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Relatório Semanal de Estratégia de Investimento

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Academic year: 2021

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15 de dezembro de

2014

• Economia internacional: Pessimismo marca cenário internacional ; Petróleo continua em queda

• Economia brasileira: Ata do copom revela um Banco Central mais otimista com a política fiscal.

| Destaques da Semana

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| Economia Internacional

Na semana que passou, vários os assuntos que desenharam um cenário mais pessimista para os mercados, com destaque para o petróleo, Grécia e China. A perspectiva de uma demanda menor por petróleo em 2015 derrubou os preços da commodity no mercado internacional. Os contratos futuros do óleo negro sofreram nova queda após a Agência Internacional de Energia (AIE) reduzir a sua projeção para o aumento na demanda global pelo produto em 230 mil barris por dia, para 900 mil barris diários. As estimativas foram divulgadas dois dias após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) publicar seu relatório mensal, em que também reduziu suas previsões para a demanda no ano que vem.

O mercado também segue preocupado com as reverberações da crise política da Grécia na Europa. No dia 17 de dezembro, o Parlamento do país realizará a primeira rodada de votação para tentar eleger o novo presidente. Eventualmente, se o Legislativo falhar em se decidir por um sucessor do atual chefe de Estado, a Grécia terá de convocar eleições diretas, em que teme-se uma vitória do Syriza, partido contrário às políticas de austeridade impostas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e

pela União Europeia.

Por fim, dados da produção industrial na China (avanço de 7,2% em novembro, na comparação com igual mês de 2013), que vieram abaixo do esperado pelo mercado, também incentivaram investidores a cultivar um sentimento de maior aversão ao risco. O número representa uma desaceleração em relação à alta de 7,7% registrada em outubro. Isso tudo na semana em que o governo do gigante asiático emitiu normas para desencentivar a alavancagem das empresas e governos regionais.

Por fim, em relação aos EUA, continua o debate sobre o teor das futuras comunicações do Fed e, em última instância, o cronograma (incluindo o ritmo e a potência) dos futuros aumentos de taxas de juros por parte da autoridade monetária norte-americana. Nesse sentido, essa semana temos destaque para decisão de política monetária do Federal Reserve,

seguida de coletiva de imprensa da presidente da instituição, Janet Yellen.

Como se vê, existem ainda algumas questões que pairam, como por exemplo, a eficiência das ações do BCE, se há uma nova tendência para recuperação do mercado de trabalho norte-americano, em mencionar as questões geopolíticas que vêm e que vão. À luz dessas questões, preferimos manter-nos neutro em nossas posições, privilegiando os movimentos táticos.

Gráfico G1- Inflação Implicita EUA x Petróleo

Gráfico G2- Tresury 10 anos

0 20 40 60 80 100 120 140 160 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3

jan-08 jan-09 jan-10 jan-11 jan-12 jan-13 jan-14

Breakeven EUA CL1 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 ab r-07 o ut -07 ab r-08 o ut -08 ab r-09 o ut -09 ab r-10 o ut -10 ab r-11 o ut -11 ab r-12 o ut -12 ab r-13 o ut -13 ab r-14 o ut -14 Fonte: Bloomberg, 12/12/2014 às 18h10 Fonte: Bloomberg, 12/12/2014 às 18h10

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| Economia Brasileira

A semana passada teve como principal destaque a divulgação da Ata do Copom. O documento, produzido pelo BC, era esperado com grande expectativa pelo mercado, desde a sua última ação de política monetária, quando acelerou o ritmo de alta de juros – de 0,25 p.p. para 0,5p.p. – mas incluiu o termo “parcimônia” em seu comunicado após a decisão. Dessa forma, a autoridade monetária transmitiu uma mensagem dúbia, ao agir de forma mais agressiva, porém com uma comunicação mais suave. Assim, o mercado esperava por mais esclarecimentos na Ata do Copom.

O documento, divulgado na última 5ª feira, deu sinais claros de que o BC está apostando que a nova equipe do ministério da fazenda deve ter uma postura bastante austera, e irá promover um ajuste fiscal relevante, o que auxiliará o BC no combate à inflação. De acordo com a Ata, se o novo ministro, Joaquim Levy, entregar o combinado e economizar o equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), além de reduzir subsídios, a situação fiscal passará a ser contracionista, e a alta de juros poderá ser usada com "parcimônia". Dessa forma, o IPCA continuaria elevado em 2015, mas com trajetória decrescente por um longo período e podendo voltar para o centro da Meta ao final de 2016.

Ao que parece, o BC quis passar a mensagem de que o cenário para a inflação continua preocupante, mas que as chances de aceleração adicional do ritmo de alta dos juros (como o mercado já começava a precificar, com altas de 0,75 p.p.) são muito baixas, considerando que ele contará com a ajuda da Fazenda no combate à inflação. O mais provável, assim, é que ele mantenha o ritmo de 0,5p.p. na próxima reunião,

o que elevaria a taxa Selic para 12,25% a.a. já no início do ano que vem.

A reação dos mercados, pelo menos em um primeiro momento, foi de ceticismo, já que principalmente a ponta longa da curva sofreu ajustes para cima, indicando uma desancoragem das expectativas de inflação de prazo mais longo. A acompanhar.

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| Mercados

BOLSA Under Over CÂMBIO

No mercado de dólar, observa-se uma valorização acumulada de 3,58% no mês e de 12,86% no ano, após a moeda norte-americana ter subido na sexta-feira para R$ 2,6590 - ainda o maior valor desde 1º de abril de 2005. Prevendo mais instabilidade nos mercados, o BC também volta a realizar um leilão de linha de até US$ 1 bilhão, além dos dois leilões de swap habituais, a fim de atender a demanda sazonal por hedge. Trata-se da quarta operação de linha realizada pela autoridade monetária com o objetivo de amenizar a volatilidade do mercado, que está sob pressão do enfraquecimento do petróleo no exterior e da desconfiança com a economia interna, agravada pela crise na Petrobras. Portanto esperamos um mercado de câmbio ainda com volatilidade, enquanto espera a decisão de política monetária do Federal Reserve, na quarta-feira. Em resumo, mantemos nossa posição estrutural de dólar, uma vez que o viés é de alta. A questão que se tem é qual a velocidade e intensidade. Disso depende o futuro dos programas de swap por parte do BC.

Under Over

A segunda semana de dezembro foi marcada pela maior aversão ao risco, com destaque para o forte aumento da volatilidade e queda nas principais bolsas mundiais. A China informou que proibiu a utilização de bônus privados com baixa classificação como garantia aos empréstimos de curto prazo. Na Grécia, o temor é de que a turbulência politica leve ao poder um partido contrario às mediadas de austeridade impostas como condição ao socorro financeiro. Nos EUA, rumores de alteração, por parte do Fed, no STATEMENT da reunião de politica monetária marcada para esta semana, preparando terreno para uma elevação do juro em meados do próximo ano. No Brasil, a saída de capital externo da bolsa brasileira este mês já passa de R$ 1 bilhão, pressionando ainda mais a taxa de cambio, cuja tendência primaria é de desvalorização frente ao dólar. Noticias sobre novas ações contra a Petrobras nos EUA (que adiou novamente sua publicação do balanço), queda das commodities e o custo de oportunidade subindo no Brasil, levaram o Ibovespa a fechar a semana próximo dos 48 mil pontos, acumulando uma queda de mais de 12% em Dezembro. Continuamos reticentes em relação a essa classe de ativos.

44.000,00 49.000,00 54.000,00 59.000,00 64.000,00 69.000,00 74.000,00 Bovespa Média 6 M Desv + Desv -Fonte: Bloomberg, 12/12/2014 às 18h10 1,70 1,80 1,90 2,00 2,10 2,20 2,30 2,40 2,50 2,60 100 150 200 250 300

EMBI Brasil Dólar Real

Fonte: Bloomberg, 12/12/2014 às 18h10

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JUROS

Os movimentos de juros nessa semana foram conduzidos pela aversão a risco global e a queda continua do preço da commodities. Os principais fatores, que merecem citação, foram as eleições antecipadas na Grécia, que causa um grande estresse em relação à zona do Euro e também previsões de crescimento menor na Ásia. Esses eventos fizeram com que o fluxo de capital se concentrasse em tesouro norte-americano, assim derrubando os juros das Tresuries. Também no Brasil, em relação a curva a termo de juros, tanto os vencimentos curtos (2017, de 12,41% para 12,55%) quando a curva longa (2021, de 12,03% para 12,38%) fecharam sinalizando uma deterioração no cenário interno, tanto pela Ata do COPOM que pôde ser interpretado ambiguamente, quanto pelos respingos das notícias envolvendo a Petrobrás. Além da alta no juros futuros, também aumentou a inflação implícita e o custo de proteção dos títulos Brasilieros (CDS 5 YEARS) indicando que será necessário uma sinalização mais clara tanto na parte monetária quanto fiscal para uma normalização na estrutura da curva de juros. Por ora, mantemo-nos conservadores nessa classe de ativos, privilegiando títulos ligados ao CDI.

Juros Pré-Fixado Inflação

Under Over Under Over

| Indicadores e Cotações

Classe Ativo

Último Nível

Semana

Mês

2014

Ibovespa

48.466,97

-6,78%

-6,52%

-5,90%

Dólar

2,6697

3,14%

3,13%

13,14%

DI Jan 17

12,57%

0,28%

-0,30%

0,29%

NTNB ago 2016

5,42%

0,21%

-0,08%

0,02%

S&P 500

2.014,64

-2,93%

-1,21%

9,43%

Euro

1,25

1,53%

-0,05%

-9,64%

CRB

243,69

-3,42%

-7,89%

-13,76%

Ouro

1.224,61

2,69%

5,35%

2,35%

WTI Petroleo

57,78

-12,24%

-22,09%

-37,35%

Treasury 10-yr

2,10%

-0,21%

-0,24%

-0,87%

10,50 11,00 11,50 12,00 12,50 13,00 05/12/2014 28/11/2014 21/11/2014 Fonte: Bloomberg, 12/12/2014 às 18h10 Fonte: Bloomberg, 12/12/2014 às 18h10

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Agenda Semanal

Segunda País Período Estimado Anterior Relevância

Produção industrial M/M EUA Nov 0,60% -0,10% +++

PMI Manufatura China HSBC CHI Dec P 49,8 50 +++

Criação de empregos formais Total BRA Nov -- -30283 ++

Terça

PMI Manufatura zona do euro Markit EUR Dec P 50,6 50,1 +++

Pesquisa ZEW (Expectativas) EUR Dec -- 11 ++

IPC-S IPC FGV BRA 15/12/2014 -- 0,77% ++

Construção de casas novas EUA Nov 1030K 1009K +++

PMI Manufatura EUA Markit EUA Dec P -- 54,8 +++

Quarta

IPC A/A EUR Nov F 0,30% -- +++

MBA-Solicitações de empréstimos

hipotecários EUA 12/12/2014 -- 7,30% +++

IPC A/A EUA Nov 1,50% 1,70% ++

Saldo em conta corrente EUA 3Q -$95.0B -$98.5B ++

Projeções Econômicas FED EUA

Decisão Pol. Monetária (FOMC/FED) EUA 17/12/2014 0,25% 0,25% +++

Quinta

Novos Pedidos de Aux. Desemp. EUA 13/12/2014 -- 294K +++

PMI Composto EUA Markit EUA Dec P -- 56,1 ++

Índice antecedente EUA Nov 0,50% 0,90% ++

Taxa de longo prazo TJLP BRA 01/01/2014 -- -- ++

Sexta

Conta corrente BCE SAZ EUR Oct -- 30.0B +

IPCA-15 Inflação IBGE A/A BRA Dec -- 6,42% +

Taxa de Desemprego BRA Nov -- 4,70% +++

Transações Correntes (Mês) BRA Nov -- -$8131M ++

Relat. Trim. Inflação - BCB BRA

INFORMAÇÕES IMPORTANTES AO INVESTIDOR

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