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Gestao de Pessoas o Novo Papel - Idalberto Chiavenato.pdf

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Chiavenato

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C

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Ida l b e r to

IDALBERTO CHIAVENATO

é presidente do Instituto Chiavenato e conselheiro do Conselho Federal de Ad-ministração. É reconhecido e prestigiado pela excelên-cia de seus trabalhos em Administração e em Recursos Humanos, não só pela sua produção e contribuição literária, mas principalmente pela influência na defi-nição e aplicação de modernos e inovadores conceitos administrativos às organizações bem-sucedidas. É um dos autores nacionais mais conhecidos e respeitados na área de Administração de Empresas e Recursos Hu-manos. Doutor e Mestre em Administração pela City University Los Angeles, Califórnia, EUA, especialista em Administração de Empresas pela Escola de Ad-ministração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (EAESP-FGV), graduado em Filosofia e Pedagogia, com especialização em Psicologia Edu-cacional, pela Universidade de São Paulo (USP), e em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Foi professor da EAESP-FGV e é professor honorário de várias universidades no exterior. Ocupa a cátedra imortal n. 41 da Academia Brasileira de Ciências da Administração.

Sua extensa bibliografia abrange quase 40 livros de grande destaque no mercado, além de uma infinidade de artigos em revistas especializadas. Publicou 17 livros sobre Administração e Recursos Humanos traduzidos para a língua espanhola.

Recebeu vários prêmios e distinções (como dois títulos de Doutor Honoris Causa por universidades estrangei-ras) pela sua contribuição à Administração Geral e de Recursos Humanos. www.chiavenato.com

Ge

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EDIçãO

Sem dúvida, esta é a mais moderna e atualizada obra

sobre a Gestão das Pessoas nas organizações, Recursos Humanos, Gestão de Talentos, Capital Humano, Ca-pital Intelectual ou qualquer outra denominação que receba. Trata-se de um livro inovador, que mostra os novos horizontes e as desafiadoras tendências que se abrem para o futuro próximo ou remoto. Escrito por uma das maiores autoridades no assunto, este livro apresenta mais de 200 citações de empresas de primei-ra linha paprimei-ra oferecer exemplos de casos bem-sucedi-dos e aplicações práticas bem-sucedi-dos conceitos apresentabem-sucedi-dos. Com um texto leve, inovador, agradável, instigante e didático, esta obra contém os objetivos a serem al-cançados em cada capítulo, casos para discussão, ca-sos de apoio para discussão de conceitos específicos, dicas, exemplos de aplicações empresariais, aprecia-ções críticas, exercícios e questões para revisão final. Além disso, no site www.manoleeducacao.com.br ou www.chiavenato.com, podem ser consultados planos de aula, slides para apresentação, casos, exemplos e temas para discussão em grupo. Todos esses recursos didáticos e a forte base instrucional fazem deste livro o mais recente lançamento do nosso mestre em Re-cursos Humanos e, sem dúvida, um enorme avanço no ensino dessa disciplina.

Aplicações:

Livro-texto básico e fundamental para a disciplina Re-cursos Humanos ou Gestão de Pessoas dos Re-cursos de Administração de Empresas, Administração Pública, Psicologia, Sociologia, Pedagogia e Ciências Contábeis. Livro recomendado para cursos de pós-graduação em Recursos Humanos.

Leitura complementar para as disciplinas de Psicologia Industrial, Psicologia do Trabalho, Psicologia Organi-zacional, Sociologia Organizacional e Qualidade Total. Texto obrigatório para programas de treinamento e desenvolvimento de executivos que desejam ser ges-tores de pessoas.

Leitura recomendada para advogados, médicos, enge-nheiros, economistas e demais profissionais que dese-jam seguir carreira em empresas e tornarem-se futuros gestores de pessoas.

As denominações da área variam conforme a empresa: Recursos Humanos, Ges-tão de Pessoas, GesGes-tão de Talentos, Capital Humano, Capital Intelectual. No

entanto, o objetivo é único e certo: lidar com as pessoas tornou-se hoje uma atividade completamente diferente do que se fazia há poucos anos. Está mudando cada vez mais e para melhor, é claro, pois se trata de uma função abrangente e estratégica demais para ficar centralizada e monopolizada nas mãos de poucos especialistas que atuam simplesmente na esfera tática ou operacional.

Este livro mostra a nova maneira de administrar o negócio juntamente com as pessoas e a rápida passagem do papel de consultoria interna para o de consultoria organizacional, que está se consolidando na maior parte das organizações bem-sucedidas. Administrar com as pessoas – consideradas colaboradores e parceiros do negócio, e não mais como meros recursos empresariais – constitui o mais importante desafio interno das empresas em plena Era da Informação. E essa é a tarefa de todo líder: seja ele o presidente, diretor, gerente ou supervisor, bem como todo colaborador. Em uma época em que a globalização, a competição, o forte impacto da tecnologia e as céleres e rápidas mudanças se tornaram os maiores desa-fios externos, a vantagem competitiva das empresas está na maneira de utilizar o conhecimento e as competências das pessoas e colocá-los rápida e eficazmente em ação na busca de soluções adequadas e na oferta de novos produtos e serviços inovadores, tudo isso focalizado no cliente e na satisfação de todos os stakeholders envolvidos no negócio.

A rápida e definitiva transformação do papel das pessoas – de meras fornecedoras de mão--de-obra para fornecedoras de conhecimento e de competências – é a nova revolução que está ocorrendo nas organizações bem-sucedidas. Isso decorre de uma nova cultura e de uma nova arquitetura organizacional, em que se privilegia o capital intelectual e o aporte de valor que somente as pessoas podem proporcionar, desde que devidamente preparadas, engajadas e motivadas para tanto. O capital humano passou a ser tão importante quanto o próprio negócio da empresa, pois é o elemento essencial para sua preservação, conso-lidação, competitividade e sustentabilidade. Assim, a área está se tornando estratégica, inspiradora e impulsionadora.

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O novo papel dos

recursos humanos

nas organizações

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IDALBERTO CHIAVENATO

é presidente do Instituto Chiavenato e conselheiro do Conselho Federal de Ad-ministração. É reconhecido e prestigiado pela excelên-cia de seus trabalhos em Administração e em Recursos Humanos, não só pela sua produção e contribuição literária, mas principalmente pela influência na defi-nição e aplicação de modernos e inovadores conceitos administrativos às organizações bem-sucedidas. É um dos autores nacionais mais conhecidos e respeitados na área de Administração de Empresas e Recursos Hu-manos. Doutor e Mestre em Administração pela City University Los Angeles, Califórnia, EUA, especialista em Administração de Empresas pela Escola de Ad-ministração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (EAESP-FGV), graduado em Filosofia e Pedagogia, com especialização em Psicologia Edu-cacional, pela Universidade de São Paulo (USP), e em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Foi professor da EAESP-FGV e é professor honorário de várias universidades no exterior. Ocupa a cátedra imortal n. 41 da Academia Brasileira de Ciências da Administração.

Sua extensa bibliografia abrange quase 40 livros de grande destaque no mercado, além de uma infinidade de artigos em revistas especializadas. Publicou 17 livros sobre Administração e Recursos Humanos traduzidos para a língua espanhola.

Recebeu vários prêmios e distinções (como dois títulos de Doutor Honoris Causa por universidades estrangei-ras) pela sua contribuição à Administração Geral e de Recursos Humanos. www.chiavenato.com

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Sem dúvida, esta é a mais moderna e atualizada obra

sobre a Gestão das Pessoas nas organizações, Recursos Humanos, Gestão de Talentos, Capital Humano, Ca-pital Intelectual ou qualquer outra denominação que receba. Trata-se de um livro inovador, que mostra os novos horizontes e as desafiadoras tendências que se abrem para o futuro próximo ou remoto. Escrito por uma das maiores autoridades no assunto, este livro apresenta mais de 200 citações de empresas de primei-ra linha paprimei-ra oferecer exemplos de casos bem-sucedi-dos e aplicações práticas bem-sucedi-dos conceitos apresentabem-sucedi-dos. Com um texto leve, inovador, agradável, instigante e didático, esta obra contém os objetivos a serem al-cançados em cada capítulo, casos para discussão, ca-sos de apoio para discussão de conceitos específicos, dicas, exemplos de aplicações empresariais, aprecia-ções críticas, exercícios e questões para revisão final. Além disso, no site www.manoleeducacao.com.br ou www.chiavenato.com, podem ser consultados planos de aula, slides para apresentação, casos, exemplos e temas para discussão em grupo. Todos esses recursos didáticos e a forte base instrucional fazem deste livro o mais recente lançamento do nosso mestre em Re-cursos Humanos e, sem dúvida, um enorme avanço no ensino dessa disciplina.

Aplicações:

Livro-texto básico e fundamental para a disciplina Re-cursos Humanos ou Gestão de Pessoas dos Re-cursos de Administração de Empresas, Administração Pública, Psicologia, Sociologia, Pedagogia e Ciências Contábeis. Livro recomendado para cursos de pós-graduação em Recursos Humanos.

Leitura complementar para as disciplinas de Psicologia Industrial, Psicologia do Trabalho, Psicologia Organi-zacional, Sociologia Organizacional e Qualidade Total. Texto obrigatório para programas de treinamento e desenvolvimento de executivos que desejam ser ges-tores de pessoas.

Leitura recomendada para advogados, médicos, enge-nheiros, economistas e demais profissionais que dese-jam seguir carreira em empresas e tornarem-se futuros gestores de pessoas.

As denominações da área variam conforme a empresa: Recursos Humanos, Ges-tão de Pessoas, GesGes-tão de Talentos, Capital Humano, Capital Intelectual. No

entanto, o objetivo é único e certo: lidar com as pessoas tornou-se hoje uma atividade completamente diferente do que se fazia há poucos anos. Está mudando cada vez mais e para melhor, é claro, pois se trata de uma função abrangente e estratégica demais para ficar centralizada e monopolizada nas mãos de poucos especialistas que atuam simplesmente na esfera tática ou operacional.

Este livro mostra a nova maneira de administrar o negócio juntamente com as pessoas e a rápida passagem do papel de consultoria interna para o de consultoria organizacional, que está se consolidando na maior parte das organizações bem-sucedidas. Administrar com as pessoas – consideradas colaboradores e parceiros do negócio, e não mais como meros recursos empresariais – constitui o mais importante desafio interno das empresas em plena Era da Informação. E essa é a tarefa de todo líder: seja ele o presidente, diretor, gerente ou supervisor, bem como todo colaborador. Em uma época em que a globalização, a competição, o forte impacto da tecnologia e as céleres e rápidas mudanças se tornaram os maiores desa-fios externos, a vantagem competitiva das empresas está na maneira de utilizar o conhecimento e as competências das pessoas e colocá-los rápida e eficazmente em ação na busca de soluções adequadas e na oferta de novos produtos e serviços inovadores, tudo isso focalizado no cliente e na satisfação de todos os stakeholders envolvidos no negócio.

A rápida e definitiva transformação do papel das pessoas – de meras fornecedoras de mão--de-obra para fornecedoras de conhecimento e de competências – é a nova revolução que está ocorrendo nas organizações bem-sucedidas. Isso decorre de uma nova cultura e de uma nova arquitetura organizacional, em que se privilegia o capital intelectual e o aporte de valor que somente as pessoas podem proporcionar, desde que devidamente preparadas, engajadas e motivadas para tanto. O capital humano passou a ser tão importante quanto o próprio negócio da empresa, pois é o elemento essencial para sua preservação, conso-lidação, competitividade e sustentabilidade. Assim, a área está se tornando estratégica, inspiradora e impulsionadora.

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recursos humanos

nas organizações

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Gestão de pessoas

O novo papel dos recursos humanos nas organizações

Idalberto Chiavenato

Mestre (M.B.A.) e Doutor (Ph.D.) em Administração de Empresas

pela City University of Los Angeles, Califórnia, EUA

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Editor gestor: Walter Luiz Coutinho Editora: Karin Gutz Inglez

Produção editorial: Cristiana Gonzaga S. Corrêa, Juliana Morais e Janicéia Pereira Capa: Rafael Zemantauskas

Projeto gráfico e diagramação: Anna Yue Yamanari

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Chiavenato, Idalberto

Gestão de pessoas : o novo papel dos recursos humanos nas organizações / Idalberto Chiavenato. -- 4. ed. -- Barueri, SP : Manole, 2014.

Bibliografia.

ISBN 978-85-204-4549-5

1. Administração de pessoal 2. Recursos humanos I. Título.

13-12254 CDD-658.3

Índice para catálogo sistemático:

1. Recursos humanos : Gestão : Administração de pessoal 658.3 Todos os direitos reservados.

Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, por qualquer processo, sem a permissão expressa dos editores.

É proibida a reprodução por xerox.

A Editora Manole é filiada à ABDR – Associação Brasileira de Direitos Reprográficos. 4a Edição – 2014

1a reimpressão da 4a edição – 2014

Direitos adquiridos pela: Editora Manole Ltda. Avenida Ceci, 672 – Tamboré 06460-120 – Barueri – SP – Brasil

Tel.: (11) 4196-6000 – Fax: (11) 4196-6021 www.manole.com.br

info@manole.com.br

Este livro contempla as regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que entrou em vigor no Brasil em 2009.

(7)

minha querida esposa Rita,

meus filhos Luciana, Ricardo e Rinaldo,

meus netos Daniela, Camila, Lucas e Pedro,

e minha bisneta Nicole,

minha família, meu refúgio, meu ninho e meu mundo encantado.

A toda esta minha querida equipe, dedico este livro

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(9)

VII

PREFáCiO – iX

COMO USAR ESTE LiVRO – Xi

EMPRESAS CiTADAS NESTE LiVRO – Xiii

PARTE i – OS NOVOS DESAFiOS DA GESTÃO DE PESSOAS 1

Cap. 1 – introdução à Moderna Gestão de Pessoas 5

Cap. 2 – A Gestão de Pessoas em um Ambiente Dinâmico e Competitivo 31

Cap. 3 – Planejamento Estratégico de Gestão de Pessoas 55

PARTE ii – AGREGANDO PESSOAS 91

Cap. 4 – Recrutamento de Pessoas 93

Cap. 5 – Seleção de Pessoas 117

PARTE iii – APLiCANDO PESSOAS 149

Cap. 6 – Orientação das Pessoas 153

Cap. 7 – Modelagem do Trabalho 173

Cap. 8 – Avaliação do Desempenho Humano 209

PARTE iV – RECOMPENSANDO PESSOAS 237

Cap. 9 – Remuneração 239

Cap. 10 – Programas de incentivos 265

Cap. 11 – Benefícios e Serviços Sociais 289

PARTE V – DESENVOLVENDO PESSOAS 307

Cap. 12 – Treinamento 309

Cap. 13 – Desenvolvimento de Pessoas e de Organizações 335

PARTE Vi – MANTENDO PESSOAS 373

Cap. 14 – Relações com Empregados 375

Cap. 15 – Saúde e Qualidade de Vida 401

PARTE Vii – MONiTORANDO PESSOAS 431

Cap. 16 – Banco de Dados e Sistemas de informações de Gestão de Pessoas 433

PARTE Viii – O FUTURO DA GESTÃO DE PESSOAS 455

Cap. 17 – Avaliação da Função de Gestão de Pessoas 457

ÍNDICE REMISSIvO 489

O conteúdo adicional a esta obra está disponível em www.manoleeducacao.com.br. Entre no site e faça seu cadastro para ter acesso.

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IX

Falar de gestão de pessoas é falar de gente, do com-ponente humano das organizações, de cultura e men-talidade, de inteligência, de energia e vimen-talidade, ação e proação. A gestão de pessoas é uma das áreas que mais tem passado por mudanças e transformações nesses úl-timos anos. Não somente nos seus aspectos tangíveis e concretos, como principalmente nos aspectos concei-tuais e intangíveis. A visão que se tem hoje da área é totalmente diferente de sua tradicional configuração, quando recebia o nome de administração de recursos humanos (ARH). Muita coisa mudou. O objetivo cen-tral deste livro é mostrar as novas características e o novo perfil dessa área de atividade. A gestão de pessoas tem sido a responsável pela excelência das organiza-ções bem-sucedidas e pelo aporte de capital intelectual que simboliza, mais do que tudo, a importância do fator humano em plena Era da Informação.

Com a globalização dos negócios e o intenso desen-volvimento tecnológico, o forte impacto das mudanças e das transformações, está surgindo uma eloquente constatação na maioria das organizações: o grande dife-rencial e a principal vantagem competitiva da empresa decorre das pessoas que trabalham nela. São as pessoas que mantêm e conservam o status quo já existente, e são elas – apenas elas – que geram e fortalecem a imagi-nação, a criatividade e a inovação e o que deverá vir a ser. São as pessoas que produzem, vendem, servem ao cliente, tomam decisões, lideram, motivam, comuni-cam, supervisionam, gerenciam e dirigem os negócios das empresas. Inclusive dirigem outras pessoas. Muito embora as organizações não sejam criadas apenas para ter pessoas, não existem organizações sem a presença delas. Na realidade, as organizações são conjuntos in-tegrados de pessoas. Ao se falar em organizações, forço-samente se fala em pessoas que as representam, que as vivificam e proporcionam inteligência e que lhes dão personalidade própria. A maneira pela qual as pessoas se comportam, decidem, atuam, trabalham, executam, melhoram suas atividades, cuidam dos clientes e tocam

os negócios das empresas varia em muitas dimensões. E essa variação depende, em grande parte, das políticas e diretrizes das organizações a respeito de como lidar com as pessoas em suas atividades.

Em muitas organizações, falava-se, até há pouco tempo, em relações industriais – uma visão burocrati-zada que vem desde o final da Revolução Industrial e que encontrou seu auge na década de 1950. Em outras organizações, fala-se em ARH, em uma visão mais di-nâmica, mas generalista, e que predominou até 1990. Em algumas outras organizações mais sofisticadas, fala-se agora em gestão de pessoas, com uma aborda-gem que tende a personalizar e a visualizar as pessoas como seres humanos e dotados de habilidades e capa-cidades intelectuais, mas ainda hierárquica e imposi-tiva. No entanto, a tendência que hoje se verifica está voltada para muito mais além: fala-se agora em gestão com as pessoas. Administrar com as pessoas significa tocar a organização juntamente aos colaboradores: os parceiros internos que mais entendem dela, das suas atividades, dos seus negócios e do seu futuro. Isso re-quer uma nova visão das pessoas, não mais como ape-nas um recurso organizacional, um objeto servil ou mero sujeito passivo do processo produtivo, mas fun-damentalmente como um sujeito ativo e provocador de decisões, empreendedor das ações, criador da ino-vação e agregador de valor dentro das organizações. Mais do que isso, um agente ativo e proativo que dá vida à organização e dotado de inteligência – a maior e a mais avançada e sofisticada habilidade humana. Nesse contexto, as pessoas proporcionam competên-cias e, com elas, a vantagem competitiva que assegura competitividade e sustentabilidade ao negócio. E é de acordo com essa visão que se posiciona este livro. Nessa transição, daremos o nome de gestão de pessoas para batizar as novas tendências que estão surgindo na ARH das organizações.

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XI

Este livro foi produzido para criar o melhor texto disponível sobre a gestão de pessoas e que ofereça ao leitor informações atualizadas e realísticas sobre o que há de mais moderno no assunto, em termos de conceitos, aplicações e pesquisas. As sugestões e as ideias de minha esposa Rita foram decisivas para pro-porcionar ao leitor uma ideia que capture o estado da arte na gestão de pessoas. Além disso, trabalhamos em conjunto com a equipe editorial no sentido de trans-formar todas essas sugestões e ideias em uma apresen-tação final.

Para melhor utilização didática, este livro apresen-ta uma parte textual (que implica ler e ouvir) e uma parte gráfica (que implica ver e sentir). O componente textual é apresentado de maneira simples e compreen-siva por meio de conceitos e explicações. O compo-nente gráfico é apresentado na forma de vinhetas com ícones diferenciados e procura ilustrar com exemplos reais e casos práticos os conceitos e as explicações de-senvolvidos no texto. Esses ícones e vinhetas têm os seguintes significados:

ObjetIvOs de aprendIzagem

Cada capítulo começa com uma definição dos objetivos de aprendizagem, que funcionam como o ponto principal de avalia-ção da aprendizagem de cada capítulo. Na prática, é uma forma de leitura por resultados, calcada na administração por objetivos.

O Que será vIstO adIante

No início de cada capítulo, há uma definição do conteúdo e dos principais tópicos a serem tratados, a fim de proporcionar ao leitor uma visão antecipada dos assuntos que serão abordados.

CasO IntrOdutórIO

Cada capítulo tem início com um caso introdutório relacio-nado com o conteúdo do texto, a fim de proporcionar um exem-plo prático para o leitor.

vOltandO aO CasO IntrOdutórIO

Ao longo da sequência do texto, o caso introdutório será reconsiderado várias vezes, na medida em que o texto envolve aspectos relacionados com o caso.

arH de HOje

Cada capítulo apresenta exemplos e práticas de empresas nacionais e estrangeiras para melhor fixação dos conceitos. Esta vinheta é a aplicação dos conceitos apresentados no texto à rea-lidade prática das organizações.

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avalIaçãO CrítICa

Ao longo de cada capítulo, existem vários momentos de re-flexão e análise crítica do conteúdo desenvolvido no texto. isso apura o senso crítico do leitor.

CasO de apOIO

Além do caso introdutório, cada capítulo apresenta casos de apoio para a discussão concreta do conteúdo apresentado no texto.

dICa

Em cada capítulo, aparecem algumas dicas ou sugestões de como colocar em prática o conteúdo do texto.

CasO para dIsCussãO

Ao final de cada capítulo, há um caso para discussão envol-vendo uma visão ampla do tema tratado e questões para testar a aplicabilidade do texto.

exerCíCIOs

Ao final de cada capítulo, são apresentadas algumas questões na forma de exercícios práticos para verificação da aprendizagem.

referênCIas bIblIOgráfICas

Finalmente, no final de cada capítulo, estão listadas as referên-cias bibliográficas, ou seja, livros e revistas relacionados com a área.

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XIII

3M

a

ABB – Asea Brown Boveri ABN AMRO Bank ABNT

ABRH Accor Brasil Acesita Aetna Insurance AGF Brasil Seguros Alcoa Amazon American Airlines American Express Ameritech Andersen Consulting Apple Arthur Andersen Astra Merck Inc.

AT&T – American Telephone & Telegraph Avon Azaléia b Banco Boavista Banco Garantia Banco Icatú

Banco Itaú Personnalité Banco Multiplic Banco Pactual Bay Networks Bayer BB – Banco do Brasil Belgo-Mineira Berkshire Hathaway Bethlehem Steel BMW Boeing

Booz Allen Hamilton BP – British Petroleum Bradesco Bradescoprev Brahma Brasilprev Brasmotor Bristol-Myers Squibb British Airways C C&A

C&L – Coopers & Lybrand Canon

Caterpillar Cemig Chevron

Chrysler Corporation CiEE – Centro de integração

Empresa-Escola Cisco

Citibank Clínica Mayo Coca-Cola

Companhia Siderúrgica Tubarão Cone Communications Construbase Construtora MRv Copesul Credicard Costco Wholesale CSN – Companhia Siderúrgica Nacional d Daimler Benz Danone Groupe Datafolha Dell Computer Delta Airlines Deutsche Bank Deutsche Post Digimed DM9DDB Dow DPaschoal DuPont

DuPont Merck Pharmaceutical Company

e

ECT – Empresa Brasileira de Correios Telégrafos Electrolux Elektro Eletropaulo Eletrosul Elevadores Sür Eli Lilly Embraco Embraer Ericsson Exxon f

Families and Work institute FedEx – Federal Express Fiat Automóveis Financial Times Firestone Tire & Rubber

Company

First Chicago Bank Fisher América Folha de S. Paulo Ford

Fortune

Frontier Communications Fuji Photo Film

Fundação Abrinq Fundação inepar g Gap Inc. Gartner Group GE – General Electric Gerdau Gessy Lever Gillette GM – General Motors Goldman Sachs Group Goodyear Google Grupo Catho Grupo Gerdau H Hay Consultoria Hay Group HD – Harley-Davidson Henkel Hering Heublein Home Depot Honda Honeywell Defense HP – Hewlett-Packard HSBC Holdings – Bamerindus Hyatt Hotels

(16)

I

iBM – international Business Machines

IBRI

iCi – imperium Chemical Industries ING Barings Inepar Informix Instituto Ethos Intel Iochpe-Maxion Ipiranga Itambé Itaú Itauprev j

Johnson & Johnson J.P. Morgan Chase K Kmart Kodak Krones l Levi Strauss Lincoln Electric L.L.Bean Lloyds Bank L.M.Ericsson Lojas Americanas L’Óreal Lucent Technologies LVMH m Magazine Luiza Mangels Marcopolo Marisol Marriott Mazda McDonald’s MCI McKinsey Mercedes-Benz Merck Sharp & Dohme Merrill Lynch Microsoft Mobil Monsanto Searle Motorola n Nashua

National Safety Council Natura

Nestlé

News Corporation Nordstrom

Northwestern National Life Insurance

Nummi – New United Motor Manufacturing Inc.

O

O Estado de S.Paulo O Globo

OSHA – Occupational Safety & Health Administration p Pão de Açúcar PepsiCo Petrobrás Petrus Pfizer

PG – Procter & Gamble Philip Morris Philips Plascar Prever Previ Price Waterhouse Procter & Gamble Promon Tecnologia Prudential Insurance r Ricoh Roche Rodhia Roper Group

Royal Dutch/Shell Group

s Saab Sabesp Sadia Concórdia Samarco Samsung Electronics Sands Corporation Saratoga Institute

SAS – Scandinavian Airlines System

SBC Communications Sears Roebuck

Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Sharp

Shell

SHRM – Society for Human Resource Manag. Siemens Singapore Airlines SK – South Korea Skandia AFS Sony Southwest Airlines Souza Cruz Sprint Squibb Standard Oil Starbucks

State Farm insurance Stihl Swire Pacific Swissair Swiss Bank t TAM Target Temple Corp Tenneco Texaco Texas Instruments Ticket Tigre Toga Total

Toyota Motor Corporation Travelers Group 3M u Unibanco Unilever Union Carbide United Packaging U.S. Employment Service U.S. Office of Personnel

Management U.S. Postal Service Usiminas v varga varig vera Cruz voith volkswagen volvo W Walmart

Walt Disney Company Wells Fargo

Whirlpool

x

(17)

1

O Que será vIstO adIante

»

»

Capítulo 1 – introdução à moderna gestão de pessoas

»

»

Capítulo 2 – A gestão de pessoas em um ambiente dinâmico e competitivo

»

»

Capítulo 3 – Planejamento estratégico de gestão de pessoas

os novos desafIos da Gestão de pessoas

Sabe-se há muito tempo: o mundo está mudando com uma rapidez incrível. E com intensidade e volu-me gradativavolu-mente maiores. A mudança sempre exis-tiu na história da humanidade, mas não com a rapidez, profundidade e impacto com que ocorre hoje. Vários fatores contribuem para isso: mudanças econômicas, tecnológicas, sociais, culturais, legais, políticas, de-mográficas e ecológicas que atuam de maneira conju-gada e sistêmica em um incrível campo dinâmico de forças que produz resultados inimagináveis, trazendo transformações, imprevisibilidade e incerteza para as organizações. O que acontece lá fora traz um forte im-pacto sobre o que ocorre dentro de cada organização. Torna-se indispensável visualizar o contexto externo para adequar o comportamento de cada organização e seu direcionamento para o futuro, já que ele vai ser completamente diferente do panorama atual.

Nesse contexto, uma das áreas empresariais que mais sofre mudanças é a área de recursos humanos (RH). As mudanças são tantas e tamanhas que até o nome da área está mudando. Em muitas organizações, a denominação administração de recursos humanos (ARH) está sendo substituída por expressões como gestão de pessoas (GP), gestão com pessoas, gestão do talento humano, gestão de parceiros ou de colaborado-res, gestão de competências, gestão do capital humano ou administração do capital intelectual. Diferentes

nomes para representar um novo espaço e uma con-figuração da área. Apenas para facilitar a exposição, será mantida ainda a velha e tradicional denominação RH. Nesta primeira parte, vamos abordar as mudanças que estão ocorrendo nas organizações bem-sucedidas e, portanto, nas suas áreas de GP.

dICa: o termo rH ou gp pode assumir significados diferentes

1. RH como função ou departamento: é a unidade

operacional como órgão de staff, isto é, como presta-dor de serviços nas áreas de recrutamento, seleção, treinamento, remuneração, comunicação, higiene e segurança do trabalho, benefícios, etc.

2. RH como um conjunto de práticas de recursos humanos: aqui RH se refere ao modo como a

or-ganização opera suas atividades de recrutamento, seleção, treinamento, remuneração, benefícios, co-municação, higiene e segurança do trabalho.

3. RH como profissão: os profissionais que trabalham

em papéis diretamente relacionados com recursos humanos: selecionadores, treinadores,

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administra-dores de salários e benefícios, engenheiros de segu-rança, médicos do trabalho, etc.

O termo GP, ARH ou RH será utilizado neste livro com os significados citados, referindo-se a funções, prá-ticas ou profissionais de RH, ou a todos eles. Em alguns casos, será feita referência à GP para indicar as mais no-vas posturas e conceitos de RH. O importante é preparar a organização para a gestão do talento humano a partir das transformações das pessoas em verdadeiros talen-tos dentro da organização (Figura 1).

Pessoas como RecuRsos ou como PaRceIRos

da oRganIzação?

Neste contexto, a questão básica é a escolha entre tratar as pessoas como recursos ou como parceiros da organização. Os colaboradores podem ser tratados como recursos produtivos das organizações: os chama-dos recursos humanos. Como recursos, eles são padro-nizados, uniformes, inertes e precisam ser administra-dos, o que envolve planejamento, organização, direção e controle das atividades, já que são considerados su-jeitos passivos da ação organizacional. Daí, a

necessi-aRH gestão de pessoas gestão de talentos humanos

Pessoas como recursos produtivos Pessoas como seres humanos Pessoas como provedoras de competências Tratamento padronizado e

uniforme Tratamento individualizado e personalizado Tratamento individualizado e personalizado Busca de atividade física

ou intelectual Busca de atividade física e mental Busca de atividade intelectual

Era Industrial Era da Informação Era do Conhecimento

Ênfase operacional Ênfase tática Ênfase estratégica

Tipo de trabalho Trabalho mental Trabalho intelectual

Manutenção do status quo Criatividade Inovação

Trabalho isolado Colaboração Participação ativa e proativa

(19)

Pessoas como recursos Pessoas como colaboradoras ou parceiras

•» Empregados isolados nos cargos •» Horário rigidamente estabelecido •» Preocupação com normas e regras •» Subordinação ao chefe

•» Dependência da chefia •» Alienação à organização •» Executoras de tarefas •» Ênfase nas destrezas manuais •» Mão de obra

•» Colaboradores agrupados em equipes •» Metas negociadas e compartilhadas •» Preocupação com resultados •» Atendimento e satisfação do cliente •» Vinculação à missão e à visão

•» Interdependência com colegas e equipe •» Participação e comprometimento •» Ênfase na ética e na responsabilidade •» Fornecedoras de atividades

•» Ênfase no conhecimento •» Inteligência e talento fIgura 2 As pessoas são recursos ou colaboradoras e parceiras da organização?

dade de administrar os recursos humanos para obter deles o máximo rendimento possível. Nesse sentido, as pessoas constituem parte do patrimônio físico na contabilidade organizacional. São recursos da organi-zação, o que significa “coisificar” as pessoas (Figura 2). A outra escolha é visualizar as pessoas como par-ceiros das organizações. Como tais, elas seriam forne-cedoras de conhecimentos, habilidades, competências e, sobretudo, o mais importante aporte para as organi-zações: a inteligência que proporciona decisões racio-nais e que imprime significado e rumo aos objetivos do negócio. Nesse sentido, as pessoas constituem o ca-pital humano e intelectual da organização.

Organiza-ções bem-sucedidas tratam seus colaboradores como parceiros do negócio e fornecedores de competências, não como simples empregados contratados.

O objetivo principal desta primeira parte é introdu-zir o leitor no campo da moderna gestão relacionada com pessoas, seus talentos e suas competências. Será discutido o moderno conceito de gestão com e por meio das pessoas e suas várias abordagens desenvolvi-das nas últimas décadesenvolvi-das, e os contornos que ela está as-sumindo no novo milênio. Também serão discutidas as características da GP em um ambiente dinâmico, o planejamento estratégico de GP e o seu importante papel na moderna e dinâmica estratégia empresarial.

(20)
(21)

5

ObjetIvOs de aprendIzagem

Após estudar este capítulo, você estará

capacitado para:

»

»

Definir a GP e suas características

fundamentais.

»

»

Descrever o contexto em que funciona a GP.

»

»

Compreender os processos de GP.

»

»

Entender os objetivos da moderna GP.

»

»

Avaliar o que as empresas bem-

-sucedidas estão fazendo.

O Que será vIstO adIante

»

»

Contexto da gestão de pessoas.

»

»

Conceito de gestão de pessoas.

»

»

Objetivos da gestão de pessoas.

»

»

Processos de gestão de pessoas.

»

»

Estrutura do órgão de gestão de pessoas.

»

»

Gestão de pessoas como responsabilidade

de linha e função de staff.

IntRodUção à ModeRna

Gestão de pessoas

CasO IntrOdutórIO: o drH da brasil Cosmopolita

Como diretora de Recursos Humanos da Compa-nhia Brasil Cosmopolita S/A, Márcia Guerreiro tinha pela frente um importante desafio: transformar o De-partamento de Recursos Humanos (DRH), um órgão tradicional, burocrático e operacional, em um compo-nente estratégico da empresa. Para tanto, era necessá-rio tomar três providências iniciais: focalizar o DRH no negócio da empresa, reforçar as atividades estratégicas e essenciais e alienar algumas de suas atividades buro-cráticas e operacionais, como processamento da folha de pagamento, controle de ponto do pessoal, medidas disciplinares, segurança industrial e refeitórios e outras mais. Essas atividades deveriam ser terceirizadas para que pudessem ser operacionalizadas por outras em-presas especializadas que as fizessem melhor e mais barato do que o DRH. Tratava-se de localizar no merca-do empresas que garantissem menor custo e melhor qualidade.

A ideia básica era enxugar o DRH para torná-lo mais ágil e flexível a fim de se concentrar no essencial: lidar com assuntos estratégicos relacionados com pessoas. Com isso, o DRH descentralizaria operações e

centra-lizaria controles de resultados. Márcia convocou todos os funcionários do seu departamento para trocar ideias, definir objetivos e desenhar projetos para atingi-los. Ela queria que todos participassem ativamente nessa trans-formação. O que fazer no lugar de Márcia?

As organizações são verdadeiros organismos vivos e em constante ação e desenvolvimento. Quando elas são bem-sucedidas, tendem a crescer ou, no mínimo, a sobreviver. O crescimento acarreta maior complexi-dade dos recursos necessários às suas operações, com o aumento de capital e instalações, incremento de tecno-logia, atividades de apoio, etc. E, de lambuja, provoca o aumento do número de pessoas, bem como a necessi-dade de intensificar a aplicação de conhecimentos, ha-bilidades e competências indispensáveis à manutenção e à competitividade do negócio. Tudo isso para se asse-gurar de que recursos materiais, financeiros e tecnoló-gicos sejam utilizados com eficiência e eficácia. As pes-soas passam a significar o diferencial competitivo que mantém e promove o sucesso organizacional: elas pas-sam a ser a competência básica da organização, a sua principal vantagem competitiva em um mundo globa-lizado, instável, mutável e fortemente competitivo.

(22)

Para mobilizar, engajar e utilizar plenamente as pessoas em suas atividades, as organizações estão mu-dando conceitos e alterando as práticas gerenciais. Em vez de investir diretamente em produtos e serviços, estão investindo em pessoas que entendem destes e que sabem como criá-los, desenvolvê-los, produzi-los e melhorá-los. Em vez de investir diretamente nos clien-tes, estão investindo nas pessoas que os atendam e os sirvam e que saibam como satisfazê-los e encantá-los. E ganham mais com isso. As pessoas passam a consti-tuir o elemento básico do sucesso empresarial.

o conteXto da gestão de Pessoas

O contexto geral da GP é de que é formado por pessoas e organizações em uma incrível e duradoura interdependência. De um lado, as pessoas passam boa parte de suas vidas trabalhando em organizações. E estas dependem daquelas para poderem funcionar e alcançar o sucesso. De um lado, o trabalho toma consi-derável tempo das vidas e dos esforços das pessoas, que dele dependem para a subsistência e sucesso pessoal. Separar o trabalho da existência das pessoas é muito difícil, senão quase impossível, em face da importân-cia e do impacto que provoca nelas. Assim, as pessoas dependem das organizações onde trabalham para atingir seus objetivos pessoais e individuais. Crescer na vida e ser bem-sucedido depende de crescer nelas.

De outro lado, as organizações também dependem direta e irremediavelmente das pessoas para operar, produzir bens e serviços, atender clientes, competir nos mercados e atingir objetivos globais e estratégicos. As organizações jamais existiriam sem as pessoas que lhes dão vida, dinâmica, energia, inteligência, criativi-dade e racionalicriativi-dade. Na vercriativi-dade, cada uma das partes depende da outra em uma relação de mútua depen-dência na qual há benefícios recíprocos. Uma relação de duradoura simbiose entre elas.

dICa: qual é o papel e a importância das pessoas em uma organização?

No contexto mencionado, fica difícil separar o comportamento das pessoas e o das organizações. As organizações funcionam por meio das pessoas que de-las fazem parte e que decidem e agem em seu nome. Vários termos são utilizados para definir as pessoas que

trabalham nas organizações. E esses termos definem como as organizações encaram e valorizam as pessoas. São chamadas funcionários, empregados, pessoal, trabalhadores, operários, quando as organizações as tratam como tal. Ou podem ser chamadas de recursos humanos, colaboradores, associados, se as organizações as tratam dessa maneira. Ou ainda talento humano, ca-pital humano, caca-pital intelectual, se as pessoas têm um valor maior para a organização. A denominação dada às pessoas reflete o grau de importância que elas têm para as organizações. Muitas organizações ainda classificam seus funcionários em mensalistas e horistas para separar o pessoal que trabalha nos escritórios e nas fábricas, respectivamente. Outras ainda cometem o absurdo de chamá-los de mão de obra direta ou indireta. E outras vão mais além: chamam-nos de pessoal produtivo e im-produtivo. A maneira como as organizações denominam as pessoas que nelas trabalham tem um significado im-portante: essa denominação sinaliza claramente qual é o papel e o valor que elas atribuem às pessoas. A maneira pela qual chama uma pessoa é a maneira como a trata. O que acha disso?

Se as pessoas se caracterizam pelas suas diferenças individuais, também as organizações se caracterizam por uma incrível heterogeneidade. Elas apresentam uma enorme variedade. Podem ser indústrias, comér-cios, bancos, financeiras, hospitais, universidades, lojas, prestadoras de serviços, etc. Podem ser grandes, médias e pequenas quanto ao tamanho. Públicas ou privadas quanto à propriedade. Quase tudo o que a sociedade necessita é produzido pelas organizações. Vive-se em uma sociedade de organizações, pois nelas as pessoas nascem, aprendem, servem-nas, trabalham e passam a maior parte de suas vidas.

avalIaçãO CrítICa: qual é o papel das pessoas na organização?

Cada organização tem uma ideologia própria a res-peito do papel das pessoas na tarefa organizacional. A denominação dada às pessoas reflete qual é o papel que a organização confere a elas. A seguir, estão listadas as possíveis denominações. Escrever ao lado o que cada denominação sugere, ou seja, qual é realmente o papel que a organização dá às pessoas:

(23)

denominação Papel sugerido pela denominação Mão de obra Operário Trabalhador Empregado Funcionário Recurso humano Colaborador Parceiro Talento humano Capital humano Capital intelectual Outras denominações

Contudo, organizações e pessoas buscam objetivos próprios e diferentes, que nem sempre coincidem e se ajustam mutuamente.

rH de HOje: solução do tipo ganhar-ganhar

Até pouco tempo atrás, o relacionamento entre pes-soas e organizações era considerado antagônico e con-flitivo. Acreditava-se que os objetivos das organizações – como lucro, produtividade, eficácia, redução de custos – eram incompatíveis com os objetivos individuais das pessoas – como melhores salários e benefícios, conforto no trabalho, lazer, segurança no trabalho e no emprego, desenvolvimento e progresso pessoal. A solução usada era a do tipo ganhar-perder: se uma parte leva tudo, a outra fica sem nada. Se uma parte ganhava mais, ela o fazia à custa da outra parte. Sem dúvida, era uma solução limitada, estreita e míope. Verificou-se que, se a organização busca alcançar os seus objetivos da melhor maneira possível, precisa saber canalizar os es-forços das pessoas para que também estas atinjam os seus objetivos individuais e que ambas as partes saiam ganhando. Modernamente, a solução do tipo ganhar--ganhar no jogo de interesses envolvidos é a preferida. Trata-se de uma solução que requer entendimento, ne-gociação, participação e sinergia de esforços. Cada parte precisa ajudar a outra.

objetivos organizacionais objetivos individuais

•» Sustentabilidade •» Crescimento sustentável •» Lucratividade

•» Produtividade

•» Qualidade nos produtos/serviços •» Redução de custos

•» Maior participação no mercado •» Novos mercados

•» Conquista de novos clientes •» Competitividade

•» Imagem e reputação no mercado

•» Melhores salários e ganhos •» Melhores benefícios •» Estabilidade no emprego •» Segurança no trabalho •» Qualidade de vida no trabalho •» Satisfação e respeito

•» Oportunidades de crescimento •» Liberdade para trabalhar •» Liderança liberal •» Orgulho da organização fIgura 1 Objetivos organizacionais e objetivos individuais das pessoas.

Assim, o contexto em que se situa a GP é represen-tado pelas organizações e pelas pessoas. Sem organi-zações e sem pessoas não haveria a GP. Em resumo, as organizações são constituídas de pessoas e dependem delas para atingir seus objetivos e cumprir suas

mis-sões. Para as pessoas, as organizações constituem o meio pelo qual elas podem alcançar vários objetivos pessoais, com um mínimo custo de tempo, esforço e conflito. Muitos dos objetivos pessoais jamais pode-riam ser alcançados apenas por meio do esforço

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pes-soal isolado. As organizações surgem para aproveitar a sinergia dos esforços de várias pessoas que trabalham em conjunto.1 Sem organizações e sem pessoas

certa-mente não haveria a GP. Termos como empregabilida-de 2 e empresabilidade 3 são usados para indicar, de um

lado, a capacidade das pessoas em conquistar e manter seus empregos, e de outro, a capacidade das empresas em desenvolver e utilizar as habilidades intelectuais e competências individuais dos seus membros.

vOltandO aO CasO IntrOdutórIO: o drH da brasil Cosmopolita

Márcia Guerreiro, a diretora de RH da Brasil Cosmo-polita S/A, reuniu-se com todos os funcionários de seu departamento para dar início à transformação deseja-da. O primeiro passo foi demonstrar para todos que o DRH havia cumprido seus antigos objetivos: serviços de recrutamento e seleção, treinamento e remuneração, higiene e segurança do trabalho e relações sindicais. Nos tempos atuais, isso é necessário, mas não suficien-te. A finalidade da reunião era mostrar as mudanças no mundo moderno e definir novos objetivos para o DRH. A nova ordem agora é a competitividade da empresa por meio da qualidade e da produtividade das pessoas, e na ponta, a inovação necessária à melhoria contínua na organização. Márcia queria que o DRH fosse o carro--chefe das mudanças na empresa. Para tanto, as mu-danças deveriam começar na própria casa: no DRH. O que fazer no lugar de Márcia?

conceIto de gestão de Pessoas

A GP é uma área muito sensível à mentalidade e à cultura corporativa que predomina nas organizações. Ela é extremamente contingencial e situacional, pois depende de vários aspectos, como a arquitetura orga-nizacional, a cultura corporativa, as características do seu mercado, o negócio da organização, a tecnologia utilizada, os processos internos, o estilo de gestão e uma infinidade de outras variáveis. Também depende das características das pessoas que a constituem. Tudo isso constitui um mix que a torna única em cada organização.

as pessoas como colaboradoras e parceiras da

organização

Nos tempos atuais, as organizações estão ampliando a sua visão e a atuação estratégica. Todo processo pro-dutivo somente se realiza com a participação conjunta de diversos parceiros articulados, cada qual contribuin-do com algum recurso. Os fornececontribuin-dores contribuem com matérias-primas, insumos básicos, serviços e tec-nologias. Os acionistas e os investidores (shareholders) contribuem com capital de risco e investimentos que permitem o aporte financeiro para a aquisição de re-cursos. Os gestores contribuem com conhecimentos, competências e proporcionam decisões e ações que dinamizam a organização. Os clientes e os consumi-dores contribuem para a organização adquirindo bens ou serviços e incrementando seu faturamento. Os co-laboradores oferecem seus préstimos e garantem as operações do negócio. Cada um desses parceiros da organização contribui com algo na expectativa de ob-ter um retorno pela sua contribuição. Modernamente, todos esses parceiros são denominados stakeholders (do inglês stake = interesse e holder = aquele que possui). Muitas organizações utilizam meios para conseguir a inclusão de novos e diferentes stakeholders para consoli-dar e fortificar seus negócios e expandir suas fronteiras por meio de alianças estratégicas (Figura 2).

Os stakeholders estão dispostos a continuar inves-tindo seus recursos na medida em que obtenham re-tornos e resultados satisfatórios de seus investimentos. Graças ao emergente sistêmico – que é o efeito sinér-gico –, a organização consegue reunir e juntar todos os recursos oferecidos pelos stakeholders e aumentar seus resultados. Por esses resultados, ela pode propor-cionar maior retorno às contribuições efetuadas pe-los stakeholders e manter a continuidade do negócio. Geralmente, as organizações procuram privilegiar os

stakeholders mais importantes. Os acionistas e os

in-vestidores – os shareholders – eram, até pouco tempo, os mais privilegiados na distribuição e na apropriação dos resultados organizacionais. Essa assimetria está sendo substituída por uma visão sistêmica e integrada de todos os stakeholders do negócio, já que todos eles são indispensáveis para o sucesso da empresa. Acontece que o stakeholder mais íntimo da organização é o cola-borador: aquele que está dentro dela, que lhe dá vida e dinamismo e que faz as coisas acontecerem (Figura 3).

(25)

fIgura 3 Os stakeholders – os vários grupos de interesses na organização. Acionistas Proprietários Investidores Sindicatos e agências reguladoras Clientes, consumidores e usuários Governo Colaboradores Fornecedores Gestores Sociedade e comunidade EMPRESA Shareholders fIgura 2 Os principais stakeholders da organização.4

Stakeholders Contribuem com esperam retornos de

Acionistas e investidores Capital de risco, investimentos Lucros e dividendos, valor agregado, responsabilidade financeira

Gestores Competências, tomada de decisões, alcance de resultados Participação nos resultados, reconhecimento e carreira Funcionários Trabalho, esforço, competências, alcance de metas e objetivos Salários, benefícios, satisfação e recompensas

Clientes e consumidores Aquisição e uso de bens e serviços

valor agregado, qualidade, preço, satisfação com o atendimento

e com o uso

Fornecedores Matérias-primas, serviços, insumos básicos, tecnologias Lucros e expansão com novos negócios

Sindicatos e agências reguladoras Contrato coletivo e regulamentações no mercado Atendimento aos contratos e regulamentações Comunidade População, natureza, espaço físico, facilidades, proximidade Benefícios à população, responsabilidade social e ecológica

Sociedade Confiança, admiração, reputação, consenso social Ética e responsabilidade social, honestidade, transparência Governo Infraestrutura, serviços, educação, saúde, segurança, regulação impostos, taxas, responsabilidades financeira, social e ecológica

(26)

avalIaçãO CrítICa: qual stakeholder deve ser privilegiado?

Afinal, qual é o stakeholder mais importante para a empresa? Na Era Industrial, era o capitalista ou

sha-reholder – o proprietário, acionista ou investidor do

ne-gócio. Então, a obrigação principal da empresa era sua responsabilidade financeira em relação a ele no sentido de promover o lucro e o retorno de seu investimento. Até hoje, esse parceiro não perdeu sua importância, mas perdeu pontos na comparação com outros stakeholders. As coisas mudaram no mundo dos negócios. Na Era da informação, prevalece o capital intelectual – e não mais o capital financeiro. O conhecimento tornou-se mais valioso do que a tradicional moeda escritural. E quem deve ser privilegiado na distribuição dos resultados organizacionais? Hoje os stakeholders são grupos de interesses que atuam interna e externamente na organi-zação. Atualmente, além da responsabilidade financeira, a organização tem a sua responsabilidade social com re-lação aos stakeholders. Alguns deles são externos, como clientes e consumidores, fornecedores, agências regula-doras, sindicatos, comunidade e sociedade. Outros são internos, como os administradores e os colaboradores. O importante é atender às expectativas e retornos dos investimentos de todos eles de uma maneira equilibra-da e balanceaequilibra-da. Qual é a sua opinião sobre o assunto?

aspectos fundamentais da moderna gestão

de pessoas

Assim, a GP se baseia em alguns aspectos funda-mentais:5

•» Pessoas como seres humanos: dotados de

perso-nalidade própria e profundamente diferentes entre si, com uma história pessoal particular e diferen-ciada, possuidores de conhecimentos, habilidades e competências indispensáveis à adequada gestão dos demais recursos organizacionais. Pessoas como pessoas, não como meros recursos da organização.

•» Pessoas como ativadoras de recursos

organiza-cionais: como impulsionadores da organização e

capazes de dotá-la do talento indispensável à sua constante renovação e competitividade em um mun-do cheio de mudanças e desafios. As pessoas como fonte de impulso próprio que dinamiza a organiza-ção, não como agentes passivos, inertes e estáticos.

•» Pessoas como parceiras da organização: capazes

de conduzir a organização à excelência e ao suces-so. Como parceiros, as pessoas fazem investimen-tos na organização – como esforço, dedicação, res-ponsabilidade, comprometimento, riscos, etc. – na expectativa de colher retornos desses investimen-tos – por meio de salários, incentivos financeiros, crescimento profissional, satisfação, carreira, etc. Todo investimento só se justifica quando traz um retorno razoável. Na medida em que o retorno é bom e sustentável, a tendência será manter ou au-mentar o investimento. Daí, o caráter de reciproci-dade na interação entre pessoas e organizações, e também de autonomia e ação – não mais de pas-sividade, inércia e dependência. Pessoas como par-ceiros ativos, não como sujeitos passivos.

•» Pessoas como talentos fornecedores de

com-petências: como elementos vivos e portadores de

competências essenciais ao sucesso organizacional. Qualquer organização pode comprar máquinas ou equipamentos, comprar tecnologias para se equipa-rar aos concorrentes. Isso é relativamente fácil, mas construir competências é extremamente difícil, leva tempo, aprendizado e maturação.

•» Pessoas como capital humano: como o principal

ativo organizacional que agrega inteligência ao ne-gócio da organização, como se verá adiante. Embora tenham características tão diferentes, do-ravante se utilizará o termo GP ou ARH ao longo deste livro para os conceitos citados. O leitor saberá diferen-ciar ambos os conceitos em cada situação.

dICa: conceitos de ARH e de GP

Diferentes autores têm conceitos diversos sobre ARH e GP:

•» aRH: conjunto de políticas e práticas necessárias

para conduzir os aspectos da posição gerencial re-lacionados com as pessoas ou recursos humanos, incluindo recrutamento, seleção, treinamento, re-compensas e avaliação do desempenho.6

•» aRH: função administrativa devotada a aquisição,

treinamento, avaliação e remuneração dos empre-gados. Todos os gerentes são, em um certo sentido, gerentes de pessoas, porque todos estão envol-

(27)

sário que as pessoas sejam tratadas como elementos básicos para a eficácia organizacional.

rH de HOje: a crescente importância da função de GP 10

Por muitos anos, pensou-se que o gargalo que trava-va o desenvolvimento das empresas fosse o capital finan-ceiro. Era uma crença generalizada. O capital financeiro era indispensável para o sucesso empresarial. Hoje se percebe que a inabilidade de uma empresa em recrutar e manter uma boa força de trabalho é que constitui o principal gargalo para o negócio. Não existe nenhum projeto baseado em boas ideias, vigor e entusiasmo que tenha sido barrado por falta de caixa ou recursos finan-ceiros. Existem indústrias cujo crescimento foi dificultado por não poder manter uma força de trabalho eficiente e entusiasmada. Faltou capital intelectual. O panorama do futuro está relacionado com talento, competências e capital intelectual. GP na base de tudo isso.

Os objetivos da GP são variados. Ela deve contribuir para a eficácia organizacional por meio dos seguintes meios:

•» Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e

realizar sua missão: a função da GP é um

compo-nente fundamental da organização de hoje. Antes, a ênfase era colocada no fazer corretamente as coisas através dos métodos e regras impostos aos funcio-nários para obter eficiência.11 O salto para a eficácia

veio com a preocupação em atingir metas, objetivos e resultados. Não se pode imaginar a função de GP sem se conhecer o negócio de uma organização. Cada negócio tem diferentes implicações na GP. E o princi-pal objetivo da GP deve ser o de ajudar a organização a atingir metas, objetivos e a realizar sua missão.12

•» Proporcionar competitividade à organização:

sig-nifica saber criar, desenvolver e aplicar as habilida-des e as competências da força de trabalho. A função da GP é fazer com que as forças das pessoas sejam mais produtivas para beneficiar clientes, parceiros e empregados. Esta foi a crença que levou Walt Disney a construir a Disney a partir de sua própria equipe de pessoas. No nível macroeconômico, a competitivida-de é o grau em que uma nação pocompetitivida-de, em condições livres e justas de mercado, produzir bens e serviços vidos em atividades como recrutamento, entrevistas,

seleção e treinamento.7

•» aRH: conjunto de decisões integradas sobre as

re-lações de emprego que influenciam a eficácia dos funcionários e das organizações.8

•» aRH: função na organização que está relacionada

com a provisão, treinamento, desenvolvimento, mo-tivação e manutenção dos empregados.9

•» gP: conjunto integrado de atividades de

especialis-tas e gestores – como agregar, aplicar, recompensar, desenvolver, manter e monitorar pessoas – no senti-do de proporcionar competências e competitividade à organização.

•» gP: área que constrói talentos por um conjunto

in-tegrado de processos e cuida do capital humano das organizações, o elemento fundamental do seu capi-tal intelectual e a base do seu sucesso.

objetIVos da gestão de Pessoas

As pessoas constituem o principal ativo da orga-nização. Daí, a necessidade de tornar as organizações mais conscientes e atentas para seus funcionários. As organizações bem-sucedidas estão percebendo que somente podem crescer, prosperar e manter sua conti-nuidade se forem capazes de otimizar o retorno sobre os investimentos de todos os parceiros, principalmen-te o investimento dos funcionários. E quando uma or-ganização está realmente voltada para as pessoas, sua filosofia global e sua cultura organizacional passam a refletir essa crença. A GP é a função que permite a cola-boração eficaz das pessoas – colaboradores, emprega-dos, funcionários, recursos humanos, talentos ou qual-quer denominação que seja utilizada – para alcançar os objetivos organizacionais e individuais. Os nomes – como departamento de pessoal, relações industriais, recursos humanos, desenvolvimento de talentos, ca-pital humano ou caca-pital intelectual – são utilizados para descrever a unidade, o departamento ou a equipe relacionada com a GP. Cada qual reflete uma maneira de lidar com as pessoas. O termo ARH ainda é o mais frequente de todos eles.

As pessoas podem aumentar ou reduzir as forças e as fraquezas de uma organização dependendo da ma-neira como são tratadas. Elas podem ser a fonte de su-cesso como também podem ser a fonte de problemas. É melhor tratá-las como fonte de sucesso. Para que os objetivos da GP sejam plenamente alcançados, é

(28)

neces-que sejam bem aceitos nos mercados internacionais, enquanto simultaneamente mantém ou expande os ganhos reais de seus cidadãos.13 Nessa definição,

a palavra nação pode ser substituída pela palavra organização e a palavra cidadãos por pessoas.

•» Proporcionar à organização pessoas bem

trei-nadas e bem motivadas: construir o mais

valio-so patrimônio da empresa – as pesvalio-soas – significa preparar e capacitar continuamente as pessoas. É o primeiro passo. O segundo é dar reconhecimento às pessoas, não apenas ao dinheiro. Para melhorar e incrementar seu desempenho, as pessoas devem perceber justiça nas recompensas que recebem. Isso significa recompensar bons resultados e não recompensar pessoas que não têm bom desempe-nho. Tornar os objetivos claros e explicitar como eles são medidos e quais são as decorrências do seu alcance. As recompensas devem ser proporcionadas às pessoas certas na fase certa do desempenho de um trabalho e no tempo certo para a organização.

•» Aumentar a autoatualização e a satisfação das

pessoas no trabalho: antes, a ênfase era colocada

nas necessidades da organização. Hoje, sabe-se que as pessoas precisam estar satisfeitas e felizes. Para que sejam produtivas, devem sentir que o trabalho é adequado às suas competências e que estão sendo tratadas com carinho. Para elas, o trabalho é a maior fonte de identidade pessoal. As pessoas despendem a maior parte de suas vidas no trabalho e isso requer uma estreita identidade com aquilo que fazem. Pes-soas satisfeitas não são necessariamente as mais produtivas. Mas pessoas insatisfeitas tendem a se desligar da empresa, a se ausentar frequentemente e a produzir pior qualidade do que pessoas satisfeitas. A felicidade na organização e a satisfação no traba-lho são determinantes do sucesso organizacional.

•» Desenvolver e elevar a qualidade de vida no

tra-balho (QVT): a QVT é um conceito que se refere aos

aspectos da experiência vivida no trabalho, como estilo de gestão, liberdade e autonomia para tomar decisões, ambiente de trabalho agradável, camara-dagem, segurança no emprego, horas adequadas de trabalho e tarefas significativas e agradáveis. O programa de QVT deve estruturar o trabalho e o ambiente de trabalho no sentido de satisfazer às necessidades individuais das pessoas e tornar um local desejável, gostoso e atraente, como se verá no Capítulo 15 – “Saúde e qualidade de vida”. A con-fiança das pessoas na organização é fundamental para a atração, a retenção e a fixação de talentos.

•» Administrar e impulsionar a mudança: a

turbu-lência das mudanças sociais, tecnológicas, econô-micas, culturais e políticas e suas tendências estão trazendo novas abordagens, mais flexíveis e ágeis, para garantir a competitividade e a sobrevivência das organizações. E os profissionais de GP devem sa-ber como lidar com mudanças, se realmente querem contribuir para o sucesso da sua organização. São mudanças que se multiplicam exponencialmente e cujas soluções impõem novas estratégias, filosofias, programas, procedimentos e soluções. A GP deve estar comprometida com as mudanças. Para melhor!

•» Manter políticas éticas e comportamento

so-cialmente responsável: toda atividade de GP deve

ser aberta, transparente, justa, confiável e ética. As pessoas não devem ser discriminadas e os seus direi-tos básicos devem ser garantidos. Tanto as pessoas quanto as organizações devem seguir padrões éticos e de responsabilidade social. Essa não é uma exigên-cia feita somente às organizações, mas também aos administradores e às pessoas que nelas trabalham.

•» Construir a melhor equipe e a melhor empresa:

não basta cuidar somente das pessoas. Ao cuidar dos talentos, a GP precisa cuidar também do contexto em que eles trabalham. Isso envolve a organização do trabalho, a cultura corporativa e o estilo de ges-tão. Ao lidar com essas variáveis, a GP conduz não somente à criação de uma força de trabalho engajada como também a uma nova e diferente organização.

vOltandO aO CasO IntrOdutórIO: o drH da brasil Cosmopolita

Márcia estabeleceu dois objetivos para o DRH da Bra-sil Cosmopolita, em conjunto com seus colaboradores, a saber:

1. agregar valor à organização e aos seus membros e clientes: o DRH deve ser um órgão de

enriqueci-mento de talentos, não mais de controle e fiscaliza-ção. Sua tarefa básica passa a ser investir no capital humano, transmitir atitudes e conhecimentos, capa-citar as pessoas e criar condições para que elas utili-zem suas competências.

2. gerenciar com as pessoas, e não mais gerenciar as pessoas: o DRH deve ser um órgão que incentiva a

(29)

transfor-ma os gerentes de chefes autocratas em líderes orien-tadores e incentivadores. Utilizar a inteligência e o talento das pessoas para obter sinergia de esforços.

Como Márcia poderia alcançar esses dois objetivos?

PRocessos de gestão de Pessoas

A GP consiste em várias atividades integradas entre si no sentido de obter efeitos sinérgicos e multiplicado-res tanto para as organizações quanto para as pessoas que nelas trabalham. O conceito de processos de GP são adotados para:

o que é gestão de pessoas?

No seu trabalho, cada administrador – seja ele o pre-sidente, diretor, gerente ou executivo – desempenha as quatro funções administrativas que constituem o processo administrativo: planejar, organizar, dirigir e controlar. A GP procura ajudar o administrador a de-sempenhar todas essas funções porque ele não realiza seu trabalho sozinho, mas por meio das pessoas que formam sua equipe. Com sua equipe, o executivo al-cança metas, objetivos e resultados.

dICa: as transformações

O mundo dos negócios está passando por grandes transformações.14

•» Da organização de hierarquias para a organização de comunidades.

•» Do trabalho com desenhos e métodos impositivos para a compreensão das tarefas.

•» Do recrutamento e da admissão de trabalhadores para a busca e retenção de talentos.

•» Da construção de habilidades manuais para a cons-trução de habilidades de conhecimento.

•» Da avaliação do desempenho visível de cargos para o alcance de aquisição de conhecimentos invisíveis e de alcance de metas e objetivos.

•» Da ignorância das pessoas para a construção de uma cultura amigável de conhecimento.

•» Do apoio ao modelo burocrático para a mudança e a inovação.

Tudo isso tem a ver com a nova GP na organização. A GP refere-se às políticas e às práticas necessárias para administrar o trabalho das pessoas, tais como: •» Agregar talentos à organização.

•» Integrar e orientar talentos em uma cultura partici-pativa, acolhedora e empreendedora.

•» Modelar o trabalho – seja individual ou em equipe – de maneira a torná-lo significativo, agradável e motivador.

•» Recompensar os talentos pelo excelente desempenho e pelo alcance de resultados como reforço positivo. •» Avaliar o desempenho humano e melhorá-lo

con-tinuamente.

•» Comunicar, transmitir conhecimento e proporcio-nar retroação intensiva.

•» Treinar e desenvolver talentos para criar uma orga-nização de aprendizagem.

•» Proporcionar condições de trabalho e melhorar a qualidade de vida no trabalho.

•» Manter excelentes relações com talentos, sindica-tos e comunidade em geral.

•» Aumentar as competências dos talentos para incre-mentar o capital humano da organização e, conse-quentemente, o capital intelectual.

•» Incentivar o desenvolvimento organizacional. Essas políticas e práticas podem ser resumidas em seis processos básicos de gestão de pessoas.

os seis processos básicos de gestão de pessoas

A GP é um conjunto integrado de processos dinâ-micos e interativos. Os seis processos básicos de GP são os seguintes (Figura 4):

1. Processos de agregar pessoas: utilizados para

in-cluir novas pessoas na empresa. Podem ser denomi-nados processos de provisão ou de suprimento de pessoas. Incluem recrutamento e seleção de pessoas.

2. Processos de aplicar pessoas: utilizados para

de-senhar as atividades que as pessoas realizarão na empresa, orientar e acompanhar seu desempenho. Incluem desenho organizacional e desenho de

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