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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA TRABALHO DE CONCLUÃO DE CURSO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA TRABALHO DE CONCLUÃO DE CURSO

HUMBERTO PEREIRA CHAVES NETO

PREVALÊNCIA DOS TRAUMAS BUCOMAXILOFACIAIS EM PACIENTES ATENDIDOS NO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA DO HOSPITAL WALFREDO

GURGEL (NATAL-RN) NOS ANOS DE 2013 A 2015

NATAL/RN 2016

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HUMBERTO PEREIRA CHAVES NETO

PREVALENCIA DOS TRAUMAS BUCOMAXILOFACIAIS EM PACIENTES ATENDIDOS NO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA DO HOSPITAL WALFREDO

GURGEL (NATAL-RN) NOS ANOS DE 2013 A 2015

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Departamento de Odontologia/RN como parte integrante dos requisitos para obtenção do título de Cirurgião-dentista

Orientador: Prof. Dr. André Luiz Marinho Falcão Gondim

NATAL/RN 2016

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Chaves Neto, Humberto Pereira.

Prevalência dos traumas bucomaxilofaciais em pacientes atendidos no serviço de emergência do hospital walfredo gurgel (NATAL-RN) nos anos de 2013 a 2015/ Humberto Pereira Chaves Neto. – Natal, RN, 2016.

46 f. : il.

Orientador: Prof. Dr. André Luiz Marinho Falcão Gondim.

Monografia (Graduação em Odontologia) – Universidade Federal do Rio Gran-de do Norte. Centro Gran-de Ciências da SaúGran-de. Departamento Gran-de Odontologia.

1. Traumatismos Faciais – Monografia. 2. Atendimento de Urgência – Mono-grafia. 3. Prevalência– MonoMono-grafia. I. Gondim, André Luiz Marinho Falcão. II. Título.

RN/UF/BSO Black D 722

Catalogação na Fonte. UFRN/ Departamento de Odontologia Biblioteca Setorial de Odontologia “Profº Alberto Moreira Campos”.

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PREVALENCIA DOS TRAUMAS BUCOMAXILOFACIAIS EM PACIENTES ATENDIDOS NO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA DO HOSPITAL WALFREDO

GURGEL (NATAL-RN) NOS ANOS DE 2013 A 2015

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Departamento de Odontologia/RN como parte integrante dos requisitos para obtenção do título de Cirurgião-dentista

Aprovado em: ___/___/___.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________ Prof. Dr. André Luiz Marinho Falcão Gondim - Orientador

UFRN

__________________________________________________ Prof Dr. Wagner Ranier Maciel Dantas - Membro

UFRN

__________________________________________________ Prof Dr. José Sandro Pereira da Silva - Membro

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DEDICATORIA

Dedico a Deus e a todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para essa pesquisa, pais, namorada, amigos e mestres.

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AGRADECIMENTOS

À Deus por ter me capacitado e guiado nessa jornada.

Aos meus pais, Humberto Chaves e Maristela Chaves, por todos os ensinamentos que me deram durante a minha caminhada e pelo apoio em tudo que faço. Ao meu irmão, Hygor Chaves, pelo companheirismo e por acreditar em mim.

À minha namorada, Natália Pinheiro, que me acompanha todos os dias e me ajuda, com amor, a vencer todas as barreiras da vida. Agradeço também pela brilhante contribuição nessa pesquisa.

À minha avó, Ana Fernandes, minhas tias, Michelle Fernandes e Mônica Fernandes, que tornaram possível esse sonho.

Aos meus padrinhos, Álvaro e Ielda Fernandes, por estarem sempre disponível.

As minhas duplas de Odontologia e de vida, Nilmário Oliveira e Lidya Araújo, por estarem do meu lado nos momentos mais especiais desse curso.

Aos meus amigos de turma, Roberto Fagner, Fabiano Ferreira, Fernanda Fagundes, Isabelle Otto, Victor Farias, Lucas Azevedo, Emmily Farias, Jessica Queiroz, Letícia Lima, Haroldo Gurgel, Laryssa Andrade, Jônatas Meireles, Larissa Luz e Anna Clara Gurgel, por me ajudarem nos momentos mais difíceis.

Ao meu orientador, André Gondim, por servir de exemplo como profissional e me oferecer oportunidades únicas na graduação.

A Yan Freitas, por me ajudar em todas as fases desse trabalho e pelas tantas vezes que me deu força.

À Biblioteca Setorial, pelas tantas vezes que me atendeu e me ajudou nessa pesquisa. A todos os meus familiares e amigos pelo apoio.

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EPÍGRAFE

“A mente que se abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original.” Albert Einsein

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PREVALÊNCIA DOS TRAUMAS BUCOMAXILOFACIAIS EM PACIENTES ATENDIDOS NO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA DO HOSPITAL WALFREDO GURGEL (NATAL-RN) NOS ANOS DE 2013 A 2015

PREVALENCE OF ORAL AND MAXILLOFACIAL TRAUMA IN PATIENTS ADMITTED TO THE EMERGENCY SERVICE AT HOSPITAL WALFREDO GURGEL (NATAL-RN) FROM 2013 TO 2015

Humberto Pereira Chaves Neto¹; André Luiz Marinho Falcão Gondim. 1. Acadêmico do Curso de Odontologia da UFRN;

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RESUMO

Os traumatismos faciais representam um segmento importante, devido à alta incidência na população. Assim, reconhecer e caracterizar os pacientes vitimados por causas externas e portadores de traumatismo facial é fundamental para a melhoria dos serviços publicos. Objetivou-se avaliar o perfil social e a causa dos traumas faciais dos pacientes atendidos no Hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. O estudo caracteriza-se por ser do tipo individuado, transversal. Foram avaliados retrospectivamente dados retirados de 524 prontuários. Para análise dos dados foi utilizado o teste qui-quadrado e Exato de fisher, com nível de significância 5%, também foi analisado a razão de prevalência (RP) com intervalo de confiança de 95%. Constatou-se que houve maior prevalência de homens (76,4%), da faixa etária entre 20 a 29 anos (22,5%), pardo (48,3%), cujo trauma ocorreu na zona urbana (67,2%). Houve significância entre o gênero masculino e a faixa etária de 20 a 29 anos (p<0,001). Ao associar a etiologia do trauma com o sexo obteve-se que houve significância entre homens e acidente automobilístico (p<0,004), mulheres e queda (p<0,001) e homens e acidente ciclístico (p<0,001). Ao realizar a razão de prevalência o homem possui mais chances de sofrer acidente automobilístico, ciclístico e esportivos quando comparado as mulheres, e as mulheres mais risco de sofrer queda. O tipo de ferimento mais prevalente foi o corto contuso (72,6%) e a classificação da fratura fechada (74,3%). Com isso, há uma maior necessidade de atenção a educação dos condutores bem como a fiscalização do cumprimento das leis de trânsito e estruturação dos serviços de promoção em saúde.

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ABSTRACT

Facial trauma represents an important segment due to its high incidence in the population. So, recognizing and characterizing victims by external causes and those with facial trauma is critical to the improvement of public services. This study aimed to evaluate the social profile and the cause of facial trauma in patients treated at the Hospital Walfredo Gurgel (Natal, Brazil) from 2013 to 2015. The study is characterized by being an individuated cross-sectional. We retrospectively evaluated data from 524 medical records. For data analysis we used the chi-square test and Fisher exact test, with significance level of 5%. The prevalence ratio (PR) was also analyzed with 95% confidence interval. It was found that there was a higher prevalence of men (76.4%), from 20 to 29 years (22.5%), brown (48.3%), whose trauma occurred in urban areas (67.2% ). There was significant difference between males who were from 20 to 29 years (p <0.001). By associating the etiology of trauma with gender it was found that there was significant difference between males and car accidents (p <0.004), female and falls (p <0.001) and males and cycling accidents (p <0.001). When performing the prevalence ratio, males have more chances of suffering a car accident, cycling and sports compared to females, who have more risk of falling. The most prevalent type of injury was blunt cut (72.6%) and the classification of closed fracture (74.3%). Thus, there is a greater need to educate drivers about traffic laws and to structure services to promote health.

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LISTA DE TABELA

Tabela 1 Prevalência dos aspectos sociais dos pacientes atendidos no serviço de emergência do hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016... ... 26 Tabela 2 Associação entre a faixa etária e o gênero observados nos pacientes atendidos no

serviço de emergência do hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016...

27 Tabela 3 Análise bivariada do gênero com as etiologias do trauma nos pacientes atendidos

no serviço de emergência do hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de

2013 a 2015. Natal,

2016... 29 Tabela 4 Prevalência das condutas clinicas realizadas nos pacientes atendidos no serviço de

emergência do hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016... 32

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LISTA DE QUADRO

Quadro 1 Descrição das variáveis socio-demográficas utilizadas no estudo Prevalência dos traumas bucomaxilofaciais em pacientes atendidos no serviço de emergência do Hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016... 20 Quadro 2 Descrição das variáveis relacionadas a etiologia do trauma ocorrido

utilizadas no estudo Prevalência dos traumas bucomaxilofaciais em pacientes atendidos no serviço de emergência do Hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016... 21 Quadro 3 Descrição das variáveis relacionados aos traumas e ferimentos dos

pacientes utilizados no estudo Prevalência dos traumas bucomaxilofaciais em pacientes atendidos no serviço de emergência do Hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016... 22 Quadro 4 Descrição das variáveis relacionadas a conduta clinica utilizada no

estudo Prevalência dos traumas bucomaxilofaciais em pacientes atendidos no serviço de emergência do hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016... 23

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LISTA DE GRÁFICO

Gráfico 1 Classificação da etiologia dos traumas dos pacientes atendidos no serviço de emergência do hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016... 28 Gráfico 2 Classificação dos tipos de acidentes automobilisticos

observados nos pacientes atendidos no serviço de emergência do hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016... 30 Gráfico 3 Classificação das fraturas observadas nos pacientes atendidos

no serviço de emergência do hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016... 30 Gráfico 4 Classificação dos tipos de ferimentos observados nos

pacientes atendidos no serviço de emergência do hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016... 31

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO... 14

2 REVISÃO DE LITERATURA... 16

2.1 LESÕES BUCOMAXILOFACIAIS... 16

2.2 FRATURAS DO ESQUELETO MAXILOFACIAL... 17

2.3 EPIDEMIOLOGIA DO TRAUMA BUCOMAXILOFACIAL... 18

3 OBJETIVOS... 21 3.1 OBJETIVO GERAL... 21 3.2 OBJETIVO ESPECÍFICOS... 21 4 METODOLOGIA... 22 4.1 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS... 22 4.2 NATUREZA DO ETUDO... 22 4.3 VARIAVÉIS... 22 4.4 AMOSTRA... 26 4.4.1 Critérios de inclusão:... 26 4.4.2 Critérios de exclusão... 26 4.5 COLETA DE DADOS... 26 4.6 ANALISE DE DADOS... 27 5 RESULTADOS... 28 5.1 ETIOLOGIA DO TRAUMA... 30 5.2 FERIMENTO E FRATURA... 33 5.3 CONDUTA... 35 6 DISCUSSÃO... 37 7 CONCLUSÃO... 42 REFERÊNCIA... 43

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1 INTRODUÇÃO

O trauma é um relevante problema de saúde pública mundial, responsável por altas taxas de morbidade e mortalidade. Os traumatismos faciais representam um segmento importante, devido à alta incidência e graves sequelas na população. Essas lesões podem ser de baixa e de alta complexidade, atingindo desde os dentes até os tecidos moles e ossos da face, chegando a outras estruturas como olhos, nervos, às vezes deixando sequelas para o resto da vida nas vítimas (LEITE SEGUNDO et al., 2004).

Dessa forma, além de resultar em inabilidades morfofuncionais, também podem influenciar na qualidade de vida das vítimas, trazendo prejuízos psicológicos, sociais e econômicos (PACHECO; SILVA JUNIOR; MEIRELES, 2014; SILVA, 2009).

Os traumatismos são a terceira causa geral de morte após as doenças cardíacas e o câncer, sendo a principal causa de morte na faixa etária até os 45 anos. Enquanto a morte por trauma chega a tirar 30 a 40 anos de uma vida produtiva, a morte por afecções cardíacas ou câncer tira, em média, 10 a 15 anos de vida do cidadão (RASSLAN et al., 2001).

A etiologia dos traumatismos faciais é bastante diversificada e o predomínio de determinado fator etiológico deve-se às características próprias do universo populacional estudado, como idade, gênero e esfera social (PACHECO; SILVA JUNIOR; MEIRELES, 2014). Acidentes de trânsito, agressões, quedas e violência por arma de fogo são os agentes etiológicos mais comumente relatados. Esses agentes são influenciados por fatores geográficos, tendências sociais, abuso de álcool e drogas, legislações de trânsito rodoviário e estações do ano (ALL-KHATEEB; ABDULLAH, 2007).

Normalmente, os atendimentos dos traumatismos da face requerem uma ação multidisciplinar, principalmente nos casos de alta complexidade, a fim de evitar que o quadro possa evoluir e deixar importantes sequelas estéticas e funcionais aos pacientes, e de serviços bem equipados e capacitados para melhor atender esse paciente (ROSELINO et al., 2009).

O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG) é referência no estado do Rio Grande do Norte no atendimento de urgência pelo SUS há mais de quatro décadas e é o único hospital público da região metropolitana de Natal que conta com serviço especializado (HOSPITAL WALFREDO).

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Estudos realizados no Rio Grande do Norte e que usaram o HMWG como referência, mostraram que é grande o número de pacientes vítimas do trauma bucomaxilofacial, e que grande parte deles advêm dos acidentes de transito (LOPES, 2011).

Deste modo, reconhecer e caracterizar os pacientes vitimados por causas externas e portadores de traumatismo facial é fundamental para a estruturação dos serviços de promoção em saúde, incluindo desde a prevenção do agravo até os acompanhamentos pós-operatórios, objetivando minimizar as ocorrências e proporcionar a reabilitação do indivíduo (MARZOLA; TOLEDO FILHO; TORO, 2005).

Assim objetiva-se com esse estudo avaliar o perfil social e a causa dos traumas faciais dos pacientes atendidos no Hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015 e saber quais os seus fatores associados.

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16

2 REVISÃO DE LITERATURA

O objetivo desse primeiro tópico é fundamentar a base teórica desse trabalho. Para isso, alguns conceitos acerca do traumatismo bucomaxilofacial precisam ser abordados e serão apresentados em três subtópicos a seguir, que irão evidenciar o traumatismo bucomaxilofacial, as fraturas do esqueleto facial, e a epidemiologia do trauma bucomaxilofacial.

2.1 LESÕES BUCOMAXILOFACIAIS

As lesões bucomaxilofaciais constituem-se em situações, relativamente, frequentes no cotidiano das perícias odontológicas. Habitualmente, esses traumas estão relacionados a quedas e impactos acidentais (ALVI et al., 2003) práticas desportivas (SHIRANI et al., 2010), acidentes de trânsito (MALISKA et al., 2012), agressões físicas, dentre outros. Segundo Brasileiro e Passeri (2006), há também a prevalência para que os acidentes automobilísticos causem mais traumas faciais nos países desenvolvidos ou em desenvolvimento.

Em estudos relativos a esta prevalência, em prontuários de hospitais de emergência, identifica-se o elevado índice das lesões de cabeça e pescoço nos casos de violência doméstica ou acidentes domésticos ou acidentes de trânsito (CHIAPERINI et al., 2009; IIDA et al., 2001; MELO et al., 1996; MOTAMEDI, 2003).

Os traumas relacionados a esportes também demonstram a prevalência das lesões bucomaxilofaciais, segundo Newsome et al., (2010), pois a cabeça corresponde à região do corpo pouco protegida. A face representa uma das áreas de maior acometimento por traumas. Levando-se em conta as complexidades anatômica, funcional e estética da região, e o seu importante papel no relacionamento intra e interpessoal, as lesões ocorridas nessas áreas merecem toda a atenção do perito, pois se caracterizam como de relevante acometimento. As fraturas faciais estão associadas, frequentemente, à severa morbidade, perda de função, desfiguração estética e custo financeiro significativo (CHIAPERINI et al., 2008; PACHECO et al., 2012; REZENDE et al., 2013).

A gestão do trauma crânio-maxilofacial inclui o tratamento de fraturas dos ossos da face, trauma dento-alveolar, e as lesões dos tecidos moles, bem como lesões

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associadas, principalmente da cabeça e do pescoço (CHIAPERINI et al., 2008; GASSNER et al., 2003). Lesões crânio-maxilofaciais têm uma proporção significativa nos mais variados acidentes. Os pacientes vitimados, por esse tipo de trauma, podem sofrer consequências variadas; desde as mais simples ou em combinação com lesões graves, inclusive de crânio, coluna vertebral, membros superiores e inferiores (GASSNER et al., 2003; IIDA et al., 2001; MELO et al., 1996; MOTAMEDI, 2003).

O interesse por essa investigação justifica-se pela necessidade do estabelecimento do perfil epidemiológico das lesões ocorridas na região bucomaxilofacial, pela incidência elevada além da diversidade das lesões faciais e dento-alveolares (GASSNER et al., 2003; MELO et al., 1996).

2.2 FRATURAS DO ESQUELETO MAXILOFACIAL

Durante décadas os estudos acerca dos principais mecanismos de fraturas do esqueleto maxilofacial foram baseados nos trabalhos de René Le Fort, datados do século XIX. As fraturas faciais podem ser classificadas em fraturas mandibulares, nasais, fraturas do zigoma e maxilares. Essas classificações possuem subdivisões, e a mais referida e usada em estudos é a da maxila, a qual os mesmos autores classificam seguindo Rene Le Fort em Le Fort I (transversalmente acima do nível dos dentes, o fragmento fraturado contêm o rebordo alveolar, partes das paredes dos seios maxilares, palato, e parte inferior da apófise pterigóide do osso esfenóide), Le Fort II (as fraturas passam lateralmente pelos ossos lacrimais pelo rebordo orbitário inferior, pelo assoalho da órbita e próximas à/ou pela sutura zigomáticomaxilar e continuam para trás ao longo da parede lateral da maxila pelas lâminas pterigóideas e a fossa pterigomaxilar, em forma piramidal) e Le Fort III (separação completa dos ossos faciais de suas suturas ao crânio, geralmente ocorrem pelas suturas zigomaticofrontal, maxilofrontal, nasofrontal, pelos assoalhos das órbitas pelo etmóide e pelo esfenóide) (DIGMAN; NATVIG, 1983)

Já as fraturas nasais são classificadas com deslocamento ínfero-lateral, separação dos ossos nasais na linha mediana e, na apófise frontal da maxila, fratura do tipo livro aberto e, deslocamento póstero-inferior. Ainda, fratura do septo nasal com separação dos ossos da apófise frontal da maxila e, com elevação do dorso nasal com esmagamento do nariz. As fraturas do septo podem ocorrer no plano vertical, podendo

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apresentar engavetamento ou justaposição (DINGMAN; NATIVIG, 1983; MARZOLA, 2008).

A mandíbula é a estrutura com maior incidência de fratura nos casos de traumas faciais. Acidentes automobilísticos, motociclísticos e ciclísticos são considerados como principais agentes etiológicos de fraturas mandibulares. Medidas legais e educacionais são de grande importância para a prevenção de traumas faciais, devendo ser estabelecidas com todos os rigores, ressaltando a utilização do cinto de segurança, o uso do capacete, respeito aos limites de velocidade e, a conscientização sobre o binômio álcool/direção (MARZOLA, 2008; NORONHA FILHO; VALENTE; KOSLOWSKY, 2012).

As fraturas do complexo zigomático-orbital não são necessariamente de alta intensidade, porém podem acarretar graves complicações devidas suas características funcionais e estéticas, ocasionando limitações aos indivíduos envolvidos nesse tipo de injúria. Com base na literatura pesquisada e dados obtidos observou-se que: as fraturas do complexo zigomático-orbital ocupam o terceiro lugar em prevalência de fraturas faciais, atrás das nasais e mandibulares; o gênero mais acometido foi o masculino (77,92%), na faixa etária entre os 21 e 30 anos de idade (31,17%); o principal fator etiológico foi agressão física (27,92%), seguida dos acidentes motociclístico (14,29%) e, ciclístico (12,34%); a região do complexo zigomático-orbital com maior incidência de fratura foi aquela do corpo do osso zigomático (67,8%); as fraturas dos ossos nasais estiveram mais vezes associadas àquelas do complexo zigomático-orbital (23,7%); o tratamento mais utilizado foi a redução aberta das fraturas e, a realização da fixação interna rígida (57,6%) e, em 96,4% dos casos não foram observadas complicações, porém quando ocorreu, a mais comum foi a parestesia do nervo infraorbitário (2,2%) (DAL PONTE et al., 2011).

2.3 EPIDEMIOLOGIA DO TRAUMA BUCOMAXILOFACIAL

O trauma bucomaxilofacial representa um dos problemas de saúde pública mais importantes na sociedade contemporânea. Isto se deve às elevadas incidência e diversidade das lesões faciais decorridas devido ao aumento dos acidentes de trânsito e da violência urbana, que continuam sendo as principais causas dos danos em indivíduos jovens (TINO et al., 2010).

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19

As causas das fraturas maxilo-faciais podem variar de um país para outro, tendo em vista a existência de diferentes fatores locais, culturais e sociais. Apesar de haver poucos relatos sobre sua incidência em alguns países, estudos apontam os acidentes de trânsito, assaltos e quedas como causas mais frequente deste tipo de fraturas (MENEZES et al., 2007).

Segundo a Organização Mundial da Saúde, em todo o mundo, o número de pessoas que morrem a cada ano, vítimas de acidentes de transporte terrestre, é estimado em cerca de 1,2 milhão de indivíduos, enquanto o número de pessoas acometidas pela totalidade de acidentes é de, aproximadamente, 50 milhões ao ano. As estimativas apontam tendência crescente desses números, que deverão aumentar em 65% nos próximos 20 anos, caso não sejam adotadas medidas preventivas efetivas (OMS, 2004).

Em relação à etiologia, os acidentes automobilísticos, motociclísticos e o atropelamento, são reportados como a principal causa das fraturas dos ossos da face (ADEYEMO et al., 2005; CAMARINI et al., 2004; CHRCANOVIC et al., 2004; CLARO, 2003; LEITE SEGUNDO et al., 2004). Há três décadas, os estudos apontam os acidentes de trânsito como a principal causa dos traumatismos faciais (SILVA; 2009; MARZOLA; TOLEDO FILHO; TORO, 2005).

Diversos estudos têm apontado os pacientes do sexo masculino na faixa etária entre 21 e 30 anos, como sendo as maiores vítimas de fraturas maxilofaciais. (ADEYEMO et al., 2005; CAMARINI et al., 2004; CHRCANOVIC et al., 2004; CLARO, 2003; LEITE SEGUNDO et al., 2004; SILVA; CAUÁS, 2004; SILVA; PANHOCA; BLACHMAN, 2003; FALCÃO; LEITE SEGUNDO; SILVEIRA, 2005; WULKAN; PARREIRA JUNIOR; BOTTER, 2005).

Quanto à distribuição das fraturas nos ossos da face, a mandíbula é a mais acometida (ADEYEMO et al., 2005; FALCÃO; LEITE SEGUNDO; SILVEIRA, 2005; FERREIRA, 2005; SAKAI et al., 2005; SILVA; CAUÁS, 2004; WULKAN; PARREIRA JUNIOR; BOTTER, 2005). Embora para Camarini et al. (2004), Chrcanovic et al. (2004), Claro (2003), Leite Segundo et al. (2004) e Macedo et al. (2008) os ossos nasais foram os mais fraturados, mas também observaram fraturas do complexo zigomático, dento-alveolar, orbital e maxilar simples.

O traçado desse perfil epidemiológico torna-se fundamental para o desenvolvimento de estratégias para o controle e prevenção desses casos e preservação da saúde (PACHECO et al., 2012; SILVA et al., 2009).

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3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

O presente estudo objetiva avaliar o perfil social e a causa dos traumas faciais dos pacientes atendidos no Hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Conhecer a etiologia do trauma;

 Descrever as características do trauma;

 Conhecer as condutas clinicas realizadas nos pacientes;

Correlacionar as causas dos traumas à fatores associados;

 Correlacionar o tipo de ferimento à fatores associados e às condutas clinicas;

 Correlacionar a classificação das fraturas à fatores associados e às condutas clinicas;

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4 METODOLOGIA

4.1 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

Os procedimentos para a realização desta pesquisa respeitaram as diretrizes e normas que regulamentam as pesquisas envolvendo seres humanos, aprovadas pela Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. O mesmo foi submetido e aprovado ao Comitê de Ética em Pesquisa de Seres Humanos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (CEP/UFRN). Todas as informações obtidas serão preservadas e utilizadas apenas para fins epidemiológicos do presente trabalho.

4.2 NATUREZA DO ESTUDO

O estudo caracteriza-se por ser do tipo individuado, tendo como unidade de análise o paciente que foi atendido no setor de Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Walfredo Gurgel em Natal-RN. Não haverá qualquer intervenção. Por fim, no que diz respeito à dimensão do estudo, caracteriza-se como sendo transversal retrospectivo de dados retirados da ficha do Estágio de Traumatologia Bucomaxilofacial do Curso de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

4.3 VARIÁVEIS

As variáveis foram retiradas da ficha do Estágio de Traumatologia Bucomaxilofacial do Curso de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A partir das perguntas da ficha foi feito uma divisão em categorias a fim de buscar associação entre elas. As variáveis estão divididas em “Sócio-demograficas”, à “Etiologia do trauma”, ao “Trauma e Ferimentos” e a “Conduta clinica” realizada.

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Quadro 1 - Descrição das variáveis socio-demográficas utilizadas no estudo Prevalência dos traumas bucomaxilofaciais em pacientes atendidos no serviço de emergência do Hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016.

Variáveis Conceito Classificação Estatística

Categorias

Idade Em anos Qualitativa ordinal Em faixa etária

Sexo

Característica genesíaca da organização anátomo-fisiológica no que se refere à geração

Qualitativa nominal Masculino ou feminino Dimensões do Espaço Geográfico do Trauma Divisão territorial do trabalho Qualitativa nominal Urbano, rural ou rodoviário Raça Caracterização de uma mesma espécie biológica Qualitativa nominal

Branco, negro, amarelo, pardo ou indígena

Quadro 2 - Descrição das variáveis relacionadas a etiologia do trauma ocorrido utilizadas no estudo Prevalência dos traumas bucomaxilofaciais em pacientes atendidos no serviço de emergência do Hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016.

Variáveis Conceito Classificação

Estatística

Categorias

Acidente Automobilístico

Colisão entre veículos ou entre veículo e um objeto Qualitativa nominal Sim ou não Tipo de Acidente Automobilístico

Carro ou moto, com ou sem dispositivo de

segurança

Qualitativa ordinal Carro com cinto, carro sem sinto, moto com capacete ou moto sem

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24

Acidente Ciclístico Colisão envolvendo

bicicleta Qualitativa nominal Sim ou não Tipo de acidente Ciclístico Usou-se ou não dispositivo de segurança

Qualitativa ordinal Com dispositivo de segurança, sem dispositivo de segurança Agressão Física Ato em que um

indivíduo prejudica ou lesa outro, de sua

própria espécie intencionalmente

Qualitativa nominal

Sim ou não

Atropelamento Colisão, provocando queda e/ou pisoteamento, esmagamento etc. Qualitativa nominal Sim ou não Tipo de Atropelamento Provocado por automóvel, moto, bicicleta ou animal

Qualitativa ordinal Automóvel, moto, bicicleta ou animal Queda Ato ou efeito de cair

Qualitativa nominal Sim ou não Acidente de Trabalho Lesão corporal ou perturbação funcional durante o exercício do trabalho Qualitativa nominal Sim ou não Tipo de acidente de trabalho Usou ou não de dispositivo de segurança

Qualitativa ordinal Com dispositivo de segurança, sem dispositivo de segurança

Quadro 3 - Descrição das variáveis relacionados aos traumas e ferimentos dos pacientes utilizados no estudo Prevalência dos traumas bucomaxilofaciais em pacientes atendidos no

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25

serviço de emergência do Hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016.

Variáveis Conceito Classificação

Estatística Categorias Tipo de Ferimento Conformação do ferimento ocasionado pelo trauma

Qualitativa ordinal Abrasão, contusão, corto-contuso, transfixante,

avulsão

Classificação das Fraturas

Comunica-se ou não

com o meio externo Qualitativa ordinal Aberta ou fechada

Quadro 4 - Descrição das variáveis relacionadas a conduta clinica utilizada no estudo Prevalência dos traumas bucomaxilofaciais em pacientes atendidos no serviço de emergência do hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016.

Variáveis Conceito Classificação

Estatística Categorias Medicação Se houve ou não prescrição para o paciente Qualitativa nominal Sim ou não Sutura

Se foi efetuado ou não

no paciente Qualitativa nominal

Sim ou não

Odontossíntese

Se foi efetuado ou não

no paciente Qualitativa nominal

Sim ou não

Bloqueio Maxilomandibular

Se foi efetuado ou não

no paciente Qualitativa nominal

Sim ou não

Tamponamento Nasal

Se foi efetuado ou não

no paciente Qualitativa nominal

Sim ou não

Internamento

Se foi efetuado ou não

(27)

26 nominal Encaminhamento ao Departamento de Odontologia/UFRN

Se foi efetuado ou não no paciente

Qualitativa nominal

Sim ou não

4.4 AMOSTRA

Trata-se de uma amostra por conveniência de todos os pacientes com traumas bucomaxilofaciais que deram entrada no hospital nos anos de 2013 a 2015.

4.4.1 Critérios de Inclusão:

Pacientes que deram entrada no Politrauma do Hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) e que foi necessária a intervenção do Cirurgião Bucomaxilofacial de plantão.

4.4.2 Critérios de exclusão:

Fichas não assinadas pelo Cirurgião Bucomaxilofacial de plantão.

4.5 COLETA DE DADOS

Os dados foram retirados das fichas da disciplina “Estagio Supervisionado em TBMF” do curso de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que acontece no Hospital Walfredo Gurgel da cidade de Natal-RN. Essas fichas foram preenchidas pelos alunos estagiários nos dias de plantão. Os plantões eram diurnos, durante os sábados e domingos, e noturnos, de domingo a domingo. Os estagiários foram os responsáveis pelo preenchimento das fichas daqueles pacientes que deram entrada no Politrauma do Hospital Walfredo Gurgel. Todos os alunos foram acompanhados pelos cirurgiões Bucomaxilofaciail de plantão.

(28)

27

Em cada ficha contém informações sobre gênero, idade, características dos traumas buco-faciais, causas, tipos e região afetada e etc. Posteriormente, os dados foram tabulados e analisados, utilizando o software SPSS.

4.6 ANÁLISE DOS DADOS

Inicialmente foi feita uma apresentação dos mesmos na forma de medidas descritivas e, em seguida, estes foram submetidos à análise bivariada através do teste do qui-quadrado de Pearson e exato de Fisher e verificada a magnitude do efeito através da razão de prevalência para cada uma das variáveis independentes em relação aos desfechos em um nível de confiança de 5%.

(29)

28

5 RESULTADOS

Foram avaliados 524 prontuários de pacientes acometidos por traumas bucomaxilofaciais, nos anos de 2013 a 2015 no Hospital Walfredo Gurgel, localizado no município de Natal-RN.

Tratando-se das características sociais dos pacientes, a maioria é do gênero masculino (76,7%) entre 20 a 29 anos (22,5%). Sendo a raça parda (48,3%) representando maior porcentagem do total. Em relação à área geográfica em que ocorreu o acidente a região urbana (67,2%) prevaleceu sobre as demais. Na tabela 1 estão descritas variáveis sócio-demograficas que caracterizam a prevalência dos pacientes atendidos no serviço de emergência do Hospital Walfredo Gurgel.

Tabela 1 - Prevalência dos aspectos sociais dos pacientes atendidos no serviço de emergência do hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016.

Variáveis Categoria N % Gênero Masculino Feminino Sem informação 402 107 15 76,7 20,4 2,9

Faixa Etária 0 a 9 anos 10 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 a 65 anos 65 ou mais Sem Informação 62 90 118 77 69 33 9 37 28 11,8 17,2 22,5 14,7 13,2 6,3 1,7 7,1 5,7 Raça Branca Negra Amarela 102 122 15 19,5 23,3 2,9

(30)

29 Parda Sem Informação 253 32 48,3 6,1 Dimensões do espaço geográfico do trauma Urbano Rural Rodovia Sem Informação 352 84 27 61 67,2 16,0 5,2 11,7

Através do teste qui-quadrado foi feita a associação entre a faixa etária e o gênero dos pacientes acometidos por algum tipo de trauma nos anos de 2013 a 2015. Obteve-se portanto, uma associação significativa (p<0,001) de homens entre a faixa etária de 20-29 anos.

Tabela 2 - Associação entre a faixa etária e o gênero observados nos pacientes atendidos no serviço de emergência do hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016.

Gênero Faixa Etária Masculino

N (% do total) Feminino N (% do total) Sem informação N (% do total) Valor de p 0 a 9 anos 42 (8,0) 19 (3,6) 1 (0,2) 10 a 19 anos 66 (12,6) 22 (4,2) 2 (0,4) 20 a 29 anos 97 (18,5) 19 (3,6) 2 (0,4) <0,001 30 a 39 anos 65 (12,4) 12 (2,3) 0 (0,0)

(31)

30

5.1 ETIOLOGIA DO TRAUMA

Ao analisarmos a etiologia do trauma, o acidente automobilístico representou a maioria dos casos com 34,7%. A queda representou a segunda causa mais comum com 20,8%, seguida pela agressão física com 14,3%, acidente ciclístico com 5,9%, atropelamento com 4,6%, acidente esportivo com 3,6% e por último acidente de trabalho com 1,1%. O gráfico 1 representada a prevalência da etiologia dos traumas dos pacientes atendidos no serviço de emergência do hospital.

40 a 49 anos 62 (11,8) 6 (1,1) 1 (0,2) 50 a 59 anos 27 (5,2) 5 (1,0) 1 (0,2) 60 a 65 anos 6 (1,1) 3 (0,6) 0 (0,0) 65 ou mais 20 (3,8) 17 (3,2) 0 (0,0) Sem Informação 17 (3,2) 4 (0,8) 8 (1,5)

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Grafico 1 - Classificação da etiologia dos traumas dos pacientes atendidos no serviço de emergência do hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016.

* 15,9% das fichas não possuíam o dado relacionado à etiologia do trauma

A fim de buscar associações entre a variável gênero com a etiologia do trauma foi realizado o teste qui-quadrado análise bivariada através do teste do qui-quadrado de Pearson e exato de Fisher e verificada a magnitude do efeito através da razão de prevalência para cada uma das variáveis independentes em relação aos desfechos em um nível de confiança de 5%.

Tabela 3 - Análise bivariada do gênero com as etiologias do trauma nos pacientes atendidos no serviço de emergência do hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016. 34,7 5,9 14,3 4,6 20,8 1,1 3,6 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Po rc en ta ge m %

Etiologia do Trauma

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32

Os acidentes automobilísticos obtiveram maior índice dentre os demais tipos de acidentes. Do total de vitimas obtivemos que 7,4% estavam em carro sem cinto, 5,9% estavam em carro e usando cinto, 28,7% em moto com capacete e 53,7% em moto sem capacete, como se pode observar no gráfico 2.

GÊNERO Masculino N (%) Feminino N (%) p RP IC (95%) Acidente Automobilístico SIM 154 (38,7) 22 (21,0) 0,004 1,173* (1,078 – 1,246) NÃO 244 (61,3) 83 (79,0) Agressão Física SIM 61 (12,8) 13 (12,6) 0,265 1,049 (0,934 – 1,178) NÃO 341 (84,8) 93 (87,7) Atropelamento SIM 15 (3,7) 8 (7,5) 0,239 1,708* (0,950 - 3,070) NÃO 397 (96,3) 99 (92,5) Queda SIM 63 (15,7) 45 (41,4) <0,001 2,695* (1,958 – 3,710) NÃO 339 (88,43) 62 (57,9) Acidente Ciclistico SIM 26(6,5) 1 (0,9) <0,001 1,235* (1,131 – 1,349) NÃO 347 (93,5) 106 (99,1) Acidente esportivo SIM 18 (4,5) 1 (0,9) 0,164 1,209* (1,077 – 1,357) NÃO 384 (95,5) 106 (99,1)

(34)

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Gráfico 2 - Classificação dos tipos de acidentes automobilisticos observados nos pacientes atendidos no serviço de emergência do hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016.

5.2 FERIMENTO E FRATURA

Em relação à classificação da fratura quanto à comunicação com o meio externo, dos 136 pacientes que sofreram algum tipo de fratura, 74,3% dos casos eram fraturas fechadas e 22,8% abertas.

Gráfico 3 - Classificação das fraturas observadas nos pacientes atendidos no serviço de emergência do hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016.

*Porcentagem equivalente ao total de indivíduos com fratura, 138 indivíduos.

5,9 7,4 28,7 53,3 4,2 0 10 20 30 40 50 60 Po rc en ta ge m %

Tipo de acidente automobilistico

22,8 74,3 2,2 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Po rc e n ta ge m %

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A fim de buscar associação entre a classificação da fratura e a etiologia do trauma, após a analise do qui-quadrado obteve-se associações significativas para atropelamento (p<0,001), bem como associação com a conduta clinica odontossintese (p<0,020).

Também foram analisados os tipos de ferimentos dos pacientes. Dos que possuíram algum ferimento, totalizando 82,2% da amostra, houve prevalência do tipo corto-contuso (72,6%) sobre os demais. Os demais ferimentos como abrasão (10,6%), contusão (10,4%), transfixantes (3,7%), avulsão (0,92%) demonstraram menor prevalência.

Gráfico 4 - Classificação dos tipos de ferimentos observados nos pacientes atendidos no serviço de emergência do hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016.

. *Porcentagem equivalente ao total de indivíduos com ferimento, 431 indivíduos.

Ao realizar o cruzamento das variáveis sócio demograficas com o tipo de ferimentos não houve grau de significância, entretanto quando se relacionou com a conduta clinica realizada obteve-se que para o tipo de ferimento corto-contuso a conduta clinica sutura foi significativo (p>0,001).

10,6 10,4 72,6 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Po rc e n ta ge m %

Tipos de Ferimento

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5.3 CONDUTAS

Foram coletadas, também, os tipos de condutas clinicas utilizada nos pacientes pelos cirurgiões bucomaxilo facial. Os pacientes foram submetidos a procedimentos de acordo com cada necessidade.

Do total de pacientes a conduta clinica mais utilizada foi a sutura com prevalência de 61,3% e 46,8% pacientes foram medicados. Sendo ambas as condutas predominantes, como podemos observar na tabela 4.

Tabela 4 - Prevalência das condutas clinicas realizadas nos pacientes atendidos no serviço de emergência do hospital Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de 2013 a 2015. Natal, 2016.

Variáveis Categoria N % Sutura Sim Não Sem Informação 321 202 1 61,3 38,5 0,2 Medicação Sim Não Sem Informação 245 276 3 48,3 58,7 0,6 Odontossíntese Sim Não Sem Informação 8 515 1 1,5 98,3 0,2

Bloqueio Mandibular Sim

Não Sem Informação 0 522 2 0 99,6 0,4

Tamponamento Nasal Sim

Não Sem Informação 10 512 2 1,9 97,7 0,4 Internamento Sim 17 3,2

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36 Não Sem Informação 506 1 96,6 0,2 Encaminhamento ao Departamento de Odontologia - DOD Sim Não Sem Informação 23 500 1 4,4 95,4 0,2

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37

6 DISCUSSÃO

Os traumas bucomaxilofaciais podem variar de acordo com a região geográfica, densidade, período de estudo, tendências sócio-econômicas e características governamentais da população. Torna-se fundamental, no entanto, a comparação de estudos epidemiológicos com o intuito de esclarecer as principais semelhanças e divergências entre os resultados obtidos, bem como caracterizar o paciente que é atendido no serviço (OLIVEIRA et al., 2008).

Diante disso, obtivemos como resultados uma predominância do gênero masculino, pardo, em uma faixa etária de 20 a 29 anos, cujo local de ocorrência do trauma foi numa área urbana.

Discorrendo acerca de tais características dos pacientes atendidos no hospital, em relação ao gênero, houve um predomínio do sexo masculino com 76,7%. Esse fato corrobora com os inúmeros estudos cujos resultados são semelhantes com predominância desse gênero (CHIAPERINI et al., 2008; REZENDE et al., 2007). Esse é um dado consensual na maioria da literatura referenciada, o que pode ser explicado pelo fato de o homem constituir a maior parte da população economicamente ativa e representar o maior percentual de indivíduos usuários de motocicletas como meio de transporte, estando, assim, mais sujeitos aos traumas faciais (BRASILEIRO; PASSERI, 2006; WULKAN; PARREIRA JUNIOR; BOTTER, 2005).

Outro fator observado foi quanto à etnia, verificou-se nessa pesquisa a predominância da raça parda (48,3%). Sabemos que o Brasil é considerado um país completamente miscigenado, onde não existem raças puras, e que tais grupos étnicos podem variar de acordo com cada região brasileira. O fato é que mesmo assim (MALISKA et al., 2012), outros estudos mostram a predominância a raça parda como predominante (OLIVEIRA, 2008; BRASILEIRO, 2010).

Quando relacionamos a idade, percebe-se um predomínio dos pacientes entre 20 a 29 anos (22,5%) sobre as outras faixas etárias. A fim de buscar alguma associação entre a idade e o gênero dos pacientes, foi aplicado o teste qui-quadrado de Pearson. Obtivemos, portanto, um resultado significativo (p<0,001) em que homens na faixa etária de 20 a 29 anos foram os mais acometidos de trauma quando relacionamos os demais gêneros e faixas etárias. Tal fato pode ser justificado pelos jovens adultos geralmente têm maior capacidade física, automobilidade e estão mais presentes em

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38

situações de alto risco, além de fazerem parte de um grupo de maior consumo de álcool (ANDRADE et al., 2006; BRASILEIRO; PASSARI, 2006; ANDRADE et al.,2000; ADEYEMO, 2005; GAWRYSZEWSKI, 2009; STOLZ, 2011; BRASILEIRO, 2010 ).

Assim é compreensível que essas lesões traumáticas ocorram mais entre homens jovens pela sua inquietação e desobediência às normas, influenciado por mudanças comportamentais e morais extremamente rápidas (BRASILEIRO; PASSERI, 2006). Já as duas faixas acima de 60 anos foi a menos acometida, possivelmente devido ao fato dos idosos terem suas atividades cotidianas diminuídas. Para Adeyemo et al. (2005), Falcão et al. (2005), Silva e Cauás (2004) essa prevalência baixa era atribuída ao declínio da prática dos diversos tipos de atividades, bem como da menor exposição social.

Quanto a localidade do trauma, 67,2% dos traumas são de origem urbana, corroborando com o estudo de Santos et al. (2012) onde 79% aconteceram na capital. Outro estudo, no Estado do Rio Grande do Norte, onde 61,9% dos casos ocorreram em Natal (LOPES, 2011). Houve apenas uma pesquisa da nossa revisão onde as ocorrências dos traumas procediam, em maioria com 59%, do interior do estado de Sergipe (ARAGÃO, 2010).

As lesões bucomaxilofaciais são provocadas por diversas situações e são responsáveis por inúmeras vítimas a cada ano. Contudo, verificou-se, pelos dados dessa pesquisa, a prevalência dos acidentes de trânsito como grande causador do trauma, e características sociais que estão intimamente ligados a essas lesões.

Diante disso, verificamos que acidente de transito equivale a 34,7% dos casos totais estudados. Na literatura observamos uma grande incidência de pesquisas em urgências e emergências de hospitais no que diz respeito ao trauma por acidente de trânsito (CHIAPERINI et al., 2008; PACHECO et al., 2012; REZENDE et al., 2007; NEVES et al., 2013). Mostrando assim que mesmo com campanhas públicas de regulamentação do trânsito, esse número ainda continua alto, em relação às demais etiologias. Podemos associar isso ao fato de uma fiscalização deficiente acrescido de uma negligencia da própria população quanto às leis de transito. Comprovando o dado exposto, de todos os casos de acidentes automobilísticos 60,7% não estavam utilizando dispositivos de segurança.

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39

Esse resultado também predominou no estudo de Brasileiro, Vieira e Silveira (2009), onde 77,9% dos pacientes não usavam capacete, e 21,3% usavam capacete, porém, 3,5% do total usavam capacetes abertos, onde esse mesmo estudo mostrou que a chance de ocorrer uma fratura na mandíbula, utilizando um capacete aberto ao invés do fechado é dez vezes maior, haja vista que este não protege o terço inferior da face. Silva et al. (2003), em estudo com motoboys do Paraná, observou que, em Londrina, 52,8% desses entregadores prefere a utilização do capacete aberto, uma vez que não é necessário retirá-lo para adentrar em estabelecimentos e residências, estando mais propensos ao trauma do terço inferior da face. Esse número serve de alerta para que as fiscalizações sejam mais eficientes e que os motoristas usem o equipamento corretamente (SILVA, 2008; BRASILEIRO, 2010).

As agressões físicas nessa pesquisa são responsáveis por 14,3% dos traumas bucomaxilofaciais. Esse dado diverge da literatura consultada onde há predominância dessa etiologia. Podendo ser explicado pela violência, segurança ou ambos, da região onde foram realizados esses estudos (ALVI, et al., 2003; BRASILEIRO; PASSERI, 2006; SHIRANI et al., 2010; STOLZ, 2011; SANTOS, 2012; GODOI, 2013).

A fim de buscar alguma associação entre o gênero e a etiologia do trauma, foi realizado o teste qui-quadrado e Exato de fisher. Houve significância entre homens e acidente automobilístico (p<0,004), mulheres e queda (p<0,001) e homens e acidente ciclístico (p<0,001).

Os dados supracitados podem ser explicados pelo fato, antes já exposto, de que os homens estão mais presentes em situações de alto risco quando comparado às mulheres. Para reafirmar tal correlação, ainda fizemos o teste de Razão de Prevalência (RP) a fim de saber o risco dos eventos se sobressaírem de outros, obtivemos, por tanto que para os homens o risco de sofrer algum acidente automobilístico é 0,17 vezes maior que para as mulheres, confirmando assim a predominância de traumas em homens tendo como causa o acidente de transito.

Com relação ao gênero feminino, os testes estatísticos foram significativos para a queda (p<0,001), onde a porcentagem de mulheres (41,4%) que sofreram algum tipo de queda foi maior que o homem (15,7%). Quando analisados a razão de prevalência foi constatado que o gênero feminino possui 1,69 vezes a mais de chances de cair do que os homens. O estudo de Brasileiro (2005) mostrou a relação dessa etiologia com a faixa etária, mostrando ser o principal fator etiológico em mulheres, crianças e idosos

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com mais de 80 anos, esse último, pela própria fragilidade sistêmica, principalmente esqueletal, agravada pelas doenças músculo esqueléticas ou neurológicas com manifestações motoras.

Quando analisado a agressão física, não foi observada significância pelo teste qui-quadrado nem predominância de nenhum gênero pela razão de prevalência (RP). O que contrapõe outros estudos que (ALVI et al., 2003; BRASILEIRO; PASSERI, 2006 SHIRANI et al., 2010) confirmam a incidência das mulheres nesse tipo de ocorrência relacionando com as lesões bucomaxilofaciais, onde estas encontram-se em maior destaque.

Em seguida, foi visto também uma predominância no acidente ciclístico seguido por acidente esportivo, ambos aproximadamente 0,20 vezes de chances a mais dos homens sofrerem esses tipos de acidentes quando comparando as mulheres. Quando relacionamos gênero com acidentes ciclísticos, poucos dados na literatura ainda embasam tal comparação. Mas quando relacionamos o esporte, é sabido que os homens ainda praticam mais exercícios de impacto quando comparado as mulheres.

Outro ponto analisado foram os ferimentos e fraturas, onde classificamos as faturas, em aberta e fechada. Mesmo não sendo uma variável muito avaliada nos estudos, foi constatado que 74,3% de todas as fraturas eram do tipo fechada, corroborando com os estudos de Wulkan (2005) e Lopes (2010).

Também foram analisados os tipos de ferimentos dos pacientes. Dos que possuíram algum ferimento, totalizando 82,2% da amostra, houve prevalência do tipo corto-contuso (72,6%) sobre os demais. Os demais ferimentos como abrasão (10,6%), contusão (10,4%), transfixantes (3,7%), avulsão (0,92%) demonstraram menor prevalência. O principal ferimento dos traumatismos bucomaxilofaciais apresentando na literatura, também diz respeito ao corto contuso (ALVI et al., 2003; MALISKA et al., 2012). Tal fato pode ser explicado pelo numero prevalente de acidentes automobilísticos cujos traumas, na maioria dos casos, resultam nesse tipo de ferimento.

Ao verificar as condutas clinicas realizadas nesses pacientes atendidos no serviço de trauma do Hospital, obtivemos que do total de pacientes a conduta clinica mais utilizada foi a sutura com prevalência de 61,3%. Esse resultado corrobora com o tipo de ferimento corto-contuso, que foi prevalente nessa pesquisa, mostrando que há resolução para lesões em tecidos moles nos pacientes do Hospital. Essa conduta foi a mesma realizada no estudo de Soltz (2011). Porém, os estudos de Brasileiro (2010)

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mostraram que a medicação foi a conduta mais realizada, sendo a segunda em nossa pesquisa com 46,8% dos pacientes.

Sendo assim, afim de buscar associação dessas condutas clínicas com o tipo de ferimento obteve-se que, para o tipo de ferimento corto contuso, a conduta clinica sutura foi significativo (p>0,001).

Um dado de importante destaque em nosso estudo foi o número de prontuários incompletos que resultou em variáveis com categorias sem informação. Porém, isto é um prática comum entre a classe médica e odontológica, como mostraram Meneghim et al. (2007) em seu trabalho, quando indagaram os gestores de saúde sobre quais itens fariam parte do prontuário de urgência, e apenas a identificação do paciente apareceu como unanimidade. Silva e Tavares Neto (2007) analisando os prontuários de 105 hospitais filiados à Associação Brasileira de Hospitais Universitários e de Ensino verificaram não ser de boa qualidade o preenchimento da maioria dos prontuários estudados.

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7 CONCLUSÃO

A prevalência dos pacientes que são atendidos no serviço de trauma do Hospital Walfredo Gurgel caracteriza por homens, pardos, na faixa etária de 20-29 anos, cujo trauma ocorreu na zona urbana, existindo uma associação significativa (p<0,004) entre homens com idades entre 20 a 29 anos. O acidente automobilístico prevaleceu sobre os demais acidentes, e quando relacionado ao gênero, o sexo masculino possuiu maior significância em relação ao sexo feminino. Assim, há uma maior necessidade de atenção à educação dos condutores, bem como fiscalização do cumprimento das leis de transito e estruturação dos serviços de promoção em saúde.

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