• Nenhum resultado encontrado

PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE PISCINAS 2014 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE PISCINAS 2014 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

P

ROGRAMA DE

V

IGILÂNCIA

S

ANITÁRIA DE

P

ISCINAS

2014

R

ELATÓRIO DE AVALIAÇÃO

(2)

1. Introdução

Com o presente documento pretende-se apresentar os resultados obtidos da implementação das atividades inerentes ao Programa de Vigilância Sanitária de Piscinas 2014 (PVSP-2014), identificar os principais constrangimentos e a possibilidade de intervenção.

Na apresentação de cada item é evocado o indicador previamente estabelecido no PVSP-2014, a atividade, o sistema de obtenção de dados, a meta esperada, a meta observada e a fórmula de cálculo (se aplicável). A discussão dos resultados é também apresentada em paralelo, sempre que tal se apresente pertinente.

2. Resultados e Discussão

Atividade n.º 1 Indicador Meta Esp. Meta Obs.

Elaboração do PVSP PVSP elaborado dentro do prazo Idem

Atividade n.º 1 – Resultados: A elaboração do PVSP-2014 foi concluída em novembro de 2013, dentro do prazo

previsto.

Atividade n.º 2 Indicador Meta Esp. Meta Obs.

Reunião para apresentação do PVSP

(Nº de respostas recebidas/ N.º de USP) * 102

(23/24) * 102 100% 96% (Nº de USP presentes/ N.º de USP) * 102

(23/24) * 102 100% 96%

Atividade n.º 2 – Resultados: A convocatória para a reunião de apresentação do PVSP-2014 foi remetida por email

aos Coordenadores das Unidades de Saúde Pública (CUSP) em 08/11/2013, solicitando a indigitação de um profissional. A referida reunião teve lugar no dia 11 de novembro de 2013, nas instalações do Departamento de Saúde Pública (DSP), tendo decorrido no período compreendido entre as 09:45 e as 13:00 horas. Estiveram presentes 23 profissionais de 23 Unidades de Saúde Pública (USP) [Técnicos de Saúde Ambiental (TSA) e Autoridades de Saúde (AS)]; uma USP não se fez representar.

Atividade n.º 3 Indicador Meta Esp. Meta Obs.

Divulgação do PVSP e respetivos anexos: “Modelo de Comunicação de Situações de Alerta”; “Ficha de Cadastro”; “Modelo de Livro de Registo Sanitário”; “Plano de Colheitas”

e “Modelo de Ocorrências em Piscinas”

(N.º confirmações de receção do PVSP remetidas pelos

Coordenadores das USP/Nº USP) *10 2 100% Err

Ao Coordenador da USP

Ao LRSP Confirmação de receção do PVSP pelo LRSP Err

Ao público em geral PVSP no portal da ARS Idem

Atividade n.º 3 – Resultados: A divulgação do PVSP 2014 e respetivos anexos aos CUSP e ao LRSP foi efetuada por

email. O PVSP-2014 foi publicitado no portal da ARS em dezembro de 2013.

Discussão: Uma vez que no envio do email aos CUSP e ao LRSP não foi solicitado “recibo de leitura”, não foi possível

(3)

Atividade n.º 5 Indicador Meta Obs. Meta Esp.

Apreciação e validação dos Planos de Colheita

(N.º de planos de colheita rececionados no DSP / N.º de USP nos ACES) * 10 2

(64/21) * 10 2

100% 304%

(N.º de planos de colheita apreciados e validados / N.º de planos de colheita recebidos) * 10 2

(64/21) * 10 2

100% 304%

Atividade n.º 5 – Resultados: O suporte de informação para calendarização dos planos de colheita para análises

microbiológicas e físico-químicas foi divulgado apenas às USP integradas nos ACES, uma vez que as ULS dispõem de autonomia no pagamento das análises. O suporte de informação consistiu numa página Excel® com a calendarização de colheitas de todo o tipo de águas, por concelho (ou freguesias, consoante as USP). Todas as USP integradas nos ACES remeteram a calendarização das colheitas ao DSP.

Sempre que se considerou necessária a introdução de alterações aos planos de colheita remetidos ao DSP, a articulação foi, na maioria das situações, efetuada diretamente entre a gestora regional e os gestores locais, para assegurar uma maior rapidez ao processo. As não conformidades mais frequentes foram a agregação de freguesias; periodicidade de colheitas em desacordo com as orientações do DSP; denominações e codificações incorretas; e introdução de códigos novos sem a sua prévia codificação.

Discussão: a expressão da meta evidencia que a definição dos indicadores carece de melhoria, uma vez que no

numerador constam todos os programas de colheitas rececionados (por concelho) e no denominador o número de USP integradas em ACES.

Atividade n.º 6 Indicador Meta Obs. Meta Esp.

Envio dos Planos de Colheitas para o LRSP Confirmação de receção dos Planos de Colheitas pelo LRSP Err

Atividade n.º 6 – Resultados: A divulgação dos planos de colheita ao LRSP foi efetuado por email.

Discussão: Uma vez que no envio do email ao LRSP não foi solicitado “recibo de leitura”, não foi possível avaliar o

indicador. Embora não tenha sido gerada evidência documental da entrega dos planos de colheita ao LRSP, a certeza da sua receção por parte do laboratório confirmou-se através do retorno das chamadas telefónicas a colocar dúvidas.

Atividade n.º 7 Indicador Meta Esp. Meta Obs.

Realização de reuniões para clarificação dos questionários da Circular Normativa da DGS (Anexos II-A e II-B)

(Nº de respostas recebidas/ N.º de USP) * 102

(24/24) * 10 2 100% 100% (Nº de USP representadas na reunião e que confirmaram/

N.º de USP) * 102

(24/24) * 10 2

(4)

Atividade n.º 7 – Resultados: Para execução desta atividade foram efetuadas três sessões, tendo as mesmas tido

lugar nas instalações do DSP nos dias 21, 24 e 28 de fevereiro de 2013. A duração de cada sessão foi de 6,5 horas, tendo o período da manhã ficado assegurado pela gestora regional do PVSP, e o período da tarde pelo Prof. Vitorino Beleza. No total estiveram presentes 46 profissionais (TSA e AS), tendo a totalidade das USP sido representadas.

Atividade n.º 9 Indicador Meta Esp. Meta Obs.

Receção e registo do cadastro das piscinas do Tipo 1 e

Tipo 2 (N.º cadastros registados/Nº de cadastros recebidos) * 10

2

(599/599) * 10 2 100% 100%

Atividade n.º 9 – Resultados: Todos os cadastros recebidos no DSP até ao término do primeiro trimestre do ano 2015

foram registados em base de dados. Até à data, não foi recebida qualquer informação por parte de uma USP.

Discussão: Embora o objetivo tenha sido cumprido (o DSP registou tantos cadastros quantos os recebidos até ao

término do primeiro trimestre do ano de 2015), considera-se que a atividade ainda não se encontra concluída, uma vez que uma USP ainda não devolveu qualquer resposta até à data.

A introdução dos cadastros permitiu identificar diversas não conformidades:  Dúvidas na classificação das piscinas (Tipo 1 ou Tipo 2);

N.º médio de utilizadores diários: verificou-se um elevado número de missings (por alegadamente os gestores não conseguirem prestar esta informação, sendo, no entanto, possível aos TSA apurar esta informação através da consulta dos Livros de Registo Sanitário); agrupamento de informação por piscina (e não por tanque, como é desejável); registo de informação semanal e mensal, ao invés de diária.

 Período de funcionamento dos tanques: mesmo que um tanque encerre dois ou três meses para férias e/ou manutenção, o período de funcionamento deve ser considerado anual e não sazonal (por oposição aos tanques descobertos, esses sim, geralmente com funcionamento sazonal).

Entidade que efetua o controlo da qualidade da água: além do elevado número de missings, verificou-se, não raras vezes, que a entidade apontada foi o próprio gestor da piscina. Naturalmente que tratando-se de ações de controlo, a obrigatoriedade de providenciar as análises de água é do próprio gestor (por oposição à vigilância); o objetivo é apurar qual o laboratório que procede aos ensaios laboratoriais.

(5)

Atividades n.º 10 e 11 Indicador Meta Esp. Meta Obs. Realização de ações inspetivas de caracterização de

piscinas do Tipo 1 e Tipo 2 (aplicação do Anexo II-A da CN da DGS)

(Nº ações inspetivas realizadas a piscinas do Tipo 1 /Nº de piscinas do Tipo 1 ainda não caracterizadas) * 102

(119/141) * 10 2

50% 84%

(Nº ações inspetivas realizadas a piscinas do Tipo 2 /Nº de piscinas do Tipo 2 ainda não caracterizadas) * 102

(113/284) * 10 2

25% 40%

Realização de ações inspetivas de caracterização de piscinas do Tipo 1 e Tipo 2 (aplicação do Anexo II-B da CN

da DGS)

(Nº ações inspetivas complementares realizadas a piscinas do Tipo 1 /Nº de piscinas do Tipo 1 já caracterizadas) * 102

(72/98) * 10 2

50% 73%

(Nº ações inspetivas complementares realizadas a piscinas do Tipo 2 /Nº de piscinas do Tipo 2 já caracterizadas) * 102

(85/139) * 10 2

25% 61%

Atividades n.º 10 e 11 – Resultados: A recolha de informação para avaliação do indicador teve por base o suporte de

informação Excel® divulgado trimestralmente pelo DSP aos CUSP, através do enunciado “Nº de piscinas

inspecionadas/Nº de piscinas em que é aplicado o Anexo”, devidamente adaptado para piscinas do Tipo 1 e do Tipo 2,

e para os Anexos II-A e II-B.

Atentando nas metas esperadas, verifica-se que os objetivos foram cumpridos.

Discussão: O estudo individualizado por USP sugere que possam existir constrangimentos locais:

 Duas USP não fizeram qualquer ação inspetiva;

 Quatro USP não fizeram ações inspetivas nas piscinas Tipo 2;  Uma USP não aplicou o Anexo II-B nas Piscinas Tipo 1 e Tipo 2.

Embora se tivessem verificado situações em que não foram realizadas ações inspetivas com aplicação dos questionários da DGS, tal não significa que as piscinas não estivessem a ser alvo de vigilância.

Atividade n.º 12 Indicador Meta Esp. Meta Obs.

Divulgação/utilização de documentos pelos gestores das piscinas do Tipo 1 e do Tipo 2:

“Modelo de Comunicação de Situações de Alerta”-MCSA “Ficha de Cadastro” - FC

“Modelo de Livro de Registo Sanitário” – MLRS “Modelo de Ocorrências em Piscinas”-MOP

(Nº de piscinas com conhecimento do MCSA /Nº de piscinas)

* 102 100% 88%

(Nº de piscinas com conhecimento da FC /Nº de piscinas) *

102 100% 94%

(Nº de piscinas com conhecimento do MLRS /Nº de piscinas)

* 102 100% 95%

(Nº de piscinas com conhecimento do MOP /Nº de piscinas) *

102 100% 88%

(Nº de tanques que utilizam LRS/Nº de tanques) * 102 70% 75%

Atividade n.º 12 – Resultados: A recolha de informação para avaliação do indicador referente à divulgação dos

Modelos apensos ao PVSP-2014 junto dos gestores das piscinas, teve por base o suporte de informação Excel® divulgado trimestralmente pelo DSP aos CUSP, através do enunciado “Nº de piscinas com conhecimento dos

modelos/Nº de piscinas”, devidamente adaptado para piscinas do Tipo 1 e do Tipo 2, e para cada um dos modelos –

Comunicação de Situações de Alerta, Ficha de Cadastro, Modelo de Livro de Registo Sanitário (LRS) e Modelo de Ocorrências em Piscinas.

(6)

O cálculo de avaliação do indicador teve por base a informação recolhida nos quatro trimestres de 2014; a sua análise permitiu verificar que as metas não foram cumpridas.

Verificou-se ainda existirem diferenças na divulgação dos Modelos aos gestores das piscinas do Tipo 1 e do Tipo 2, sendo que, foi nestas últimas, que se verificou uma menor divulgação (cf Gráfico 1).

A divulgação dos Modelos a menos de 10% dos gestores de piscinas do Tipo 1 e do Tipo 2 verificou-se em duas USP.

Gráfico 1:Divulgação dos Modelos por piscinas do Tipo 1 e piscinas do Tipo 2

Para avaliação do indicador relativo à taxa de utilização do LRS por parte dos gestores foram considerados apenas os resultados referentes ao último trimestre (informação reunida no suporte de informação Excel® divulgado trimestralmente pelo DSP aos CUSP, através do enunciado “Nº de tanques com LRS aberto pela AS/N.º de tanques em

funcionamento” (devidamente adaptado para os intervalos de tempo em causa), uma vez que foi o período em que se

obtiveram os melhores resultados. A sua utilização por parte dos gestores das piscinas Tipo 2 foi inferior à dos gestores das piscinas do Tipo 1 (cf Gráfico 2).

As situações em que o indicador se revelou superior a 100% - situações em que os tanques não se encontravam em funcionamento mas que os gestores optaram por manter o LRS aberto – foram consideradas “100%”.

90% 96% 100% 90% 86% 92% 90% 87% 75% 80% 85% 90% 95% 100% Modelo Comunicação Situações Alerta Modelo Ficha de Cadastro Modelo Livro Registo Sanitário Modelo Ocorrências em Piscinas Piscinas T1 Piscinas T2

(7)

Gráfico 2: Taxa de utilização do Livro de Registo Sanitário por piscinas do Tipo 1 e piscinas do Tipo 2

Discussão: Relativamente à divulgação dos Modelos, e de acordo com esclarecimentos informais que vão sendo

divulgados pelos gestores locais do PVSP, alguns gestores de piscinas já dispõem dos seus próprios suportes de registo e divulgação; em algumas USP existe também uma estrutura de comunicação já instituída entre a Autoridade de Saúde e os gestores que não passa pelos Modelos divulgados pelo DSP. Qualquer que seja a estratégia ou o suporte adotado, o importante é que cada gestor faça chegar à Autoridade de Saúde o teor da informação relativa a situações de alerta, cadastro, LRS e ocorrências. Da forma como foi concebida a avaliação para este item no PVSP- 2014, não foi possível perceber se a “não divulgação dos Modelos” constituiu uma situação “não conforme” ou uma situação “não aplicável”.

Quanto à utilização do LRS, e também de acordo com esclarecimentos informais que foram divulgados aos gestores locais do PVSP, parece existir elevada resistência por parte destes em adotar o LRS, uma vez que já dispõem de fichas de registo próprio. Considera-se que este LRS não deve ser substituído por outros suportes de registo; embora seja aceitável poder existir alguma flexibilidade no modelo (devendo contudo conter no mínimo toda a informação referida na CN n.º 14/DA), o LRS deve constituir-se – por ora – como uma estrutura física, paginada, com campos para abertura e encerramento pela Autoridade de Saúde.

Atividade n.º 13 Indicador Meta Esp. Meta Obs.

Análise dos resultados do controlo da qualidade da água das piscinas e tanques de hidromassagem

(Nº boletins analíticos microbiológicos remetidos pelos gestores de tanques do Tipo 1 à USP no ano/Nº análises microbiológicas previstas no ano para tanques do Tipo 1)*102

80% 0%

(Nº de boletins físico-químicos remetidos pelos gestores de tanques do Tipo 1 à USP no ano/Nº análises físico-químicas

previstas no ano para tanques do Tipo 1) * 102

80% 0%

(Nº de boletins analíticos microbiológicos remetidos pelos gestores de tanques do Tipo 2 à USP no ano/Nº análises microbiológicos previstas no ano para tanques do Tipo 2) * 102

30% 0%

(Nº de boletins físico-químicos remetidos pelos gestores de tanques do Tipo 2 à USP no ano/Nº análises físico-químicas

previstas no ano para tanques do Tipo 2) * 102

30% 0%

Atividade n.º 13 – Resultados: A recolha de informação para avaliação do indicador teve por base o suporte de

informação Excel® divulgado trimestralmente pelo DSP aos CUSP, através do enunciado “Número de análises efetuadas/Número de análises previstas”. Não foi possível avaliar este indicador.

76% 43%

Piscinas T1 Piscinas T2

(8)

Discussão: A dado momento foi percetível que as respostas devolvidas pelas USP iriam resultar na impossibilidade de

avaliação do indicador; a não compreensão do que ia sendo solicitado foi evidenciada pelo surgimento de situações como as seguintes:

 Frequência de valores no numerador superiores ao denominador (realização de mais análises do que as inicialmente previstas), cuja apreciação, no computo geral, indiciou a troca de informação do numerador com o denominador e vice versa;

Alegação de motivos como “ausência de viatura de serviço…” para justificar a não realização de análises, o que sugeriu confusão entre “controlo” e “vigilância”;

 Pelos motivos apontados, e na certeza porém de terem existido USP a responder com correção, optou-se por não avaliar o indicador.

Atividade n.º 14 Indicador Meta Esp. Meta Obs.

Colheitas de amostras de água para efeitos de vigilância, de acordo com o Plano de Colheitas aprovado (se cloro

superior a 0,4 mg/L Cl2 e inferior a 4,0 mg/L Cl2)

(Nº de colheitas para análise microbiológica efetuadas/Nº de colheitas para análise microbiológica previstas) * 102

(1090/1283) * 10 2

100% 85%

(Nº de colheitas para análise físico-química efetuadas/Nº de colheitas para análise físico-química previstas) * 102

(599/687) * 10 2

100% 87%

Atividade n.º 14 – Resultados: A recolha de informação para avaliação do indicador foi efetuada trimestralmente pela

gestora regional do programa; os dados do numerador – n.º de colheitas efetuadas – foram obtidos da plataforma

Alweb, tendo os do denominador sido obtidos do Mapa de Colheitas validado pelo DSP.

Verificaram-se situações discrepantes no número de colheitas previstas face às efetuadas, tendo os responsáveis locais pelo PVSP sido questionados, via email, pela gestora regional.

Discussão: Da informação apurada junto dos gestores locais para as situações discrepantes no número de colheitas

previstas face às efetuadas, verificou-se que constituíram motivo para a redução no número de análises efetuadas (face às previstas):

 Alteração das datas de colheita, o que determinou por vezes a sua transição para o trimestre seguinte;

 Tanques encerrados para manutenção, para férias, em virtude de condições climatéricas adversas, sem água, ou outros motivos;

 Valor do cloro residual inferior a 0.4 mg/L Cl2 ou superior a 4.0 mg/L Cl2; embora no PVSP-2014 estivesse

determinado que as amostras com valores fora daquele intervalo não fossem entregues para análise microbiológica, muitas foram as situações em que tal não foi cumprido. Durante todo o ano, os gestores locais foram advertidos para a situação, tendo-se observado paulatinamente um encontro com a situação desejada.  Ausência de viatura de serviço;

 Profissionais ausentes por motivo de doença, formação, licença de maternidade ou outros;  Ausência de frascos.

(9)

Também de acordo com a informação apurada junto dos gestores locais, constituíram por sua vez motivos para o aumento do número de análises efetuadas (face às previstas):

 Alteração das datas de colheita, o que determinou por vezes a transição do trimestre anterior para o trimestre em curso;

Troca de informação no numerador vs denominador;  Inclusão de informação relativa ao controlo.

Atividade n.º 15 Indicador Meta Esp. Meta Obs.

Intervenção em tanques de piscinas do Tipo 1 ou do Tipo 2 com indicadores microbiológicos não compatíveis com a

prática de banhos (obtidos na vigilância ou no controlo)

(Nº intervenções efetuadas pelo Coordenador da USP perante resultados impróprios – controlo ou vigilância/Nº de

resultados impróprios de que teve conhecimento) * 102

100% NA

(Nº de comunicações reportadas ao DSP na sequência de ações corretivas/Nº de ações corretivas notificadas pelo

Coordenador da USP) * 102

100% NA

(Nº de situações regularizadas e comprovadas por análises laboratoriais/Nº notificações enviadas pelo Coordenador da

USP* 102

100% NA

Atividade n.º 15 – Resultados: O Indicador não foi avaliado.

Discussão: O indicador em causa foi incluído no PVSP-2014, porque havia sido o Indicador de Contratualização em

2013. Foi reunida informação relativa à intervenção em tanques com indicadores microbiológicos não compatíveis com a prática de banhos até maio de 2014, contudo, o Indicador de Contratualização foi entretanto alterado. Neste sentido, com o abandono do Indicador de Contratualização, os CUSP foram informados já não ser necessário o envio ao DSP de elementos que consubstanciassem as intervenções havidas.

Atividade n.º 16 Indicador Meta Esp. Meta Obs.

Realização de inquéritos epidemiológicos (Nº de inquéritos epidemiológicos realizados/Nº de situações adversas conhecidas) * 102

(17/17) * 10 2

100% 100%

Atividade n.º 16 – Resultados: A recolha de informação para avaliação do indicador referente à realização de

inquéritos epidemiológicos teve por base o suporte de informação Excel® divulgado trimestralmente pelo DSP aos CUSP, através do enunciado “Nº de inquéritos efetuados/Nº de situações adversas conhecidas”.

Um inquérito epidemiológico deve ser conduzido sempre que exista algum caso de doença cuja origem ou agravamento possa estar associado à utilização ou frequência de piscinas (decorrentes do contacto com a água, com superfícies, ou associadas ao ar interior).

A síntese da informação remetida permitiu verificar a realização de dezassete inquéritos, de acordo com o seguinte:  1 inquérito no âmbito da investigação de um caso de Doença de Legionários e 16 inquéritos por motivos “não

(10)

Discussão: O elevado número de inquéritos “não especificados” reportados por uma mesma USP é questionável, não

devendo portanto ser valorizado.

Atividade n.º 17 Indicador Meta Esp. Meta Obs.

Encerramento de tanques na sequência de situações de grave risco para a saúde (incluindo água dos tanques

imprópria)

(Nº de encerramentos efetuados/Nº de situações de grave risco para a saúde identificadas) * 102

(110/110) * 10 2

100% 100%

(Nº de encerramentos comunicados pela USP ao DSP/Nº de encerramentos efetuados) * 102

(110/110) * 10 2

100% 100%

(Nº de reabertura comunicadas pela USP ao DSP/Nº de reaberturas efetuadas) * 102

(104/104) * 10 2

100% 100%

(Nº de reaberturas efetuadas/Nº de encerramentos efetuados) * 102

(104/110) * 10 2 95%

Atividade n.º 17 – Resultados: Os dados necessários à avaliação dos encerramentos e reaberturas efetuados foram

solicitados trimestralmente por via do suporte de informação Excel® divulgado trimestralmente pelo DSP aos CUSP, e através, respetivamente, dos seguintes enunciados “Número de encerramentos efetuados/Número de situações de

grave risco para a saúde conhecidas em tempo útil” e “Número de reaberturas efetuadas/Número de encerramentos

efetuados”.

Foram efetuados 110 encerramentos, não se tendo verificado diferenças na sua distribuição por piscinas do Tipo 1 e do Tipo 2 (cf Gráfico 3). Foi solicitado às USP que por “encerramento” fossem apenas considerados os efetuados ao abrigo do Código do Procedimento Administrativo.

Gráfico 3: Número de encerramentos e reaberturas por piscinas do Tipo 1 e piscinas do Tipo 2

A totalidade dos encerramentos foi devida à deficiente qualidade da água (resultados microbiológicos impróprios), verificada nas análises de controlo e/ou vigilância.

Uma vez que, após o levantamento da suspensão de encerramento dos tanques pela Autoridade de Saúde, a sua reabertura fica condicionada à intenção do gestor - podendo mesmo nunca reabrir – não foi estabelecida meta para o “Nº de reaberturas”. 73 37 69 35 0 20 40 60 80 Piscinas T1 Piscinas T2 Encerramentos Reaberturas

(11)

Atividade n.º 18 Indicador Meta Esp. Meta Obs. Intervenção em caso de reclamações

(Nº de intervenções da USP na sequência de reclamações/Nº de reclamações rececionadas na USP) * 102

(39/39) * 10 2

100% 100%

Atividade n.º 18 – Resultados: A recolha de informação para avaliação das intervenções em caso de reclamações

teve por base o suporte de informação Excel® divulgado trimestralmente pelo DSP aos CUSP, através do enunciado

Nº de intervenções/Nº de reclamações recebidas”. No mesmo momento foi solicitada também a anotação do motivo da

queixa.

Foi reportado um total de trinta e nove queixas, a maioria das quais em piscinas do Tipo 1 (cf. Gráfico 4).

Gráfico 4: Número de reclamações intervencionadas em piscinas do Tipo 1 e piscinas do Tipo 2

Os motivos apresentados por ordem decrescente de frequência foram os seguintes:  Deficiente limpeza das instalações e/ou piscina: 22 (56%)

 Temperatura da água: 14 (36%)  Excesso de cloro na água: 2 (5%)

 Deficientes condições de segurança do pavimento: 1 (3%)

Atividade n.º 19 Indicador Meta Esp. Meta Obs.

Colheita de informação relativa a ocorrências em piscinas

(Nº de situações de acidentes com pessoas ou doenças comunicadas à USP através do Modelo de Ocorrências em

Piscinas/Nº de acidentes com pessoas ou doenças) * 102

(0/0) * 10 2

100% NA

(Nº de outras ocorrências comunicadas à USP através do Modelo de Ocorrências em Piscinas/Nº de outras ocorrências

* 102

(37/37) * 10 2

100% 100%

Atividade n.º 19 – Resultados: A recolha de informação para avaliação das situações de acidente, doença ou outras

situações reportadas pelos gestores das piscinas à USP através do Modelo de Ocorrências em Piscinas, teve por base o suporte de informação Excel® divulgado trimestralmente pelo DSP aos CUSP, através do enunciado “Nº de

31 8

Reclamações

Piscinas T1 Piscinas T2

(12)

“situações” comunicadas à USP/Nº de “situações” conhecidas”, tendo as “situações” sido devidamente adaptadas para “acidentes”, “doenças” e “outras ocorrências”.

Verificou-se um número superior de Ocorrências em Piscinas do Tipo 1, relativamente às do Tipo 2. (Cf. Gráfico 5).

Gráfico 5: Ocorrências em piscinas do Tipo 1 e piscinas do Tipo 2

Das trinta e sete ocorrências reportadas pelos gestores das piscinas às USP verificou-se:

 23 (62 %) relacionadas com acidentes fecais e/ou vómito e/ou hemorrágico, no (s) tanque (s);  14 (38%) “outras ocorrências” que, por não terem sido especificadas, desconhece-se o seu teor.

Aos dados anteriores acrescem dois casos de acidentes mortais em piscinas veiculados pela imprensa escrita, sem que os mesmos tenham sido registados como “ocorrências” e investigados pelas Autoridades de Saúde respetivas.

Discussão: por ser um Modelo que apenas foi introduzido em 2014, presume-se não existir ainda familiaridade com o

mesmo pelo que, a informação foi subdeclarada; este facto é mais notório, dado que se verificaram acidentes fatais, sendo que os mesmos não foram reportados ao DSP.

Atividade n.º 20 Indicador Meta Esp. Meta Obs.

Monitorização trimestral das atividades inerentes ao PVSP

(Nº de grelhas rececionadas no DSP trimestralmente dentro do prazo /Nº de grelhas enviadas à USP) * 102

(96/96) * 10 2

100% 100%

Atividade n.º 20 – Resultados: De uma forma geral, verificou-se que um conjunto de USP devolveu, sistematicamente,

a grelha para além do prazo estipulado e só após duas e três insistências por parte do DSP.

O DSP teve maior dificuldade de comunicação com uma USP, não havendo, por parte dos responsáveis, resposta aos

emails e telefonemas. A USP em causa só enviou o conjunto das 4 avaliações anuais referentes a 2014, em janeiro de

2015. 21 16

Ocorrências em Piscinas

Piscinas T1 Piscinas T2

(13)

Embora a meta de 100% tivesse sido alcançada em termos numéricos, sublinha-se que, embora não contabilizadas, foram frequentes as entregas das grelhas manifestamente além do prazo.

Discussão: O principal motivo invocado pelos gestores locais do PVSP para o envio da grelha para além do prazo foi a

sua não divulgação por parte dos CUSP.

Atividade n.º 21 Indicador Meta Esp. Meta Obs.

Intervenções in situ, sempre que solicitadas

(Nº de intervenções efetuadas pelo DSP in situ/Nº intervenções solicitadas pelas USP) * 102

(0/0) * 10 2

100% NA

Atividade n.º 21 – Resultados: Não foi efetuada qualquer solicitação ao DSP para intervenção in situ.

Atividade n.º 22 Indicador Meta Esp. Meta Obs.

Prestação de esclarecimentos (Nº de esclarecimentos prestados pelo DSP/Nº de solicitações das USP) * 102 100% Cump

Atividade n.º 22 – Resultados: Por parte da responsável regional do PVSP, foi dada resposta a todas as solicitações.

Não foi contabilizado o número de esclarecimentos prestados; a maior parte foi efetuado por telefone; apenas dos respondidos por email é possível gerar evidência. Contudo, não tendo sido contabilizados os telefónicos, optou-se por não avaliar quantitativamente este indicador.

Discussão: Seria desejável que todos os pedidos de esclarecimento fossem efetuados por email; no entanto, dada a

urgência em obter resposta que por vezes é requerida, muitos esclarecimentos são prestados por telefone, não sendo por tal contabilizados.

2. Avaliação dos objetivos específicos:

Apresentados que estão os resultados da execução das atividades inerentes ao PVSP-2014, relembram-se seguidamente os objetivos específicos que haviam sido definidos, bem como a sua avaliação:

- Até ao final de 2014, as Unidades de Saúde Pública (USP) têm cadastradas 100% das piscinas do Tipo 1 e do

Tipo 2

Uma vez que uma USP não remeteu ao DSP os cadastros das piscinas, desconhece-se se os mesmos se encontram regularizados. Assumindo a situação mais penalizadora – cadastros não se encontrarem regularizados na USP – o resultado é o seguinte: 23 USP com as piscinas cadastradas / 24 USP  95.8%

- Até ao final de 2014, 80% dos gestores de piscinas do Tipo 1 cumprem com a vertente analítica do Programa

de Controlo Sanitário de Piscinas (PCSP);

Dados os motivos já explanados, não foi possível avaliar o indicador conducente a este objetivo.

- Até ao final de 2014, 30% dos gestores de piscinas do Tipo 2 cumprem com a vertente analítica do PCSP;

(14)

- Até ao final de 2014 garantir que 100% de tanques de piscinas com resultados analíticos incompatíveis com a

prática de banhos apresentem resultados analíticos compatíveis com a prática de banhos, após intervenção do Coordenador da USP.

Os dados conducentes a esta avaliação só foram compilados até maio de 2014, momento a partir do qual foi abandonado o Indicador de Contratualização. Por este facto, este objetivo ficou prejudicado.

3. Conclusões

Até 2014, o DSP dispunha apenas de “Orientações para implementação do Programa de Vigilância Sanitária de Piscinas”, deixando aos serviços locais a calendarização e programação das atividades inseridas naquele âmbito. Observadas que foram as discrepâncias existentes entre as várias USP de uma mesma região de saúde, considerou-se premente colocar ao mesmo nível as atuações e exigências requeridas. Assim, 2014 constituiu-se como o “ano zero” do “Programa de Vigilância Sanitária de Piscinas”, com explicitação de objetivos e metas, e com a apresentação de justificações para o seu não cumprimento por parte dos responsáveis. Com o exposto, pretendeu-se também apurar constrangimentos locais e a possibilidade de intervenção por parte do serviço regional.

Considera-se positivo o primeiro ano de implementação do programa, tendo-se assistido a um envolvimento e crescimento dos profissionais locais na procura de soluções.

Apesar de nem todos os objetivos terem sido cumpridos, a avaliação do seu não cumprimento permitiu perceber algumas das dificuldades sentidas quer local, quer regionalmente, e a forma de as ultrapassar. Assim, foram já introduzidas alterações no PVSP 2015; foram instituídos novos procedimentos ao nível do DSP; serão reformulados alguns indicadores em 2016; e serão elaborados em 2015 (e 2016) documentos e folhetos desdobráveis (flyers) para divulgar aos CUSP, tratando matérias específicas no âmbito das piscinas. Será ainda mantida proximidade com a Direção-Geral da Saúde para discussão de novos desafios, tais como um Livro de Registo Sanitário digital, e a atualização da Circular Normativa n.º 14/DA, mormente no que respeita à listagem do equipamento de primeiros socorros de que o gestor deve dispor.

Referências

Documentos relacionados

O Programa de Educação do Estado do Rio de Janeiro, implementado em janeiro de 2011, trouxe mudanças relevantes para o contexto educacional do estado. No ranking do

Sendo assim, ao (re)pensar a prática do professor em uma sala de aceleração, dispõe-se sobre ações que envolvem o contexto gerencial e pedagógico do programa, bem como

[r]

Na apropriação do PROEB em três anos consecutivos na Escola Estadual JF, foi possível notar que o trabalho ora realizado naquele local foi mais voltado à

F REQUÊNCIAS PRÓPRIAS E MODOS DE VIBRAÇÃO ( MÉTODO ANALÍTICO ) ... O RIENTAÇÃO PELAS EQUAÇÕES DE PROPAGAÇÃO DE VIBRAÇÕES ... P REVISÃO DOS VALORES MÁXIMOS DE PPV ...

Os dados referentes aos sentimentos dos acadêmicos de enfermagem durante a realização do banho de leito, a preparação destes para a realização, a atribuição

O Estágio Profissional “é a componente curricular da formação profissional de professores cuja finalidade explícita é iniciar os alunos no mundo da

Além disso, é também de referir que ao longo do estágio, foram-me regularmente colocadas questões e pequenos trabalhos de pesquisa, relativos a vários produtos (quer