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U V Sansww.e++...eit JORGE ALEXANDRE DA COSTA SIIVIONE DE FRANCESCHI SCHUH ADESÃO DOS CIMENTOS ENDOD6NTICOS À DENTINA FLORIANÓPOLIS C I

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U V

Sansww.e++....eit C

bibliog..° Botlos2081 G 13 • 0

JORGE ALEXANDRE DA COSTA

SIIVIONE DE FRANCESCHI SCHUH

ADESÃO DOS CIMENTOS ENDOD6NTICOS À DENTINA

C■I

FLORIANÓPOLIS 2003

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ADESÃO DOS CIMENTOS ENDOD6NTICOS

A

DENTINA

Trabalho de conclusão apresentado ao Curso de Especialização em Endodontia da Universidade Federal de Santa Catarina como Requisito para obtenção do titulo de Especialista em Endodontia.

Orientador: Prof' Ana Maria Hecke Alves

FLORIAN6PLOIS 2003

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JORGE ALEXANDRE DA COSTA SIMONE DE FRANCESCHI SCHUH

ADESÃO DOS CIMENTOS ENDOD6NTICOS DENTINA

Este trabalho de conclusão foi julgado adequado para obtenção do titulo de Especialista em Endodontia e aprovado em sua forma final pelo Curso de Especialização em Endodontia.

Florianópolis, 05 de Dezembro de 2003.

Prof. WILSON TADEU FELIPPE

COORDENADOR

Profa. ANA MARIA HECKE ALVES Orientadora

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A PROFESSORA ORIENTADORA ANA MARIA HECICE ALVES 0 NOSSO MUITO OBRIGADO PELA DEDICAÇÃO E CONHECIMENTO A NOS PASSADO

A PROFESSORA LIENE CAMPOS PELA SUA PARTICIPAÇÃO

AOS DEMAIS PROFESSORES PELA OPORTUNIDADE DE COMPARTILHARMOS DE SEUS CONHECIMENTOS

AOS MEUS PAI VILMAR E CAROLINA PELO APOIO INCONDICIONAL, MINHA ETERNA ADMIRAÇÃO

Jorge Alexandre

AO MEU MARIDO JAW PAULO E MEUS FILHOS EDUARDO E RAFAEL PELO INCENTIVO, COMPREENSSÃO E CARINHO.

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E muito importante que o homem tenha ideais. Sem eles, não vai a parte alguma. No entanto,

é irrelevante alcança-los ou não. E apenas

necessário mantê-los vivos e procurar atingi-los.

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— Curso de Especialização em Endodontia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

RESUMO

O selamento dos canais radiculares é obtido pela presença física da guta-percha no interior do canal e do agente selador. Este agente é responsável pelo preenchimento dos espaços e pela unido da guta-percha com as paredes do canal radicular. Cimentos a base de óxido de zinco e eugenol e hidróxido de cálcio são largamente usados e tem sucesso clinico comprovado, mas mostraram resultados muito inferiores aos obtidos pelos cimentos resinosos e a base de ion6mero de vidro nos quesitos unido à dentina e infiltração. A habilidade dos cimentos a base de ionômero de vidro e resinosos em promover uma adesão com valor elevado A dentina os torna uma opção para a cimentação de pinos intracanal, além de supostamente poderem reforçar raizes de dentes tratados endodonticamente. Os resultados deste estudo mostram que produtos químicos usados na pratica endod6ntica podem influenciar diretamente na qualidade da unido destes cimentos As paredes de dentina. Fatores como a presença da lama dentindria e as características estruturais da dentina ao longo do canal também mostraram interferir na força de unido dos cimentos A dentina radicular.

Este trabalho visa revisar a literatura para conhecer a adesão de diferentes materiais A

cientma radicular, e os fatores que possam interferir na adesão.

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COSTA, Jorge Alexandre da; SCHUH, Simone de Franceschi. Adesão dos Cimentos

Endodonticos A Dentina 2003. 51f. Trabalho de conclusão (Especialização em Endodontia) — Curso de Especialização em Endodontia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

ABSTRACT

The root canal sealing is gotten by the physical gutta-percha presence inside the canal and by the root canal sealer. The aim of canal sealer is to fill the espaces and the bonding of

gutta-percha with the root canal's walls. Zinc oxide-eugenol based sealer and calcium hydroxide-based sealer are largely used with comprovade success, but showed poor results when compared with the glass ionomer-based ciments and resin cement's bond to dentin and microleakage.

The hability of glass ionomer based cements and resin cements to promove a very high dentin bond strength turn then a option for post lutting further might strengthen roots of endodonntically treated teeth. The results of this study show chemical substances used in endodontics can influence directly in the bond quality of these cements to dentin wall. Both the smear layer presence and the dentin structural characteristics across the chanel showed to influence the strength bond between dentin and cements.

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1 INTRODUÇÃO 9

2 REVISÃO DA LITERATURA 11

2.1 Estrutura morfo-fisiológica da dentina 1

2.2 Adesão dentinfiria 13

2.3 Metodologia para avaliação da adesão in vitro 15

2.3.1 Mensuração da força de adesão a tração 15 2.3.2 Mensuragdo da força de adesão de cisalhamento 16 2.3.3 Análise de microinfiltração através da interface e material — tecido dentindrio 16

2.3.4 Análise da interface material — tecido dentindrio 17

2.4 Avaliação dos cimentos obturadores 18

2.4.1 Cimentos de ionômero de vidro I 8

2.4.2 Cimentos resinosos e outros

2.4.3Agentes adesivos dentindrios 34

3 DISCUSSÃO 39

4 CONCLUSÕES 45

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1 INTRODUÇÃO

Na prática endodõntica contemporânea, emprega-se soluções e produtos químicos com diferentes características para ajudar alcançar os objetivos do tratamento endodõntico. Preocupados em vedar tridimensionalmente o canal radicular, têm-se estudado o uso de novos produtos bem como a sua adesão â dentina.

A adesão dentindria vem sendo estudada, de forma que se obtenha um material adesivo A dentina, cuja força de unido desses materiais A dentina seja a mesma que a força de unido da dentina ao esmalte.

Produtos comumente usados em procedimentos protéticos e restauradores têm sido usado no interior do canal objetivando melhor obturação, selamento, cimentação de pinos e reforço de raizes.

Quando tratamos de adesão â superfície do canal radicular há fatores que devem ser considerados, como: a presença da lama dentindria, os meios de que dispomos para remove-la como também as características da dentina radicular ao longo do canal. A dentina radicular apresenta maior densidade tubular no terço cervical decrescendo no sentido do terço apical. Esta característica pode determinar diferentes forças de adesão de um mesmo material em diferentes regiões do canal radicular (Gaston et al. 2002).

Muitos trabalhos foram publicados nos últimos anos, enfocando a adesão entre os materiais utilizados como seladores obturadores do sistema de canais radiculares, sejam cimentos endodõnticos convencionais, cimentos de ionõmero de vidro, resinas epóxi, adesivos dentindrios, bem como sua interação com soluções irrigadoras, adesivos dentindrios, lama dentindria e outros.

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Este trabalho visa revisar a literatura para conhecer a adesão de diferentes materiais ã dentina radicular, e os fatores que possam interferir na adesão.

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2 REVISÃO DA LITERATURA'

Para favorecer a compreensão, a revisão da literatura será divida em seções e dentro destas segue-se uma ordem cronológica. Eventualmente um trabalho poderá ser descrito em mais de uma seção quando sua contribuição diversificada justificar a medida.

2.1 Estrutura morfo-fisiológica da dentina

Dentina é um tipo mineralizado do tecido conjuntivo que constitui o maior volume do dente. A dentina madura compõe-se aproximadamente 70% de substância inorgânica, 20% de substância orgânica e 10% de água (por peso) ou, respectivamente, 45%, 33% e 22% de volume. 0 material inorgânico consiste principalmente de hidroxiapatita e a substância orgânica esta representada em sua maior parte pelo coldgeno tipo I (SOUZA, 2001).

0 aspecto mais característico da dentina é a presença de uma densa rede de canais chamados tilbulos dentindrios, muito próximos entre si, que por sua vez são delicados cilindros ocos dentro da dentina, preenchidos por liquido tecidual e ocupados em parte, ou totalmente em seu comprimento pelos prolongamentos odontoblásticos, os quais comunicam-se com a polpa. Cada tilbulo dentindrio está rodeado de um colar de dentina hipermineralizada, chamada de dentina peritubular ou esclerótica. A formação dessa dentina é

um processo continuo que pode ser acelerado por estimulo do meio. A dentina menos mineralizada entre os tilbulos é denominada de dentina intertubular e constitui a maior parte da dentina (SOUZA, 2001).

A densidade tubular na porção radicular é maior no terço cervical e à medida que nos aproximamos do terço apical ela diminui gradativamente.

A estrutura tubular e a presença de água na dentina são responsáveis por sua propriedade viscoeldstica, a qual, por sua vez, lhe empresta uma resposta dependente da

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velocidade aos estímulos mecânicos, térmicos e elétricos (SOUZA, 2001). A dentina e a polpa juntam formam uma entidade embriológica e funcional, o complexo dentino-pulpar, sendo a dentina produto elaborado pelos odontoblastos, que são elementos integrantes do tecido pulpar (Estrela, Figueiredo, 1999).

A dentina divide-se em coronária e radicular, e pode ser reconhecida em três tipos, em dentes humanos. Dentina primária compõe a maioria da espessura dentindria e delinea o perfil da câmara pulpar do dente totalmente formado. Dentina secundária é aquela depositada após o término da formação da raiz. Dentina tercidria, reparadora ou reacional, é depositada em resposta a um estimulo danoso produzida exclusivamente pelos odontoblastos diretamente afetados pelo estimulo.

Pré-dentina está representada por uma camada de 25 a 30 p,m de espessura, que reveste a porção mais interna (pulpar) da dentina, e é composta exclusivamente da matriz orgânica não mineralizada. A presença de pré-dentina é importante na manutenção da integridade da dentina.

Quando a dentina é cortada ou lixada forma-se na superfície uma espécie de lama dentindria, também chamada de smear layer, a qual oclui a entrada dos ttlibulos dentindrios e diminui a permeabilidade dentindria cerca de 86%. A smear layer compõe-se de restos de

matéria orgânica e inorgânica produzidos pela redução ou instrumentação da dentina, do esmalte ou do cemento. É composta de hidroxiapatita e coldgeno alterado, tendo a superfície externa formada por coldgeno desnaturado e geleificado. Essa camada é porosa e penetra por numerosos canaliculos submicrométricos que permitem a passagem de algum fluido dentindrio. A morfologia da smear layer é determinada principalmente pelo tipo de instrumento que a cria e pela zona de dentina onde é formada. A morfologia da smear layer é

determinada principalmente pelo tipo de instrumento que a cria e pela zona de dentina onde é formada (PERDIGÃO; RITTER, 2001).

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2.2 Adesão dentindria

Segundo Davidson (1996 apud NAKABAYASHI; PASHLEY, 2000) a adesão tem sido definida como mecanismo que "une" dois materiais em intimo contato através de uma interface. Nakabayashi e Pashley (2000) citaram que na literatura odontológica, adesão abrange 3 diferentes mecanismos. Adesão química, que é baseada nas forças de valência primárias, tais como: covalente ou iônica união metálica; adesão Mica, que depende das forças de valência secundárias. Tais forças de atração ocorrem em dipolos moleculares (Forças de Van der Waals), na interação de dipolos induzidos (Forças de Dispersão de London), e na interação da nuvem de elétrons desprotegidos (pontes de hidrogênio); e adesão mecânica, que depende da penetração de um material em um outro diferente em nível microscópico.

0 mecanismo de adesão à dentina, no entanto, é ainda parcialmente obscuro. Os materiais podem interagir com a dentina de várias formas, quer mecânica, quer quimicamente, ou de ambas as maneiras. Nakabayashi e Pashley (2000) têm sugerido um mecanismo de adesão o qual consistiria na penetração das resinas na densa malha de fibras coldgenas expostas o que pode ser conhecida como dentina hibridizada, porque ela é preparada na subsuperficie da dentina condicionada pela polimerização dos monómeros resinosos impregnados na matriz da dentina mineralizada, que é considerada como uma forma de adesão mecânica. Para entender esta teoria micromecânica, é fundamental a compreensão da morfologia ultra-estrutural da interação dos sistemas adesivos com a dentina.

Perdigão e Ritter (2001) entendem por camada híbrida ou zona de interdifusiio resina-dentina, uma estrutura mista composta de fibras expostas de coldgeno envolvidas por resina e

cristais de hidroxiapatita. Mais recentemente, a sua ultra-estrutura foi pormenorizadamente 13

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descrita através de microscopia eletrônica de transmissão, e mostraram diferenças significativas entre eles no grau de penetração no substrato dentindrio. Pensa-se que variações na espessura da camada híbrida têm pouca influência nos valores de adesão. Talvez outros fatores, tais como, a área de dentina intertubular exposta, o diâmetro e quantidade de túbulos abertos pelos condicionadores, o número e a extensão de tabulos secundários laterais, espessura de dentina residual após o preparo, possam ter um papel mais importante na obtenção das resistências adesivas. Especula-se que a interpenetração da resina com a superfície da dentina integra, imediatamente abaixo da zona desmineralizada, representa um papel preponderante no estabelecimento das forças de adesão à dentina.

Há trabalhos que investigam os mecanismos de adesão dos cimentos utilizados como

sei adores endodônticos para obturar o sistema de canais radiculares.

Mannocci; Innocenti ; Ferrari (1998) avaliaram, in vitro, a presença dos materiais e o número de lacunas presentes nos terços coronário, médio e apical das obturações dos canais radiculares executadas com técnica de condensação vertical da guta-percha, cimento resinoso ep6xi e agente de unido dentindrio; compararam essas observações com aquelas obtidas com obturações do canal radicular feita com condensação vertical da guta-percha e cimento resinoso epóxi; e avaliaram por microscopia eletrônica de varredura (MEV) a superfície guta-percha, resina, dentina. Selecionaram 14 molares superiores, cujas raizes palatinas foram preparadas e divididas em 2 grupos para serem obturadas. Ao observarem em MEV considerando as secções apicais e coronárias, não foram achadas diferenças significantes entre a penetração de resina nos tdbulos dentindrios, a presença da camada híbrida, ou a presença de espaços entre interface resina dentina.

Ferrari et al. (2000) objetivaram: estudar a morfologia dos ttibulos laterais do canal radicular; avaliar o aumento de superfície disponível para unido após condicionamento das paredes do canal radicular e acessar a influência da dentina tubular na formação da camada

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U

Dialitle0C11 eicCorg e+1 • CI

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híbrida e identificar áreas com problemas relacionados à unido que podem ser esperados. Foram preparados 30 dentes humanos que seguido o preparo dos canais, as amostras foram divididas em 3 grupos. Depois de modelados foram condicionados com hipoclorito de sódio 2% antes de serem obturados. No grupo 1 foi avaliado a morfologia original e as dimensões dos nibulos radiculares após preparo e antes de serem condicionados, e observados em MEV. O hipoclorito de sódio 2% foi utilizado para remover o smear layer das paredes do canal radicular. No grupo 2 foi avaliado também por MEV para avaliar a morfologia dos nibulos, calcular o aumento na superfície de dentina disponível para a unido e identificar áreas onde possam existir problemas relacionados a união. No grupo 3 avaliaram a camada híbrida, espaços na resina, e a formação de ramificações laterais entre a dentina condicionada e o sistema adesivo do cimento resinoso. Os canais foram condicionados da mesma forma que o grupo 2. All Bond 2 Primer A e B, All Bond 2 resina Pré Bond e cimento C & B mais catalizador foram utilizados para cimentar os pinos de fibra nos canais radiculares. A seguir as amostras foram desmineralizadas em ácido fosfórico 32% por 15s, lavadas, secas e desproteinizadas pela imersão em hipoclorito de sódio 1% por 60s, para avaliar a formação da camada híbrida. Foi concluído que a densidade tubular, o diâmetro do nibulo e a espessura da camada híbrida são significativamente maiores no terço coronário e vão diminuindo à medida que se aproximam do terço apical, e que isto se deve ao tipo de dente e a idade do paciente.

2.3 Metodologia para avaliação da adesão dentinfiria, in vitro

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Wennberge Orstavik (1990), Weiger et al. (1995), Yoshiyama et al. (1996), Kataoka et al. (2000), Gaston et al. (2002) e Lee et al. (2002) avaliaram a força de adesão de diferentes materiais, confeccionando corpos de prova sobre superfícies de dentina humana ou bovina e montando estes em um equipamento especifico (máquina de teste universal) que exerce uma força de tração sobre o material testado com velocidade constante e programada (0,6 mm/min; 1,0 mm/min; 2,0 mm/min ou outra). No momento que ocorreu a fratura/separação foi anotada a força minima (em unidade MegaPascal) requerida, a qual é mencionada como força de adesão a tração, força de resistência a tração e força de união. Após as amostras foram analisadas em MEV para determinar o tipo de falha: coesiva, adesiva ou mista. Falha coesiva ocorre dentro do material, falha adesiva ocorre entre o material e a parede de dentina e falha mista ocorre tanto dentro do material com também entre material e a parede dentindria.

2.3.2 Mensuração da força de cisalhamento

Outra maneira de avaliar a adesão foi descrita por Berry e Power (1994), Lalh et al. (1999), Tagger et al. (2002) que investigaram a força de união de diferentes materiais, confeccionando corpos de prova sobre superfície de dentina humana ou bovina utilizando uma máquina Instron, onde uma lâmina afiada exerce uma força de compressão de uma determinada força (medidas em Newton) paralela à superfície dentindria, com uma velocidade de deslocamento constante que varia (0,5 mm/min; lmm/min ou outra). No momento da fratura, a força minima necessária foi registrada. Após a separação das superfícies as amostras foram avaliadas através de KEV para determinar o tipo de falha (coesiva, adesiva, ou mista).

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Partindo da premissa de que os materiais utilizados para obturar o sistema de canais radiculares tivessem uma adesão às paredes dentindrias, alguns autores realizaram estudos para comprovar o grau de adesão, analisando a capacidade de selamento, isto 6, microinfiltração de corantes através da interface entre os materiais e os tecidos dentários.

Rosales et al. (1996), kataoka et al. (2000), Mannocci; Ferrari; Watson (2001) e Brito et al. (2002) avaliaram a qualidade da interface material-dentina, analisando a capacidade seladora, isto 6, a microinfiltração de corantes como azul de metileno, Rhodamine B e corante fluorescente. Concluíram que todas as amostras apresentavam penetração do corante em graus variados, independente do tipo de material utilizado.

Outro parâmetro de avaliação da adesão dentindria é avaliar a passagem de bactérias, entre a parede dentindria e o material obturador do sistema de canais radiculares. As bactérias por sua vez, podem sobreviver e multiplicar-se dentro das interfaces parede dentinária e material obturador no canal radicular.

Wolcott; Hicks; Himel (1999); Padachey et al.(2000); Wolanek et al.(2001); Assouline et al. (2001) avaliaram a capacidade seladora de diferentes materiais analisando a microinfiltração bacteriana, no terço coronário, apical, ou ambos. As amostras em um lado foram inoculadas com uma cultura de microorganismos bacterianos e mantidas por um determinado espaço de tempo. Do outro lado foi avaliada a passagem das bactérias pelo grau de turvação ou mudança de cor do meio de cultura avaliador; ou, a não infiltração quando o meio mudou.

2.3..4 Análise da interface material-tecido dentindrio

Saunders et al. (1992), Leonard; Gutmann; Guo (1996), Yoshiyama et al. (1996), Mannocci; Innocenti; Ferrari (1998) e Lah; Torneck; Friedman (1999) avaliaram através da IVIEV a interface entre os diferentes materiais utilizados e a parede dentindria, tendo a

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superfície dentindria recebido algum condicionamento, a fim de remover a lama dentindria ou não.

2.4 Avaliação dos cimentos obturadores

2.4.1 Cimentos de ionômero de vidro

Cimentos de ionômero de vidro têm sido modificados para serem usados como selador do sistema de canais radiculares, devido suas características que incluem a união à dentina, atividade antimicrobiana, excelente escoamento e biocompatibilidade. A natureza da adesão obtida com esses cimentos vem sendo investigada por vários autores com relação ao tratamento que é dado a dentina antes de receber este selador.

Saunders et al. (1992) avaliaram em MEV a interface entre a parede do canal radicular

e o cimento de ionômero de vidro Vitrebond, seguido da remoção da lama dentindria, e

mensuraram a força de unido do ionômero de vidro aos cones de guta-percha. Utilizaram 9 incisivos superiores que tiveram seus canais preparados, condicionados com 8 ml de solução de ácido cítrico por 2 mm, seguidos de irrigação final de 3 ml de hipoclorito de sódio 2% e secos com pontas de papel e obturados utilizando Vitrebond( 3M) e guta-percha. As

superfícies foram preparadas para serem observadas em MEV, onde foram observados os

terços, coronário, médio e apical. De acordo com os resultados obtidos, os autores mostram que este ionômero de vidro, contendo um grupo metacrilato hifrofflico, pode ter potencial como selador de canal radicular. A adaptação do Vitrebond As paredes do canal radicular, seguido da remoção da lama dentindria, foi boa, evidenciando a penetração do cimento pelos ttibulos dentindrios, que foi mais freqüente no terço médio da raiz.

Capurro; Herrera; Macchi (1993) avaliaram os efeitos dos materiais endodemticos, usados rotineiramente, na unido de um cimento de ionômero de vidro A dentina coronária.

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Usaram 36 dentes humanos, cujas superfícies oclusais foram cortadas mecanicamente e polidas manualmente sem expor a câmara pulpar. Foram divididas em 6 grupos. As amostras dos grupos experimentais tiveram suas superfícies cobertas com uma grossa camada de 1 mm dos seguintes materiais: grupo 1: IRM, grupo 2: cimento de Grossman, grupo 3: Pasta Maisto de lenta reabsorção, grupo 4: Dycal II, grupo 5: Cavit. As amostras do grupo controle tiveram suas superfícies dentindrias expostas, lavadas com água, e secas. A seguir foi aplicado sobre elas o liquido do cimento ionômero de vidro (Shofu, Shofu Inc., Kyoto,Japan), novamente lavadas e secas. Depois estas superfícies foram cobertas com amostras cilíndricas de cimento de ionõmero de vidro (Shofu tipo II) e montadas em dispositivo para testar a força de resistência â tração até a separação do cimento de ionõmero de vidro. Os resultados indicaram que materiais usados para restaurações provisórias e para obturação dos canais radiculares não afetaram o grau de adesão obtido com o cimento ionômero de vidro em relação à dentina.

Berry; Power (1994) investigaram, in vitro, a força de unido de 2 cimentos ionômero de vidro (Ketac-Bond Aplicap-Espe, Premier, uma base, Ketac-cem Maxicap, Espe) com a dentina coronária e radicular, considerando diferentes condicionamentos da superfície preparada. As amostras tiveram a superfície dentindria condicionada com o ácido poliacrilico 40% ou ácido poliacrilico 25%, após receberam obturação com os cimentos. Os resultados demonstraram que houve tanto falhas de natureza adesiva, coesivas e mistas. Os resultados das forças de unido dos cimentos de ionõmero de vidro na superfície de dentina corondria e radicular foram maiores quando usaram o Ketac-Bond, em todos os tipos de condicionamentos dentindrio ou não. Foi menor que o Ketac-Cem apenas quando a dentina radicular foi condicionada com ácido poliacnlico 40%. As forças de união do selamento da dentina coronária e radicular com Ketac-Bond foram significativamente maiores que do Ketac-Cem em todos os casos, exceto quando a dentina radicular foi tratada com ácido poliactilico a 25% não houve diferença significante no resultado obtido entre dentina

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radicular e coronária, e quando a dentina radicular foi tratada com ácido poliacrilico a 40%, nesse caso a união do Ketac-Cem foi maior.Concluiram que a força de unido dos cimentos ionômero de vidro foram maiores na superfície condicionada com ácido poliacnlico a 25% do que quando condicionada com ácido poliacrilico a 40%.

Weiger et al. (1995) mensuraram a força de tração do cimento ionômero de vidro Ketac-Cem nas paredes do canal instrumentado, pré-tratadas com diferentes produtos: cloreto de sódio 0,9%,dcido fosfórico 37%, hipoclorito de sódio 10% (Na0C1), ácido diaminotetracético 20% ( EDTA), ácido poliacrilico 10%, ácido poliacrilico 20%, ácido citric° 6% e ácido nitric° 2,5%. A lama dentindria permaneceu apenas nos grupo 1 ( cloreto de sódio 0,9%). Avaliando os valores das forças de unido individuais para cada grupo o EDTA / NA0C1 comprovaram forte unido com um valor médio de 2,2 MPA, que foi significativamente mais alto que as soluções utilizadas nos demais grupos. Concluíram que para melhorar a adesão do cimento ionômero de vidro as paredes do canal radicular as superfícies deverão receber algum tipo de tratamento condicionador.

Rosales et al. (1996) comparam a capacidade de impedir a infiltração de corante em 3 cimentos de ionômero de vidro quando usados como materiais para obturação retrógrada do canal. Os cimentos utilizados foram: Ketac-Bond, Ketac-Silver e o Vitrebond que é fotopolimerizável. 0 cimento utilizado para a obturação dos canais foi o cimento resinoso AH 26, exceto no grupo em que a guta-percha foi associada ao AH 26 e usada a técnica de condensação lateral. Os resultados desse estudo revelaram que cimento ionômero de vidro fotopolimerizável promove significativamente melhores resultados do que os outros 2 materiais presentes testados. Os resultados quando usaram Ketac-Bond autopolimerizável foi significativamente melhor do que aqueles obtidos com cimento ionômero Ketac-Silver, mas ambos significativamente inferiores do que o estabelecido pelo cimento ionômero de vidro fotopolimerizável.

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Wolcott; Hicks; Himel (1999) avaliaram microscopicamente, in vitro, a efetividade dos 3 cimentos de ionômero de vidro, o Ketac-Bond (Espe), o Vitrebond (3M) e uma tentativa de ionômero de vidro, GC América, pigmentados usados como barreira intra-orificio para prevenir a microinfiltração coronária. Após os canais serem preparados e obturados foram divididos em 4 grupos experimentais de 25 dentes cada grupo e 2 grupos controle de 5 dentes cada. Durante o preparo os dentes foram irrigados com Edta seguido de Na0C1 5,25%. 0 grupo 1 não recebeu nenhum tratamento. Os grupos de 2 a 4 receberam uma barreira intra-orificio de 1 dos 3 cimentos de ionômero de vidro pigmentados, colocados em uma profundidade de 2 a 3 mm na porção coronária do canal. 0 selamento com Vitrebond, como barreira intra-orificio, foi significativamente melhor do que o selamento sem barreira (p< 0,05). Quando considerada infiltração entre as barreiras a diferença não foi significante. Os autores concluíram que barreira intra-orifício de ionômero de vidro pigmentado é uma efetiva barreira contra a infiltração microbiana coronária.

Lalh; Torneck; Friedman (1999) estudaram, in vitro, a natureza da fenda da adesão do selamento dos cimentos ionômero de vidro (Ketac-Endo, KT-308 e ZUT) e exaiiiinaram a interface entre o cimento de ionômero de vidro e dentina bovina condicionada com 3 irrigantes: hipoclorito de sódio 2,6%, ácido diamino tetracético 17% e água destilada ( Na0C1 2,6%, Edta 17%, água destilada) no final da modelagem. Duas amostras de cada grupo, uma que demonstrou forte união e uma com fraca unido foram selecionadas para exame de microscopia eletrônica de varredura. A terceira amostra de cada grupo, urna que demonstrou força de unido intermediária, foi seccionada perpendicularmente a superfície de dentina e secções foram examinadas em MEV. Concluíram que os 3 tipos de cimentos de ionômero de vidro testados exibiram boa adesão para a dentina e as falhas obtidas decorreram principalmente de natureza coesiva.

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Lalh et al. (1999) avaliaram a força de unido seladora, submetida ao cisalhamento, dos cimentos ionômero de vidro Ketac-Endo, KT-308, ZUT a dentina exposta aos irrigantes endod6nticos, hipoclorito de sódio 2,6% e Edta 17% . Concluíram que as forças de união de ambos os seladores KT-308 e ZUT foram significativamente mais altas em relação ao Ketac-Endo, independente do tipo de condicionamento dado à superfície dentindria, e que, a diferença entre as forças de união entre o KT-308 e o ZUT não foram significantes.Também na presença de lama dentindria todos os cimentos de ionômero de vidro apresentaram maior adesão.

Padachey et al. (2000) avaliaram, in vitro, a capacidade do selador adesivo dentindrio do canal radicular, ZUT contendo o mínimo de zeolite, usado com ou sem guta-percha para resistir ao ingresso de Enterococcus faecalis, comparando com AH26 e KT-308. Foi concluído que nos grupos experimentais de seladores utilizados com guta-percha, o grupo A-AH26 apresentou a menor penetração bacteriana, enquanto que o grupo Z-ZUT apresentou a maior ingresso de bactérias. A colocação da guta-percha diminui significativamente o ingresso das bactérias nesse estudo com todos os cimentos testados.

Timpawat; Harnirattisai; Senawongs (2001) determinaram a força de unido sob tração do selador endod6ntico de ionômero de vidro Ketac-Endo as paredes do canal radicular após o pré-tratamento com Na0C1 5,25%, ácido poliacnlico 10%, Edta 15% seguido de Na0C1 5,25%, ácido cítrico 6% e ácido fosfórico 35%. A remoção do smear layer e dilatação dos tabulos dentindrios foi melhor alcançado pelos ácidos fosfórico e citrico. Os melhores resultados mostraram-se semelhantes para as raizes tratadas com ácido fosfórico e ácido citrico sendo que estes diferiram significativamente daquelas tratadas com Edta ou ácido poliacrílico.

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Vários autores avaliariam o comportamento desses materiais frente à adesão dentindria e a vários fatores que possam determinar maior ou menor grau de adesão.

Wennberg e Orstavik (1990) avaliaram a unido de 8 seladores de canal comerciais (AH 26, CRCS, Diaket, Hartskloroform-5%, Kloropercha NO, Procosol, Sealapex, Tub li-Seal) quando o selador foi aplicado como uma fina camada entre dentina e superfície de guta-percha. Foram preparados cilindros de dentina bovina, cilindros de guta-percha para receberem a fina camada dos cimentos testados, foram prensados por 30 s. Após a presa dos cimentos, as amostras foram submetidas ao teste de tração. Depois as superfícies separadas foram observadas em MEV Quando a unido do selador entre dentina e guta-percha foi rompida, a fratura foi predominantemente em falha adesiva á superfície de guta-percha para AH 26 e Diaket, e à superfície dentindria para Tubli-Seal. A unido da resina clorofórmio fraturou dentro da camada superficial da guta-percha. CRCS, Kloropercha NO, Procosol e Sealapex mostraram fraturas predominantemente coesiva dentro dos seladores. Concluíram, que todos os seladores testados mostraram mensurável adesão para a dentina e guta-percha, mas uma unido muito fraca foi observada nos casos do Sealapex. 0 tratamento da dentina com Edta causou um significante aumento na força de unido para resina clorofórmio, Tub li-Seal, Procosol, e Sealapex. Quando a unido do selador entre dentina e guta-percha foi quebrada, a fratura foi predominantemente em falha adesiva á superfície de guta-percha para AH 26 e Diaket, e para a superfície dentindria para Tubli-Seal. A união da resina clorofórmio fraturou dentro da camada superficial da guta-percha. CRCS, Kloropercha NO, Procosol e Sealapex mostraram fraturas predominantemente coesiva dentro dos seladores.

Macchi et al. (1992) avaliaram o efeito dos materiais endodemticos de rotina mensurando a força de tração das resinas compostas ã dentina tratada com ácidos. As amostras dos grupos experimentais foram cobertas com uma grossa camada de 1 mm de um

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dos seguintes materiais: grupol: IRM; grupo 2: Cimento de Grossman; grupo 3: Pasta Maisto lentamente reabsorvida; grupo 4:: Dycal fórmula II; grupo 5: Lumicom e grupo 6: Cavit. Os resultados indicam que os materiais usados como restauradores provisórios e o contato dos materiais endodeinticos com os tecidos dentinários usados nas obturações dos canais radiculares podem afetar o grau de adesão obtida com resinas compostas e agentes de unido após o ataque ácido, isto 6, clinicamente importante para o desenvolvimento e uso de uma técnica, que remova adequadamente os materiais obturadores endodiinticos residuais, que podem interferir com a unido da resina composta a dentina, ou melhor, para substituir aqueles materiais que impedem a adesão das resinas aos tecidos dentais.

Leonard; Gutmann; Guo (1996) avaliaram a microinfiltração apical e coronário dos dentes obturados com um agente de união dentindrio 4-META (Parke11) e sistema resinoso C & B Metabod, comparado com selamento de ionômero de vidro e cone de guta-percha; foi também avaliada em MEV a natureza e qualidade da interface dentina-resina. Em 50 caninos humanos, a lama dentindria intracanal foi removida com irrigação de 5m1 de EDTA 17%, seguida de irrigação com 10 ml de hipoclorito de sódio 5,25%, e ainda 10 ml de água desodonizada e após secados com pontas de papel absorvente. A seguir os dentes foram divididos aleatoriamente em 2 grupos e um controle positivo e um controle negativo. Em um grupo o canal dentindrio foi condicionado com ativador (Parke11) para reeber o agnte de união 4-META (Parke11) e seguir a aplicação da resina C&B Metabond (Parke!!). No segundo grupo, a dentina não sofreu o ataque ácido e as obturações dos canais foram feitas com cone de guta-percha, usando o cimento de ionõmero de vidro Ketac-Endo (Espe). Todas as amostras tiveram suas superfícies radiculares impermeabilizadas, com exceção da superfície coronária e 2,0 a 3,0 mm apical, e se mantiveram armazenadas em tinta Indian. Após foram diafanizadas. Analises estatísticas mostraram que houve diferenças significantes da infiltração entre os grupos e que o melhor selamento obteve-se no grupo que usou adesivo e cimento

(25)

25

resinoso, tanto em nível apical como coronário, em relação ao cimento ionómero de vidro. Uma complexa camada híbrida do agente de unido foi observada dentro do sistema radicular usando a MEV. Microidentificações da resina penetraram nos tilbulos dentindrios aumentando a adaptação do material obturador com o sistema radicular.

Mendoza et al. (1997) avaliaram a resistência ã fratura dos dentes tratados endodónticamente com grande dilatação dos canais que foram restaurados com pinos apoiados paralelamente unindo as paredes do canal com cimento resinoso. Tres cimentos resinosos foram utilizados para cimentar os pinos dentro dos canais, Panavia (J. Morita),C &

B Meta-Bond (Parke11), e resina composta Z-100 fotopolimerizável. Usaram 40 dentes caninos tendo os canais preparados de modo que a regido cervical fosse alargada para acomodar livremente o pino numero 4 Dentatus numa profundidade de 8 mm. A seguir os canais foram irrigados com ácido fosfórico a 10%„ lavados e secos. Foram divididos em 4 grupos: grupo I: pino n° 4, cimentado com cimento fosfato de zinco (grupo controle); grupo

II: pino n° 4, cimentado com Panavia; grupo III: pino n° 4, cimentado com C&B Meta Bond e

grupo IV: pino n° 4 do sistema Luminex, cimentado com resina composta Z-100 e com um

agente de união -dual-cure. As raizes tiveram duas finas coberturas de um filme colocado 1

mm dentro da porção coronária simulando a membrana periodontal, sendo montadas em blocos de acrflico, e levadas a máquina de testes Instron, montadas em um ângulo aproximado de 60° com o vetor principal da força. Uma força de velocidade de cruzeta de 0,5 min/min foi aplicada até que houvesse a fratura radicular. Os resultados mostraram que, quando pinos são cimentados com cimentos resinosos, a resistência das raizes foi similar.Grandes forças são necessárias para fraturar raizes quando Panavia foi usada para cimentar o pino, mas as diferenças não foram estatisticamente significantes. As forças necessárias para tratut raizes do grupo cimentado com fosfato de zinco foram mais reduzidas do que nos grupos

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de fratura do cimento fosfato de zinco, mas diferenças estatísticas somente houve quando comparado com os outros dois cimentos resinosos.

Mannocci; Ferrari (1998) compararam, in vitro, a microinfiltração das obturações dos canais radiculares executadas com uma resina de base epóxi em combinação com 2 diferentes agentes de unido dentindrio e guta-percha condensada lateralmente com a microinfiltração da obturações executada com condensação lateral e resina epóxi sem agente de união; observaram, por exame microscópico se há presença na area apical dos materiais: adesivo, cimento, guta-percha e também avaliaram a qualidade da interface da resina-dentina usando em MEV. Trinta e seis incisivos centrais superiores, caninos e pré-molares inferiores tiveram seus canais preparados, sendo irrigados com hipoclorito de sódio 2,5%(NAOCL 2,5%) e no final enxaguados com água desodonizada, secados e escolhidos o cone de guta-percha principal. Para a obturação os dentes foram assim divididos: grupo 1(n=12): Guta-percha condensada lateralmente,com adesivo dentindrio All Bond 2 e com cimento AH 26. As paredes do canal radicular foram condicionadas com ácido fosfórico liquido a 37%; grupo 2(n =12): guta-percha condensada lateralmente com adesivo dentindrio Scotchbond Purpose Plus

e com cimento AH 26 no cone de guta-percha; grupo 3(n =10): guta-percha condensada lateralmente com cimento AH 26. Os procedimentos para obturação dos canais radiculares foram iguais as dos grupos 1 a 3; 2 dentes foram processados para análise em MEV; grupo 4: as amostras deste grupo não tiveram seus canais radiculares obturados e grupo 5: as amostras deste grupo tiveram os canais radiculares completamente obturados e as raizes cobertas com esmalte de unha. A seguir os dentes foram selados com cavit (ESPE) e deixados em soro fisiológico por 4 semanas a 37° C. As amostras usadas para teste de infiltração da tintura foram colocadas em solução de azul de metileno 2%. Foram seccionadas longitudinalmente até o ápice para medir a penetração da tintura e verificar os materiais presentes em microscopia ótica. Duas amostras de cada grupo (1,2) foram separadas para serem observadas

(27)

27

cm MEV, a presença da camada híbrida, penetração da resina para dentro dos túbulos dentindrios e a presença de lacunas na superfície resina-dentina. Foi concluído que todas as amostras apresentavam a penetração da tintura em graus variados, sendo que no grupo 2 esta penetração mostrou-se menor.Considerando a presença dos materiais na parte apical, os materiais mais freqüentes encontrados no grupol foi o adesivo dentindrio e no grupo 2 a guta-percha.

Kataoka et al. (2000) avaliaram um selador resinoso recentemente desenvolvido para selamento apical e coronário da obturação do canal radicular com guta-percha comparando com um selador a base de óxido de zinco e eugenol (Pulp Canal sealer EWT-Kerr), e um selador a base de hidróxido de cálcio (Sealapex-Kerr). O selador resinoso experimental utilizado é composto por uma pasta contendo 70% vinylidine fluoride/hexafluoropropylene copolymer e 30% metlil metacrilato, que foi misturado com pó de zirconia e trybutylborane catalisador em uma proporção de 100:30: 3 por peso. Utilizaram 96 incisivos superiores permanentes, humanos. Após o preparo químico-mecânico dos canais serem realizados, as amostras foram divididas em: grupo 1 - tiveram seus canais dentindrios secos e condicionados com primer consistindo de Hema 50% contendo 5% de glutaraldeido (GA) por 60 s e

removido o excesso com papel absorvente. A seguir prepararam a mistura do selador experimental e obturaram-se os canais com a técnica da condensação lateral. Nos grupos 2 e 3 os canais foram obturados da mesma foram como descrito para o grupo 1, porém foram usados os cimentos seladores Pulp Canal Sealer EWT e Sealapex, respectivamente. As amostras preparadas foram divididas dentro de 3 grupos de 10 dentes cada, mantidas em água destilada por 1, 4 e 12 semanas, e após secadas e cobertas com verniz, com exceção de 1 mm apical e aproximadamente lmm do acesso a cavidade do dente. Então foram imersos em solução de azul de metileno a 1%. Após 7 dias, cada amostra foi seccionada no sentido longitudinal, paralelas ao longo eixo do dente para medir a penetração do corante na interface

(28)

entre paredes do canal

e

material obturador do canal. Considerando a média da profundidade de penetração do corante, o selador experimental mostrou menor infiltração apical e coronária

que os outros 2 seladores a todos os intervalos de tempo, enquanto a infiltração apical e coronária para os grupos 2 e 3 mostrou uma tendência a aumentar com o tempo. Quando observadas em microscopia a adesão da resina seladora para ambos, dentina radicular e guta-percha em direção coronária e apical não foi notado nas amostras do grupo 1, porém havia poucos espaços entre dentina radicular, selador e guta-percha nas amostras dos grupos 2 e 3.

Ngoh et al. (2001) avaliaram o efeito da força de unido regional da resina C&B Metabond a dentina do canal radicular. Dezoito caninos humanos tiveram suas coroas secionadas bem como o um terço apical. 0 canal foi então alargado com limas e brocas. As paredes externas mesial e distal foram desgastadas longitudinalmente de modo que, cada dente gerou 2 superfícies para teste, sendo que uma foi tratada com eugenol e a outra serviu de controle sem tratamento. 0 interior dos canais foi tratado com ácido citrico a 10% com cloreto fénico a 3% antes de receberem o cimento. No segmento cervical a força de unido foi de 13.6 + 6.1 Mpa com eugenol e 18.1 + 6.0 Mpa sem eugenol, que é uma diferença estatisticamente significante. No segmento médio a unido foi de 14.8 + 3.9 e 17.3 ± 4.6 Mpa com e sem eugenol, respectivamente, resultados que não alcançam uma diferença estatisticamente significante. A localização da dentina cervical ou média não teve efeito significante na força de unido. Neste estudo nenhuma tentativa da química (álcool, EDTA, clorofórmio, ácido fosfórico a 37%) ou mecânica (brocas de acabamento) foi feita para descontaminar à dentina do eugenol. Estes procedimentos têm mostrado bons resultados na diminuição dos efeitos nocivos do eugenol. Os resultados deste estudo comprovam que o

eugenol afeta os agentes de unido da resina adesiva. 0 tratamento com eugenol diminui menos a força de unido no terço médio que o cervical, isto provavelmente aconteceu porque a dentina média e menos permeável permitindo uma contaminação menor.

(29)

29

Morris et al (2001) objetivaram com este estudo, in vitro, avaliar os efeitos do hipoclorito de sódio a 5% e do RC- Prep na força de adesão de um cimento resinoso ( C&B Metabond), bem como do uso do ácido ascórbico a 10% na restauração das forças de adesão. Os resultados mostraram um aumento na força de união de todos os grupos tratados com ácido ascórbico e o hipoclorito de sódio quando comparados com os grupos que apenas tiveram o tratamento com as soluções irrigadoras.

Cohen et al. (2002) avaliaram, in vitro, os efeitos nas forças de compressão e dimensional de uma resina composta clássica em que os líquidos dos cimentos de eugenol e resina epóxi foram adicionados. As amostras cilíndricas com 5,0 mm de diâmetro por 12,00 mm de comprimento foram feitas com uma resina composta para restaurações dentais de um sistema de 2 pastas (Henry Schein Composite), conforme as instruções do fabricante. 0 estudo contou com 6 grupos de teste e um grupo de controle. Nos grupos de 1 a 3, as amostras foram contaminadas com eugenol, e nos grupos de 4 a 6 foram contaminadas com o liquido EZ-FILL. 0 grupo controle ficou livre de contaminação. Os testes foram realizados em uma máquina de testes universal a uma velocidade de 0,25 polegadas por minuto até a quebra das amostras, quando o valor da força foi registrado e então as forças de compressão e tensão de diâmetro foram calculadas em libras por polegada quadrada (psi). Os valores de ambas as forças dos grupos de 2 a 6 não tiveram diferenças estatísticas com o grupo de controle. 0 grupo 1 apresentou valor igual a zero em ambas as avaliações, pois neste as amostras não alcançaram a cura completa. Os resultados demonstraram que o eugenol pode inibir a reação de cura de uma resina composta. Isto ocorre devido à interferência da porção fenólica do eugenol na polimerização da resina composta pela inibição ou remoção da produção de radicais livres que reagiram com a molécula do monõmero.

Gaston et al. (2002) objetivaram com este estudo testar uma nova técnica de teste de microtensão para medir a força de união do cimento resinoso aos terços apical, médio e

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cervical de canais radiculares. Vinte dentes humanos anteriores foram preparados para criar um espaço para cimentagdo de um pino. As raizes forma separadas em 2 grupos de 10 raizes cada, que foram preenchidas com dois diferentes cimentos (C&B Metabond e Panavia 21) conforme as recomendações do fabricante. Cada raiz gerou de 6 a 10 secções que foram identificadas por cervical 1,2,3; média 1,2,3; e apical 1,2,3. A máquina de teste foi programada para aplicar uma força de tensão na proporção de 0,6mm/min até ocorrer A falha. Durante o preparo das secções, algumas uniões quebraram antes de poderem ser testadas e

foram constatados como zero para propósitos estatísticos. Quebras ocorreram ao acaso, mas foram mais freqüentes na regido cervical do grupo Panavia 21. Em ambos os materiais as

forças de unido do terço apical foram significantemente mais elevadas que as dos terços cervical e médio. No terço apical a densidade tubular é menor, conseqüentemente menos acréscimos de resina são formados, então a força de unido deveria ser menor. Mas a força de unido parece estar mais ligada dentina sólida que a dentina tubular. A remoção da smear layer

parece não ter influência no resultado uma vez que a sua remoção no terço apical não deve ter ocorrido (no terço cervical e médio pode ter ocorrido A remoção parcial, mas não total) do grupo do Panavia 21 e no grupo do C&B Metabond a remoção ter ocorrido no três terços.

Tagger et al. (2002) avaliaram se a integridade do selamento dos canais obturados parece ser influenciada pela força de unido do cimento endod6ntico a dentina. De terceiros molares foi extraído 2mm oclusais deixando uma superfície plana de dentina, que foi polida e

a smear layer não foi removida. Os 9 cimentos testados (CRCS, Apexit, PCS, KetacEndo, Bioseal, AH 26, Sealer, Roth's cement e Sealapex) foram misturados de acordo com as instruções dos fabricantes, colocados em tubos de polietileno com o lado aberto em contato com a dentina perpendicularmente e assegurou-se a completa secagem. As amostras foram submetidas ao teste de resistência ao cisalhamento e um computador acoplado a máquina fez a leitura do ponto de separação. Em ordem crescente os resultados médios encontrados foram:

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31

CRCS 0,5972 Mpa, Apexit 0,6493 Mpa, PCS 0,7758 Mpa, KetacEndo 1,1867 Mpa, Bioseal 1,7588 Mpa, AH 26 4,0600 Mpa, Sealer26 4,8913 Mpa. As análises estatísticas pelo teste de Tukey e ANO VA confirmaram que existe uma diferença significativa entre a unido alcançada pelo AH26 e o Sealer26 e os outros seladores testados. 0 cimento Ketac-Cem que foi usado como controle obteve 3,1913 Mpa, o teste t indicou que esta unido foi significantemente maior (p< 0,001) que a alcançada pelo Ketac-Endo. Neste estudo a dentina usada foi coronal para facilitar a padronização, uma vez que a dentina radicular não é uniforme. 0 resultados confirmaram que nos casos dos cimentos endodõnticos o termo adesão não é correto e deveria ser mudado para unido. A força de união alta a dentina é uma propriedade importante, pois poderia minimizar o movimento de presa da obturação do canal durante os procedimentos restauradores, e a suposição que uma alta força de unido diminuiria a infiltração, ainda que nenhuma relação entre infiltração da obturação do canal e força de unido a dentina tenha sido encontrada. Dois materiais não puderam ser testados (Roth's cement e Sealapex), pois não se uniram a dentina e tiveram sua força de unido considerada zero, e estes resultados não foram

incluídos na analise estatística. A força de unido extremamente baixa do Roth's cement veio a ser uma contradição, pois ele é muito popular e largamente usado com sucesso clinico provado. Duas suposições experimentais podem explicar a aparente contradição entre o

sucesso clinico do Roth's sealer e sua baixa força de união, sem negar a premissa básica que uma força de unido forte à dentina é uma propriedade importante de um selador. Uma explicação é que a força de coesão da presa do cimento tipo de óxido de zinco — eugenol possa ser menor que a força de adesão. Experiência clinica mostrou que uma obturação de canal feita com guta-percha e Roth's sealer não pode ser arrancada do canal por inteiro. 0 cimento esfarela-se dando uma falsa impressão de adesão forte à dentina. A segunda explicação pode ser que alguns cimentos comportam-se diferentemente, dependendo da espessura da camada que está sendo testada. 0 Ketac-Endo não atingiu os valores esperados,

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uma vez que tem sido recomendado o seu uso como material para reforço de raiz, supostamente pela sua adesão a dentina. Talvez este valor baixo se deva a adição de radiopacificadores, uma vez que o cimento que lhe deu origem (Ketac-Cem) obteve valores significantes (p<0,01) maiores. Neste caso, a queda na adesão da dentina foi consistentemente significativa, indicando que aditivos e mudanças que foram feitas para transformá-lo em um cimento obturador de canais foram provavelmente em detrimento da sua adesão.

Lertchirakarn; Timyam; Messer (2002) objetivaram comparar forças na fratura de dentes tratados endodonticamente, obturados com guta-percha em conjunção com 3 diferentes tipos de cimentos endodemticos, e investigar a distribuição padrão das linhas de fratura. Quarenta incisivos inferiores livres de trincas foram divididos em 4 grupos de 10 dentes cada. Os dentes do grupo 1 foram divididos em 2 subgrupos que serviram de controle positivo e

negativo. Os dentes do controle positivo foram instrumentados e obturados com guta-percha sem o uso de cimento; os dentes do controle negativo não foram instrumentados nem obturados. Os dentes dos demais grupos foram instrumentados e obturados com guta-percha em conjunto com 3 diferentes cimentos endodônticos. Nos grupos 2, 3 e 4 foram usados, respectivamente, AH Plus, Tubliseal e Ketac-Endo. Os dentes foram montados em um dispositivo onde um espagador digital #45 exercia um movimento na direção apical exatamente no longo eixo do dente, dentro da guta-percha, até causar fratura radicular vertical. A força de fratura dos dentes não instrumentados e os obturados com Ketac-Endo foi significativamente maior do que a dos outros grupos. Não houve diferença estatisticamente significante entre os dentes obturados com o Ketac-Endo e os grupos do controle negativo, bem como não houve diferença estatisticamente significante entre os demais grupos. Este estudo sugere que o Ketac-Endo aumenta a resistência à fratura ao estresse gerado internamente nos dentes tratados endodonticamente. Este pode ser o cimento de eleição nos

(33)

0 -0

)3-

33 casos de dentes susceptíveis a fratura como dentes muitos instrumentados, apexificações e dentes com paredes finas.

Soeno; Taira; Atsuta (2002) investigaram a unido dos agentes adesivos cimentantes unidos a dentina antes e depois de saturada em cresol formalina, considerando a força de união e o modo de fracasso. Setenta e cinco dentes anteriores bovinos, tiveram suas superfícies vestibulares aplainadas, polidas, e umedecidas em cresol formalina, seladas em caixas e mantidas por 2 dias (25 amostras) e por 7 dias (outras 25 amostras). Depois as amostras foram unidas a uma vara de acrilico usando 5 sistemas adesivo, Super Bond C & B; Imperva Dual Set; Bistine II; Panavia 21, e AD Gel, para unir o acnlico a superfície dentindria,sendo que essas superfícies foram condicionadas com AD Gel, de acordo com instruções do fabricante. Para avaliar o modo de fracasso foi observado em MEV e classificados em: A (tilbulos dentindrios abertos, livres de resina - fracasso adesivo); C (dentro da resina - fracasso coesivo); D (dentro do substrato dentingrio - fracasso de aderência); e combinações desses modos de fracasso - AC, CD, ACD. Os resultados, submetidos ao Teste ANOVA revelou a influência do período de saturação pelo sistema adesivo e suas interações. 0 sistema adesivo que obteve maior força de união A dentina, considerando período de saturação, e sem ser exposto ao cresol formalina foi o Super Bond. Este estudo mostrou que as forças de unido foram enfraquecidas pela aplicação de cresol formalina. 0 modo de fracasso para todas as amostras foi em combinação tanto coesivas como adesivas (A e C).

Lee et al. (2002) avaliaram a hipótese de que existem diferenças na força de união entre cimentos endodõnticos e a dentina e a guta-percha. Os seguintes cimentos endodõnticos usados neste estudo foram: cimento endod6ntico Kerr (base de óxido de zinco e eugenol - ZOE); Sealapex (Hidróxido de Cálcio); AH26 (resina epóxi) e Ketac-Endo (ionõmero de vidro). Os espécimes foram obtidos de superfícies planas de dentina coronal de terceiros

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molares. Um cilindro de alumínio foi colocado sobre as superfícies testadas (dentina ou guta-percha) e preenchido com um dos cimentos testados. Os resultados em ordem crescente de

força de união à dentina foram Kerr 0.13 ± 0,02 (todas as falhas foram adesivas), Sealapex 0,30 ± 0,08 (80% de falhas foram de coesão, 10% de unido e 10% mistas), Ketac Endo 0,80 ± 0,24 (40% das falhas foram de coesão, 30% de unido e 30% mistas), AH26 2,06 ± 0,53 Mpa (70% das falhas foram adesivas e 30% de coesivas).A força de unido dos cimentos a guta percha em ordem crescente foi Ketac-Endo 0,19 ± 0,01 (todas as falhas foram adesivas), Sealapex 0,22 ± 0,01 (80% de falhas coesivas e 20% de falhas mistas), Kerr 1,07 ± 0,19 (50% de falhas coesivas, 30% de falhas adesivas e 20% de falhas mistas), AH26 2,93 ± 0,29 Mpa (60% de falhas mistas e 40% de falhas coesivas). De acordo com este estudo Ketac-Endo e

Sealapex aderiram melhor a dentina do que a guta-percha; mas os cimentos Kerr e AH 26 tiveram comportamento contrário. Isto significa que microinfiltragdo apical pode ocorrer em diferentes interfaces em função do cimento endodiintico usado. Neste estudo a smear layer

não foi removida; o tratamento das superfícies de dentina com soluções especificas poderia ter melhorado a unido dos cimentos à dentina.

2.4.3 Agentes adesivos dentindrios

A adesão dos agentes dentindrios também tem sido investigada de forma a se obter uma maior afinidade desses materiais junto ao cimento obturador e as paredes de dentina.

Liberman et al. (1989) avaliaram a efetividade de 5 diferentes agentes condicionadores em dentina radicular, relativo a retenção dos pinos parafusados Dentatus cimentados com um cimento, usando 2 diferentes sistema de adesivos dentindrios. As amostras foram divididas: grupo 1 - pino, cimentado com cimento Conclude Luting( 3M); grupo 2 - aplicação de adesivo dentindrio ScotchBond e grupo 3 - aplicação de adesivo dentindrio antes da cimentação com Conclude. Os canais receberam pré-tratamento da superfície dentindria antes

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use 35

illibilmea easesta,

411.•

de receber a aplicação do adesivo ou cimento com as seguintes soluções: ácido poliacnlico 40%, ácido fosfórico 35%, ácido cítrico 1%, Tubulicied (Etda 0,2), salvisol e nenhum tipo de tratamento. Foi concluído que o uso dos 5 agentes condicionadores não melhoraram a retenção dos pinos parafusados Dentatus os quais foram cimentados com resina composta Conclude, precedida pelo Scotchbond; o uso de Gluma com o seu limpador original ou Tubulicid para aplicação anteriormente do Conclude resultou em uma forte unido; o uso de Scotchbond antes do Conclude deu melhor resultado quando testado.

Ambus e Munksgaard (1993) avaliaram a aplicabilidade de 5 diferentes sistema de unido de uso comercial para a técnica de obturação retrógrada com resina. Foram comparadas as medidas das forças de unido e formação de fendas na obturação durante a exposição a estresse térmico. Utilizaram grupos de 10 dentes para cada material; Grupo A, Prisma Universal Bond 3 (PUB3); Grupo B, ScotchBond 2; Grupo C, Solução TENURE (sistema adesivo dentindrio); Grupo D, Sistema de unido XR e Grupo E, GLUMA( agente adesivo dentindrio). Foi concluído por meio de um teste de adaptação que os 5 sistemas de unido dentindrio testados podem ser usados em técnica de obturação retrógrada. Durante o

procedimento termo-cíclico, amostras confeccionadas com PUB 3, ScotchBond 2 e Sistema união XR, exibiram fendas de 10 a 30 Am em número maior ou igual a 50% dos casos, considerando que esses, confeccionados com aplicação de solução Tenure ou Gluma não exibiram espaços. Entre os 5 agentes de unido dentindrio testados é então aconselhável usar solução Tenure ou Gluma com Retroplast em obturação retrógrada da raiz.

Miles; Anderson; Padachey (1994) comparam, in vitro, a força de união de 4 diferentes adesivos dentindrios de terceira geração em raizes com ápices ressectados, observando o efeito da contaminação por sangue sobre a força de resistência à tração. As amostras foram obturadas com selador de canal KerrPulp e a área de superfície cortada foi tratada com um dos agentes adesivo: Prisma universal Bond 3, Sctochbond Multipurpose

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Dental Adesivo, Amalgamabond e All Bond 2. Os resultados indicaram que a força de adesão dos grupos contaminados foi significativamente menor que do grupo controle. A maior adesão foi encontrada com Amalgamabond, e menor com Prisma universal Bond 3, onde ocorreram falhas na adesão no grupo contaminado e não contaminado.

Yoshiyama et al. (1996) propuseram medir as forças de unido a tração, em diferentes regiões do dente de 2 diferentes sistema adesivo dentindrio, o All Bond 2 ( Bisco) e o sistema adesivo Imperva Bond (Shofu) à dentina coronária normal e dentina radicular pelas medidas da microtração, e examinar a morfologia da interface entre essas resinas e a correspondente dentina ao longo da cavidade pela microscopia eletrônica de varredura. As forças de resistência a tração do All Bond 2 em dentina coronária foi alta (23,5 Mpa), mas para um terço cervical e médio de dentina radicular foi menor, enquanto que os valores obtidos para o Imperva Bond foram relativamente os mesmos em todas as regiões, com diferenças não significantes. Quando observados em MEV, os resultados sugeriram que os altos valores da força de resistência a tração podem ser obtidos com minima infiltração de resina em dentina radicular.

Mannocci e Ferrari (1998) analisaram, por exame microscópico a presença na área apical dos materiais: adesivo, cimento, guta-percha. Foi feito o preparo dos canais radiculares de 32 dentes, irrigando com hipoclorito de sódio 2,5%n(NAOCL 2,5%). As paredes do canal

radicular foram condicionadas com ácido fosfórico liquido a 37% por 1 min, depois de

lavadas com água desodonizada e secas com pontas de papel absorventes. Para a obturação os dentes foram divididos: grupol(n=12): Guta-percha condensada lateralmente,com adesivo dentindrio All Bond 2 e selamento com cimento AH 26; grupo 2(n =12): guta-percha condensada lateralmente com adesivo dentindrio Scotchbond Purpose Plus e selamento com cimento AH 26. Grupo 3(n =10): guta-percha condensada lateralmente com selamento com cimento AH 26. Dois dentes de cada grupo foram processados para análise em MEV; grupo 4:

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As amostras deste grupo não tiveram seus canais radiculares obturados e o grupo 5: As amostras deste grupo tiveram os canais radiculares completamente obturados e as raizes cobertas com esmalte de unha. As 6 regiões avaliadas em MEV amostras mostraram fina camada de dentina híbrida e intimo contato entre resina e dentina. Nos grupos 1 e 2, observaram a penetração do adesivo ocasionalmente nos tlibulos dentindrios, desses o Scotchbond Purpose Plus foi o que apareceu em maior quantidade na área apical.

Mannocci; Ferrari; Watson (2001) avaliaram a infiltração de corante fluorescente associada com 3 diferentes adesivos; All Bond 2, Panavia 21 e Panavia fluor, usando pino de fibra e restauração de compósito centrais dos dentes, ambos tratados ou não com cimentos endodõnticos e cimento temporário contendo ZOE( óxido de zinco e eugenol). Os cimentos utilizados nas obturações foram AH 26 e Pulp Canal,usando técnica de condensação lateral. A seguir as superfícies foram condicionadas com ácido fosfórico. Concluiram que o selamento coronário obtido com os adesivos dentindrios de 3 passos (All Bond 2) produziu significativamente menor infiltração do que obtido com os primers auto-condicionante

Panavia 21 e cimento Panavia Fluo 21. (P<.05). Cimento Panavia Flúor fotopolimerizado

mostrou menos infiltração do que o antecessor Panavia 21 (P<.05), não houve diferença significativa na contagem da infiltração entre grupos tratados com ou sem materiais a base de óxido de zinco e eugenol (P>.05).

Wolanek et al. (2001) através desse estudo avaliaram o efeito do agente adesivo fotopolimerizável, Clearfil Liner Bond 2V (na prevenção de migração bacteriana) e o efeito do cimento a base de eugenol na habilidade seladora dessa resina adesiva. Utilizaram 51 molares mandibulares humanos extraídos. Vinte e um foram obturados usando o sistema injetável Obtura II e os 30 dentes restantes foram obturados de maneira similar, porém sem a adição de Kerr Root Canal Sealer EWT, e foram divididos em 3 grupos: grupo 1 : 15 dentes obturados sem selador que receberam uma barreira corona] do adesivo fotopolimerizável;

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grupo 2: 15 dentes obturados com guta-percha e selador e que receberam uma barreira coronal idêntica ao grupo 1; grupo 3: 15 dentes obturados com guta-percha e selador que não receberam a barreira coronal, e um grupo de controle positivo formado por 3 dentes obturados sem selador e sem barreira coronal, e um grupo de controle negativo de 3 dentes obturados sem selador mas com uma barreira de 2 camadas de acabamento resistente. Após esterilização, inocularam na câmara pulpar uma cultura e as amostras foram incubadas a 37°C, monitoradas diariamente por 90 dias. Foi concluído através da pesquisa que microinfiltração coronal é um importante fator na falha endodôntica, e que Clearfil Liner Bond 2V forneceu, como uma barreira coronal, um adequado selador contra a migração de Streptococci oral no modelo, in vitro, e que o uso do eugenol contido co cimento não tem efeito na habilidade aderente deste agente adesivo de dentina.

Assouline et al. (2001) avaliaram a capacidade de 2 adesivos de dentina, Gluma prime e bond e EBS prime e bond com o objetivo de lacrar os tilbulos dentindrios utilizando dentes de bovinos. As 33 amostras (raizes cortadas em fatias), com smear layer removido com Edta 17% e hipoclorito de sódio 5,25%, foram divididas em 3 grupos. As superfícies intracanal das amostras foram condicionadas com ácido fosfórico 35%, por 20 s, enxaguadas com solução saline estéril, secadas com pontas de papel absorvente e aplicado o adesivo sobre 11 amostras de cada grupo, sendo que o grupo de controle positivo não recebeu nenhum adesivo dentindrio. A seguir as amostras foram colocadas em meio contendo microorganismos de teste, mantidas por 21 dias, cujo meio foi mudado a cada 2 dias, a fim de registrar o crescimento bacteriano dentro dos taulos dentindrios. De acordo com os resultados obtidos a aplicação de adesivos de dentina reduziram significativamente a quantia de bactérias viáveis que penetravam dentro dos túbulos dentinários na presença de espaço no canal radicular. Gluma parece reduzir a penetração e sobrevivência bacteriana no tabulo dentindrio mais efetivamente que EBS.

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3 DISCUSSÃO

A adesão de resinas compostas A dentina coronária tem sido muito investigada e com relação ao tratamento endodõntico, que muitas vezes precede os procedimentos restauradores tanto da dentistica como protéticos. Alguns pesquisadores procuraram conhecer até que ponto os produtos utilizados durante a endodontia afetam a adesão materiais restauradores.

Comparando os estudos conduzidos por Macchi et al. (1992) e Capurro; Herrera; Macchi (1993) onde, respectivamente, as adesões de um agente de união, resina composta fotopolimerizavel e o cimento de ionômero de vidro (Shofu) foram avaliados quanto à influência dos seguintes materiais: 1RM, cimento de Grossman, pasta de Maisto lentamente reabsorvida, Dycal formula II, cavit. Os resultados mostraram que estes materiais influenciaram em diferentes graus A adesão da resina composta à dentina coronária mesmo após a ataque ácido, mas não tiveram influencia na adesão do ion8mero de vidro. Ngoh et al. (2001) relataram que o eugenol afetou os agentes de unido da resina adesiva C&B Metabond, afetando mais a unido no terço cervical, provavelmente pela maior permeabilidade da dentina do terço cervical que permitiu uma maior contaminação desta região. Cohen et al. (2002) demonstraram que o eugenol pode inibir a reação de cura das resinas compostas. Isto ocorre porque a porção fen6lica do eugenol interfere na produção de radicais livres que reagiriam com as moléculas do monômero. Porém, Wollanek et al. (2001) relataram que o eugenol contido no cimento obturador não tem efeito na habilidade adesiva do sistema Clearfil liner Bond 2V.

Com relação A adesão à dentina radicular, neste trabalho observamos que materiais como os cimentos resinosos e a base de ionômero de vidro foram capazes de se unir A dentina radicular com valores de força elevado segundo Wennberg e Orstavik (1990), Saunders et al.

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(1992), Berry e Power (1994), Weiger et al. (1995), La1h; Toenrck; Friedmman (1999), Lalh et al. (1999), Morris et al (2001), e Gaston et al (2002).

Os autores, que pesquisaram a relação da adesão dos cimentos resinosos nos diferentes segmentos do canal, são unânimes em afirmar que existem diferenças na unido ao longo da dentina radicular. Ngoh et al. (2001) em seu trabalho avaliaram a adesão do cimento C&B Metabond em diferentes regiões, cervical (Cl, C2 e C3) e média (MI, M2 e M3), do canal; não encontrando diferenças significantes entre a força na força de unido do cimento C&B Metabond entre as regiões cervical (Cl, C2, C3) e média (M1). A regido media (M2) foi desprezivelmente significantemente menor que as regiões entre cervical (Cl) e média (M1). A região média (M3) foi significantemente menor que as demais regiões. Gaston et al. (2002) relataram que a força de unido dos cimentos C&B Metabond e Panavia 21 foi significantemente mais elevada no terço apical. Isto ocorreu porque a força de unido parece estar mais relacionada à dentina sólida que à dentina tubular. Em ambos os cimentos os valores de unido cresceram de apical para cervical. Ferrari et al. (2000) observaram que a densidade tubular, o diâmetro dos tdbulos e a espessura da camada híbrida são significantemente maiores no terço coronário e vão diminuindo na direção apical.

Segundo Gaston et al. (2002) e Tagger et al. (2002) um material que esteja fortemente unido â dentina deveria impedir a infiltração no canal. Leonard; Gutmann; Guo (1996) reportaram que a resina C&B Metabond apresenta melhor capacidade seladora que o cimento de ionômero de vidro Ketac Endo. Rosales et al. (1996) afirmaram que o cimento de ionômero de vidro fotopolimerizável Vitrebond obteve um selamento significantemente melhor do que os cimentos de ionômero de vidro Ketac bond e Ketac silver, Brito, et al. (2002) concluiram que o cimento a base de resina epóxi Thermaseal Plus obteve significantemente menos infiltração que o cimento resinoso Panavia F, e que o uso de um primer condicionante não teve influencia significante nos resultados. Ainda conforme

Referências

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