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Evolução dos Indicadores do Desenvolvimento Baseado em Conhecimento: Linha do tempo Rafael De Lucena Perini, Ana Cristina Fachinelli RESUMO

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Evolução dos Indicadores do Desenvolvimento Baseado em Conhecimento: Linha do tempo 1995 - 2019

Rafael De Lucena Perini, Ana Cristina Fachinelli RESUMO

O Desenvolvimento Baseado em Conhecimento é apresentado como uma novo modelo de desenvolvimento urbano, substituindo o modelo de desenvolvimento econômico baseado na manufaura e indústria exclusivamente. O presenta artigo tem como objetivo apresentar a evolução dos conceitos relacionados ao tema por meio dos autores que trabalharam formas de mensurar esta evolução, por meio de indicadores, modelos, frameworks e benchmarks. O método utilizado foi a revisão da literatura, na forma de um ensaio teórico, de artigos relevantes na área. E os resultados encontrados apontam para uma evolução qualitativa, apresentando um modelo mais baseado em indicadores subjetivos, mas mensuráveis que podem se relacionar ao desenvolvimento urbano, como o cidadão sendo o centro do desenvolvimento urbano e tendo preservação da natureza como principal objetivo deste novo modelo de desenvolvimento.

Palavras-chave: Desenvolvimento baseado em conhecimento. Indicadores. Cidades do

conhecimento.

1 INTRODUÇÃO

A temática relacionada ao Desenvolvimento Baseado em Conhecimento, (DBC) vem sendo discutida nos últimos anos por autores de referência internacional. O tema torna-se relevante atualmente em função das discussões acadêmicas e pela sociedade civil acerca das cidades. Temas como cidades inteligentes, cidades sustentáveis e cidades resilientes, estão surgindo em discussões internacionais por organizações importantes na área do desenvolvimento, como as Organizações das Nações Unidas, (ONU) por meio dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e também por organizações de certificação internacional como a International Organization for Standardization (ISO) com as normas relacionadas a cidades sustentáveis (37120), inteligentes(37122) e resilientes (37123).

Nesse sentido este trabalho tem o objetivo de analisar a evolução dos conceitos e indicadores relacionados ao DBC para que no futuro seja possível realizar uma compilação destes conceitos a luz dos ODS e das ISOs. Este trabalho é um estudo preliminar por meio de uma revisão sistemática do tema DBC que pretende fornecer subsídios para uma análise futura mais detalhada e uma possível compilação dos dados oriundos de todas as fontes já citadas.

A análise da evolução dos indicadores para o Desenvolvimento Baseado em Conhecimento parte do ano de 1995, até o ano de 2019.

2 DESENVOLVIMENTO BASEADO EM CONHECIMENTO

Foi elaborada uma linha do tempo para visualização da evolução da temática relacionada a indicadores do DBC.

2.1 INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO BASEADO EM CONHECIMENTO A discussão referente a indicadores e medidas para avaliar o conhecimento de uma cidade ou região para esta análise inicia com o trabalho de Knight, (1995) que apresenta um framework e uma metodologia conceitual para determinar e avaliar a base de conhecimento de

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uma cidade, seus recursos e culturas de conhecimento as competências básicas e os links locais de uma cidade. Foi observada também a necessidade de uma abordagem qualitativa para cidades industriais nos estados unidos sendo que o tema já estava em desenvolvimento na Europa.

A abordagem realizada por Knight trata da análise dos pontos fortes de uma cidade, suas principais características, bem como alguns indicadores qualitativos relacionados a presença de headquarters de grandes empresas, a concentração de organizações públicas e privadas, bem como organizações internacionais não governamentais. Nesta abordagem também são consideradas empresas relacionadas a ciência e tecnologia, universidades, comércios, bancos, institutos de arte e cultura, bibliotecas entre outros.

Para o autor, estas variáveis são dividias em dois fatores, os que afetam a integridade do conhecimento e os que impactam na liveability da cidade.

As condições necessárias para considerar a cidade como referência em conhecimento são: que o conhecimento seja percebido como um valor, uma riqueza para a comunidade; a contribuição dos trabalhadores do conhecimento deve ser percebida pela comunidade; os recursos e a natureza do conhecimento devem ser reconhecidos como bens públicos; que os recursos de conhecimento são pensados em termos regionais; a prioridade é sempre melhorar a infraestrutura de conhecimento; todos os membros da sociedade devem ter acesso a carreiras na área do conhecimento; a cidade deve promover centros de excelência; deve existir um foco em incentivos e mecanismos que favoreçam o investimento local baseado em conhecimento inclusive por meio de filantropia; os agentes devem ter uma visão de futuro que considere o papel crescente do conhecimento e a visão cívica não seja restrita pelas capacidades atuais e que a liderança cívica possua uma consciência desenvolvida.

No ano de 2002, Dr Javier Carrillo apresenta o sistema de capitais que seria o terceiro nível no Desenvolvimento Baseado em Conhecimento, após a distribuição do capital instrumental, o desenvolvimento do capital humano chegando assim ao desenvolvimento do sistema de capitais. O sistema de capitais surge como o objetivo de superar a dicotomia entre o capital intelectual e o capital contábil, procurando sistematizar e apresentar um constructo geral de capitais. Sendo os capitais uma forma de ordenar a preferência coletiva de um sistema de atividades humanas. Os capitais estão divididos em subcategorias. O Sistema de capitais foi apresentado como uma ferramenta de categorização para identificar as relações entre o conjunto de elementos que ao interagirem com um sistema passam a criar valor. É um sistema criado como alternativa aos indicadores existentes já consolidados como o PIB, IDH entre outros. (CARRILLO, 2002)

Em 2002, Lever buscou correlacionar a criação de conhecimento com crescimento econômico utilizando medidas de pesquisa e desenvolvimento. Foi incorporado como indicador de conhecimento o número de pesquisas e estabelecimentos de pesquisa por milhão de habitantes ou trabalhadores que fazem parte deste setor. Segundo Lever ainda, a presença de organizações com foco no conhecimento em um ambiente urbano local facilitaria a disseminação do conhecimento. Este estudo considera também a conectividade da região por meio de aeroportos, feiras e exibições. O estudos realizados por Leve, apontam, após a realização de algumas regressões que localidades com mais feiras e eventos explicam o Desenvolvimento Baseado em Conhecimento, bem como aponta a existência de um alto nível de correlação entre o tamanho da população, renda per capita, níveis de locações, transportes e clima também com as medições relacionadas a inovação. Outro indicador que surge da pesquisa é relacionado ao número de universidades e o índice de publicações em jornais acadêmicos de referência. (W. F. LEVER, 2002)

Já Katia Passerini em 2003 procura identificar metodologias adotadas por instituições internacionais de desenvolvimento para avaliar a maturidade do conhecimento no nível macroeconômico de uma nação, ela utiliza um framework que integra modelos de indicadores

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adotados internamente nos países. O modelo utilizado por Passerini está baseado no KAM (Knowledge Assessment Methodology) estabelecido pelo World Bank em 2002. Estes indicadores consistem em variáveis normalizadas que representam as medidas de performance de economias do conhecimento. Passerini apresenta desta forma seis funções fundamentais a serem observadas em sociedades do conhecimento: 1. Motivação para adotar atividades baseadas em conhecimento, 2. Criação do conhecimento teórico e aplicado, 3. Acesso ao conhecimento por meio da tecnologia e infraestrutura, 4. Capacidade de assimilação da tecnologia, 5. Difusão da tecnologia para toda população e 6. Capacidade de transformar em resultados positivos para a economia também com benefícios sociais. Passerini agrega a estes indicadores a necessidade de se trabalhar a metodologia conhecida por NKA (National Knowledge Assessment) que integra esforços de diálogos mais abrangentes. Apesar da abordagem de Passerini estar mais voltada a análise organizacional, o framework desenvolvido a partir da integração do KAM e o NKA, permite identificar índices robustos e validados por instituições internacionais para análise do DBC. (PASSERINI, 2003)

O professor Dr Javier Carrillo em 2004, aprimora o Sistema de Capitais direcionando para as regiões urbanas, surgindo como uma ideia disruptiva para contribuir na análise das cidades industriais e aprofunda a discussão referente ao capital intelectual e aos ativos intangíveis buscando sua caracterização e assim capitalizando-os. Na busca por indicadores compreensíveis pela população são definidos critérios de completude e consistência e sugerindo uma maior homogeneidade nos dados. Desta forma ficam definidos assim os capitais divididos em Meta capitais (referenciais, de articulação, humano, coletivos e capacidades evolutivas) os Capitais Instrumentais tangíveis (ambientais e de infraestrutura) e instrumentais intangíveis (instituições públicas, instituições privadas, plataformas de informação e bases de dados). (CARRILLO, 2004)

O trabalho de Maria del Rosario Gonzales, José Antonio Alvarado Marques e Samuel David Martínez Salomón, (DEL ROSARIO GONZÁLEZ OVALLE; ALVARADO MÁRQUEZ; MARTÍNEZ SALOMÓN, 2004) contribuiu com a apresentação de uma lista de dimensões e de indicadores relacionadas ao DBC. Este trabalho apresenta indicadores apresentados em iniciativas em todo mundo por cidades que já adotaram o conceito de cidades do conhecimento. O resultado foi a apresentação de atributos relacionados a: criação de melhores oportunidades de empregos que podem agilizar o aumento da renda da comunidade; a busca por uma economia mas sustentável; a promoção do empreendedorismo e inovação; a busca da conexão entre a universidades empresas e a classe criativa; o desenvolvimento da indústria criativa; tornar acessível os instrumentos de conhecimento da cidade; acesso a novas tecnologias de comunicação conectando os vários agentes municipais e proporcionando assim uma maior inclusão digital por meio de um design urbano mais acessível a estas tecnologias e por fim com relação a questão ambiental aperfeiçoar a capacidade de preservar e reparar o meio ambiente criando uma comunidade comprometida com as questões ambientais.

Em 2006, Ergazakis, Metaxiotis, Psarras, e Askounis desenvolveram a abordagem metodológica chamada KnowCis (Knowledge Citites) que se baseia em uma análise inicial de forças e fraquezas de uma região. Tem como identificar e avaliar quais são as características únicas de uma cidade, suas competências em comparação a outras cidades e quais os potenciais para uma cidade se diferenciar. A abordagem prevê a análise sob a perspectiva de nove direcionamentos estratégicos que são: SD1- Promoção do conceito de cidade do conhecimento, SD2- Suporte e melhoria nos processos internos da cidade, SD3- Melhoria na infraestrutura de tecnologia e comunicação, SD4- Certeza da participação equalitária de todos os cidadãos, SD5- Suporte a pesquisa e inovação e empreendedorismo, SD6- Setor público engajado para sustentar o conceito, SD7-Fortalecimento da sinergia entre os atores sociais, SD8- Busca de capital humano competente e SD9- Melhoria do caráter inclusivo, internacional e multiétnico da cidade. Estes direcionamento estratégicos são definidos para contribuir para a busca dos

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objetivos estratégicos (Aumento da intensidade do conhecimento: grau de produção de conhecimento, velocidade da assimilação e uso de novos tipos de conhecimento, escopo da circulação do conhecimento, democratização do conhecimento, reforço do ambiente de negócios, busca da inclusão digital, ambientes urbanos mais sustentáveis, e a criação de um plano de ação detalhado). Segundo os autores, além de uma análise quantitativa dos objetivos definidos, é recomendável também uma avaliação qualitativa, por meio da análise de agentes que serão investigados quanto aos diferentes projetos e ações em implantação.

Chen & Dahlman, em 2006 discutem a importância do conhecimento para o crescimento econômico de longo prazo a partir de um framework da economia do conhecimento, que apresenta a necessidade de investimentos sustentáveis em educação, inovação, tecnologias de informação e comunicação e um ambiente econômico voltado para aumentar o uso e a criação de conhecimento na área econômica resultando em um crescimento econômico sustentável. Desta forma facilitando os países que buscam fazer a transição para a economia do conhecimento. Este trabalho apresenta o KAM (Knowldege Assessment Methodology). Que apresenta o framework onde os investimentos nos pilares da economia do conhecimento permitem o acesso ao conhecimento e seu uso efetivo na produção econômica. O KAM se baseia nos quatro pilares da economia do conhecimento que são: i. incentivos econômicos a partir de políticas públicas para estimular a criatividade e inovação; ii. Trabalhadores habilidosos e com boa formação e em constante evolução; iii. Um sistema efetivo de inovação com empresas, centros de pesquisas, universidades e outras instituições que possam contribuir; iv. Uma estrutura moderna e adequada de informação e comunicação. O sistema KAM apresenta uma estrutura de análise composta por duas variáveis de performance, e 12 variáveis de conhecimento.

Katia Passerini em 2007 (PASSERINI, 2007) faz uma revisão de seu modelo (KAM) apresentado em 2003, nesta revisão ela sugere que sejam considerados métricas internacionais interdisciplinares e parcerias internacionais para de fato padronizar os modelos que definem o crescimento baseado no conhecimento. Foi identificado consenso entre pesquisadores de que os padrões financeiros e quantitativos precisam ser complementados com análises qualitativas e por triangulação. Enquanto os padrões são definidos internacionalmente, é necessário ter em mente que os indicadores devem ser altamente acessíveis e com resultados facilmente interpretados, um modelo exemplar de fácil usabilidade é o do Banco Mundial. No ano subsequente, Katia Passerini (PASSERINI; WU, 2008) complementa seu estudo introduzindo o conceito de megacomunidades representando grupos multilaterais de stakeholders que trabalham para a resolução de problemas sociais e ambientais em larga escola. Esta sugestão se dá em função do ambiente maior se mais possível de encontrar a implantação de infra estrutura de tecnologia nas cidades, principalmente relacionadas a broadband Technologies. Foi feita uma análise do quanto a infraestrutura de tecnologia e comunicação chegando a conclusão que informação e comunicação são chaves para as iniciativas relacionadas a tecnologia e a criação de conhecimento compartilhado, proporcionando espaço que

Em 2007, Baum e seu grupo, trazem para a discussão a questão da qualidade de vida que deve ser proporcionada a partir do Desenvolvimento Baseado em Conhecimento, apresentando as dimensões da qualidade urbana, oriundas de Florida, 2002, Llewelyn, 2006 e Clark, 2003, onde apresentam um framework que evidencia escalas de impacto na comunidade local e na cidade em geral, a qualidade dos ambientes naturais ou construídos e também a qualidade dos atributos subjetivos da cidade. São agregados neste estudo indicadores relacionados a caminhabilidade, áreas verdes, qualidade ambiental bem como espaços culturais e educativos (Baum, et al. 2007).

Em 2009, Carrillo traz para a discussão questões relacionadas a demarcação baseada no mapeamento e equilíbrio do capital de conhecimento coletivo, juntamente com uma demarcação baseada na territoritalidedade, na discrição e na intensidade do conhecimento, que

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ajudaria na caracterização e gerenciamento de todas as categorias do DBC. Esta demarcação foi formada por categorias conceituais como modelos e unidades de análise, com como categorias práticas, como políticas, programas, publicações e eventos. (CARRILLO, 2009)

Van Winden em 2012, apresenta políticas para o desenvolvimento de um modelo voltado ao conhecimento no planejamento urbano, para isto aponta alguns indicadores de envolvimento das cidades, como o nível de esforço generalizado para atrair trabalhadores do conhecimento, envolvimento de institutos do conhecimento no planejamento e desenvolvimento urbano uma abordagem explícita baseada no conhecimento para o planejamento urbano e esforços para definir a identidade de cidade do conhecimento. Para isto os indicadores utilizados passam a ser os relacionados a classe criativa definida por Floryda 2000, que seriam as pessoas com graduação e pós graduação como direcionadores do crescimento. Instituições de ensino são agentes importantes para as políticas e o planejamento urbano. E também os formatos com que os espaços urbanos estão definidos pelo planejamento urbano. Para mensuração destes indicadores, o investimento em pesquisa e desenvolvimento e em instituições de pesquisa apresentam os indicadores econômicos. Os autores apresentam uma preocupação também para que a imagem relacionada ao conhecimento não passe a ser associada a uma imagem de uma cidade elitizada pelo conhecimento. (VAN WINDEN, 2010)

Carol Webb (2008) sugere que sejam coletadas informações que identifiquem gaps por meio de questionamentos que conectem os resultados de relacionamentos distantes entre negócios diferentes ou organizações diferentes, explorando principalmente o capital social e as redes de conhecimento de cada cidade. O objetivo deste estudo foi ter um entendimento profundo do capital social e das redes de conhecimento, e para isto foi utilizada uma pesquisa com representantes conectados a organizações, grupos e redes que fazem parte da cidade. Com isto foi possível identificar cinco dimensões de análise relacionadas ao capital social e ao ambiente de conhecimento, que são: a participação social, a participação civil, as redes de suporte social, a reciprocidade e confiança e as visões locais da área. Todas estas dimensões são associadas a indicadores específicos, como número de grupos sociais, voluntariado, eventos entre outros. , (WEBB, 2008)

Sharma (2010) se debruça sobre os estudos de uma sociedade do conhecimento, apresentando um framework de 10 dimensões que abordam questões políticas, econômicas, sociais e tecnológicas, descrevendo a evolução de uma sociedade específica. Estes indicadores abordam questões de índice de desenvolvimento humano, scores de tecnologia, scores de competitividade. Foi realizada uma análise de correlação entre os indicadores para identificar a força destas correlações. Assim foi construído um framework PEST (político, econômico, social e tecnológico) sendo observados também os indicadores do banco mundial, e que sugerem uma categorização em 5 grandes grupos: Cultura, Coesão social, Dotação de Valores, organização industrial e liderança governamental (SHARMA; CHANDRASEKAR; VAITHEESWARAN, 2010).

A abordagem de Fernández-Maldonado & Romein, (2010) trata da importância da busca de consenso entre os parceiros regionais para elaborar e desenvolver uma visão compartilhada do desenvolvimento. Neste caso o estudo que teve como base a cidade de Eindhoven e sua reconversão industrial, contou com uma sinergia regional possível em função da qualidade das organizações regionais. Como resultado também foi possível afirmar que para considerar um resultado sustentável baseado no conhecimento, é necessário um equilíbrio entre a qualidade econômica que depende de um ambiente propício para os negócios, uma qualidade socio-espacial que depende de um ambiente propício para as pessoas, qualidade organizacional que depende do nível de interação entre governo, universidade e indústria para proporcionar projetos concretos. O resultado positivo só é garantido a partir do suporte da sociedade local.

Em 2007 Tan Yigitcanlar e colegas, passam a discutir a capacidade das cidades em atrair as pessoas para ambientes voltados ao conhecimento, com algumas características únicas para

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esta atração como parte inicial do processo de transformação das matrizes econômicas, estes atrativos estão relacionados com escolas, atendimento a crianças, sistema de saúde, espaços de arte; lugares históricos e moradias acessíveis. (YIGITCANLAR; BAUM; HORTON, 2007)

Em 2008 Professor Tan Yigitcanlar discute sobre a necessidade de que os administradores das cidades passem a orquestrar e alinhar ações de engenharia voltadas a formação de cidades do conhecimento por meio do planejamento econômico, socio cultural, e estrutural. Por este motivo foi criado o KBUD (Knowledge Based Urban Development), e foi utilizado em muitas partes do mundo. Muitas cidades passaram a utilizar o conhecimento, a inovação e a criatividade como chaves para o seu desenvolvimento econômico, buscando assim ajustar suas estratégias internas buscando o modelo do Desenvolvimento Baseado em Conhecimento. O KBUD é uma estratégia de gestão aplicável aos assentamentos humanos, se tornando uma estratégia poderosa de sustentabilidade econômica na busca de um desenvolvimento de cidades em um período pós industrial. Para que isto aconteça, algumas estratégias são necessárias, para a construção de cidades criativas e do conhecimento, que seriam: (a) vontade política e social e governança; (b) visão estratégica de longo prazo; (c) criação de agências para promover o KBUD; (d) suporte financeiro para investimentos; (e) caráter internacional e multicultural da cidade; (f) criação de engenhosidades urbanas inovadoras; (g) universidade com excelência em pesquisa; (h) portal metropolitano na internet E-Government, E-Democracy ; (i) criação de valor para os cidadãos; (j) qualidade de vida; (k) acesso a tecnologias de comunicação. (YIGITCANLAR, 2008)

Ainda em 2008, Tan Yigitcanlar traz para a discussão o papel das Universidades em países em desenvolvimento, como hubs de conhecimento que exercem uma forte influência na vitalidade intelectual da cidade a qual estão inseridas (YIGITCANLAR; SARIMIN, 2008). Em 2010, Tan Yigitcanlar reforça a importância sócio-econômica da produção de conhecimento e trata isso como uma possibilidade de pesquisas para estudos relacionados a geografia das regiões. Desta forma o KBUD Knowledge Based Urban Development se apresenta como forma de analisar o papel da comunidade do conhecimento e os instrumentos que são fundamentais para a produção de conhecimento em cidades. O KBUD necessita uma forte estratégia de desenvolvimento econômico envolvendo desde o conhecimento técnico para inovação, serviços urbanos e conhecimento de mercado. Bem como requer um sistema educacional efetivo e estratégias de desenvolvimento de habilidades com o objetivo de melhorar a formação dos residentes e empregados como forma de desenvolvimento social, humano e intelectual. Para isto é necessário a melhora na qualidade de vida por meio do fornecimento de serviços e investimentos na construção de sistemas de capital humano, social e intelectual. O KBUD também necessita uma relação espacial forte entre os clusters que fazem parte do sistema, permitindo assim a expansão de regiões urbanas criativas que suportem os links entre estes clusters. Por fim o KBUD necessita uma organização institucional que supervisione o desenvolvimento, esta instituição ou governo necessita ser transparente, democrática e visionária equipada com uma capacidade estratégica de organização. Além disto é fundamental a liderança e a participação de autoridades públicas por meio de estratégias de longo prazo além de recursos para as decisões de políticas públicas. Para o desenvolvimento do KBUD são necessárias algumas camadas, que são: (a) a base de conhecimento, (b) estrutura industrial, (c) qualidade de vida, (d) a diversidade urbana e mix cultural, (e) acessibilidade, (f) igualdade social e inclusão e (g) grande escala. (YIGITCANLAR, 2010).

Tan Yigitcanlar, (2011) Apresenta um estudo de posicionamento do DBC, que discute as bases conceituais para as cidades na busca de potenciais alterações, desafios e oportunidades que possam não ter sido consideradas previamente. Neste caso o KBUD é considerado o novo paradigma do desenvolvimento na era do conhecimento, sendo o objetivo final produzir nas cidades um propósito determinado a encorajar e permitir a produção e circulação de trabalhos abstratos. O KBUD traz para a discussão a prosperidade econômica e sustentabilidade

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ambiental com uma justa ordem socioespacial para as cidades, estabelecendo assim uma economia segura para os assentamentos humanos. O KBUD pode se visto como um novo paradigma composto por quatro áreas de desenvolvimento – econômico, socio-cultural, urbano-ambiental e de desenvolvimento institucional, que formam assim os quatro pilares (econômico, social, ambiental e de gestão).

Já, Casaleiro, (2011) explora em seus estudos o papel das instituições científicas nas transformações econômicas e no desenvolvimento da cidade de Coimbra, na busca da criação de uma cidade do conhecimento. Como resultados é evidenciada a necessidade de implementar políticas e estratégicas que busquem a cooperação e a participação entre governos, instituições científicas e empresas da cidade e da região. O caso estudado evidencia a oportunidade de universidades de médio porte impactarem no Desenvolvimento Baseado em Conhecimento de cidades médias.

Também em 2011 Ergazakis e Metaxiotis aprimoram o conceito elaborado em 2006 do KnowCis com novas características inovadoras, fornecendo insights sobre a necessidade das autoridades locais de projetar estratégias de desenvolvimento sólidas, buscando desenvolver uma abordagem mais voltada para o cidadão. O principal objetivo do upgrade deste conceito KnowCis 2.0 é dar suporte aos governos locais no processo definir intervenções que sejam centralizadas no cidadão e seus diferentes contextos. Este modelo possui a vantagem de ser facilmente justado e adaptado às necessidades das cidades de diferentes tamanhos e contextos. (ERGAZAKIS; METAXIOTIS, 2011)

O trabalho de Garcia, (2012) apresenta avanços nas aplicações práticas de modelos colaborativos para métricas de modelos de Desenvolvimento Baseado em Conhecimento. É apresentado o sistema MAKCi que é retratado como uma busca na área da métrica do DBC, que promove um espaço gerador de conhecimento através da experiência conectada de uma comunidade global em rede. A contribuição deste trabalho é no sentido de utilizar uma rede coletiva global para a geração das métricas de Desenvolvimento Baseado no Conhecimento (DBC) (GARCIA, 2012)

O estudo de Batra, Payal, & Carrillo, (2013) explora o desenvolvimento de um framework do capital de conhecimento, para vilas na Índia, por meio de análise fatorial exploratória e os resultados apontam que é viável encaminhar o desenvolvimento de uma estrutura específica de DBC que possa capturar os processos relacionados ao conhecimento em níveis menores como vilas ou cidades. Para isto foram selecionados indicadores com solidez analítica para as medições. Os resultados do estudo apontam para a necessidade de políticas de intervenção associadas ao capital identidade como a acessibilidade; variáveis relacionadas ao capital financeiro como recursos, receitas e estrutura física e fiscal para pagamento de investimentos; variáveis relacionadas ao capital humano como como a educação e desenvolvimento de habilidades e estrutura de saúde; e variáveis relacionadas ao capital relacional, como o senso de comunidade, a população economicamente ativa, coesão social e inclusão de gênero. (BATRA; PAYAL; CARRILLO, 2013)

O estudo de Fachinelli Carrillo e D´Arisbo, (2014) procura avançar no uso do sistema de capitais como uma ferramenta de criação de valor por meio da identificação do sistema de capitais de uma cidade brasileira, e suas capacidades de se tornar uma cidade do conhecimento. Este trabalho foi realizado buscando a convergência do sistema de capitais com o modelo de economia criativa. Este estudo mostrou a possibilidade de adotar o generic capital system e os conceitos de economia criativa para ambientes locais em especial no contexto cultural. A contribuição deste trabalho também é com relação ao conceito de que a economia criativa não deve ser baseada somente em indicadores econômicos e que necessita uma atenção especial nos indicadores intangíveis. A cidade do conhecimento é um lugar onde o conhecimento é constantemente criado, tem excelência em pesquisa e sustenta um fluxo de novos conhecimentos, investindo constantemente em desenvolvimento de capital humano e na atração

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de imigrantes qualificados além de ser inovadora nas áreas tecnológicas, organizacional e institucional. Como forma de proporcionar este ambiente é necessária a formulação de políticas para a economia criativa e também um mapeamento setorial a fim de sensibilizar a importância não só do crescimento econômico do setor, mas também como uma política de inclusão social e cultural. (FACHINELLI; CARRILLO; D’ARISBO, 2014)

Em 2014, Tan Yigitcanlar apresenta um artigo que tem como objetivo introduzir uma nova metodologia de avaliação de desempenho que seria o modelo de avaliação do desenvolvimento baseado no conhecimento a partir da aplicação do modelo em um estudo internacional de desempenho de cidades do conhecimento. Sob o ponto de vista da perspectiva institucional do desenvolvimento das políticas do KBUD o objetivo principal é democratizar e humanizar o conhecimento, institucionalizando processos de aprendizagem interdisciplinares com as organizações baseadas em conhecimento orquestrando este desenvolvimento. Vinte e sete indicadores foram selecionados de fontes internacionais variadas, como por exemplo, A.T Kerney, Gloval Cities Index, UN-HABITAT´s Governance Index and World Banck´s Knowledge Economy Index. Este nova metodologia representa a lógica contemporânea multivariada da análise do KBUD. (YIGITCANLAR, 2014)

Fachinelli, Giacomello, e Larentis, (2015) Apresentam um estudo onde é feita uma correlação entre as categorias do sistema de capital e os impactos no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O objetivo foi identificar o impacto das categorias do sistema de capitais no IDH, usando para isto a amostra de 150 cidades brasileiras e a correlação entre os capitais. Como resultado foram encontrados os capitais com maior impacto no IDH, que foram os relacionados ao ambiente educacional, produção, e aspectos sociais e ambientais do capital individual, o fator de empregabilidade dentro do capital financeiro, as estruturas orgânicas dentro do capital humano coletivo e a coesão social no capital relacional.

A pesquisa realizada por Garcia, 2015, traz para a discussão o a exploração das dimensões do capital social expressas na cidadania, representadas pela resiliência, participação, associatividade, tolerância e solidariedade, como uma perspectiva para o sistema de capital social urbano. Esta abordagem é relevante pois permite a inclusão da dimensão social nas redes e seu papel nas integrações social e na coesão social. A construção do perfil de cidadão do conhecimento é caracterizada pela presença ou ausência de trabalhos voluntários, associativismo, governança colaborativa, tolerância, solidariedade, cooperação e resiliência. A autora apresenta os conceitos de integração social que é referente a performance do cidadão quanto ao contexto social e o conceito de coesão social, que se refere a visão compartilhada na busca de desenvolver uma identidade comum, a partir da solidariedade e relacionamento de indivíduos e grupos. (GARCIA, 2015)

Em 2016 Esmaeilpoorarabi e Yigitcanlar, desenvolvem um estudo que trata a questão dos impactos na qualidade urbana por diversos fatores nos espaços regionais, urbanos e nos níveis locais. O estuo faz uma investigação das características das medidas de qualidade em diferentes escalas. O KBUD traz a prosperidade econômica e sustentabilidade ambiental como uma ordem socio-espacial para as cidades, estabelecendo uma economia segura em um cenário urbano sustentável. A qualidade urbana pode ser definida pela habilidade das cidades de atrair e reter seus residentes, trabalhadores e indústrias. Um novo índice do sistema de capitais é apresentado por meio de uma combinação holística entre meio ambiente, e capitais de conhecimento, financeiros, institucionais, sociais, culturais humanos e de identidade. A qualidade de vida passa a ser considerada um dos principais objetivos das políticas urbanas e de desenvolvimento das cidades. O estudo sugere uma visão holística para avaliação da qualidade urbana, não somente como uma questão multidimensional, mas também como um fenômeno escalar, combinando indicadores regionais e locais. (ESMAEILPOORARABI; YIGITCANLAR, 2016)

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avanços nas questões sociais relacionadas ao Sistema de Capitais, e tem como objetivo validar uma escala para medir a percepção dos construtos do Sistema de Capitais. Os resultados indicam a possibilidade de integração da perspectiva integrada de valor da vida social. O Estudo pode ser considerado um dos pioneiros quando se trata da análise do Sistema de Capitais sob a perspectiva do cidadão. Como conclusão é possível afirmar que a busca por indicadores e métodos como parte das pesquisas em cidades do conhecimento, deve passar a considerar a participação do cidadão. (FACHINELLI et al., 2017).

Em 2018 um estudo realizado na cidade de Florianópolis por Tan Yigitcanlar e seu grupo de pesquisa contribui com a constatação que o planejamento municipal de curto prazo precisa procurar soluções para problemas mais urgentes relacionados a conservação ambiental, segurança pública, mobilidade urbana e melhorias de infraestrutura sendo necessário serem soluções inovadoras e sustentáveis. (YIGITCANLAR et al., 2018)

Por fim a pesquisa de Marchetti, Oliveira e Fiqueira (2019), propõe um modelo de indicadores inovador valorizando dimensões que anteriormente não haviam sido consideradas relevantes. Os autores sugerem que as cidades latino-americanas devam utilizar modelo próprio para mensurar sua sustentabilidade, que considerem as particularidades da região sem serem influenciados por modelos de regiões desenvolvidas, evitando o risco de usar uma ferramenta inadequada. O artigo conclui que cidades inteligentes são cidades em que as pessoas são movidas pela política e possuem o desejo de participar nos processos, onde a infra estrutura geral atende as necessidades diárias do cidadão por meio de equipamentos urbanos e alta tecnologia. O cidadão passa a ser objeto central no planejamento da cidade e que deve ser permitido a ele usufruir de toda a estrutura, ajudando a promover a integração do espaço urbano, proporcionando um ambiente sustentável e agradável, nivelando a atratividade, competitividade e bem estar da cidade. A pesquisa aponta que os modelos do hemisfério norte destinados a captar os esforços de sustentabilidade não são designados para identificar a falta de infraestrutura, principalmente em serviços primários, que são muito comuns nas cidades latino americanas. (MARCHETTI; OLIVEIRA; FIGUEIRA, 2019)

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O presente artigo foi desenvolvido utilizando o método de ensaio teórico, que consiste na defesa de uma ideia ou visão original de algo, podendo apresentar um novo viés, uma nova abordagem, nova característica, qualidade ou problema do objeto de interesse (Michel, 2015).

Com este ensaio, pretendeu-se gerar as próprias conclusões para as reflexões anunciadas inicialmente em forma de questionamentos. Assim, este estudo direciona a reflexão para pensar a realidade do tema em discussão.

A análise da evolução dos indicadores para o Desenvolvimento Baseado em Conhecimento parte do ano de 1995, até o ano de 2019. Foi realizada uma análise considerando o tipo de abordagem realizada com relação aos indicadores, sendo possível identificar escalas, indicadores, frameworks, plataformas e benchmarks, todos relacionados a identificação e qualificação de cidades do conhecimento.

Foram utilizados pare esta análise artigos da base de dados Scopus e Wos que abordavam a temática do KBD, e dentro desta temática foram identificados artigos que tratavam de indicadores, medidas, frameworks modelos e suas variações.

A análise resultou em uma seleção de 31 artigos distribuídos da seguinte forma:

Período QTD

1995 - 2000 1

2001 - 2005 5

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2011 - 2015 8

2016 - 2020 3

4 RESULTADOS, DISCUSSÕES E IMPLICAÇÕES

Com relação as análises das publicações, é possível observar que a partir de 2006 o volume de trabalhos é significativo na área de desenvolvimento de escalas e indicadores para avaliar as cidades, sendo que 80% das publicações relevantes se concentram de 2016 até 2020. Os autores que mais se destacam nesta análise foram Tan Yigitcanlar, com participação em 8 artigos, Javier Carrillo participando em 5 artigos, Katia Passerini em 3 artigos e Kostas Ergazakis, Kostas Metaxiotis e Ana Cristina Fachinelli com participação em 2 artigos.

Neste sentido foi elaborada uma linha do tempo para visualização da evolução da temática relacionada a indicadores do DBC (figura 1). É possível identificar a partir da análise da evolução dos conceitos e indicadores do DBC que a partir de 1995 a análise do desenvolvimento das cidades passa a ser definida a partir da evolução do modelo de desenvolvimento econômico. Esta evolução passa por um modelo inicial baseado na manufatura e desenvolvimento tecnológico para um modelo de desenvolvimento baseado na criatividade e no conhecimento. Isto é possível a partir da disponibilização dos dados que é possível obter atualmente, com bases de dados abertas de fácil acesso. Este trabalho tem como objetivo apontar alguns caminhos definidos pela literatura no sentido de definição de indicadores a serem utilizados para a qualificação de cidades. Desta forma, é possível identificar uma nova forma de avaliar as cidades, tendo como base fatores qualitativos e culturais bem como a valorização da participação dos cidadãos neste processo de desenvolvimento, tornando-os o centro do desenvolvimento urbano. Da mesma forma é ptornando-ossível afirmar que o desenvolvimento das cidades passa também por uma valorização das questões ambientais na busca por um desenvolvimento sustentável. Desta forma, é possível classificar as cidades como centros de desenvolvimento de suma importância para o complexo sistema evolutivo sustentável do planeta, tendo como principal ator o cidadão, confirmando assim o surgimento da nova era geológica que está em discussão, chamada Antropoceno.

O trabalho está em desenvolvimento e estudos futuros pretendem validar os modelos de DBC por meio de indicadores existentes e acessíveis oriundos dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU e das normas internacionais ISO 37120, 37122 e 37123.

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LINHA DO TEMPO DOS INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO BASEADO EM CONHECIMENTO

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