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ANÁLISE DE PROPOSTAS DE COMPENSAÇÃO FLORESTAL PARECER TÉCNICO E JURÍDICO IEF / ERAJ Nº

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ANÁLISE DE PROPOSTAS DE COMPENSAÇÃO FLORESTAL

PARECER TÉCNICO E JURÍDICO IEF / ERAJ Nº 14.00.00.0001/14 Processo(s) Administrativo(s) Nº.: 00472/2007/004/2009 e 11807/2007/002/2011 Tipo de processo:

Licenciamento Ambiental / Compensação Florestal (X) Auto de Infração ( ) Autorização para Intervenção Ambiental ( )

1. Identificação:

Empreendedor: Anglo American Minério de Ferro Brasil S.A Empreendimento: Anglo American Minério de Ferro Brasil S.A

CNPJ: 02.359.572/0004-30 CNPJ: 02.359.572/0004-30 Municípios: Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim/Carmésia, Serro e Alvorada de Minas.

Atividade Principal: Lavra à céu aberto com tratamento à úmido. Classe: 6

Bacia Hidrográfica: Rio Doce

Sub Bacias: Rio Santo Antonio e Rio do Peixe

2. Histórico:

Ultrapassadas as etapas de obtenção das Autorizações Para Intervenção Ambiental (AIA’s) junto a Superintendência Regional de Regularização Ambiental do Jequitinhonha - SUPRAM JEQ e, quando coube, das Autorizações de Desmate junto ao IBAMA, todos estes instrumentos autorizativos para intervenções florestais indexados aos Certificados de Licenciamento de Instalação em questão, devidamente legitimados pela Unidade Regional Colegiada do COPAM - URC Jequitinhonha, ato contínuo, visando sua adequação a Legislação Ambiental vigente, mais especificamente no que se refere ao atendimento de Condicionantes a manutenção do seu Licenciamento Ambiental de Instalação, o empreendimento Anglo Ferrous Minas Rio Mineração S/A – protocolizou junto a Gerência de Compensação Ambiental do IEF – DIAP/SEDE, entre os meses de maio a outubro de 2012, propostas de Compensação Florestal, todas contidas em Projetos Executivos de Compensação Florestal vinculados ao Licenciamento Ambiental das seguintes estruturas / etapas do empreendimento: Acesso a Cava/Britagem à Pilha de Estéril e Dique de Contenção, além de Projetos Executivos vinculados às Fases I e II do empreendimento (Processo Nº 00472/2007/004/2009).

Ainda em maio de 2012 o empreendedor protocolizou no SISEMA Jequitinhonha sua proposta de Compensação Florestal em decorrência da instalação da estrutura: Linha de Transmissão SE Itabira 2 – SE Principal Conceição do Mato Dentro (Processo Nº 11807/2007/002/2011). Em abril de 2013, todos os Projetos acima citados, relativos à Compensação Florestal foram redirecionados para gestão junto ao Escritório Regional de Florestas e Biodiversidade Alto Jequitinhonha do IEF, sediado em Diamantina / MG.

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Tendo em vista a publicação da Portaria IEF Nº 99, de 04 de julho de 2013, que estabelece procedimentos, tanto para a análise, bem como quanto às formas de cumprimento da compensação florestal por intervenção no Bioma Mata Atlântica, além de instruir, por analogia, outras providências e obrigações técnicas e administrativas, todas em consonância com a Legislação Federal e Estadual vigentes, o empreendedor protocolizou, entre os meses de agosto e setembro de 2013, na forma de Informações Complementares, diversos documentos e Projetos visando à adequação de suas propostas de Compensação Florestal.

3. Introdução:

O empreendimento em questão visa à extração de minério de ferro em lavra a céu aberto, e ao posterior beneficiamento com flotação. O minério a ser produzido na mina (ROM) corresponde a uma produção anual de 56 Mtpa (milhões de toneladas por ano), com um teor médio de 41,22% de ferro, sendo necessária a geração de 68,5 Mtpa de estéril lavrado, representando uma relação estéril/minério da ordem de 1,21:1,00.

A empresa já obteve a Licença Prévia concedida pelo Conselho de Política Ambiental do Estado de Minas Gerais - COPAM, em reunião realizada no dia 12/12/2008; Licença de Instalação – Fase I em reunião realizada em 17/12/2009; Licença de Instalação Fase II na reunião realizada em 09/12/2010 na URC/Jequitinhonha e Licença de Instalação Linha de Transmissão SE Itabira 2 – SE Principal Conceição do Mato Dentro em reunião ocorrida em 15/03/2012, todas com condicionantes relacionadas ao cumprimento da Compensação Florestal, tendo em vista que a instalação das estruturas licenciadas implicaria na supressão de remanescentes da Mata Atlântica, intervenções em Áreas de Preservação Permanente, além do abate de espécies protegidas.

Vale ressaltar que a estrutura “Acesso a Cava / Britagem à Pilha de Estéril e Dique de Contenção” foi regularizada mediante deliberação ao “Adendo a Licença de Instalação: Alteração de Projeto com Supressão de Vegetação”, adendo indexado a Fase II do Processo de Licenciamento, deliberação ocorrida na 54ª Reunião Ordinária da URC/Jequitinhonha, ocorrida em 09/06/2011.

Necessário se fez, portanto aferir em campo quanto à pertinência das propostas de Compensação Florestal apresentadas pelo empreendedor.

No ato das vistorias de campo, já no contexto do Processo de Compensação Florestal, em virtude da prévia obtenção das Licenças de Instalação verificou-se que as supressões autorizadas já haviam sido concluídas ou inicializadas.

Desta forma, assume-se a veracidade da caracterização e quantificação das áreas intervindas no contexto das Licenças Ambientais de Instalação concedidas, atos administrativos devidamente embasados por todas as aferições e análises contidas nos respectivos Pareceres Únicos emitidos pela equipe analista da SUPRAM JEQ a que se refere o Processo em questão.

Admitido, portanto, como ponto pacificado, a condição de uso do solo das áreas anteriormente às intervenções / supressões, resta, para fins de emissão de parecer

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conclusivo quanto às propostas de Compensação Florestal, ater-se no presente Parecer Técnico quanto aos seguintes aspectos: conformidade do uso do solo atual das áreas propostas em relação àquele informado nas Cartas Georreferenciadas anexas aos Projetos Executivos; verificar e analisar quanto à pertinência da Técnica de Compensação / Especificações Técnicas propostas para cada caso.

Em suma, o presente Parecer tem como objetivo primordial, mediante aferições de campo, apresentar de forma conclusiva, a análise e avaliação das propostas dos Projetos Executivos de Compensação Florestal, de forma instruir e subsidiar a instância decisória competente quanto à viabilidade e pertinência técnica e legal da implantação das prescrições contidas nos Projetos Executivos apresentados.

4. Da Metodologia:

Vencida a fase de análise quantitativa que concluiu pela viabilidade da formalização do Processo de Compensação Florestal, cujo detalhamento está contido abaixo no item “7. Controle Processual / Análise Jurídica”, necessário se fez estabelecer as formas pelas quais seriam efetuadas as verificações de campo, ou seja, estabelecer a metodologia a fim de analisar os aspectos qualitativos contidos nos Projetos Executivos / Termos de Referências. Tendo em vista a complexidade inerente ao Processo, principalmente quanto aos aspectos: extensão territorial, topografia, dificuldade de acessibilidade e diversidade dos usos do solo e das modalidades de compensação propostas, adotamos, como metodologia para a efetivação das campanhas de campo para análise local das propostas apresentadas, aleatorizar pontos de verificação.

Vale ressaltar que o Processo de Compensação Florestal em questão contém 04 Projetos Executivos / Termos de Referências que abrangem as seguintes técnicas de compensação: Conservação (03 locais propostos), Conservação e Manejo (16 locais propostos), Manejo/Enriquecimento (03 locais propostos), Enriquecimento (06 locais propostos), Plantio/Enriquecimento (03 locais propostos), Plantio (05 locais propostos), ou seja, totaliza 36 locais ou áreas para implantação das Técnicas / Modalidades de Compensação.

Vale ressaltar ainda que as áreas acima citadas estão localizadas em 09 imóveis rurais, sendo eles: Fazendas Samambaia, Solidão, Tambú, Rio do Peixe, Quitungo, Estiva e Diamante, além de duas áreas, sendo uma delas localizada no interior do Monumento Natural Municipal Serra da Ferrugem e a outra no Parque Estadual Serra do Intendente.

Merece relato que, apesar da diversidade metodológica de compensação florestal proposta, os Termos de Referência apresentados prevêem, ao final do processo, alcançar o cumprimento da Compensação Florestal nas modalidades: Conservação mediante constituição de RPPN’s e Conservação mediante doação ao órgão gestor de área localizada no interior de Unidade de Conservação.

A síntese das áreas de intervenção e área proposta para Compensação Florestal, por estrutura licenciada, extraída dos Projetos Executivos, é apresentada no Quadro 1 abaixo:

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Quantitativo geral das áreas que serão destinadas à Compensação Florestal da instalação da LT SE Itabira 2 ESTRUT URA TIPO DE INTERVENÇ ÃO ÁREA DE INTERVEN ÇÃO FISIONO MIA DE COMPE NSAÇÃ O ÁREA DE COMPENSAÇÃO PROPRIEDA DE COMPENSAÇ ÃO TÉCNICA DE COMPENSAÇ ÃO Fora de APP Em APP LT SE Itabira 2 FESD_A 0, 969

FESD_M 39, 684 0 Rio do Peixe Conservação e Manejo

FESD_M 18, 873

CAND 3, 699 Candeal 7, 404 0 Quitungo Conservação e Manejo

APP (Todas as

fisionomias )

42, 657

FESD_M 19, 296 0 Rio do Peixe Conservação e Manejo

FESD_I 50, 008 97, 751 Rio do Peixe Enriqueciment o

Área

brejosa 2, 981 0, 65 Rio do Peixe

Conservação e Manejo Subtotal 66, 198 - 217, 774 - - Supressão de espécies protegidas

43, 2341 43, 514 Rio do Peixe Plantio/enrique cimento

TOTAL 109, 4322 261, 288 - -

Estimativa, em área, de acordo com o total de indivíduos encontrados e estimado durante o inventário florestal, com reposição na proporção 20:1 para o gênero tabebuia e 10:1 para as ameaçadas de extinção.

2

Refere-se ao cálculo de intervenção a ser compensado, corrigido com a inclusão da fitofisionomia candeal, corrigindo a proporção para 2:1.

Quantitativo geral das áreas que serão destinadas à Compensação Florestal da instalação do Acesso e Dique

TIPO DE INTERVENÇÃO ÁREA DE INTERV ENÇÃO FISIONOMIA DE COMPENSAÇÃO ÁREA DE COMPENSA ÇÃO PROPRIEDADE COMPENSAÇÃO TÉCNICA DE COMPENSAÇ ÃO FESD Avançado 0, 8053

FESD Médio 50,7951 Fazenda Estiva

Manejo e Conservação

FESD Médio 24,5880 Manejo e

Conservação

Quadro 1: Síntese das áreas de intervenção e área proposta para Compensação Florestal, por estrutura licenciada

(5)

FESD Inicial 22,9876 FESD Inicial 36,0789 Fazenda Estiva Manejo e Enriqueciment o 10,0376 Fazenda Tambú Manejo e Enriqueciment o Candeal 5,0251 Candeal 10,0506 Fazenda Tambú Manejo e

Conservação

Sub total 53,4060 --- 106,9622 --- ---

APP (Todas as

fisionomias ) 17,8303

FESD Médio 3,551 Fazenda Estiva

Manejo e Enriqueciment

o FESD Inicial 8,5820 Fazenda Estiva Enriqueciment

o e Plantio Candeal 0,9225 Fazenda Tambú Manejo e

Conservação Pasto Sujo 3,7059 Fazenda Estiva Enriqueciment o e Plantio Área brejosa 1,1331 Fazenda Estiva Manejo e

Conservação Subtotal 17,8303 --- 17,8946 --- --- Espécies ameaçadas de extinção ---

Pasto Sujo 13,5306 Fazenda Estiva Plantio Pasto Sujo 2,1832 Fazenda Tambú Plantio Pastagem 0,3660 Fazenda Tambú Plantio

Sub total --- --- 16,0798 --- ---

71,2363 140,9366 - -

Quantitativo geral das áreas que serão destinadas à Compensação Florestal da instalação da Fase I do Complexo Minerário

USO DO SOLO INTERVIN DO ÁREA A COMPENSA R* (ha) FISIONO MIA DE COMPEN SAÇÃO ÁREA DE COMPENSAÇÃO (ha) PROPRIEDA DE DE COMPENSA ÇÃO TÉCNICA DE COMPENSAÇÃO Em APP (ha) Fora de APP(ha)

Compensação por intervenção em Mata Atlântica (Compensação 2:1)

FESD_M 95,18 FESD_M 39,952 55,228 Rio do Peixe Conservação e Manejo Candeal 42,76 FESD_M 0,000 7,381 Rio do Peixe 5,249 30,126 Quitungo Conservação e Manejo Campo Rupestre 31,96 Campo Rupestre 0,170 4,980 Samambaia Conservação e Manejo 0,000 23,310 Solidão Conservação e Manejo Candeal 0,000 3,510 Sub-total 169,90 - 45,371 124,535 -

(6)

FESD_I 29,82

FESD_I 0,005 48,594 Quitungo Enriquecimento** Uso

antrópico 18,77

Sub-total 48,59 - 0,005 48,594 -

Compensação por supressão de espécies protegidas Espécies

imunes de corte

-

FESD_I - 19,979 Quitungo Enriquecimento** Espécies ameaçadas de extinção - Sub-total - - - 19,979 - Total Geral 218,49 - 45,376 193,108

*Segundo o Parecer Único no 002/2009 do SISEMA; ** Enriquecimento com as espécies protegidas

Quantitativo geral das áreas que serão destinadas à Compensação Florestal da instalação da Fase II do Complexo Minerário

USO DO SOLO INTERVINDO ÁREA A COMPENS AR (ha) LOCAL DE COMPENS AÇÃO ÁREA DE COMPENSAÇÃO (ha) PROPRIED ADE DE COMPENS AÇÃO TÉCNICAS DE COMPENSAÇÃO Em APP Fora de APP

Compensação por intervenção em Mata Atlântica (Compensação 2:1)

FESDM 143,26 ha FESDM 101,083 42,089 Rio Do

Peixe Conservação e Manejo Candeal 97,02 ha

FESDM 3,960 6,722

Quitungo

Conservação e Manejo

FESDI - 58,584 Enriquecimento*

Candeal 0,994 26,760 Conservação e Manejo Sub-total 240,28 ha - 106,037 134,254 - -

Compensação por intervenção em APP (Compensação 1:1)

FESDI 49,82 ha FESDI 37,817 12,003 Quitungo

Enriquecimento** FESDI sem rendimento lenhoso 3,72 há FESDI - 3,721 Rio do Peixe Uso antrópico 60,61 ha FESDI - 54,219 - 3,629 Quitungo Pasto sujo 2,520 - Plantio Pasto limpo 0,242 - Sub-total 114, 15 ha - 40,579 73,572 -

Compensação por supressão de espécies protegidas

Árvores isoladas 99,891 ha Pasto sujo - 4,541 Quitungo Plantio Pasto limpo - 2,526

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FESDI - 157,304 Rio do Peixe Enriquecimento** Espécies imunes de corte 4,29 há - Espécies ameaçadas de extinção 52,938 ha - Sub-total 157,119 ha - - 164,371 - Total Geral 511,549 ha - 146,616 372,197 -

A fim de aleatorizar os pontos de verificação, lançamos mão das Cartas Imagens e de Uso do Solo Georreferenciadas indexadas aos Projetos Executivos.

Foram aleatorizados, e visitados, um total de 27 pontos de verificação, assim distribuídos: 03 locais propostos para Conservação (100% das áreas propostas), 12 locais propostos para Conservação e Manejo (75% das áreas propostas), 01 local proposto para Manejo/Enriquecimento (33,33% das áreas propostas), 06 locais propostos para Enriquecimento (100% das áreas propostas), 02 locais propostos para Plantio/Enriquecimento (66,66% das áreas propostas) e 03 locais propostos para Plantio (60% das áreas propostas). Em suma, dos 36 locais ou áreas para implantação das Técnicas de Compensação propostas foram visitados 27 deles, correspondentes a 75% das áreas, conforme demonstra o Quadro 2 abaixo:

Quadro 2: Identificação dos Locais Aleatorizados (Pontos de Verificação) PONTO

COORD. PLANA UTM TÉCNICAS DE

COMPENSAÇÃO IMÓVEL

E N

1 687107 7898686 Cons. e Manejo Rio do Peixe 2 689675 7897718 Pl. / Enriq. Rio do Peixe 3 687950 7897750 Cons. e Manejo Rio do Peixe 4 689358 7897936 Cons. e Manejo Rio do Peixe 5 690050 7897550 Enriquecimento Rio do Peixe 6 688305 7896810 Enriquecimento Rio do Peixe

7 655254 7902378 Manejo e Enriq. Tambú

8 654818 7902774 Plantio Tambú

9 660240 7907730 Cons. e Manejo Samambaia

10 676787 7910959 Cons. e Manejo Estiva

11 676664 7911003 Plantio Estiva

12 676357 7911504 Enriquecimento Estiva

13 655290 7902510 Cons. e Manejo Tambú

14 655330 7902410 Enriquecimento Tambú

15 659977 7906515 Cons. e Manejo Solidão

16 660548 7907240 Cons. e Manejo Solidão

17 660668 7906556 Cons. e Manejo Solidão

18 668786 7927629 Cons. e Manejo Quitungo

19 668787 7927628 Cons. e Manejo Quitungo

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21 667021 7929080 Plantio Quitungo

22 666925 7928272 Pl. / Enriq. Quitungo

23 667010 7929323 Cons. e Manejo Quitungo

24 668346 7928119 Enriquecimento Quitungo

25 661590 7901894 Conservação Diamante

26 668723 7898275 Conservação MN Ser Ferrug. 27 642545 7899584 Conservação PES Intendente

4.1 Da Distribuição Espacial dos Pontos de Verificação:

Constituiu ainda como metodologia para as análises dos aspectos qualitativos das propostas, fazer uso de unidade GPS de Navegação para alcançar os pontos de verificação aleatorizados.

Alcançados os pontos de verificação, cuja distribuição espacial é demonstrada nas Figuras 1 a 09 em anexo (distribuição em arquivo Trakmaker e em imagens Google), as análises ali efetuadas procuraram aferir os seguintes aspectos: conformidade do uso do solo atual em relação àquele informado nas Cartas Georreferenciadas anexas aos Projetos Executivos; verificar e analisar quanto à pertinência das Técnicas de Compensação / Especificações Técnicas propostas para cada o local, caso a caso.

Figura 1: Distribuição Espacial dos Pontos de Verificação Demonstrados em Arquivo Trackmaker PRO

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Figuras 2 a 9: Distribuição Espacial dos Pontos de Verificação Demonstrados em Imagens Google

Distribuição dos Pontos de Verificação na Fazenda Rio do Peixe

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Distribuição dos Pontos de Verificação nas Fazendas Samambaia e Solidão

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Distribuição dos Pontos de Verificação na Fazenda Quitungo

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Localização do Ponto de Verificação no Monumento Natural Municipal Serra da Ferrugem

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5. Da Vistoria Técnica:

De posse dos Projetos Executivos de Compensação Florestal procedeu-se, nos dias 06, 07 e 08/11/2013 às vistorias técnicas nos 27 locais georreferenciados a fim de verificar a pertinência das prescrições técnicas com a realidade de campo.

Aspectos das áreas vistoriadas podem ser visualizados nos Registros Fotográficos que seguem no Anexo I do presente parecer.

As informações relativas às verificações de campo quanto à conformidade do uso do solo em relação à caracterização apresentada nos Projetos Executivos, bem como a síntese da análise dos métodos propostos para o cumprimento da Compensação Florestal estão apresentadas no Quadro 3 abaixo:

Quadro 3: Das Aferições de Campo dos Pontos de Verificação

PONTO USO DO SOLO NA CARTA GEORREFEREN CIADA USO DO SOLO “IN LOCU” TÉCNICA DE COMPENSAÇÃO PROPOSTA ANÁLISE SUSCINTA DA TÉCNICA DE COMPENSAÇÃO PROPOSTA

1 FESD MEDIO IDEM Cons. e Manejo Adequada

2 PASTAGEM IDEM Pl. / Enriq. Adequada

3 FESD MEDIO IDEM Cons. e Manejo Adequada 4 FESD MEDIO IDEM Cons. e Manejo Adequada 5 FESD INICIAL IDEM Enriquecimento Adequada 6 FESD INICIAL IDEM Enriquecimento Adequada 7 FESD INICIAL IDEM Manejo e Enriq. Adequada

8 PASTO SUJO IDEM Plantio Adequada

9 C. RUPESTRE IDEM Cons. e Manejo Adequada 10 FESD MEDIO IDEM Cons. e Manejo Adequada

11 PASTO SUJO IDEM Plantio Adequada

12 FESD INICIAL IDEM Enriquecimento Adequada

13 CANDEAL IDEM Cons. e Manejo Adequada

14 FESD INICIAL IDEM Enriquecimento Adequada

15 CANDEAL IDEM Cons. e Manejo Adequada

16 C. RUPESTRE IDEM Cons. e Manejo Adequada 17 C. RUPESTRE IDEM Cons. e Manejo Adequada 18 FESD MEDIO IDEM Cons. e Manejo Adequada 19 FESD INICIAL IDEM Cons. e Manejo Adequada 20 FESD INICIAL IDEM Enriquecimento Adequada

21 PASTO SUJO IDEM Plantio Adequada

22 FESD INICIAL IDEM Pl. / Enriq. Adequada

23 CANDEAL IDEM Cons. e Manejo Adequada

24 FESD INICIAL IDEM Enriquecimento Adequada

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26 C. RUPESTRE IDEM Conservação Adequada

27 C. RUPESTRE IDEM Conservação Adequada

GLOSSÁRIO:

FESD MEDIO = Floresta Estacional Semi Decidual em Estágio Médio de Regeneração. PASTAGEM = Pastagem limpa.

FESD INICIAL = Floresta Estacional Semi Decidual em Estágio Inicial de Regeneração. PASTO SUJO = Área de pastagem com presença significativa de pioneiras.

CANDEAL = Área com predominância da espécie Eremanthus spp.

C. RUPESTRE = Área campestre com afloramento rochoso e presença de espécies indicadoras.

6. Analise Crítica das Técnicas de Compensação Florestal Propostas - Premissas:

6.1 Da Equivalência em Extensão Territorial pela Supressão de Remanescentes da Mata Atlântica e em Áreas de Preservação Permanente:

Tendo em vista que as Legislações Florestais vigentes consolidaram, para fins de cumprimento da Compensação Florestal, os princípios das equivalências em extensão territorial e ambiental, além do aspecto locacional, necessário se fez verificar se os Projetos Executivos apresentados atendiam àqueles princípios.

A título de exemplificação, dos diversos dispositivos legais atinentes à matéria, segue reproduzido abaixo o disposto no inciso I, do artigo 26 do Decreto Federal nº 6660/08, que regulamenta a Lei Federal nº 11428/06 (Lei da Mata Atlântica).

“I - destinar área equivalente à extensão da área desmatada, para conservação, com as mesmas características ecológicas, na mesma bacia hidrográfica, sempre que possível na mesma microbacia hidrográfica e, nos casos previstos nos arts. 30 e 31 da Lei no 11.428, de 2006, em áreas localizadas no mesmo Município ou região metropolitana...”

Merece destaque ainda o disposto no parágrafo único, do artigo 27 do mesmo Decreto Federal:

“Parágrafo único. O órgão ambiental competente promoverá vistoria prévia na área destinada à compensação para avaliar e atestar que as características ecológicas e a extensão da área são equivalentes àquelas da área desmatada.”

Não menos importante necessário se fez verificar a observância pelos Projetos apresentados ao disposto na Legislação no que se refere às obrigações necessariamente assumidas por supressões e/ou intervenções em Áreas de Preservação Permanente.

Neste aspecto, sintetizando a norma vigente, segue reproduzido abaixo o disposto na Resolução CONAMA Nº 369/06:

“Art. 5 O órgão ambiental competente estabelecerá, previamente à emissão da autorização para a intervenção ou supressão de vegetação em APP, as medidas ecológicas, de caráter

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mitigador e compensatório, previstas no § 4º do art. 4º da Lei n o 4.771, de 1965, que deverão ser adotadas pelo requerente.”

(...)

§ 2º - As medidas de caráter compensatório de que trata este artigo consistem na efetiva recuperação ou recomposição de APP e deverão ocorrer na mesma sub-bacia hidrográfica e prioritariamente:

I – na área de influência do empreendimento ou II – nas cabeceiras dos rios.

Não é difícil admitir, dada a complexidade do Processo em questão, que para a verificação técnica do cumprimento do princípio da equivalência em extensão territorial, tendo em vista o conforto dos pareceres ulteriores já exarados pelo órgão ambiental estadual competente, sem perder de vista a responsabilidade técnica pela elaboração de Projetos oferecida ao Poder Público, à opção pela análise técnica embasada pela utilização das informações contidas nos próprios Projetos Executivos.

A análise destas informações permitiu tabular os dados, conforme planilhas que seguem abaixo, de forma a concluir quanto ao atendimento da equivalência territorial.

(16)

Os dados acima nos permitem chegar às seguintes conclusões:

As tabelas demonstram consistências nos Projetos Executivos apresentados pelo empreendedor no que se refere ao quantitativo das áreas delimitadas para fins de promoção

(17)

da Compensação Florestal por supressões ou intervenções no Bioma Mata Atlântica e em seus ecossistemas associados, bem como pelas intervenções em Áreas de Preservação Permanente.

O empreendedor afirma em todos os Projetos, quanto ao aspecto de equivalência em extensão territorial de intervenção no Bioma Mata Atlântica, a adoção do critério de proporcionalidade previsto na DN COPAM N 073/04, que prevê para cada hectare de supressão a Compensação Florestal em dobro.

No caso das intervenções em Áreas de Preservação Permanente o critério de proporcionalidade é de 1:1, atendendo o que dispõe os diversos dispositivos legais vigentes. A consistência dos Projetos Executivos apresentados, quanto ao princípio da equivalência em extensão territorial, fica demonstrada e caracterizada, conforme resumo construído com os dados consolidados nas tabelas acima:

Totalização das Áreas Suprimidas no Bioma Mata Atlântica = 317,022 hectares Totalização das Áreas Necessárias ao Cumprimento da Compensação Florestal

(critério 2:1) = 634,044 hectares

Totalização das Áreas Propostas para Compensação Florestal = 634,1097 hectares (considerando adoção da Opção 1 em decorrência da supressão de Campo Rupestre ocorrida na Fase II do empreendimento);

= 651,6087 hectares (considerando adoção da Opção 2 em decorrência da supressão de Campo Rupestre ocorrida na Fase II do empreendimento);

= 651,6107 hectares (considerando adoção da Opção 3 em decorrência da supressão de Campo Rupestre ocorrida na Fase II do empreendimento).

Totalização das Intervenções em APP’s = 351,2563 hectares

Totalização das Áreas Necessárias ao Cumprimento da Compensação Florestal (critério 1:1) = 351,2563 hectares

Totalização das Áreas Propostas para Compensação Florestal = 351,3305 hectares

Conclui-se, portanto que fica caracterizado o atendimento da equivalência territorial quando considerado os quantitativos globais de áreas propostas para compensação, ou seja, quando se considera o quantitativo de áreas propostas para compensação em decorrência de supressões no Bioma Mata Atlântica e por intervenções em Áreas de Preservação Permanente.

Todavia há que se considerar e refletir quando considerados os quantitativos específicos, conforme demonstram os Quadros 4 a 7 que seguem abaixo:

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Quadro 4: Comparativo das Áreas Intervindas em Relação as Áreas Propostas para Compensação (Áreas e Tipologias) em Decorrência da Instalação da LT

Tipologia e Quantitativo da Área

Intervinda

Tipologia e Quantitativo da Área Proposta

para Compensação

0,969 hectares em FESD AVANÇADO A área de compensação está contida em uma área de 39,684 hectares de FESD MÉDIO 18,873 hectares em FESD MÉDIO A área de compensação está contida em uma

área de 39,684 hectares de FESD MÉDIO Não houve intervenção em FESD INICIAL -

3,699 hectares em CANDEAL 7,404 hectares em CANDEAL Não houve intervenção em C. RUPESTRE -

42,657 hectares em APP A área de compensação está contida em uma área total de 170,686 hectares, sendo 72,285 hectares fora de APP e 98,401 hectares em

APP

Quadro 5: Comparativo das Áreas Intervindas em Relação as Áreas Propostas para Compensação (Áreas e Tipologias) em Decorrência da Instalação dos Acessos

Tipologia e Quantitativo da Área

Intervinda

Tipologia e Quantitativo da Área Proposta

para Compensação

0,8053 hectares em FESD AVANÇADO A área de compensação está contida em uma área de 50,7951 hectares de FESD MÉDIO 24,5880 hectares em FESD MÉDIO A área de compensação está contida em uma

área de 50,7951 hectares de FESD MÉDIO 22,9876 hectares em FESD INICIAL A área de compensação está contida em uma

área de 46,1165 hectares de FESD INICIAL 5,0251 hectares em CANDEAL A área de compensação está contida em uma

área de 10,0506 hectares de CANDEAL Não houve intervenção em C. RUPESTRE -

17,8303 hectares em APP A área de compensação está localizada em 16,3152 hectares em APP e 1,5795 hectares

(19)

Quadro 6: Comparativo das Áreas Intervindas em Relação as Áreas Propostas para Compensação (Áreas e Tipologias) em Decorrência da Instalação das Estruturas da FASE I

Tipologia e Quantitativo da Área

Intervinda

Tipologia e Quantitativo da Área Proposta

para Compensação Não houve intervenção em FESD

AVANÇADO

-

47,59 hectares em FESD MÉDIO A área de compensação está contida em uma área de 95,18 hectares de FESD MÉDIO Não houve intervenção em FESD INICIAL -

42,76 hectares em CANDEAL 42,76 hectares em FESD MÉDIO 31,96 hectares em C. RUPESTRE A área de compensação está contida em uma

área de 28,46 hectares de C. RUPESTRE e em 3,51 hectares de CANDEAL 48,59 hectares em APP A área de compensação está localizada em

0,005 hectares em APP e 48,585 hectares fora de APP

Quadro 7: Comparativo das Áreas Intervindas em Relação as Áreas Propostas para Compensação (Áreas e Tipologias) em Decorrência da Instalação das Estruturas da FASE II

Tipologia e Quantitativo da Área

Intervinda

Tipologia e Quantitativo da Área Proposta

para Compensação Não houve intervenção em FESD

AVANÇADO

-

71,63 hectares em FESD MÉDIO A área de compensação está contida em uma área de 143,172 hectares de FESD

MÉDIO Não houve intervenção em FESD INICIAL -

48,51 hectares em CANDEAL A área de compensação está localizada em uma área de 58,534 hectares de FESD INICIAL, 10,682 hectares em FESD MÉDIO

e em 27,754 hectares de CANDEAL 69,98 hectares em C. RUPESTRE A área de compensação está localizada em

uma área de 69,98 hectares de C. RUPESTRE

114,15 hectares em APP A área de compensação está localizada em 40,579 hectares em APP e 73,572 hectares

fora de APP

Constata-se, portanto que em algumas situações não há correlação exata quando se avalia a relação “TIPOLOGIA INTERVINDA X ÁREA PROPOSTA PARA COMPENSAÇÃO”.

(20)

O empreendedor justifica esta situação visando evitar a ocorrência de fragmentações e a efetivação de compensações em áreas pequenas, praticamente insignificantes em relação à área total a ser compensada; possibilitar, quando considerado o cumprimento de outras compensações, cujos Processos estão em curso e que ocorrerão nos mesmos imóveis e em áreas contíguas às áreas que estão em análise, possibilitar a formação de um mosaico contínuo de áreas protegidas, ou seja, possibilitar a formação de compartimentos de proteção com menor índice de fragmentação.

Fato é, como será demonstrado mais adiante, que o cumprimento da Compensação Florestal como está proposta se dará mediante a constituição de RPPN’s e doação de área no interior de Unidade de Conservação, ou seja, a área global de compensação terá o mesmo caráter e tratamento jurídico de Unidades de Conservação.

As propostas de Compensação Florestal expressas nos Projetos Executivos apresentados pelo empreendedor criam à obrigação e condições para a garantia em se preservar áreas contíguas de mesma fitofisionomia e com maior extensão territorial, com conseqüente redução do efeito de borda.

Em resumo, as propostas apresentadas, tendo em vista objetivar a preservação em máxima extensão territorial, certamente acarretarão: redução da fragmentação e, consequentemente, na garantia de manutenção e incremento na conectividade entre remanescentes da vegetação nativa e, desta forma, potencializando os efeitos protetivos aos recursos hídricos e os efeitos benéficos sobre a fauna e flora local.

Conclui-se, portanto, além da constatação do cumprimento do princípio da equivalência territorial quando considerada a área global a ser compensada, que a proposta constitui, em última análise, situação de custo / benefício ambiental positivo.

Não obstante o ganho ambiental já demonstrado quando consideradas as propostas de Compensação Florestal propostas; muito embora a constatação da não correlação exata “TIPOLOGIA INTERVINDA X ÁREA PROPOSTA PARA COMPENSAÇÃO”, merece reflexão o que demonstra o Quadro x abaixo, donde se conclui que: 56% das espécies indicadoras do Estágio Médio, também ocorrem no Estágio Avançado, quando considerado o disposto na DN COPAM nº 073/04.

Vale ressaltar que a RESOLUÇÃO CONAMA Nº 392/07 não faz distinção quanto às espécies indicadoras encontradas nos dois estágios sucessinais.

Desta forma, conclui a equipe analista que há significativa semelhança na distribuição florística nos dois estágios sucessionais que aliada às demais caracterizações expressas no Quadro 8, também demonstram significativas semelhanças nos Processos Biológicos ocorrendo nos dois estágios, ou seja, demonstra significativa semelhança nas suas características ecológicas.

(21)

6.2 Da Equivalência Ambiental pela Supressão de Remanescentes da Mata Atlântica e em Áreas de Preservação Permanente:

Desnecessário se faz discorrer quanto às imposições legais a respeito deste princípio, tendo em vista que os comentários contidos no item 6.1 já tratam desta questão.

É razoável assumir, como já foi exposto na introdução do presente Parecer Técnico que a caracterização do uso do solo nas áreas onde ocorreram intervenções ou supressões da vegetação para instalação das estruturas licenciadas é aquela declarada, em diversos momentos, nos Projetos Executivos apresentados, informações estas consideradas verdadeiras tendo em vista o respaldo dado, não só por pareceres técnicos oficiais já exarados, mas também pela própria Responsabilidade Técnica pela elaboração dos Projetos. Desta forma, quanto à equivalência ambiental resta atestar se as áreas propostas para a adoção das prescrições técnicas necessárias ao cumprimento da Compensação Florestal estão, de fato, ocupadas com a vegetação nativa ou com o uso do solo também informados nos Projetos Executivos.

Neste aspecto, a equivalência ambiental ficou caracterizada, conforme demonstrado logo acima, no Quadro 3, que compõe o item 5. Da Vistoria Técnica, do presente Parecer Técnico.

6.3 Da Conformidade Locacional das Áreas Propostas ao Cumprimento da Compensação Florestal em Decorrência da Supressão de Remanescentes da Mata Atlântica e em Áreas de Preservação Permanente:

(22)

Outra questão legal afeta ao Processo é a imposição de que as Compensações Florestais ocorram na mesma Bacia Hidrográfica, de preferência, na mesma Micro Bacia Hidrográfica onde ocorreram intervenções em ecossistemas especialmente protegidos.

Vale ressaltar, conforme informado nos diversos Pareceres Únicos indexados aos Processos de Licenciamento Ambiental do empreendimento em questão, que todas as estruturas licenciadas estão localizadas na Bacia do Rio Doce, em suas Sub Bacias Hidrográficas do Rio Santo Antônio e Rio do Peixe.

A comprovação técnica desta condição está demonstrada na Figura 10 abaixo na qual se pode constatar que os imóveis rurais apontados nos Projetos Executivos para a implantação das prescrições visando o cumprimento da Compensação Florestal estão todos localizados na Bacia do Rio Doce.

LEGENDA

Delimitação da Bacia Hidrográfica do Rio Doce

Delimitação dos Imóveis Rurais de implantação dos Projetos Executivos

Delimitação das Unidades de Conservação de implantação dos Projetos Executivos Novo Limite do Bioma Mata Atlântica – Mapa de Vegetação do IBGE

6.4. Da Equivalência Territorial, Ambiental e de Conformidade Locacional pelo Abate de Espécies Protegidas / Imunes de Corte / Ameaçadas de Extinção / Árvores Isoladas: 6.4.1. Da Equivalência em Extensão Territorial:

(23)

Sem perder de vista o princípio da analogia, necessário se faz discorrer também quanto à equivalência em extensão territorial, pelo abate de Espécies Protegidas, Imunes de Corte, Ameaçadas de Extinção e de Árvores Isoladas.

O Quadro 9 abaixo demonstra dados e informações extraídas dos Projetos Executivos apresentados pelo empreendedor, de forma possibilitar análises visando concluir quanto à pertinência das propostas apresentadas quanto ao atendimento técnico e legal ao cumprimento do princípio da Equivalência Territorial.

Quadro 9: Equivalência Territorial pelo Abate de Espécies Protegidas / Imunes de Corte / Ameaçadas de Extinção / Árvores Isoladas

Estrutura Licenciada Tipologia Suprimida Critérios de Compensação Área Necessária (Ha) Área Prevista No Projeto Executivo (Ha) LT Euterpe edulis Mart. (1.438 indivíduos inventariados) Melanoxylon brauna Schott (47 indivíduos inventariados) Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth. (761 indivíduos inventariados) Gênero Tabebuia* (3.158 indivíduos inventariados)

20 mudas para cada

indivíduo abatido (9,0 m2 p/ cada muda)

20 mudas para cada

indivíduo abatido (9,0 m2 p/ cada muda)

20 mudas para cada

indivíduo abatido (9,0 m2 p/ cada muda)

01 muda para cada indivíduo abatido (9,0 m2 p/ cada muda) 43,2342 (Conforme PU nº 130414/11 – SUPRAM JEQ) 43,514 (Conforme Projeto Executivo de Compensação Florestal) Acessos Dalbergia nigra (1.373 indivíduos inventariados) Melanoxylon brauna (36 indivíduos inventariados) Ocotea odorífera (34 indivíduos inventariados)

20 mudas para cada

indivíduo abatido (9,0 m2 p/ cada muda)

20 mudas para cada

indivíduo abatido (9,0 m2 p/ cada muda)

20 mudas para cada

indivíduo abatido (9,0 m2 p/ cada muda) 16,0668 (Conforme PU nº 0385890/11 16,0798 (Conforme Projeto

(24)

Astronium

fraxinifolium (28 indivíduos

inventariados)

20 mudas para cada

indivíduo abatido (9,0 m2 p/ cada muda) e 0116673/13 – SUPRAM JEQ) Executivo de Compensação Florestal) Fase I Dalbergia nigra (1.046 indivíduos inventariados) Melanoxylon brauna (1.333 indivíduos inventariados) Astronium fraxinifolium (667 indivíduos inventariados) Brosimum glaziovii (96 indivíduos inventariados) Handroanthus ochraceus (286 indivíduos inventariados)

10 mudas para cada

indivíduo abatido (20,0 m2 p/ cada muda)

10 mudas para cada

indivíduo abatido (20,0 m2 p/ cada muda)

10 mudas para cada

indivíduo abatido (20,0 m2 p/ cada muda)

10 mudas para cada

indivíduo abatido (20,0 m2 p/ cada muda)

10 mudas para cada

indivíduo abatido (20,0 m2 p/ cada muda) 68,56 (Conforme PU nº 02/2009 – SUPRAM JEQ) 68,56 (Conforme Projeto Executivo de Compensação Florestal) Fase II Árvores Isoladas (2.511 indivíduos inventariados c/ altura superior a 5,0 m) Árvores Isoladas (10.550 indivíduos inventariados c/ altura inferior a 5,0 m) Tabebuia sp. (477indivíduos inventariados) Dalbergia nigra (4.504 indivíduos inventariados) Melanoxylon brauna (191 indivíduos inventariados)

40 mudas para cada

indivíduo abatido (9,0 m2 p/ cada muda)

10 mudas para cada

indivíduo abatido (9,0 m2 p/ cada muda)

10 mudas para cada

indivíduo abatido (9,0 m2 p/ cada muda)

10 mudas para cada

indivíduo abatido (9,0 m2 p/ cada muda)

10 mudas para cada

indivíduo abatido (9,0 m2 p/ cada muda) 157,119 (Conforme PU nº 757545/10 – SUPRAM JEQ) 157,304 (Conforme Projeto Executivo de Compensação Florestal)

(25)

Ocotea odorífera (95 indivíduos inventariados) Astronium fraxinifolium (1.092 indivíduos inventariados)

10 mudas para cada

indivíduo abatido (9,0 m2 p/ cada muda)

10 mudas para cada

indivíduo abatido (9,0 m2 p/ cada muda)

Portanto, os dados e informações relacionadas no quadro acima não deixam dúvidas quanto ao atendimento pelos Projetos Executivos apresentados da equivalência em extensão territorial em análise.

Vale ressaltar que os critérios de compensação estão em consonância com aqueles definidos nos Pareceres Únicos da SUPRAM JEQ, pareceres que estão indexados aos Processos que culminaram com a emissão dos Certificados de Licenciamento Ambiental de Instalação e de suas respectivas Autorizações de Intervenção Ambiental das fases do empreendimento de que tratam o presente parecer.

6.4.2. Da Equivalência Ambiental e de Conformidade Locacional:

Considerando que os imóveis rurais a serem utilizados para o cumprimento da Compensação Florestal pelo Abate de Espécies Protegidas / Imunes de Corte / Ameaçadas de Extinção / Árvores Isoladas, são os mesmos imóveis declarados para a implantação dos Métodos de Compensação pela supressão de vegetação da Mata Atlântica e/ou intervenções em Áreas de Preservação Permanente e, tendo em vista todo o disposto nos itens 6.2 e 6.3 do presente parecer, pode-se afirmar que a Equivalência Ambiental e a Conformidade Locacional, quanto aos aspectos ora em análise estão devidamente caracterizadas.

6.5. Considerações quanto às Prescrições Técnicas e Medidas Compensatórias Propostas:

6.5.1. Conservação:

Este método está proposto para o cumprimento da Compensação Florestal da Fase II do Processo de Licenciamento Ambiental de Instalação Nº 00472/2007/004/2009, mais especificamente por supressão de vegetação nativa de Campo Rupestre de ocorrência sobre Canga Ferruginosa.

A princípio, o cumprimento da Compensação Florestal mediante a adoção da “Modalidade Conservação”, somente será considerada atendida, em caso de constituição de RPPN, com a apresentação pelo empreendedor de comprovante de averbação do Termo de Compromisso perante o Cartório de Registro de Imóveis competente, constituição de Servidão Florestal, com a apresentação pelo empreendedor de comprovante de averbação à margem do Registro de Imóvel perante o Cartório de Registro de Imóveis competente, ou com a apresentação de comprovante de averbação da Escritura Pública de Doação de área localizada no interior de Unidade de Conservação.

(26)

Diferentemente de outras medidas propostas às quais os Projetos Executivos já definem as áreas e os imóveis rurais para a adoção das respectivas prescrições técnicas, neste caso, o empreendedor, conforme se verifica no Termo de Referência específico, faz menção a 03 áreas distintas, denominadas “Áreas de Interesse (Opções) 1, 2 e 3” e, ao mesmo tempo, deixa a cargo do IEF definir a área mais adequada para a adoção da Medida Compensatória. As três áreas foram visitadas, sendo que os locais vistoriados nelas contidos são identificados no presente Parecer Técnico como Pontos de Verificação 25, 26 e 27.

Todas elas estão, de fato, ocupadas por vegetação típica de Campo Rupestre, em condição primária ou em estágio avançado de regeneração. Desta forma, tanto a constituição de RPPN, da Servidão Florestal, quanto à doação de área no interior de Unidade de Conservação, são, a princípio, medidas adequadas para fins de cumprimento da Compensação Florestal na Modalidade de Conservação.

O Ponto de Verificação 25 está localizado em um imóvel rural particular, denominado Fazenda Diamante, sendo que, desta forma, só caberia nesta área, o cumprimento da compensação mediante a constituição de RPPN ou de Servidão Florestal.

Já os Pontos de Verificação 26 e 27 estão localizados, respectivamente, nas Unidades de Conservação denominadas: Monumento Natural Municipal Serra da Ferrugem e Parque Estadual Serra do Intendente.

Desta forma, estas duas localidades estão habilitadas para compor a Compensação Florestal mediante a doação de áreas localizadas no seu interior ao respectivo órgão gestor.

Consideradas, portanto, todas as três áreas de interesse habilitadas ao cumprimento da Compensação Florestal em questão, resta definir, sem perder de vista os princípios de equivalência territorial, ambiental e de conformidade locacional, aquela que demonstra custo/benefício ambiental mais relevante.

O atendimento ao princípio da equivalência em extensão territorial e de conformidade locacional já foi pacificado em momentos ulteriores do presente parecer, ou seja, as três áreas de interesse atendem aos dois aspectos.

Resta, portanto, discorrer e definir qual das áreas de interesse apontadas pelo empreendedor apresenta, de fato, equivalência ambiental em relação à vegetação suprimida.

A “Área de Interesse 3 (Opção 3)”, não está localizada no interior de Unidades de Conservação; está ocupada por vegetação de Campo Rupestre Quartizítico; apresenta, conforme estudos técnicos que compõem o Projeto Executivo, menor riqueza de espécies e menor similaridade em relação a área onde ocorreu a supressão de vegetação para a abertura da cava da mina, área esta anteriormente ocupada por Campo Rupestre Ferruginoso.

A “Área de Interesse 2 (Opção 2)”, onde está localizado o Ponto de Verificação 27, se constitui de uma gleba de terras situada no interior do Parque Estadual Serra do Intendente, ocupada por vegetação nativa de Campo Rupestre Quartizítico.

(27)

Das “Áreas de Interesse” apontadas pelo empreendedor é a que apresenta maior riqueza florística.

Todavia, o estudo apresentado no Projeto Executivo indica que esta área é a que apresenta menor índice de similaridade em relação à vegetação suprimida para a abertura da cava da mina, composta por Campo Rupestre Ferruginoso.

A “Área de Interesse 1 (Opção 1)” está localizada no interior do Monumento Natural Municipal Serra da Ferrugem, ocupada por Campo Rupestre Ferruginoso.

O estudo técnico apresentado no Projeto Executivo indica que esta área é a que apresenta maior índice de similaridade em relação à vegetação suprimida para a abertura da cava da mina.

Desta forma a Equipe Analista do IEF / ERAJ opina, de antemão, no caso específico do cumprimento da Compensação Florestal na Modalidade Conservação – mediante doação de área no interior de Unidade de Conservação, que o empreendedor adote as providências propostas para a aludida “Área de Interesse 1”.

6.5.2. Conservação e Manejo:

As prescrições técnicas afetas a esta medida estão propostas nos Projetos Executivos / Termos de Referências para serem implantadas em decorrência da supressão ou intervenções na vegetação nativa, em suas diversas tipologias, ocorridas nas seguintes fases do empreendimento: LT SE Itabira 2, Acessos, Fase I e Fase II.

As prescrições objetivam, nas áreas de implantação, a preservação, a conservação e o incremento da vegetação nativa, mediante a adoção das seguintes técnicas: formação de Corredores Ecológicos, cercamentos, abertura de aceiros, refinamento e retirada de espécies exóticas.

As prescrições técnicas acima relacionadas estão propostas para serem aplicadas nas seguintes tipologias vegetacionais: Floresta Estacional Semi Decidual em Estágio Médio de Regeneração, Campos Rupestres e em Candeais, donde se conclui pela pertinência e adequação das técnicas propostas.

6.5.3. Manejo / Enriquecimento:

A metodologia em questão está prevista para implantação em decorrência da supressão ou intervenções na vegetação nativa ocorrida em decorrência da instalação da estrutura denominada “Acesso cava/Pilha de Estéril e Dique de Contenção de Sedimentos”.

Prevê as mesmas prescrições e objetivos da metodologia “Conservação e Manejo”, porém, visando acelerar os processos naturais de regeneração natural, prevê também a introdução, nas áreas de implantação, de espécies definidas em estudos técnicos da composição florística das áreas a serem enriquecidas.

(28)

O Projeto Executivo / Termo de Referência propõe a adoção das prescrições técnicas acima relacionadas em áreas ocupadas por Floresta Estacional Semi Decidual em Estágio Inicial de Regeneração, donde se conclui pela pertinência e adequação das técnicas propostas.

6.5.4. Enriquecimento:

As prescrições técnicas afetas a esta medida estão propostas nos Projetos Executivos / Termos de Referências para serem implantadas em decorrência da supressão ou intervenções na vegetação nativa, em suas diversas tipologias, ocorridas nas seguintes fases do empreendimento: LT SE Itabira 2, Fase I e Fase II.

Os estudos técnicos se baseiam na premissa de que nos métodos de recuperação de áreas perturbadas é recomendado o emprego do enriquecimento, porém com o cuidado de que haja prescrições técnicas que garantam a devida variação na composição e na proporção das espécies a serem utilizadas, definição quanto à forma de distribuição e introdução das plantas no campo, além das formas de se minimizar a competição.

O Projeto Executivo / Termo de Referência propõe a adoção do enriquecimento em áreas ocupadas por Floresta Estacional Semi Decidual em Estágio Inicial de Regeneração, donde se conclui pela pertinência e adequação das técnicas propostas.

6.5.5. Plantio / Enriquecimento:

As prescrições técnicas afetas a esta medida estão propostas nos Projetos Executivos / Termos de Referências para serem implantadas em decorrência da supressão ou intervenções na vegetação nativa ocorridas nas seguintes fases do empreendimento: LT SE Itabira 2 e Acesso cava/Pilha de Estéril e Dique de Contenção de Sedimentos.

Não há variação significativa nas prescrições técnicas propostas para a metodologia de enriquecimento.

O Projeto Executivo / Termo de Referência propõe a adoção do plantio/enriquecimento em áreas ocupadas por Floresta Estacional Semi Decidual em Estágio Inicial de Regeneração e em áreas ocupadas por Pastagens, donde se conclui pela pertinência e adequação das técnicas propostas.

6.5.6. Plantio:

O plantio está previsto para utilização em áreas antropizadas em decorrência da instalação das seguintes estruturas do empreendimento: Acesso Cava/Pilha de Estéril e Dique de Contenção de Sedimentos e estruturas previstas na Fase II.

A utilização da metodologia é justificada nos Termos de Referência mediante a afirmativa de que a implantação florestal, com o emprego de espécies nativas da região, é a forma mais adequada de dar inicio ao processo de regeneração natural e de acelerar a sucessão vegetal em áreas antropizadas.

O Projeto Executivo / Termo de Referência propõe a adoção do plantio em áreas ocupadas por Pastagens, donde se conclui pela pertinência e adequação da técnica propostas.

(29)

Vale ressaltar que à exceção da proposta de cumprimento da Compensação Florestal na modalidade de “Conservação”, a adoção de todas as outras metodologias estão alicerçadas por Projetos Técnicos de Reconstituição da Flora – PTRF’s, indexados aos Projetos Executivos apresentados e que trazem o detalhamento das prescrições técnicas a serem empregadas.

Vale ressaltar ainda que os PTRF’s atendem de forma satisfatória à estruturação, ao detalhamento e prescrições técnicas previstos nos Termos de Referência adotados e observados pelo IEF para sua elaboração, em especial àquele que se encontra anexo a Deliberação Normativa do COPAM Nº 076/04.

Na verdade o que se depreende é que todo o disposto nos itens 6.5.2 a 6.5.6 enriquecidos pelos detalhamentos constantes nos Projetos Executivos, são na verdade prescrições de “Manejo Vegetacional” de forma dotar futuras RPPN’s de qualidade ambiental necessárias para justificar sua constituição.

Desta forma, mediante leitura atenta de todas as peças que compõem o Processo de Compensação Florestal em apreço, conclui-se que, de fato, a proposta visando o cumprimento da Compensação Florestal, em decorrência das supressões de vegetação ocorridas na fase em que o empreendimento em questão se encontra, se resume a duas formas previstas na Legislação Vigente, quais sejam:

1. Constituição de RPPN, com apresentação pelo empreendedor de comprovante de averbação do Termo de Compromisso perante o Cartório de Registro de Imóveis competente;

2. Apresentação pelo empreendedor de comprovante de averbação da Escritura Pública de Doação ao órgão gestor de área localizada no interior de Unidade de Conservação, perante o Cartório de Registro de Imóveis competente.

Diante as constatações de conformidade dos Projetos Executivos em relação à realidade de campo, o Quadro 9 abaixo demonstra a convicção do IEF / ERAJ quanto à forma como o cumprimento da Compensação Florestal estará satisfeito:

Quadro 10: Status Esperado pelo IEF/ERAJ Para a Comprovação de Cumprimento da Compensação Florestal

FORMAS DE COMPENSAÇÃO

ÁREASMÍNIMAS EM HECTARES DE COMPENSAÇÃO EM CADA

IMÓVEL RURAL, EM DECORRÊNCIA DAS INTERVENÇÕES NAS DIVERSAS ETAPAS DE INSTALAÇÃO LICENCIADAS DO

EMPREENDIMENTO

RPPN’s

CONSTITUÍDAS LT ACESSOS FASE I FASE II TOTAL

Faz. Rio do Peixe 253,884 - 102,561 358,416 714,861

Faz. Samambaia - - 05,15 - 05,05

Faz. Solidão - - 26,82 - 26,82

(30)

Faz. Quitungo 07,404 - 103,953 160,298 271,655 Faz. Estiva - 117,3767 - - 117,3767 ÁREA EM UC DOADA AO ÓRGÃO GESTOR

LT ACESSOS FASE I FASE II TOTAL

MN Serra da Ferrugem

- - - 69,976 69,976

Merece esclarecer que a expressão “ÁREAS MÍNIMAS EM HECTARES DE COMPENSAÇÃO EM CADA IMÓVEL RURAL”, decorre da constatação que estão em curso ou em análise outros Processos de Compensação Florestal em decorrência da supressão de vegetação para a instalação de outras estruturas do empreendimento, compensações estas que também serão cumpridas mediante a constituição de RPPN’s ou mediante doação de áreas no interior de UC’s, sempre pela utilização de áreas contíguas àquelas ora em análise, situação que certamente implicará na imediata ou futura ampliação das RPPN’s a serem criadas e de áreas contidas no interior de Unidades de Conservação de que tratam o presente parecer.

Conclui-se, portanto que seria considerada atendida a obrigatoriedade de cumprimento da Compensação Florestal relativa ao empreendimento em questão mediante o atendimento aos incisos I e III, do artigo 3º da Portaria IEF Nº 99/13, que dispõe:

“I - Na hipótese prevista no inciso I do artigo 26 do Decreto Federal 6.660, de 2008 e, em caso de constituição de RPPN, com a apresentação pelo empreendedor de comprovante de averbação do Termo de Compromisso perante Cartório de Registro de Imóveis competente, ressaltando que o processo de instituição de RPPN seguirá as disposições do Decreto Estadual nº 39.401/1998;”

“III – Na hipótese prevista no inciso II, do artigo 26 do Decreto Federal 6.660, de 2008, com a apresentação pelo empreendedor de comprovante de averbação da Escritura Pública de Doação ao órgão gestor da unidade de conservação perante o Cartório de Registro de Imóveis competente.”

Todavia, tendo em vista que, conforme declara o empreendedor, em função de entraves judiciais, mais especificamente em função da necessidade em se proceder à retificação das áreas dos imóveis e, principalmente, do entendimento da Advocacia Geral da União sobre restrições à aquisição de imóveis rurais por empresas brasileiras equiparáveis às estrangeiras, situação em que o empreendedor está enquadrado, alega o mesmo quanto à impossibilidade imediata de constituição das RPPN’s e da doação da área localizada em Unidade de Conservação.

Requer, portanto que se delibere pelo cumprimento da Compensação Florestal em análise, mediante a celebração junto ao IEF de Termos de Compromissos de constituição futura das RPPN’s, bem como da aquisição da área localizada no interior da Unidade de Conservação, para fins de doação ao seu órgão gestor, a serem registrados em Cartório de Títulos e Documentos até que os embaraços jurídicos para adequações fundiárias e de transmissão dos imóveis sejam sanados.

(31)

Os Termos de Compromisso versariam também como obrigação do empreendedor quanto à implantação das prescrições técnicas de “Manejo Vegetacional” necessários para dotarem as áreas de criação futura das RPPN’s, de atributos ambientais mais adequados.

A equipe analista do IEF atesta que foram acostados aos Projetos Executivos em análise documentos que comprovam precedentes à espécie, indexados ao presente no seu Anexo II. Os referidos documentos, em síntese, se referem à obtenção junto ao IBAMA, de anuências e, até mesmo, de Autorizações de Desmate, mediante a celebração de Termos de Compromissos similares, ou seja, houve concessões de documentos autorizativos por órgão público que, a princípio dependeriam para sua obtenção, da comprovação prévia do cumprimento da Compensação Florestal.

7. Controle Processual / Análise Jurídica:

Trata-se o expediente de processo administrativo formalizado com o fito de apresentar propostas visando compensar florestalmente intervenções realizadas no bioma de Mata Atlântica, bem como em Área de Preservação Permanente – APPs e, ainda, em espécies protegidas/imunes de corte e indivíduos arbóreos isolados para fins de implantação das estruturas relacionadas ao complexo minerário em tela.

A priori, considerando-se o disposto na Portaria IEF Nº 99, de 04 de julho de 2013, tem-se que o processo encontra-se devidamente formalizado, haja vista a apresentação de toda a documentação e estudos técnicos exigidos pela legislação aplicada à espécie, motivo pelo qual, legítima é a análise do mérito técnico quanto as propostas apresentadas.

Atendo-se primeiramente à proposta apresentada pela empresa visando compensar a intervenção realizada no bioma de mata atlântica, infere-se, à luz das argumentações técnicas acima apresentadas, que a proposta atende aos requisitos impostos pela legislação ambiental em vigor, em especial ao que dispõe o Art. 26 do Decreto Federal 6.660, de 21 de Novembro de 2008, pelo fato de se amoldar aos requisitos de proporcionalidade de área; localização quanto à bacia hidrográfica e, ainda, características ecológicas, senão vejamos:

Com relação à proporcionalidade de área, a extensão territorial oferecida pelo empreendedor a fim de compensar a supressão realizada é o superior ao mínimo exigido pela legislação federal, atendendo, inclusive, o percentual previsto na DN COPAM 73/2004, que prevê, para cada hequitare de supressão, a compensação florestal em dobro. Em números concretos, os estudos demonstram que foram suprimidos no bioma de mata atlântica um total de 317, 22 ha, sendo ofertado à título de compensação uma área de 634,1097 ha. Logo, critério quanto à proporcionalidade de área atendido.

Quanto à conformidade locacional, inequívoca é a sua conformidade, haja vista o que demonstra a figura 10 do presente parecer, através da qual é possível verificar que as medidas compensatórias propostas pelo interessado serão realizadas na mesma sub-bacia do empreendimento. Portanto, critério espacial atendido.

(32)

No que se refere à característica ecológica, vislumbra-se das argumentações técnicas empreendidas, especialmente do estudo comparativo realizado por meio do Quadro 3 que o uso atual informado nos projetos executivos onde serão implantados as prescrições técnicas e as compensações florestais propriamente ditas guardam conformidade com as aferições realizadas in locu.

Acrescido ao Quadro 3, encontra-se os quadros 04 a 07 por meio do qual a equipe de analistas demonstra comparativamente a relação “Área/Tipologia Intervinda X Área/Tipologia proposta para compensação”, por meio do qual foi aferido que 84,61% da área oferecida pelo empreendedor à título de compensação guarda EXATA correspondência quanto ao critério de mesma característica ecológica, assim entendida como o comparativo dos fragmentos suprimidos e a serem protegidos quanto à fitofisionomia e estágio sucessional.

Sendo assim, apenas 15,38 % da área ofertada como compensação não guarda EXATA correspondência quanto ao critério de mesma característica ecológica considerando-se a extensão total da terminologia, haja vista o fato de 1,7743 ha ofertados estarem em estágio sucessional médio, quando, para haver EXATA correspondência ecológica, deveriam estar em estágio sucessional avançado, conforme demonstrado nos quadros 4 e 5.

Não obstante, embora 15,38 % da área ofertada não esteja no mesmo estágio sucessional da área suprimida, as análises técnicas realizadas comprovam que, no que se refere à fitofisionomia (parte integrante do entendimento sobre a terminologia: “mesma característica ecológica”) este percentual guarda sim mesma correspondência ecológica fitofisionômica, conforme atestam as informações contidas no Quadro 8 e nas argumentações dele decorrentes.

Considerando-se o fato de que a totalidade da área ofertada guarda consonância fitofisionômica quando comparada à área suprimida;

Considerando-se o ganho ambiental e, nas palavras da equipe técnica, o “custo/benefício ambiental positivo” da proposta apresentada pelo empreendedor que, em consonância com a atual política florestal, evitará a fragmentação de áreas de relevante interesse ambiental, inclusive, garantida mediante a criação de novas unidades de conservação;

Considerando-se que quando comparada à positividade ambiental da proposta, os 15,38 % de área em estágio sucessional diferente torna-se tecnicamente insignificante para a rejeição total da proposta;

Tem-se que, do ponto de vista técnico, o critério de mesma característica ecológica, encontra-se atendido, motivo pelo qual somos favoráveis à aprovação das áreas ofertadas à título de compensação por intervenção no bioma de mata atlântica.

Passando-se à análise dos requisitos necessários à compensação florestal por intervenção em APP, vislumbra-se dos quadros comparativos 04 a 07 que a proposta apresentada pelo empreendedor não se amolda em sua TOTALIDADE ao disposto no Art. 5º, § 2º da Resolução CONAMA 369/2006, eis que 35,22 % da área ofertada para recuperação encontra-se localizada fora de APP.

(33)

Sendo assim, necessário complementação da proposta apresentada pelo empreendedor de modo a comprovar que a TOTALIDADE da área ofertada à título de compensação florestal por intervenção em APP atenda integralmente os requisitos dispostos no Art. 5º supracitado, sobretudo no que concerne à efetiva recuperação de APP, ficando, portanto, a possível aprovação da presente proposta condicionada ao atendimento pelo empreendedor das condições específicas de nº 09, 10 e 11 constantes do item 10 do presente parecer a serem avaliadas e, conforme o caso, chanceladas por este r. Conselho.

8. Discussões e Observações:

Considerando haver autorizações à instalação das etapas / estruturas do empreendimento em questão pela instância administrativa competente, respaldada por decisão colegiada;

Considerando haver análise jurídica favorável quanto ao aspecto formal do Processo Administrativo de Compensação Florestal em questão;

Considerando todo o disposto acima quanto ao aspecto qualitativo do Processo Administrativo de Compensação Florestal em questão;

Diante de todo o exposto acima, o Escritório Regional Alto Jequitinhonha do IEF, tendo em vista as prerrogativas estatuídas pela Portaria IEF Nº 099/2013, opina, para os demais efeitos, pelo DEFERIMENTO E CUMPRIMENTO DA COMPENSAÇÃO FLORESTAL A QUE SE REFERE O PRESENTE PARECER TÉCNICO E JURÍDICO, desde que comprovado o atendimento tempestivo das condicionantes relacionadas abaixo.

Cabe ressaltar que o Sistema Estadual de Meio Ambiente – SISEMA, não possui responsabilidade técnica sobre os projetos apresentados, sendo a execução, operação e comprovação de eficiência destes de inteira responsabilidade da própria empresa e/ou seu responsável técnico.

9. Parecer Conclusivo:

Favorável: ( ) Não ( X ) Sim (Com Condicionantes) 10. Condicionantes:

Item Descrição da Condicionante Prazo 01 Firmar junto ao IEF/ERAJ Termo de

Compromisso Específico para Implantação e Execução dos PTRF’s com indexadores e/ou vinculadores inequívocos aos respectivos Projetos Executivos.

Até 15 dias após

manifestação da instância competente, caso a deliberação seja pelo deferimento das propostas

apresentadas.

02 Registrar junto ao Cartório de Títulos e Documentos competente, de forma individualizada, o Termo de Compromisso de Implantação e Execução dos PTRF’s.

Até 30 dias após a

aprovação da proposta pela instância competente.

03 Firmar junto ao IEF Termo de Compromisso Específico comprometendo-se quanto à

Até 30 dias após

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