Micro-organismos
Seres microscópicos, individualmente invisíveis a olho nu.
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Principais grupos de micro-organismos
Grupo Organização celular
Vírus Não apresentam estrutura celular
Arqueas Célula procariótica
Bactérias Célula procariótica
Algas Célula Eucariótica
Protozoários Célula Eucariótica
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Esterilização Esterilização Comercial Desinfecção Anti-sepsia Degerminação SanitizaçãoTratamento de calor suficiente par matar os endosporos do Clostridium botulinum
nos alimentos enlatados
Destruição dos patógenos vegetativos
Destruição dos patógenos vegetativos em tecidos “vivos”
Remoção dos micróbios de uma área limitada (local em torno de uma injeção)
Semelhante a desinfecção, porem usado rotineiramente na indústria de alimentos
Destruição de todas as formas de vidas microbiana
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Métodos
Físicos: Temperatura; Filtração; Ressecamento; Pressão Osmótica; Radiação; Vibrações Sônicas Químicos: Desinfetantes; Antissépticos; Esterilizantes; Conservantes Químicos.6
Métodos químicos
São substâncias de origem natural ou sintéticas usadas para
eliminar ou inibir o crescimento de micro-organismos. A resposta dos micro-organismos aos agentes químicos varia em relação a fatores tais como pH, temperatura, presença de matéria orgânica, fase de multiplicação e presença de outros agentes químicos.
Normalmente as bactérias Gram-negativas são mais
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Métodos químicos
Químicos
Efeito microbicida Efeito estático
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Desinfetantes
Compostos químicos que podem matar ou inibir o crescimento dos micro-organismos, são usados em superfícies e objetos inanimados. Existem métodos para avaliar a eficácia destes desinfetantes que são o coeficiente fenólico e método da diluição e uso.
Coeficiente fenólico
É um processo clássico, cujo objetivo é realizar uma comparação da atividade germicida de determinação desinfetante-teste com a atividade do fenol em condições padronizadas.
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Coeficiente fenólico
CF = Maior diluição do desinfetante-teste
que mata o micro-organismo em 10 min, mas não em 5min. / Maior diluição fenol que tem o mesmo efeito.
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Diluição de uso
Determina a concentração apropriada do desinfetante e não compara com nenhum desinfetante-padrão.
Diluição aceitável: morte dos micro-organismos em pelo menos 59 de cada 60 cilindros testados, em 10 minutos.
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Tipos de desinfetantes
• Padrão de comparação;
• Raramente usado, qualidades
irritantes;
• Ruptura da membrana plasmática,
desnaturação proteínas.
Fenol e Compostos
• Bactericida e fungicida, inofensivo contra endosporos bacterianos;
• Desnaturação das proteínas e
dissolução dos lipídeos;
• Quanto maior cadeia de carbono,
maior ação bactericida.
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Tipos de desinfetantes
• Forte agente oxidante (altamente reativo),
destruindo componentes vitais das células.
Bromo
• Um dos mais antigos e eficientes antimicrobianos;
• Pouco solúvel em água, porem altamente
solúvel em álcool etílico;
• Ex. de uso: iodo 2% com iodeto de sódio 2%
diluído em álcool 70%.
Iodo
• Agente de desinfecção universal de águas;
• Oxidante que destroe substancias celulares
vitais. Pode combinar-se diretamente com proteínas celulares, destruindo suas
atividades biológicas.
Cloro e Compostos
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Tipos de desinfetantes
• Exercem ação antimicrobiana oxidando os componentes celulares dos micróbios tratados;
• O ácido peracético é um dos mais
efetivos esporicidas químicos líquidos disponíveis, sendo considerado um esterilizante.
Peroxigênios (ozônio, peróxido
de hidrogênio e ácido peracético
Esterilizantes Químicos
São particularmente utilizados para esterilização de materiais sensíveis ao calor: bolsas de sangue para transfusão, seringas plásticas e equipamentos de cateterização. Também são utilizados para esterilizar ambientes fechados.
Óxido de etileno Β-propiolactona
Glutaraldeído Formaldeído
Peróxido de Hidrogênio / Ác. Perácetico – baixa toxicidade
Óxido de etileno
É líquido a temperaturas abaixo de 10,8°C, e torna-se gás acima desta temperatura;
É inflamável mesmo em baixas concentrações;
A mistura de óxido de etileno + CO2 e freon evita a combustão;
Tem alto poder de penetração (pacotes, roupas, plásticos);
Tem baixa velocidade de ação;
A esterilização é por 3-4 horas, Temp. 50-60°C, umidade
relativa 40-60%, concentração do gás 500-600 mg/L,
embalagem apropriada, em equipamento próprio
No mecanismo de ação o óxido inativa enzimas e proteínas.
É líquido em temperatura ambiente, com ponto de
ebulição 155°C;
Não é inflamável;
Causa bolhas em contato com a pele; Não tem poder de penetração;
Velocidade de ação boa com os micro-organismos;
Cancerígeno.
Glutaraldeído
É um líquido oleoso e incolor;
Solução a 2% (30 min) tem largo espectro de atividade
antimicrobiana;
Para esterilização: 2%/10 horas.
Potencial cancerígeno – Limite de exposição permitido 1 ppm/30min.
Muito utilizado para esterilizar instrumentos cirúrgicos;
Inativam proteínas formando ligações cruzadas covalentes com vários grupos funcionais destas.
Formaldeído
Aldeído;
o gás de formaldeído é um excelente desinfetante;
Para esterilização o tempo mínimo é de 18 horas tanto
em sol. alcoólica a 8% como aquosa a 10%.
a solução aquosa a 37%, formalina é utilizada para
conservar amostras biológicas;
Potencial cancerígeno;
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Métodos de esterilização Indicadores biológicos
Calor úmido Bacillus sterothermophilus
Calor seco Bacillus subtilis
Radiação Gama Bacillus pumilus
Óxido de etileno Bacillus subtilis
Filtração Pseudomonas diminuta
Indicadores biológicos usados em métodos de
esterilização
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Resistência aos
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Conservantes Químicos
São adicionados aos alimentos para retardar a
deterioração;
São ácidos orgânicos simples ou sais de
ácidos orgânicos.
Ácido sórbico, sorbato de potássio, benzoato
de potássio, ácido cítrico, entre outros;
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Conservantes Químicos
Agente Mecanismo de ação Uso
Ácidos orgânicos: acético, lático, propiônico, benzoico sórbico e sais
pH ácido com inibição do cresc. microbiano
Preservação de cafés, bolos, queijos, sucos de frutas,
geleias, molhos, margarinas.
Nitratos e nitritos Formam ácido nitroso e óxido nítrico, que são
substâncias oxidantes.
Preservação de carnes curadas como presunto e bacon
Gás sulfeto, metabissulfito e SO2
Preservação de sucos vinhos e frutas secas.
BIOCIDAS
São compostos (ou misturas de
compostos) capazes de matar os
micro-organismos, ou eliminar o
crescimento microbiológico.
É o método mais comumente usado
para controle da biocorrosão.
BIOCIDAS
Alvos celulares
Existem diferentes alvos nos quais os agentes químicos e físicos podem atuar impedindo
o crescimento dos
micro-organismos ou eliminando-os totalmente.
Alvos celulares
Parede celular
Protege os procariotos da lise
osmótica. Agentes antimicrobianos que têm como alvo esta estrutura
levam â morte celular por lise
osmótica.
Alvos celulares
Membrana citoplasmática
É alvo de muitos agentes
antimicrobianos. Uma das suas
funções é o controle da passagem de nutrientes para a célula e a eliminação de substâncias tóxicas.
A estrutura danificada, leva ao
extravasamento do meio
intracelular.
Alvos celulares
Enzimas e Proteínas
Agentes que atuam nestas
moléculas tais como o calor e
alguns agentes químicos rompem as pontes de hidrogênio, dissulfeto ou covalentes, levando a desnaturação da proteína ou enzima com perda de suas funções celulares.
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Desnaturação da proteína
Alvos celulares
DNA e RNA
Os ácidos nucleicos são a fonte da informação celular. Danos nestas moléculas decorrentes de agentes físicos, como calor, radiações ou agentes químicos levam a morte celular por impedir a replicação celular e a síntese de proteínas e enzimas.
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Biofilmes
Estrutura complexa, constituída
por
água,
micro-organismos,
polímeros excretados e material
inorgânico.
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Controle do Biofilme
Em sistemas industriais, os processos de controle devem incluir, como
primeira medida, o conhecimento e controle efetivo dos
micro-organismos presentes nos circuitos de água, para retardar a deposição destes nas superfícies. Diante disto, as estratégias devem ser traçadas no sentido de:
Evitar ou retardar a formação de biofilmes;
Remover total ou parcialmente os biofilmes estabelecidos.
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Agente Modo de ação Sequestrante /
Quelante
Formação de complexos químicos com depósitos, de forma a mantê-los em solução ou suspensão, inibindo ou mesmo reduzindo a precipitação de componentes formadores de fouling.
Dispersante
Dispersão das células e de outras partículas coloidais de maneira a que permaneçam em suspensão e não ocorra a sua deposição nas superfícies.
Tensoativo/ Detergente
Redução da tensão superficial da água
Biocida Eliminação dos micro-organismos; inviabilização da capacidade de
adesão dos micro-organismos às superfícies.
Bioestático Inibição da reprodução dos micro-organismos; redução da atividade
dos micro-organismos (inibição metabólica).
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ativo contra uma gama de microrganismos;
toxicidade alta para os micro-organismos alvo, e baixa para as restantes formas de vida; biodegradável;
não corrosivo;
a eficiência do biocida não deve ser prejudicada pela presença de materiais orgânicos e/ou inorgânicos no sistema;
compatibilidade com outros aditivos; custo do tratamento;
Segurança;
estabilidade (pH e temperatura)
Oxidantes inorgânicos
(cloro, bromo ozônio e peróxido de hidrogênio);
não-oxidantes e orgânicos
(isotiazolinas, compostos de amônio quaternário, aldeídos - glutaraldeido e a acroleina, THPS).
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BIOCIDAS
BIOCIDAS
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Biocidas Propriedades/concentrações usuais
Cloro Efetivo contra bactérias e algas; oxidante; depende do
pH; 0,1-0,2 ppm (contínuo).
Dioxido de cloro Efetivo contra bactérias; menos efetivo sobre algas e
fungos; oxidante; não depende do pH; 0,1-1,0 ppm.
Bromo Efetivo contra bactérias e algas; oxidante; amplo
intervalo de pH; 0,05-0,1 ppm (contínuo).
Ozônio Efetivo contra bactérias e biofilmes; oxidante; depende
do pH; 0,2-0,5 ppm.
Isotiazolinas Efetivo contra bactérias algas e biofilmes;
não-oxidante; não depende do pH; 0,9-10,0 ppm.
Quats Efetivo contra bactérias e algas; não-oxidante; tem
ação tensoativa; 8,0-35,0 ppm.
Glutaraldeido Efetivo contra bactérias, algas, fungos e biofilmes;
não-oxidante; amplo intervalo de pH; 10,0-70,0 ppm.
THPS
Efetivo contra bactérias, algas, fungos; baixa toxicidade ambiental; ação especifica sobre as BRS;
Cloro
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O cloro e seus compostos são os biocidas mais utilizados na maioria das indústrias por mostrarem-se extremamente eficazes na redução da contaminação;
apresenta restrições como a geração de subprodutos tóxicos ao corpo d’água e também ser um composto oxidante, provocando a incidência de processos corrosivos nos sistemas industriais;
apresenta vantagens como um custo de tratamento baixo e
compatibilidade com outros aditivos de tratamentos (dispersantes,
Cloro - características principais
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MECANISMO DE AÇÃO: por meio da destruição das células, através da oxidação de suas enzimas. Esta ação se deve ao seu pequeno tamanho molecular que permite a penetração na célula intacta e a reação com a enzima.
Quando o cloro se combina com água, há formação dos ácidos
hipocloroso e hipoclórico, porém, somente o primeiro apresenta ação
bactericida.
Cl2 + H2O ↔H+ Cl- + HOCl↔H+ + OCl
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EMPREGO MAIS COMUM :
1. NO CONTROLE DO CRESCIMENTO
DE ALGAS, CRUSTÁCEOS E
BACTÉRIAS NA ÁGUA DO MAR
BRUTA;
2.TROCADORES DE CALOR;
3.INJEÇÃO EM RESERVATÓRIOS.
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Cloro - NaClO
Tratamentos contínuos com cloro:
0,1 a 0,2ppm;
tratamentos periódicos: 0,5 a 1,0
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Cloração da água do mar
A efetividade da cloração depende:
matéria orgânica presente; pH;
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Sais quaternários de amônio (QUATS)
Detergentes iônicos, derivados da amônia. Possuem quatro grupos
orgânicos ligados a um átomo de nitrogênio do íon amônio, NH4+ Considerados desinfetantes de baixa toxicidade;
São mais efetivos contra bac Gram-positivas;
Mecanismo: são tensoativos catiônicos e, como a superfície dos micro-organismos está carregada negativamente, tendem a se adsorverem aos micro-organismos e, com seu poder detergente, dissolverem os lipídios e causarem perda de material celular vital.
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Sais quaternários de amônio (QUATS) - Vantagens
São tensoativos;
São excelentes detergentes;
Formam filmes e persistem após o tratamento; Tem poder de penetrar no biofilme;
Melhoram o desempenho de outros biocidas (glutaraldeído e
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Sais quaternários de amônio (QUATS) - Restrições
Tendem a formar espuma;
São muito reativos, diminuindo sua ação inibitória;
São incompatíveis com agentes oxidantes fortes como o cloro,
peróxidos, cromatos, percloratos e permanganato;
Podem desenvolver resistência das bactérias;
Eficiência reduzida na presença de sabões, íons cálcio ou magnésio,
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Glutaraldeído
Composto acíclico de cinco átomos de carbono, onde os carbonos terminais são grupos funcionais Aldeídos – (PENTANODIAL)
Mecanismo: seus grupos funcionais aldeídos são agentes alquilantes que reagem com os constituintes básicos de proteínas (por ex.:, os
grupos –NH2, -OH, -COOH, e -SH) existentes na membrana, na parede
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Glutaraldeído
– Vantagem
O
glutaraldeído
é
um
biocida
bastante
eficiente,
especialmente
na
inibição
de
BRS
sésseis,
quando
conjugados a sais quaternários de amônio.
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Glutaraldeído
– Restrições
Aumenta a corrosividade dos fluidos;
É incompatível com aminas livres, álcalis; É altamente tóxico;
É degradado na presença de o2;
Seu caráter corrosivo tende a ser potencializado na presença de o2 pois as carbonilas adeídicas são convertidas à carboxilas, produzindo ácidos orgânicos que, além de metabolizados pela brs, acidifica a solução aquosa e aumenta a corrosividade ao aço carbono.
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Antraquinona (AQ)
É um agente bioestático ⇒ produto químico que interrompe um dos
caminhos da respiração microbiana sem matar o micro-organismo.
AQ ⇒ é um bioestático que interrompe o processo de transferência de
elétrons requerido pelas BRS para reduzir sulfato a sulfeto e, deste modo, reduz a produção de H2S.
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Antraquinona (AQ) - Vantagens
Não-tóxica, insolúvel em água (< 70 μg/L);
Inibe a respiração da BRS;
Interrompe a transferência de elétrons na célula; Não afeta outras bactérias;
Não mata a BRS;
As espécies iônicas solúveis formam partículas coloidais em meio aquoso ⇒ facilita sua penetração no biofilme e em depósitos
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Antraquinona (AQ) - Restrições
Sua ação específica sobre a BRS; Apresentam alto custo;
Só inibem a atividade das bactérias enquanto houver residual de
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THPS - Vantagens
Apresenta efeito ambiental menos drástico do que as outras bases
ativas biocidas normalmente utilizadas no combate aos
micro-organismos causadores da CIM.
Totalmente solúvel em água; Efetivo em relação às BRS;
Prontamente biodegradável. É oxidado a THPO (óxido de trihidroximetilfosfina), que tem baixa toxicidade aquática..
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THPS - Restrições
Ser corrosivo ao aço (pH = 3,0); Formar espuma;
Ser incompatível com outros produtos químicos (seq. de O2, inibidor de corrosão, etc);
Ser desativado em meios aerados;
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Biodispersante
Um efetivo biodispersante deve dispersar as populações microbianas
em suspensão, tornando-as mais sujeitas à ação dos biocidas;
devem apresentar a capacidade de fragilizar as interações da matriz
polimérica e as interações entre o biofilme e o material de suporte;
devem ajudar na penetração dos biocidas nos depósitos orgânicos,
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Biodispersante
biopolímero comercial obtido por fermentação através da bactéria
Xanthomonas campestris pv. campestris. O seu êxito no mercado deve-se
às suas características reológicas e de estabilidade.
A xantana é um ótimo agente de suspensão, estabilizante, espessante e emulsificante, sendo largamente utilizada como tal em diversos tipos de indústrias, têxtil, cerâmica, agrícola, alimentos, cosmético-farmacêutico, petrolífera, entre outras.
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Eficiência do Biocida
velocidade de escoamento do liquido;
concentração efetiva e o tempo de contato; temperatura,
pH;
tipo de micro-organismos presentes, idade e qualidade do biofilme
(denso e compacto ou aberto e pouco coeso);
presença de matéria orgânica (que não os micro-organismos) e/ou
inorgânicos em suspensão;