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Como se fazem relógios?

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Relatório Técnico

Como se

fazem

relógios?

Relógios Atómicos

Trabalho realizado por:

201306423 – Gonçalo Nuno V. N. C. Carvalho 201303045 – Luís Daniel Magalhães S. Pinto 201306321 – Luís Miguel Gomes Silva 201306322 – Luís Pedro Pinto Costa

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Curso de Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica

Como se fazem relógios?

Relógios Atómicos

Unidade Curricular: Projeto FEUP

Supervisora: Engenheira Teresa Margarida Guerra Pereira Duarte Monitora: Sara Mariana Pereira Soares Rocha

Grupo: 1M4_04

201306423 – Gonçalo Nuno Vale Novo da Costa Carvalho 201303045 – Luís Daniel Magalhães da Silva Pinto

201306321 – Luís Miguel Gomes Silva 201306322 – Luís Pedro Pinto Costa

Data de entrega: Porto, 04 de novembro de 2013

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Agradecimentos

Na realização deste trabalho contamos com a orientação da Engª Teresa Duarte, que demonstrou total disponibilidade para auxiliar o grupo durante o projeto.

Foi também fundamental o conhecimento das alunas Sara Rocha e Maria João do 5º ano do MIEM para o auxílio ao conhecimento de novas formas e fontes de pesquisa na realização do relatório técnico.

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Índice

1. O relógio ao longo dos tempos ... 5

2. Tipos de Relógios ... 7 2.1 Relógios Solares ... 7 2.2 Relógios de água ... 7 2.3 Relógios mecânicos ... 8 2.4 Relógios de quartzo ... 9 2.5 Relógios Atómicos ... 10

2.5.1 Introdução aos relógios atómicos ... 10

2.5.2. Tipos de relógios atómicos ... 11

2.5.2.1 Relógio atómico de césio ... 11

2.5.2.2 Relógio atómico de hidrogénio ... 11

2.5.2.3 Relógio atómico de rubídio ... 11

2.5.3 Componentes... 12

2.5.4 Funcionamento dos relógios atómicos ... 12

2.5.5 Teoria de Bohr ... 15

2.5.6 Hidrogénio ... 16

2.5.7 Césio ... 17

2.5.8 Rubídio ... 18

2.5.9 Principais vantagens e desvantagens entre os relógios atómicos ... 19

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Lista de Ilustrações

Ilustração 1: Obelisco utilizado no Egito para medir o tempo ... 5

Ilustração 2- Desenvolvimento do relógio. ... 6

Ilustração 3: Relógio Solar ... 7

Ilustração 4: Clepsidra ... 8

Ilustração 5: Relógio Mecânico (de pêndulo) ... 9

Ilustração 6: Relógio de Quartzo ... 9

Ilustração 7: Relógio Atómico ... 11

Ilustração 8: Componentes de um relógio atómico ... 12

Ilustração 9: Funcionamento de um relógio atómico ... 14

Ilustração 10: Modelo de Bohr ... 15

Ilustração 11: Hidrogénio ... 16

Ilustração 12: Césio ... 17

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Palavras-chave

 Relógio atómico

 Excitação

 Desexcitação

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Como se fazem relógios? – Relógios atómicos

Resumo

Este relatório técnico, realizado no âmbito da unidade curricular Projeto FEUP, do Mestrado Integrado de Engenharia Mecânica da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, tem como finalidade responder à pergunta: “ Como se fazem relógios? – Relógios atómicos”.

O projeto tem início com uma introdução aos relógios, fazendo uma breve referência ao seu conceito, seguindo-se uma contextualização histórica sobre o seu aparecimento e evolução.

O nosso grupo teve como foco principal os relógios atómicos e como tal procedeu-se à explicação dos diferentes tipos de relógios atómicos existentes, assim como do seu processamento e funcionamento.

Todo o trabalho de pesquisa foi feito de forma a tornar este relatório fidedigno e coerente.

O trabalho está realizado de forma progressiva de forma a tornar mais fluída a leitura e compreensão deste.

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Como se fazem relógios? – Relógios atómicos

Objetivos

Com este trabalho o grupo pretende:

 Ter uma melhor integração e adaptação à Faculdade;

 Promover o espírito de equipa e o trabalho em grupo;

 Melhorar a capacidade de pesquisa, organização e síntese de informação;

 Aumentar as competências de comunicação eficaz dentro do grupo;

 Contextualizar o leitor na história e evolução dos relógios;

 Explicar o funcionamento dos relógios atómicos, bem como complementar essa explicação com matéria adjacente que permite um enriquecimento de conceitos que tornará mais fácil o entendimento destes relógios e as suas vantagens;

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Como se fazem relógios? – Relógios atómicos

Introdução

A invenção dos relógios mostrou ao longo dos séculos ter sido um marco bastante significativo na história da Humanidade tendo em conta a importância que assumiram nas comunidades. De facto os relógios permitiram uma evolução contígua nas mais diversas áreas de estudo e permitiram importantes avanços tecnológicos e sociais.

Mas afinal o que é um relógio?

Um relógio é qualquer aparelho que tenha como função a medição do tempo. Existem relógios dos mais diversos tipos, e aproveitando as características de cada um desses relógios utilizam-se estes para funções mais específicas, sendo que neste contexto se pode inserir os relógios atómicos como os relógios que cumprem as funções mais exigentes e onde o rigor de medição temporal assume uma profunda importância.

Estes relógios, que são recentes quando comparados com os primórdios deste engenho, são os mais complexos pois funcionam à base de reações químicas e a sua fidedignidade é praticamente absoluta numa escala temporal de uma vida humana. Mesmo dentro destes relógios existem diferentes tipos, sendo as diferenças ao nível dos elementos químicos utilizados.

As reações químicas envolvidas no funcionamento destes relógios são reações de excitação e desexcitação com emissão de energia, fundamentadas pelo modelo de Niels Bohr [1].

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1. O relógio ao longo dos tempos

Pensa-se que o primeiro aparelho que possa estar indicado à medição de tempo data de há 3500 a.C. e eram usados obeliscos, como o observado na ilustração 1, em que o sol era a referência natural para distinguir dias de noites [2]. No entanto, foi há 600 a.C., na Judeia, onde usavam relógios de água e relógios de areia ou ampulhetas, que surgiram os primeiros relógios [3] apesar de se achar que os egípcios já os poderiam ter usado há 1400 a.C. [2].

Ilustração 1: Obelisco utilizado no Egito para medir o tempo

Já na era atual, durante o século VIII surgiram os primeiros relógios mecânicos. Sabe-se que um monge budista chinês criou um relógio mecânico que criou uma revolução completa pois usava um sistema complexo de engrenagens. Sabe-se também que o Califa de Bagdad criou um relógio mecânico de onde saia um cavaleiro que dizia as horas. Por estes motivos crê-se que os asiáticos criaram os relógios mecânicos apesar de muitos considerarem o Papa Silvestre II como o inventor [3]. Apesar desta controvérsia toda, após a construção do primeiro relógio mecânico e do domínio das suas funcionalidades como a eletrónica e o efeito piezoelétrico [4] foi possível a

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construção de outros relógios como o relógio de bolso, o de quartzo, de pêndulo ou de pulso [3].

Primeiro, foi criado o relógio de pêndulo, que funciona segundo a lei do pêndulo desenvolvida por Galileu Galilei. No entanto, este só foi materializado mais tarde, em 1656 [2]. Durante este século foi criado o primeiro relógio de bolso por Pedro Henlein. Estes relógios eram muito raros e eram como verdadeiras jóias, pois poucos tinham um. Eram também representativos da alta aristocracia [3]. Após o aperfeiçoamento dos relógios de pêndulo durante três séculos, começaram a surgir os primeiros relógios em quartzo. Estes eram mais precisos que qualquer um que já existira, desfazendo-se apenas um milissegundo por mês [2]. Ao longo destes anos também foi inventado o relógio de pulso pelo relojoeiro Abraham Louis Bréguet que veio permitir que fosse mais fácil o transporte do relógio [3]. Finalmente, em meados do século passado, em 1948, foi criado o primeiro relógio atómico que é baseado na frequência de uma vibração de um átomo. Nesta altura o desfasamento era semelhante aos relógios de quartzo. No entanto, com o avançar das tecnologias, os relógios atómicos tornaram-se os mais precisos com um desfasamento de um milissegundo em 1400 anos [2]. Na ilustração 2 podemos verificar vários relógios que foram utilizados nos dias de hoje e algumas peças importantes como as rodas dentadas.

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2. Tipos de Relógios

2.1 Relógios Solares

É o tipo de relógio mais antigo. Durante séculos, a humanidade orientou-se pela “sombra do gnomo”, que é a projeção de um objeto feita pelo sol, para medir o tempo. No paleolítico ou neolítico, os homens, para fazerem a medição do tempo, baseavam-se no comprimento das suas sombras, que crescia até ao meio dia, e depois diminuía até anoitecer [5].

Posteriormente, a mediação do tempo dirigiu-se para o calendário, o que ajudou na identificação das estações do ano, beneficiando as civilizações que trabalhavam na agricultura. O relógio de Sol mais antigo surgiu por volta de 1500 A.C., no Egipto. Feito em pedra, com a forma de um T, suportava outra peça perpendicularmente. As horas estavam marcadas na pedra de forma regular. A posição da sombra indicava a hora [5]. Este relógio está exemplificado na ilustração 3.

Ilustração 3: Relógio Solar

2.2 Relógios de água

O relógio de água ou clepsidra, como o da ilustração 4, foi um dos primeiros relógios a ser inventado pela Humanidade. É constituído por dois depósitos, situados em níveis diferentes: um superior, com uma pequena abertura, que contém a água; e outro inferior, inicialmente vazio, com uma escala de níveis marcada. Ao verter a água do recipiente superior para o

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inferior, observa-se o tempo decorrido através da escala. A primeira clepsidra foi encontrada em Karnak, no Egito [5].

Ilustração 4: Clepsidra

2.3 Relógios mecânicos

O relógio de pêndulo, ver ilustração 5, foi o primeiro relógio mecânico a ser construído. Surgiu em 1656 e o seu funcionamento baseava-se em engrenagens e pesos.

O pêndulo tem uma propriedade fundamental: o ponto - a quantidade de tempo que leva a fazer uma oscilação completa. Esta propriedade apenas está relacionada com o comprimento do pendulo e com a força da gravidade. Uma vez que a gravidade é constante em qualquer parte do planeta, o único fator de que depende o ponto é do comprimento do pêndulo.

Mas o pêndulo não vai balançar eternamente. É necessário um trabalho adicional de engrenagem de escape para ultrapassar o atrito e permitir que o pêndulo se mantenha em movimento. O ponto do pêndulo corresponde a aproximadamente um segundo [6].

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Ilustração 5: Relógio Mecânico (de pêndulo)

2.4 Relógios de quartzo

O quartzo, por ser um material piezoelétrico, ou seja, quando submetido a uma pressão gera um campo elétrico, quando é estimulado por energia elétrica alternada, vibra numa determinada frequência, chamada ressonância, que é definida pelo corte e lapidação, que varia muito pouco com a temperatura e a oscilação de energia.

Posteriormente, esta vibração será amplificada por via eletrónica, o que vai acionar um contador de tempo. O primeiro relógio de quartzo surgiu em 1933 [7]. Na ilustração 6 está representado um relógio de quartzo.

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2.5 Relógios Atómicos

2.5.1 Introdução aos relógios atómicos

Os relógios atómicos são relógios extremamente precisos que funcionam à base da energia libertada por reações nucleares – excitação/desexcitação [1].

O primeiro relógio atómico foi construído nos Estados Unidos da América em 1948, tendo-se otimizado esse relógio dando origem a uma versão mais refinada em 1955, no Reino Unido, construído por Louis Essen utilizando os átomos de Cs-133 (césio-133) [9].

A precisão destes relógios é de tal ordem que a definição de segundo foi alterada, em 1967, em função do funcionamento de um dos tipos destes relógios, o do césio 133, sendo que se considera um segundo o tempo decorrido para ocorrerem 9,19 x109 ciclos de transições de átomos de Cs-133 (césio-133). Estes relógios são relativamente raros devido aos montantes exigidos para a sua construção, ao conteúdo de funcionamento e às suas proporções. Concretamente, a precisão destes relógios pode ser demonstrada pelo atraso de apenas um segundo a cada 1,4 x106 segundos (no caso dos relógios de Césio-133) [1].

O seu funcionamento consiste nas reações de excitação e desexcitação dos átomos (transição entre níveis energéticos) com consequente libertação de quantidades precisas de energia cujo oscilador eletrónico que está ligado ao núcleo processa e após um certo número de reações assume-se a passagem de um segundo [10].

Estes relógios são utilizados para situações bastante concretas do quotidiano que exigem exatidão na medida temporal como nos sistemas GPS, em que a precisão é fundamental na triangulação dos satélites, as sondas

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enviadas para o espaço requerem o uso de relógios atómicos, é através destes que físicos e astrónomos efetuam medições de distâncias no espaço e na Internet, a sincronização das suas diferentes componentes faz-se recorrendo a estes relógios [11].

2.5.2 Tipos de relógios atómicos

Apesar de existirem diferentes tipos de relógios atómicos, os seus princípios de funcionamento são semelhantes. A principal diferença assenta no elemento utilizado e nos meios de deteção, quando os níveis de energia se alteram. Na ilustração 7 está representado um relógio atómico.

2.5.2.1 Relógio atómico de césio: faz-se incidir um feixe de átomos de césio. Por meio de um campo magnético, o relógio separa os átomos de césio de diferentes níveis de energia.

2.5.2.1 Relógio atómico de hidrogénio: mantêm os átomos de hidrogénio no nível de energia necessário num recipiente com paredes de um material especial, pois assim os átomos não perdem o seu estado de energia elevado muito rapidamente.

2.5.2.3 Relógio atómico de rubídio: o mais simples e compacto, usa uma célula de vidro com gás de rubídio que muda a sua absorção de luz na frequência ótica de rubídio quando a frequência de micro-ondas ao redor é a correta [8].

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2.5.3 Componentes

As componentes de um relógio atómico são um núcleo, um oscilador de frequências, um tubo de feixes com duas extremidades, um íman, um contador eletrónico e dois lasers: um de referência e um de refrigeração [11]. Estes componentes apresentam-se representados na ilustração 8.

Ilustração 8: Componentes de um relógio atómico

2.5.4 Funcionamento dos relógios atómicos

A parte do relógio atómico que é responsável por manter o tempo constante é um oscilador de quartzo. Na maioria dos relógios de quartzo, o oscilador é sintonizado com precisão quando este é produzido, mas a sua frequência nunca mais torna a ser verificada. Ao longo do tempo, ocorrem ligeiras mudanças, de forma imprevisível, na frequência, fazendo com que o relógio fique mais rápido ou mais lento.

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A finalidade do complicado mecanismo de um relógio atómico é verificar a frequência do oscilador de quartzo, configurando ao relógio uma precisão única.

Um átomo é formado por um conjunto de eletrões que rodeiam o núcleo numa determinada órbita, às quais correspondem diferentes níveis de energia. O eletrão ao passar de uma órbita elevada para uma mais baixa (Teoria de Bohr, explicada mas à frente), irá emitir energia sob a forma de radiação eletromagnética, com uma frequência bem definida, dependente da diferença de energia entre as duas órbitas. Se um eletrão no primeiro nível de energia é fornecido com uma radiação com uma frequência exata, este irá passar para o nível seguinte.

O elemento mais usado num relógio atómico é o Césio-55. Cada átomo deste elemento contém 55 eletrões, sendo que o último normalmente se encontra mais longe do núcleo do que os restantes. Nesta órbita, a energia do eletrão pode ter dois valores ligeiramente diferentes, dependendo do valor de spin deste. A diferença de energia entre os dois estados corresponde a ondas de rádio com uma frequência de 9,19 x109 Hz. Os átomos têm diferentes propriedades magnéticas nestes dois estados.

Numa das extremidades do relógio de césio encontra-se um forno que evapora átomos de césio a partir da superfície de uma peça de metal. Estes átomos irão ter os seus eletrões com um dos dois arranjos descritos anteriormente. É, então, usado um íman para separar e descartar aqueles com a energia mais elevada.

O oscilador de cristal de quartzo do relógio está sintonizado com a maior precisão possível para 9,19x109 Hz. Este controla uma fonte de ondas de rádio que visa os átomos com a energia mais baixa. Na outra extremidade do tubo de

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feixe encontra-se outro íman, que separa os átomos que foram alterados, daqueles que não sofreram alterações.

Os átomos cujo estado tenha sido modificado são contados por um detetor. Se o número de átomos que sofreram alterações começar a diminuir, é porque a frequência do cristal de quartzo sofreu alterações. Neste caso, um sistema de controlo automático ajusta o oscilador de cristal até que o número de átomos alterados atinge o máximo novamente, prevenindo a mudança de frequência do oscilador de cristal e mantendo o relógio preciso. Um contador eletrónico converte a frequência de oscilação de impulsos em intervalos de, exatamente, um segundo [12]. Na ilustração 9 pode observar-se um esquema do funcionamento dos relógios atómicos.

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2.5.5 Teoria de Bohr

Niels Bohr apresentou, em 1913, uma explicação complementar aos trabalhos acerca dos espectros de emissão e absorção de Einstein e Planck, visando apenas o caso particular do átomo de hidrogénio. No entanto, o seu modelo foi adotado, entretanto, para todos os outros elementos.

Na sua teoria, Bohr referia que havia diferentes níveis de energia ao redor do núcleo de um átomo (onde circundavam eletrões), com energias bem definidas, e que quanto mais próximo do núcleo (ou seja, quanto menor fosse o seu número quântico) estivesse o eletrão, mais estável este se encontrava.

O mais importante era contudo o facto de Bohr referir que quando um eletrão era atingido por uma quantidade exata de energia transitava de nível energético, originando uma risca negra no espetro de emissão do hidrogénio. Eventualmente esse eletrão acabaria por voltar ao estado fundamental emitindo energia, o que na prática resulta numa risca colorida (com cor variável, dependendo da região de emissão) no espetro de absorção.

Este processo ficou conhecido como o processo de excitação e desexcitação dos átomos [13]. Na ilustração 10 verificamos um esquema representativo dos processos de excitação e desexcitação apresentados na Teoria de Bohr.

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2.5.6 Hidrogénio

Ilustração 11: Hidrogénio

O Hidrogénio foi o primeiro elemento a aparecer no Universo. Está situado no 1º período e no 1º grupo da Tabela Periódica, tem massa atómica de aproximadamente 1g/mol e um eletrão de valência.

Nas condições normais de pressão e temperatura (CNPT), apresenta-se na forma gasosa, sendo um gás incolor, inodoro, inflamável e não solúvel em água.

Este elemento constitui cerca de 75% da massa elementar do Universo, sendo por isso o elemento mais abundante no mesmo.

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2.5.7 Césio

Ilustração 12: Césio

O Césio é um metal alcalino situado no 6º período e no 1º grupo da Tabela Periódica e tem massa atómica de aproximadamente 133 g/mol.

Nas CNPT encontra-se no estado líquido e é um metal dúctil e bastante reativo.

É o elemento que possui mais isótopos no Universo (32), sendo o isótopo de Césio-133 o utilizado nos relógios atómicos e o de Césio-137 usado em bombas atómicas. Apenas o isótopo de Césio-133 é estável na sua forma natural.

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2.5.8 Rubídio

Ilustração 13: Rubídio

O Rubídio é um metal alcalino situado no 5º período e no 1º grupo da Tabela Periódica e tem massa atómica de aproximadamente 37 g/mol.

Nas CNPT encontra-se no estado líquido e é bastante reativo com o ar. Entre as suas aplicações estão os lasers e está em estudo o uso deste elemento como combustível em viagens espaciais.

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2.5.9 Principais vantagens e desvantagens entre os relógios

atómicos

Existem vários tipos de relógios atómicos, entre os quais: os relógios atómicos de césio, rubídio e hidrogénio.

A principal vantagem dos diferentes tipos de relógios atómicos é que os elementos que determinam a frequência, ou seja, os átomos de um isótopo específico como o Césio-133, são as mesmas em toda a parte. Assim, os relógios atómicos construídos e formados de forma independente, mas que possuam os mesmos átomos de isótopo, possuíram o mesmo intervalo de tempo. Isto quer dizer, que todos os relógios que possuam na sua constituição os mesmos átomos, vão desfazer-se ao mesmo tempo.

O mais importante num relógio é a sua precisão e a sua estabilidade. A precisão é definida através do desvio de uma frequência em relação ao normal estabelecido. Quanto maior for este desvio em relação ao valor normal, menor será a precisão do relógio em causa. A estabilidade é definida através da consistência de uma frequência em relação a um valor normal estabelecido [9] Atualmente os países mais desenvolvidos estão a tentar desenvolver um relógio que atrasa um segundo em cada 3 biliões de anos.

O relógio atómico possui algumas desvantagens, sendo elas: o grande tamanho que estes relógios ocupam, é necessária uma grande quantidade de energia para o seu fabrico, pessoal qualificado e os custos implicados – estes relógios são muito caros e não estão acessíveis a todas as pessoas [14].

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3. Conclusão

Os relógios atómicos são, talvez, os relógios que assumem uma maior importância nos dias de hoje por causa das suas aplicações, permissíveis pelo facto de serem relógios de alta precisão.

São os relógios mais precisos alguma vez construídos atrasando um milissegundo a cada 1400 anos apenas (no caso do relógio de césio) e apresentam-se como forte alicerce para novos progressos científicos dado que possuem um rigor de medição quase perfeito, inseridos na escala temporal da vida humana. Estes relógios possuem um custo elevado que pode chegar a cerca de 250 mil dólares, ou seja 182 mil euros. Existem vários relógios destes, havendo pelo menos um no Brasil. Os relógios atómicos estão também incorporados nos satélites permitindo assim calcular distâncias quando usado o sistema GPS, o que demonstra a grande precisão destes relógios porque caso as distancias fossem mal calculadas era possível uma pessoa ir ter a um local completamente aleatório. Esta é a principal aplicação destes relógios.

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Como se fazem relógios? – Relógios atómicos

Bibliografia

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http://www.mundodosrelogios.com/tiposrelogios.htm Acedido a 8 de outubro de 2013.

[6]- “A weighty subject”. URL:

http://electronics.howstuffworks.com/gadgets/clocks-watches/clock2.htm Acedido a 8 de outubro de 2013.

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[8]- “What Are The Types of Atomic Clocks?”. URL: http://science.howstuffworks.com/atomic-clock2.htm Acedido a 8 de outubro de 2013.

[9]- “When Was The Atomic Clock Invented?

”. URL: http://science.howstuffworks.com/atomic-clock4.htm Acedido a 4 de outubro de 2013.

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[10]- “How Does a Practical Cesium Atomic Clock Work?”. URL:

http://science.howstuffworks.com/atomic-clock3.htm Acedido a 4 de outubro de 2013.

[11]- “O relógio atómico brasileiro”. URL: http://www.cepa.if.usp.br/e-fisica/mecanica/pesquisahoje/cap3/defaultframebaixo.htm Acedido a 26 de setembro de 2013.

[12]- “Atomic Clocks”. URL:

http://www.sciencemuseum.org.uk/onlinestuff/stories/atomic_clocks.aspx Acedido a 12 de outubro de 2013.

[13]: CHANG, RAYMOND 2005 – “Química” – 5ª Edição – Lisboa - Mecgraw Hill [14]- “The Disadvantages of Atomic Clocks”. URL: http://www.ehow.com/list_7530040_disadvantages-atomic-clocks.html Acedido a 16 de outubro de 2013.

Ilustrações:

Ilustração 1 - “Oblisk”. URL: http://crossbearer-brian.tripod.com/id34.htm Retirada a 17 de outubro de 2013.

Ilustração 2 - URL: http://www.cepa.if.usp.br/e-fisica/mecanica/pesquisahoje/cap3/imagens/relogio_atomico2.jpg Retirada a 7 de outubro de 2013.

Ilustração 3 - “Sun Clock”. URL: http://www.dreamstime.com/royalty-free-stock-image-sun-clock-image7097006 Retirada a 17 de outubro de 2013.

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Ilustração 4 - “A origem dos relógios naturais”. URL: http://www.vecchiojoalheiros.com.br/blog/a-origem-dos-relogios-naturais/

Retirada a 15 de outubro de 2013.

Ilustração 5 - “Relógios Anatómicos Mecânicos”. URL: http://wikiteca.iesb.br/relogios-analogicos-mecanicos/ Retirada a 16 de outubro de 2013.

Ilustração 6 - “Os mais belos relógios de parede”. URL: http://www.superideias.net/os-mais-belos-relogios-de-parede/ Retirada a 16 de outubro de 2013.

Ilustração 7 - “6 instrumentos para contar o tempo”. URL:http://www.historiadigital.org/teoria-da-historia/6-instrumentos-utilizados-para-contar-o-tempo/ Retirada a 16 de outubro de 2013.

Ilustração 8 - “Relógio Atómico”. URL: http://www.ced.ufsc.br/men5185/trabalhos/17_relogios_atomicos/index.htm Retirada a 17 de outubro de 2013.

Ilustração 9 - “O relógio atómico brasileiro”- URL: http://www.cepa.if.usp.br/e-fisica/mecanica/pesquisahoje/cap3/defaultframebaixo.htm Retirada a 16 de outubro de 2013.

Ilustração 10 - “Física e Química”. URL: http://fisicaquimicanet.blogspot.pt/2010/01/atomo-de-hidrogenio-e-estrutura-atomica.html Retirada a 17 de outubro de 2013.

Ilustração 11 – “Hidrogénio – H”. URL: http://www.quimlab.com.br/guiadoselementos/hidrogenio/hidrogenio.jpg

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Ilustração 12 – “Césio – Cs”. URL:

http://www.quimlab.com.br/informacoes_analiticas/img/cesio.jpg

Ilustração 13 – “Rubídio RB”. URL:

http://www.quimlab.com.br/informacoes_analiticas/img/rubidio.jpg Retirada a 31 de outubro de 2013

Referências

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