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BOLETIM DA REPÚBLICA 3. SUPLEMENTO PUBLICACÃO OFICIAL DA REPUBLICA POPULAR DE MOÇAMBIQUE. Sexta-feira, 30 de Janeiro de 1987 I SÉRIE - Número 4

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Sexta-feira, 30 de Janeiro de 1987 I SÉRIE - Número 4

BOLETIM DA REPÚBLICA

PUBLICACÃO OFICIAL DA REPUBLICA POPULAR DE MOÇAMBIQUE

3.° SUPLEMENTO

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE

A V I S O

A materia a publicar no Boletim da Republica deve ser remetida em c ó p i a devidamente autenticada uma por cada a s s u n t o donde c o n s t e além das indicações necessarias para esse efeito o averbamento s e g u i n t e a s s i n a d o e a u t e n t i c a d o Para p u b l i c a ç a o no «Boletim d a República»

S U M Á R I O Conselho de Ministros Decreto n ° 7 / 8 7

A p r o v a o Regulamento d o Processo de Investimentos Nacio-nais

Decreto n ° 8/87

Aprova o Regulamento d o Investimento Directo Estrangeiro Decreto no 9/87:

Delega competencias p a r a autorizaçao de projectos de inves-timentos e reinvesinves-timentos directos estrangeiros de valor até 500 milhões d e meticais

Decreto n ° 10/87:

A p r o v a o q u a d r o dos incentivos fiscais e aduaneiros a conce der aos investidores nacionais.

Decreto no 11/87.

Altera as T a x a s de Potencia a f a c t u r a r em Baixa Tensão constantes n o 11 d o artigo 2 d o Sistema T a r i f a r i o d e Energia Eléctrica

CONSELHO DE MINISTROS Decreto n ° 7/87

de 30 de Janeiro

No nosso país regista-se, desde a independência, uma ampla transformação que se reflecte na realização de ob-jectivos concretos na área do investimento e em diferentes sectores da vida económica e social

Este desenvolvimento que, na generalidade, apresenta um balanço positivo, fez-se, porém, nas condições adversas bem conhecidas

Com a economia atrasada e dependente que herdamos, tivemos de vencer as sequelas do colonialismo Tivemos de enfrentar os efeitos da recessão internacional, das cala mídades naturais e de lutar contra as sabotagens, as agres-sões militares e as acções de terrorismo que ainda flagelam o nosso povo e consomem os nossos recursos

Este particular circunstancionalismo explica, em grande parte, as vicissitudes que caracterizam o nosso processo de investimento e exige esforços e determinação para o ultra passar

Se é justo assinalar significativas realizações, não deve-mos, porém, ignorar a necessidade de organizar a articula-ção das iniciativas, sistematizar a correcta ponderaarticula-ção das prioridades definidas, introduzir maior disciplina nas ac-ções de identificação, concepção e execução do investi-mento, estabelecer rigoroso controlo financeiro e raciona-lizar a utilização das infra-estruturas, instalações, equi-pamentos, meios materiais e humanos, que possuímos

O Relatório do Comité Central do Partido Frelimo no I V Congresso analisou profundamente esta situação e as Directivas Económicas e Sociais apontam o caminho a se-guir neste domínio

- Proceder à recuperação, aproveitamento e optimi-zação das capacidades instaladas para minimizar

o investimento,

- Promover a afectação prioritária dos recursos a realização de pequenos projectos que assegurem

resultados imediatos na melhoria do nível de vida do Povo e na defesa da Pátria,

- Desenvolver a eficácia do investimento com vista a

uma reprodução mais rápida,

- Acelerar a conclusão dos projectos ligados à modi

ficação da estrutura económica do nosso país e

à criação de novas capacidades,

- Realizar novos investimentos só depois de

esgo-tadas as potencialidades introduzidas na capaci-dade instalada mediante medidas organizativas, de reequipamento, modernização ou ampliação,

- Aumentar a disciplina na área do investimento A concretização do conjunto destas medidas exige, sem

duvida, a regulamentação do processo de investimento Assim, urge estabelecer normas disciplinadoras do pro-cesso de investimentos, que definam, clarifiquem, unifor-mizem e regulem os trâmites, os critérios e as

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metodolo-gias que devem ser observados na realização dos projectos de investimentos, desde atina concepção e preparação até ao seu funcionamento e manutenção, de acordo com o pa-pel especifico que cabe ao Estado e aos seus organismos, aos investidores e aos dentais intervenientes no processo

Nestes termos e ao abrigo da alinea h) do artigo 60 da Constituição da República, o Conselho de Ministros de-creta:

Artigo 1. É aprovado o Regulamento do Processo de Investimentos Nacionais, que foz parte integrante do pre-sente decreto

Art 2 Este decreto entra em vigor trinta dias após a sua publicação

Aprovado pelo Conselho de Ministros Publique-se

O Primeiro-Ministro, Mário Fernandes da Graça

Ma-chungo

Regulamenta do Processo de Investimentos Nacionais CAPITULO I

Disposições gerais ARTIGO 1

Definições

Para efeitos do presente Regulamento considera-se

- Investimento - empreendimento levado a cabo por

uma pessoa singular ou colectiva, que requer a aplicação e utilização de recursos com expressão monetária ou susceptíveis de avaliação pecuniá-ria, com o objectivo de criar novas capacidades,

repor, ampliar ou reconverter a capacidade ins-talada nos diferentes ramos de actividade econó-mica e social, de modo a assegurar uma reprodu-ção contínua e planificada da economia nacional,

- Grande e médio investimento -empreendimentos

que exigem recursos e meios não localmente dis-poníveis, em quantidade e valor significativos e em volumes elevados por posto de trabalho, inde-pendentemente de a sua actividade se destinar,

principalmente, à satisfação das necessidades da população nacional,

- Pequeno investimento - empreendimento cuja

im-plementação e exploração da respectiva activi-dade se baseiam, essencialmente, na incorporação e aproveitamento de recursos localmente disponí-veis e em volumes baixos por posto de trabalho, para a reabilitação ou ampliação de capacidades existentes ou para a instalação de novas capacida-des de produção material ou de prestação de servi-ços que se destinem à satisfação das necessidades da população e, eventualmente, à exportação de

parte da produção;

-Investidor - entidade, com personalidade jurídica, que assume a responsabilidade total de um pro-cesso de investimento individualizado em toldas

as suas fases, desde a sua concepção e estudo, até à sua execução e funcionamento;

- Projecto de investimento - conjunto de estudos,

análises e documentação de carácter técnico e eco-nómico que constitui base paia avaliação e rea-lização do investimento, bem como o processo da

sua execução e funcionamento.

ARTIGO 2 Objecto

1. O presente diploma tos por objecto regulamentar o processo de investimentos nacionais de natureza econó-mica e social realizados na República Popular de Moçam-bique

2 As disposições deste Regulamento não são aplicáveis ao Investimento Directo Estrangeiro que se realize ao abri-go da Lei n° 4/84, de 18 de Aabri-gosto

ARTIGO 3

Tramitaçao

1. Com excepção dos casos previstos nos números seguin-tes deste artigo, os investimentos que se realizarem, no País, observarão as fases e trâmites previstos nas dispo-sições do presente Regulamento

2. Nos investimentos de iniciativa privada, cuja elabora-ção do estudo de viabilidade preconizado no artigo 7 não implicar dispêndio de moeda externa e outros recursos planificados, não é obrigatória a observância formal da etapa de identificação e estudos de oportunidade e de

pre-vabilidade do projecto . 3 Os investimentos de compra isolada de equipamentos

e material destinados à substituição de outros serão apre-ciados e autorizados pelas entidades que superintendem os respectivos ramos de actividade, sem observância obriga-tóna de todos os trâmites e procedimentos preconizados neste Regulamento

4 Os pequenos investimentos cuja realização necessitar de recursos externos de que os órgãos de nível provincial não possam assegurar a sua importação e forem submeti-dos a algum órgão ou órgãos de nível central não terão, necessariamente, de observar os trâmites e procedimentos complexos preconizados para os médios e grandes inves-timentos

CAPÍTULO I I Grandes e médios investimentos

ARTIGO 4

Fases do processo de investimento

Salvo o disposto no n • 2 do artigo 2 e n " 2, 3 e 4 do artigo 3 deste Regulamento, o projecto de grande ou médio investimento, observará as seguintes fases no processo:

1 Fase do pré-investimento, que compreende as seguin-tes etapas.

a) Identificação e estudo de oportunidade e previa-bilidade do projecto,

b) Formulação do projecto e análise da sua viabili-dade;

c) Avaliação e decisão do projecto do investimento; 2 Fase do investimento, que compreende as seguintes

etapas-a) Negociação e celebração de contratos, b) Projecto de execução,

c) Execução e arranque 3 Fase operacional do projecto

ARTIGO 5

Identificação e estudo de oportunidades do investimento

Cabe à entidade que tomar a iniciativa de levar a efei-to o investimenefei-to assegurar que se proceda à identificação

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e estudo das oportunidades ou ideias do projecto e à esco-lha daquela ou daquelas que se demonstrarem mais vanta-josas e exequíveis, levando em consideração o previsto no n.o 1 das Normas de Preparação de Projectos, anexas a este Regulamento.

ARTIGO 6

Estudo de pre viabilidade

1. Nos casos em que a elaboração do estudo de previa-bilidade implicar o dispêndio de recursos em moeda exter-na, o seu início só poderá verificar-se depois da autoriza-ção.

2. A elaboração do estudo, sob a responsabilidade do investidor, orientar-se-á pelo estabelecido no n.° 2 das Normas de Preparação de Projectos, anexas ao presente diploma,

3. A apresentação e aprovação do estudo de previabili-dade será feita no órgão competente para aprovação do projecto do investimento a que se refere o artigo 10, o qual ouvirá os organismos que entender convenientes sobre a aportunidade da elaboração do respectivo estudo de viabili-dade.

4. A aprovação do estudo de previabilidade pela entidade competente, com ou sem orientações novas a observar na formulação do projecto nas fases seguintes, constitui condi-ção à passagem para a etapa seguinte do processo de investimento.

ARTIGO 7

Estudo de viabilidade

1. Compete também ao investidor assegurar a elaboração do estudo de viabilidade do projecto do seu investimento na base do disposto nos n.os 3 a 8 das Normas de Prepa-ração de Projectos anexas a este Regulamento, de forma a fundamentar documentalmente e com detalhe, a viabili-dade técnica e económico-financeira, assim como os aspec-tos de mercado, jurídico-organizacionais e sócio-ambientais do investimento.

ARTIGO 8

Apresentação

1. O estudo de viabilidade do projecto de investimento será objecto de avaliação, autorização e registo.

2. Para os efeitos do número anterior, o estudo de viabili-dade deverá ser apresentado, em dois exemplares:

a) Na Direcção Provincial que superintende o res-pectivo ramo de actividade, quando a tomada de decisão sobre o projecto caiba ao Governador da Província;

b) No órgão central que superintende o respectivo ramo de actividade, quer quando a tomada de decisão sobre o projecto caiba a este órgão cen-tral quer quando a mesma seja da competência da Comissão Nacional do Plano. . 3. Um dos exemplares do estudo de viabilidade destina-se ao órgão competente para avaliação e tomada de decisão sobre o projecto; outro deverá ser remetido, acompanhado da decisão que haja recaído sobre o projecto:

a) Ao órgão central que superintende o respectivo ramo de actividade, se o projecto tiver sido decidido a nível provincial;

b) Ã. Comissão Nacional do Plano, se a decisão tiver sido tomada a nível, do órgão central que supe-rintendè o respectivo ramo da actividade. 4. Sem prejuízo do disposto no n.° 2, o investidor, quando não possa fundamentadamente observar a tramitação aí fi-xada, terá sempre a faculdade de apresentar os dois

exem-plares do seu estudo de viabilidade ao órgão competente para a autorização por intermédio da Direcção Provincial que superintende o respectivo ramo de actividade.

5. No caso de projecto ou projectos de investimentos cuja implementação não se circunscreva a uma única pro-víncia ou ramo de actividade, os exemplares referidos no n.° 2 precedente darão entrada no órgão coordenador desse projecto ou projectos junto do organismo central que superintende ou coordene a respectiva realização.

ARTIGO 9

Avaliação

1. A avaliação consiste na análise da viabilidade técnica, econômico-financeira e dos aspectos de mercado, jurídico--organizacionais e sócio-ambientais do projecto e na deter-minação das vantagens e desvantagens da sua realização, devendo também, para o efeito, serem colhidos os pareceres das entidades que possam ter alguma relação significativa com o projecto em causa ou cuja consulta seja legalmente exigida, nomeadamente, a Comissão Nacional do Plano,-o MinistériPlano,-o das Finanças, Plano,-o MinistériPlano,-o dPlano,-o CPlano,-omérciPlano,-o, Plano,-o Banco de Moçambique e o Ministério da Construção e Águas, entre outros.

2. A avaliação será efectuada pela entidade que tiver a competência para decidir da realização do projecto, salvo no caso em que a decisão competir ao Ministro do Plano em que a avaliação será feita também pelo órgão central que superintende o respectivo ramo de actividade.

3. Na avaliação dever-se-ão ter em consideração, nomea-damente, os seguintes aspectos:

a) O enquadramento do projecto nas políticas de desenvolvimento do País e dos sectores econó-micos;

b) O incremento da produção em sectores económicos estratégicos ou prioritários e das receitas para o orçamento do Estado;

c) O aproveitamento racional das capacidades e re-cursos disponíveis;

d) A utilização de recursos em ritmos e intensidade adequados ao crescimento dos sectores a mon-tante e a jusante, nomeadamente, quando houver lugar a realização de investimentos induzidos; e) O uso de tecnologias adequadas ao grau de

desen-volvimento e conhecimento, tanto existentes como objecto de acções de capacitação progressiva; f ) O efeito previsível na balança de pagamentos

du-rante os três primeiros anos de funcionamento; g) A rentabilidade dos capitais investidos conjugada com o seu período de recuperação, não superior à sua vida útil, e com as condições de financia-mento previstas;

h) A manutenção da rentabilidade económico-finan-ceira do projecto de investimento, mesmo peran-te alperan-terações dos seus pressupostos de base, de-signadamente, dilatação do prazo de realização do investimento, variações de preços dos equipa-mentos e matérias-primas e das condições de preços, oferta e procura das produções ou ser-viços a obter;

i) As medidas de prevenção social e de segurança no trabalho, de melhoria geral das condições de vida e do bem-estar social que o projecto deve contemplar, bem como as" medidas de pro-tecção ou melhoria do meio ambiente. 4. O relatório de avaliação deverá conter propostas con-cretas das condições de autorização do investimento.

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5. O processo de avaliação deverá ser concluído no pra-zo de noventa dias contados da data de apresentação do estudo de viabilidade nos termos estabelecidos no artigo 8 do presente Regulamento.

6. O prazo a que se refere o número anterior poderá ser prorrogado, uma só vez, atendendo à complexidade do projecto e a outras razões devidamente justificadas, por quem competir a tomada de decisão sobre o projecto.

ARTIGO 10 Competência para decidir

1 A competência para decidir sobre os projectos de investimento pertence, conforme o caso, ao Ministro do Plano, aos Ministros que superintendem os respectivos sec-tores económicos e aos Governadores Provinciais

2, Compete ao Ministro do Plano decidir nos casos em que

a) O projecto não tenha sido contemplado no plano nacional de investimentos aprovado para o ano económico em que tiver de ser decidido. b) Não seja possível assegurar a realização do

pro-jecto sem que centralmente se afectem recursos planificados pata o efeito,

c) Tenha sido submetido à decisão a este nível pelo

Ministro ou Ministros que superintendem o res-pectivo sector económico, devido a complexidade que revista ou à razão de natureza económica,

politica, social ou ambiental.

3 Compete aos Ministros que superintendem o respectivo sector economico, a decisão dos projectos de investimento que

a ) T e n h a m sido contemplados e aprovados n o plano nacional de investimentos d o ano económico em que couber a decisão,

b) Seja possível assegurar a realização do projecto sem desvio de recursos já planificados para outros fins ou com meios próprios ou adicionais garan-tidos pelo investidor

4 Compete ao Governador da Província decidir sobre projectos de investimento de âmbito territorial para cuja realização e exploração existam recursos disponíveis local-mente

5 A decisão sobre o projecto de investimento deverá ser tomada dentro de trinta dias contados da data em que o referido relatório de avaliação for submetido para o efeito à entidade competente, conforme o disposto nos números anteriores deste artigo

ARTIGO 11

Registo

1. A entidade que receber as propostas de investimento deverá manter um registo actualizado que esclareça o enca-minhamento dos pedidos.

2 A entidade com competência para conceder autoriza-ção de um projecto de investimento deverá manter tam-bém um sistema de registo que permita, a qualquer momen-to, dar a conhecer a natureza e a situação dos projectos recebidos, entretanto autorizados, bem como as condições de autorização

3 As entidades referidas nos números anteriores deve-rão informar regularmente a Comissão Nacional do Plano sobre a situação dos processos de investimentos, com a pe-riodicidade e segundo a metodologia que esta vier a esta-belecer, para a centralização do registo.

ARTIGO 1 2

Negociaçoes

As negociações do investimento abrangem os contratos, a troca de informação, as conversações e a celebração de acordos gerais e contratos específicos, tendo em vista a aquisição de bens e serviços necessários à implementação e funcionamento eficientes do projecto a levar a cabo.

ARTIGO 1 3

Projecto de execução

1 O projecto de execução compreende toda a documen-tação técnica e de apoio elaborada com base nos termos e condições de aprovação do investimento, necessária para orientar a execução do projecto aprovado

2 A elaboração do projecto de execução e/ou o inicio de execução do projecto de investimento só poderão come-çar depois de concluídos os aspectos das negociações de-cisivos e determinantes para a sua realização.

ARTIGO 1 4 Contratos

1 Os contratos a celebrar deverão obedecer a modelo conforme normação específica a estabelecer de acordo com a natureza das matérias em causa, envolvendo, singular ou conjuntamente

a) O Ministério da Construção e Águas, tratando-se da adjudicação do projecto ou de quaisquer trabalhos de construção e montagem, b) O Ministério do Comercio, quando se trate de

contratos de importação e/ou exportação in-cluindo a contratação de tecnologia: c) O Ministério das Finanças, quando se refiram à

contratação de serviços no exterior, d) Os órgãos que superintendem os respectivos ramos

de actividade, quando se refiram à adjudicação de quaisquer fornecimentos ou trabalhos de em-presas do seu âmbito,

e) O Ministério do Trabalho, quando se trate da con-tratação de técnicos ou mão-de-obra especializa-da

2 Na celebração com o exterior dos contratos referidos no número anterior, os Ministérios das Finanças e do Co-mércio e o Banco de Moçambique, no uso das suas compe-tências próprias, poderão sempre determinar a observân-cia de cláusulas obrigatórias relativas a matérias específi-cas da sua esfera de acção

ARTIGO 1 5

Aquisição de bens e serviços

A aquisição de bens e serviços nacionais, necessários à realização do investimento, deverá, em regra, observar os princípios da licitação internacional e basear-se na aná-lise criteriosa e justa das propostas apresentadas pelos concorrentes para efeitos da aprovação daquela ou daque-las que se mostrarem mais vantajosas, nomeadamente, em termos económico-financeiros, técnicos e de qualidade.

ARTIGO 1 6

Pressupostos para a execução do investimento Cabe ao investidor certificar-se, produzindo a respectiva prova, de que se acha garantida a disponibilidade ou a pos-sibilidade de aquisição oportuna dos meios técnicos e mate-riais e dos recursos financeiros como condição necessária para se poder iniciar a execução do investimento

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Artigo 17

Fiscalização

1 A fiscalização é uma actividade necessária e obriga-tória, simultânea e complementar a execução do investimen-to, sendo da responsabilidade do investidor que ela se realize oportuna e eficientemente, sem prejuízo da obrigação gené-rica que sobre este impende de se submeter às fiscaliza-ções exercidas pelas entidades competentes Para o efeito, o investidor deverá contratar os serviços de uma entidade fiscalizadora idónea sempre e quando não possua capaci-dade para tanto

2 A execução de investimentos que sejam financiados pelo Orçamento do Estado deverá ser sempre fiscalizada por uma terceira entidade aprovada pelo Ministério das Finanças e contratada pelo investidor

ARTIGO 18

Atribuições d o fiscal

1 Cabe ao fiscal da execução do projecto verificar a observância dos requisitos legais, técnicos e económicos ias normas e das condições, incluindo os contratuais, de im-plementação, bem como controlar o cronograma da execu-ção física e financeira previstos e aprovados no estudo de

viabilidade e no projecto de execução e de outras regras acordadas entre o investidor e o adjudicatário ou adjudica-tários da implementação do investimento e, ainda, assegurar a legalidade dos procedimentos e o cumprimento pelos con-tratantes de todas as obrigações assumidas

2 O fiscal enviará copia dos relatórios periódicos de fis-calização ao órgão que superintende o respectivo ramo de actividade c nos casos em que haja financiamento orçamental ao Ministério das Finanças

ArtigO 19

M o n t a g e m , ensaios e arranque experimental

1. A fase operacional do investimento, sempre que o tipo e a natureza do respectivo projecto o aconselhar, de-verá ser precedida de ensaios e arranque experimental a realizar, concluída a montagem, em colaboração com os fornecedores dos equipamentos e da tecnologia nele aplica-dos, de acordo com os contratos, para o efeito, celebraaplica-dos, sem prejuízo das regras aplicáveis por força da legislação

especifica em vigor

2 Os resultados finais do arranque experimental do pro-jecto deverão ser apresentados, pelo investidor, ao orgão que superintende o respectivo sector economico para efei-tos de ser autorizado o inicio da sua laboração normal

ARTIGO 20

Fase operacional

Para a entrada em exploração do projecto de investi-mento deverão mostrar-se satisfeitos os requisitos legais exigidos em cada caso, cabendo ao investidor assegurar o funcionamento e gestão eficientes do empreendimento, dentro dos prazos que forem fixados

ARTIGO 21

M a n u t e n ç ã o e assistência técnica

1 A manutenção dos bens em que se traduzir a aplica-ção de um dado investimento, bem como a assistência téc-nica em apoio, tanto dos equipamentos como da activi-dade que dele decorre são indispensáveis para assegurar a sua eficácia e reprodutividade É da responsabilidade da entidade que fizer a exploração obter as garantias e

criar as condições para a realização daquele objectivo

2 Em cada empresa ou entidade o respectivo regula-mento interno deverá prever a elaboração de normas espe-cificas de manutenção preventiva a observar pelos traba-lhadores Aquelas normas deverão traduzir-se, de prefe-rência, na elaboração de um programa de trabalho de manutenção preventiva das máquinas, equipamentos e ins-talações

ARTIGO 22

Financiamento d o investimento

Para efeitos da determinação do financiamento neces-sário, os custos do investimento compreendem

a) A elaboração de estudos, projectos de execução, recolha de informação e outros elementos neces-sários à formulação do projecto,

b) A aquisição de bens e serviços necessários a execu-ção Ido projecto,

c) A aquisição de bens e serviços necessários ao ar-ranque e início da laboração normal

ARTIGO 23

Fontes de financiamento

1 São fontes de financiamento das despesas discrimina-das no artigo anterior

a) Os meios próprios do investidor, b) O crédito bancário interno,

c) As dotações orçamentais, quando previstas para o efeito,

d) Eventuais donativos de entidades nacionais ou es-trangeiras,

e) Eventuais créditos externos em condições a fixar ou a aprovar pelo Ministério das Finanças CAPÍTULO III

Pequenos invest mentos ARTIGO 24

A p o i o

Cabe ao órgão central do aparelho de Estado que supe-rintenda no sector económico respectivo e na promoção de pequenos investimentos incentivar, orientar e impulsio-nar a politica de apoio ao seu desenvolvimento, em estrei-ta coordenação e colaboração com as estruturas locais e outros organismos ou instituições que deles se ocupem ou contribuam para a promoção, desenvolvimento e difu-são do movimento dos pequenos projectos no País

ARTIGO 25

Estudo

1 Para a realização do pequeno investimento é necessário que sejam observados os seguintes aspectos essenciais

a) O enquadramento do pequeno investimento nas politicas e prioridades de desenvolvimento da região e dos sectores ou ramos de actividade eco-nómica na zona, de preferência com efeitos práticos a curto prazo no bem-estar das popu-lações,

b) A disponibilidade local de recursos naturais, huma-nos, instalações, equipamentos, instrumentos de trabalho e serviços a utilizar,

c) A garantia de aquisição dos instrumentos de tra-balho, equipamentos e outros materiais e servi-ços indispensáveis não disponíveis localmente.

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d) A existência ou a possibilidade de criação de infra--estruturas económicas e sociais que possam condicionar a realização do pequeno investi-mento,

e) O conhecimento e domínio da técnica e tecnologia de produção a empregar,

f) A utilidade e o destino dos bens ou serviços a produzir e a existência de mercado ou consumo favoráveis,

g) A garantia de financiamento através de recursos próprios do investidor e, complementarmente, de empréstimos ou donativos em moeda nacional

ou externa

2 As conclusões do estudo individual ou colectivo dos aspectos referidos no número anterior deverão constar de um documento que servirá de base de orientação para a implementação e exploração da actividade do pequeno investimento

ARTIGO 2 6 Autorização

1 Quando a realização do pequeno investimento não implique a importação de bens ou serviços, ou quando esta possa ser assegurada por recursos próprios, a decisão de realização competirá ao administrador do distrito

2 Quando o pequeno investimento requeira a importa-ção de bens ou serviços do exterior que o investidor não a possa assegurar por recursos próprios, a decisão de reali-zação caberá ao órgão provincial que superintende o res-pectivo sector económico, uma vez garantida a importa-ção a nível provindal

ARTIGO 2 7

Registo, acompanhamento e controlo

1 Os pequenos investimentos serão objecto de registo, acompanhamento e controlo pelo órgão competente pela decisão da sua realização, remetendo no caso dos projectos de investimento decididos nos termos do no 1, do artigo

anterior, ao órgão provincial que superintende o respec-tivo sector económico, cópia do registo e da ínformação pe-riódica do acompanhamento e controlo realizados pelo administrador do distrito

2. O órgão provincial organizará o registo de todos os pequenos investimentos do seu sector económico na pro-víncia e a informação global periódica do acompanhamento

e controlo realizados, enviando exemplares ao órgão central que superintende o respectivo ramo de actividade

3 Os órgãos competentes para decidir sobre a realiza-ção de pequenos investimentos, em zonas ou regiões deter-minadas do País, poderão responsabilizar, em cada caso, órgãos locais que superintendam nos sectores ou empresas pelo acompanhamento, controlo, aprovisionamento ou pres-tação da assistência técnica a um determinado ou a vários pequenos projectos

ARTIGO 2 8 Implementação, direcção e gestão

A implementação e a organização da direcção e gestão do pequeno investimento cabe ao próprio investidor

ARTIGO 2 9 Financiamento

O financiamento da preparação, implementação e explo-ração do pequeno investimento deverá ser assegurado por recursos próprios do investidor, podendo,

complementar-mente, beneficiar de empréstimos bancários, donativos e fornecimentos a crédito, sem prejuízo da observância da legislação e normas em vigor sobre a matéria

CAPÍTULO IV

Disposições finais ARTIGO 3 0 Pressupostos legais da empresa

1. A criação de uma empresa, quando seja o caso, para a realização de um projecto de investimento carece de auto-rização do órgão que superintende o respectivo ramo de actividade

2 Tratando-se de sociedade deve ser demonstrada a re-gularidade da mesma mediante a aprovação dos seus esta-tutos ou pacto social e a celebração da respectiva escri-tura de constituição, publicação no Boletim da República, registo na Conservatória do Registo Comercial e junto da Repartição de Finanças da área onde se situa a sua sede. Para uma empresa em nome individual bastará o seu regis-to na Conservatória e Repartição de Finanças referidas neste número.

ARTIGO 31

Direcçao do processo de investimento

De harmonia com as normas que a lei dispuser sobre a matéria e de acordo com os estatutos, tratando-se de uma sociedade, compete ao investidor ou à sociedade, con-forme for o caso, nomear o responsável pela realização do investimento, fixando as suas atribuições, ou desenca-dear a nomeação do respectivo corpo directivo

ARTIGO 3 2 Resolução de dúvidas

As dúvidas que surgirem na aplicação do presente Re-gulamento serão resolvidas pelo Ministro do Plano

ARTIGO 3 3

Alteraçao de normas de preparaçao de projectos

As normas de preparação de projectos anexas a este Regulamento poderão ser alteradas por diploma do Minis-tro do Plano.

ANEXO

NORMAS DE PREPARAÇAO DE PROJECTOS (Complemento do Regulamento do Processo

de Investimentos Nacionais)

1. Identificação e estudo de oportunidades de inves-timentos

1. 1. A entidade que tomar a iniciativa do investimento deve identificar e estudar as oportunidades ou ideias do projecto, escolhendo aquelas que se demonstrarem mais viáveis e com maiores possibilidades de execução, tendo em atenção os seguintes aspectos:

a) O enquadramento do projecto nas políticas de de-senvolvimento do Pais e dos sectores económicos: b) Os recursos que podem servir de base à actividade

dos projectos identificados;

c) O aproveitamento adequado das capacidades dispo-níveis existentes;

d) A disponibilidade de infra-estruturas e de outros meios necessários a implementação e funciona-mento do projecto;

(7)

e) A redução e/ou substituição de importações e o aumento de exportações,

f ) A procura e consumo, no mercado interno e exter-no, dos bens e/ou serviços a produzir, g) A necessidade e possibilidade de reabilitação e

ampliação das unidades de produção ou de pres-tação de serviços existentes e a utilização eficien-te das suas capacidades,

h) A dimensão e a tecnologia adequadas e a diversi-ficação e melhoria da qualidade de produção, i) O aproveitamento de experiências existentes no Pais ou noutros países na implementação e

funcio-mento eficientes de projectos similares 1.2. O trabalho realizado em conformidade com o numero anterior deverá permitir efectuar-se a primeira apreciação, reduzida a forma escrita, dos seguintes aspectos

relativos ao projecto ou projectos seleccionados a) Generalidades, tais como a ideia do projecto, a

entidade responsável pela implementação, os objectivos do projecto, a sua localização geográ-fica e o seu enquadramento nas Directivas Economicas do Partido e na estrategia de desen-volvimento economico e social do Pais, b) Potencialidades existentes favoráveis, elementos

técnicos e tecnologicos, materiais, humanos e só cio-ambientais inventariados,

c) Limitações e condicionamentos da realização do in vestimento,

d) Possíveis alternativas do investimento que podem conduzir a realização dos objectivos pretendidos, e) Aspectos economico financeiros, designadamente,

custos estimados, as receitas e resultados espera-dos da implementação e funcionamento do pro-jecto de investimento

2. Estudo de previabilidade

O estudo de previabilidade é uma etapa intermediária entre o estudo de oportunidade do projecto e o estudo de viabilidade detalhado Nesta etapa, com base nos resulta-dos resulta-dos trabalhos preconizaresulta-dos no n ° 1, é necessário exa minar as diversas alternativas com respeito ao seguinte

a) Mercado, programa e capacidade de produção, b) Meios de produção necessários ao projecto e sua

origem,

c) Tecnologia, equipamento e construção, d) Medidas de protecção do meio ambiente,

e) Força de trabalho, incluindo operários, pessoal administrativo e técnico,

f ) Infra-estruturas basicas, tais como vias de aces so, habitação e outras necessarias a implementa-ção e funcionamento do projecto,

g) Condições de implementação do projecto, h) Previsão financeira, discriminando os custos Ho

investimento e de funcionamento em moeda lo-cal e externa, o financiamento e a rentabilidade do projecto

3. Estudo de viabilidade

A formulação do projecto consiste na recolha, pondera ção e combinação de todos os elementos fornecidos pelo estudo de previabilidade, dos desenvolvimentos subsequen-tes, das análises e das informações complementares que se mostrarem necessárias, adequadas, úteis ou convenientes para melhor concepção do projecto de investimento, com a fundamentação da sua viabilidade técnica e

económico--financeira, e que permitam o conhecimento claro sobre aspectos de mercado, juridico-organizacionais e sociais, os quais constituirão elementos de base para os termos de refe-rência e elaboração do projecto de execução do investi-mento

4 Mercado

O estudo do mercado devera ser feito simultânea ou conjugadamente com o estudo da realidade social, e

com-preende a análise dos seguintes aspectos

a) As capacidades instaladas, os níveis de produção, produtividade, preços e rendimento dos princi-pais produtores dos bens ou serviços de igual natureza, análogos ou sucedâneos daqueles a ob-ter com o projecto de investimento, nos cinco

últimos anos e suas tendências num periodo que inclua, pelo menos, os três anos seguintes a entra-da em funcionamento do projecto,

b) Os principais consumidores e os actuais níveis de consumo daqueles bens ou serviços, conside-rando a sua previsível evolução

c) A determinação da amplitude, e localização dos po-tenciais consumidores em face das previsíveis condições de oferta e procura,

d) O balanço da quantidade e qualidade de todas as necessidades em matérias primas e outros fac-tores de produção para as capacidades existen tes e a instalar, bem como as possibilidades reais da sua aquisição no mercado interno ou externo, e) O estudo dos preços previsíveis de aquisição dos diferentes factores de produção para os três pri-meiros anos de funcionamento,

f) O estudo dos preços de venda previsíveis a prati-car nos três primeiros anos de funcionamento, g) Os circuitos de comercialização existentes e adoptar 5 Viabilidade técnica

O estudo da viabilidade técnica compreende a) A determinação da melhor localização do projecto

de investimento em função da obtenção dos fac-tores de produção, das potencialidades econó-micas ou necessidade de promover o desenvol-vimento duma região, do mercado e das pos-sibilidades de colocação e consumo dos bens ou

serviços que o projecto de investimento propor-cionará

b) O estudo balanceado das capacidades de produção a instalar com as já existentes, bem como dos níveis de produtividade, de rendimentos e de pro-dução e a sua compatibilização com as capaci-dades de armázenamento e comercialização, índi-cando-se o nível optimo da produção, c) A definição da tecnologia e linhas de produção

a utilizar, assim como da qualidade e quanti-dade dos produtos ou serviços a obter, indican do, em cada caso, a capacidade mínima rentável e os níveis de assistência técnica necessários e suficientes ao seu bom funcionamento de forma a permitir a escolha correcta dos equipamentos e assistência apropriados,

d) O estudo das disponibilidades, em condições favo-ráveis a rentabilidade economica e social do projecto de investimento, de terrenos, água ou clima e energia adequados e quantitativamente suficientes.

(8)

e) O estudo das possibilidades de aquisição no merca-do interno das instalações e equipamentos apro-priados ãs tecnologias e linhas de produção escolhidos e aos níveis de produtiv dade, rendi-mentos e produções a atingir, e de matérias--primas e subsidiárias e mão-de-obra especializada e não especializada;

f) A determinação das necessidades e possibilidades de utilização ou aquisição de serviços indispensá-veis ou úteis ao projecto, tais como meios de transporte e vias de comunicação, em especial, estradas e linhas férreas, rede de energia e de abastecimento de água, drenagem e regadio

de terras a utilizar, laboratórios, assistência téc-nica e consultoria, saneamento e protecção do

melo ambiente, habitações para os trabalhadores, escolas e postos de saúde ou hospitais;

g) A avaliação dos recursos humanos necessários à organização, direcção e gestão do projecto de investimento, tanto na implementação, como no seu funcionamento;

h) A elaboração de um calendário ou cronograma de execução do investimento com prazos exequíveis compatibilizados, incluindo, designadamente, as etapas de negociação, a elaboração do projecto de execução, a encomenda de equipamento, ins-talações e materiais de construção, a execução das construções, a montagem e arranque, levando em consideração as eventuais alterações dos seus tempos de realização

6. Viabilidade económico-financeira

O estudo da viabilidade económico-financeira, conjuga-do com os elementos obticonjuga-dos nos estuconjuga-dos conjuga-do mercaconjuga-do e da viabilidade técnica, deverá conter:

a) A indicação dos custos do investimento e custos de exploração,

b) A indicação dos fundos ou capital de constituição da eventual empresa a resultar, ou do seu pos-sível aumento,

c) A indicação das fontes de financiamento discrimi-nadas em recursos próprios e alheios, em moeda nacional e em moeda externa, com a explicita-ção das condições de financiamento dos recursos alheios,

d) O cronograma de origem e aplicação de recursos financeiros, consoante as formas e condições de financiamento, quer próprios quer alheios,

com-patibilizando-o com o cronograma de execução do investimento até aos três primeiros anos de funcionamento,

e) A evolução do fluxo de caixa (cash-flow) anual a gerar pelo projecto, com a classificação de

recei-tas e despesas por natureza discriminadas em moeda nacional e em moeda externa, até aos três primeiros anos de funcionamento,

f ) O volume e o valor anuais da produção para os três primeiros anos de funcionamento,

g) Os pontos críticos da produção e vendas, em quan-tidade e valor;

h) A comparação dos proveitos e custos, determinando os resultados previsionais para os três primeiros anos de funcionamento;

i) Avaliação da eficiência e dos resultados do investi-mento, incluindo indicadores de rentabilidade, o efeito líquido em divisas e o valor acrescenta-do bruto acrescenta-do projecto.

7. Realidade sócio-ambiental

7.1 Quando se trate de projectos com significativo im-pacto sócio-ambiental, deverá ser realizado simultaneamen-te e em coordenação com os estudos de mercado e de via-bilidade técnica, o estudo da realidade sõcio-ambiental, devendo contemplar aspectos, tais como:

a) O modo, o nível e as condições de vida das popu-lações próximas do local do projecto de investi-mento, e dos trabalhadores, tendentes à sua me-lhoria e bem-estar social.

b) Os hábitos, valores culturais e educação das mesmas populações e as acções para o seu enquadra-mento no projecto de investienquadra-mento, tendentes ao aperfeiçoamento dos mesmos;

d) As experiências ou actividades sócio-económicas das populações e a sua integração e valorização pelo projecto de investimento,

e) A adesão e participação das populações em relação ao projecto e sua actividade e objecto, 1) As características do ambiente e a definição de

me-didas a tomar para garantir a sua perservação ou melhoria, designadamente quanto à poluição e destruição dos recursos naturais;

g) Medidas de prevenção social e de segurança no

trabalho adequadas à natureza da actividade de-corrente do investimento.

7. 2. Nos restantes projectos, nomeadamente, de reposi-ção, reconversão e de pequenas ampliações de capacidades, o estudo sócio-ambiental será necessário só quando e nos aspectos em que se prevejam reflexos importantes em ma-téria social e ambiental

8. Aspectos jurídico-organizacionais

O estudo juridico-organizacional do projecto do investi-mento envolve os aspectos descritos nos parágrafos seguin-tes.

8. 1. O quadra jurídico do projecto, nomeadamente: a) A caracterização do projecto mediante a

configura-ção e identificaconfigura-ção da personalidade jurídica do empreendimento;

b) Os tipos e objecto de contratos a celebrar: c) A titularidade do complexo patrimonial e

organi-zacional em que o investimento se traduz e o li-cenciamento ou autorização da sua actividade; d) Os projectos de eventuais estatutos ou pacto social

e regulamentos internos previstos.

8 2 O quadro organizacional e direcção do projecto de investimento, compeendendo.

a) A definição dos sistemas de organização, de gestão e de direcção do projecto de investimento, tanto na implementação como no seu funcionamento; b) A organização da contabilidade de acordo com o plano nacional de contas e outra legislação aplicável, prevendo registos subsidiários que re-flictam as operações que se realizarem em moeda externa.

Decreto n.° 8/87 de 30 de Janeiro

A Lei no 4/84, de 18 de Agosto, constitui um marco importante na definição do quadra legal e dos princípios gerais básicos a observar na realização do investimento directo estrangeiro tia República Popular de Moçambique.

(9)

A mesma lei estabelece que devem ser regulados em di-ploma separado os requisitos a que deve obedecer o pro-cesso de cada projecto de investimento directo estrangeiro e dos procedimentos para a sua autorização e subsequente registo

Para dar cumprimento a esta determinação, teve-se em atenção o facto de que a actividade entretanto desenvolvida na implementação da Lei de Investimentos Estrangeiros veio evidenciar a complexidade que o processo de inves-timento directo estrangeiro reveste Assim, dado o en-volvimento de diferentes orgãos e agentes economicos, abrangendo uma multiplicidade de aspectos e sectores diversificados da actividade economica, com implicações tanto financeiras como politicas e sociais, torna-se neces-sário definir o conjunto de regras processuais que permitam a aplicação da Lei de Investimentos Estrangeiros e onde se fixe o regime legal de autorização, realização, apoio e acompanhamento de cada projecto

Nestes termos, por força do disposto no n° 2 do artigo 11 da Lei no 4/84, de 18 de Agosto, ao abrigo da alinea h) do

artigo 60 da Constituição da Republica, o Conselho de Mi-nistros decreta

Artigo único É aprovado o Regulamento do Investimento Directo Estrangeiro, que faz parte integrante deste decreto

Aprovado pelo Conselho de Ministros Publique-se

O Primeiro-Ministro, Mário Fernandes da Graça

Ma-chungo

Regulamento do Investimento Directo Estrangeiro ARTIGO 1

Abreviaturas

Para efeitos do presente Regulamento adoptam-se as seguintes abreviaturas

RPM - Republica Popular de Moçambique IDE - Investimento Directo Estrangeiro,

L I D E - Lei do Investimento Directo Estrangeiro no 4/

/84, de 18 de Agosto e

GPIE - Gabinete de Promoção do Investimento Es-trangeiro, criado ao abrigo do artigo 14 da LIDE

ARTIGO 2 Âmbito

1 O presente Regulamento aplica-se ao IDE e aos rein-vestimentos, incluindo noutros empreendimentos separados daquele ou daqueles que tiverem gerado os lucros expor-táveis reinvestidos realizados no territorio da RPM ao abrigo da L I D E

2 Exceptuam-se, no que diz respeito às cláusulas pre-vistes nos artigos 9 a 13, os investimentos de compra iso-lada de equipamentos c material destinados a substituição de outros, que serão apreciados e autorizados pelas enti-dades que superintendam os respectivos sectores econo-micos

ARTIGO 3

Objecto Este Regulamento tem por objecto

a) Estabelecer as condições básicas a observar na reali-zação do IDE na RPM designadamente, relativas ao seu valor fontes de financiamento operações bancárias transferências de fundos escrituração contabilística e registos estatísticos

b) Definir as regras do processo de consultas e da apresentação, avaliação, negociação e autoriza-ção das propostas de IDE na RPM, incluindo as regras para notificação da decisão e para o registo e gestão dos projectos autorizados, o) Estabelecer as regras sobre o tratamento das

situa-ções em que pode ocorrer a revogação da autori-zação, sobre a resolução de duvidas e conflitos, sobre o acompanhamento, controlo e elaboração de relatórios relativos ao IDE e sobre a troca de correspondência

ARTIGO 4 Valor do investimento

1. Não serão considerados como IDE, para efeito da aplicação do regime, garantias e incentivos definidos na LIDE, os investimentos de valor inferíor ao contravalor de dez milhões de meticais em moeda livremente conver-tível

2 O limite fixado no numero anterior poderá ser alte-rado por decisão do Conselho de Ministros

3 O valor real do IDE, para efeitos de exportação de lucros e reexportação de capital, será constituído pela soma dos valores de capital proprio que tiverem entrado no Pais e sido aplicados no projecto do IDE autorizado, realizado

na RPM e devidamente registado A prova de entrada e

aplicação será produzida pelo investidor através de registos devidamente organizados e comprovados com documentos confirmativos emitidos ou visados na RPM pelas entidades alfandegárias, bancárias e outras competentes em matérias específicas, consoante a natureza da contribuição de capital

4 Quando o IDE revestir a forma prevista na alínea b) do n 1 do artigo 4 da LIDE, o valor do investimento será considerado a preço F O B Tanto no caso anterior como no da alínea c) do n° 1 do artigo 4 da LIDE, o GPIE, em coordenação com as entidades que superintendam os respectivos sectores economicos, poderá exigir a sua

ava-liaça o, a expensas do investidor, por entidade ou entidades de idoneidade reconhecida

5 O registo do capital proprio investido sera efectuado nó Ministério das Finanças, ao câmbio do dia da operação, pelo contravalor em meticais da moeda convertível

a) Entrada no País, nos casos previstos na alínea a) do no 1 do artigo 4 da L I D E

b) Da origem do investimento, nos casos previstos nas alíneas b) e c) do mesmo artigo

c) Definida nas condições de autorização do IDE, nas situações não abrangidas nas alíneas anteriores

ARTIGO 5 Fontes de financiamento

A componente do IDE com vista realização de em-preendimentos autorizados ao abrigo da LIDE será finan-ciada por capita s próprios O investidor poderá porem complementarmente, contrair empréstimos sem qualquer comprometimento de entidades da RPM A parte do inves-timento financiada com recurso a empréstimos não será considerada IDE para efeitos das transferências previstas no artigo 7 deste Regulamento

ARTIGO 6

Operações bancárias

1 As operações cambiais e a conversão da moeda ex-terna para a moeda local e vice-versa, cuia realização se tornar necessária, no âmbito da execução da LIDE, tanto

(10)

para efectivação do investimento, como para assegurar a operacionalidade do empreendimento que dele resultar, se-rão orientadas pelo Banco de Moçambique de conformidade com as normas aplicáveis e à taxa de câmbio oficial do dia da operação.

2 De acordo com o disposto no número anterior, serão objecto de registo e movimentação, com observância dos mecanismos bancários em vigor, todos os recebimentos e pagamentos em moeda externa ligados ao objecto de um IDE, incluindo as transferências de lucros exportáveis e a repatriação de capitais reexportáveis do investidor ou in-vestidores estrangeiros

ARTIGO 7 Transferências de fundos

1. A transferência de lucros exportáveis processar-se-á em conformidade com o artigo 18 da L I D E e nos termos acordados na autorização, depois de efectuadas as deduções legais relativas a amortizações e fundos de reserva, liqui-dados os impostos devidos e assegurado o pagamento cor-rente das prestações de capital e juros relativos a emprés-timos contraídos para a realização do empreendimento e constituídas as provisões adequadas para o cumprimento de prestações de captai e juro vincendas

2 A transferência de lucros exportáveis, em cada exer-cício económico, será assegurada sempre que o saldo posi-tivo em divisas produzido pelos empreendimentos do IDE do investidor permitir a necessária cobertura Caso a cober-tura seja insuficiente em um dado exercício, o remanescente transitará para o exercício ou exercícios seguintes

3 A transferência de lucros exportáveis gerados pelo IDE, que demonstrar a substituição e redução efectiva de impor-tações, comprovar o aforro de divisas ao Pals e não apre-sentar fundos em moeda externa que assegurem a cober-tura dessa transferência, será autorizada e efectuada em condições a acordar com o investidor estrangeiro

4 A repatriação do capital «exportável será efectuada, proporcionalmente ã participação do investidor estrangeiro no capital próprio, pelo valor do resultado da liquidação do empreendimento ou, findo o prazo de autorização sem que se verifique a renovação, pelo valor da alienação em moeda convertível de bens compreendidos no mesmo A re-patriação será feita em prestações escalonadas, a acordar com o investidor, nos termos do no 2 do artigo 18 da LIDE

Artigo 8

Escrituração contabilistica e registos estatísticos 1 Observando as disposições da legislação comercial apli-cável, os empreendimentos realizados na RPM organizarão e manterão um sistema de escrituração comercial e registos estatísticos que reflictam, em cada momento, a situação e evolução económico-financeira dos mesmos

2 Estes registos serão expressos em moeda local, com registos ou memorandos subsidiários que forem necessários para se reflectirem as transacções feitas em moeda externa

Artigo 9 Consultas

Durante o processo de negociações preliminares condu-cente à formulação e apresentação, pelo investidor, do pro-jecto do IDE, o GPIE e a entidade que superintende o respectivo sector económico farão as consultas pertinentes a outros organismos competentes dada a natureza do IDE ou com este relacionados.

ARTIGO 1 0 Apresentação dos projectos

1 Os projectos de IDE serão apresentados para avaliação pela Comissão de Avaliação referida no artigo 12 e apro-vação por intermédio do GPIE Para este efeito, o GPIE poderá solicitar informações complementares que se mos-trarem necessárias.

2 Os projectos deverão ser apresentados em quatro exem-plares

ARTIGO 11

Conteúdo da informação a prestar 1 Os projectos de IDE apresentados para avaliação de-verão conter, conforme o caso, a seguinte informação

a) Pedido de autorização do IDE,

b) Identificação e curriculum do investidor ou de cada investidor estrangeiro;

c) Descrição de aspectos técnicos, comerciais e finan-ceiros do projecto que evidencie a sua viabilidade técnico-económica e detalhes referentes à sua gestão, estrutura dos recursos humanos e calen-dários da sua implementação até a consecução de níveis estáveis de produção,

d) Projecto de estatutos da sociedade a constituir, e) Cópia ou minuta do contrato de associação cele

brado ou a celebrar entre os investidores f ) Minuta de contratos de transferências de

tecno-logia

2 O GPIE preparará, em coordenação com as entidades que superintendem os sectores económicos, um formulário definindo a informação básica necessária para a formulação e apresentação das propostas do IDE

ARTIGO 12 Avaliação dos projectos

Cada projecto de IDE será avaliado pela Comissão de Avaliação, órgão do GPIE que integra, entre outros, repre-sentantes da entidade ou entidades que superintendam os respectivos sectores económicos, Comissão Nacional do Plano, Ministérios das Finanças e do Comércio e Banco

de Moçambique, a qual elaborará a proposta de decisão ARTIGO 1 3

Proposta de decisão e negociação das condições de autorização

1 A proposta de decisão a elaborar pela Comissão de Avaliação e a negociar com o investidor, incluirá os se-guintes aspectos

а) A natureza, valor e formas de realização do IDE; b) A identificação do objecto do empreendimento, dos bens e serviços a realizar, com especificação das

metas e dos resultados a atingir,

c) A localização e áreas de implementação do projecto; d) O regime da autorização da concessão ou da licença de exploração de recursos naturais e da utiliza-ção das instalações e seus eventuais equipamen-tos;

e) O valor e a forma de remuneração do uso e apro-veitamento dos recursos referidos na alinea an-terior;

f) A natureza jurídica da empresa a constituir ou que se vier a estabelecer, eventuais sócios ou parcei-ros, o respectivo capital, sua composição e as formas de realização.

(11)

g) O regime de utilização de bens e serviços de origem

nacional,

h) O regime de importação e exportação e a natu-reza de mercadorias e serviços a importar e a exportar

i) Numero e categorias de trabalhadoras nacionais e estrangeiros a empregar e programas de forma ção e treino tecnico-profissional de trabalhado-res moçambicanos

j) Os incentivos a conceder e os lucros exportáveis l) O período de autorização do investimento e a pe riodicídade da sua renovação, se for caso disso m) O prazo da entrada em funcionamento do empreen

dimento ou de cada uma das suas fases, quando a respectiva implementação for decidida desta forma

2 Os aspectos referidos no numero anterior serão acor-dados em negociações a realizar com o investidor, sendo posteriormente submetidos na proposta de decisão ao or-gão competente para a tomada dc decisão

ARTIGO 1 4 Autorização

1 No prazo de noventa dias contados a partir da data da sua apresentação devidamente instruídos cm todos os seus componentes os projeçtos de IDE serão decididos to-mando em consideração os pontos de vista expressos pela Comissão de Avaliação e as negociaçoes havidas com o investidor como previsto no n o 2 do artigo anterior

2 A competência para decidir sobre os projectos de IDE sera definida pelo Conselho de Ministros nos termos do artigo 10 da LIDE fixando se por decreto a respectiva dele gação consoante os valores envolvidos e a natureza dos pro-jectos

ARTIGO 15 Notificação

1 O GPIE notificara, no pra7o de sete dias, da decisão tomada sobre o projecto dando a conhecer ao interessado a data da decisão e as condições em que a autorização tiver sido concedida, se for o caso

2 O GPIE informara ainda no mesmo prazo da deci-são tomada e dos respectivos termos as entidades da ComiS

Sao de Avaliação referidas no artigo 12 ARTIGO 16

Registo

1 O investidor estrangeiro devera proceder ao registo da autorização do IDE junto do Ministerio das Finanças, no prazo de noventa dias contados a partir da data da noti-ficação da decisão

2 O prazo referido no numero anterior poderá ser pror-rogado a pedido expresso e fundamentado do investidor junto do Ministério das Finanças

3 O investidor e os seus associados deverão cumprir as necessárias formalidades legais a que houver lugar, junto das entidades competentes, designadamente Notário e Con-servatoria de Registo Comercial, antes de se proceder ao registo referido no no 1 deste artigo

ARTIGO 17

Implementação, organização e gestão

1 A implementação do projecto devera começar dentro de cento e oitenta dias, se outro prazo não for fixado na autorizaçao, contados a partir da data da notificação da

decisão ao investidor, devendo este assegurar que todo o pessoal, equipamentos, materiais, recursos financeiros e ou-tras condições da sua responsabilidade estejam providencia-dos e disponíveis de acordo com o calendário de execução do projecto

2 O prazo referido no numero anterior poderá ser pror-rogado pelo Ministro do Plano em casos devidamente jus-tificados, mediante pedido do investidor devidamente fun-damentado

3 A implementação, exploração e gestão do projecto do IDE, e das actividades a ele ligadas serão efectuadas em conformidade com as condições de autorização e com as disposições do presente Regulamento e demais legislação aplicavel na RPM

ARTIGO 18 Acompanhamento

1. Para facilitar o acompanhamento da realização do IDE, os investidores com projectos autorizados fornecerão se-mestralmente a entidade que superintende o respectivo sector economico informação em modelo proprio sobre

o desenvolvimento e os resultados dos seus empreendi-mentos com IDE

2. O modelo referido no numero anterior sera definido pelas entidades que superintendam o sector ou sectores economicos da actividade do IDE

3 Se o acompanhamento ou outros factos revelarem que as condições de autorização ou a regulamentação aplicavel estão a ser violadas, a entidade ou entidades que superin tendam os respectivos sectores economicos poderão exigir

TO investidos as necessarias correcções fixando o prazo 4 As entidades que superitendam o sector ou sectores in-cluindo o Ministério do Comércio e o Banco de Moçam-bique, fornecerão, semestralmente, ao Ministério das Fi-nanças e ao GPIE as informações que para o efeito forem exigidas por estes sobre o desenvolvimento e os resultados dos empreendimentos com IDE

ARTIGO 19 Revogação

A revogação da autorização concedida ao IDE so poderá ser determinada pelo orgão que tiver concedido a autoriza çao, cm qualquer dos seguintes casos

a) Liquidação da empresa, em que se tiver investido, antes do termo do período da autorização b) Fim do prazo previsto no no 1 do artigo 17 ou da

sua eventual prorrogação sem que tenha iniciado a implementação do IDE,

c) Não realização das correcções determinadas em

conformidade com o no 3 do artigo anterior

d) A recusa de prestação de informaçoes ou prestação de informações falsas, o impedimento do acesso, para fiscalização às instalações e documentação relacionadas com o IDE,

e) Paralisação, por um período continuo de quatro meses ou seis meses interpolados dentro do

pe-riodo de um ano, sem razão especial e consenti-mento prévio do Governo da RPM, das activi-dades do IDE ou do respectivo empreendimento autorizado

ARTIGO 2 0 Comunicações

A comunicação entre as partes envolvidas na implemen-tação e exploração do IDE e as instituições do Estado na RPM será vinculativa apenas quando tiver sido reduzida

(12)

à forma escrita e os respectivos documentos adquirirão a força legal depois de assinados pelos representantes auto-rizados das partes em causa.

ARTIGO 21 Relatórios

Os sectores económicos e outras instituições oficiais de alguma forma relacionadas com os projectos com IDE ela-borarão relatórios semestrais que reflictam a situação geral do IDE na RPM e o estado de cada projecto em qualquer das suas fases, para apreciação pelo Ministério das Finan-ças e pelo GPIE

ARTIGO 2 2

Resolução de dúvidas, reclamações e conflitos 1 Qualquer dúvida que surgir na aplicação e interpre-tação deste Regulamento será resolvida pelo Ministro do Plano

2 Em caso de reclamação por parte do investidor rela-tivamente à execução do presente Regulamento ou de outras normas aplicáveis ao IDE, competirá ao GPIE re-ceber, canalizar e acompanhar a mesma desde que seja apresentada por escrito e devidamente fundamentada

3 O GPIE, no prazo de dez dias, submeterá a reclamação ao organismo ou instituição visada, solicitando a respec-tiva apreciação e as correcções adequadas, quando for caso disso

4 Se nos prazo de vinte dias, contados a partir da data de solicitação a que se refere o número anterior, não for dada resposta, por intermédio do GPIE, a reclamação apre-sentada, este deverá submeter o assunto ao Ministro do Plano

5 O disposto neste artigo não limita o direito de recurso ao procedimento de resolução de conflitos preconizado no artigo 26 da LIDE

Decreto n° 9/87

de 30 de Janeiro

A experiência adquirida durante o período decorrido desde a publicação da Lei no 4/84, de 18 de Agosto, até ao presente revelou set necessário definir o uso da prerro-gativa prevista no n ° 1 do artigo 10 da referida lei quanto à competência para autorização dos investimentos directos estrangeiros

Nestes termos, ao abrigo da alínea h) do artigo 60 da Constituição da República, o Conselho de Ministros de-creta.

Artigo 1 É delegada competência na Comissão Nacional do Plano para conceder autorização dos projectos de inves-timentos e reinvesinves-timentos directos estrangeiros de valor até quinhentos milhões de meticais

Art 2 - 1 Observar-se-á o disposto na Lei no 4/84, de 18 de Agosto, para autorização dos projectos de

inves-timentos directos estrangeiros de valor superior a quinhen-tos milhões de meticais

2 O Ministro do Plano pode submeter para a decisão a nível do Conselho de Ministros os investimentos e rein-vestimentos directos estrangeiros de valor igual ou inferior a quinhentos milhões de meticais sempre que, atendendo à complexidade ou implicações de carácter político, econó-mico ou social, entenda ser conveniente

Aprovado pelo Conselho de Ministros Publique-se

O Primeiro-Ministro, Mário Fernandes da Graça

Ma-chungo

Decreto n.° 10/87

de 30 de Janeiro

Com a publicação da Lei no 5/87, de 19 de Janeiro, o investidor nacional foi contemplado com a defini-ção do quadro legal e das condições básicas para o desenvolvimento do seu trabalho e a realização de inves-timentos, conforme estabelecem as Directivas Económicas e Sociais do I V Congresso ao consagrar o princípio da concessão de estímulos e garantias como forma de encorajar o envolvimento dos produtores nacionais na grandiosa tarefa de aumentar a produção e a produtividade e de melhorar o nível de vida das populações

A fim de assegurar o cumprimento e eficácia dos seus dispositivos, a Lei n ° 5/87, de 19 de Janeiro, confere ao Conselho de Ministros a competência para conceder e para definir o tipo, incidência e amplitude dos incentivos previstos, conforme o disposto no artigo 7 e n ° 2 do ar-tigo 8

Nestes termos, ao abrigo da alínea b) do artigo 60 da Constituição da República, o Conselho de Ministros decreta

Artigo 1 - 1 É aprovado o quadro de incentivos a conceder aos investidores nacionais, o qual consta em anexo e faz parte integrante do presente decreto

2 Os incentivos previstos no quadro a que se refere o número anterior são benefícios máximos, e o beneficio efectivo a conceder depende do requerimento do interes-sado, a apresentar nas condições a regulamentar pelo

Ministro das Finanças

3 O despacho de concessão fixará os condicionalismos da isenção ou do benefício a considerar A sua não veri-ficação implicará sujeição imediata a tributação normal

Art 2 O presente decreto entra imediatamente em vigor Aprovado pelo Conselho de Ministros

Publique-se.

O Primeiro-Ministro, Mário Fernandes da Graça

(13)

QUADRO DE INCENTIVOS FISCAIS E ADUANEIROS (9 conceder > investidores nacionais)

(14)

Decreto n.° 11/87 de 30 de Janeiro

No âmbito do programa de reábilitação eçonómica algumas medidas tomadas sem um reflexo importante nos custos de producao de energia eléctrica, agravando-os.

Tratando-se de um sector particulamente sensível em que importa manter o equilíbrio económico, impõe-se que se adeque os preços em vigor nas tarifas de energia eléctrica

Neste contexto e ao abrigo do artigo 2 do Decreto

n.o 10/82, de 22 de Junho, o Conselho de Ministros

decreta

Artigo 1. São alteradas as Taxas de Potência a facturar em Baixa Tensão constantes no n ° 11 de artigo 2 do Sistema -Tarifário de Energia Eléctrica em vigor, passando a seu

as constantes do quadro seguinte Taxas de Poténcia em Baixa Tensão Calibre do contador adequado (Amperes) Potencia p o s t a a disposicao (KVA) Taxa de Potência mensal Consumo máximo mensal (KWH) 1 X 2 5 A-1 X 3 A-1 X 5A Ate 1,1 KVA 200,00 MT 10KWH(a)

1 X 5A e 1 X 10A Ate 2.2 KVA 300,00 MT 300 KWH

1 X 15A e 3 X 5A Ate 3.3KVA 375,00 MT 600KWH 3 X 7,5 e 3 X 10A 500,00 MT 1300 KWH Ate 6,6 KVA 3 X 15A Ate 9,9 KVA 750,00 MT 1900 KWH 3 X 20A Ate 13,2KVA 1000,00 MT 2600 KWH 3 X 25A e 3 X 30A Até 19,8 KVA 1500,00 MT 3900 KWH 3 X 40A e 3 X 50A Ate 33 KVA

100,00MT por cada KVA ou

1 2 5 , 0 0 M T por cauda KW

-3 X 60A Ate 39,6 KVA 100,00MT por

cada KVA ou 1 2 5 , 0 0 M T por cauda KW

-3 X 75A Até 49,5 KVA

100,00MT por cada KVA ou

1 2 5 , 0 0 M T por cauda KW

-3 X 100A Ate 66 KVA

100,00MT por cada KVA ou

1 2 5 , 0 0 M T por cauda KW

-(a) A taxa minima de 100,00 MT ao e aplicavel exclusivãmente em habitacoes

Art 2. São alteracadas as Taxas de Potência a facturar em

Média e AIta Tensão constantes no n.o 6 do artigo 3 do

Sistema Tarifário de Energia Eléctrica em vigor, passando a ser as seguintes:

21. Média Tensão (tensões iguais ou inferiores a

66 KV ou potências iguais ou inferiores a 2000 KW).

Taxa de Potência = Ponta (KW) X 350,00 MT. 2 2 Alta Tensão (tensões superiores a 66 KV ou

potên-cias superiores a 2000 KW)

Taxa de Potência = Ponta (KW) X 300,00 MT Art 3. É alterado o preço do KWH para Os consumidores da Tarifa Geral, constante no n ° 3 do artigo 4 do Sistema Tarifário de Energia Eléctrica em vigor, passando a ser o seguinte

-18,00 MT/KWH

Art 4 É alterado o preço do KWH para os consumidores

da Tarifa Doméstica ou equiparados, constante do n.o 5

do artigo 4 do Sistema Tarifário de Energia Eléctrica em vigor, passando a ser o seguinte

- 7.60 MT/KWH Art. 5 É alterado o preço do KWH para os consumidores

de Média e Alta Tensão, constante no no 5 do artigo 5

do Sistema Tarifário de Energia Eléctrica em vigor, pas-sando a ser o seguinte

- 8,50 MT/KWH Art 6 As alterações agora determinadas aplicam-se em

todo o País à energia consumida a partir de 1 de Fevereiro de 1987

Aprovado pelo Conselho de Ministros Publique-se.

O Primeiro-Ministro, Mário Fernandes da Graça Ma-chungo

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