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Informativo da Diretoria de Assuntos de Aposentadoria e Pensões

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STF restabelece o bônus suspenso pelo TCU

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tri-bunal Federal), proferiu decisão, dia 14 de agosto, sobre o pedido liminar do mandado de segurança impetra-do pelo Sindifisco Nacional, a fim de restabelecer o pa-gamento do Bônus de Eficiência aos aposentados que tiveram a homologação de suas aposentadorias com decisão de suspensão do pagamento da vantagem.

O TCU (Tribunal de Contas da União), após o deferi-mento do pedido liminar no mandado de segurança 35.498, também, impetrado pelo Sindifisco Nacional, para impedir que fosse suspenso o pagamento do bô-nus de eficiência, cumpriu a decisão somente para quem não tinha sido notificado sobre o acórdão que determinava a suspensão do bônus.

A alegação do TCU foi de que os processos já ana-lisados não se enquadravam na decisão que deferiu o pedido liminar para impedir a suspensão do bônus, pois já havia acórdão da Corte de Contas com a de-terminação de suspensão da vantagem.

Ano VII - Edição nº 142 - 2018

EDIÇÃO Nº

IDAAP

Informativo da Diretoria de Assuntos de Aposentadoria e Pensões

sindifisconacional.org.br

142

Diante disso, a DEN (Diretoria Executiva Nacional) solicitou ao advogado Juliano Ricardo de Vasconcellos Costa Couta, do es-critório Costa Couto, para impe-trar novo mandado de segurança para beneficiar os filiados que já tinham sido notificados do acór-dão proferido pelo TCU, com de-cisão de suspensão do pagamen-to do bônus de eficiência.

O magistrado decidiu o pedi-do liminar nos seguintes termos: “DEFIRO O PEDIDO LIMINAR para determinar ao Tribunal de Contas da União que: a) reaprecie os jul-gados que ensejaram a presente impetração para ajustá-los à de-terminação contida na medida liminar deferida no MS 35.498; b) devendo, ainda, proceder aos respectivos REGISTROS, desde que o único óbice aos registros das aposenta-dorias ou pensões seja a legitimidade do pagamento do Bônus de Eficiência e Produtividade, previsto na Lei Federal 13.464/2017; c) ressaltando a imposição de condição resolutiva, quanto ao pagamento da parce-la referente ao Bônus de Eficiência e Produtividade, a depender da conclusão desta ação e do Mandado de Segurança 35.494, de minha relatoria. Comunique-se, imediatamente, ao TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Efetuadas essas providências, encaminhem-se os autos à Procuradoria-Geral da República para apresenta-ção de parecer. Publique-se.”

Demonstrando o sempre presente cuidado e aten-ção que a Diretoria Executiva Nacional devota às cau-sas dos aposentados e pensionistas, essa é mais uma luta em que o Sindicato não medirá esforços para man-ter o direito ao recebimento por estes filiados, no que diz respeito ao Bônus de Eficiência.

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Expediente

Jurídico em foco

Caro (a) leitor (a),

Este Idaap traz uma série de reporta-gens que abordam os desdobramen-tos de ações do jurídico, sempre foco da atenção dos filiados.

Uma delas, a ação ordinária para assegurar direito ao reajuste das pen-sões e aposentadorias por invalidez, sem paridade, pelos mesmos índices aplicados pelo Regime Geral de Pre-vidência Social. Os filiados que se tor-naram pensionistas e que se aposen-taram por invalidez, a partir de 1º de janeiro de 2004, devem ficar atentos, pois, em breve, serão iniciados os pro-cedimentos para início da execução. Para isso, a DEN enviará uma corres-pondência para os beneficiários com as orientações.

Outra notícia é o restabelecimento, pelo Supremo Tribunal Federal, do Bô-nus suspenso pelo Tribunal de Contas da União aos filiados que tiveram a homologação de suas aposentado-rias com decisão de suspensão do pa-gamento da vantagem.

O Idaap de agosto também traz um apanhado das ações relativas à pen-são para filha solteira, baseado em um mapeamento das ações de AJI (Assistência Jurídica Individual).

Além das decisões do jurídico, esta edição também convida aqueles que ainda não solicitaram sua carteira fun-cional a manifestarem a intenção. O documento é patrocinado pelo Sin-difisco Nacional independentemente de filiação ao Sindicato, por entender que ele representa o reconhecimento profissional. Até agora, 2,3 mil filiados já possuem a carteira funcional.

Boa leitura!

IDAAP é uma publicação da Diretoria Executiva Nacional do Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil).

Diretoria do Sindifisco Nacional

Presidente: Cláudio Márcio Oliveira Damasceno; 1º Vice-Presidente: Maria Cândida Capozzoli de Carvalho; 2º Vice-Presidente: Luiz Henrique Behrens Franca(Duick); Secretário-Geral: Rogério Said Calil; Diretor-Secretário: Pedro Egídio Alves de Oliveira; Diretor de Comunicação Social: Pedro Delarue Tolentino Filho; Diretor-Adjunto de Comunicação: Mário Luiz de Andrade; Diretora de Assuntos de Aposentadoria e Pensões: Nélia Cruvinel Resende; Diretor-Adjunto de Assuntos de Aposentadoria e Pensões: José Castelo Branco Bessa Filho.

Departamento de Jornalismo

Gerente e editor: Rodrigo Oliveira – 4359/02-DF; Jornalistas: Cristina Fausta, Danielle Santos, Patrícia Portales, Ricardo Cassiano, Eduardo Moura; Projeto Gráfico: Núcleo Cinco Marketing e Comunicação Ltda.; Diagramação: Núcleo Cinco Marketing e Comunicação Ltda.; Tiragem: 22.500 Exemplares; Impressão: Interagir Artes Gráficas LKB Ltda ME.

Sede do Sindifisco Nacional

SDS, Conjunto Baracat, 1º andar, salas 1 a 11, Asa Sul, Brasília/DF – Cep: 70.392-900 Fone (61) 3218-5200 - Fax (61) 3218-5201

Site: www.sindifisconacional.org.br

E-mail: den@sindifisconacional.org.br e aposentados@sindifisconacional.org.br

Editorial

Nesta Edição

IV Enap

Sindifisco celebra vitórias na Justiça e alerta sobre

riscos da PEC 287 pág. 7

Sem paridade

Execução para pensionistas e aposentados por

invalidez pág. 3

Vida de Aposentado

O pioneirismo de Cléia Maria Bento Graf pág. 8

Ações

Jurídico traz novidades sobre GAT e GIFA pág. 4

Pensão Filha Solteira

Saiba como está o andamento das ações pág. 5

Carteira funcional

Mais de 2,3 mil filiados já possuem o documento pág. 6

IDAAP

Informativo da Diretoria de Assuntos de Aposentadoria e Pensões

Ano VII - Edição nº 142 - 2018

EDIÇÃO Nº

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Execução da ação para aposentados (por

invalidez) e pensionistas, sem paridade

O Departamento Jurídico do Sin-difisco Nacional ajuizou ação ordiná-ria, em 2008, para assegurar direito ao reajuste das pensões e aposentado-rias por invalidez, sem paridade, pelos mesmos índices aplicados pelo RGPS (Regime Geral de Previdência Social). Os índices de reajuste aplicados pela Administração no período de maio de 2004 a janeiro de 2008 foram muito aquém do percentual do RGPS.

São beneficiários da ação os fi-liados que se tornaram pensionistas e que se aposentaram por invalidez, a partir de 1º de janeiro de 2004, já que não tinham mais paridade, em razão da Emenda Constitucional n. 41/2003, e a União se negava a con-ceder o reajuste efetivamente devi-do, alegando falta de previsão legal. A ação foi julgada procedente reconhecendo o direito ao reajuste

pelo índice do RGPS aos proventos e pensões, de pensionistas e apo-sentados por invalidez regidos pela EC 41/2003, desde 2004, segundo o disposto nos arts. 1º e 2º, da Lei 10.887/2004.

Desse modo, o diretor de Assun-tos Jurídicos Sebastião Braz da Cunha dos Reis, informa aos filiados que se tornaram pensionistas e que se apo-sentaram por invalidez, a partir de 1º de janeiro de 2004 que, em breve, se-rão iniciados os procedimentos para início da execução. Nas próximas semanas será encaminhada corres-pondência para a residência dos filia-dos beneficiários com as orientações, juntamente com autorização, procu-ração e boleto para pagamento dos honorários do calculista que irá ela-borar a planilha de cálculos que irá embasar a execução.

A ação de conhecimento foi jul-gada procedente e obteve o trân-sito em julgado em março de 2014, entretanto, ao serem iniciados os procedimentos prévios à execução, o juízo limitou os beneficiários da execução apenas aos filiados com domicílio em Pernambuco. Diante deste fato, foi necessário recorrer da decisão, tendo os recursos che-gados às instâncias superiores, onde restou definida a possibilidade de execução do título sem a limitação territorial imposta inicialmente pelo juízo. Desta forma, todos os filiados ao Sindifisco Nacional, independen-te do domicílio, que independen-tenham se tor-nado pensionista ou aposentado por invalidez, a partir de 1º de janeiro de 2004, poderão executar a mencio-nada ação.

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Informes do Jurídico: Gat e Gifa

sentou proposta de acordo como havia se comprometido. No início do ano, no mês de abril, o segun-do vice-presidente segun-do Sindifisco Nacional, Auditor Fiscal Luiz Henri-que Franca, reuniu-se com mem-bros da AGU (Advocacia-Geral da União) para tratar da execução da Gifa, ocasião em que também estiveram presentes a gerente do Departamento Jurídico, Priscilla Baccile, e o advogado Luís Felipe Freire Lisboa, representando o es-critório Sergio Bermudes, patrono das execuções.

Esta reunião teve o objetivo de iniciar entendimentos para se verifi-car se era possível fazer um acordo entre os exequentes e a AGU para que as execuções transcorressem de forma mais célere e menos li-tigiosa. Nessa primeira reunião, a AGU apresentou considerações iniciais sobre os parâmetros por ela normalmente utilizados quando se

trata de acordos em execuções. Mais tarde, a AGU se comprome-teu em empenhar-se nas execu-ções, o que acabou não se con-cretizando.

Desta forma, foi dado prosse-guimento no andamento das exe-cuções, tendo a União iniciado a apresentação de impugnações nos processos. O escritório tem apresentado as manifestações nas impugnações de forma imediata, de maneira a proporcionar um rá-pido andamento dos processos na tentativa de se conseguir a inscri-ção da parte incontroversa dos precatórios o mais breve possível.

Diante deste cenário, a Direto-ria de Assuntos Jurídicos está re-alizando um intenso trabalho e o intento da diretoria é conseguir a inscrição em precatório da parte incontroversa desses processos no exercício de 2019, com prazo até o dia 30 de junho de 2019.

GAT – A Gratificação de

Ativi-dade Tributária é a maior ação em execução do Sindifisco Nacional, envolvendo 13.500 Auditores Fis-cais, entre ativos e aposentados. Atualmente, há 2.470 ações ajuiza-das. As ações estão distribuídas em cinco TRFs (Tribunal Regional Fe-deral) - TRF1 603 ações físico; TRF2 517 ações virtuais; TRF3 567 ações virtuais; TRF4 468 ações virtuais e, por fim, TRF5 315 virtuais. São patro-nos da ação os escritórios Marcelo Jaime Advogados e Associados; Azevedo Sette Advogados e ainda Caputo, Bastos e Serra Advogados.

A Diretoria de Assuntos Jurídicos explica porque razão mudou a es-tratégia a respeito da localidade onde será distribuída a ação. Se-gundo o Código de Processo Ci-vil, a sentença pode ser cumprida onde a ação de conhecimento tramitou, no domicílio do réu, nes-te caso a União, ou na seção ju-diciária do domicílio do exe-quente. O Sindifisco decidiu descentralizar o ajuizamento das execuções com a distri-buição nas capitais, e não só onde foi proposta a ação de conhecimento. Esse pro-cedimento evitará a demora do julgamento dos processos pela 17ª Vara Federal Cível do Distrito Federal.

Gifa – Assim como a GAT,

a diretoria de Assuntos Jurídi-cos informa sobre as ações da Gifa (Gratificação de In-cremento à Fiscalização e Arrecadação), que se encon-tram com execução em an-damento. A União não

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apre-Saiba como está o andamento das ações

benefícios restabelecidos. No en-tanto, é importante lembrar que nenhuma das ações teve o trânsito em julgado. A Diretoria de Assun-tos Jurídicos do Sindifisco Nacional continua acompanhando a situa-ção de todas as ações nos Tribu-nais Superiores.

A pensão a filha solteira maior de 21 anos foi instituída pela Lei no 3.373/1958, que dispunha sobre o plano de assistência ao funcionário e sua família. Segundo este orde-namento, tinham direito ao bene-fício as filhas solteiras não ocupan-tes de cargo público permanente.

Mais tarde, em 1990, a Lei 8.112/90 (Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis da União), em seu art. 217, II, “a” proi-biu a concessão de pensão a filha

maior de 21 anos. Vale destacar que esse bene-fício foi extinto, mas o já concedido continua em vigor, e só será extinto se a beneficiária vier a se casar ou ocupar cargo público permanente.

STF – Segundo o

mi-nistro Edson Fachin (MS - 24075 MC/DF), a “inter-pretação evolutiva” do TCU e o estabelecimen-to de requisiestabelecimen-tos não pre-vistos na Lei nº 3.373/58 para continuação da percepção do benefício afronta os princípios da legalidade e da seguran-ça jurídica, ameaseguran-çando direito líquido e certo das pensionistas. E, numa das liminares, de forma enfá-tica e justa, o Ministro Edson Fachin declarou:

“Assim, enquanto a titular da pensão permanece solteira e não ocupa cargo permanente, inde-pendentemente da análise da dependência econômica, porque não é condição essencial previs-ta em lei, tem ela incorporado ao seu patrimônio jurídico o direito à manutenção dos pagamentos da pensão concedida sob a égide de legislação então vigente, não podendo ser esse direito extirpado por legislação superveniente, que estipulou causa de extinção outro-ra não prevista”.

Vale destacar que essa deci-são não obriga juízes e tribunais a se vincularem ao entendimento do ministro Edson Fachin.

O Sindifisco Nacional fez um mapeamento das ações em que conferiu AJI (Assistência Jurídica Individual) a filiadas que tiveram o direito de pensão concedida a filhas com idade superior a 21 anos afetado pelo Acórdão nº 2.780/2016 – Plenário do TCU (Tri-bunal de Contas da União), que le-vantou quesitos que apontavam a descaracterização de dependên-cia econômica em relação ao ins-tituidor e suspendeu o pagamento do benefício. Das 100 ações que constam no relatório de acompa-nhamento do Sindicato, 53 foram julgadas procedentes; quatro im-procedentes e 43 ainda estão pen-dentes no âmbito de 1ª instância.

As pensionistas que obtiveram decisões favoráveis tiveram seus

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Mais de 2,3 mil filiados já possuem o

documento

A obtenção da carteira funcio-nal para Auditor Fiscal aposentado é uma grande conquista à valori-zação da categoria. O Sindifisco Nacional já chegou ao quarto lote de emissão dos documentos. Até o momento, das 2.363 cédulas emiti-das pela empresa Thomas Greg e Sons, 2.042 foram custeadas pelo Sindicato. Outras 321 carteiras per-tencem a Auditores não filiados, que solicitaram o documento atra-vés de outra entidade.

O Sindifisco Nacional se com-prometeu a patrocinar esse bene-fício aos Auditores aposentados, independentemente de filiação ao Sindicato, por entender que a pos-se da carteira funcional reprepos-senta o reconhecimento profissional. De acordo com um levantamento da

Diretoria de Assuntos de Aposenta-doria e Pensões, cerca de seis mil filiados, que têm direito à carteira funcional, ainda não a solicitaram.

Diante do número extenso de possíveis beneficiados, a pasta re-força o convite para que se ma-nifestem. Portanto, os Auditores Fiscais aposentados que desejem obter sua carteira funcional po-dem fazer o pedido à Diretoria, ligando para (61) 3218-5268 ou encaminhando um email para

aposentados@sindifisconacional. org.br. Neste e-mail, é necessário

solicitar a remessa dos formulários e a ficha de atualização cadastral. Ambos devem, posteriormente, ser remetidos, em modo digital, para o referido endereço eletrônico. Já os originais devem ser enviados pelos

Correios para: Diretoria de Assuntos de Aposen-tadoria e Pensões, SDS — Conjunto Baracat — 1º andar — Salas 1 a 11 — Brasília-DF — CEP 70.392-900. Recebidos os dados, o Sindifisco Nacional os en-via à Cogep/Digep (Divi-são de Gestão de Pesso-as) da Receita Federal do Brasil, que a encaminha à unidade de gestão de pessoas da localida-de do filiado solicitante. Para concluir o processo, é fundamental que o in-teressado compareça à Digep/Segep na Receita de sua jurisdição, para realizar a validação dos dados pes-soais, colher a impressão digital e assinar a carteira. Também é ne-cessário levar o RG e o CPF, além de comprovante de endereço (se alterado) e uma foto 3x4 recente e em fundo branco. Vale lembrar que homens devem fotografar com pa-letó e gravata.

Além de aceita em todo o terri-tório nacional para acesso ao Minis-tério da Fazenda e às unidades da Receita Federal do Brasil, a carteira de aposentado tem validade per-manente. Para os novos aposenta-dos, é necessária a devolução da carteira de identificação funcional de ativo recebida a partir de 2011. A não devolução acarretará em impedimento na entrega da cédu-la de aposentado.

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Sindifisco celebra vitórias na Justiça e

alerta sobre riscos da PEC 287

O debate sobre as ações promo-vidas pelo Sindifisco Nacional na Jus-tiça, além das Regras sobre Pensões na proposta de Reforma da Previ-dência, foram ponto alto do IV Enap (Encontro Nacional de Auditores Fis-cais Aposentados e Pensionistas) do Sindifisco Nacional, realizado de 20 a 24 de maio em Águas de Lindóia (SP).

Em painel coordenado pelo dire-tor-adjunto de Assuntos de Aposen-tadoria e Pensões, o Auditor Fiscal Castelo Bessa, foram explicadas as principais perdas de direitos sociais identificadas nas reformas da Previ-dência Social promovidas pelos go-vernos de Fernando Henrique Car-doso (janeiro de 1995 até janeiro de 2003), e de Luiz Inácio Lula da Silva (janeiro de 2003 até janeiro de 2011).

Além das alterações já incorpora-das à Constituição Federal, o advo-gado da Diretoria, Laerço Salustiano Bezerra, alertou a Classe dos riscos que ainda estão por vir, identificados nas propostas de reforma apresenta-das pela ex-presidente Dilma Rousseff (janeiro de 2011 até agosto de 2016),

além das cons-tantes da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 287/2016, do atual governo de Michel Te-mer (maio de 2016 até hoje). Na oca-sião, Laerço também apre-sentou aos filia-dos o novo Guia de Orientação aos Familiares, que oferece suporte àque-les que perderem um ente querido. Conforme exposto pelo advogado, com a conversão da MP (Medida Provisória) 664/04 na lei 13.135/15, durante o Governo Dilma, foram pro-movidas alterações importantes, que foram atualizadas nesta nova edição do Guia. Um ponto ressaltado foi com relação à pensão por morte, que não conta mais com diferenciação entre vitalícia e temporária.

Com a PEC 287, o benefício seria vitalício apenas para dependentes com 44 anos ou mais de idade. Já o valor da pensão passa a depen-der do número de contribuições do Auditor Fiscal falecido, da causa da morte, e do tempo de casamen-to ou união estável, quando for o caso. “Além dos direitos que já ha-viam sido reduzidos nas reformas an-teriores, a PEC 287 propõe prejuízos ainda mais drásticos”, concluiu o di-retor Castelo Bessa.

Ações na Justiça — Sob a

coor-denação do 2º vice-presidente do

Sindifisco Nacional, Auditor Fiscal Luiz Henrique Behrens Franca, a Diretoria de Assuntos Jurídicos levou aos Audi-tores Fiscais aposentados e pensionis-tas os esclarecimentos das principais ações patrocinadas e acompanha-das pelo Sindicato na Justiça.

Conforme destacou o diretor da pasta, Auditor Fiscal Sebastião Braz da Cunha dos Reis, o êxito nas exe-cuções dos 28,86% e da GAT (Grati-ficação por Atividade Tributária), da Conversão de Licença Prêmio em Pecúnia e da atualização dos valo-res da aposentadoria por invalidez e pensões pelo índice de reajuste apli-cado aos benefícios do INSS (Institu-to Nacional do Seguro Social) repre-sentam uma conquista importante para a categoria.

Com relação às ações dos egressos previdenciários, Sebastião explicou que no período de 2015 a 2018 houve êxito e pagamento de precatórios e RPV a 3.000 exequen-tes, relativas às ações de execução com objetos de 28,86, Previdência Social sobre um terço das férias e correção monetária da Gefa (Grati-ficação de Estímulo à Fiscalização e à Arrecadação).

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Vida de

Aposentado

Pioneirismo na veia

O trabalho parlamentar foi uma bandeira naturalmente abraçada pela Auditora Fis-cal aposentada Cléia Maria Bento Graf. À reportagem ela recordou da época em que trabalhava na Tributação, na RFB (Receita Federal do Brasil), momento em que se iniciou o debate acerca da Constituinte, em 1986. “Um colega propôs uma emenda. Formamos um grupo e fomos a Brasília para defender a ideia. A partir daí, virei um tipo de porta-voz do grupo, atuando junto ao parla-mento”, relembra.

Foi um trabalho intenso, mas que trouxe conquistas importantes. “O Fernando Marsilac, presidente na Unafisco Nacional na época, teve um papel preponderante, de lide-rança e visão”, avaliou. O resultado veio no texto da Constituição de 1988, que autorizou a criação de sin-dicatos de servidores públicos.

O Sindicato foi então criado em 1989, e Cléia teve a honra de ocu-par um cargo na diretoria. “Essa foi uma primeira diretoria transitória”, explicou. Antes, havia atuado como a 1ª diretora de Assuntos Parlamen-tares da Unafisco Nacional e como presidente da Unafisco Regional do Paraná. Na mesma época, também participou da criação da Delegacia Sindical de Curitiba. “Queríamos um sindicato com uma estrutura mais adequada”, disse Cléia, lembrando das Assembleias realizadas, que pos-sibilitaram a participação de todos

no processo de mudança.

Da luta sindical, ela destaca dois grandes desafios superados. O pri-meiro, ainda na fase da Constituinte, se deu durante a atuação da cate-goria pela derrubada da vedação constitucional de participação do servidor no resultado da arrecada-ção de multas. Em seguida, citou a força do movimento grevista, em es-pecial nas primeiras ações de mobi-lização organizadas pelo Sindicato.

“A greve deve ser o último recur-so. A mobilização ajuda as pessoas que atuam no trabalho parlamen-tar, dá força”, defende. Para Cléia, o que muda são as formas de agir, conforme o momento político. “A categoria tem que se mobilizar, se-não se-não consegue nada. ”

Aposentada desde 1990, a Au-ditora tem se dedicado à filosofia e à física quântica. Também participa de um clube de leitura e se encon-tra com as colegas Auditoras com as

quais trabalhou na Receita para tomar chá. Por meio de mensa-gens, elas trocam informações diversas, até mesmo dicas de orientações jurídicas.

Cléia foi casada com o bió-logo e professor universitário Vi-nalto Graf, com quem teve dois filhos. Apaixonada pela nature-za, a família sempre cultivou o hábito de acampar. “Tínhamos uma ‘Kombi Turismo’, equipada com cama, varanda. Era diver-tido”, recorda. Hoje viúva, ela se reúne uma vez por semana com os filhos.

O espírito de aventura se esten-de às viagens, programadas sempre para locais onde possa apreciar a paisagem. Um roteiro marcante para Cléia foi um safari que fez na África. “Foi uma experiência maravilhosa!”, revela. Mas também gostou de co-nhecer a Patagônia e o Chile.

IV ENAP — A Auditora participou

também do IV Enap (Encontro Na-cional de Auditores Fiscais Aposen-tados), realizado entre 20 e 24 de maio, em Águas de Lindóia (SP). “Foi um encontro muito bem organizado, onde encontrei amigos e fiz novas amizades. Gostei muito do atendi-mento jurídico disponibilizado e, prin-cipalmente, do vídeo do Projeto Me-mória que foi apresentado. ”

Segundo Cléia, por meio daque-les depoimentos, foi possível ter uma noção de como foi difícil viver o perío-do da ditadura. “Nada foi por acaso. Alguém lutou, alguém buscou as con-quistas que vivemos hoje”, afirmou.

Referências

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