ados Inteacionais Catal�o Publio (CIP) ados Inteacionais Catal�o Publio (CIP)
(Oara Brasileira do Lv S Brasil) (Oara Brasileira do Lv S Brasil) 2•.
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Bachelard, Gaston
Bachelard, Gaston 1 121 12 A tução d state
A tução d state IIGast Baelard ; traduçãGast Baelard ; traduçã Atono de Padua Da
Atono de Padua Da-- 2• 2• --Campna SP : VerusCampna SP : Verus Edtora
Edtora 20102010
Ttulo rgnal L'tuton de nstat Ttulo rgnal L'tuton de nstat
Bblrafa Bblrafa
ISBN
ISBN 97·85·7686010597·85·76860105
Instante (Flofa)Instante (Flofa) 22TemTem•• ceão I. Tituloceão I. Titulo
070720 070720
dces para catlo sstemátco dces para catlo sstemátco 1.
1. Istante Itução FlfaIstante Itução Flfa 111155
DD115 DD115
GASTON BACHELARD GASTON BACHELARD
A intuição do instante
A intuição do instante
2• edição 2• edição Trau TrauAntonio d Padua Dnesi Antonio d Padua Dnesi
VERUS VERUS
SAPIENTI SAPIENTI
Título original Título original 'intition dr l'intant 'intition dr l'intant Editora Editora Ra
Raa Cata Cat
Coordenado Edoria Coordenado Edoria An aula Gom
An aula Gom Copiesque Copiesque Ana Paula Gom Ana Paula Gom Re
Re viso viso
Carls Eduard
Carls Eduard Sigrist Sigrist Diagramaço Diagramaço Daine Aveno Daine Aveno p Pojto gráfco p Pojto gráfco Anré
Anré S.S.Tavares a SilvaTavares a Silva Co
Copypyririghghtt OO Eitions Eitions STOSTOCK,CK, 1931, 1992 1931, 1992 191933
Toos os ireitos
Toos os ireitos rreerrv v ddooss,, n Brasil prn Brasil pr
Vers
Vers Editra Nenhua ae dta ob ode seEditra Nenhua ae dta ob ode se rprduzid u transmtda o qualquer foma rprduzid u transmtda o qualquer foma e/u quaiquer eios (eletrônico ou mecân e/u quaiquer eios (eletrônico ou mecânco,co,
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w.
Sumário
Precio 7 Introdção . 1 CAPUL 1 O nstante 5 APÍT 2O oblma o hábo e soníno 57
AÍT 3
A deia do pogresso e a
nuição o temo escontnuo 73
Conclusão 89
NEX
Prefácio
O título o iginal dsta oba d Bachlad é L'intuition de l'instnt
- Etude sur l Slo de Gston Roupnel. O histo iado francês Gs
ton Roupnl ( 1 872- 1946) notabizous po su studo da his tóia social da Fança, pincipalmnt po sua Histoire de l cm pagnefrançaise, na qual já stá psnt uma abodagm gion stutua qu o apoxima da col ds Annals A poposta d u ma históia total, como pconizada po Roupnl, tm po contpatida a mno stutua d tmpo possívl m histó i a, o instant A contaposiço nt a históia como totalida e o insnte como fagmnto mínimo solv-s, aa Roupnel
nma etasic. O dlinamento dss etasica s o obje
tivo de Slo no conjunto d su oba.
Entetanto, o poblma do instnte d como e é cone cio, ou seja, o poblm da intuição, no dv s qualicado na losoa fancsa, apnas como co ent, mas também co mo fnante.
I NT UIÇAO DO I NSNTE
É cto pssgm mis concid d intiço n
-loso ncs é o cogio d Dscts (15961650), po-põ intiço como o ndmnto do concimnto pos no posso dvid d so Enttnto, ind n cistndde H go d So Víto ( 1 096 1 1 4 1 ) j á havi colocdo intiço como c ontposiço nt m totlidd o instnt, m vz conmplaio intiço do ol contmpltivo co-ncimnto último sob totlidd i nnitd divin
A conj nço nt o instnt tdd A conmplaio
o último psso do concimnto, pcdido pl cogitio - s i à obsvço snsívl à imginço pl mdita io - s i m xo cionl cjo ápic o -concimnto do divino S sássmos os olos d Hgo So Víto le Dscts jlgímos o cogio, mbo dto coo ntião é in medtato.A cotmpla o xe ep m mtsic mis pond dicl poém smep n -tv, isto é concb o mndo no como pt, s co-o continidd , msmo, scnso d obsvço snsív à contpão de D
Ropnl poost d um tl mtsic contdo s nlidde no é o concimnto d Ds, ms d stó coo totlidd. Qndo desvimos d contplço dvn p istó o nfo d intço spndmonos com o to d tdiço, os vlos s pátics cltis co nsisti smp m instn ts ptçõs, q s constituím m b-tos, os qis, po m, cbm o signicdo d vlos Tl co-mo n viso n itiv d Hgo d So Víto, sinld do instnt totlidd d istói ncontms pincipi conjnção n intiço do instnt, o sj, intiço não é to único o dstnto, como sntnç ctsn m to de cocê e rópo de etc
PREFACIO
ta como Ropnl qr propor m q o mndo é o smr-prsnt d m modo radical o instant.
Otro camin ho d nidad ntr co nsciência totaidad oi pposto por Hnri Bron (1 859 1 94 1 ) notadamnt m
sa obra mais conhcida A evolução criadora. Porém já m s
trabalho nicial Ensaio sobre os dados imditos d consciência,
n-contraá como dado mdato o tpo pscológco, or le no-mado de dração psicológica, sndo o nsan a conjunção ntr a duração coacada ou sja , anda não xrssa a duação distndda xrssa m alavas, n eros sbo-los. Dss odo o i nstant brgsonano é ua scolha qu da htogndad do aranhado d sgncados ossves a conscênca lgss a xprssão hoogênea, coen sívl contávl compatívl co o tmpo xtrno mcânco compartlhado plas pssoas prmtindo popor um signicado único o principal ao i nstant O instant assim é a sínts da contraposição ntr a totalidad htroêna da conscência a xprssão homogêna d u sinicado.
A tasica d Slo chaa achlard a ess dba soe
a ntição o instane, nfntando as dfnç� e ccas e rlação a gson RounlA cainho da caactrzação da ntução etasca e da inuição oéca achlad se arox-ará do atmátco taé lósoo nr Ponca, ara qu a intução era, ais qu u onto de atda xplicavo a cntelha da cração da nvnção ncssára tano à ciênca qanto à o€sa
lntrodução
Quando ua alma snsívl culta s lbra d sus sforços para dsnhar, d acordo co su próprio dstino intlctu as grands linhas da Razão, quando studa, pla ória, a h-tória d sua própria cultura, la s dá conta d qu, na bas das crtzas íntias, ca spr a lbrança d um ignorância s-snci. No rino do próprio conhcimnto há, assi , u rr original : o d tr uma orig; o d faltar à glória d sr in t-poral; o d não dsprtar a si smo para prancr como si mso, as sprar do mundo obscuro a lição d luz
E qu água lustra ncontrarmos não sont rnova-ção do frescor acional, as tabé o dirto ao trno rtorno do o da Ra ão ? Qu Siloé, arcandonos co o igno da Rzão pura, porá ord o bastant nosso espíito pa o prmitir coprndr a orde supra das cosas? Que g-ça dvi no dará o pode d outorgar o princpio o er o prncpio do pnsto e, coçandonos vedadnte
A INTUIÇO DO INSTNTE
nu enseno novo, de eo e nós, a nós, e n osso
óo esío, a ef do Cado? É ess fone de Juvênc
nelecul que Roupnel ocu, coo bo feceo, e o-dos os donos do esío e do coação. Aás dele, ncazes nós sos de nej a vnha de avelea, se dúvda não eenconaeos odas s ágs vvas, não sentros tods as coenes suerânes de u oba fund . Pelo enos,
gos-ríos de dze e que onos de Siloe recebemos os
impul-sos ais ecazes e que es neante novos Rounel tz para o lósofo que quer eda os probleas da dação e do nsnte, do hábo e da vd.
Peo, ess o e u foco seceo. Não sbeos o que que f o clo e cldde. Não odeos x ho e ue o so se onou clo o bsne se enunc coo ole Ms que ferenç fz? Que el venh do sofno, que venh d legr, odo hoe e n vd es-s o de lu, a ho e que ele comprende subitamnte sua ó ensge, ho e que o conheceno, lumnando xão, desvend o eso eo s egs e a onoon do Desno, o oento veddeaene sn éco e que o loo decsvo, ocando conscênc do aconl, se
orn nd ss o sucesso do enseno É í que se su o
dfeencl do conheciento, o uxo newtonin que nos pe-e eceber coo o esíto suge d gnorânca, a inexão do gêno huno n curv desc elo ogesso d vd. A coe nelecul consse e ne vvo e vo esse ns-ne o conheceno nscene, e fe dele fone nexuí-vel e noss nução e e desenh, co hsó sujev de nossos eos e equívocos, o odelo objevo de u vd lho e s cl. Ao longo de odo o lvo de Rounel , sen-o o vlo dess ço essene de u nução losc
INTRODUÇAO
oclta . S o ator não nos mostra sa font iia, nm o isso nos podmos nana a rsito da nidad da ofundi dad d sa intição. O liismo q condu ss da
losó-co q é oe co nstiti o sino d sa intimidad oq
co-mo scrv Rnan o q s diz d si é smr osi" . 1 ss lirismo porq intiramnt spontâno, ncra ma força d rsasão q crtamnt jamais consuiíamos tansota aa nosso stdo. Sia ncssáio vi todo o livo, sgui-lo linha linh a con quanto o caáte esttico he acscnta d claa Aliás, l Slo, s te
e-snte que s stá diant d o de u ot, d u sicólo-o d m historiado q ainda s n a s u lósofo o momnto msmo m q sa ditação solitária lh nta a mais bla das rcompnsas losócas a d voltar a alma o sírito ara ma i ntição oriinal .
Nossa tarfa rincial nos stdos q s sm sá s-clarcr ssa intição nova mostra s intrss mtasico
nts d iniciar nossa osição almas osrvaçõs s-rão útis ara j sticar o método q scolhos
Nosso ojtivo não é rsr o liv d Ronl Silo
u liro ico m pnsanto m fatos Mlho sia des olêlo qu suo. Enquanto os oances de Rounel são animados o ma vrdadia alia do o, o u xis-tência nuosa d alavras ritos, é notál qu l tnh ncontado m s oe a fras condnsada, colhida no âago
da intuição Desd loo nos rc q, qui, xlica si x-licitar. Rtomamos ois, as intiçõs d Silo tão to
quan-to ossíl d sa font mnhaonos m sui nós sos aniação qu sss intuiçõs odeia da à ei
1 Souvris d'f{lc t de jrmss, Prefcio 111.
A INTUIÇO DO IN STANE
tação losóca. Fzeos dela, drante város eses, a oldra e o rcaboço de nossas constrções. Alás, a ntção não se rova, se vvenc a. E se vvenca ltlcandose o eso odcandose as condções e se so. Sael Btler dz co razão : Se a verdade não sóla o bastante para sortar e a desatremos e a mates é de m espcie be
robsta" .2 Pelas deormaões e impsemos às teses de Ro-el podeseá talvez medir sa verdadera ora. Seionos, os co toda a lberdade das ntç�es de Siloe e, nalente,
as qe ua exosço objetva, o e aresentaos aq nossa exerênca do lvro.
Todava, se nossos arabescos defora e deasa o tra-çado de Ronel, sere se oerá resttir a ndade retor-nandoe à fonte sterosa do lvro. Aí se encontrará, coo aeos osta sere a esa ntção Aás, Ronel nos z3 que o títlo estranho de sa obra só te vedaea ntelgêna ara ele eso. Não será sso convdar o leto a oloa tabé, no la e sa lta, sa róa Sloé, o steroso reúgo de sa ersonaldade? Recebese ento, da obra a lção estranhaente eocoante e pessoal qe lhe conra a ndae n novo lano. Dgaos na alava
Siloe a lção de solão. Es or qe sa ntade tão
fna, es o qe ela conserva, aca da dsersão de ses aítlos aesar do jogo não ra deasado grande e nossos coentáros , a nae de sa força ínta.
Toeos ortanto, esde já, as ntções dretvas se no laos a segr a orde o lvro São essas ntções qe nos aão as chaves as convenentes ara abrr as útlas esectvas e qe a oba se esenvove.
2 L 'ie 1' labitudr p 17 trad. Lrbaud.
C A P Í T U L O
O instante
iíneo, o vivaz e o belo hoj ALARM
Termos perdido aé a memória de nosso econro Mas nos reenconreos ara tiOS separarmos e nos encontrarmos de novo
Ali onde os moros se reencontram: nos lábios dos ios
SAMUE BUTLER
A ideia etafsica decisiva do livro de Roupnl é esta : tmp
só tem uma realidade , a do Instante. Noutras palavras, o tempo é uma raldad ncerrada no instant suspnsa ntre ois
na-das. O tmpo podrá sm dúvda r nasr mas prro tr
A I NTUIÇO DO INSTANTE
o No o ota at
ouo 12 a ação
Oa o
o .
É
a oldão valo taco a deoado.
ua olo e od a tental conra o tgco
o-lato do ntante: por a espéce de volênca craoa, o
teo litado ao ntante no ola não apenas dos otros, a
tab ó so,j q pe noso paado a dlto.
Já
o lar d a dtação e a meditação do tempo
a taf a
aqalq ta� , e, ortato, o
ló-ofo dat a aração d q o tepo e apresenta coo o
tat olto coo a cocêca de a oldãoVo
a aa oo foraão o fataa do aado o a
lão o ftro; a, a d tdo, paa be cod
a ob q vao xlca, co ptra da toal
gul o t rte do eal. Coo odea o q
al a à arca do tat rte? Ma, rcocat,
coo o tat t dxa e o ral? S
ó oa ocêc o o tate pt,
coo ão ver qe o tate peente o úco oío o
qal s vvenca a ralidad? S tvo d la oo
gda, era cssáio patr d ó mo ara ovar
o er. Toos, os, de nício, oo pensaento o
-o ga a cota o tat q a
baça o q acaba o dxa ra taoo,
ou o, o q o tat bq o
tga
"É
o ó do q to co
" , zo Ro
"Oat q acaba d o ca
a a ot a q tc o o abolo
o ao xto E o o cohco vl
o a a va o fuuo, ao o
O INSTANTE
aproxima d ns como os Mundos os Céus u ainda s
ig-noram."1
Roupn acrscnta u m argumnto u amos contsar
com o único intuito d acntuar ainda mais su pnsmeno:
No h grau nssa mort u é tano o fuuro uano o ps
sado". Para rforçar o isolmnto do insa use diíos
qu há graus na mo u o u st ais morto ue mort
é o u acaba d dsaparcr. . D fato a mdiaço do insan
nos connc d u o sucimnto é ainda mais nítido
por-u dstri um passado mais próxio, da msma sorte por-u a
incrtza é ainda mais mocionant poru colocada no ixo
do pnsamnto u ai ir, no sonho u soicitaos ms u
sntimos já sr nganador Do passado mais disan po
fi-to d ua pranência fi-totamnt foral u rmos
s-udar, u fantasa algo cornt sóido podrá talz
retor-n ir as o instante u acaba d soar não o podrmos
consrvar com sua indiiduaidad como u ser copleo
Éncesi e e o e fe e
banç compla Como o uo ms ce concic
dofutuo traído ·uano sobrém o insane lnnt e e
ene urido fecha os olhos imediamene se sen co
ue oidad hostil o insant seguine ssa" nosso corço
Ee carter dramáco o insnt é le sceíel e f
prssenir sua ralidd. O u gosaímos e subln
u nssa ruptura do sr a ideia do dsconínuo s ipõ
forma incontst. Objtarsá alz u esss insans
damá-ticos sparam duas duraçõs ais monótonas. Mas chamamos
d monótona rar toda olução u não xaminaos com
atnção apaixonada Se nosso corço oss po o basne
e poeoe eo e oo o
I Sih>', p. I08
A INTUIÇ O DO INSTANTE
instants so a u po doadors spoiadors qu uma novidad cnt o tágica, smpr rpntina, no cssa d us ta a dscontinuidad ssncia do Tmpo
11
Poém ssa consagaço do instant coo lmnto tmpoal piodial só pod, vidntnt, s dnitiva s fo pimi o confontada co as noçõs d ins� ant d duaço. Dsd
logo, psa d Siloe no aprsntar nnhum taço poêico, o
lito no pod dixa d voca as tss brgsonianas . V isto qu neste tabalho nos popoos a tafa d cona todos os pnsa mentos de um lito atnto, cumpnos nuncia todas as obj ções nascm d nossas lbanças dos tas bgsonianos. iás, é tavz opondo a ts d Roupn à d Bron qu co
pndos hor a in uiço qu aprsntaos aqui .
Ei s, nto, o plano q u vaos cupir nas páginas qu s seem.
Lbaos a ssência da toia da duaço dsnvolv eos o mais claant possívl os dois tmos da oposiço:
1 A losoa d gson é uma losoa da dço. 2) A losoa de opnl é ma losoa do instant.
Em seguida, bscamos indica os foços d conciliaço e tntamos opa pessoalente, mas no daos nossa
ad-são à doutina intmdiáia nos tv po um momnto.
S a delinamos, é pou la acod uito natualnt, sgun-do paec, ao spíito d lito clético pou pod
tada sua dciso.
Enm após uma xposiço d nossos pópios dbats, v-emos e a nosso ve a posço mais claa, mais pdnt a e
O INSTANTE
a que corresponde à consciência mais direta do tempo é ainda a teoria roupneiana.
Examinemos, pois, para comear, a posião bergsoniana . De acordo om Bergson , temos uma experiência íntima e direta da duraão. Essa duraão é mesmo um dado imediato da consciência . Decerto ea pode ser subsequentemente eaborada objetivada, defor mada. Os sicos, por exempo, com todas as suas abstraões, fazem dea um tempo uniforme e sem vida, sem termo nem descontinuidade. Entregam, então o tempo inteira-mente desumanizado aos matemáticos. Penetrando no pensa mento desses pfetas do abstrato, o tempo reduzse a uma sim-pes variáve geométrica, a variáve por exceência, doravante mais apropriada para a análise do possíve que para o exame do rea. De fato, a continuidade é, para o matemático, mais o es-quema da possibiidade pura que o caráter de uma reaidde.
Ento, para Bergson, o que é o instante? Nad mais que um corte arcia que ajuda o pensamento esquemático do
geôme-tra. A inteigênia, em sua inaptidão para seguir o vita imobi
iza o tempo num presente sempre fatíio. Esse presente é um mero nada que não onsegue sequer separar reamente o pas sado e o futuro. Parece com efeito, que o passado eva suas for-as para o futuro, e parece também que o futuro é neessário
para dar passagem à foras do passado e que um único e mesmo
impuso vita soidariza a duraço O pensamento fragento da ida, no deve ditar suas regras à vida . Totamente imersa em sua contempaão do ser estático do ser espacia a inteigência dee empenharse em não desconhecer a reaidade do futuro Finamente a losoa bergsonian reúne de forma ndissolúel o passado e o futuro Assim é preciso tomar o tempo em seu boco pr tomo em sua realidde. tempo está n própri
I NT UIÇAO DO I NSTNTE
ont do implso ital. A ida pod rcbr ilstraçõs insta-tnas, mas é a draço q xplica rdadiramnt a ida.
Eocada a intiço brgsoniana, jamos d q lado, co-tra la, as dicldads o s acmlar.
Eis, em primiro lgar, ma rprcsso da crítica brgso-niana à ralidad do instan.
Com io, s o instant é ma alsa csra, o passado o tro ho d sr bm dicis d distingir, porq so sm-pr aricialmnt sparados. Cmp, nto, tomar a draço como ma nidad indstrtíl. Daí todas as consqêncas da losoa brgsoniana: m cada m d nossos atos, no mnor d nossos gstos, podrsia aprndr o carátr acabado do q s sboça, o m no comço, o sr tod o o s di r no impl-so do grme.
Mas admamos q s possa misrar ditiamn pas-ado fuo. Nssa hipótes, m dicldad os prc apr-sease pa qe qr lr a o m o mpego iião bergsoia.Tndo triado ao proar a irrealidad do isa-, como alarmos do começo d m ato? Q potência so-brnatral, sitada fora da draço, ará nto o aor d mar-car com m sigo dcisio ma hora cda q, para drar, d, apsar d do, coçar? Como ssa dorina dos
com-ços, cja iportâcia ros a losoa opla, há de
prmancr obscra nma losoa oposta q nga o alor do instanno? Sm dúida, para tomar a ida por s mio, m s crscimnto, m sa ascnso, tms toda a possibiidad, com Bron, d mostrar q as palavras antes depois ncrram apnas m sntido d ponto d rrência,já q ntr o ps-sado e o tro s sgu m olço q m s scsso ge-l s agra conína . Mas, s passarmos ao domíio das m-açõs brcas, m q o ao criador s inscr abrpmee,
O INSTANTE
como não comprndr qu uma nova ra s abr smpr por um absouto? Ora, toda vouão, na mdida m qu é dcisiva é pontuada por instants criadors.
Ess conhcimnto do instant criador, ond o ncontrar mos mais sguramnt q no uxo d nossa consciência? No é aí u o impulso vita s mostra mais ativo? Por u tntar rmontar a aguma potênci surda scondida flho is ou nos m su próprio impulso u no o concluiu
nm sur o connuou, nquanto s dsnlam sob nossos ohos
no prsnt ativo os m acidnts d nossa própria cultra as mil tntativas d nos rnovar d nos criar? Votmos, pois ao ponto d partida idasta, concordmos m tomar como campo d xpriência nosso próprio spírito m su sforo d conh-cimnto. O conhcimnto é, por xcência, uma obra tmpo-ra . Tntmos, ntão, apartar nosso spírito dos aos da carn das prisõs matriais. Tão ogo o ibramos na proporção m u o libramos, prcbmos qu rcb m incidnts e a linha d su sonho s qubra m mi sgmntos suspnsos a núl picos. O spírito sua obra d conhcimnto
aprsn-tas como uma a d instants tidamnt sparados. É scr
vndo a história u o psicóogo articiamnt como todo historiador, coloca nla o vínculo da duraço. No f ndo d nós
msmos ali ond a gratidade tm sntido o clro no
prcbmos a causaidad qu daria fora à duraço é um
p-bma complicado indirto pcurar as causas m u m spírito no qua só nascm idias.
Em suma, não importa o qu s pns da duraço m si aprndida na intuião brgsonian, a qua no tmos a
prtn-so de havr xamindo por intiro numas poucas páginas - é
necssrio plo mnos ao do da draço conceder
re-idade dcisiv ao i1stae.
A INTUIÇÃO DO INSTANTE
Trmos, alás, a oportnidad d rtomar o dbat con tra a toria d ma draço tomada como dado imediato da
cons-ciência Para isso mostrarmos, tiizando as intiçõs d Rop-nl, como s pod constrir a draço com instants sm d-raço, o q dará a prova d um modo intiramnt positivo qrmos crr do crátr mtasico primordial do instant , por consgint, do carátr indirto mdiato da draço
Mas retomemos desde logo m xposiço posi tva Aás, o método bergsonano nos torz doravant lnçar mão do exam psicológico Dvmos nto conclr com opne: A Ideia q temos do presnt é d ma plntd d m v-dênca postiva singlars. Instamonos nl com nossa pr-sonaidad complta Somnt ali, por l nl, é tmos
2 sensação d xistênci E há ma idntidad absota entr o
sentimento do prsnt o sntimnto da vida" 2
Será ncssário, por consgint, do ponto d vista d a pró-pra vida , bscar comprndr o passado plo prsnt, onge d m mpnho incssant d xpicar o prsnt plo passado Por crto, dpois disso a snsaço da drço dvrá sr scla-rcida . Vmos tomáa , por ora, como m fato: daço é m sensação como s ors, to complexa nto s otras E não façmos nenhm ceimôni o sblnhar se crátr prente-mnt contraditório: a dração é fta d instantes sm drção como rta é fita d pontos m dimnso No fndo, pra se contrdierem, é preciso s entidades atm na msm on do sr S estabcros e a drção é m ddo re-tivo e secndário, sempre mis o mnos factício, como pode-ria a ilso q tmos sobr la contradizr noss xpriênc
O INSTANTE
ida do
iane?
Tods sss rssls so fis qui pr quno nos cus d círculo icioso forl qundo oos as plrs no snido go s nos ros o snido técnico Todas sss prcuõs, podos dizr com Roupnl
Nossos atos de atenão são epsódos sensorais xtraíos aqla contndade denomna draão Mas a trama contína ali on-de nosso espíto ord on-desenhos on-descontínos on-de atos não pas sa da constrão laorosa e artifcal nosso spírito. Naa ns atoza a afrar a draão Tdo m nós lhe contradz o sn
tdo e he arrína a ógca E, alis, nosso nstinto é mais bm
es-clarecdo sobre sso o qe nossa razão O sntimnto q mos o passo é o ma ngaão ma sui ção O créit q nosso spírto concd a a pretensa draão q já ão sr n qual l já não sia é um créito sm provã3
Co ném sublinh ar d passagm, o lugar do ato d atenço
n xpriênci do
instante
É u d fo no xist rdadirn idênci sno n ond n consciênci qu s m pnh dcidir u a to
A o qu s dsnol por rás do o ntra já no dom
nio ds consquêncis ógic ou sicn pssivs E há í u iz iporn qu disingu loso d Roupnl da
d Brgson:
aflosa bergsoniana é umaflosa da ação; a flosof
roupneliana é umaflosa do ato.
Pr Brgson ua ão é s pr u dsnrolr conínuo qu s siu nr a dciso o o- jtio ambos mais ou mnos sumáticos uma dao smpr originl ral. Para um partidário d Roupnl, um ato é ans d tudo uma dciso instantâna é ssa dcisão e·' Op. cit, p I 09.
A I NTU I ÇO DO I N STA NTE
ncrr a toda a cara d ornidad. Fndo s scant, o ato d a impusão cânica aprsntars spr coo a comosiço d duas ordns innitiais dirnts vnos a comrr até o lmt puntorm o instant qu dcid aba la. Uma prcusso por xmpo, xpicas por uma orça n nitant rand qu s dsnvov nu tpo innitan-t cu rto Sria possív aiás analisar o dsnroar conscutio a ma dciso m trmos d dcisõs sbaltrnas. Vrsa q m oimnto variado o único q� com toda razão Brgson consdra ra continua sguindo os sos princípios qu o zm comçar. Mas a obsrvação das dscontinuidads do dsnroar tornas cada vz ais dici, à mdida qu a aço qu sgu o to é conada a autoatisos orânicos nos conscints. Eis por qu nos cab rontar, para sntir o ns tante os atos claros da consciência.
Qndo chgarmos às úlimas págnas dst nsaio trmos ecede r ntndr as rlaçõs do tmpo do progrsso e ol ssa concpção atl atva da xpriência do ns ante Vrmos ntão qu a da no pod sr comprndid nu m conemlço ssa; comrndêl é mais q êl é efemee mloál El no corr ao longo d ma n cos no exo de m emo ojeo q cbria como m cal. É m form mos à la dos nstants do tmpo ms é smr num instant q la ncontra sa ralidad primeira Assm s nos voltarmos para o núclo da vidência pscológica em snsço já no é so o rxo o rspost sm comlex do to ountário spr simps, quando a anço rduz a vida a único mnto a um lmnto isolado pr cbrmos qu o instant é o carátr vrdadiramnt spcí co do emo Qo ms rofdmn ntr noss me do o e ms el se e Só eç é ddo
O INSTANTE
o ato é instantâneo. Coo no dizer ento qe, reciprocaen te, o instantâneo é o ato?Toeos ma ideia pobre, redzao a a instante ea ina o espírito. Ao contrário, o re poso do ser é já o nada.
Coo, pois, no ver qe a natreza do ato, por m sing ar encontro verba, é ser ata? E coo n o ver, e seida qe a ida é o descontno dos atos? É essa intiço e Rop nel nos apesenta em termos particlarmente claros:
Podese dizer que duração é a vid Sem dúvid Mas é reciso ao menos situar a vida no âbito do descontínuo que a conté
n fora agrssiva que a nifest. Ela já não é aquela coti-uidade uida de fômeos orgnicos que s escova u os outros confundindose unidd funcionl O ser estrno lu-gr de lembranças atriais, no ass de um ábito e si mesmo O que ode haver de eranente no ser é a expresso não e u causa imóvel e constante, mas de uma justaosiço de resul-tados fugidios e incessantes, cada um dos quais co sua base so-litári e cuj ligadua, que nada mis é que um ábi to, coõe
u idivíduo.�
Se ú ao escree a epopea a eolção egson e-a negigencr os acidentes. Ropne, como hstoiador ncoso não poia ignorr qe cada ação, por simples qe sea oe ecessaente contnidde o ei ital Se obse-armos hstó a da em ses pormenores, eremos qe el m hstóra como as outras, cheia de repetções desnecessáras anacronismos, esboços, fracassos e recomeçs. Entre os aciden tes, Bergson retee apenas os atos reocionários nos qais o
• Ibidem.
A INTU IÇO DO INSTANE
pulso vta s cnda nos quas a árvor gnlógca s prt
raos dvrgnts Para traçar tal arsco não hava
ncs-sdad d dsnhar os dtalhs val dzr não hava
ncss-dad d dsnhar os objtos El dva rsultar portanto nss
tla prssnant qu é o lvro
L'évolution créatríce[d brs.
A evolução criadora,Martins Fonts 2005] Essa ntução
lustra-da é mas a ag d ua ala qu o rtrato lustra-das cosas.
Po o lósoo qu prtnd dscrvr a h
�
stóra das
co-sas os ss vvos do spírto átoo por átoo célula po
célul, pnsanto por pnsanto dv consgur spr os
fatos s os ou tros porqu tos so atos, poru tos so
tos, oe os tos s o tern, s tn l eve
coo eessrente
começaro absoto o nsceto
É
eso os esee stó e co os oos
peso sndo oe s u o o
aciden-te omo pinípio.
N evoluo verdnt crador, st pns u
e e suno qual u cdent stá n z quer
tenttv e voluço.
Ass nssas consquêncas rlativas
àvolução d vda
co-o sua prra ora intutva, vco-os qu a intução
t-pol d Roupnl xtant o nvrso da ntuição
brgso-na.Ats d r a long rsuaos co u duplo squ
oposo das s outrnas:
•
ar Brson vrddr ld do tpo su
du-o; o nstnt pns u abstração dsprovd
r-ldade. El é posto do xtror pla ntlgênca, qu só
coprnd o dvr drcno stados óvs.
R-setíos ento bstnt b o tpo brgsonano po
ua et pret sobr a qul tvssos colocdo, para s
O INSTANTE
blizar o nstant coo u nad, coo u vzo ctco,
u ponto brnco.
•
Para Roupnl, a vrdadr rlidad do tpo é o nstant;
a duração é pas ua construção, dsprovda d raldad
bsoluta. Ela é fta do xtror, pla óra , potênca d
agnação por xclênca, qu qur sonhar rvvr, mas
não coprndr. Rprsntaaos, ntão, bastant b o
tpo roupnlano por ua rt branca, ntrant
potênca, m possbldad, n qual d rpnt, coo u
acdnt imprvisívl, vss nscrvrs um ponto prto,
síbolo d ua rldad opaca.
Nots, lás, qu ss dsposção lnar dos nstnts
con-tnu sndo, tanto para Roupnl coo para Brgson , u
rt-co da agnação. Brgson vê, nssa duração qu s dsnrola
no saço, u o ndrto pra dr o tpo. Mas o
co-prno d u tpo não rprsnta o valor ua dur
o, e sr ncssro rontar do tpo tnsvl
àuro
ntv . Ana qu , ts scontnua adpts s cul
d: nlss a ntns lo núro e Ín<tnts ue
a vonta s clara s rts, to faclnt quanto o
nrqu-cmnto gradul unt do u.5
Abramos agor u parênts nts d sclrcr u ouco
as o ponto d vst
Siloe.111
Dzos s c qu, ntr s dus ntuçõs prcdnts,
havos hsto longant, buscndo so, ns vs da
' Cfler gon, ssai sur f• doés mmiats de / C<ISÍc p. 82 [ed. port.:
E�-saio obr d.l Í'diatos da (lÍÍa, Edições 70, 198[.
A I NTU IÇO DO I NSTA NTE
conciliação, runir sob um msmo squma as vantagns d am-bas as doutrinas. Ess idal clético acabou por rvlars insa-tisatório. Enttanto como nos ppusmos sd m nós ms-mos as raçõs inivas manadas das iniçõs mstras dvmo ao litor a condência pormnorizada d nosso racasso
Queríamos inicialmente conferir uma dimensão ao
instan-t, fzer le um pécie de átomo tmporal q coner vse m i mo crta drão Diímo q u m acontecimeno iolado devia ter uma brev hitória lica com rrência i mmo, no abolto d u volção intrn. Comprenímo qe começo podia er rltio m ident de oriem x-trn, m pr brilhr, e poi para clinar morrer, peí-mo q e atribuí o r, por ioldo qe oe, a pare d tepo Amitímo qu o ideal d vida o a vid rente do emero mas riindicáamo para o mero da auror o voo nupcial, eu to d vid íntma. Qríamo empre,
por-tnto, e ração foe riea profn e ie o
se. Ea foi oa pr imeia poição no que concee ao imtante,
que seria não um pequeno fr agmnto do cotínuo be-no
Ei o e prenío, e gid, do epo rop-no Iginvo e o too tempoai ão poi
o-e, o, nte, e não podi fne o oo O
ipeiri epre ea fuo er imprecíe oe o
int, l o o cen olhi Siloc
convencer Numa outrn a ubtânci que l no et long d sr tautológica tranfrirsão m dicuad d instnt para outro, as qualidads a lmbrança; o pernen-te n nca há explicr o evir. Se, poi, a novie eenc ao vir tme tudo ganhar tribindoe ea novie o ppro Tepo: não o r e noo m empo nifoe,
O I NSTANTE
é o instante que renovandose reete o ser à liberde ou
oportuidade iicial do devi iás por seu ataque o instante impõese protamete inteiramete; ele é o ator da síntese do ser Nessa teoria o i state salvaarda necessariamente por tato sua in dividualidade O problea de saber se os átoos temporais se tocavam ou se eram separados por u nada pare-cianos secundário. Ou elhor dado que aceitávaos a consti-tuição dos átoos temporais éramos levados a pensálos iso-ladaente e para a clareza etasica da intuição nos dávaos conta de que u vazio era necessário quer ele exist de fto,
quer não para iaginar corretaente o átoo teporal -recianos então vantajoso condensar o tepo ao redor e
mí-cleos de ação nos quais o ser se reencontrava e parte colheno
do stério de Siloé o que se requer de invenção e de energia para tornarse e progredir
En aproxiando as duas doutrinas chegávaos a u bergsoniso ragentado a u ipulso vital que se rcon em ipulsões a um pluraliso temporal que aceitando dur-ções diversas tepos individuais nos parecia apresentar meios de análise tão exíveis quanto ricos
Porém é muito raro que as intuições etasicas construí das nu ideal eclético tena oç durdoura Ua intuiço fecuna deve dar pri a pva de sua unide o tos a nos apeceer de que, po nossa concilição havíos reuno as diculdaes das us doutrins. Era preciso escoher no o cabo de nossos desenvolvientos, as na base esa das in-tuições
Agora, portanto vaos dizer coo pssaos da atomização
do tepo, e que nos detivéros arimtização tmpol
b-soluta, ta qual Roupnel aa peeptoiaente
A I NTUIÇ ÃO DO INSTANTE
Priiro, o que nos havia sduzido o qu nos lvara ao i-pass qu acabaos d ntrar fora a falsa concpção da ord das ntidads tasicas: sm prdr o contato co a ts brgsoniana, gostaríaos d colocar a duração no próprio spaço do tpo Toávaos ssa dução, s discussão, coo a única qualidad do tpo, coo um sinônio do tpo. R-conhçaos: isso não passa d um postlado. Não prcisaos ajuizar su valor são m função da clarza do alcanc da constrção qu ss postulado favor. Mas smpr tmos o
dirito, a priori, d partir d u postulado difrnt tntar ua
construção nova na qual a duração sja dduzida, não postu-lada
oré essa considração a priri não bastaria, naturant,
para nos rconduzir à intuição d Roupnl. A favor da concp-ção da duraconcp-ção brgsoniana, co fito havia ainda todas as p-vas ue Brgson runiu sobre a objtividad da duração Se
dúvida, Bergson instavanos a sntir a duração nós, nua riência íntia e pessoal. as não arava aí. El nos ostra-va objtiostra-vant qu éraos solidários d u único ipulso, arrastados todos or ua sa vaga. S nosso tédio ou nossa impaciência alongava a hora se a algria abrviava o dia, a vida ipssoal a vida dos ou tros nos rconduzia à justa aprciação da Duração. Bastava colocaronos diant d uma xpriência sipls u torrão d açúcar qu s dissolv nu copo d água ara coprndros qu, a nosso sntinto da dura-ção, corrspondia ua duração objtiva absoluta. O brgso-niso prtnia aqu i, portanto, alcançar o donnio da dida , spr consrvando a vidêcia da intuição íntia . Tínhaos nossa ala ua counicação idata co a qualidad t-oral do sr, co a ssência de su dvir, as o rino da quan tia do tpo por indirtos qu sja nossos ios d estu
O INSTANTE
d lo, ra a savaguarda da objtividad do dvir.Tudo, portanto, parcia salvaardar a pritividad da Duração: a vidência in-itiva as pvas disrsivas.
is, agora, omo ossa própria oança na ts brgsonia a s abalo.
Dsprtaos d nossos sonhos doátcos pla crtica ns-tiniana da uração objtva.
B dprssa nos parcu vint qu ssa crtca dstuiu o absoluto daquilo qu dura, ao so tpo qu conse vava, coo vros, o absoluto daqulo qu é val diz, o absoluto do instant.
O qu o pnsanto Enstn cha de elatve o lapso tepo, é o coprnto" do tpo Ess co-nto s rvla rlativo a su étodo dição Dzse ue, fazndo ua viag d ida volta no spao a ua vlocide alta o bastant, rncontraraos a Trra nvlhcida alguns s-culos, ao passo qu taos arcado apnas alguas horas no rlógo que lvaos na vige B nos longa seria va-ge necssária para ajusta à nossa ipaciência o to que Begson postula coo o e necsso pa ssolve o too e úca no copo de gu
Als, cae sulnha ee logo que n o se trat aqu eo-go vo e cálculo A elatvae o lapso e teo pa sste-s e ovento , oavnte, u o cetíco Se ens sos te o ieito e ecus a ss spto a lço da cênc, teros d rtnos uvida da intvno das conões sicas na epr ência da dissolução do açúcar da intrfrência ftiva do tpo nas variávis xprintais. Por xplo, to-dos concorda qu ssa xpriência d dssolução põ jogo a tpratura? Pois b para a ciênca odrna, la põ igual
A I NTU IÇO DO I NSTA NTE
nt jogo reatvdad do tpo. ão s eva a cênc parcalnt conta, é prciso toála por ntiro.
Assi pos, subtant, co a rlativdad, tudo qu d-zia rspito às provas xtrnas d ma Duração única, princ-pio claro d ordação dos acontcimntos, s via arruinado O Mtasico dvia dbruçars sobr su tmpo local, char-s m sua própria dração íntima O mudo ão orca ao mnos imdiatamt garanta d convrgênca para nossas draçõs indviduais, vividas na nti idad da consciênca.
Eis, porém, o qu mrc agora sr obsrvado: o nstante
es-tabelco com bastante pecsão pemanece na outna e Ensten
um bsl. Paa conferr ess valo d absoluto, bsta
con-sdra o nstnt su estado sintético, coo u ponto do spotpo. outrs paavras, é precso tor o sr coo stese apoda sltaneante no espao no tepo.
E o poto de econtro do lugar e do presente hc e Ic,
o u n e al e oje . Nssas das tas fóru s o poto se dtaa u eo ds durões ou u eo do espo; sss fóulas sutandose por u do u snte se pecs ensejr u estudo nteraente retvo da dua-ão do espao. Mas, dsd qu s concord e sodar und os dos advbos, es ue o vo s rcb en sua potênca de asoto.
est eato ugr e nste to oeto, es ond s-tanedd cr evdent cs; es onde sucesso s odea se esoeento e se osude. A ptso de to coo a e s stee de os acotecetos o calzados e pontos dfrents do spao é rfutada pea dou-trn de Enstn. Sera ncessára, para stabeecer ss sut-ndade ua prênc na ua pudéssos fundnos sobe o étr o O fracasso de chson proeos espera de
O INSTANTE
ltaidad m dois lars divrsos , por cosquência, ajus-tar dida da dração q spara istants difrts a ssa dição spr rlativa da siltaidad Não há conco-ncia assgrada q ão s acompah d ua coicidêcia
Voltamos assim à ossa icrsão o donio do fnôno co ssa covicção d u a duração só s alora d o do articial, nua atosfra d convçõs dniçõs é vias d qu sa idad v somnt da nralidad da priça d osso xa. Ao cotrário, o istant rvlas sus ctívl d prcisão objtividad; stios l a arca da xidz do absolto
Vaos tão fazr do instante o ctro d condsação ao
rdor do qua colocaríaos ua dução vasct xatan t o qu falta d cotíuo para pôr u átomo d to iso lado rlvo sobr o nada para dar à cavidad do Nada suas duas ras falazs, cofor s olh dirção ao passado o s volt na dirção do futuro?
Ess fo ants e adotar e, s oroso l o oto d vista larat distito d Rol nosa ú a tv .
Daos, ois, a raão qu onso oa onvrsão
Qando ainda tínhaos fé n duração brsoniana , pra studl, nos pvaos dpul , por ont dsojla do dado, nossos sforços dpaav pr o o so obstáculo : nunca consuíaos vncr o caráter de pródia htronidad da duração. Naturalnt, acusvao apnas nossa iaptidão para ditar para nos dsprndr do aci-dtal da ovidad qu nos assaltava. Nunca cosuaos prdrnos o sucint para tornar a nos har, nuca loráva os lcança sir ss uo unifor no qual duraão dsnroava a históri s istória, ua icidência s in
A INTUIÇO DO INSTANTE
i dts Tríamos prrido um dvir qu oss um vo um éu límpido, vo qu ão dsloass ada ao qual ada s opu-sss o impulso o vazio m suma o dvir m sua purza simpliidad o d r m sua solidão Quatas vzs puramos o dvir lmtos tão laros tão orts quato aquls qu Spinoza colhia na mditaço do sr!
Mas, ant nossa impotêia para contrar m nós msos ssas grands linhas unifors, sss grands traços simpls p-los quais o impulso vital dv dsar o dvir éramos lvados natualt a busar a hoognidad da duração limtado-nos a fragmntos cada vz os xtsos. Mas ra spr o so fracasso: a duraço no s liitava a durar la vivia ! Por pquno u oss o fragento considrado, u xam mcs cópico bastava para lr nel ua ultiplicidad d aconteci-mntos: spr os bordados jamais o pao; smpr as sobras rxos no splho movdiço do rioj amais o uxo límpido A durao, como a substância, só os via antasas . Duraço e substância dspenha smo, uma m relaço à outra nu-a recproca dsspradora, a bula do nganador nganado o dvir o fenôeo d substcia subsi o feôeo do devir.
Po e ento no aceiar coo etasicaent is pru e e iula o epo o iee o ue eu ive iu o
epo e eôeo? O epo s se obev pelos ie
uro veeos oo s sentida pelos istaes El
é u oei e ies o eho po de po os ue
uw de perspeiv solidariza de ora ais ou enos
sreita1'
" Guyau já dizia, de um poto de vista, é verdade mais psicológico que o
nos-o:A idea do tempo [ . . .J se eduz a um efeito de perspectiva (L JCuesc d