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Universidade Federal de Uberlândia

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Academic year: 2021

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Universidade Federal de Uberlândia

Pró-Reitoria de Graduação - Diretoria de Ensino DIVISÃO DE FORMAÇÃO DOCENTE – DIFDO Avenida João Naves de Ávila, n° 2121, Bairro Santa Mônica - 38.408-144 - Uberlândia - MG

Campus Santa Mônica – Bloco 3P. Telefone: (34) 3291-8929

Site: http://www.difdo.diren.prograd.ufu.br/principal.php / E-mail: difdo@prograd.ufu.br

RELATO-SÍNTESE DA 3ª RODA DE CONVERSA

13/06/2013, das 14h às 17h.  TEMÁTICA

Planejamento (A aula Universitária) - Projeto Pedagógico dos cursos, Ficha de

Disciplina, Plano de Ensino, Plano de aula iniciados na II Roda de Conversa.

Avaliação da Aprendizagem: abordagens e instrumentos

 OBJETIVO DA RODA

Possibilitar um espaço aberto de diálogo e formação continuada dos docentes universitários entre as diferentes áreas de conhecimento para que, de forma coletiva e participativa consolidemos espaços formativos sobre a Docência Universitária no âmbito da UFU.

 Nº DE PARTICIPANTES: 40

 UNIDADES PARTICIPANTES: IFILO, IE, ICIAG, FACED, FAMED, FAGEN, IQ, IFTM, FACIC, FAMEV, FAEFI, INBIO, FACIP, ICBIM, FO, PROGRAD.  RELATOS

A abertura se deu com a Profª. Drª. Diva Souza Silva, posteriormente com a Profª. Drª. Geovana Ferreira Melo e, em seguida, com a Profª. Drª. Marisa Lomônaco de Paula Naves dando as boas vindas aos professores e reafirmando o compromisso da PROGRAD com a formação continuada dos docentes universitários.

Neste dia participaram, aproximadamente, 40 docentes de diversas áreas, como Química, Fisioterapia, Odontologia, Engenharia Ambiental, Administração, Jornalismo, Economia, Relações Internacionais, Pediatria, Filosofia, Medicina Veterinária, Pedagogia, Empreendedorismo, Economia, Ciências Contábeis, Educação Física,

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Biologia, Enfermagem, Gestão De Negócios e Física, que fizeram uma rápida apresentação.

Foi apresentado um cronograma de encontros que será intercalado entre quartas e quintas feiras, uma vez por mês, sendo um encontro com roda e o outro com oficina. A proposta é que o próximo encontro seja uma oficina sobre Diário Eletrônico em parceria com o CTI. Outra proposta é um curso previsto para final do mês de outubro/13 que será de formação continuada de 60 horas, semipresencial. Também já existe uma agenda de encontros nos outros campi da UFU.

A roda de conversa iniciou-se com a proposição da seguinte frase para reflexão: “Não temos caminho novo, temos um jeito novo de caminhar”, de Tiago Melo. A partir daí, passou-se a debater sobre a questão da subjetividade dos indivíduos, ressaltando-se que esta tem sido “sequestrada” pelo nosso ritmo de vida contemporâneo. Sendo assim, é importante pensar sobre a identidade profissional, compreendendo-a como um processo permanentemente em construção. São lançados, então, alguns questionamentos:

- O que é identidade? - Qual é a sua profissão?

- Como é a construção da nossa identidade profissional?

Logo em seguida, abordou-se o processo de construção de identidade profissional especificamente no caso do docente do Ensino Superior. Nesse sentido, foram feitas considerações acerca das lacunas formativas que se pode detectar em sua formação inicial. Além disso, comentou-se sobre os saberes experienciais, aqueles adquiridos através das vivências e experiências na vida pessoal e profissional, que contribuem para a consolidação da identidade docente. Esses saberes experienciais constituem uma das dimensões dos saberes docentes e são importantes, pois permitem ao professor legitimar ou rechaçar as práticas que testa no decorrer de sua atividade docente, auxiliando na constituição de um repertório próprio.

Comenta-se ainda que a identidade docente é construída diariamente e parte também daquilo que compreendemos como os outros nos veem, como vemos os outros e como vemos que os outros nos veem. Neste momento, é citada uma fala do educador Antônio Nóvoa: “o ‘eu’ pessoal não se separa do ‘eu’ profissional”.

Discute-se também o ditado popular diz que ‘pau que nasce torto, morre torto’, repudiando-se essa ideia. A docência não é um dom e, por isso, pode ser aprimorada. Temos que trabalhar as lacunas que nossa formação profissão deixou. Nesse sentido, um

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dos participantes comenta que aprendeu a ser professor na sala de aula. Comenta que suas primeiras aulas foram as piores, pois reproduziu o que aprendeu como aluno.

Enfatiza-se, então, a contribuição de Tardif, quando aponta que os saberes mais importantes são os da experiência. Mas experiência é diferente de repetição.

Retomando a questão da identidade docente, mais alguns questionamentos são lançados para reflexão:

- Por que sou professor? - Eu me realizo?

Comenta-se acerca da motivação pessoal e da satisfação, considerando-se que a relação professor-aluno é uma relação de afeto (ambos afetam e são afetados). Desse modo, o professor tem um compromisso com o aluno e precisa conseguir envolvê-lo. Mas é preciso que haja um comprometimento mútuo, tanto do professor em relação ao aluno quanto do aluno em relação ao professor.

É citado nesse momento o livro “Quem é o bom professor”, de Maria Isabel da Cunha, que aponta algumas características de um bom professor:

- aquele que planeja;

- aquele que cobra de maneira humana; - aquele que sabe ouvir;

- aquele que ... etc.

Tudo isso nos leva a repensar a aula universitária. Nossa formação é tradicional e, por isso, silenciamos nossos alunos. Assim, como ele pode aprender questionar? Em 90% das aulas só o docente fala e quando surge um questionamento solicita-se que seja adiado para o final da aula, mas na maioria das vezes essa pergunta não é feita. Devemos refletir sobre isso, pois não são apenas os conteúdos que ensinamos que formam nossos alunos, mas também nossas ações e nossos exemplos. O mundo mudou, mas nossa sala de aula continua sendo a mesma do século XIX.

Uma professora relatou que fez o curso de magistério há algum tempo e essa formação a despertou para a importância da relação teoria-prática. Chamou a atenção para a necessidade de pensar a aula de forma mais concreta e atrativa. A aula é um encontro, é um acontecimento, temos um contrato didático com nossos alunos. Ela precisa ser mais dinâmica.

Outra professora comentou sobre a falta de comprometimento dos alunos, que muitas vezes não gostam de ler e não cumprem sua parte do contrato didático. Essa situação acaba deixando os docentes angustiados e sem saber o que fazer.

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Iniciou-se nesse momento uma discussão acerca do perfil dos estudantes que têm ingressado na Universidade. Devido às lacunas formativas da educação básica, esse estudante precisa ser orientado para criação de uma rotina de estudos e precisa compreender o papel da Universidade. Por outro lado, cabe aos docentes compreender esse novo perfil de aluno, sua cultura, suas características, para aprender a lidar com ele. Trata-se de um elemento fundamental para se pensar o planejamento. Esse é o nosso público. Como abordá-lo? Temos que saber o que realmente compete a nós. Temos hoje um grande desgaste do comprometimento mútuo entre professor e aluno pela falta de amadurecimento do aluno.

Outra temática destacada nesse momento é a utilização de tecnologias. Um dos participantes comenta que muitos professores ainda têm medo da tecnologia e não acompanham seus alunos, que chegam à Universidade dominando-a muito bem. Por outro lado, é preciso considerar também a disponibilidade de recursos e limitações da Universidade a esse respeito.

Além disso, é preciso considerar que algumas questões políticas relativas à educação ajudam a compor esse cenário. Os problemas da educação básica e o movimento atual de massificação da educação superior trazem para a Universidade não só um novo perfil de estudantes, cada vez mais jovem, mas também novos desafios. Muitos jovens ingressam no Ensino Superior sem gostar do curso que escolheram, mas o fazem por entenderem que fazer um curso superior é necessário.

Outro participante comenta que cada turma é única, que temos que conhecê-la, saber o que ela quer. Diz ainda que quando disponibiliza um material e este não é lido e nem preparado pelos alunos, o processo fica comprometido. E como a aula pode acontecer assim? Na tentativa de amenizar esse problema, seus alunos têm de apresentar toda semana uma atividade avaliativa do material cuja leitura foi solicitada.

Nesse momento uma professora relata que sua grande angustia é que só consegue leitura e resultado com a turma se existe nota no meio do processo.

Vários posicionamentos sobre práticas docentes foram compartilhadas e as intervenções foram bem-vindas, considerando que os encontros não são para “ensinar a dar aula”, pois todos ali o fazem. Mas é necessário que questionemos nossas práticas e as concepções que embasam esse saber.

Retomando tudo o que foi dito, passou-se a discutir sobre a questão: como preparar aula para este público que temos (ligado à tecnologia, novo demais com 16, 17 anos e que ainda não sabe o que quer) com a realidade de hoje?

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Primeiramente, ressalta-se que o docente precisa conhecer o Projeto-Político Pedagógico do seu curso, que é a base para realização de um trabalho coletivo. Temos hoje alunos que não gostam do curso assim como professores que também não gostam. Os docentes precisam reconhecer sua identidade. Alguns professores não gostam de dar aulas em determinados cursos, e isso precisa ser problematizado. É importante saber qual é a relação do componente que ministram com os outros que fazem parte do curso. Temos que contextualizar e trabalhar de forma interdisciplinar. Os significados são construídos justamente no estabelecimento de conexões com outros conhecimentos. Mas não há receita, nem metodologia, a melhor aula é a que o professor domina e que os alunos aprendem. Pois bem disse Paulo Freire: “Não há docência sem discência”. Temos que ter o aluno para que possamos planejar, saber o que a turma quer. O professor é um mediador entre o conhecimento e o aluno, que merece respeito pelo conhecimento que tem. Mas quem cumpre os objetivos são os alunos. E não se pode esquecer que planejar é um ato político e que temos muita autonomia para fazê-lo.

Após esta rodada de discussões entre os docentes, a profª. Geovana retoma falando do planejamento, sua importância, seus objetivos e o que se entende por planejar: a responsabilidade de programar, prever, organizar, sistematizar, elaborar, executar e avaliar.

Levanta os seguintes questionamentos: 1) Para quê? = Qual objetivo?

2) O que? = Qual conteúdo? 3) Como? = Qual metodologia? 4) Quais recursos didáticos? 5) Quais resultados?

6) De que modo avaliar?

Iniciou-se, então, uma parte prática com a análise dos Planos de Ensino entre os grupos de áreas afins, com o acompanhamento da equipe da DIFDO, em caso de dúvidas.

Por fim, foi apresentado o site da DIFDO a partir da página da UFU e orientado sobre como o docente pode se cadastrar na ‘Área Docente’ e ter acesso aos relatos das Rodas de Conversa, dos slides trabalhados e dos textos indicados. É um espaço do professor e só tem sentido se for utilizado por ele.

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Acesse nosso site http://www.difdo.diren.prograd.ufu.br/principal.php ou nosso e-mail difdo@prograd.ufu.br para nos enviar mais contribuições a respeito de propostas de formação continuada.

Uberlândia, 20 de junho de 2013.

Divisão de Formação Docente Diretoria de Ensino/Pró-Reitoria de Graduação Universidade Federal de Uberlândia

Referências

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