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Estado do Rio Grande do Sul Município de Caxias do Sul

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Estado do Rio Grande do Sul

Município de Caxias do Sul

DECRETO Nº 18.094, DE 24 DE MARÇO DE 2016.

Dispõe sobre medidas de contenção de despesas na administração pública municipal para o exercício de 2016, fixa as responsabilidades inerentes e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE CAXIAS DO SUL, usando das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 94 da Lei Orgânica do Município,

DECRETA:

Art. 1º A movimentação e o empenho de dotações orçamentárias do Poder Executivo, constantes da Lei nº 7.987, de 1º de outubro de 2015, e na Lei nº 8.030, de 10 de dezembro de 2015, que respectivamente, estabelece as diretrizes orçamentárias para o exercício financeiro de 2016 e estima a receita e fixa a despesa, ficam limitados aos percentuais respectivos das previsões estabelecidas nas peças orçamentárias.

Parágrafo único. Excluem-se do disposto no caput deste artigo as dotações: I - referentes à transferência constitucional ao Poder Legislativo;

II - relativas aos grupos de despesa:

a) "Pessoal e Encargos Sociais", exceto as reduções possíveis e legais; b) "Juros e Encargos da Dívida";

c) "Amortização da Dívida"; e

III - destinadas às despesas constantes da programação orçamentária de caráter continuado e obrigatória, relativas à execução de serviços permanentes da Administração, sem prejuízo da redução do montante fixo previsto no ordenamento, contratos e convênios existentes.

Art. 2º Ficam vedados os pagamentos que ultrapassarem o limite estabelecido na legislação indicada no art. 12º do presente Decreto, sob pena de responsabilidade dos ordenadores da despesa.

Art. 3º Os créditos suplementares e especiais que vierem a ser abertos neste exercício, terão sua execução condicionada aos limites fixados à conta das fontes de recursos correspondentes, após submetidos à apreciação da Gestão Financeira de Contas.

Art. 4º O limite imposto na legislação indicada no art. 12 do presente Decreto somente poderá ser ultrapassado por expressa determinação do Chefe do Poder Executivo.

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Art. 5º Ficam ainda estabelecidas as seguintes medidas administrativas e de restrições orçamentárias para o efetivo controle da despesa pública, sem prejuízos de outras análogas, para a Administração Direta, Autárquica e Fundacional:

I - vedação de uso da frota de veículos municipais nos finais de semana e dias considerados feriados nacionais ou municipais, bem como a sua utilização após as 17 (dezessete) horas, ressalvados os casos emergenciais e aqueles expressamente autorizados pelo titular da pasta correspondente, observadas as responsabilidades previstas neste Decreto; II - redução do uso da frota de máquinas pesadas e caminhões em pelo menos 20% (vinte por cento), restando vedado trabalho nos finais de semana, salvo expressa autorização por escrito do titular da unidade de governo responsável;

III - ficam condicionados à aprovação prévia da Gestão Financeira de Contas, mediante análise de documentação comprobatória de estudo de impacto financeiro, as solicitações de:

a) concessão de novas gratificações a qualquer título;

b) concessão de novos auxílios ou benefícios internos ou para terceiros, que não sejam os já fixados em lei e concedidos até a presente data.

IV - ficam suspensas as concessões de licenças para tratar de interesses particulares, quando implicarem em substituição, por meio de nomeações, convocações para serviço extraordinário ou ampliação de jornada;

V - cessão e/ou locação de veículos para realização de passeios, jogos ou viagens de quaisquer naturezas em atividades da municipalidade ou de instituições não governamentais, ressalvados os casos determinados ou autorizados por lei ou avençados em Convênio;

VI - controle rigoroso do uso de linhas telefônicas e inativação de linhas excedentes; VII - não aplicação de eventual atualização dos subsídios dos agentes políticos do Poder Executivo, eletivos (Prefeito e Vice Prefeito) e administrativos (Secretários Municipais, Procurador-Geral, Chefe de Gabinete do Prefeito, Diretor-presidente da Fundação de Assistência Social (FAS), Diretor-geral do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (SAMAE) e Diretor-presidente do Instituto de Previdência e Assistência Municipal (IPAM); e

VIII - exclusão da previsão de reajustamento trimestral, aos detentores de cargos em comissão.

Art. 6º A Comissão de Gestão Financeira de Contas efetuará revisão de todos os contratos e convênios de prestação de serviços e/ou cedências firmados pelo Município, no prazo de 60 (sessenta) dias, de forma a reduzir em 20% (vinte por cento) as despesas

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decorrentes destes, e ou manter o valor praticado no ano de 2015.

Parágrafo único. A decisão pela redução e/ou manutenção de valores referida no caput será tomada com base na disponibilidade financeira da Secretaria gestora do contrato, de acordo com a disponibilidade orçamentária, vedada a suplementação de valores para posterior recomposição das dotações orçamentárias.

Art. 7º Somente serão realizados aditivos de contratos pertinentes a obras, com a devida justificativa, desde que não agreguem novos serviços e que contenham a devida análise e autorização da Comissão de Gestão Financeira de Contas, de acordo com a disponibilidade orçamentária do Município.

Art. 8º Novos investimentos não serão autorizados, excetuando-se aqueles que já tiverem recursos financeiros específicos garantidos.

Art. 9º Os prédios e serviços públicos terão horário de funcionamento restrito das 8 (oito) às 17 (dezessete) horas.

§ 1º O Centro Administrativo Municipal funcionará em expediente externo, das 10 (dez) às 16 (dezesseis) horas.

§ 2º As Unidades Básicas de Saúde funcionarão no horário compreendido entre 8 (oito) e 17 (dezessete) horas.

§ 3º O disposto neste artigo não se aplica às Escolas Municipais, aos serviços de urgência e emergência da Rede Municipal de Saúde, e às Unidades Básicas de Saúde Vila Ipê, Esplanada, Diamantino, Reolon e Desvio Rizzo, que funcionam em horário estendido.

§ 4º Os servidores com Regime Especial de Trabalho (RET) e Regime de Trabalho Complementar (RTC), deverão cumprir obrigatoriamente sua carga horária diária/semanal, mesmo que esta extrapole o horário de atendimento ao público ou de funcionamento da unidade administrativa em que estiverem lotados, a fim de não sofrerem prejuízo funcional, com as seguintes escalas:

I - 7h50min às 17h10min, para os servidores com RTC e com carga horária semanal de 40 horas;

II - 8h às 18h10min ou 7h50min às 18h, para os servidores com RET.

Art. 10. Ficam reduzidos em 50% (cinquenta por cento) o total de horas de convocação dos servidores para prestação de serviço extraordinário e ampliação de jornada de trabalho, no âmbito de cada Secretaria e unidade de governo.

§ 1º Será utilizado como base para a redução das convocações, a média do valor total pago a título de serviço extraordinário e ampliação de jornada constante das folhas de pagamento do último trimestre de 2015.

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§ 2º As Portarias de Convocação para realização de serviço extraordinário e ampliação de jornada ficam automaticamente revogadas, a partir de 1º de abril de 2016.

§ 3º O titular de cada Secretaria ou Unidade Administrativa deverá distribuir o total das horas de serviço extraordinário, de forma a garantir a prestação de serviços à comunidade. § 4º Até o dia 10 de abril deverá ser remetida a solicitação de convocação de serviço extraordinário e ampliação de jornada, para emissão da Portaria correspondente, que terá validade até 31 de dezembro de 2016.

§ 5º Fica vedada a solicitação de complemento de serviço extraordinário e ampliação de jornada.

Art. 11. Ficam reduzidos em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) as convocações dos servidores para Regime de Sobreaviso e para prestar Serviço Noturno, no âmbito de cada Secretaria e unidade de governo.

§ 1º As Portarias de Convocação para Regime de Sobreaviso e para prestar Serviço Noturno ficam automaticamente revogadas, a partir de 1º de abril de 2016.

§ 2º O titular de cada Secretaria ou Unidade Administrativa deverá distribuir o total das horas pertinentes ao serviço noturno, de forma a garantir a prestação de serviços à comunidade.

§ 3º Até o dia 10 de abril deverá ser remetida a solicitação de convocação de Serviço Noturno, para emissão da Portaria correspondente, que terá validade até 31 de dezembro de 2016.

§ 4º As convocações de servidores para regime de sobreaviso deverão ser encaminhadas em até 48 (quarenta e oito) horas da ocorrência do fato motivador, restringindo-se a situações emergenciais, imprevistas ou esrestringindo-senciais, devidamente justificadas e comprovadas.

§ 5º A redução pertinente ao Serviço Noturno, prevista no caput deste artigo, não se aplica às Escolas Municipais com turmas de Ensino para Jovens e Adultos.

Art. 12. As Portarias de Convocação para exercer atividades em regime de plantão junto ao Pronto Atendimento 24H (PA 24H), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Central de Regulação de Leitos (CRL) e Central de Exames (CE), e que concedem gratificação mensal prevista na Lei Complementar nº 181, de 19 de agosto de 2002, alterada pela Lei Complementar nº 479, de 13 de março de 2015, ficam automaticamente revogadas, a partir de 1º de abril de 2016.

§ 1º O titular da Secretaria da Saúde deverá revisar e definir quais os servidores vinculados aos locais discriminados no caput deste artigo, que desempenham atividades

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especiais de urgência e emergência, com prestação de serviço sequencial e ininterrupto, encaminhando solicitação de emissão de nova portaria de convocação dos servidores que atuam nestas condições, até o dia 10 de abril.

§ 2º A nova Portaria de convocação será emitida com prazo de validade determinado, até 31 de janeiro de 2017.

§ 3º O pagamento da gratificação mensal prevista na Lei Complementar nº 181/02 está condicionado ao registro de frequência dos servidores em relógio biométrico, incluindo-se nestes o registro de entrada, intervalos e do final do plantão, não sendo permitida a conversão das horas de trabalho em número de atendimentos, e nem os abonos de pontos.

Art. 13. O crédito de horas não compensado no mês de sua geração (banco de horas), poderá ser utilizado em até 180 (cento e oitenta) dias, subsequentes do fato gerador.

Art. 14. Os servidores que trabalharem em dias decretados como ponto facultativo poderão compensar o crédito pertinente à quantidade de horas executadas somente na semana seguinte, sendo vedada a inclusão das mesmas em banco de horas.

Art. 15. Ficam vedadas nomeações de servidores, contratações de empregados públicos, contratações temporárias e celebração de termos de estágios.

Parágrafo único. Situações excepcionais poderão ser remetidas para apreciação do Chefe do Poder Executivo, acompanhadas de parecer favorável da Comissão de Gestão Financeira de Contas.

Art. 16. Fica expressamente determinado aos gestores das unidades administrativas, a estrita observância e cumprimento das disposições contidas no presente Decreto, ficando a seu cargo a responsabilidade na adoção das medidas necessárias para manter as despesas dentro da receita disponível.

Art. 17. Os Diretores e Presidentes das Autarquias e Fundação deverão implementar as medidas que julgarem necessárias, de forma a limitar suas despesas dentro da receita disponível.

Art. 18. Os Secretários Municipais, Diretores e Presidentes de Autarquias e Fundação, bem como os ordenadores de despesa, serão diretamente responsabilizados pela realização de gastos ou assunção de compromissos superiores aos limites fixados neste Decreto, bem como pela geração de passivos contingentes.

Art. 19. A responsabilização de que trata o art. 18 será administrativa, civil e penal. § 1º Cabe ao ente municipal adotar as medidas de natureza administrativa, com a abertura de processo pertinente, visando fixar o ressarcimento dos valores irregularmente despendidos, em desacordo com as normas deste Decreto.

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§ 2º As infrações de natureza civil ou criminais deverão ser encaminhadas ao Ministério Público para adoção de medidas vinculadas às atribuições daquele órgão de controle.

Art. 20. O servidor será corresponsável pelo gerenciamento de seu horário de trabalho e poderá ser responsabilizado administrativa, civil e penalmente por eventuais irregularidades e descumprimento do presente Decreto.

Art. 21. A Gestão Financeira de Contas, com auxílio da Secretaria Municipal de Recursos Humanos e Logística e Secretaria Municipal de Gestão e Finanças, fica responsável pelo acompanhamento e verificação quanto à observância e atingimento das medidas e metas estabelecidas.

Art. 22. As situações excepcionais atinentes às medidas determinadas serão resolvidas pelo Prefeito.

Art. 23. Fica revogado o Decreto nº 17.277, de 11 de dezembro de 2014. Art. 24. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Caxias do Sul, 24 de março de 2016; 141º da Colonização e 126º da Emancipação Política.

Alceu Barbosa Velho, PREFEITO MUNICIPAL.

Felipe Gremelmaier,

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