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A acessibilidade da web frente às necessidades dos usuários que não podem visualizar o seu conteúdo

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A acessibilidade da web frente às necessidades dos usuários

que não podem visualizar o seu conteúdo

Danielle de Souza Santos 1

Marcelo Franco Porto 2

Resumo. Este trabalho é uma pesquisa sobre o desenvolvimento de aplicações

via web mais acessíveis para pessoas com necessidades educacionais especiais, decorrentes de limitações sensoriais, cegos. O objetivo principal é desenvolver dois protótipos de um formulário de cadastro de dados pessoais, o protótipo I sem as diretrizes de acessibilidade da web e o protótipo II com as diretrizes. Logo depois submetê-los a testes de usabilidade com usuários cegos e não cegos e verificar o quanto são acessíveis e fáceis de utilizar.

Abstract. This work is a research on the development of accessible

applications saw Web for people with educational, decurrent special necessities of sensorial, blind limitations. The main objective is to develop two archetypes of a form of registers in cadastre of personal datas, archetype I without the lines of direction of accessibility of the Web and archetype II with the lines of direction. Soon later submitting them it tests of usability with blind and not blind users and verifying how much they are accessible and easy to use.

1. Introdução

A sociedade moderna está imersa em um grande universo chamado de “Sociedade da Informação”, onde a ciência e a tecnologia possuem uma presença marcante na vida do ser humano.

Diante de tantas novidades e inovações, é importante observar o quanto estes recursos tecnológicos se encontram acessíveis frente às necessidades humanas.

Em todo lugar do mundo, existem pessoas com certo tipo de necessidade [Rodrigues et al. 2001]. Portanto, sem uma tecnologia de acesso adequada, as pessoas ficam limitadas quanto à quantidade e a qualidade das informações, o que até mesmo impossibilita de utilizarem plenamente as potencialidades dos importantes meios de disseminação da informação [Rodrigues et al. 2001].

A internet hoje tem um papel muito importante a desempenhar na Sociedade da Informação. Ela tem como principal objetivo “romper” as barreiras de acesso existentes e possibilitar maior interação com este meio e torná-lo cada vez mais acessível e fácil de utilizar.

_____________________

1 Artigo baseado no trabalho de conclusão do curso de Sistemas de Informação - PUC Minas. E-mail de contato:

danissouza@yahoo.com.br

2 Professor da PUC Minas e orientador do trabalho de conclusão de curso. E-mail de contato:

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2. Era da Informação

A humanidade se encontra diante da Era da Informação [Baggio 2000], onde as barreiras arquitetônicas deixaram de ser o maior obstáculo encontrado principalmente pelas pessoas com necessidades educacionais especiais decorrentes de limitações sensoriais, cegos. Hoje, um grande obstáculo encontrado é o acesso à informação [Torres 2002].

Infelizmente os poderosos meios de comunicação conhecidos e utilizados pela sociedade ainda não estão acessíveis a todos. Em todo lugar do mundo, existem pessoas com necessidades diversas e com restrições diante do acesso à informação [Rodrigues et al. 2001].

A internet é considerada como um desses meios de disseminação da informação, que veio para ficar e já começou a alterar o comportamento da sociedade [Baggio 2000]. E principalmente fazer com as diferenças deixe de ser barreiras existentes na sociedade inclusiva.

O conceito de sociedade inclusiva é algo recente em nosso cotidiano, e surgiu a fim de aplicar essas tecnologias a processos diversos que irão contribuir para o fortalecimento de atividades econômicas, crescimento do nível educacional, interação entre grupos dentro de um contexto social, visando à disponibilidade da informação a todos e permitindo uma maior interação entre o meio que a torna disponível e o ser humano que possui o direito de adquiri-la [Cruz 2004].

Além disso, a sociedade inclusiva visa fortalecer as atitudes de aceitação das diferenças individuais e de valorização da diversidade humana [Sassaki 2003]. Existem também outros órgãos, visando à construção de uma sociedade da informação mais acessível, como por exemplo, o W3C (Web Content Accessibility Guidelines).

O W3C é o órgão responsável por guias mundiais relacionados com a Web. Em 5 de Maio de 1999 foi publicado o seu primeiro documento, material de referência internacional para a Acessibilidade na Internet. O documento tem o nome de "Diretrizes para a acessibilidade do conteúdo da Web 1.0" (Web Content Accessibility Guidelines

1.0) e pretende explicar como tornar o conteúdo da web acessível às pessoas com

necessidades especiais.

3. A internet e a sociedade

A Internet é formada por um conjunto de computadores interligados com protocolos e serviços em comum, propiciando aos usuários uma conexão e disponibilizando serviços de informação e comunicação [Cyclades Brasil 2001].

No Brasil, a internet chegou em 1988 através da FAPES (Fundação de Amparo à Pesquisa), UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e pelo LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica) [Cyclades Brasil 2001].

O Brasil é considerado como “um dos países com as maiores taxas de crescimento de uso da internet, possui um mercado de tecnologia da informação girando em torno de 15 bilhões de dólares por ano, sendo considerado um dos dez maiores mercados em termos globais.” [Ministério da Ciência e Tecnologia apud Ferreira et al. 2003].

Hoje grande parte da população possui acesso aos poderosos meios de disseminação da informação, que produz informação on-line a todo o momento.

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A internet inicialmente possuía um ambiente baseado somente em texto e não em um ambiente visual como é utilizado hoje. Atualmente ela se dispõe de vários tipos de mídia como Flash, Gifs, Real Áudio e outros [Holzchlag 2005].

O que antes era considerado uma limitação, ou seja, um ambiente somente em texto, hoje podemos considerar um ambiente acessível, permitindo aos leitores de tela transmitir facilmente todo o conteúdo textual em informações sonoras, e já a internet atual, com os diversos tipos de mídia disponíveis dificulta cada vez mais, ou até mesmo, limita a acessibilidade do seu conteúdo [Holzchlag 2005].

O JAWS (Job Access with Sound – Acesso a tarefas com som) é considerado um dos leitores de telas líderes do mercado e foi criado para auxiliar na interação dos usuários com a tecnologia [Deitel 2003 ]. Oferece uma tecnologia de voz sintetizada em ambiente Windows para acessar software, aplicativos e recursos na internet. É considerado como um sintetizador de voz integrado ao software, que utiliza a placa e as caixas de som do computador para fornecer as informações exibidas no monitor.

Segundo [Queiroz 2003], o JAWS é muito utilizado por cegos e até o momento, é o software que propicia melhor acesso à boa navegação das páginas da internet.

5. Acessibilidade e Usabilidade

Tornar o conteúdo da internet mais acessível pode ser considerado como, utilizar a linguagem de marcação HTML de forma a codificar significado no lugar de aparência, ou seja, fazer com que o conteúdo da página seja apresentado e compreendido por todos, principalmente quando se trata da utilização de leitores de tela para transmitir as informações textuais [Nielsen 2000] e com isso, aumentar a facilidade de acesso às informações.

A acessibilidade significa a qualidade de ser acessível e acessível é tudo aquilo que se pode chegar facilmente, fácil de se alcançar.

Um website acessível se diferencia dos demais, devido à aplicação de algumas normas, regras de acessibilidade e uma correta utilização da linguagem de marcação HTML.

Medir o nível de facilidade de uso de uma página da web é muito importante, tanto para os desenvolvedores, afim de avaliar o conteúdo desenvolvido, quanto para os usuários finais.

É possível avaliar o quanto o conteúdo é fácil de usar, verificar se as operações podem ou não serem realizadas em um tempo hábil e fornecer um retorno aos desenvolvedores para promover melhorias contínuas.

Se uma página da web é fácil de usar e acessível, significa que o usuário poderá navegar e consultar o conteúdo exposto com aprendizado rápido, memorização fácil e cometer menos erros durante as operações.

É muito importante que o desenvolvimento de um website seja centrado no usuário e a aplicação atenda as suas reais necessidades [Norman apud Ferreira et al. 2003].

5.1. Diretrizes de acessibilidade

O material de referência do órgão W3C (Web Content Acessibility guidelines), é um documento que possui diretrizes para tornar o conteúdo da web mais acessível para pessoas com necessidades especiais.

As diretrizes de acessibilidade visam assegurar uma transformação harmoniosa do conteúdo e torná-lo compreensível e navegável.

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Diretriz 1 :Tornar as imagens acessíveis através da disponibilidade de um texto que

transmita a finalidade da imagem utilizando o atributo alt [SOARES [19..][Documentos W3C].

O atributo alt é utilizado para fazer descrições das imagens, permitindo através do leitor de tela a transmissão do significado para os usuários que não podem enxergá-la [Holzchlag 2005].

Exemplo 1: Trecho do código em HTML sem texto explicativo <img src= “acessibilidade.gif” >

Exemplo 2: Trecho do código com texto aplicativo

<img src = “acessibilidade.gif” alt= “Símbolo da acessibilidade BRASIL” >

Se a imagem for apenas decorativa e não tiver nenhum significado importante é conveniente utilizar o atributo alt da seguinte forma:

Exemplo 3:

<img src = “agenda.gif” alt=“ ”>

Dessa forma, a seqüência de caracteres vazia indicará ao leitor de telas a pular a imagem [Nielsen 2000].

Diretriz 2 : Não utilizar apenas o recurso da cor para transmitir informações.

A diferenciação da informação somente através das cores é algo restrito e não permite aos leitores de tela transformá-la em informações sonoras [Documentos W3C].

Sendo assim, buscando uma maior facilidade de compreensão do conteúdo da página, é viável criar textos e gráficos que podem ser compreendidos mesmo quando não visualizados [Documentos W3C].

Diretriz 3:Tornar a apresentação do conteúdo mais clara.

Para tornar o conteúdo mais acessível é necessário codificar significado ao invés de aparência, ou seja, possibilitar que o browser apresente significado de forma otimizada à capacidade dos usuários [Nielsen 2000].

Segundo [Nielsen 2000],os textos são mais fáceis de acessar e lidos pelos leitores de tela se forem dispostos em HTML da seguinte forma:

Exemplo 1:

<H1> Para o cabeçalho superior.

<H2> Para as principais partes da informação dentro de <H1>. <H3> Para divisões mais sutis da informação.

Diretriz 4:Utilização do atributo title em links.

O atributo title permite adicionar títulos aos links com o propósito de transmitir mais textos explicativos ao usuário [Holzchlag 2005].

Exemplo 1:

<a href = “acessibilidade.html” title= “Diretrizes de acessibilidade” >

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Este atributo permite combinações do teclado que ao serem acionados executarão a operação sem a utilização do mouse.

O acceskey pode ser usado com elementos do tipo: a, área, input, button, textarea, label, legend e caption [Holzchlag 2005].

Exemplo1:

<p><a href = “http:// www.acessibilidade.com.br” acceskey = “A”>Acessibilidade (ALT + A) ></a></p>

Neste caso o link poderá ser acessado através das teclas ALT + A.

Diretriz 6: Utilização do atributo tabindex

O atributo tabindex permite adicionar uma ordem específica para o controle de links e formulários, caso não estejam em uma seqüência natural [Holzschlag 2005].

Também é um importante atributo usado para proporcionar um acesso mais rápido às áreas mais importantes da página.

Exemplo 1: Link

< a href = “acessibilidade.html” tabindex = “2”>Acessibilidade</a>

Exemplo 2: Formulários

<input type= “Submit” name = “Salvar” tabindex = “1”/> Deseja salvar as informações?

Diretriz 7: Fornecer a tabela de dados um resumo e uma legenda.

O elemento caption é usado para descrever o objetivo da tabela, e o atributo summary é usado dentro da tabela, com o objetivo de fornecer um resumo sobre a sua estrutura e finalidade [Holzchlag 2005].

Exemplo 1:

<table summary= “Formulário de cadastramento de dados pessoais” > <caption>Cadastro</caption>

O documento do W3C possui além das diretrizes citadas, diversas normas, especificações e outras diretrizes a serem aplicadas no conteúdo da web, a fim de torná-lo mais acessível e fácil de utilizar.

6. Experimento e resultados 6.1 Objetivo

A pesquisa é baseada no desenvolvimento de dois protótipos, Protótipo I e Protótipo II de um formulário de cadastro de dados pessoais, chamado então de AgendaWeb.

Para coletar os dados e alcançar resultados, se faz necessário, um estudo sobre a cegueira, as diretrizes de acessibilidade do conteúdo da web, a linguagem de marcação HTML, as implementações via web, os meios de disseminação da informação, a internet, o papel e a responsabilidade da sociedade chamada de “inclusiva”.

Os dados são obtidos através de aplicações de testes de usabilidade, verificando se os protótipos desenvolvidos atendem ou não às necessidades dos usuários, e também avaliando e validando a facilidade de utilização.

6.2 Protótipo I e II

A primeira etapa de desenvolvimento do formulário constitui na criação do protótipo I, sem utilizar as diretrizes de acessibilidade.

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O Protótipo I possui algumas características que o torna inacessível, quando é necessário utilizar apenas o leitor de telas para acessá-lo.

A segunda etapa se baseia na criação do Protótipo II aplicando as diretrizes de acessibilidade.

Já o Protótipo II possui algumas características que o torna mais acessível em relação ao Protótipo I, e principalmente quando é acessado utilizando apenas o leitor de telas.

Interface do protótipo I Interface do protótipo II

Características do Protótipo I:

- A página não possui título e informações iniciais sobre o seu conteúdo, de forma q possa ser transmitido ao usuário;

- As abreviações não possuem textos explicativos; - O formato da data não é apresentado ao usuário; - Os botões não possuem acesso via teclado através de atalhos;

- Utiliza recursos de cores para transmitir a informação.

Características do Protótipo II:

- A página possui título e informações iniciais sobre o seu conteúdo;

- O cadastro é dividido em módulos para facilitar a navegação;

- As abreviações possuem textos explicativos; - O formato da data é apresentado ao usuário; - Os botões possuem acesso via teclado através de atalhos;

- Não utiliza apenas recursos de cores para transmitir informação.

Figure 1. (a) Interface do protótipo I, (b) Interface do protótipo II

Logo depois, durante a terceira fase, os testes de usabilidade foram aplicados com usuários com perfis diferentes:

- Usuário 1 : Pessoa cega, utilizando apenas o teclado para a navegação e o leitor de telas.

- Usuário 2 : Pessoa cega, utilizando apenas o teclado para a navegação e o leitor de telas.

- Usuário 3 : Pessoa não cega, utilizando apenas o teclado para a navegação, o leitor de telas e o monitor desligado.

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Os leitores de tela JAWS e Virtual Vision realizam a interação entre o usuário e o computador, pois percorrem todos os campos do formulário apresentados via browser e transformam as informações textuais em informações sonoras.

6.3 Aplicação dos testes

Os testes de usabilidade se baseiam na observação dos usuários, enquanto elesinteragemcom a interface desenvolvida. Estes testes irão medir a facilidade de uso do protótipo I e II do formulário de cadastro de dados pessoais desenvolvido.

É fundamental que os próprios usuários realizem os testes, para que os desenvolvedores possam obter informações de como eles se interagem com o sistema e o quanto é fácil de ser utilizado [Nielsen 1993].

Os testes são baseados em dois cenários diferentes, com questionários de teste idênticos:

- O questionário de teste I é aplicado com o Protótipo I. O Protótipo I não possui nenhuma diretriz de acessibilidade, mas pode se acessado, porém possui um número menor de informações textuais e recursos que facilitam a navegação.

- O questionário de teste II é aplicado com o Protótipo II. O Protótipo II é o Protótipo I alterado, com a aplicação das diretrizes de acessibilidade.

Durante a realização dos testes, foi utilizado um questionário com algumas perguntas objetivas sobre a navegação, sendo aplicado um questionário para cada protótipo.

A coleta dos dados ocorreu através do preenchimento manual dos questionários, onde os usuários foram respondendo a perguntas citadas no quadro abaixo e o avaliador marcando as respostas.

Os questionários podem ser considerados como um recurso barato e rápido para avaliação e também possibilitam atingir um grande número de usuários [Preece 2005].

Os testes com os usuários permitem a avaliação do desempenho dos mesmos, durante a utilização do protótipo e também constituem um importante aspecto do design de interação [Preece 2005].

Algumas variáveis foram analisadas durante a aplicação dos testes e estão apresentadas no quadro abaixo:

Quesitos analisados 1. A página possui um título?

2. A página possui informações iniciais ou introdutórias sobre o seu conteúdo? 3. Existem textos explicativos que auxiliam a navegação?

4. As abreviações possuem textos explicativos?

5. Foi possível compreender o conteúdo da página utilizando o leitor de tela? 6. As informações foram transmitidas facilmente?

7. A tarefa foi realizada com sucesso? 9. O usuário solicitou algum tipo de ajuda?

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6.4 Análise dos resultados

A avaliação dos protótipos desenvolvidos é um requisito importante, a fim de medir o nível de acessibilidade de um website, saber como às informações estão dispostas para serem repassadas a um grande número de usuários, de forma igualitária e de maneira que todos possam acessar e absorver um conteúdo disponível.

O perfil dos usuários pesquisados foi também uma importante variável analisada durante a pesquisa, pois foi possível observar que quanto maior a freqüência de utilização da internet e do leitor de telas, maior é a facilidade de navegação.

Perfil dos Usuários

Usuários Cegos Não Cego

1 2 3

Sexo Masculino Masculino Feminino

Nível de escolaridade CompletoSuperior CompletoSuperior CompletoSuperior

Local onde acessa internet Casa Casa Casa e Trabalho

Utilização da internet Alta Baixa Alta

Frequência de utilização do leitor de telas Alta Alta Nunca utilizou Leitor de telas usado nos testes Jaws 6.10 Virtual Vision Jaws 6.10

Quadro 2. Perfil dos usuários

A tabela abaixo, apresenta os dados obtidos através dos questionários de testes I e II, a fim de obter informações com relação ao nível de acessibilidade referentes aos Protótipos I e II desenvolvidos durante a pesquisa.

Tabela 1. Questionário de teste de usabilidade

Quesitos Analisados

Usuários Cegos Usuário Não Cego Protótipo I Protótipo II Protótipo I Protótipo II Usuário

1 Usuário 2 Usuário 1 Usuário 2 Usuário 3 Usuário 3

Título 1 1 2 2 1 2

Informações iniciais 1 1 2 2 1 2

Textos explicativos auxiliares 1 1 2 2 1 2

Textos explicativos das abreviações 1 1 2 1 1 2

Compreensão do conteúdo da

página 1 2 2 2 1 2

Informações transmitidas facilmente 1 2 2 2 1 2

Tarefa realizada com sucesso 1 1 2 2 1 2

Ajuda ao usuário 2 1 1 2 1 1

1 = Não 2 = Sim

Foi possível observar durante os testes de usabilidade com o Protótipo I, que o nível de informações textuais referentes ao conteúdo da página é muito baixo, por isso a navegação se tornou mais difícil e com maior nível de erros.

Os campos com abreviações sem textos explicativos, como ocorre no Protótipo I, provocaram o maior número de erros, pois o usuário não consegue identificar o que é

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necessário inserir neste campo. Por exemplo, o campo da Unidade Federativa representado apenas pela sigla UF.

0 0,5 1 1,5 2

Teste de Usabilidade - PRO TÓ TIPO I

Usuário 1 Usuário 2 Usuário 3

1 = Não 2 = Sim

Figura 2. Teste de usabilidade – Protótipo I

O Protótipo I possui informações importantes que são representadas apenas por cores, como por exemplo “Os campos em azul são obrigatórios”. Esta informação não permite ao usuário identificar quais são os campos obrigatórios.

Pode se observar através do gráfico, que o Protótipo II, devido à aplicação das diretrizes de acessibilidade, possui o conteúdo mais acessível do que o Protótipo I, contendo um maior número de informações textuais e maior facilidade de navegação.

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0 0,5 1 1,5 2

Teste de Usabilidade - PRO TÓ TIPO II

Usuário 1 Usuário 2 Usuário 3 1 = Não

2 = Sim

Figura 3. Teste de usabilidade – Protótipo II

O campo menu de lista, como por exemplo Estado civil, também necessita de uma informação adicional como “Selecione a opção” para informar ao usuário que neste local existe uma lista de opções a serem selecionadas, como ocorre no Protótipo II.

Em resumo, foi possível observar através dos testes de usabilidade realizados com os usuários, que o Protótipo II com as diretrizes de acessibilidade da web fornece maior facilidade de navegação, maior compreensão, menor número de erros e maior facilidade de utilização, comparado com o Protótipo I, sem a aplicação das diretrizes.

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 A ce ss ib il id ad e 1 2 3 Usuários

Nível de acessibilidade dos Protótipos I e II

Protótipo I Protótipo II

3 = Baixa 4 = Média 5 = Alta

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7. Conclusão

Estar diante de uma sociedade cada vez mais exclusiva e personalizada é um fato, e, possibilitar a evolução do processo, tornando-a mais justa e inclusiva é algo almejado por muitos.

Portanto, reestruturar soluções tecnológicas e possibilitar a utilização de forma mais igualitária é uma maneira de contribuir para a evolução deste processo.

Através da pesquisa, foi possível notar o quanto é importante a forma de apresentação do conteúdo da web, tornando as informações mais acessíveis, fáceis de serem utilizadas, principalmente quando não é possível visualizá-las, mas que podem ser perfeitamente absorvidas e usadas por todos.

Segundo [Baranauskas et al. 2006] a computação está diante de um grande desafio: possibilitar uma cultura digital considerando as diferenças humanas frente à realidade brasileira.

A aplicação de diretrizes de acessibilidade da web é uma forma de aplicação de padrões que, acrescentados ao seu conteúdo, promovem maior facilidade de uso por aqueles que não podem visualizar o seu conteúdo e sem alterar em nada para aqueles que podem visualizar.

Em outras palavras, como pode ser mostrado na pesquisa, a acessibilidade da web depende de como o seu conteúdo foi programado para ser apresentado e existem formas de se fazer, de maneira que o mesmo possa ser compreendido, apresentado e utilizado mais facilmente .

A idéia também de tornar o conteúdo da web mais acessível é uma forma de aumentar o número de usuários que ainda não conseguem acessar o seu conteúdo, pois inúmeras são as barreiras às quais os impossibilitam de estarem conectados à grande rede de informações e de utilizarem para a formação educacional, trabalho, lazer e entretenimento.

Os recursos tecnológicos existentes possuem a capacidade de disponibilizar a informação a todos, permitindo uma maior interação entre a informação, o ser humano, que possui o direito de adquiri-la e o contexto onde está inserido, a sociedade.

8. Referências

Baggio, Rodrigo. A sociedade da informação e a infoexclusão. Ciência da Informação. Brasília, v.29, n.2, p.16-21, maio/ago.2000.

Baranauskas, M.Cecília C. et al. Acesso participativo e universal do cidadão brasileiro ao conhecimento. Computação Brasil, Porto Alegre, n. 23, p.7, 2006.

Cruz, Renato; Instituto Ethos de empresas e responsabilidade social. O que as empresas podem fazer pela inclusão digital. São Paulo: ETHOS, 2004. p.10.

Deitel, Harvey M. C#, como programar. São Paulo: Pearson Education, 2003. p.1074. Ferreira; Leite, Simone Bacellar Leal; Leite, Júlio César Sampaio do Prado. Avaliação

da usabilidade em sistemas de informação: o caso do sistema Submarino. Revista de Administração Contemporânea, Rio de janeiro, v. 7, n. 2, p.115-136, abr./jun. 2003. Holzschlag, Molly E. 250 segredos para web designers. Rio de Janeiro: Campus, c2005.

p.276-277:281-281:298.

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Nielsen, Jakob. Projetando Websites. Rio de Janeiro: Elsevier: Campus, 2000.416p. Cap.6, p.297-309.

Preece, Jennifer. Design de interação: além da interação homem-computador. Pôrto Alegre: Bookman, 2005. p.446:451.

Queiroz, Marco Antonio de. Como Fazer Acessibilidade nas páginas da WEB. I Seminário de Acessibilidade Serpro, 2003. Disponível em: <http://www.bengalalegal.com/acesso.php>. Acesso em: 28 ago. 2006.

Rodrigues, Andréa dos Santos; Souza Filho, Guido Lemos; Borges, José Antônio. Acessibilidade na internet para deficientes visuais. In: Workshop sobre fatores humanos em sistemas computacionais, 4, 2001, Florianópolis: UFSC, SBC, 2001.p.14 –24.

Sassaki, Romeu Kazumi. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 5. ed. Rio de Janeiro: WVA, 2003. p.164.

Torres, Elisabeth Fátima; Mazzoni, Alberto Angel; Alves, João Bosco da Mota. A acessibilidade à informação no espaço digital. Ciência da Informação, Brasília, v.31, n.3, p.83-91, set./dez.2002.

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