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Avifauna da salina de Luís Correia, Delta do Parnaíba, Piauí, Brasil

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Avifauna da salina

de Luís Correia,

Delta do Parnaíba,

Piauí, Brasil

José Leandro da Cunha Machado1;

Antonio Gildo Soares dos Santos1;

Antonio Alves Tavares1; Deimes do

Nascimento Gomes1 & Anderson Guzzi1

Introdução

O Brasil possui o mais extenso litoral inter e subtropical do mundo, com aproximadamente 8.000 km de costa (Ab’saber 2001). Periodicamente milhares de aves limícolas migrató-rias visitam o território brasileiro, onde se deslocam com a proximidade do inverno boreal, do Ártico para a América do Sul, em busca de locais de pouso e alimentação (Sick 1997). Essas aves ocupam o litoral do Nordeste (Antas 1983), prin-cipalmente em áreas úmidas naturais, a exemplo de praias, estuários, manguezais, alagados costeiros e salgados (Aze-vedo-Junior 2004). Nesses ambientes de influência marí-tima, agrupamentos multiespecíficos de aves são formados em decorrência da partilha de alimento e por serem locais protegidos para o repouso e alimentação, assumindo um pa-pel importante na proteção das comunidades de aves (Branco 2007).

Durante os períodos pré-migratórios das aves, as salinas tornam-se especialmente importantes, pois é nessa época em que é registrado um aumento considerável na utilização das mesmas (Velasquez 1992, Murias et al. 2002). Esse tipo de

habitat facilita uma intensa troca de organismos, materiais

orgânicos e nutrientes entre os ambientes terrestres, o man-guezal e o mar. Assim, as salinas têm como característica a presença de corpos de águas calmas sujeitas ao regime de marés, com temperatura e salinidade variáveis, e ligação livre com o mar aberto, o que aumenta a biodiversidade de espé-cies (Odum 1988, Ramaiah et al. 1995, Araújo et al. 2006).

Conhecer as características destes ambientes é de funda-mental importância para a manutenção da diversidade das aves aquáticas, contribuindo para o estabelecimento de pos-síveis normas que promovam uma interação mais equilibra-da entre o homem e os ambientes aquáticos. Existe consenso entre ambientalistas e pesquisadores que o acompanhamen-to de um determinado grupo animal requer sempre o conhe-cimento prévio da sua diversidade, abundância específica e padrão de atividade diária (Branco 2007, Guadagnin et al. 2005). Portanto, o objetivo desse trabalho foi efetuar o le-vantamento qualitativo da avifauna de uma salina desativa-da situadesativa-da no município de Luís Correia, pertencente à APA (Área de Proteção Ambiental) Delta do Parnaíba, litoral do estado do Piauí.

Material e Métodos Área de estudo

A área amostral é composta por uma salina desativada, situada às margens da rodovia BR 343, no município de Luís Correia, situado na região da APA do Delta do Parnaíba, que é um im-portante polo turístico, interligando Jericoacoara no Ceará com os Lençóis Maranhenses. Situa-se nas coordenadas geográficas 02°53’45.05”S, 41°40’10.19”W com altitude de cerca de 10 m (Figura 1).

Levantamento da avifauna

As observações foram realizadas em um total de 27 dias de trabalho de campo, distribuídos nos meses de novembro de 2008, agosto a novembro de 2009, março a dezembro de 2010 e de janeiro a abril de 2011, com duração de 2 horas por amostra-gem, totalizando 54 horas de observação.

A identificação das espécies foi realizada através do contato visual com auxílio de binóculos (CELESTRON 20X50), uma luneta (NIKON FIELDSCOPE ED 80 mm), registro fotográ-fico e por percepção auditiva de vocalização conforme Bran-co (2004). Para o auxílio na identificação das espécies foram utilizados guias de campo de ornitologia (Sigrist 2009a, b). A nomenclatura científica e a organização taxonômica estão de acordo com a lista de espécies das aves do Brasil do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (Piacentini et al. 2015).

Resultados e discussão

Foram identificadas 64 espécies de aves pertencentes a 29 fa-mílias distribuídas em 14 ordens (Tabela 1 e Figura 2). Destas espécies, 25 pertencem às famílias Ardeidae, Charadriidae, Sco-lopacidae, Sternidae, Rynchopidae e Alcedinidae. Essas aves foram registradas alimentando-se dentro da salina, sendo Chara-driidae e Scolopacidae representadas por nove espécies migrató-rias neárticas. A família mais bem representada foi Scolopacidae com oito espécies. As 39 espécies restantes foram observadas sobrevoando a salina, pousadas nas áreas adjacentes ou a partir de vocalizações, como Nothura maculosa e Aramides cajaneus.

Dendrocygna viduata, Nannopterum brasilianus e Theristicus caudatus foram registrados sobrevoando a salina, sendo que as

duas últimas mantinham uma periodicidade nos seus movimentos diários, voando pela manhã em direção sudeste e retornando para noroeste no crepúsculo. Bubulcus ibis foi observada junto ao gado bovino criado ao norte da salina. As três espécies de Cathartidae assim como as espécies pertencentes aos Accipitridae e Falconi-dae foram registrados voando sobre a salina, com exceção de

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Figura 1. Salina de Luís Correia. Linha amarela contínua delimitando perímetro da salina. Fonte: Google Earth.

Das espécies registradas, Actitis macularius foi a espécie mais representativa, com 14 registros, confirmando a característica citada por Sick (1997) de viver às margens pedregosas e lodosas dos rios, quase sempre entre a vegetação, frequentemente nos manguezais onde empoleira em raízes e galhos para pernoitar.

Tringa solitaria, visitante setentrional comum em águas

interio-res e da orla marítima (Sigrist 2009b), foi registrada apenas uma vez. Tringa melanoleuca teve sete registros na salina, enquanto que Tringa flavipes foi observada oito vezes, sendo que em ape-nas três ocasiões foi possível registra-las em associação.

Calidris pusilla foi registrada 13 vezes na salina sempre em

grandes grupos, chegando às vezes a mais de mil indivíduos re-gistrados no mesmo dia. Arenaria interpres é um visitante se-tentrional e cosmopolita que foi registrado em duas ocasiões. De acordo com Sigrist (2009b) essa espécie é usualmente encontra-da aos casais ou em bandos, retirando pedras e algas em meio às rochas tocadas pelas ondas do mar.

Aramus guarauna e Jacana jacana foram observadas em

áre-as palustres a sudeste da salina. As espécies de aves pertencentes às famílias Columbidae, Cuculidae, Strigidae, Thamnophilidae, Rhynchocyclidae, Troglodytidae, Turdidae, Motacillidae, Icteri-dae e PasseriIcteri-dae, foram observadas nas áreas de dunas fixas com vegetação herbácea localizadas a nordeste da salina. Progne

su-bis foi avistada uma única vez sobrevoando a área de estudo.

As características quali-quantitativas de recursos de um

ha-bitat, além de sua estrutura física e climática, influenciam a

ocorrência e densidade das espécies de aves (Campos et al. 2008, Mota et al. 2011). Das 64 espécies registradas foi

ob-servada a ocorrência de aves associadas aos mais diferentes ambientes, desde am-bientes aquáticos, arbustivos, arbóreos e antrópicos, além das espécies migrantes sazonais.

Cabral et al. (2006) em estudo reali-zado na Área de Proteção Ambiental de Piaçabuçu, no litoral de Alagoas, verifi-caram que 17,7% das espécies registra-das eram migratórias, ao passo que no presente estudo a avifauna migratória neártica correspondeu a 14,06% do total geral das espécies observadas na salina e áreas adjacentes, e a 36% das espécies que forrageiam dentro de seus tanques desativados, o que demonstra a impor-tância da área para a manutenção dessas espécies.

Das 44 espécies das famílias Chara-driidae e Scolopacidae que nidificam na América do Norte, 21 espécies, ou 48% deste total, migram sazonalmente para a costa do Brasil (Voorem & Brus-que 1999), o Brus-que pode ser corroborado pelo estudo de Mestre et al. (2010) que verificaram que aproximadamente 81% das recuperações de anilhas estrangei-ras no Bestrangei-rasil analisadas em seu estudo foram de aves marcadas na América do Norte e Central, provenientes principal-mente dos EUA. Devido à distribuição não contínua dos recursos que estas aves necessitam, geralmente se concentram em áreas específicas, o que pode facilitar a concentração dos esforços dos pesqui-sadores e ambientalistas para o estudo e a manutenção dessas populações (Sick 1997).

Foram registradas nove espécies migratórias neárticas na salina desativada do município de Luís Correia. Carvalho & Rodrigues (2011), em um levantamento das aves limícolas da Ilha dos Caranguejos/MA, registraram a ocorrência de 13 espécies de aves limícolas, sendo dez pertencentes à família Charadriidae e três à família Scolopacidae, similar ao regis-trado no presente trabalho, exceção apenas de Limnodromus

griseus, Tringa semipalmata, Calidris canutus e Calidris alba.

Girão & Albano (2011) e Santos (2011) realizaram levan-tamentos da avifauna migratória neártica no litoral do Piauí. Ambos os estudos relatam a ocorrência de todas as espécies registradas pelo presente estudo e acrescentam Calidris

fusci-collis. Além dessas, Santos (2011) também registrou Calidris minutilla no município de Cajueiro da Praia/PI.

Larrazábal et al. (2002) em observações de campo reali-zadas na Salina Diamante Branco no Rio Grande do Norte registraram 21 espécies de aves limícolas, verificando a ocor-rência de reprodução de Charadrius wilsonia ao encontra-rem um ninho contendo três ovos e construíndo na área de lavagem do sal. Na salina desativada em Luís Correia não foi registrado nenhum indício de reprodução e todas as espécies migratórias estavam com sua plumagem de descanso repro-dutivo.

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Muitas das espécies regis-tradas foram observadas em grupos, como Calidris pusilla,

Egretta thula e Charadrius se-mipalmatus, mas durante o

de-senvolvimento do trabalho foi possível notar a ocorrência de algumas variações no tama-nho desses bandos (Figura 2), que para Maldonado-Coelho & Marini (2003), pode estar rela-cionado à quantidade de recur-sos alimentares ou às atividades reprodutivas. Em contrapartida, Rodrigues et al. (2007) comen-tam que a presença humana pode contribuir para a baixa di-versidade de aves migratórias. Esta situação foi verificada du-rante as observações quando foi possível perceber que a quanti-dade de espécies de aves na sa-lina diminuía com a presença de pessoas que a utilizavam como local para pesca e outras ativida-des de lazer. Vooren & Chiara-dia (1990) defendem que a área de uso das aves costeiras torna--se inadequada quando a presen-ça humana a perturba.

Considerando os dados co-letados, as salinas artesanais e industriais são ambientes re-presentativos de utilização por espécies limícolas migratórias, e por serem áreas de particular importância para estas aves, as-sumem um papel preponderan-te como locais de alimentação, descanso e nidificação, como defendem Neto & Cancela da Fonseca (2001).

Conclusões

Tendo em vista a importâncias das salinas, estas áreas devem ser preservadas a fim de garantir a conservação das espécies de aves migratórias neárticas que as utilizam durante os períodos de invernada na costa brasileira, e novos estudos precisam ser priorizados, buscando fornecer

dados ecológicos que subsidiem estratégias para a sua conser-vação.

Agradecimentos

Ao Sr. Anorf Martins, proprietário da salina, por ter permiti-do a realização permiti-do trabalho e em especial ao biólogo Cleiton de Oliveira Cardoso, que esteve conosco nos trabalhos de campo.

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Figura 2. Algumas aves registradas na salina de Luís Correia, Piauí, durante o esforço amostral entre os anos de 2008-2011. A: Calidris pusilla. B: Charadrius semipalmatus.C: Machetornis rixosa. D: Fluvicola nengeta. E: Egretta caerulea

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1 Centro de Ciências do Mar, Universidade Federal do Piauí.

Av. São Sebastião, 2819, Planalto Horizonte, 64202-020 Parnaíba, Piauí, Brasil. E-mail: guzzi@ufpi.edu.br Tabela 1. Espécies de aves registradas na salina em Luís Correia, Piauí-Brasil entre os anos de 2008-2011. Abreviaturas: Residentes (R); Visitantes do Norte (VN). Habitat: aquático (AQ); herbáceo (HE); antrópico (AN); arbóreo (AR); Registros: contato visual (binóculo ou luneta)-(CV); fotográfico (F); vocalização (V).

Nome do Táxon Nome em Português Status Habitat Registro

Tinamiformes Tinamidae

Nothura maculosa codorna-amarela R HE CV

Anseriformes Anatidae

Dendrocygna viduata irerê R AQ CV,F

Suliformes Phalacrocoracidae

Nannopterum brasilianus biguá R AQ CV,F

Pelecaniformes Ardeidae

Tigrisoma lineatum socó-boi R AQ CV,F

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Nome do Táxon Nome em Português Status Habitat Registro

Butorides striata socozinho R AQ CV,F

Bubulcus ibis garça-vaqueira R HE CV,F

Ardea alba garça-branca R AQ CV,F

Egretta thula garça-branca-pequena R AQ CV,F

Egretta caerulea garça-azul R AQ CV,F

Threskiornithidae

Theristicus caudatus curicaca R HE CV,F

Cathartiformes Cathartidae

Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha R AN CV,F

Cathartes burrovianus urubu-de-cabeça-amarela R AN CV,F

Coragyps atratus urubu R AN CV,F

Accipitriformes Accipitridae

Heterospizias meridionalis gavião-caboclo R AR CV,F,VO

Rupornis magnirostris gavião-carijó R AR CV,F,VO

Gruiformes Aramidae

Aramus guarauna carão R AQ CV,F

Rallidae

Aramides cajaneus saracura-três-potes R AQ,HE CV,F

Charadriiformes Charadriidae

Vanellus chilensis quero-quero R HE CV,F,VO

Pluvialis squatarola batuiruçu-de-axila-preta VN AQ CV,F

Charadrius semipalmatus batuíra-de-bando VN AQ CV,F

Charadrius collaris batuíra-de-coleira R AQ CV,F

Recurvirostridae

Himantopus melanurus pernilongo-de-costas-brancas R AQ CV,F

Scolopacidae

Gallinago paraguaiae narceja R AQ CV,F

Numenius phaeopus maçarico-galego VN AQ CV,F

Actitis macularius maçarico-pintado VN AQ CV,F

Tringa solitaria maçarico-solitário VN AQ CV,F

Tringa melanoleuca maçarico-grande-de-perna-amarela VN AQ CV,F

Tringa flavipes maçarico-de-perna-amarela VN AQ CV,F

Arenaria interpres vira-pedras VN AQ CV,F

Calidris pusilla maçarico-rasteirinho VN AQ CV,F

Jacanidae

Jacana jacana jaçanã R AQ CV,F,VO

Sternidae

Sternula superciliaris trinta-réis-pequeno R AQ CV,F,VO

Phaetusa simplex trinta-réis-grande R AQ CV,F,VO

Rynchopidae

Rynchops niger talha-mar R AQ CV,F

Columbiformes Columbidae

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Nome do Táxon Nome em Português Status Habitat Registro

Columbina passerina rolinha-cinzenta R HE,AR CV,F

Columbina talpacoti rolinha R HE,AR CV,F,VO

Columbina squammata fogo-apagou R HE,AR CV,F,V

Columbina picui rolinha-picuí R HE,AR CV,F,VO

Columba livia pombo-doméstico R HE,AR CV,F

Cuculiformes Cuculidae

Crotophaga major anu-coroca R HE,AR CV,F,VO

Crotophaga ani anu-preto R HE,AR CV,F,VO

Guira guira anu-branco R HE,AR CV,F,VO

Strigiformes HE,AR

Strigidae

Athene cunicularia coruja-buraqueira R HE CV,F,VO

Coraciiformes Alcedinidae

Megaceryle torquata martim-pescador-grande R AQ CV,F

Chloroceryle amazona martim-pescador-verde R AQ CV,F

Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno R AQ CV,F

Falconiformes Falconidae

Caracara plancus carcará R HE CV,F

Milvago chimachima carrapateiro R HE,AN CV,F,VO

Passeriformes Thamnophilidae

Taraba major choró-boi R AR CV,F,VO

Rhynchocyclidae

Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio R AR CV,F,VO

Tyrannidae

Pitangus sulphuratus bem-te-vi R AR CV,F,VO

Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro R HE,AR CV,F

Tyrannus albogularis suiriri-de-garganta-branca R AR CV,F,VO

Tyrannus melancholicus suiriri R AR CV,F,VO

Tyrannus savana tesourinha R AR CV,F

Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada R HE,AQ CV,F

Hirundinidae

Progne subis andorinha-azul VN AN CV

Troglodytidae

Troglodytes musculus corruíra R HE,AR,AN CV,F,VO

Turdidae

Turdus rufiventris sabiá-laranjeira R AR CV,F,VO

Motacillidae

Anthus lutescens caminheiro-zumbidor R HE CV,F,VO

Icteridae

Procacicus solitarius iraúna-de-bico-branco R AR CV,F,VO

Sturnella superciliaris polícia-inglesa-do-sul R HE,AR CV,F,VO

Passeridae

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