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Descontinuidades e Defeitos na Soldagem 25/11/2012 2

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Descontinuidades e Defeitos

na Soldagem

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Descontinuidades e Defeitos

Segundo a AWS (American Welding Society), as descontinuidades são

divididas em 3 (três) categorias básicas:

Descontinuidades Dimensionais;

Descontinuidades Estruturais;

Descontinuidades por Má Soldabilidade.

Descontinuidade é toda ou qualquer anomalia que uma junta soldada venha

apresentar, que altera ou não o seu desempenho e eficiência.

De acordo com as exigências de qualidade da junta soldada (normas), uma

descontinuidade pode ser considerada um defeito, exigindo ações corretivas.

Devido ao alto custo destas ações, a presença de defeitos deve ser sempre

evitada.

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Descontinuidades Dimensionais

São todas e quaisquer anomalias que venham apresentar em juntas soldadas,

que afetem sua integridade dimensional e física, assim como o acabamento e o

desempenho esperado por esta, frente ao resultado dimensional final.

Estas descontinuidades podem ser em totalidade detectadas pelo próprio

soldador, e ou em inspeção visual/dimensional por inspetor de qualidade ou de

soldagem.

São as anomalias dimensionais:

Distorção e desalinhamento;

 Dimensões incorretas da solda;

 Perfil incorreto da solda.

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Descontinuidades Estruturais

São todas e quaisquer anomalias que venham apresentar em juntas soldadas

que afetem sua integridade estrutural, macrometalurgica, isto é, afetando a

normalidade estrutural do material.

Estas descontinuidades nem sempre podem ser detectadas pelo próprio

soldador, e ou em inspeção visual/dimensional. Muitas delas há a necessidade

de adotar técnicas de ensaios, com inspetor especialista, qualificado.

São as anomalias:

Porosidades;

Inclusões de tungstênio;

Inclusões de escória;

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Descontinuidades Por Má Soldabilidade

São todas e quaisquer anomalias que venham apresentar em juntas soldadas

que afetem sua integridade física e química, metalúrgica do material.

Estas descontinuidades não sempre podem ser detectadas pelo próprio soldador,

e ou em inspeção visual/dimensional. Para todas estas há a necessidade de

adotar técnicas de ensaios, e ou analises físio-químicas, ou ainda estudar as

composições anteriormente a soldagem.

São as anomalias:

Propriedades Químicas;

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Em valores de tensão muito altos, o reforço do cordão tende a aumentar,

criando uma face do cordão ligeiramente afinada, muito convexa. Esta

concavidade tende a formar um ângulo agudo no pé da solda, com grande

concentração de tensão.

Esta descontinuidade as vezes passa despercebida, mas é de alta criticidade.

Um cordão com um reforço excessivo pode ocasionar problemas graves de

ruptura no cordão, devido a concentração de tensão no ângulo tendencioso a

reto (90°), já mencionado.

A tensão de soldagem está diretamente relacionada a este fator, e deverá ser

regulada, respeitando os parâmetros ideais.

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Esse tipo de defeito é encontrado quando:

O cordão de solda não penetrar completamente na espessura do metal de base;

Quando dois cordões de solda opostos não se interpenetrarem;

Quando o cordão de solda não penetrar na garganta de uma junta em ângulo.

A corrente de soldagem é o parâmetro que tem o maior efeito na penetração. A penetração incompleta é normalmente causada pela aplicação de uma corrente de soldagem muito baixa e pode ser evitada simplesmente aumentando essa corrente de soldagem.

Outras causas podem ser o emprego de uma velocidade de soldagem muito baixa e um ângulo incorreto da tocha. Ambas permitirão que a poça de fusão passe à frente do arco, atuando como um amortecimento à penetração. O arco deve ser mantido na margem

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Falta de fusão, também conhecida como gota fria, ocorre onde não existir

fusão entre o metal de solda e as superfícies do metal de base.

A causa mais comum de falta de fusão é uma técnica de soldagem deficiente.

Ou a poça de fusão fica muito larga (por causa de uma velocidade de

soldagem muito baixa) e/ou o metal de solda passou à frente do arco (grande

incidência nos cordões de solda em juntas de ângulo).

Mais uma vez, o arco deve ser mantido na margem anterior da poça de fusão.

Quando isso é feito, a poça de fusão não ficará muito e não poderá

"amortecer" o arco.

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Mordedura é um defeito que aparece como um entalhe no metal de base ao

longo das bordas do cordão de solda. É muito comum em juntas em ângulo

sobrepostas,

porém pode também ser encontrada em juntas de topo e em ângulo.

Esse tipo de defeito é mais comumente causado por parâmetros de soldagem

inadequados, particularmente a velocidade de soldagem (por conseqüência a

corrente) e a tensão do arco.

Quando a velocidade de soldagem é muito alta, o cordão de solda fica com

uma crista por causa da solidificação extremamente rápida. As forças da

tensão superficial arrastaram o metal fundido ao longo das margens do cordão

de solda e empilharam-no ao longo de seu centro. As partes fundidas do metal

de base são afetadas da mesma maneira.

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O entalhe da mordedura fica onde o metal de base fundido foi arrastado para a

solda e não retornou devido à rápida solidificação.

A diminuição da velocidade de soldagem reduzirá gradualmente o tamanho da

mordedura e eventualmente eliminá-la-á. Quando estão presentes mordeduras

pequenas ou intermitentes, aumentar a tensão do arco ou soldar empurrando

podem ser ações corretivas eficazes.

Em ambos os casos o cordão de solda ficará mais plano e a molhabilidade

será melhor. Entretanto, quando a tensão do arco é aumentada até níveis

excessivos,

a mordedura poderá aparecer novamente. Esse fato é particularmente

verdadeiro no modo de transferência por aerossol. Quando o arco se torna

muito longo, também se torna muito largo, que resulta num aumento da

quantidade de metal de base fundido.

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Porosidade

A porosidade consiste em poros de gás encontrados no cordão de solda solidificado. Esses poros podem variar em tamanho e são geralmente distribuídos numa forma aleatória. Entretanto, é possível que a porosidade possa ser encontrada apenas no centro da solda.

Os poros podem ser superficiais ou sub-superficiais. As causas mais comuns da porosidade são a contaminação atmosférica, superfícies das peças a serem soldadas excessivamente oxidadas, elementos de liga desoxidantes no arame inadequados e a presença de materiais estranhos. A contaminação atmosférica pode ser causada por:

 Vazão de gás de proteção insuficiente;

 Vazão de gás de proteção excessiva, que pode causar aspiração de ar para dentro do fluxo do gás de proteção;

 Bocais obstruídos ou sistema de fornecimento de gás danificado (mangueiras e conexões sem vazamentos, etc.);

 Correntes de ar excessivas na área da soldagem, que podem arrastar o gás de proteção da região da poça de fusão.

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Trincas

Trincas longitudinais (ou de centro) do cordão de solda não freqüentemente encontradas na soldagem MIG/MAG e ER. Entretanto, essas trincas só podem ser de dois tipos: trincas a quente (por desolutos) e trincas a frio (hidrogênio).

Trincas a quente são aquelas que ocorrem enquanto o cordão de solda está entre as temperaturas de fusão (linha liquidus) e de solidificação (linha solidus).

Nessa faixa de temperatura o cordão de solda está "pastoso". Trincas a quente normalmente resultam do uso de um arame de solda incorreto (particularmente em ligas de alumínio e de aço inoxidável). A composição química do metal de base também pode levar a esse defeito (um exemplo seria um fundido de aço inoxidável de alto carbono). Qualquer combinação de projeto de junta, condições e técnicas de soldagem que resulte num cordão de solda com uma superfície excessivamente côncava poderá conduzir à fissuração.

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1. Trinca de Cratera; 2. Trincas Transversais; 3. Trincas no Metal de Base; 4. Trinca Longitudinal;

5. Trinca na Interface do Cordão; 6. Trinca Sob Cordão;

7. Trinca Lamelar;

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Técnicas de Soldagem

e

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Defeito Causa e/ou Ação Corretiva

Porosidade

Arame - pode ser necessário um arame com teores mais altos de Mn e Si;

 Problema de proteção: vento, bocal obstruído ou pequeno, mangueira de gás danificada, vazão de gás excessiva, etc;

 Falha na remoção da escória vítrea entre os passes de solda;

 Soldagem sobre a escória de eletrodo revestido.

 Limpeza do metal de base.

Arco instável (Arco oscila lateralmente e/ou apaga e acende frequentemente)

 Gás de proteção incompatível.

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Defeito Causa e/ou Ação Corretiva

Falta de penetração

 Valores de Corrente de soldagem muito baixa.

 Extensão do eletrodo muito grande.

 Poça de fusão passando à frente do arco.

Falta de fusão

 Polaridade errada; deveria ser CC+.

 Velocidade de soldagem muito baixa.

 Soldagem sobre um cordão convexo.

 Oscilação da tocha muito larga ou muito estreita.

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Defeito Causa e/ou Ação Corretiva

Mordedura (Entalhes/sulcos na região de interface do cordão)

 Velocidade de soldagem muito alta;

 Tensão de soldagem muito alta;

 Corrente de soldagem excessiva;

 Parada insuficiente às margens do cordão de solda.

Trincas (Fissurações no cordão, em sua face ou regiões adjacentes).

 Composição química incorreta do arame de solda.

 Cordão de solda muito pequeno.

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Defeito Causa e/ou Ação Corretiva

Início do cordão deficiente

 Tensão de soldagem muito baixa;

 Extensão do eletrodo muito grande;

 Limpeza incorreta da escória vítrea ou a oxidação do metal de base.

Respingos excessivos

 Corrente de soldagem alta;

 Misturas incorretas/incompatíveis com o metal de base (Use misturas CO2 ou Ar-O2 no lugar de CAr-O2);

 Diminua o percentual de He;

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Defeito Causa e/ou Ação Corretiva

Convexidade do cordão de solda

 Tensão do arco ou corrente de soldagem muito baixa;

 Extensão do eletrodo excessiva;

 Polaridade errada; deveria ser CC+;

 Junta de solda muito estreita.

Furo da raiz

 Corrente de soldagem muito alta;

 Velocidade de soldagem muito baixa;

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Defeito Causa e/ou Ação Corretiva

Inclusão de Escória

 Chapas oxidadas;

 Intensidade de corrente muito baixa;

 Má repartição dos cordões;

 Falta ou inadequada limpeza entre os cordões;

 Incorreta progressão na ascendente/descendente.

Projeções

 Corrente muito elevada;

 Eletrodo úmido;

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Regras Gerais para uma Boa Soldagem

Independentemente do material a ser soldado existem algumas poucas precauções que devem ser tomadas para evitar defeitos de porosidade e falta de fusão na solda:

 O material a ser soldado deve estar tão limpo quanto possível, livre de escórias, carepas e oxidações em geral;.

 Toda a graxa, óleo e lubrificantes devem ser removidos.

 Para se obter soldas de melhor qualidade a carepa, a ferrugem e outras camadas de óxidos devem ser mecânica ou quimicamente removidas.

 Na soldagem de chapas de aço carbono use apenas as combinações arame-gás de proteção recomendadas para os diversos tipos de aço: acalmados, semi-acalmados ou efervescentes.

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Regras Gerais para uma Boa Soldagem

 Mantenha um fluxo adequado de gás de proteção (como mostrado nas tabelas de condições de soldagem) e proteja o local de soldagem de ventos e de correntes de ar;

 Mantenha o arame de solda centralizado em relação ao fluxo de gás de proteção. A curvatura do arame é normalmente responsável pelo fato de o arame de solda estar fora de centro. Esse desalinhamento pode ser corrigido usando-se um dispositivo de endireitamento do arame de solda colocado no alimentador de arame;

 Ao soldar por ambos os lados duma chapa, ou onde não houve penetração total do primeiro passe no material de base, certifique- se que o segundo passe penetrará profundamente no primeiro.

 Mantenha os instrumentos de medição e indicação (termômetros, amperímetros, voltímetros) devidamente calibrados;

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Regras Gerais para uma Boa Soldagem

 Quando o primeiro passe tiver penetrado completamente, ou quando for empregada uma abertura na raiz, é prática comum esmerilhar o outro lado para limpar o metal de solda antes que seja aplicado o segundo passe. Essa prática é obrigatória na soldagem do alumínio e do cobre, e quando são necessárias soldas de qualidade radiográfica em aços carbono e inoxidáveis;

 Evite condições de soldagem nas quais o metal de solda fundido passe à frente da poça de fusão. Essa é a principal causa de defeitos de falta de fusão, particularmente na posição vertical com progressão descendente;

 Na soldagem multipasse, esmerilhe todos os cordões de solda que apresentarem convexidade excessiva e molhabilidade ruim, para deixá-los com uma superfície mais plana;

 Remova os resíduos de óxidos ou de escória encontrados no cordão de solda com uma lixa ou com uma picadeira se for depositar outro cordão de solda posteriormente.

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Regras Gerais para uma Boa Soldagem

Ao efetuarmos uma soldagem, devemos nos atentar ainda para os seguintes

fatores externos, de responsabilidade direta do soldador, quais influenciam

drasticamente na qualidade e desempenho do processo:

Controle da velocidade de soldagem;

Limpeza da junta, bocais, eletrodos e acessórios;

Fixação correta do cabo terra (negativo) à peça;

Regulagem dos parâmetros corretos da máquina;

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Ensaios de Qualificação

e

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Ensaios Utilizados na Soldagem

Na soldagem, são utilizados diversas técnicas de ensaios, sendo estes

divididos em 2 (dois) grandes grupos:

 Ensaios para qualificação (ensaios mecânicos);

 Ensaios para inspeção (ensaios não-destrutivos).

Os ensaios mecânicos são utilizados basicamente para o desenvolvimento e

qualificação de processos de soldagem, e na qualificação de soldadores. São

também conhecidos como ensaios destrutivos, pois para sua realização, há a

necessidade de realização em um corpo de prova, submetido a interferências.

Os ensaios para inspeção (ou ensaios não-destrutivos) são utilizados para

inspecionar as juntas soldadas em campo, no decorrer do processo dou em

juntas finalizadas, de modo que garantam a integridade e ausência de defeitos.

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Os principais ensaios para qualificação utilizados (ensaios mecânicos) são:

 Macrografia e Metalografia;

 Dureza Vickers (HV);

 Dureza Rockwell (HRc);

 Dobramento (de face e de raiz);

 Tração;

 Impacto.

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Ensaio de Macrografia

Solução “Nital” – Acido nítrico em

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Pontos de medição pelo

penetrador.

(54)

Penetrador de

diamante, no

formato

piramidal.

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Ensaio de Dureza “Rockwell – HRc”

(56)

Penetrador de

diamante, no

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Exige-se que o

dobramento seja lateral e

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Impacto (IZOD ou CHARPY)

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Os principais ensaios não-destrutivos são:

 Radiografia;

 Líquidos Penetrantes;

 Ensaio Visual e Dimensional;

 Teste por Ponto – TPP;

 Partículas Magnéticas;

 Ultra-som.

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Exemplos de radiografias de soldas com descontinuidades:

(a) Falta de penetração, (b) Inclusão de escória; (c) Porosidade agrupada.

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Boroscópio

Endoscópio

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Referências

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