituídas por dois banzos paralelos a uma altura de 1,75m. O Ginasta executa exercícios onde predominam os balanços, apresentando combinações de elementos de força e equilíbrio. O Ginasta deve percorrer os banzos tanto num plano superior como inferior.

Solo – Aparelho igual ao da Ginástica masculina, no entanto a execução tem um acompanhamento musical. A Ginasta combina elementos Gímnicos com movimentos de dança muito expressivos.

Trave olímpica – Colocada a uma altura de 1,25m, a trave tem 5m de comprimento e 10cm de largura. A Ginasta deve percorrer todo o espaço, executando uma combinação artística de elementos Gímnicos, em corrida, em marcha, sentada e deitada, demonstrando elegância, flexibilidade, ritmo, equilíbrio, confiança e autocontrole. Na saída do aparelho, executa elementos acrobáticos espectaculares.

Paralelas assimétricas – Constituídas por dois banzos paralelos a alturas diferentes, o superior a uma altura de 2,45m do solo e o inferior a 1,65m. Os balanços predominam neste aparelho. As ginastas incluem movimentos em ambas as direcções, executando elementos com piruetas com passagens pelos dois banzos tanto pela parte superior como inferior.

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GINÁSTICA RÍTMICA

É uma disciplina exclusivamente feminina, caracterizada pela superior técnica de manipulação dos aparelhos e o perfeito domínio da expressão corporal. Todos os exercícios têm acompanhamento musical. A música, a Ginasta e o movimento são inseparáveis numa relação de harmonia permanente com o aparelho.

Os aparelhos:

Cavalo – Aparelho e execução iguais ao da ginástica masculina. Colocado transversalmente a uma altura de 1,25m. Corda Arco Arco Bola Maças Fita

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GINÁSTICA ACROBÁTICA

Ginástica de competição praticada em grupo, podendo ser ou não mista. Tem como disciplinas:

 Tumbling “saltos acrobáticos” femininos  Tumbling “saltos acrobáticos” masculinos  Grupos femininos (trios)

 Pares mistos  Pares femininos  Pares masculinos

 Grupos masculinos (quadras)

TRAMPOLINS ELÁSTICOS

Ginástica de competição, feminina ou masculina, com aparelhos, cujas disciplinas são:  Tumbling

 Trampolim (cama elástica)  Mini-trampolim

 Duplo mini-trampolim

A Ginástica encerra uma grande variedade de movimentação/exercitação não só em exercícios no solo e aparelhos da Ginástica Artística e Rítmica, mas também nos Trampolins (Mini, Duplo-mini e Trampolim ou “Cama Elástica”) e a Acrobática.

MODALIDADESGÍMNICASNÃODESPORTIVAS

 Ginástica de manutenção;  Ginástica jazz;

 Ginástica aeróbica

A ginástica aeróbica já possui, hoje em dia, associações, federações e já foi organizado o primeiro campeonato, nos jogos Olímpicos de Barcelona em 1992 em que foi modalidade de demonstração. Por isto, é uma actividade em vias de desportivização.

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APARELHOS

DE

GINÁSTICA

Banco sueco Boque

Plinto Trampolim sueco

Trampolim Reuther Barra Fixa

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Trave olímpica Mini-trampolim

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REGRAS

DE

SEGURANÇA

Hoje em dia, a segurança é vista como um ponto fundamental no ensino dos diferentes elementos gímnicos. Encarada como um dos pontos a ter em conta na preparação e elaboração das sessões, apresenta um vasto conjunto de regras que professor e alunos deverão seguir, para que não se coloque em risco a sua integridade física.

Actualmente, sabe-se que os materiais a utilizar apresentam um menor risco de acidentes, devido à sua quantidade e, principalmente, à qualidade. No entanto, é necessário que se proceda à sua correcta utilização, não descurando os factores de perigo que poderão estar subjacentes.

Utilização: cada aparelho só deve ser utilizado para fins a que se destina, não devendo, portanto, utilizar-se sem respeitar as suas condições de montagem.

Transporte: Os aparelhos devem ser deslocados com cuidado para evitar a sua degradação e para prevenir acidentes. Assim:

 Quando têm de ser suportados, devem ser transportados por um número suficiente de alunos para não os arrastarem nem se magoarem; normalmente os aparelhos quadrados são transportados com um aluno em cada extremidade.

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 Quando têm rodízios, estes devem ser postos a funcionar e os aparelhos deslocados com moderação.

 Quando são muito pesados, devem ser desmontados para se transportarem (se possível), ou então devem ser levados por um maior número de alunos, e com a ajuda/orientação do professor, para salvaguardar os acidentes e a saúde dos alunos.

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BIBLIOGRAFIA

 VARREGOSO, Isabel – Sebentas de Ginástica Desportiva - ESEL BORRMANN, Gunter – Ginástica de Aparelhos – Editora Estampa

CORREIA, Lício Pereira – Educação Física e Desportiva no Ensino Básico – Porto Editora

PEARSON, David – Guia prático da Ginástica, colecção Habitat, Editorial Presença.

 THOMAS, L.; FIARD, J.; SOILARD, C.; CHAUTEMPS, G. – Gimnastique Sortive , Edition Revue EPS.

VIEIRA, Ester de Azevedo – Ginástica Rítmica Desportiva – Editora Ibrasa

Documento compilado a partir de unidades didácticas realizadas no âmbito do estágio do Curso de professores do Ensino Básico – variante de Educação física, da Escola Superior de Educação de Leiria, no ano lectivo de 2002/2003.

Referências

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