SENTENÇA DO AUDITOR SAMY WURMAN PROCESSO: TC - 980/006/12
EXPEDIENTES: TC – 15.574/026/13 (FLS. 112)
REF: OFÍCIO Nº 120, DATADO DE 24/04/2013 DA PM
DE CÁSSIA DOS COQUEIROS E PORTARIA Nº 50, DE 25 DE MARÇO DE 2013
ASSUNTO: ENCAMINHA PARA CONHECIMENTO A CÓPIA DA
INICIAL DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTTRATIVA IMPETRADA PELO M.P.E.S.P. – MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO – PROCESSO Nº 0000542-25.2013.8.26.0111 – Nº DE ORDEM 183/2013, EM TRÂMITE JUNTO AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE CAJURU; COM LIMINAR PROFERIDA PELO MM JUIZ DE DIREITO, DR. MÁRIO LEONARDO DE ALMEIDA CHAVES MARSIGLIA – E – PORTARIA DE AFASTAMENTO, POR ORDEM JUDICIAL, DO SR. ANTONIO CARLOS DA SILVA DO EMPREGO DE ADVOGADO (FLS. 112/131)
TC – 1.227/006/13 (FLS. 136)
REF: PETIÇÃO, DATADA DE 16/08/2.013,
PROTOCOLADA EM 23/08/2013
ASSUNTO: ENCAMINHA PARA JUNTADA AO FEITO,
CONSOANTE RECLAME DO D. REPRESENTANTE DO M.P.C. O INSTRUMENTO DE PROCURAÇÃO (FLS. 136/137)
ÓRGÃO: PREFEITURA MUNICIPAL DE CÁSSIA DOS COQUEIROS RESPONSÁVEL: ANTONIO CARLOS DA SILVA – PREFEITO À ÉPOCA; E,
ROSA MARIA GONÇALVES DA SILVA – PREFEITO ATUAL ASSUNTO: ADMISSÃO DE PESSOAL - CONCURSO PÚBLICO Nº
01/2011 – JUNTADA DE DOCUMENTOS E DECISÃO
INTERESSADOS: ADVOGADO: ANTONIO CARLOS DA SILVA; AUXILIAR DE DENTISTA: THAYANA REGINA DE MELO; AUXILIAR DE FARMÁCIA: SILIVO SANTOS DOS REIS FARIA; COORDENADOR PEDAGÓGICO: MARIA JOSÉ GOMES DE OLIVEIRA, CRISTIANE CASSIA MELO BASTOS, GRAZIELA DE CASSIA ALVES FURQUIM, NADIR APARECIDA SERRA, ELIANA REGINA DA SILVA SOUZA; DENTISTA: CYNTHIA VIEIRA CÉLIA MACIEL; FISCAL GERAL: RONALDO DOS REIS FURQUIM; RECEPCIONISTA: KELE DOS REIS ROSA; SECRETÁRIO DE ESCOLA: MARCELO AUGUSTO MOREIRA; VICE-DIRETOR: VALKYRIA CRISTINA DA CUNHA; E, ELIANA APARECIDA IVAN (TOTALIZANDO 14 INTERESSADOS)
EXERCÍCIO: 2.011
ADVOGADO: OSMAR EUGÊNIO DE SOUZA JÚNIOR (OAB/SP 144.576) – PROCURAÇÃO À FLS. 101; AULUS REGINALDO BORINATO DE OLIVEIRA (OAB/SP 81046); JACQUELINE DE OLIVEIRA (OAB/SP 243.798) – PROCURAÇÃO À FLS. 137
RELATÓRIO
Em exame atos de admissão de pessoal efetivados pela Prefeitura Municipal de Cássia dos Coqueiros (fls. 77/85), no exercício de 2011, precedidos do Concurso Público nº 001/2011 que foram criados pelas Leis Complementares nº 774 e nº 775, ambas de 10 de maio de 2.011.
No que concerne ao exame do concurso quanto ao respeito aos “Princípios” de “Legalidade, Impessoalidade”, “Moralidade”, “Publicidade” e “Eficiência”, atestou a sua regularidade, com as exceções a seguir enunciadas:
A Fiscalização (fls. 90/97) apontou como impropriedade no Edital o item “9.4” no qual ficou estabelecido que:
(...)
“9.4 – Na hipótese de igualdade de nota terá preferência, sucessivamente, os candidatos que:
I – obtiver maior pontuação na prova objetiva; II – tiver maior idade; e
III – tiver maior número de filhos menores.” (G.N.) (...)
Ocorre que o texto do edital não atendeu ao preceito da Lei Federal nº 10.741/03 (“Estatuto do Idoso”), em seu parágrafo único do artigo 27 o qual preceitua que:
(...)
“Art. 27. Na admissão do idoso em qualquer trabalho ou emprego, é vedada a discriminação e a fixação de limite máximo de idade, inclusive para concursos, ressalvados os casos em que a natureza do cargo o exigir.”
“Parágrafo único. O primeiro critério de desempate em concurso público será a idade, dando-se preferência ao de idade mais elevada.” (G.N.)
(...)
Outrossim, como ilegalidade, também constatou que o Sr. Antonio Carlos da Silva, Prefeito à época, que é advogado, prestou o concurso, elaborado em sua Gestão, obtendo a terceira classificação, sendo que o primeiro e o segundo classificados foram convocados (1º. Joaquim Paulo Lima Silva; e, 2º. Nicole Pascoal Pignata), tendo o primeiro classificado desistido do Cargo, e a segunda classificada não atendeu a convocação, consoante documentos encartados às fls. 65/69; e em sendo o terceiro classificado foi convocado foi admitido; e que, logo após a sua posse, licenciou-se do cargo efetivo em virtude de estar exercendo mandato eletivo (fls. 70/73). Tal fato resultou em prejuízo aos cofres Públicos, pois a Municipalidade possui apenas um cargo para a função de advogado, e que frente ao afastamento referido se viu obrigada a contratar de forma terceirizada, outro profissional (registrou que o salário do advogado consoante Lei Municipal era de R$ 3.500,00, enquanto que os serviços contratados foram fixados com a média
mensal de R$ 3.500,00 e o contrato total fixado em R$ 69.600,00).
Frente a tal fato, a Fiscalização asseverou que tais fatos e procedimentos constituem afronta aos “Princípios Constitucionais” insculpidos no artigo 37 da Carta Magna e que regem a Administração Pública, a saber: “Impessoalidade”, “Moralidade” e “Eficiência”; razão pela qual concluiu pela negativa deste específico registro.
Em cumprimento ao Comunicado SDG nº 35/2010, acostou a Declaração, às fls. 50 informando que os funcionários admitidos no exercício de 2011 não possuíam acúmulo de cargos, exceto as Professoras Valkyria Cristina da Cunha e Maria José Gomes, as quais entrementes com compatibilidade de horário.
De outro lado salientou que os “Termos de Ciência e de Notificação” foram devidamente assinados pelos interessados e encontram-se encartados às fls. 51/64.
Quanto aos gastos com pessoal frente a L.R.F. atestou que o Poder Executivo Municipal encontrava-se dentro do limite previsto no artigo 20 e que não ultrapassara o limite prudencial de 95% previsto no parágrafo único do artigo 22 do mesmo diploma legal, em todos os quadrimestres de 2011.
Pelos fatos apontados concluiu que os atos de admissão de fls. 78/85 poderiam ser apreciados e considerados
legais para fins de registro, sem prejuízo da expedição de recomendação ao Órgão para que no futuro elaborasse os seus
editais em observância ao “Estatuto do Idoso”, mormente quanto ao critério de desempate “de maior idade” com exceção e negativa de registro para no caso de ilegalidade do “Cargo de Advogado”, ocupado pelo Sr. Antonio Carlos da Silva, relacionado à fls. 77
Em razão dos apontamentos da Fiscalização, às fls. 99, o Órgão Público foi notificado, com supedâneo nos termos do inciso XIII, artigo 2º, da Lei Complementar nº 709/93, conforme fls. 62/63.
Após, observo que o Sr. Antônio Carlos da Silva, Prefeito à época, formaliza a juntada do Instrumento de Procuração e a solicitação de extração de cópias, às fls. 100/102; e em ulterior providência, juntou suas justificativas de fls.103/108, postuladas pelo advogado Aulus Reginaldo Borinato de Oliveira, que a seguir resume-se:
1º - Sintetiza o feito e no mérito, debatendo a conceituação dos “Princípios Constitucionais” da “Impessoalidade”, da “Moralidade Administrativa” e da “Eficiência”;
2º - Que foi contratada uma empresa, por meio de certame licitatório para elaborar o Edital, formular questões, aplicar as provas e corrigi-las;
3º - Por ocasião do concurso comunicara o Ministério Público Estadual, o qual não compareceu as provas, mas em contrapartida exigiu e recebeu todos os cadernos de provas, junto à empresa que as aplicou no dia posterior à
realização das mesmas; e que com tal providência saneadora por parte do MPE
poderia ser concluído que restara demonstrado à lisura do concurso público;
4º que a sua participação do Alcaide estava assegurada no artigo 5º da Carta Magna;
5º Que a sua inscrição, classificação e desistência e/ou o não comparecimento dos candidatos que obtiveram classificações superiores à sua validavam a sua posse, e o necessário subsequente afastamento para exercício de cargo de mandato eletivo, avocando a seu favor os preceitos do artigo 28 e § 1º, c.c. inciso II do artigo 38 da C.F./88; assim como, com o inciso I do artigo 28 do Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil, o qual apregoa a incompatibilidade Do exercício da advocacia com as funções de Chefe do Poder Executivo e Membros do Poder legislativo e seus Substitutos legais
Encaminhados os autos com vistas ao Ministério Público de Contas, às fls. 110, às fls. 110-Verso, este observou a ausência do Instrumento de Procuração na petição de fls. 103/108; e, em manifestação preliminar ultimou pela adoção do procedimento de juntada de tal documento.
Após, a Origem, em 24/04/2013, às fls. 112, a Origem, na pessoa de seu atual Prefeito, a Srª Rosa Maria Gonçalves da Silva encaminha o Ofício PM Cássia dos Coqueiros nº 120, de 24 de Abril de 2013, por meio do qual encaminhou a cópia da inicial da Ação Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa impetrada pelo M.P.E.S.P. – Ministério Público do Estado de São Paulo, Processo nº 0000542-25.2013.8.26.0111 – Ordem nº 183/2013, em trâmite junto ao Juízo de Direito da Vara Única da Comarca de Cajuru; com Liminar proferida pelo MM. Juiz de Direito, e Portaria de Afastamento, por Ordem Judicial, do Sr. Antonio Carlos da Silva, do Emprego de Advogado (fls. 112/131).
Em 23/08/2013, às fls. 136/137, os Patronos do Ex-Prefeito, em atendimento ao reclame do D. Representante do MPC, consoante ultimado às fls. 110-verso juntaram o seu Instrumento de Mandato; sendo o feito remetido novamente ao Órgão para manifestação de mérito, cujo Parecer, assim se resume:
1º - (...) “as regras elencadas no artigo 37 da Constituição Federal estabelecem as diretrizes básicas de atuação dos agentes políticos no exercício de suas funções junto a Administração, pautadas dentro da lealdade e da boa-fé, da ética, dos bons costumes, sem predomínio de subjetivismos e particularidades, especificamente, dentro de uma moral de conduta
administrativa, que constitui requisito de validade para todo ato que for
realizado.” (...)
E, considerando que (...) “a contratação, ora em comento, constituiu apenas uma tentativa inidônea de garantir uma roupagem constitucional a um ato contrário ao regime jurídico administrativo.” (...)
Logo, os atos praticados em favor de si próprio constituíram “ato de improbidade administrativa”, nos termos preconizados pelo artigo 11, da Lei 8.429/19921.
2ºDestaca a “Decisão” já proferida na Esfera Civil contra indigitados procedimentos e atos administrativos; e,
3º Pugna pela regularidade das admissões em exame e pela ilegalidade da admissão do Ex-Prefeito, Sr. Antonio Carlos da Silva.
DECISÃO
A análise dos autos enseja a aprovação parcial da matéria, haja vista que as alegações e justificativas apresentadas pelo responsável pelas contratações não têm o condão de extinguir as constatações efetivadas e lançadas pela Fiscalização da UR.6 – Unidade Regional de Ribeirão Preto.
Acolho as manifestações unânimes dos Órgãos Técnicos da Casa (Fiscalização e Chefia, Assessoria Técnica e Chefia); e, do Ministério Público de Contas no sentido da regularidade parcial da matéria e expedição de recomendações.
Assim sendo, considero como “falha formal” a ocorrência no Edital elaborado que não observou o preceito contido na Lei Federal nº 10.741/03, o “Estatuto do Idoso”, em seu parágrafo único do artigo 27 o qual preceitua expressamente que (...) “O primeiro critério de desempate em concurso público será a idade, dando-se preferência ao de idade mais elevada.” (...), EXPEÇO RECOMENDAÇÃO NO SENTIDO DE QUE A ORIGEM, OBSERVE COM MAIOR RIGOR A LEGISLAÇÃO QUE REGULAMENTA A MATÉRIA.
Tal conclusão foi atingida nos autos haja vista não termos notícia de que o certame tenha sido questionado especificamente quanto a este fato, e por via de consequência, temos por finalização que não houve prejuízo aos partícipes do Concurso Público em exame.
Por outro lado, no que tange à contratação do Ex-Prefeito para o Cargo de Advogado, em concurso realizado em sua Gestão, no qual o mesmo sagrou-se aprovado e admitido; assevero que a busca acertada dos interesses coletivos ultima o Administrador a adequar-se aos “Princípios” insculpidos na “Carta Magna”, à “legalidade” estrita dos seus atos com os ditames da legitimidade impingida.
Assim sendo, a prática de qualquer ocorrência revestida de ato contrário à “honestidade,” a “imparcialidade”, à “lealdade” e ao “princípio da legalidade”, constitui “ATO DE
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA”, nos termos ditados pelo art. 11, da Lei 8.429/19921.
Aliás, neste sentido, consta a adoção de providências da alçada do D. Representante do Ministério Público Estadual, posto constar dos autos (fls. 113/132) o Mandado de Notificação, de fls. 113/115, da cópia da Ação Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa, c.c. Obrigação de Fazer, com incluso pedido de natureza Cautelar Liminar, às fls. 116/131, que resultou na elaboração da Portaria Municipal nº 50, de 25/03/2013, a qual afastou do Cargo o Ex-Alcaide, Sr. Antônio Carlos da Silva, em razão da Ação referida, conforme fls. 132.
Por todo o exposto, e nos termos do que dispõe a Resolução n° 03/2012 deste Tribunal, JULGO LEGAIS os atos de admissão dos Cargos de: Auxiliar de Dentista; Auxiliar de Farmácia; Coordenador Pedagógico; Dentista; Fiscal Geral; Recepcionista; Secretário de Escola; e Vice-Diretor (para os Interessados retro elencados de fls. 78/85), REGISTRANDO-OS, nos termos do artigo 2º, inciso V, da Lei Complementar Estadual nº 709/93; e, JULGO ILEGAL o ato de admissão para o Cargo de Advogado, no caso da Admissão do Ex-Prefeito, Sr. Antonio Carlos da Silva de fls. 77, NEGANDO-LHE REGISTRO e aplicando-se, por via de consequência, o disposto nos incisos XV e XXVII do artigo 2° da Lei Complementar Estadual nº 709/93.
Outrossim, nos termos do artigo 104, inciso II da Lei Complementar n° 709/93, APLICO MULTA no valor de 300 (trezentos) UFESP’s ao responsável e Prefeito à época, o Sr. Antonio Carlos da Silva.
RECOMENDO que a origem, por ocasião da elaboração dos próximos editais de concursos e/ou processos seletivos, observe a necessidade de atender a legislação pertinente, especialmente ao Estatuto do Idoso (parágrafo único do artigo 27, da Lei Federal nº 10.741/03), no que tange ao critério de desempate.
Ao Cartório para comunicações de estilo, ao atual Prefeito, Srª Rosa Maria Gonçalves da Silva, para que comprove, junto a este Tribunal, no prazo de 60 dias, as medidas adotadas visando à regularização da matéria considerada irregular por esta Corte, alertando-os que o descumprimento poderá ensejar a imposição de multa prevista no artigo 104, inciso III, da citada norma complementar, e comunicação do fato ao DD. Ministério Público do Estado.
Decorrido o prazo, sem interposição de recurso, a autoridade deverá ser notificada, nos termos do artigo 86 da Lei Complementar n° 709/93, para pagamento da multa imposta, implicando o não recolhimento, na sua inscrição em dívida ativa.
Autorizo vista e extração de cópias dos autos no Cartório do Corpo de Auditores, observadas as cautelas de estilo.
Publique-se, por extrato. 1. Ao cartório para:
a) Vista e extração de cópias no prazo recursal;
b) Certificar;
c) Oficiar ao atual Prefeito, Srª Rosa Maria Gonçalves da Silva, nos termos do inciso XXVII, do artigo 2º, da Lei Complementar
Estadual n. 709/93, encaminhando cópia de peças dos autos (sentença), devendo, no prazo de 60 dias, este Tribunal ser informado sobre as providências adotadas, sob pena de multa, nos termos do artigo 104, inciso III da Lei Complementar n° 709/93,
bem como a comunicação do fato ao DD. Ministério Público do Estado, para apuração. d) Comunicar à Câmara Municipal remetendo-lhe cópia dos presentes documentos, nos termos do artigo 2º,inciso XV da Lei Complementar Estadual n. 709/93.
e) Notificar pessoalmente o Responsável, o Sr. Antonio Carlos da Silva, Prefeito à época, para recolhimento da multa imposta, no prazo de 30 dias;
f) Na ausência do recolhimento da multa, adotar as providências necessárias para inscrição do débito na divida ativa;
g) Comunicar ao Ministério Público Estadual a Decisão adotada por esta Corte de Contas. 2. Ao DSF competente para anotações, e demais providências cabíveis.
C.A., 02 de Setembro de 2014. SAMY WURMAN
AUDITOR
PROCESSO: TC - 980/006/12
EXPEDIENTES: TC – 15.574/026/13 (FLS. 112)
REF: OFÍCIO Nº 120, DATADO DE 24/04/2013 DA PM DE CÁSSIA DOS COQUEIROS E PORTARIA Nº 50, DE 25 DE MARÇO DE 2013
ASSUNTO: ENCAMINHA PARA CONHECIMENTO A CÓPIA DA INICIAL DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTTRATIVA IMPETRADA PELO M.P.E.S.P. – MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO – PROCESSO Nº 0000542-25.2013.8.26.0111 – Nº DE ORDEM 183/2013, EM TRÂMITE JUNTO AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE CAJURU; COM LIMINAR PROFERIDA PELO MM JUIZ DE DIREITO, DR. MÁRIO LEONARDO DE ALMEIDA CHAVES MARSIGLIA – E – PORTARIA DE AFASTAMENTO, POR ORDEM JUDICIAL, DO SR. ANTONIO CARLOS DA SILVA DO EMPREGO DE ADVOGADO (FLS. 112/131)
TC – 1.227/006/13 (FLS. 136)
REF: PETIÇÃO, DATADA DE 16/08/2.013, PROTOCOLADA EM 23/08/2013
ASSUNTO: ENCAMINHA PARA JUNTADA AO FEITO, CONSOANTE RECLAME DO D. REPRESENTANTE DO M.P.C. O INSTRUMENTO DE PROCURAÇÃO (FLS. 136/137)
ÓRGÃO: PREFEITURA MUNICIPAL DE CÁSSIA DOS COQUEIROS RESPONSÁVEL: ANTONIO CARLOS DA SILVA – PREFEITO À ÉPOCA; E,
ROSA MARIA GONÇALVES DA SILVA – PREFEITO ATUAL ASSUNTO: ADMISSÃO DE PESSOAL - CONCURSO PÚBLICO Nº
01/2011 – JUNTADA DE DOCUMENTOS E DECISÃO
INTERESSADOS: ADVOGADO: ANTONIO CARLOS DA SILVA; AUXILIAR DE DENTISTA: THAYANA REGINA DE MELO; AUXILIAR DE FARMÁCIA: SILIVO SANTOS DOS REIS FARIA; COORDENADOR PEDAGÓGICO: MARIA JOSÉ GOMES DE OLIVEIRA, CRISTIANE CASSIA MELO BASTOS, GRAZIELA DE CASSIA ALVES FURQUIM, NADIR APARECIDA SERRA, ELIANA REGINA DA SILVA SOUZA; DENTISTA: CYNTHIA VIEIRA CÉLIA MACIEL; FISCAL GERAL: RONALDO DOS REIS FURQUIM; RECEPCIONISTA: KELE DOS REIS ROSA; SECRETÁRIO DE ESCOLA: MARCELO AUGUSTO MOREIRA; VICE-DIRETOR: VALKYRIA CRISTINA DA CUNHA; E, ELIANA APARECIDA IVAN (TOTALIZANDO 14 INTERESSADOS)
EXERCÍCIO: 2.011
ADVOGADO: OSMAR EUGÊNIO DE SOUZA JÚNIOR (OAB/SP 144.576) – PROCURAÇÃO À FLS. 101; AULUS REGINALDO BORINATO DE OLIVEIRA (OAB/SP 81046); JACQUELINE
DE OLIVEIRA (OAB/SP 243.798) – PROCURAÇÃO À FLS. 137
SENTENÇA: FLS. 141/148
EXTRATO: Pelos fundamentos expostos na sentença referida, JULGO LEGAIS os atos de admissão dos Cargos de: Auxiliar de Dentista; Auxiliar de Farmácia; Coordenador Pedagógico; Dentista; Fiscal Geral; Recepcionista; Secretário de Escola; e Vice-Diretor (para os Interessados retro elencados de fls. 78/85), REGISTRANDO-OS, nos termos do artigo 2º, inciso V, da Lei Complementar Estadual nº 709/93; e, JULGO ILEGAL o ato de admissão para o Cargo de Advogado, no caso da Admissão do Ex-Prefeito, Sr. Antonio Carlos da Silva de fls. 77, NEGANDO-LHE REGISTRO e aplicando-se, por via de consequência, o disposto nos incisos XV e XXVII do artigo 2° da Lei Complementar Estadual nº 709/93.
Outrossim, nos termos do artigo 104, inciso II da Lei Complementar n° 709/93.
APLICO MULTA no valor de 300 (trezentos) UFESP’s ao responsável e Prefeito à época, o Sr. Antonio Carlos da Silva.
RECOMENDO que a origem, por ocasião da elaboração dos próximos editais de concursos e/ou processos seletivos, observe a necessidade de atender a legislação pertinente, especialmente ao Estatuto do Idoso (parágrafo único do artigo 27, da Lei Federal nº 10.741/03), no que tange ao critério de desempate.
AUTORIZO vista e extração de cópias dos autos no Cartório do Corpo de Auditores, observadas as cautelas de estilo.
PUBLIQUE-SE.
C.A., 02 de Setembro de 2014.
SAMY WURMAN AUDITOR
