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BACHELARD Gaston - A Intuição Do Instante [Livro]

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Academic year: 2021

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ados Inteacionais  Catal�o  Publio (CIP) ados Inteacionais  Catal�o  Publio (CIP)

(Oara Brasileira do Lv S Brasil) (Oara Brasileira do Lv S Brasil) 2•.

2•.

Bachelard, Gaston

Bachelard, Gaston 1 121 12 A tução d state

A tução d state IIGast Baelard ; traduçãGast Baelard ; traduçã Atono de Padua Da

Atono de Padua Da-- 2• 2• --Campna SP : VerusCampna SP : Verus Edtora

Edtora 20102010

Ttulo rgnal L'tuton de nstat Ttulo rgnal L'tuton de nstat

Bblrafa Bblrafa

ISBN

ISBN 97·85·7686010597·85·76860105 

 Instante (Flofa)Instante (Flofa) 22TemTem•• ceão I. Tituloceão I. Titulo

070720 070720

dces para catlo sstemátco dces para catlo sstemátco 1.

1. Istante  Itução  FlfaIstante  Itução  Flfa 111155

DD115 DD115

(2)
(3)

GASTON BACHELARD GASTON BACHELARD

A intuição do instante

A intuição do instante

2• edição 2• edição Trau Trau

Antonio d Padua Dnesi Antonio d Padua Dnesi

VERUS VERUS

SAPIENTI SAPIENTI

(4)

Título original Título original 'intition dr l'intant 'intition dr l'intant Editora Editora Ra

Raa Cata Cat

Coordenado Edoria Coordenado Edoria An aula Gom

An aula Gom Copiesque Copiesque Ana Paula Gom Ana Paula Gom Re

Re viso viso

Carls Eduard

Carls Eduard Sigrist Sigrist Diagramaço Diagramaço Daine Aveno Daine Aveno p  Pojto gráfco p  Pojto gráfco Anré

Anré S.S.Tavares a SilvaTavares a Silva  Co

 Copypyririghghtt OO Eitions Eitions STOSTOCK,CK, 1931, 1992 1931, 1992 191933

Toos os ireitos

Toos os ireitos rreerrv v ddooss,, n Brasil prn Brasil pr

Vers

Vers Editra Nenhua ae dta ob ode seEditra Nenhua ae dta ob ode se rprduzid u transmtda o qualquer foma rprduzid u transmtda o qualquer foma e/u quaiquer eios (eletrônico ou mecân e/u quaiquer eios (eletrônico ou mecânco,co,

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peri• srta d edito

Vmus ETR LTDA. Vmus ETR LTDA. Rua Bneicto A

Rua Bneicto Arrii sti stidds Ribei,s Ribei, 5555

Jd.

Jd. Sana GenebraSana Genebra  -- 13084-75313084-753 a

appininas/as/SP -SP - BrasilBrasil Fon/Fax:

Fon/Fax: (1) 31(1) 31 eruvrusitorco.br eruvrusitorco.br

w.

(5)

Sumário

Precio                                                                          7 Introdção    .                                                                 1  CAPUL 1 O nstante                                                                 5 APÍT 2

O oblma o hábo   e soníno           57

AÍT 3

A deia do pogresso e a

nuição o temo escontnuo                                 73

Conclusão                                                                    89

NEX

(6)

Prefácio

O título o iginal dsta oba d Bachlad é L'intuition de l'instnt

- Etude sur l Slo de Gston Roupnel. O histo iado francês Gs

ton Roupnl ( 1 872- 1946) notabizous po su studo da his tóia social da Fança, pincipalmnt po sua Histoire de l cm pagnefrançaise, na qual já stá psnt uma abodagm gion  stutua qu o apoxima da col ds Annals A poposta d u ma históia total, como pconizada po Roupnl, tm po contpatida a mno stutua d tmpo possívl m histó i a, o instant A contaposiço nt a históia como totalida e o insnte como fagmnto mínimo solv-s, aa Roupnel

nma etasic. O dlinamento dss etasica s o obje

tivo de Slo no conjunto d su oba.

Entetanto, o poblma do instnte  d como e é cone cio, ou seja, o poblm da intuição, no dv s qualicado na losoa fancsa, apnas como co ent, mas também co mo fnante.

(7)

  I NT UIÇAO DO I NSNTE

É cto   pssgm mis concid d intiço n

-loso ncs é o cogio d Dscts (15961650),  po-põ  intiço como o ndmnto do concimnto  pos no posso dvid d  so  Enttnto, ind n cistndde H go d So Víto ( 1 096 1 1 4 1 ) j á havi colocdo  intiço como c ontposiço nt m totlidd  o instnt, m vz   conmplaio   intiço do ol contmpltivo  co-ncimnto último sob  totlidd   i nnitd  divin

A conj nço nt o instnt   tdd A conmplaio 

o último psso do concimnto, pcdido pl cogitio -  s i à obsvço snsívl  à imginço   pl mdita io -  s i  m xo cionl cjo ápic  o -concimnto do divino S sássmos os olos d Hgo  So Víto  le Dscts jlgímos  o cogio, mbo dto coo ntião é in medtato.A cotmpla o xe ep m mtsic mis pond  dicl poém smep n -tv, isto é  concb o mndo no como  pt, s co-o continidd , msmo, scnso d obsvço snsív à contpão de D

Ropnl   poost d um tl mtsic contdo s nlidde no é o concimnto d Ds, ms d stó coo totlidd. Qndo desvimos d contplço dvn p  istó o nfo d intço spndmonos com o to d   tdiço, os vlos  s pátics cltis co nsisti smp m instn ts  ptçõs, q s constituím m b-tos, os qis, po m, cbm o signicdo d vlos Tl co-mo n viso n itiv d Hgo d So Víto,  sinld do instnt   totlidd d istói ncontms  pincipi  conjnção n intiço do instnt, o sj,  intiço não é  to único o dstnto, como  sntnç ctsn m  to  de cocê e  rópo de  etc 

(8)

PREFACIO

ta como Ropnl qr propor m q o mndo é o smr-prsnt  d m modo radical o instant.

Otro camin ho d nidad ntr co nsciência  totaidad oi pposto por Hnri Bron (1 859 1 94 1 )  notadamnt m

sa obra mais conhcida A evolução criadora. Porém já m s

trabalho nicial Ensaio sobre os dados imditos d consciência,

n-contraá como dado mdato o tpo pscológco, or le no-mado de dração psicológica, sndo o nsan a conjunção ntr a duração coacada  ou sja , anda não xrssa   a duação distndda  xrssa m alavas, n eros  sbo-los. Dss odo o i nstant brgsonano é ua scolha  qu da htogndad do aranhado d sgncados ossves a conscênca lgss a xprssão hoogênea, coen sívl contávl compatívl co o tmpo xtrno  mcânco compartlhado plas pssoas prmtindo popor um signicado único o principal ao i nstant O instant assim é a sínts da contraposição ntr a totalidad htroêna da conscência  a xprssão homogêna d u sinicado.

A tasica d Slo chaa achlard a ess dba soe

a ntição  o instane, nfntando as dfnç� e ccas e rlação a gson  RounlA cainho da caactrzação da ntução etasca e da inuição oéca achlad se arox-ará do atmátco  taé lósoo nr Ponca, ara qu a intução era, ais qu u onto de atda xplicavo a cntelha da cração  da nvnção ncssára tano à ciênca qanto à o€sa

(9)

lntrodução

Quando ua alma snsívl  culta s lbra d sus sforços para dsnhar, d acordo co su próprio dstino intlctu  as grands linhas da Razão, quando studa, pla ória, a h-tória d sua própria cultura, la s dá conta d qu, na bas das crtzas íntias, ca spr a lbrança d um ignorância s-snci. No rino do próprio conhcimnto há, assi , u rr original : o d tr uma orig; o d faltar à glória d sr in t-poral; o d não dsprtar a si smo para prancr como si mso, as sprar do mundo obscuro a lição d luz

E qu água lustra ncontrarmos não sont  rnova-ção do frescor acional, as tabé o dirto ao trno rtorno do o da Ra ão ? Qu Siloé, arcandonos co o igno da Rzão pura, porá ord o bastant  nosso espíito pa o prmitir coprndr a orde supra das cosas? Que g-ça dvi no dará o pode d outorgar o princpio o er  o prncpio do pnsto e, coçandonos vedadnte

(10)

A INTUIÇO DO INSTNTE

nu enseno novo, de eo e nós, a nós, e n osso

óo esío, a ef do Cado? É ess fone de Juvênc

nelecul que Roupnel ocu, coo bo feceo, e o-dos os donos do esío e do coação. Aás dele, ncazes nós sos de nej  a vnha de avelea, se dúvda não eenconaeos odas s ágs vvas, não sentros tods as coenes suerânes de u oba fund . Pelo enos,

gos-ríos de dze e que onos de Siloe recebemos os

impul-sos ais ecazes e que es neante novos Rounel tz para o lósofo que quer eda os probleas da dação e do nsnte, do hábo e da vd.

Peo, ess o e u foco seceo. Não sbeos o que  que f o clo e  cldde. Não odeos x  ho e ue o so se onou clo o bsne  se enunc coo  ole  Ms que ferenç fz? Que el venh do sofno, que venh d legr, odo hoe e n vd es-s o  de lu, a ho e que ele comprende subitamnte sua ó ensge,  ho e que o conheceno, lumnando  xão, desvend o eso eo s egs e a onoon do Desno, o oento veddeaene sn éco e que o loo decsvo, ocando  conscênc do aconl, se

orn nd ss o sucesso do enseno É í que se su o

dfeencl do conheciento, o uxo newtonin que nos pe-e eceber coo o esíto suge d gnorânca, a inexão do gêno huno n curv desc elo ogesso d vd. A coe nelecul consse e ne vvo e vo esse ns-ne o conheceno nscene, e fe dele  fone nexuí-vel e noss nução e e desenh, co  hsó sujev de nossos eos e equívocos, o odelo objevo de u vd lho e s cl. Ao longo de odo o lvo de Rounel , sen-o o vlo dess ço essene de u nução losc

(11)

INTRODUÇAO

oclta . S o ator não nos mostra sa font iia, nm o isso nos podmos nana a rsito da nidad  da ofundi dad d sa intição. O liismo q condu ss da

losó-co q é oe co nstiti o sino d sa intimidad oq

co-mo scrv Rnan  o q s diz d si é smr osi" . 1 ss lirismo porq intiramnt spontâno, ncra ma força d rsasão q crtamnt jamais consuiíamos tansota aa nosso stdo. Sia ncssáio vi todo o livo, sgui-lo linha  linh a con quanto o caáte esttico he acscnta d claa  Aliás,  l  Slo, s te

e-snte que s stá diant d o de u ot, d u sicólo-o d m historiado q ainda s n a s u lósofo o momnto msmo m q sa ditação solitária lh nta a mais bla das rcompnsas losócas  a d voltar a alma  o sírito ara ma i ntição oriinal .

Nossa tarfa rincial nos stdos q s sm sá s-clarcr ssa intição nova  mostra s intrss mtasico

nts d iniciar nossa osição almas osrvaçõs s-rão útis ara j sticar o método q scolhos

Nosso ojtivo não é rsr o liv d Ronl Silo

u liro ico m pnsanto  m fatos Mlho sia des olêlo qu suo. Enquanto os oances de Rounel são animados o ma vrdadia alia do o, o u xis-tência nuosa d alavras  ritos, é notál qu l tnh ncontado m s oe a fras condnsada, colhida no âago

da intuição Desd loo nos rc q, qui, xlica si x-licitar. Rtomamos ois, as intiçõs d Silo tão to

quan-to ossíl d sa font  mnhaonos m sui  nós sos  aniação qu sss intuiçõs odeia da à ei

1 Souvris d'f{lc t de jrmss, Prefcio 111.

(12)

A INTUIÇO DO IN STANE

tação losóca. Fzeos dela, drante város eses, a oldra e o rcaboço de nossas constrções. Alás, a ntção não se rova, se vvenc a. E se vvenca ltlcandose o eso odcandose as condções e se so. Sael Btler dz co razão : Se a verdade não  sóla o bastante para sortar e a desatremos e a mates  é de m espcie be

robsta" .2 Pelas deormaões e impsemos às teses de Ro-el podeseá talvez medir sa verdadera ora. Seionos, os co toda a lberdade das ntç�es de Siloe e, nalente,

as qe ua exosço objetva, o e aresentaos aq  nossa exerênca do lvro.

Todava, se nossos arabescos defora e deasa o tra-çado de Ronel, sere se oerá resttir a ndade retor-nandoe à fonte sterosa do lvro. Aí se encontrará, coo aeos osta sere a esa ntção Aás, Ronel nos z3 que o títlo estranho de sa obra só te vedaea ntelgêna ara ele eso. Não será sso convdar o leto a oloa tabé, no la e sa lta, sa róa Sloé, o steroso reúgo de sa ersonaldade? Recebese ento, da obra a lção estranhaente eocoante e pessoal qe lhe conra a ndae n novo lano. Dgaos na alava

Siloe  a lção de solão. Es or qe sa ntade  tão

fna, es o qe ela conserva, aca da dsersão de ses aítlos  aesar do jogo não ra deasado grande e nossos coentáros , a nae de sa força ínta.

Toeos ortanto, esde já, as ntções dretvas se no laos a segr a orde o lvro São essas ntções qe nos aão as chaves as convenentes ara abrr as útlas esectvas e qe a oba se esenvove.

2 L 'ie 1' labitudr p 17 trad. Lrbaud.

(13)

C A P Í T U L O

O instante

iíneo, o vivaz e o belo hoj ALARM

Termos perdido aé a memória de nosso econro  Mas nos reenconreos ara tiOS separarmos e nos encontrarmos de novo

Ali onde os moros se reencontram: nos lábios dos ios

SAMUE BUTLER

A ideia etafsica decisiva do livro de Roupnl é esta :  tmp

só tem uma realidade , a do Instante. Noutras palavras, o tempo é uma raldad ncerrada no instant  suspnsa ntre ois

na-das. O tmpo podrá sm dúvda r nasr mas prro tr

(14)

A I NTUIÇO DO INSTANTE

 o No o ota     at 

ouo    12  a ação

O

a    o

o . 

É

a oldão   valo taco a deoado. 

ua olo e od a tental conra o tgco

o-lato do ntante: por a espéce de volênca craoa, o

teo litado ao ntante no ola não apenas dos otros, a

tab  ó so,j q pe noso paado a dlto.

o lar d a dtação  e a meditação do tempo 

a taf a

a

qalq ta� , e, ortato, o

ló-ofo dat a aração d q o tepo e apresenta coo o

tat olto coo a cocêca de a oldãoVo

a aa oo  foraão o fataa do aado o a

lão o ftro; a, a d tdo, paa be cod

a ob q vao xlca,  co ptra da toal

gul o t rte  do eal. Coo odea o q

 al a à arca do tat rte? Ma, rcocat,

coo o tat t dxa e  o ral? S

  ó oa ocêc   o o tate pt,

coo ão ver qe o tate peente  o úco oío o

qal s vvenca a ralidad? S tvo d la oo 

 gda, era cssáio patr d ó mo ara ovar

o er. Toos, os, de nício, oo pensaento  o

-o ga a cota o tat q a 

baça o q acaba  o dxa  ra taoo,

ou  o, o q o tat bq o

tga

o   ó do  q to co

" , zo Ro

"O

at q acaba d o ca 

a a ot a  q tc o o abolo

 o ao xto E o o cohco vl

o a a va o fuuo, ao o   

(15)

O INSTANTE

aproxima d ns como os Mundos  os Céus u ainda s

ig-noram."1

 Roupn acrscnta u m argumnto u amos contsar

com o único intuito d acntuar ainda mais su pnsmeno:

No h grau nssa mort u é tano o fuuro uano o ps

sado". Para rforçar o isolmnto do insa use diíos

qu há graus na mo  u o u st ais morto ue  mort

é o u acaba d dsaparcr. .  D fato a mdiaço do insan

nos connc d u o sucimnto é ainda mais nítido

por-u dstri um passado mais próxio, da msma sorte por-u a

incrtza é ainda mais mocionant poru colocada no ixo

do pnsamnto u ai ir, no sonho u soicitaos ms u

sntimos já sr nganador Do passado mais disan po

fi-to d ua pranência fi-totamnt foral u rmos 

s-udar, u fantasa algo cornt  sóido podrá talz

retor-n  ir as o instante u acaba d soar não o podrmos

consrvar com sua indiiduaidad como u ser copleo

É

ncesi  e e o e  fe  e

banç compla Como o uo ms ce   concic

do

futuo traído  ·uano sobrém o insane lnnt e e

 ene urido fecha os olhos imediamene se sen co

ue oidad hostil o insant seguine ssa" nosso corço

Ee carter dramáco o insnt é le sceíel e f

 prssenir sua ralidd. O u gosaímos e subln 

u nssa ruptura do sr a ideia do dsconínuo s ipõ 

forma incontst. Objtarsá alz u esss insans

damá-ticos sparam duas duraçõs ais monótonas. Mas chamamos

d monótona  rar toda olução u não xaminaos com

atnção apaixonada Se nosso corço oss po o basne

    e  poeoe eo e oo o

I Sih>', p. I08

(16)

A INTUIÇ O DO INSTANTE

instants so a u po doadors  spoiadors  qu uma novidad cnt o tágica, smpr rpntina, no cssa d us ta a dscontinuidad ssncia do Tmpo

11

Poém ssa consagaço do instant coo lmnto tmpoal piodial só pod, vidntnt, s dnitiva s fo pimi o confontada co  as noçõs d ins� ant  d duaço. Dsd

logo, psa d Siloe no aprsntar nnhum taço poêico, o

lito no pod dixa d voca as tss brgsonianas . V isto qu neste tabalho nos popoos a tafa d cona todos os pnsa mentos de um lito atnto, cumpnos nuncia todas as obj ções  nascm d nossas lbanças dos tas bgsonianos. iás, é tavz opondo a ts d Roupn à d Bron qu co

pndos hor a in uiço qu aprsntaos aqui .

Ei s, nto, o plano q u vaos cupir nas páginas qu  s seem.

Lbaos a ssência da toia da duaço  dsnvolv eos o mais claant possívl os dois tmos da oposiço:

1 A losoa d gson é uma losoa da dço. 2) A losoa de opnl é ma losoa do instant.

Em seguida, bscamos indica os foços d conciliaço e tntamos opa pessoalente, mas no daos nossa

ad-são à doutina intmdiáia  nos tv po um momnto.

S a delinamos, é pou la acod uito natualnt, sgun-do paec, ao spíito d  lito clético  pou pod 

tada sua dciso.

Enm após uma xposiço d nossos pópios dbats, v-emos e a nosso ve a posço mais claa, mais pdnt a e

(17)

O INSTANTE

a que corresponde à consciência mais direta do tempo é ainda a teoria roupneiana.

Examinemos, pois, para comear, a posião bergsoniana . De acordo om Bergson , temos uma experiência íntima e direta da duraão. Essa duraão é mesmo um dado imediato da consciência . Decerto ea pode ser subsequentemente eaborada objetivada, defor mada. Os sicos, por exempo, com todas as suas abstraões, fazem dea um tempo uniforme e sem vida, sem termo nem descontinuidade. Entregam, então o tempo inteira-mente desumanizado aos matemáticos. Penetrando no pensa mento desses pfetas do abstrato, o tempo reduzse a uma sim-pes variáve geométrica, a variáve por exceência, doravante mais apropriada para a análise do possíve que para o exame do rea. De fato, a continuidade é, para o matemático, mais o es-quema da possibiidade pura que o caráter de uma reaidde.

Ento, para Bergson, o que é o instante? Nad mais que um corte arcia que ajuda o pensamento esquemático do

geôme-tra. A inteigênia, em sua inaptidão para seguir o vita imobi

iza o tempo num presente sempre fatíio. Esse presente é um mero nada que não onsegue sequer separar reamente o pas sado e o futuro. Parece com efeito, que o passado eva suas for-as para o futuro, e parece também que o futuro é neessário

para dar passagem à foras do passado e que um único e mesmo

impuso vita soidariza a duraço O pensamento fragento da ida, no deve ditar suas regras à vida . Totamente imersa em sua contempaão do ser estático do ser espacia a inteigência dee empenharse em não desconhecer a reaidade do futuro Finamente a losoa bergsonian reúne de forma ndissolúel o passado e o futuro Assim é preciso tomar o tempo em seu boco pr tomo em sua realidde.  tempo está n própri

(18)

  I NT UIÇAO DO I NSTNTE

ont do implso ital. A ida pod rcbr ilstraçõs insta-tnas, mas é a draço q xplica rdadiramnt a ida.

Eocada a intiço brgsoniana, jamos d q lado, co-tra la, as dicldads o s acmlar.

Eis, em primiro lgar, ma rprcsso da crítica brgso-niana à ralidad do instan.

Com io, s o instant é ma alsa csra, o passado  o tro ho d sr bm dicis d distingir, porq so sm-pr aricialmnt sparados. Cmp, nto, tomar a draço como  ma nidad indstrtíl. Daí todas as consqêncas da losoa brgsoniana: m cada m d nossos atos, no mnor d nossos gstos, podrsia aprndr o carátr acabado do q s sboça, o m no comço, o sr  tod o o s di r no impl-so do grme.

Mas admamos q s possa misrar ditiamn pas-ado  fuo. Nssa hipótes, m dicldad os prc apr-sease pa qe qr lr a o m o mpego  iião bergsoia.Tndo triado ao proar a irrealidad do isa-, como alarmos do começo d m ato? Q potência so-brnatral, sitada fora da draço, ará nto o aor d mar-car com m sigo dcisio ma hora cda q, para drar, d, apsar d do, coçar? Como ssa dorina dos

com-ços, cja iportâcia ros a losoa opla, há de

prmancr obscra nma losoa oposta q nga o alor do instanno? Sm dúida, para tomar a ida por s mio, m s crscimnto, m sa ascnso, tms toda a possibiidad, com Bron, d mostrar q as palavras antes  depois ncrram apnas m sntido d ponto d rrência,já q ntr o ps-sado e o tro s sgu m olço q m s scsso ge-l s agra conína . Mas, s passarmos ao domíio das m-açõs brcas, m q o ao criador s inscr abrpmee,

(19)

O INSTANTE

como não comprndr qu uma nova ra s abr smpr por um absouto? Ora, toda vouão, na mdida m qu é dcisiva é pontuada por instants criadors.

Ess conhcimnto do instant criador, ond o ncontrar mos mais sguramnt q no uxo d nossa consciência? No é aí u o impulso vita s mostra mais ativo? Por u tntar rmontar a aguma potênci surda  scondida  flho is ou nos m su próprio impulso u no o concluiu 

nm sur o connuou, nquanto s dsnlam sob nossos ohos

no prsnt ativo os m acidnts d nossa própria cultra as mil tntativas d nos rnovar  d nos criar? Votmos, pois ao ponto d partida idasta, concordmos m tomar como campo d xpriência nosso próprio spírito m su sforo d conh-cimnto. O conhcimnto é, por xcência, uma obra tmpo-ra . Tntmos, ntão, apartar nosso spírito dos aos da carn das prisõs matriais. Tão ogo o ibramos  na proporção m u o libramos, prcbmos qu  rcb m incidnts e a linha d su sonho s qubra m mi sgmntos suspnsos a núl picos. O spírito  sua obra d conhcimnto

aprsn-tas como uma a d instants tidamnt sparados. É scr

vndo a história u o psicóogo articiamnt como todo historiador, coloca nla o vínculo da duraço. No f ndo d nós

msmos ali ond a gratidade tm  sntido o clro no

prcbmos a causaidad qu daria fora à duraço  é um

p-bma complicado  indirto pcurar as causas m u m spírito no qua só nascm idias.

Em suma, não importa o qu s pns da duraço m si aprndida na intuião brgsonian, a qua no tmos a

prtn-so de havr xamindo por intiro numas poucas páginas - é

necssrio plo mnos ao do da draço conceder 

re-idade dcisiv ao i1stae.

(20)

A INTUIÇÃO DO INSTANTE

Trmos, alás, a oportnidad d rtomar o dbat con tra a toria d ma draço tomada como dado imediato da

cons-ciência Para isso mostrarmos, tiizando as intiçõs d Rop-nl, como s pod constrir a draço com instants sm d-raço, o q dará a prova  d um modo intiramnt positivo qrmos crr  do crátr mtasico primordial do instant , por consgint, do carátr indirto  mdiato da draço

Mas retomemos desde logo m xposiço posi tva Aás, o método bergsonano nos torz doravant  lnçar mão do exam psicológico Dvmos nto conclr com opne: A Ideia q temos do presnt é d ma plntd  d m v-dênca postiva singlars. Instamonos nl com nossa pr-sonaidad complta Somnt ali, por l  nl, é  tmos

2 sensação d xistênci  E há ma idntidad absota entr o

sentimento do prsnt  o sntimnto da vida" 2

Será ncssário, por consgint, do ponto d vista d a pró-pra vida , bscar comprndr o passado plo prsnt, onge d m mpnho incssant d xpicar o prsnt plo passado Por crto, dpois disso a snsaço da drço dvrá sr scla-rcida . Vmos tomáa , por ora, como m fato:  daço é m sensação como s ors, to complexa nto s otras E não façmos nenhm ceimôni o sblnhar se crátr prente-mnt contraditório: a dração é fta d instantes sm drção como  rta é fita d pontos m dimnso No fndo, pra se contrdierem, é preciso  s entidades atm na msm on do sr S estabcros e a drção é m ddo re-tivo e secndário, sempre mis o mnos factício, como pode-ria a ilso q tmos sobr la contradizr noss xpriênc

(21)

O INSTANTE

ida do

iane?

Tods sss rssls so fis qui pr qu

no nos cus d círculo icioso forl qundo oos as plrs no snido go s nos ros o snido técnico Todas sss prcuõs, podos dizr com Roupnl 

Nossos atos de atenão são epsódos sensorais xtraíos aqla contndade denomna draão Mas a trama contína ali on-de nosso espíto ord on-desenhos on-descontínos on-de atos não pas sa da constrão laorosa e artifcal  nosso spírito. Naa ns atoza a afrar a draão Tdo m nós lhe contradz o sn

tdo e he arrína a ógca E, alis, nosso nstinto é mais bm

es-clarecdo sobre sso o qe nossa razão O sntimnto q mos o passo é o  ma ngaão   ma sui ção O créit q nosso spírto concd a a pretensa draão q já ão sr  n qual l já não sia é um créito sm provã3

Co ném sublinh ar d passagm, o lugar do ato d atenço

n xpriênci do

instante

É u d fo no xist rdadi

rn idênci sno n ond n consciênci qu s m pnh  dcidir u a to

A o qu s dsnol por rás do o ntra já no dom

nio ds consquêncis ógic ou sicn pssivs E há í u iz iporn qu disingu  loso d Roupnl da

d Brgson:

aflosa bergsoniana é umaflosa da ação; a flosof

roupneliana é umaflosa do ato.

Pr Brgson ua ão é s pr u dsnrolr conínuo qu s siu nr a dciso  o o- jtio  ambos mais ou mnos sumáticos  uma dao smpr originl  ral. Para um partidário d Roupnl, um ato é ans d tudo uma dciso instantâna  é ssa dcisão e

·' Op. cit, p I 09.

(22)

 A I NTU I ÇO DO I N STA NTE

ncrr a toda a cara d ornidad. Fndo s scant, o ato d a impusão  cânica aprsntars spr coo a comosiço d duas ordns innitiais dirnts vnos a comrr até o lmt puntorm o instant qu dcid  aba la. Uma prcusso por xmpo, xpicas por uma orça n nitant rand qu s dsnvov nu tpo innitan-t cu rto Sria possív aiás analisar o dsnroar conscutio a ma dciso m trmos d dcisõs sbaltrnas. Vrsa q m oimnto variado  o único q� com toda razão Brgson consdra ra  continua sguindo os sos princípios qu o zm comçar. Mas a obsrvação das dscontinuidads do dsnroar tornas cada vz ais dici, à mdida qu  a aço qu sgu o to é conada a autoatisos orânicos nos conscints. Eis por qu nos cab rontar, para sntir o ns tante os atos claros da consciência.

Qndo chgarmos às úlimas págnas dst nsaio trmos ecede r ntndr as rlaçõs do tmpo  do progrsso e ol  ssa concpção atl  atva da xpriência do ns ante Vrmos ntão qu a da no pod sr comprndid nu m conemlço ssa; comrndêl é mais q êl é efemee mloál  El no corr ao longo d ma n cos  no exo de m emo ojeo q  cbria como m cal. É m form mos à la dos nstants do tmpo ms é smr num instant q la ncontra sa ralidad primeira  Assm s  nos voltarmos para o núclo da vidência pscológica em   snsço já no é so o rxo o  rspost sm comlex do to ountário spr simps, quando a anço rduz a vida a  único mnto a um lmnto isolado pr cbrmos qu o instant é o carátr vrdadiramnt spcí co do emo Qo ms rofdmn ntr noss me do o e ms el se e Só  eç é ddo

(23)

O INSTANTE

o ato é instantâneo. Coo no dizer ento qe, reciprocaen te, o instantâneo é o ato?Toeos ma ideia pobre, redzao a a  instante  ea ina o espírito. Ao contrário, o re poso do ser é já o nada.

Coo, pois, no ver qe a natreza do ato, por m sing ar encontro verba, é ser ata? E coo n o ver, e seida qe a ida é o descontno dos atos? É essa intiço e Rop nel nos apesenta em termos particlarmente claros:

Podese dizer que  duração é a vid Sem dúvid Mas é reciso ao menos situar a vida no âbito do descontínuo que a conté

 n fora agrssiva que a nifest. Ela já não é aquela coti-uidade uida de fômeos orgnicos que s escova u os outros confundindose  unidd funcionl  O ser estrno lu-gr de lembranças atriais, no ass de um ábito e si mesmo O que ode haver de eranente no ser é a expresso não e u causa imóvel e constante, mas de uma justaosiço de resul-tados fugidios e incessantes, cada um dos quais co sua base so-litári e cuj ligadua, que nada mis é que um ábi to, coõe

u idivíduo.�

Se ú  ao escree a epopea a eolção egson e-a negigencr os acidentes. Ropne, como hstoiador  ncoso não poia ignorr qe cada ação, por simples qe sea oe ecessaente  contnidde o ei ital Se obse-armos  hstó a da em ses pormenores, eremos qe el  m hstóra como as outras, cheia de repetções desnecessáras anacronismos, esboços, fracassos e recomeçs. Entre os aciden tes, Bergson retee apenas os atos reocionários nos qais o

Ibidem.

(24)

 A INTU IÇO DO INSTANE

pulso vta s cnda nos quas a árvor gnlógca s prt

 raos dvrgnts Para traçar tal arsco não hava

ncs-sdad d dsnhar os dtalhs  val dzr não hava

ncss-dad d dsnhar os objtos El dva rsultar portanto nss

tla prssnant qu é o lvro

L'évolution créatríce

[d brs.

A evolução criadora,

Martins Fonts 2005] Essa ntução

lustra-da é mas a ag d ua ala qu o rtrato lustra-das cosas.

Po o lósoo qu prtnd dscrvr a h

stóra das

co-sas os ss vvos  do spírto átoo por átoo célula po

célul, pnsanto por pnsanto dv consgur spr os

fatos s os ou tros porqu tos so atos, poru tos so

tos, oe os tos s o tern, s tn l eve

coo eessrente

começar

o absoto o nsceto

É

eso os esee  stó e co os oos 

peso sndo oe s u o o

aciden-te omo pinípio.

N evoluo verdnt crador, st pns u

e e suno  qual u cdent stá n z  quer

tenttv e voluço.

Ass nssas consquêncas rlativas

à

volução d vda

co-o  sua prra ora intutva, vco-os qu a intução

t-pol d Roupnl  xtant o nvrso da ntuição

brgso-na.Ats d r a long rsuaos co u duplo squ

 oposo das s outrnas:

ar Brson  vrddr ld do tpo  su

du-o; o nstnt  pns u abstração dsprovd 

r-ldade. El é posto do xtror pla ntlgênca, qu só

coprnd o dvr drcno stados óvs.

R-setíos ento bstnt b o tpo brgsonano po

ua et pret sobr a qul tvssos colocdo, para s

(25)

O INSTANTE

blizar o nstant coo u nad, coo u vzo ctco,

u ponto brnco.

Para Roupnl, a vrdadr rlidad do tpo é o nstant;

a duração é pas ua construção, dsprovda d raldad

bsoluta. Ela é fta do xtror, pla óra , potênca d

agnação por xclênca, qu qur sonhar  rvvr, mas

não coprndr. Rprsntaaos, ntão, bastant b o

tpo roupnlano por ua rt branca, ntrant 

potênca, m possbldad, n qual d rpnt, coo u

acdnt imprvisívl, vss nscrvrs um ponto prto,

síbolo d ua rldad opaca.

Nots, lás, qu ss dsposção lnar dos nstnts

con-tnu sndo, tanto para Roupnl coo para Brgson , u

rt-co da agnação. Brgson vê, nssa duração qu s dsnrola

no saço, u o ndrto pra dr o tpo. Mas o

co-prno d u tpo não rprsnta o valor  ua dur

o, e sr ncssro rontar do tpo tnsvl

à

uro

ntv . Ana qu ,  ts scontnua adpts s cul

d: nlss a ntns lo núro e Ín<tnts  ue

a vonta s clara  s rts, to faclnt quanto o

nrqu-cmnto gradul  unt do u.5

Abramos agor u  parênts nts d sclrcr u ouco

as o ponto d vst 

Siloe.

111

Dzos s c qu, ntr s dus ntuçõs prcdnts,

havos hsto longant, buscndo so, ns vs da

' Cfler gon, ssai sur f• doés mmiats de / C<ISÍc p. 82 [ed. port.:

E�-saio obr  d.l Í'diatos da (lÍÍa, Edições 70, 198[.

(26)

 A I NTU IÇO DO I NSTA NTE

conciliação, runir sob um msmo squma as vantagns d am-bas as doutrinas. Ess idal clético acabou por rvlars insa-tisatório. Enttanto como nos ppusmos sd m nós ms-mos as raçõs inivas manadas das iniçõs mstras dvmo ao litor a condência pormnorizada d nosso racasso

Queríamos inicialmente conferir uma dimensão ao

instan-t, fzer le um pécie de átomo tmporal q coner vse m i mo crta drão Diímo q u m acontecimeno iolado devia ter uma brev hitória lica com rrência  i mmo, no abolto d u volção intrn. Comprenímo qe  começo podia er rltio  m ident de oriem x-trn, m pr brilhr, e poi para clinar  morrer, peí-mo q e atribuí o r, por ioldo qe oe, a pare d tepo Amitímo qu o ideal d vida o a vid rente do emero mas riindicáamo para o mero da auror o voo nupcial, eu to d vid íntma. Qríamo empre,

por-tnto, e  ração foe  riea profn e ie o

se. Ea foi oa pr imeia poição no que concee ao imtante,

que seria não um pequeno fr agmnto do cotínuo be-no

Ei o e prenío, e gid, do epo rop-no Iginvo e o too tempoai ão poi 

o-e, o, nte, e não podi fne  o oo O 

ipeiri epre ea fuo er  imprecíe oe o

int,  l  o o cen olhi  Siloc 

convencer Numa outrn a ubtânci que l no et long d sr tautológica tranfrirsão m dicuad d   instnt para outro, as qualidads  a  lmbrança; o pernen-te n nca há  explicr o evir. Se, poi, a novie  eenc ao vir tme tudo  ganhar tribindoe ea novie o ppro Tepo: não  o r e  noo m empo nifoe,

(27)

O I NSTANTE

é o instante que renovandose reete o ser à liberde ou

oportuidade iicial do devi iás por seu ataque o instante impõese protamete inteiramete; ele é o ator da síntese do ser Nessa teoria o i state salvaarda necessariamente por tato sua in dividualidade O problea de saber se os átoos temporais se tocavam ou se eram separados por u  nada pare-cianos secundário. Ou elhor dado que aceitávaos a consti-tuição dos átoos temporais éramos levados a pensálos iso-ladaente e para a clareza etasica da intuição nos dávaos conta de que u  vazio era necessário  quer ele exist de fto,

quer não  para iaginar corretaente o átoo teporal -recianos então vantajoso condensar o tepo ao redor e

mí-cleos de ação nos quais o ser se reencontrava e parte colheno

do stério de Siloé o que se requer de invenção e de energia para tornarse e progredir

En aproxiando as duas doutrinas chegávaos a u bergsoniso ragentado a u ipulso vital que se rcon em ipulsões a um pluraliso temporal que aceitando dur-ções diversas tepos individuais nos parecia apresentar meios de análise tão exíveis quanto ricos

Porém é muito raro que as intuições etasicas construí das nu ideal eclético tena oç durdoura Ua intuiço fecuna deve dar pri a pva de sua unide o tos a nos apeceer de que, po nossa concilição havíos reuno as diculdaes das us doutrins. Era preciso escoher no o cabo de nossos desenvolvientos, as na base esa das in-tuições

Agora, portanto vaos dizer coo pssaos da atomização

do tepo, e que nos detivéros  arimtização tmpol

b-soluta, ta qual Roupnel  aa peeptoiaente

(28)

A I NTUIÇ ÃO DO INSTANTE

Priiro, o que nos havia sduzido o qu nos lvara ao i-pass  qu acabaos d ntrar fora a falsa concpção da ord das ntidads tasicas: sm prdr o contato co a ts brgsoniana, gostaríaos d colocar a duração no próprio spaço do tpo Toávaos ssa dução, s discussão, coo a única qualidad do tpo, coo um sinônio do tpo. R-conhçaos: isso não passa d um postlado. Não prcisaos ajuizar su valor são m função da clarza  do alcanc da constrção qu ss postulado favor. Mas smpr tmos o

dirito, a priori, d partir d u postulado difrnt  tntar ua

construção nova na qual a duração sja dduzida,  não postu-lada

oré essa considração a priri não bastaria, naturant,

para nos rconduzir à intuição d Roupnl. A favor da concp-ção da duraconcp-ção brgsoniana, co fito havia ainda todas as p-vas ue Brgson runiu sobre a objtividad da duração Se

dúvida, Bergson instavanos a sntir a duração  nós, nua riência íntia e pessoal. as não arava aí. El nos ostra-va objtiostra-vant qu éraos solidários d u único ipulso, arrastados todos or ua sa vaga. S nosso tédio ou nossa impaciência alongava a hora se a algria abrviava o dia, a vida ipssoal  a vida dos ou tros nos rconduzia à justa aprciação da Duração. Bastava colocaronos diant d uma xpriência sipls  u torrão d açúcar qu s dissolv nu copo d água  ara coprndros qu, a nosso sntinto da dura-ção, corrspondia ua duração objtiva  absoluta. O brgso-niso prtnia aqu i, portanto, alcançar o donnio da dida , spr consrvando a vidêcia da intuição íntia . Tínhaos  nossa ala ua counicação idata co a qualidad t-oral do sr, co a ssência de su dvir, as o rino da quan tia do tpo por indirtos qu sja nossos ios d estu

(29)

O INSTANTE

d lo, ra a savaguarda da objtividad do dvir.Tudo, portanto, parcia salvaardar a pritividad da Duração: a vidência in-itiva  as pvas disrsivas.

is, agora, omo ossa própria oança na ts brgsonia a s abalo.

Dsprtaos d  nossos sonhos doátcos pla crtica  ns-tiniana da uração objtva.

B dprssa nos parcu vint qu ssa crtca dstuiu o absoluto daquilo qu dura, ao so tpo  qu conse vava, coo vros, o absoluto daqulo qu é  val diz, o absoluto do instant.

O qu o pnsanto  Enstn cha de elatve  o lapso  tepo, é o coprnto" do tpo Ess co-nto s rvla rlativo a su étodo  dição Dzse ue, fazndo ua viag d ida  volta no spao a ua vlocide alta o bastant, rncontraraos a Trra nvlhcida alguns s-culos, ao passo qu taos arcado apnas alguas horas no rlógo que lvaos na vige B nos longa seria  va-ge necssária para ajusta à nossa ipaciência o to que Begson postula coo o e necsso pa ssolve o too e úca no copo de gu

Als, cae sulnha ee logo que n o se trat aqu  eo-go vo e cálculo A elatvae o lapso e teo pa sste-s e ovento , oavnte, u o cetíco Se ens sos te o ieito e ecus a ss spto a lço da cênc, teros d rtnos uvida da intvno das conões sicas na epr ência da dissolução do açúcar  da intrfrência ftiva do tpo nas variávis xprintais. Por xplo, to-dos concorda qu ssa xpriência d dssolução põ  jogo a tpratura? Pois b para a ciênca odrna, la põ igual

(30)

 A I NTU IÇO DO I NSTA NTE

nt  jogo  reatvdad do tpo. ão s eva a cênc parcalnt  conta, é prciso toála por ntiro.

Assi pos, subtant, co a rlativdad, tudo qu d-zia rspito às provas xtrnas d ma Duração única, princ-pio claro d ordação dos acontcimntos, s via arruinado O Mtasico dvia dbruçars sobr su tmpo local, char-s  m sua própria dração íntima O mudo ão orca  ao mnos imdiatamt  garanta d convrgênca para nossas draçõs indviduais, vividas na nti idad da consciênca.

Eis, porém, o qu mrc agora sr obsrvado: o nstante

es-tabelco com bastante pecsão pemanece na outna e Ensten

um bsl. Paa conferr ess valo d absoluto, bsta

con-sdra o  nstnt  su estado sintético, coo u ponto do spotpo. outrs paavras, é precso tor o sr coo  stese apoda sltaneante no espao  no tepo.

E  o poto de econtro do lugar e do presente hc e Ic,

o u  n e al e oje . Nssas das tas fóru s o poto se dtaa u eo ds durões ou u eo do espo; sss fóulas sutandose por u do  u snte se pecs ensejr u estudo nteraente retvo da dua-ão  do espao. Mas, dsd qu s concord e sodar  und os dos advbos, es ue o vo s rcb en sua potênca de asoto.

est eato ugr e nste to oeto, es ond  s-tanedd  cr evdent cs; es onde  sucesso s odea se esoeento e se osude. A ptso de to coo a e s  stee de os acotecetos o calzados e pontos dfrents do spao é rfutada pea dou-trn de Enstn. Sera ncessára, para stabeecer ss sut-ndade ua prênc na ua pudéssos fundnos sobe o étr o O fracasso de chson proeos  espera de

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O INSTANTE

ltaidad m dois lars divrsos , por cosquência, ajus-tar  dida da dração q spara istants difrts a ssa dição spr rlativa da siltaidad Não há conco-ncia assgrada q ão s acompah d ua coicidêcia 

Voltamos assim à ossa icrsão o donio do fnôno co ssa covicção d u a duração só s alora d o do articial, nua atosfra d convçõs  dniçõs é vias  d qu sa idad v somnt da nralidad  da priça d osso xa. Ao cotrário, o istant rvlas sus ctívl d prcisão  objtividad; stios l a arca da  xidz  do absolto

Vaos tão fazr do instante o ctro d condsação ao

rdor do qua colocaríaos ua dução vasct xatan t o qu falta d cotíuo para pôr u átomo d to iso lado  rlvo sobr o nada  para dar à cavidad do Nada suas duas ras falazs, cofor s olh  dirção ao passado o s volt na dirção do futuro?

Ess fo  ants e adotar e, s oroso l o oto d vista larat distito d Rol  nosa ú a tv .

Daos, ois, a raão qu onso oa onvrsão

Qando ainda tínhaos fé n duração brsoniana , pra studl, nos pvaos  dpul , por ont  dsojla do dado, nossos sforços dpaav pr o o so obstáculo : nunca consuíaos vncr o caráter de pródia htronidad da duração. Naturalnt, acusvao apnas nossa iaptidão para ditar para nos dsprndr do aci-dtal  da ovidad qu nos assaltava. Nunca cosuaos prdrnos o sucint para tornar a nos har, nuca loráva os lcança  sir ss uo unifor no qual  duraão dsnroava a históri s istória, ua icidência s in

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 A INTUIÇO DO INSTANTE

i dts Tríamos prrido um dvir qu oss um vo um éu límpido, vo qu ão dsloass ada ao qual ada s opu-sss o impulso o vazio  m suma o dvir m sua purza  simpliidad o d r m sua solidão Quatas vzs puramos o dvir lmtos tão laros  tão orts quato aquls qu Spinoza colhia na mditaço do sr!

Mas, ant nossa impotêia para contrar m nós msos ssas grands linhas unifors, sss grands traços simpls p-los quais o impulso vital dv dsar o dvir éramos lvados natualt a busar a hoognidad da duração limtado-nos a fragmntos cada vz os xtsos. Mas ra spr o so fracasso: a duraço no s liitava a durar la vivia ! Por pquno u oss o fragento considrado, u xam mcs cópico bastava para lr nel ua ultiplicidad d aconteci-mntos: spr os bordados jamais o pao; smpr as sobras  rxos no splho movdiço do rioj amais o uxo límpido A durao, como a substância, só os via antasas . Duraço e substância dspenha smo, uma m relaço à outra nu-a recproca dsspradora, a bula do nganador nganado  o dvir  o fenôeo d substcia  subsi  o feôeo do devir.

Po e ento no aceiar coo etasicaent is pru e e iula o epo o iee o ue eu ive  iu o

epo  e eôeo? O epo s se obev pelos ie

 uro  veeos oo  s  sentida pelos istaes El

é u oei e ies o eho  po de po os ue

uw de perspeiv solidariza de ora ais ou enos

sreita1'

" Guyau já dizia, de um poto de vista, é verdade mais psicológico que o

nos-o:A idea do tempo [ . . .J se eduz a um efeito de perspectiva (L JCuesc d

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