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Nome: MARCOS TADEU ADAS SALIBA Nível: Doutorado - defesa em 19/10/2009 Orientador: Renato Moreira Arcieri

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Nome: MARCOS TADEU ADAS SALIBA

Nível: Doutorado - defesa em 19/10/2009 Orientador: Renato Moreira Arcieri

Banca: Prof. Dr. Renato Moreira Arcieri Profa. Dra. Dóris Hissako Sumida Prof. Dr. Eduardo Daruge Júnior Prof. Dr. Eduardo Guedes Pinto

Prof. Dr. Daniel Luiz Gaertner Zorneto

Título: Reclamações éticas contra cirurgiões dentistas que deram entrada no CRO-SP durante o ano de 2007.

Toda atividade que acarreta um prejuízo a outrem, traz como conseqüência o problema da responsabilidade profissional, a qual exprime a idéia de restauração de equilíbrio ou reparação do dano. O crescente aumento do número de ações contra cirurgiões dentistas no Brasil, quer seja ética, civil ou penal, está tornando-se um fato

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preocupante, no entanto, várias são as causas que levam os profissionais a serem acionados. Os pacientes ou tomadores de serviços odontológicos têm assumido uma postura diferente, não mais baseada na confiança, e quando se sentem lesados em seus direitos buscam o auxílio. O objetivo do presente estudo foi realizar um levantamento e análise das reclamações e dos motivos que levaram os pacientes a procurarem o Conselho de Odontologia de São Paulo, bem como, qual a especialidade do profissional e procedimento contratado, constante nos processos éticos que deram entrada neste órgão durante o ano de 2007. Para tanto, analisamos todos os processos, ou seja, 104 processos de 2007. A análise foi realizada de maneira quali-quantitativa. De acordo com os resultados, 64% das denúncias eram provenientes da capital e da grande São Paulo. Grande parte (44%) foi editada em computador e apresentavam características de peças processuais. A maioria dos reclamantes foi do sexo feminino e dos reclamados do masculino. As especialidades mais reclamadas foram: Prótese Dentária, Ortodontia e Implantodontia. Dentre os motivos da reclamação destacam-se o erro profissional, insatisfação com o tratamento e a falta de esclarecimento sobre o tratamento. É cada vez mais freqüente o número de processos éticos envolvendo cirurgiões-dentistas. Este fato se deve a vários fatores tais como: a falta de informação, comunicação inadequada, mudança de postura dos pacientes, antes submissos e hoje exigentes, e ainda erro do profissional. Torna-se necessário uma reflexão e mudança de atitude do Cirurgião Dentista

frente à prática odontológica.

Palavras-chave: Responsabilidade legal; Odontologia legal; Ética profissional, Ética odontológica.

Nome:LÍVIA GUIMARÃES ZINA

Nível: Doutorado - defesa em 25/06/2009

Orientadora: Profa Adj. Suzely Adas Saliba Moimaz Banca: Profa. Dra. Suzely Adas Saliba Moimaz Profa. Dra. Dóris Hissako Sumida

Profa. Dra.Maria Ercília de Araújo Prof. Dr. Eymar Sampaio Lopes

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Profa. Dra. Marília Afonso Rabelo Buzalaf

Título: Evidências científicas de associação entre fórmula infantil, fluorose e cárie dentária

O consumo de fórmula infantil durante a primeira infância tem sido considerado um fator de risco em potencial para a fluorose e cárie dentária. O objetivo desta tese de doutorado foi avaliar, por meio de duas revisões sistemáticas e meta-análises, a relação entre o consumo de fórmula infantil e o risco de fluorose e cárie dentária. Para isso, foram consultadas oito bases de dados e listas de referências de artigos. A análise da relevância e abstração de dados foram realizadas em duplicata e independentemente por dois revisores. A qualidade dos estudos foi avaliada e os odds ratios, quando obtidos, foram combinados utilizando-se modelos de efeito aleatório. Na revisão sobre fluorose dentária, 41 de 969 publicações potencialmente elegíveis avaliaram o impacto da fórmula infantil no risco de fluorose dentária. Quatorze publicações não apresentaram os achados nos resultados. As restantes 27 publicações relataram os resultados em 19 estudos observacionais. Dezessete destes 19 estudos apresentaram odds ratio (OR) e entre eles o consumo de fórmula infantil esteve associado com uma maior prevalência de fluorose dentária na dentição permanente (OR global=1,8; intervalo de confiança de 95%=1,4-2,3). Observou-se significativa heterogeneidade entre os estudos (I-quadrado=66%) e evidência de viés de publicação (p=0,002). A metarregressão indicou que o odds ratio associado à fórmula infantil com a fluorose dentária aumentou em 5% para cada aumento de 0,1 ppm nos níveis de flúor da água de abastecimento (OR=1,05; intervalo de confiança de 95%=1,02-1,09). Na revisão sobre cárie dentária, 31 de 1.695 publicações elegíveis avaliaram o impacto da fórmula infantil no risco de cárie dentária. Duas publicações não apresentaram os achados nos resultados. As restantes 29 publicações relataram os resultados em 26 estudos observacionais. O consumo geral (OR global=1,7; intervalo de confiança de 95%=1,2-2,4) e noturno (OR global=2,0; intervalo de confiança de 95%=1,3-3,0) de fórmula infantil esteve associado com uma maior prevalência de cárie na dentição decídua. Observou-se significativa heterogeneidade entre os estudos (I-quadrado=80% e 79%), porém sem viés de publicação (p=0,189 e p=0,538). Nenhum estudo avaliou em que extensão o período de consumo e concentração de açúcar na fórmula poderiam explicar as

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associações significativas entre fórmula infantil-cárie. A qualidade metodológica variou através dos estudos. Conclui-se que o consumo de fórmula infantil está associado a um aumento no risco de cárie e fluorose dentária, esta última dependente do nível de flúor na água de abastecimento. A evidência de que o flúor na fórmula infantil pode ser a causa de fluorose dentária é fraca, já que outros mecanismos poderiam explicar a associação observada. O consumo de leite materno ao invés da fórmula infantil deve ser encorajado baseado em seus efeitos positivos sobre a saúde e desenvolvimento da criança. Palavras-chave: Metanálise. Fórmulas infantis. Fluorose dentária. Cárie dentária. Epidemiologia.

Nome:CRISTINA BERGEL FADEL

Nível: Doutorado defesa em 01/07/2009 Orientadora: Profa Tit. Drª. Nemre Adas Saliba Banca: Profa. Dra.Nemre Adas Saliba

Prof. Dr. Renato Moreira Arcieri

Prof. Dr. José Roberto Magalhães Bastos Profa. Dra.Efigênia Ferreira e Ferrera

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Prof. Dr. José Luiz Carvalho de Oliveria Título: Aspectos sócio-dentários relacionados à

transmissibilidade materna da cárie dentária e a percepção das mães sobre suas causas e seu controle.

Investigar a transmissibilidade da cárie dentária entre mães e filhos, por meio de características sociais e dentárias e verificar a representação social materna a respeito do processo saúde-doença bucal de seu filho constituem-se objetivos deste trabalho. Um estudo de natureza observacional, quanti-qualitativo foi desenvolvido com 272 pares de mães e filhos freqüentadores de Centros Municipais de Educação Infantil da cidade de Ponta Grossa/PR. As informações de interesse foram coletadas por meio de exame clínico bucal e de entrevista, com roteiro semi-estruturado, previamente testado e validado, abordando as seguintes variáveis: estado civil, número de filhos, escolaridade, vínculo empregatício, renda, freqüência de visitas ao cirurgião-dentista, necessidade de tratamento odontológico materna e experiência de cárie infantil. Os resultados mostraram associação entre variáveis sociais e dentárias maternas e a experiência de cárie nos filhos: 93% das crianças cujas mães apresentavam necessidade de tratamento odontológico já haviam experenciado a cárie, ao passo que apenas 38% das crianças de mães sem necessidade de tratamento haviam sido acometidas pela doença (X2=94,46, gl=1, p< 0,0001). Escolaridade, renda, número de filhos, freqüência de visitas ao cirurgião-dentista e necessidade de tratamento odontológico foram as variáveis maternas que apontaram significância estatística. As representações maternas revelaram-se muito similares para a condição e os determinantes gerais de saúde infantis, diferenciando-se no contexto saúde-doença bucal. Conclui-se que os indicadores sócio-dentários maternos desfavoráveis associam-se positivamente à experiência da cárie dentária na criança e as representações sociais maternas constituem-se um importante instrumento de informação em saúde, devendo ser consideradas no processo de formulação de políticas públicas em saúde bucal.

Palavras-chave: Condições sociais. Relações mãe-filho. Saúde bucal. Percepção social.

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Nome: KARINA TONINI DOS SANTOS

Nível: Doutorado - defesa em 24/09/2009

Orientadora: Profa Adjunto Cléa Adas Saliba Garbin Banca:Prof. Dr. Renato Moreira Arcieri

Profa. Dra.Cléa Adas Saliba Garbin

Profa. Dra.Maria Gabriela Haye Biazevic Prof. Dr. Eduardo Hebling

Profa. Dra.Raquel Baroni de Carvalho

Título: Educação em saúde bucal na escola: uma análise dos sujeitos envolvidos no processo.

A Educação em Saúde Bucal no âmbito escolar constitui um instrumento essencial para o desenvolvimento integral da criança. O objetivo da pesquisa foi: verificar a influência de pré-escolares participantes de um Programa de Educação em Saúde Bucal (ESB) nas práticas de saúde bucal de sua família; investigar a percepção de acadêmicos de Odontologia sobre ESB; analisar a visão de escolares

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frente ao tema “como cuidar do dentes”; investigar as opiniões e conhecimento de concluintes de Pedagogia sobre saúde bucal. A amostra foi composta por 119 pais de pré-escolares, 78 acadêmicos de Odontologia, 60 crianças e 120 concluintes de Pedagogia. A pesquisa foi caracterizada como um estudo exploratório descritivo, com abordagem quanti-qualitativa. Para a coleta de dados com pais e acadêmicos de ambos os cursos, foram utilizados questionários semi-estruturados, auto-aplicados, com perguntas abertas e fechadas. As percepções das crianças foram coletadas por meio de redações e de desenhos. Participaram do estudo 63 (52,9%) pais, 54 (69,2%) acadêmicos de Odontologia, 43 (71,6%) crianças e 92 (76,6%) concluintes de Pedagogia. Noventa por cento dos pais relataram ter aprendido algo referente à saúde bucal com seus filhos; desses, 47,4% citaram a escovação como fator de maior aprendizado. Oitenta e sete por cento relataram a existência de mudanças nos hábitos de saúde bucal de sua família. Quanto aos acadêmicos de Odontologia, todos reconheceram a importância dos Programas de ESB na escola, 74% acreditaram em sua eficácia e 98% acharam importante a sua participação no Programa. A percepção dos mesmos sobre ESB foi reducionista e centrada na doença. Quanto às crianças, todas mencionaram a escova e pasta dental como item de higienização bucal. Setenta e quatro por cento mencionaram o doce como um aspecto negativo à saúde bucal. Quanto aos concluintes de Pedagogia, 86,8% acharam que o professor deve atuar como educador em saúde bucal e 34,8% responderam corretamente sobre o conceito de cárie dentária. Em relação ao momento ideal da primeira visita ao cirurgião-dentista, 39,1% responderam certo. Conclui-se que: os pré-escolares são capazes de disseminar o conhecimento adquirido na escola para sua família; os acadêmicos de Odontologia percebem a importância da ESB nas escolas, embora tenham uma visão reducionista; as crianças apresentam uma percepção satisfatória sobre como cuidar dos dentes; os concluintes de Pedagogia possuem opiniões positivas em relação à ESB e o seu conhecimento sobre a temática abordada é insuficiente.

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Nome: NELLY FOSTER FERREIRA

Nível: Doutorado - defesa em 31/08/2009

Orientador: Prof Adjunto Artênio José Isper Garbin

Banca: Prof. Dr. Artênio José Isper Garbin (Orientador - FOA/Unesp)

Prof. Dr. Renato Moreira Arcieri (FOA/Unesp) Prof. Dr. Edgar Michel Crosato (FOP- UNICAMP) Profa. Dra. Mônica da Costa Serra(FOAr-UNESP) Prof. Dr. Arsênio Sales Peres (FOB-USP)

Título: Princípios ergonômicos e o cirurgião dentista: uma avaliação do acadêmico e do profissional.

Atualmente, na odontologia, a busca da perfeição faz com que os cirurgiões dentistas não coloquem em prática os princípios ergonômicos. Posições errôneas, falta de alongamentos e pausas, trazem uma série de distúrbios que podem acarretar o afastamento pré-maturo do profissional. O objetivo deste trabalho foi analisar, por meio de filmagens, os princípios de ergonomia do atendimento odontológico, assim como verificar, por meio de questionários

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auto-aplicáveis, o conhecimento e aplicação da ergonomia e por fim as queixas de desconforto físico de acadêmicos e profissionais formados. Os resultados das filmagens mostraram que, o profissional não colocou em prática os princípios de ergonomia, sendo observado, principalmente: torção da coluna vertebral para alcançar os instrumentais na posição de 7h ao trabalhar em 9h, auxiliar trabalhando com as pernas cruzadas; não-utilização da mesa auxiliar; levantamento dos ombros do operador, não deixando a linha do antebraço paralela ao chão; e inadequada acomodação do operador sentado no mocho. Os resultados da avaliação com acadêmicos mostraram que, 35% dos entrevistados apresentavam algum tipo de lesão antes de iniciar o curso, e deste total, 67% relataram que houve agravamento destas lesões. Apesar de uma grande maioria dos acadêmicos afirmar ter conhecimento dos princípios de ergonomia (71%) e aplicá-los (75%), 71% nunca realizaram algum tipo de alongamento. Já os profissionais formados a grande maioria (99,1%) relatou ter conhecimento dos princípios de ergonomia, e 80,4% afirmaram aplicá-los, no entanto somente 43% dos profissionais utilizam auxiliar durante os procedimentos. Dos profissionais formados entrevistados, 31,5% afirmaram apresentar DORT, e somente 57% afirmaram fazer algum tipo de alongamento. Portanto, é necessário que tanto o profissional formado, como o acadêmico, tomem ciência de suas atitudes, para que possam realizar uma prática odontológica dentro dos princípios de ergonomia e garantirem a longevidade de sua profissão. Palavras-chave: Engenharia Humana; Odontologia, Doenças Profissionais.

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Nome: Patrícia Elaine Gonçalves

Nível: Doutorado - defesa em 01/04/2009

Orientadora: Profa Adjunto Cléa Adas Saliba Garbin Banca: Profa. Dra. Cléa Adas Saliba Garbin

Prof. Dr. Rogério Nogueira de Oliveira Profa. Dra. Evelyn Anzai Kanto

Profa. Dra. Mônica da Costa Serra Prof. Dr. Eloi Dezan Júnior

Título: O perfil de ensino das disciplinas de bioética, ética profissional (ou deontologia) e odontologia legal das faculdades de odontologia brasileiras

A Bioética, a Ética Profissional e a Odontologia Legal estudam aspectos presentes na Odontologia, tanto no relacionamento profissional-paciente, como no próprio atendimento clínico, entre outros temas. O estudo consiste em uma análise quantitativa e qualitativa do perfil de ensino das disciplinas de Bioética, Ética

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Profissional (ou Deontologia) e Odontologia Legal das Faculdades de Odontologia Brasileiras. A coleta de dados ocorreu por meio de questionários semi-estruturados enviados por e-mail e correspondência. Para a análise qualitativa, empregou-se a análise de conteúdo das perguntas abertas, por meio da técnica de análise de categorização temática, conforme preconizado por Bardin, já para a análise quantitativa utilizou-se o levantamento das freqüências absolutas e relativas das respostas. Dentre as 182 Faculdades de Odontologia em atividade no Brasil, 57 (31,3%) apresentam na sua grade curricular a disciplina Bioética, 100 (54,9%) Ética Profissional e 121 (66,5%) Odontologia Legal, sendo que o retorno de questionários à pesquisa foi 38(66,7%), 48(48%) e 61(50,4%), respectivamente. Os principais assuntos abordados na disciplina de Bioética são dilemas bioéticos (76,3%) que tratam, principalmente, sobre questões polêmicas e atuais como clonagem, aborto, transplante de órgãos, atendimento do paciente portador de HIV, enquanto na disciplina de Ética Profissional foi o Código de Ética Odontológica (52%) e na Odontologia Legal foi a Identificação (78,7%). Com relação às sugestões para a melhoria do ensino nas disciplinas, foram mencionadas a interdisciplinaridade e aplicabilidade com as demais, tanto nos cursos de graduação como nos cursos de pós-graduação. Observou-se que as disciplinas são geralmente ministradas de forma teórica (77,8%), (60,4%) e (52,2%). As principais formas de avaliação são: prova escrita (100%), (93,8%) e (100%) e seminários (75%), (54,2%) e (45,9%). A maioria dos entrevistados (74,2%), (78,8%) e (60,8%) considerou que as disciplinas de Bioética, Ética Profissional e Odontologia Legal estão relacionadas, de forma direta ou indireta, com todas as outras disciplinas. Quanto à importância da Bioética na formação do cirurgião-dentista, 64,7% a enfatizaram no relacionamento profissional-paciente, assim como a Odontologia Legal (62,1%), enquanto 60,7% mencionam a presença da Ética Profissional na prática-clínica. Concluiu-se que nem todas as Faculdades contemplam as disciplinas analisadas, o ensino delas é concentrado em determinados períodos do curso, havendo a necessidade de aplicabilidade e interdisciplinaridade das mesmas com as demais; já que trata, em seu conteúdo, de temas atuais e polêmicos relevantes para a formação do cirurgião-dentista e que fomenta nos alunos a consciência da responsabilidade do seu papel frente à atenção em saúde bucal.

Palavras-chave: Educação superior. Bioética, Ética odontológica. Odontologia legal. Odontologia. Relações profissional-paciente.

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ANA PAULA DOSSI

Nível: Doutorado – defesa em 17/02/2009 Orientador: Prof. Titular Dr. Orlando Saliba. Curso: Doutorado

Candidato: Ana Paula Dossi Defesa: 01/02/2009

Banca: Prof. Dr. Orlando Saliba

Prof. Dr. Renato Moreira Arcieri

Prof. Dr. Rogério Nogueira de Oliveira Prof. Dr. Eduardo Daruge Júnio

Prof. Dr. Rodolfo Francisco Haltenhoff Melani

Título: Violência contra a criança: formação, conhecimento, percepção e atitude de profissionais da saúde e da educação.

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A violência intrafamiliar contra a criança é, sem dúvida, uma das mais cruéis formas de agressão. Este estudo tem por objetivos: a) evidenciar possíveis situações de violência vividas na infância por adolescentes; b) avaliar a formação e o conhecimento dos professores de educação infantil sobre o tema; c) averiguar o conhecimento dos profissionais da saúde que atuam na atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre a notificação de violência contra crianças. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FOA-UNESP (2007-01343). Para aferir a ocorrência e a severidade de maus-tratos na infância, realizou-se estudo tipo inquérito com 372 adolescentes com idade entre 14 a 17 anos, matriculados em uma instituição pública de formação profissional de Araçatuba-SP em 2008. Utilizou-se instrumento traduzido, validado e auto-aplicável. O segundo estudo desenvolveu-se nas escolas de Araçatuba-SP e contou com a participação de 236 professores de educação infantil. Utilizou-se instrumento desenvolvido para o estudo e as questões receberam tratamento quanti-qualitaivo. A terceira investigação foi realizada em 4 municípios da região noroeste do Estado de São Paulo: Adolfo, Bady Bassit, Mendonça e Nova Aliança. Por meio de entrevista estruturada com os profissionais de saúde, abordou-se a temática violência contra a criança e a notificação compulsória. De acordo com os resultados: a) 72,3% dos adolescentes sofreram violência na infância, prevalecendo a emocional no grau leve (28,7%). Foram encontradas associações significativas entre: violência física/emocional (p=0,0001); física/sexual (p=0,0001); física/negligência emocional (p=0,0001); sexual/emocional (p=0,0007); emocional/negligência emocional (p=0,0001). b) Quanto ao recebimento de informações sobre violência contra a criança, 80,9% dos professores afirmaram tê-las recebido e 19,1% negaram. 86,9% afirmaram conhecer os sinais de violência nas crianças, enquanto que 6,4% alegaram não ter preparo para isso; 6,7% não responderam. Sobre a notificação, 91,1% sentem-se responsáveis, 7,2% acreditam não ter obrigação e 1,6% não responderam. Foi verificada associação significativa (p=0,0364) entre obtenção de informações e o sentimento de responsabilidade. c) Entre os profissionais de saúde, 75,5% não conhecem a Portaria que obriga a notificação de violência contra a criança e 24,5% afirmaram conhecê-la. No que se refere à obtenção de informações no local de trabalho, 57,7% não receberam e 43,3% afirmaram ter sido informados. Em relação à atitude de notificar, 46,0% informam o chefe imediato, 36,0% fazem a notificação pessoalmente e 18,0%

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negaram sua realização. Obteve associação significativa o cruzamento das variáveis: obtenção de informações durante o trabalho na rede pública de saúde e o ato de notificar os casos de violência (p=0, 0276). Conclui-se que: a) A maioria dos adolescentes sofreu violência na infância. Existe associação entre algumas formas de violência como física e sexual. b) A maior parte dos professores recebeu informação e conhece os sinais de violência, porém não se considera preparada para identificar os casos. c) Entre os profissionais de saúde, o ato de notificar esteve associado ao recebimento de informações no local de trabalho. Esses percebem o abuso infantil no seu cotidiano, contudo, a notificação não é uma prática comum entre a maioria.

Palavras-chave: Violêcia doméstica. Serviços de saúde. Epidemiologia. Saúde pública. Ética. Atitude do pessoal de saúde.

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