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A IMPORTÂNCIA DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA FORMAÇÃO INICIAL DOS PROFESSORES DE QUÍMICA

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Academic year: 2021

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1 A IMPORTÂNCIA DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA FORMAÇÃO INICIAL

DOS PROFESSORES DE QUÍMICA

GT1 - Espaços educativos, currículo e formação docente (Saberes e Práticas)

Joyce de Souza Ferreira

*Micaelle Cristine Rocha Mazeo ***Josevânia Teixeira Guedes

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo mostrar a importância das práticas pedagógicas na formação inicial dos professores de Química, onde os acadêmicos desenvolveram jogos lúdicos como forma de otimizar o processo de ensino aprendizado durante o magistério. O procedimento utilizado foi à fabricação de diversos jogos lúdicos que serão utilizados nas aulas como ferramenta inovadora. Através dessa metodologia os resultados foram satisfatórios, os acadêmicos sentiram motivados e entusiasmados, pois os jogos possibilitarão uma educação mais significativa durante a atuação.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de Química. Jogos Lúdicos. Docentes.

ABSTRACT

This paper aims to show the importance of teaching practices in the training of teachers of chemistry, where academics have developed educational games in order to optimize the teaching-learning process during teaching. The procedure was used to manufacture various fun games that will be used in classes as an innovative tool. Through this methodology, the results were satisfactory, the students felt motivated and excited, because the games allow for a more meaningful education during the performance.

KEYWORDS: Chemistry Teaching. Ludic Games. Teachers

Licencianda em Química da Faculdade Pio Décimo. E-mail:joycedferreira@hotmail.com

**Licencianda em Química da Faculdade Pio Décimo. E-mail: mica_crm@hotmail.com

***Mestranda em Educação na Universidade Tiradentes (PPDE/GPGFOP/UNIT), Docente da Faculdade Pio Décimo. E-mail: josevaniatguedes@hotmail.com

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2 1-INTRODUÇÃO

A formação acadêmica de licenciados em Química tem sido cada vez mais minuciosa, a busca por profissionais qualificados nesta área, faz com que as Instituições de Ensino Superior trabalhem criteriosamente suas práticas pedagógicas na formação inicial de professores de Química. Sendo assim, é de grande importância que os acadêmicos desenvolvam maneiras inovadoras de aplicar os conteúdos químicos em sala de aula, desenvolvendo jogos lúdicos, projetos interdisciplinares, recursos didáticos de baixo custo e de fácil manuseio, para facilitar o processo de ensino aprendizagem no âmbito escolar. Não é aceitável que o ensino de Química seja aplicado de maneira distante e desarticulado da realidade dos alunos, é necessário que o professor na sua formação pedagógica, seja instruído a desenvolver essas habilidades e competências.

As instituições de graduações sentem a necessidade de introduzir na academia as práticas pedagógicas de uma maneira prazerosa, estimulando assim os acadêmicos a continuarem no caminho do magistério de forma diferenciada e motivadora. Segundo Conselho Nacional de Educação Câmara de Educação Superior (2002) o projeto pedagógico de formação profissional a ser formulado pelo curso de Química deverá explicitar as competências e habilidades gerais e específicas a serem desenvolvidas durante o curso.

Por isso, as instituições investem nos professores da área pedagógica que são orientados a fazer com que os acadêmicos procurem inovar sua futura metodologia de ensino, pois, ao longo dos anos, o Ensino de Química tem sido visto como um Ensino de difícil assimilação, esse problema pode ser ocasionado devido o tradicionalismo dos professores que permeia por anos.

Segundo Vera Maria Candu (2002) in Maurice Tardif (2002, p.140):

Não é possível negar a necessidade e importância da formação continuada em nossa sociedade hoje. No entanto, isso não significa que a formação inicial deve ser dispensada. Defendemos que, organizada em novos moldes, esse momento de formação pode representar uma experiência fundamental na formação profissional dos professores, tendo na Prática de Ensino um momento estratégico.

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O professor deve buscar estratégias que facilitem o processo de ensino aprendizagem, pois em algumas instituições os professores são vistos como centro do saber e os alunos agentes receptores que apenas estão aptos a repetição e memorização de conceitos e fórmulas químicas. Esse método de ensino desestimula os discentes deixando-os distantes da química que os envolve no cotidiano. A metodologia adquirida pelos docentes pode ser um dos fatores do tradicionalismo, segundo César Coll (1995) “Na metodologia tradicional, o professor transmite a informação acabada aos alunos, a comunicação encontra-se centrada no professor e é unidirecional”. Esse tipo de metodologia tem como conseqüência o desprazer e a não satisfação dos alunos com as informações passada pelos professores, não permitindo a visualização da química em seu cotidiano.

Desde a infância até a fase da pré-adolescência notamos que são os jogos que estimulam o desenvolvimento, interesse, proporciona momentos de alegria e prazer. O ser que brinca e joga é também um ser que age, sente, pensa, aprende e se desenvolve intelectual e socialmente (Cabrera & Salvi, 2005). Os jogos possibilitam uma aprendizagem significativa, despertam as emoções e instigam a curiosidade pelos estudos.

Esse recurso estimula a criança e o adolescente a serem participantes ativos no processo de ensino, possuir maior habilidade, criatividade, também ajuda a desenvolver o raciocínio lógico, a percepção e agilidade. Os jogos lúdicos podem ser considerados como uma ferramenta facilitadora da aprendizagem, proporcionando momento de descontração, ajudando os discentes para que tenham uma melhor fixação dos assuntos ministrados. Nesse contexto, as atividades lúdicas geram uma troca de experiência entre aluno e professor no âmbito escolar.

2-METODOLOGIA

Sentindo a necessidade de levar os conteúdos de Química de forma diferenciada, foi proposto pela professora da Disciplina Práticas Pedagógicas V - Tecnologias Aplicadas ao Ensino, na turma do 5º período do Curso de Licenciatura em Química da Faculdade Pio Décimo-SE, a elaboração de jogos lúdicos para serem apresentados em sala de aula, cada aluno ao desenvolver o jogo, apresentou

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os matérias que foram utilizados na fabricação, explicou o objetivo do jogo e sua funcionalidade, bem como as regras do jogo e quais os conteúdos que poderiam ser trabalhado em sala de aula.

3-RESULTADOS E DISCUSSÃO

Frente ao sucesso da proposta, os acadêmicos sentiram-se motivados pelos jogos ali apresentados, a cada apresentação, abria-se um novo olhar na maneira de ensinar os conteúdos de Química de uma forma lúdica. Campos (1986, p.252) afirma que “a ludicidade pode ser uma ponte facilitadora da aprendizagem se o professor pudesse pensar e questionar sobre sua forma de ensinar, relacionando a utilização do lúdico como fator motivante de qualquer tipo de aula”.

Neste contexto, a ludicidade é uma forma de apresentar ao aluno o assunto de maneira despojada, não esquecendo o objetivo do jogo, que é aprimorar o processo de ensino e aprendizagem, criar um vínculo entre professor/aluno, trabalhar em equipe e, principalmente, quebrar o tradicionalismo e a maneira de ensino conteudista ainda existente em muitas escolas, deixando os discentes mais próximos dos conteúdos.

Foram desenvolvidos variadosjogos lúdicos, entre eles: trilha química, passa-repassa, bingo químico, jogo da velha, dama, perfil químico, jogo da memória, corrida química, dominó de nomenclaturas, amarelinha, jogo da força, ludo químico, entre outros. Podemos observar nas figuras abaixo.

Na Figura 01, foi apresentado o jogo “dama”, onde as peças seriam os próprios alunos; Figura 02, jogo da “trilha química”, no caminho estaria às perguntas relacionadas ao conteúdo que o professor estiver ministrando em sala de aula; Figura 03,”dominó de nomenclaturas, associa o nome a fórmula do composto; Figura 4, “perfil químico”, o aluno recebe dicas para responder as perguntar.

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Figura01: Acadêmico apresentando o jogo “Dama.”

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Figura 03: Jogo“ Dominó de Nomenclaturas”

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Destacaremos o jogo perfil químico, para demonstrar como os jogos eram apresentados aos acadêmicos ali presentes, de forma que cada acadêmico daria sua contribuição após a apresentação de cada jogo.

O jogo “perfil químico” foi confeccionado com 3 (três) E.V.A (emborrachado) nas cores laranja, preto e branco, cartolina e canetinha. O laranja foi utilizado para construção do tabuleiro, foram feitos círculos com a canetinha, deixando o jogo com dois espirais. A parte vazia do emborrachado foi preenchida com círculos menores enumerados de 1(um) a 15 (quinze). Com o emborrachado preto foram feitos círculos na mesma medida dos números de 1(um) a 15( quinze), que correspondem as fichas do jogo. O emborrachado branco foi utilizado para fazer os pinos dos jogadores. Na cartolina foi confeccionado as cartelas com as dicas do assunto ministrado, como mostra na figura 03.

FUNCIONALIDADE DO JOGO

O jogo será apresentado à turma como uma maneira diferenciada de estudar a tabela periódica. O jogo apresenta várias cartas, com características dos elementos da tabela periódica. A primeira equipe irá escolher um número no tabuleiro de 1(um) a 15(quinze) e colocará uma ficha em cima. A segunda, estará com uma carta e irá ler o que diz no número correspondente à numeração que a primeira equipe escolheu. Se eles não souberem, a terceira equipe escolhe outro número e colocará uma ficha em cima do número escolhido e tentará adivinhar qual elemento corresponde na cartela, se não souber passa pra quarta equipe e assim sucessivamente.

A equipe que acertar vai andar com o seu pino no tabuleiro a quantidade de casinhas sem fichas e a equipe que estiver com a cartela andará a quantidade de casinhas no tabuleiro que contem fichas. Se eles não souberem, a terceira equipe escolhe outro número e colocará uma ficha em cima do número escolhido e tentará adivinhar qual elemento corresponde na cartela, se não souber passa pra quarta equipe e assim sucessivamente.

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Existem algumas fichas no jogo que corresponde a um palpite a qualquer hora, a equipe que conseguir essa ficha ficará com ela e poderá a qualquer momento dá um palpite. Só é permitido dá um palpite em seguida perderá a cartela.

REGRAS DO JOGO

 Só poderá responder cada equipe na sua vez;

 A equipe que estiver com a ficha do palpite pode responder a qualquer hora, mesmo se não estiver na sua vez, em seguida perde a ficha;

 Não pode demorar mais de 15 segundos para responder.

Conforme Melo (2005, p.128) o lúdico é um importante instrumento de trabalho, o professor deve oferecer possibilidades na construção do conhecimento, respeitando as diversas singularidades. Essas atividades quando bem exploradas oportunizam a interlocução de saberes, a socialização e o desenvolvimento pessoal, social e cognitivo.

Os docentes devem possibilitar que o aluno tenha uma visão da química como uma disciplina que está amplamente ligada a maioria das coisas que ele faz, compra, usa, entre outros.

Ao ser apresentado essa proposta da produção dos jogos lúdicos como uma ferramenta auxiliar para o ensino, percebeu-se uma motivação dos acadêmicos e o interesse pela nova metodologia. Os alunos consideraram a utilização dos jogos um recurso inovador que ira ajudá-los no desenvolvimento das suas aulas, proporcionando um melhor relacionamento com os discentes. Segundo César Coll (1995) “metodologia ativa, é quando o aluno é protagonista e o professor um facilitador da aprendizagem, a relação de comunicação é recíproca entre professor e alunos.”

O jogo possibilita conhecer as dificuldades que podem vir a surgir levando o professor a revisar o assunto ministrado esclarecendo as dúvidas e fazendo com que o aluno aprenda brincando.

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9 4-CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nesta visão, é evidenciada a importância das práticas pedagógicas na formação inicial de professores de química, pois através delas, aprendem-se diversos recursos necessários para fazer a diferença no mercado de trabalho. Os futuros docentes obtêm um diferencial que é a sua metodologia de ensino através da fabricação de jogos lúdicos, tornando o ensino de química mais valoroso e atrativo.

A fabricação de jogos lúdicos levou os acadêmicos a enxergarem a importância de estudarem as práticas pedagógicas no curso de Licenciatura em Química. Os jogos possibilitam uma aprendizagem significativa além de ser uma forma de contextualização, deixando os docentes cientes de que devem inovar em sua metodologia de ensino. Geralmente, os alunos não enxergam com bons olhos os professores de química por inúmeros motivos, um deles seria pela metodologia de ensino tradicional. Mas através dos jogos, o professor pode quebrar esse paradigma e obter um melhor relacionamento com os alunos. Os jogos lúdicos têm gerado uma motivação dos professores nas suas aulas, ajudando também na formação inicial de docentes.

Alguns acadêmicos levaram os jogos desenvolvidos em sala para o Estágio Supervisionado II, disciplina obrigatória pela instituição. Relataram que os discentes ficaram encantados com o jogo e puderam fixar melhor o assunto ministrado. Observaram o entusiasmo e prazer no momento que o jogo foi aplicado, relataram que os discentes pediram para que haja uma repetição do jogo, pois é um método melhor de ensino. Os jogos podem proporcionar um momento diferente e levar os adultos a esquecerem seus problemas ocasionando um momento de alegria e de descontração, consequentemente, ajuda no desenvolvimento de ensino desses alunos e a relembrar alguns assuntos de forma inovadora, diferenciando da educação tradicional e rígida que tiveram no passado.

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5- REFERÊNCIAS

CABRERA,W.B; SALVI, R.A. A Ludicidade no Ensino Médio: Aspirações de Pesquisa numa perspectiva construtivista. In: ENCONTRO NOCIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, 5. Atlas, 2005.

CAMPOS, D. M. de S. Psicologia da aprendizagem. 19ª edição. Petrópolis: Editora Vozes,1986.

CANDAU,V.M. (org). Didática, currículo e saberes escolares. In TARDIF, Maurice. Os professores enquanto sujeitos do conhecimento: subjetividade, prática e saberes no magistério. Rio de Janeiro: DP&A,2002. 2ª Edição, p.140.

CNE. Resolução CNE/CES 8/2002. Diário Oficial da União, Brasília, 26 de março de 2002. Seção 1, p. 12.

COLL, César. Desenvolvimento Psicológico e Educação: Necessidades Educativas Especiais e Aprendizagem Escolar. Editora Artmed. Porto Alegre, 1995

MELO, M. R. As atividades lúdicas são fundamentais para subsidiar o processo de construção do conhecimento. Información Filosófica, v.2 (1), p. 128-137, 2005.

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