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SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO DA EXPANSÃO, ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO DA GERAÇÃO UHE MAUÁ. PROJETO BÁSICO AMBIENTAL - nº 02

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SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO DA EXPANSÃO, ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO DA GERAÇÃO

UHE MAUÁ

PROJETO BÁSICO AMBIENTAL - nº 02

“PROGRAMA DE OBSERVAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIDROSSEDIMENTOLÓGICAS”

Relatório Técnico nº 22 - Análise Anual / 2011.

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SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO DA EXPANSÃO, ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO DA GERAÇÃO

TIPO DE DOCUMENTO:

Relatório Técnico

TÍTULO:

UHE MAUÁ – PROJETO BÁSICO AMBIENTAL nº 02

“Programa de Observação das Condições Hidrossedimentológicas” Relatório Técnico nº 22 - Análise Anual / 2011.

AUTORES:

Giancarlo Castanharo Andrielli Cristina Siqueira

SPG / DENC________________________ SPG / DENC________________________

OBJETIVO:

Apresentar, de forma consolidada, os dados levantados no monitoramento sistemático e nas campanhas de medições do ano de 2011, bem como os produtos e conclusões geradas, referentes às condições hidrossedimentológicas da região do reservatório da UHE Mauá ao longo deste ano de análise.

DATA: 29/02/2012 Aprovado: __________________________________ Giancarlo Castanharo DEN / SPG / DENC / VTPC __________________________________ Roberto Werneck Seara

DEN / SPG / DENC

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COPEL DEN / SPG / DENC

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 1

2. SUMÁRIO EXECUTIVO ... 2

3. COLETA DE DADOS, CONSISTÊNCIA E GERAÇÃO DE VAZÕES LÍQUIDAS... 3

4. COLETA DE DADOS, CONSISTÊNCIA E GERAÇÃO DE VAZÕES SÓLIDAS ... 15

5. ANÁLISE DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS NAS SEÇÕES MONITORADAS.... 23

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 28

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 29

LISTA DE FIGURAS FIGURA 3.1 – Localização das seções de monitoramento no contexto da bacia do Tibagi ... 4

FIGURA 3.2 – Localização das seções de monitoramento no contexto do reservatório... 5

FIGURA 3.3 – Medições de descarga realizadas em Barra Ribeirão das Antas ... 7

FIGURA 3.4 – Medições de descarga realizadas em Salto das Antas ... 7

FIGURA 3.5 – Medições de descarga realizadas em Fazenda Santana ... 8

FIGURA 3.6 – Medições de descarga realizadas em Fazenda Santana para “Q<40 m3/s” .... 8

FIGURA 3.7 – Medições de descarga realizadas em Recanto Beira Rio ... 9

FIGURA 3.8 – Medições de descarga realizadas em Recanto Beira Rio para “Q<100 m3/s” . 9 FIGURA 3.9 – Medições de descarga realizadas em Telêmaco Borba ... 10

FIGURA 3.10 – Hidrograma de vazões específicas nas estações no 1º semestre de 2011 . 11 FIGURA 3.11 – Hidrograma de vazões específicas nas estações no 2º semestre de 2011 . 11 FIGURA 3.12 – Hidrograma de vazões líquidas nas estações no 1º semestre de 2011 ... 12

FIGURA 3.13 – Hidrograma de vazões líquidas nas estações no 2º semestre de 2011 ... 13

FIGURA 3.14 – Hidrograma em três das estações no 1º semestre de 2011 ... 13

FIGURA 3.15 – Hidrograma em três das estações no 2º semestre de 2011 ... 14

FIGURA 4.1 – Curva Granulométrica do material de fundo das seções de monitoramento . 16 FIGURA 4.2 – Relação entre vazões líquidas e sólidas nas estações de monitoramento.... 19

FIGURA 4.3 – Vazões sólidas específicas nas estações no 1º semestre de 2011... 20

FIGURA 4.4 – Vazões sólidas específicas nas estações no 2º semestre de 2011... 20

FIGURA 4.5 – Vazões sólidas nas estações de monitoramento no 1º semestre de 2011 .... 21

FIGURA 4.6 – Vazões sólidas nas estações de monitoramento no 2º semestre de 2011 .... 21

FIGURA 4.7 – Vazões sólidas em três das estações no 1º semestre de 2011... 22

FIGURA 4.8 – Vazões sólidas em três das estações no 2º semestre de 2011... 22

FIGURA 5.1 – Relação entre vazões líquidas e sólidas nas estações em 2011... 25

FIGURA 5.2 – Distribuição espacial da produção de sedimentos em 2011... 26

LISTA DE TABELAS TABELA 3.1 – Estações de monitoramento hidrossedimentológico ... 3

TABELA 3.2 – Medições de descarga líquida nas estações de monitoramento em 2011 ... 6

TABELA 4.1 – Medições de descarga sólida nas estações de monitoramento em 2011 ... 15

TABELA 4.2 – Classificação das amostras de material de fundo... 16

TABELA 4.3 – Cálculo da vazão sólida total nas medições de 2011... 18

TABELA 5.1 – Estimativa do transporte de sedimento nas seções de monitoramento... 23

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COPEL DEN / SPG / DENC

1. INTRODUÇÃO

O segundo programa do projeto básico ambiental da UHE Mauá tem por objetivo subsidiar a avaliação das condições hidrossedimentológicas da região do reservatório. Para isto foram previstos, no texto original deste PBA (Projeto Básico Ambiental), dois tipos de ferramentas de monitoramento: instalação e operação de estações hidrossedimentológicas; e o levantamento de seções topo-batimétricas no reservatório. O presente relatório tem por objetivo apresentar a análise anual dos dados das estações hidrossedimentológicas monitoradas em 2011.

No terceiro capítulo deste relatório apresentam-se considerações e uma análise de consistência sobre os dados de vazões líquidas das estações de monitoramento. O quarto capítulo descreve as metodologias e os critérios adotados para determinação das séries de vazões sólidas transportadas nas seções de monitoramento. No quinto capítulo são realizadas estimativas do transporte de sedimentos nas seções de monitoramento. Isto permitiu realizar a discretização espacial da produção de sedimentos na bacia em 2011, comparar a intensidade deste processo dentro da própria bacia e em relação a outras regiões geográficas brasileiras.

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2. SUMÁRIO EXECUTIVO

A observação das condições hidrossedimentológicas do reservatório da UHE Mauá é o objetivo do segundo programa do PBA desta usina. Este relatório tem por finalidade apresentar uma síntese dos dados e conclusões do segundo ano de análises (2011).

Para o processamento dos dados de sedimentos, foi realizada, inicialmente, uma análise de consistência dos dados de vazões líquidas das cinco estações de monitoramento. A partir da geração e consistência das séries de vazões líquidas foram analisados todos os dados disponíveis de medições de descarga sólida nas estações de interesse. Estes dados foram transformados em descarga sólida total através da aplicação da “equação de Colby”, em cada medição disponível. Estas informações foram correlacionadas à descarga líquida para o instante da medição, com o objetivo de encontrar uma função que correlacione vazão sólida com vazão líquida em cada seção de monitoramento. Esta análise confirmou a definição de duas funções, realizada no relatório de análise anual 2009 (Relatório Técnico nº 10 deste PBA-02), sendo uma definida igual à “equação geral do rio”, e outra definida especificadamente para as estações dos rios Imbauzinho e Barra Grande. Através desta análise verificou-se a existência de diferentes taxas de produções de sedimentos ao longo da bacia. A diferença entre estas duas funções demonstrou que as bacias desses dois rios apresentam uma produção de sedimentos específica abaixo do restante da bacia.

A estimativa do transporte de sedimentos encontrou valores para vazão sólida específica de 61 a 71 t/km2/ano, que correspondem a uma degradação do solo que varia

de 0,039 a 0,046 mm/ano. Através da interpretação destas faixas de valores pode-se concluir que os primeiros resultados encontrados neste programa ambiental estão coerentes aos resultados do estudo da SUDERHSA (1998). Além disso, através dos resultados encontrados, é possível afirmar que a produção de sedimentos na bacia do rio Tibagi, a montante da UHE Mauá, pode ser dita em “condições normais” ao longo do ano de 2011. Estimou-se uma deposição de sedimentos de 0,634 hm3 ou 983.000 t/ano, para 2011, caso o reservatório estivesse formado. Isto equivaleria a apenas 0,043 % do volume “morto” (1.473 hm3) deste reservatório.

Espera-se, com o desenvolvimento deste programa ambiental, ampliar o conhecimento do processo de transporte de sedimentos nesta região do Estado do Paraná, aumentar o nível de precisão destas avaliações, e consequentemente melhorar a avaliação dos processos de transporte de sedimentos nesta bacia, de forma a possibilitar a constatação de agravamentos ou modificações nos processos hidrossedimentológicos desta região hidrográfica.

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3. COLETA DE DADOS, CONSISTÊNCIA E GERAÇÃO DE VAZÕES LÍQUIDAS

Este capítulo apresenta os dados de vazões líquidas geradas para as cinco estações de monitoramento hidrossedimentológico, e a respectiva análise de consistência dos mesmos. O texto inicial do Projeto Básico Ambiental (PBA) da UHE Mauá exigia a instalação de no mínimo três estações hidrossedimentológicas. Devido à influência da ilha existente no curso principal do rio Tibagi, logo a jusante da casa de força da usina, e a existência de outras estações ligadas ao PBA, adotaram-se cinco estações para o monitoramento hidrossedimentológico deste reservatório, conforme a especificação apresentada na tabela 3.1:

TABELA 3.1 – Estações de monitoramento hidrossedimentológico

Código Nome da Estação Rio Localização

64.482.000 Telêmaco Borba Tibagi Montante do Reservatório, no curso principal do Tibagi.

64.482.800 Recanto Beira Rio Imbauzinho Afluente pela Margem Esquerda do Reservatório.

64.483.950 Fazenda Santana Barra Grande Afluente pela Margem Esquerda do Reservatório.

64.490.900 Salto das Antas Rio das Antas Afluente pela Margem Direita do Tibagi.

64.491.000 Barra Ribeirão das

Antas Tibagi

Jusante do Reservatório, no curso principal do Tibagi.

Das cinco estações apresentadas na tabela 3.1, duas delas: Recanto Beira Rio e Fazenda Santana, foram instaladas especialmente para o desenvolvimentos dos presentes trabalhos. As localizadas no curso principal do rio Tibagi estão em operação há mais de 30 anos. A estação de Salto das Antas teve sua operação iniciada em meados de 2004.

A figura 3.1 apresenta um mapa da bacia do rio Tibagi e a localização das cinco estações de monitoramento. A região do reservatório da UHE Mauá está ampliada na figura 3.2, onde se observam todas as estações em operação nos programas do PBA da UHE Mauá, com destaque para as cinco estações de monitoramento hidrossedimentológico.

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FIGURA 3.1 – Localização das seções de monitoramento no contexto da bacia do Tibagi RECANTO BEIRA RIO (64482800) FAZENDA SANTANA (64483950)

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FIGURA 3.2 – Localização das seções de monitoramento no contexto do reservatório

A tabela 3.2 apresenta um resumo das medições de descarga líquida realizadas em 2011 nas seções de monitoramento. Nas estações de Telêmaco Borba e Barra Ribeirão das Antas, as quais já possuíam curvas de descarga definidas anteriormente ao início deste projeto, foram realizadas respectivamente cinco e três medições de descarga líquida em cada seção. Na estação de Salto das Antas realizaram-se quatro medições. Nas estações de Fazenda Santana e Recanto Beira Rio, que foram instaladas em abril de 2009, foram realizadas cinco campanhas de medições em cada estação, que serviram para confirmar a relação de descarga ajustada no início deste projeto. Considerando-se que a proposta original do PBA previa a instalação de três estações, e frequência bimestral de medições, é possível afirmar que neste ano de 2011 foram realizadas, no contexto global, quatro medições acima do mínimo previsto para cada ano. Isto foi obtido pela sobreposição de recursos de outros programas ambientais, e de trabalho para implantação de estações para atendimento a resolução conjunta ANA/ANNEL nº 03 nestas mesmas estações fluviométricas. Este fato é muito benéfico, e contribui para o aumento da precisão das medições das grandezas hidrométricas, para todos os programas ambientais que fazem uso desses dados.

Fazenda Santana

Recanto Beira Rio

Telêmaco Borba Barra Ribeirão

das Antas

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TABELA 3.2 – Medições de descarga líquida nas estações de monitoramento em 2011 MEDIÇÕES DE DESCARGA LÍQUIDA NAS ESTAÇÕES DE MONITORAMENTO

Período : 2011

Cota Vazão Velocidade Média Área Seção

Prof.

Média Largura

Estação Nome Data

(cm) (m3/s) (m/s) (m2) (m) (m) 64.482.000 Telêmaco Borba 01/05/2011 575 120 0,286 418,0 3,17 132,0 64.482.000 Telêmaco Borba 27/05/2011 550 81,3 0,207 392,0 2,95 133,0 64.482.000 Telêmaco Borba 11/07/2011 651 335 0,655 511,7 3,85 133,0 64.482.000 Telêmaco Borba 06/10/2011 590 165 0,380 434,4 3,32 131,0 64.482.000 Telêmaco Borba 01/12/2011 602 210 0,473 44,6 3,34 133,0

64.482.800 Recanto Beira Rio 30/04/2011 345 3,58 0,142 25,2 1,01 25,0

64.482.800 Recanto Beira Rio 25/05/2011 340 2,90 0,114 25,7 1,03 25,0

64.482.800 Recanto Beira Rio 07/07/2011 358 4,97 0,168 29,6 1,18 25,0

64.482.800 Recanto Beira Rio 06/10/2011 344 3,63 0,132 27,5 1,07 25,8

64.482.800 Recanto Beira Rio 30/11/2011 355 4,48 0,163 27,5 1,10 25,0

64.483.950 Fazenda Santana 30/04/2011 540 2,69 0,047 56,8 2,71 21,0

64.483.950 Fazenda Santana 26/05/2011 534 1,70 0,030 56,0 2,67 21,0

64.483.950 Fazenda Santana 08/07/2011 547 4,52 0,078 57,6 2,75 21,0

64.483.950 Fazenda Santana 30/09/2011 534 1,94 0,034 57,5 2,62 22,0

64.483.950 Fazenda Santana 30/11/2011 543 2,70 0,051 53,5 2,68 20,0

64.490.900 Salto das Antas 03/05/2011 117 5,05 0,386 13,1 0,44 29,6

64.490.900 Salto das Antas 10/07/2011 116 4,82 0,394 12,2 0,45 27,5

64.490.900 Salto das Antas 04/10/2011 110 3,16 0,302 10,4 0,42 25,0

64.490.900 Salto das Antas 03/12/2011 109 3,14 0,298 10,5 0,42 25,0

64.491.000 Barra Ribeirão Antas 02/05/2011 184 143 0,327 439,0 4,67 94,0 64.491.000 Barra Ribeirão Antas 01/10/2011 212 192 0,404 476,3 4,96 96,0 64.491.000 Barra Ribeirão Antas 02/12/2011 228 213 0,438 486,8 4,94 98,5

Nas figuras de número 3.3 a 3.9 estão apresentadas graficamente as relações de descarga de cada umas das estações de monitoramento, e as medições de descarga líquida realizadas em 2009, 2010 e 2011.

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FIGURA 3.3 – Medições de descarga realizadas em Barra Ribeirão das Antas

FIGURA 3.4 – Medições de descarga realizadas em Salto das Antas

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 0 300 600 900 1.200 1.500 1.800 2.100 2.400 2.700 3.000 3.300 Vazão (m3/s) L e it u ra L in im é tr ic a ( c m ) Medições 2009 Medições 2010 Medições 2011 100 120 140 160 180 200 220 240 260 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 Vazão (m3/s) L e it u ra L in im é tr ic a ( c m ) Medições 2010 Medições 2011

Relação de Descarga para o posto de Salto das Antas -

64.490.900 - Seção de Réguas a montante da

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FIGURA 3.5 – Medições de descarga realizadas em Fazenda Santana

FIGURA 3.6 – Medições de descarga realizadas em Fazenda Santana para “Q<40 m3/s”

500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 Vazão (m3/s) L e it u ra L in im é tr ic a ( c m ) Medições 2009 Medições 2010 Medições 2011 ' 500 510 520 530 540 550 560 570 580 590 600 610 620 630 640 650 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Vazão (m3/s) L e it u ra L in im é tr ic a ( c m ) Medições 2009 Medições 2010 Medições 2011

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FIGURA 3.7 – Medições de descarga realizadas em Recanto Beira Rio

FIGURA 3.8 – Medições de descarga realizadas em Recanto Beira Rio para “Q<100 m3/s”

300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 0 50 100 150 200 250 300 350 400 Vazão (m3/s) L e it u ra L in im é tr ic a ( c m ) Medições 2009 Medições 2010 Medições 2011 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Vazão (m3/s) L e it u ra L in im é tr ic a ( c m ) Medições 2009 Medições 2010 Medições 2011

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FIGURA 3.9 – Medições de descarga realizadas em Telêmaco Borba

Para o posto fluviométrico de Salto das Antas foi realizado, em 2010, um novo traçado da curva de descarga, devido à realocação da seção de réguas. Este traçado foi realizado considerando as medições de descarga líquida daquele ano, e informações de leituras simultâneas correlacionando informações da seção de réguas de montante, com a seção de jusante e sua respectiva relação de descarga. Esta técnica de leituras simultâneas permitiu a obtenção de alguns pontos “cota x vazão”, para seção de montante da cachoeira, equivalentes a medições de descarga. Na figura 3.10 está apresentada a nova relação de descarga para a estação de Salto das Antas, válida a partir do início de 2010. As medições de descarga líquida realizadas em 2011 serviram para confirmar o ajuste da curva proposto no ano de 2010.

Nas demais estações as medições de descarga se demostraram aderidas às curvas de descarga em uso atualmente. Para as estações de Barra Ribeirão das Antas e Fazenda Santana, as medições realizadas resultaram numa tendência de vazão menores que as referenciadas pela curva de descarga, o que poderia ser sinal de um leve assoreamento, e consequentemente redução da capacidade de descarga nestas seções. Entretanto os desvios em relação às curvas de descarga, que motivam esta hipótese, são pequenos, assim como o número de medições de descarga líquida realizadas, o que não permite concluir sobre esta hipótese. Com as medições a ser realizadas em 2012, esta hipótese poderá ser checada ou descartada. Caso no próximo ano se confirme esta hipótese, como os desvios citados são pequenos, a adoção dessas séries de vazões líquidas para 2011, baseadas nestas curvas de descarga, não trazem prejuízo significativos para estas análises.

450 475 500 525 550 575 600 625 650 675 700 725 750 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 Vazão (m3/s) L e it u ra L in im é tr ic a ( c m ) Medições 2009 Medições 2010 Medições 2011

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COPEL DEN / SPG / DENC

FIGURA 3.10 – Hidrograma de vazões específicas nas estações no 1º semestre de 2011

FIGURA 3.11 – Hidrograma de vazões específicas nas estações no 2º semestre de 2011

0 40 80 120 160 200 240 280 320 360 400

jan-11 fev-11 mar-11 abr-11 mai-11 jun-11 jul-11

Tempo (dias) V a z ã o E s p e c íf ic a ( l/ s .k m ²)

Salto das Antas Fazenda Santana Recanto Beira Rio Telêmaco Borba Barra Ribeirão das Antas

0 40 80 120 160 200 240 280 320 360 400

jul-11 ago-11 set-11 out-11 nov-11 dez-11 jan-12

Tempo (dias) V a z ã o E s p e c íf ic a ( l/ s .k m ²)

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COPEL DEN / SPG / DENC

As figuras 3.10 e 3.11 representam, respectivamente para o primeiro e segundo semestre de 2011, os hidrogramas simultâneos de vazões específicas para as cinco estações de monitoramento. Nestes dois gráficos espera-se um comportamento “semelhante” dos trechos de vazões baixas e médias. Nota-se nestes gráficos a ocorrência de uma cheia de significativo porte entre os meses de julho e agosto.

Nas figuras 3.12 a 3.15 apresentam-se os hidrogramas de vazões líquidas das cinco estações de monitoramento ao longo de 2011. As figuras 3.14 e 3.15 equivalem às figuras 3.12 e 3.13 com as ordenadas do gráfico ajustadas para demonstrar com melhor precisão as vazões das estações de Salto das Antas, Recanto Beira Rio e Fazenda Santana.

FIGURA 3.12 – Hidrograma de vazões líquidas nas estações no 1º semestre de 2011

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 2200

jan-11 fev-11 mar-11 abr-11 mai-11 jun-11 jul-11

Tempo (dias) V a z ã o ( m ³/ s )

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COPEL DEN / SPG / DENC

FIGURA 3.13 – Hidrograma de vazões líquidas nas estações no 2º semestre de 2011

FIGURA 3.14 – Hidrograma em três das estações no 1º semestre de 2011

0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150

jan-11 fev-11 mar-11 abr-11 mai-11 jun-11 jul-11

Tempo (dias) V a z ã o ( m ³/ s )

Salto das Antas Fazenda Santana Recanto Beira Rio 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 2200

jul-11 ago-11 set-11 out-11 nov-11 dez-11 jan-12

Tempo (dias) V a z ã o ( m ³/ s )

Barra Ribeirão das Antas Salto das Antas Fazenda Santana Recanto Beira Rio Telêmaco Borba "Efeito de amortecimento" da

cheia devido a restrição hidráulica da estrutura de desvio

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COPEL DEN / SPG / DENC

FIGURA 3.15 – Hidrograma em três das estações no 2º semestre de 2011

Na figura 3.14 pode ser observada interrupção na série de vazões de Salto das Antas. Isso se deve a ausência temporária de observadores na região, fato este complicado pela dificuldade de acesso a região, e existência de apenas uma fazenda nas proximidades, onde normalmente reside apenas uma família. Estas interrupções na série da estação de Salto das Antas não inserem nenhum tipo de problema nesta fase deste programa ambiental, devido ao seguinte fato:

• Neste ano de 2011 o reservatório da UHE Mauá ainda não estava formado. Portanto, os dados sedimentológicos da estação de Barra do Ribeirão das Antas ainda não são alterados pela existência do reservatório, e não há necessidade do “apoio” dos dados de transporte de sedimentos em Salto das Antas, para corrigir o efeito do futuro reservatório da UHE Mauá sobre os dados de Barra Ribeirão das Antas.

As demais séries de vazões líquidas apresentam-se coerentes e consistentes, sem interrupções de leituras.

0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150

jul-11 ago-11 set-11 out-11 nov-11 dez-11 jan-12

Tempo (dias) V a z ã o ( m ³/ s )

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COPEL DEN / SPG / DENC

4. COLETA DE DADOS, CONSISTÊNCIA E GERAÇÃO DE VAZÕES SÓLIDAS

Este capítulo apresenta os dados de medições de descarga sólida realizadas nas cinco estações de monitoramento hidrossedimentológico, e a geração da série de vazões sólidas para estas mesmas seções. Neste ano de 2011 foram realizadas 22 medições de descarga sólida nas estações de monitoramento.

TABELA 4.1 – Medições de descarga sólida nas estações de monitoramento em 2011 MEDIÇÕES DE DESCARGA SÓLIDA NAS ESTAÇÕES DE INTERESSE

Período : 2011

Cota Concentração

de sedimentos Vazão

Estação Nome Data

(cm) (mg/l) (m3/s) 64.482.000 Telêmaco Borba 01/05/2011 575 52,0 119 64.482.000 Telêmaco Borba 27/05/2011 550 15,4 81,3 64.482.000 Telêmaco Borba 11/07/2011 651 49,8 335 64.482.000 Telêmaco Borba 06/10/2011 590 22,0 165 64.482.000 Telêmaco Borba 01/12/2011 601 33,1 210

64.482.800 Recanto Beira Rio 30/04/2011 345 10,9 3,58

64.482.800 Recanto Beira Rio 25/05/2011 340 12,4 2,90

64.482.800 Recanto Beira Rio 07/07/2011 358 23,2 4,97

64.482.800 Recanto Beira Rio 06/10/2011 344 21,6 3,63

64.482.800 Recanto Beira Rio 30/11/2011 355 22,8 4,48

64.483.950 Fazenda Santana 30/04/2011 540 8,7 2,69

64.483.950 Fazenda Santana 26/05/2011 534 20,6 1,70

64.483.950 Fazenda Santana 08/07/2011 547 14,2 4,52

64.483.950 Fazenda Santana 30/09/2011 534 28,0 1,94

64.483.950 Fazenda Santana 30/11/2011 543 13,8 2,70

64.490.900 Salto das Antas 03/05/2011 117 42,0 5,10

64.490.900 Salto das Antas 10/07/2011 116 15,6 4,82

64.490.900 Salto das Antas 04/10/2011 110 29,0 3,16

64.490.900 Salto das Antas 03/12/2011 110 30,0 3,14

64.491.000 Barra Ribeirão Antas 02/05/2011 184 28,7 43,9

64.491.000 Barra Ribeirão Antas 01/10/2011 212 22,5 192

64.491.000 Barra Ribeirão Antas 02/12/2011 228 66,6 213

A tabela 4.1 apresenta os dados das estações, a data de realização das campanhas, a cota linimétrica média do período de medição, a concentração de sedimentos em suspensão e a vazão líquida medida na ocasião da medição.

Simultaneamente às medições de descarga sólida, em algumas ocasiões, foram coletadas amostras do material de fundo de cada seção. O gráfico da figura 4.1

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apresenta as curvas granulométricas destas amostras para as diversas estações em estudo, para diferentes campanhas de campo.

FIGURA 4.1 – Curva Granulométrica do material de fundo das seções de monitoramento

O material coletado no fundo das seções transversais é caracterizado como areia. Em alguns casos a quantidade de silte nas amostras é significativa, como pode ser observado na tabela 4.2.

TABELA 4.2 – Classificação das amostras de material de fundo

ESTAÇÃO Data %

Argila %Silte %Areia

% Pedregulho Classificação Textural do Solo 01/05/2011 0,0 0,2 94,6 5,2 Areia 06/10/2011 0,0 10,2 89,8 0,0 Areia Telêmaco Borba 01/12/2011 0,0 13,8 86,2 0,0 Areia 02/05/2011 0,0 26,3 73,7 0,0 Areia

Barra Ribeirão das Antas

01/10/2011 0,0 12,2 87,8 0,0 Areia

30/04/2011 0,0 19,7 80,3 0,0 Areia

06/10/2011 0,0 17,9 82,1 0,0 Areia

Recanto Beira Rio

30/11/2011 0,0 13,8 86,2 0,0 Areia 30/04/2011 0,0 11,6 88,4 0,0 Areia 25/05/2011 0,0 29,1 70,9 0,0 Areia 30/09/2011 0,0 22,1 77,9 0,0 Areia Fazenda Santana 30/11/2011 0,0 6,5 93,5 0,0 Areia 03/05/2011 0,0 6,0 94,0 0,0 Areia 04/10/2011 0,0 15,9 84,1 0,0 Areia

Salto das Antas

03/12/2011 0,0 17,4 82,6 0,0 Areia 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0,01 0,1 1 10 Diâmetro (mm) % P a s s a n te

Telêmaco Borba 01/mai Telêmaco Borba 27/mai Telêmaco Borba 11/jul Telêmaco Borba 06/out Barra Ribeirão das Antas 02/mai Barra Ribeirão das Antas 01/out Recanto Beira Rio 25/mai Recanto Beira Rio 06/out Fazenda Santana 26/mai Fazenda Santana 08/jul Fazenda Santana 30/set Salto das Antas 03/mai Salto das Antas 10/jul Salto das Antas 04/out Telêmaco Borba 01/dez Barra Ribeirão das Antas 02/dez Recanto Beira Rio 30/nov Fazenda Santana 30/nov Salto das Antas 03/dez

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As medições de transporte de sedimentos nas cinco estações de monitoramento foram realizadas por equipes de hidrometria da SUDERHSA (atual INSTITUTO das ÀGUAS do PARANÁ). Estas medições foram realizadas fazendo uso da técnica de “Amostragem por Integração Vertical”, para medição da concentração de sedimentos em suspensão no fluxo de cada sub-área da seção. O método utilizado para varredura ao longo da largura da seção foi o “IIL”, “Igual Incremento de Largura”. A concentração dos sedimentos em suspensão foi determinada em análises realizadas no laboratório do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) . No ano de 2009, as equipes de hidrometria tentaram, sem sucesso, realizar medições de descarga do sedimento em arraste. Entretanto, os únicos amostradores disponíveis não se mostraram compatíveis com a velocidade das correntes encontradas, apresentando uma força de arraste que comprometia a estabilidade da embarcação em alguns casos. Quando foi possível posicionar tais amostradores no fundo das seções, os mesmos não permaneceram na horizontal, devido à predominância de fundo rochoso e irregular nestas seções. Estas medições de arraste de fundo não foram conclusivas, e não voltaram a serem tentadas em 2010 e 2011.

Considerando o exposto no parágrafo acima, utilizou-se de metodologia empírica para o cálculo da descarga sólida total, a partir da medida da concentração dos sedimentos em suspensão. Na análise anual de 2009 (Relatório Técnico nº 10) foram pesquisadas diversas formulas empíricas em referências bibliográficas sobre hidrossedimentologia e transporte de sedimentos. A formulação adequada aos dados disponíveis, e adotada neste relatório foi a fórmula de Colby (1957) [1], descrita por CARVALHO (2008). NM SM ST Q Q Q = + [1] ' 0864 , 0 S SM QC Q = [2] L K q QNM = nm' [3] onde:

QST = vazão sólida total, em t/dia;

QSM = descarga sólida medida, em t/dia;

QNM = descarga sólida não medida, em t/dia;

Q = descarga líquida, em m3/s;

C’S = concentração dos sedimentos em suspensão, em ppm;

qNM = descarga sólida não medida por metro de largura, função da

velocidade média; K = fator de correção;

L = largura total da seção de medição, em metros.

Na tabela 4.3 apresenta-se, resumidamente, a determinação da vazão sólida total de cada medição de descarga sólida realizada nas estações de monitoramento em 2011.

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TABELA 4.3 – Cálculo da vazão sólida total nas medições de 2011

O resultado da tabela 4.3 equivale à determinação da vazão sólida específica de cada medição em campo, para cada uma das estações de monitoramento. Esta variável foi associada à vazão líquida específica para o instante da campanha de medição. Estes pares de variáveis estão representados nas duas últimas colunas da tabela 4.3. Estas variáveis estão plotadas no gráfico bi-logarítmico da figura 4.2. No eixo das abscissas deste gráfico está alocada a vazão líquida específica, e no eixo das ordenadas a vazão sólida específica. Todas as vazões sólidas totais calculadas na tabela 4.3, que incluem as campanhas do ano de 2010, estão plotadas através de seus pares de vazões específicas neste gráfico. Nele está plotada, representada pela reta em cor marrom claro, a “equação geral do rio” para sedimentos, obtida da INTERTECHNE (1998), cuja equação está apresentada em [4]: 4519 , 1

5859

,

0

liq ST

q

q

=

×

[4]

onde: qst = vazão sólida específica (t/ano/km2);

qliq = vazão líquida específica (l/s/km2).

Observa-se no gráfico da figura 4.2 que as medições realizadas em 2011, para as estações de Telêmaco Borba, Barra Ribeirão das Antas e Salto das Antas, apresentam-se aderidas a “equação geral do rio”. As medições de descarga sólidas realizadas nas estações de Fazenda Santana e Recanto Beira Rio, não aderem à “equação geral do rio”, conforme constatado no relatório de análise anual 2009 (Relatório Técnico nº 10). A tese de que estas bacias apresentam uma produção específica de sedimentos abaixo da média da bacia, vem sendo confirmada com as medições de descarga sólida realizadas nos rios Barra Grande e Imbauzinho, respectivamente nas estações de Fazenda Santana e Recanto Beira Rio. Por este motivo, no relatório técnico nº 10 ajustou-se uma nova equação para estas duas estações, representada graficamente pela reta de cor verde no gráfico da figura 4.2, cuja equação obtida está apresentada em [5]:

7006 , 1

1448

,

0

liq ST

q

q

=

×

[5]

ESTAÇÃO Data Medição Cota Linimétrica

(cm) Q líquida (m³/s) Conc. média suspensão (ppm) Q sólida total (t/dia) q sólida total (t/ano.km²) q líquida (l/s.km²) 03/05/11 117 4,41 42,00 38,5 22,3 7,0 10/07/11 116 4,07 15,60 200,9 116,4 6,5 Área (km²): 04/10/11 110 2,47 29,00 14,7 8,5 3,9 630 03/12/11 110 2,47 30,0 14,8 8,5 3,9 30/04/11 540 3,20 37,6 10,62 13,1 10,8 26/05/11 534 1,98 20,6 3,58 4,4 6,7 Área (km²): 08/07/11 547 5,78 14,2 7,57 9,3 19,5 296 30/09/11 534 1,98 28 4,89 6,0 6,7 30/11/11 543 4,31 13,8 5,31 6,5 14,6 30/04/11 345 3,87 35,2 13,8 15,3 11,7 25/05/11 340 3,00 12,4 3,93 4,3 9,1 Área (km²): 07/07/11 358 6,34 23,2 15,14 16,7 19,2 330 06/10/11 344 3,69 21,6 8,3 9,1 11,2 30/11/11 355 5,74 22,8 13,6 15,0 17,4 Telêmaco B. 01/05/11 575 144,00 52 762 19,9 10,3 Área (km²): 27/05/11 550 90,00 15,4 151 3,9 6,4 14.000 11/07/11 651 352,00 49,8 2.393 62,4 25,1 06/10/11 590 180,00 22 490 12,8 12,9 01/12/11 601 207,00 33,1 896 23,4 14,8

Barra Rib. Antas 02/05/11 184 171,00 171,00 535 12 10,6

Área (km²): 01/10/11 192 209,00 209,00 569 12,9 13,0 16.089 02/12/11 228 235,00 235,00 1.686 38,3 14,6 Salto das Antas Fazenda Santana Recanto Beira Rio

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onde: qst = vazão sólida específica (t/ano/km2);

qliq = vazão líquida específica (l/s/km2).

FIGURA 4.2 – Relação entre vazões líquidas e sólidas nas estações de monitoramento

A equação [5] é válida apenas para as bacias dos rios Imbauzinho e Barra Grande. A partir das equações [4] e [5], aplicadas às séries de vazões líquidas específicas de cada estação de monitoramento, foram geradas as séries de vazões sólidas nestas estações. Estas séries de vazões sólidas específicas estão apresentadas nas figuras 4.3 e 4.4, respectivamente para o primeiro e segundo semestre de 2011. A produção de sedimento nestas figuras é diferenciada devido à ocorrência de um maior número de eventos chuvosos no 2º semestre. Nas figuras 4.5 e 4.6 apresentam-se as séries de vazões sólidas transportadas nas estações de monitoramento, em unidades “t/dia”. Estes dois gráficos estão ampliados nas figuras 4.7 e 4.8 para as estações de Salto das Antas, Fazenda Santana e Recanto Beira Rio, porque estas apresentam um transporte de sedimentos significativamente inferior às estações localizadas no curso principal do Tibagi, cuja observação fica dificultada na escala das figuras 4.5 e 4.6. Para a estação de Salto das Antas pode ser observada uma interrupção na série de vazões, devido à motivo anteriormente explicados neste relatório.

Nas figuras 4.4, 4.6. e 4.8 podem ser observados “picos” intensos nas séries apresentadas na passagem dos meses de julho e agosto. Este evento foi severo, e apresentou altos valores de transporte de sedimentos.

1 10 100 1.000 1 10 100 1.000 q s o l (t /a n o .k m ²) q liq (l/s.km²)

Salto das Antas Salto das Antas 2011 Fazenda Santana Fazenda Santana 2011 Recanto Beira Rio Recanto Beira Rio 2011 Telêmaco Bo rba Telêmaco Bo rba 2011 Barra Ribeirã o d as Antas Barra Rib. Antas 2011 Eq Bacia T.B, B.R.A e S.A. Equação F.S. e R.B.R

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FIGURA 4.3 – Vazões sólidas específicas nas estações no 1º semestre de 2011

FIGURA 4.4 – Vazões sólidas específicas nas estações no 2º semestre de 2011

0 250 500 750 1000 1250 1500 1750 2000 2250 2500 2750 3000 3250 3500

jan-11 fev-11 mar-11 abr-11 mai-11 jun-11 jul-11

Tempo (dias) V a z ã o E s p e c íf ic a ( t/ a n o .k m ²)

B. R. das Antas S. das Antas F. Santana R. B. Rio T. Borba

0 250 500 750 1000 1250 1500 1750 2000 2250 2500 2750 3000 3250 3500

jul-11 ago-11 set-11 out-11 nov-11 dez-11 jan-12

Tempo (dias) V a z ã o E s p e c íf ic a ( t/ a n o .k m ²)

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FIGURA 4.5 – Vazões sólidas nas estações de monitoramento no 1º semestre de 2011

FIGURA 4.6 – Vazões sólidas nas estações de monitoramento no 2º semestre de 2011

0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000

jan-11 fev-11 mar-11 abr-11 mai-11 jun-11 jul-11

Tempo (dias) V a z ã o S ó li d a ( t/ d ia )

B. R. das Antas S. das Antas F. Santana Recanto B. R. T. Borba

0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000

jul-11 ago-11 set-11 out-11 nov-11 dez-11 jan-12

Tempo (dias) V a z ã o S ó li d a ( t/ d ia )

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FIGURA 4.7 – Vazões sólidas em três das estações no 1º semestre de 2011

FIGURA 4.8 – Vazões sólidas em três das estações no 2º semestre de 2011

0 300 600 900 1200 1500 1800 2100 2400 2700 3000 3300

jan-11 fev-11 mar-11 abr-11 mai-11 jun-11 jul-11

Tempo (dias) V a z ã o S ó li d a ( t/ d ia )

S. das Antas F. Santana Recanto B. R.

0 300 600 900 1200 1500 1800 2100 2400 2700 3000 3300

jul-11 ago-11 set-11 out-11 nov-11 dez-11 jan-12

Tempo (dias) V a z ã o S ó li d a ( t/ d ia )

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5. ANÁLISE DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS NAS SEÇÕES MONITORADAS

Com o processamento de dados apresentados nos capítulos três e quatro foi possível realizar estimativas, tendo em conta a disponibilidade de dados existentes de transporte de sedimentos nas seções de monitoramento, localizadas em torno do reservatório da UHE Mauá.

TABELA 5.1 – Estimativa do transporte de sedimento nas seções de monitoramento

Variável analisada Telêmaco

Borba Recanto Beira Rio Fazenda Santana Barra Ribeirão das Antas

Massa Transportada (t/ano) 994.400 20.120 20.800 1.147.000

Volume Transportado (hm3/ano) * 0,642 0,013 0,013 0,740

Vazão Esp. Sólida “qsol”(t/km 2

/ano) 71,03 60,98 70,30 71,29

Degradação do solo (mm/ano) 0,046 0,039 0,045 0,046

Período de análise jan-dez/2011

Notas: * considerou-se um peso específico de 1,55 t/m3.

A tabela 5.1 apresenta uma estimativa do transporte de sedimentos em quatro das cinco estações de monitoramento. A estação de Salto das Antas foi retirada desta análise por apresentar muitos períodos de interrupção ao longo de 2011. Estas interrupções poderiam ser preenchidas, mas, considerando o não enchimento do reservatório da UHE Mauá em 2011, esta estação não faz falta a esta análise. Portanto, preferiu-se não realizar tal procedimento, retirando a estação da tabela 5.1, sem prejuízos às informações necessárias neste ano. Na referida tabela, para cada uma das quatro estações, apresenta-se a massa total de sedimentos transportados pela seção, obtida através de integração da série histórica de vazões sólidas, apresentadas nas figuras 4.5 a 4.6. O volume transportado nas seções está apresentado na segunda linha, e foi calculado tendo como base um peso específico médio de 1,55 t/m3 para os sedimentos transportados.

A vazão específica sólida variou entre 61 e 71 t/km2/ano para as estações

analisadas na tabela 5.1. Os valores desta variável apresentados para estas estações demonstraram que ocorreu uma produção de sedimentos, em 2011, com pouco desvio, variando na faixa citada.

A penúltima linha da tabela 5.1 apresenta a degradação do solo, ou a “lâmina equivalente” que seria erodida na bacia, caso uma hipótese de erosão laminar uniformemente distribuída pudesse ser aceita na bacia. Segundo o Atlas de Recursos Hídricos do Estado do Paraná (SUDERHSA, 1998), a degradação do solo na bacia do rio Tibagi varia entre 0,03 e 0,05 mm/ano. Portanto, pode se afirmar que o ano de 2011 foi considerado normal na questão de produção de sedimentos. A título de comparação, este mesmo Atlas fornece, para as demais bacias do Estado do Paraná, as seguintes médias de longo termo para a variável “degradação do solo”: Bacia do Iguaçu, 0,03 a 0,05 mm/ano; Piquiri, Alto Ivaí, Ribeira, 0,05 a 0,07 mm/ano; Baixo Piquiri, Baixo Ivaí, 0,08 a 0,09 mm/ano; Capivari, 0,03 mm/ano; e para as bacias litorâneas, 0,14 mm/ano.

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Segundo o relatório “Diagnóstico das Condições Sedimentológicas dos Principais Rios Brasileiros”, realizado pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH, 1992), a bacia do rio Tibagi está localizada na bacia “S5” do território Brasileiro. Nesta região “S5”, a chuva apresenta erosividade média constante em torno de “R=750”, os terrenos mais erodíveis estão na parte oriental, onde a ocupação populacional é menos intensa se comparada à parte ocidental; há predominância de relevo levemente ondulado. A produção especifica de sedimentos em torno de 26 t/km²/ano para bacias de 3.500 km². As estações Barra Ribeirão das Antas e Telêmaco Borba têm áreas de aproximadamente 15.000 km², um valor bastante superior ao considerado, para isto, utiliza-se do método de extrapolação para bacias deste porte, onde a produção média específica é de 20 t/km²/ano. Próximas a esta região “S5” encontram-se as zonas Sudoeste (“S4”), Litoral Sul (“S1”), Paulista (“S2”) e Mineira (“E6”); em cada região varia a quantidade de produção de sedimentos conforme suas características de relevo, cobertura vegetal e precipitações, conforme se observa na tabela 5.2:

TABELA 5.2 – Comparação da erosividade da bacia do Tibagi com bacias brasileiras

ZONA Litoral Sul “S1” Paulista “S2” Sudoeste “S4” Sul “S5” (Tibagi) Mineira “E6” Índice de erosividade 750 750 750 500 500 Precipitações Média Anual (mm) 1250 - 1250 1000 1000 Erodibilidade

do Solo Alta/Média - Alta/Média Alta/Média Alta/Média

Relevo Íngreme Plano Planalto Recortado Ondulado Íngreme Íngreme Característica da superfície predominante Cobertura

Vegetal Mata - Lavouras

Campo/

Mata Cerrado

Produção específica “qsol” (t/km²/ano)

155 45 95 26 250

Observando-se as referências da tabela 5.2, e os dados nela apresentados, pode-se obpode-servar que a produção de pode-sedimentos na bacia do Tibagi aprepode-sentou-pode-se acima do valor indicado para bacia para o ano de 2011. É importante salientar que este diagnóstico das condições sedimentológicas trata as regiões hidrológicas de modo mais simplificado, ou seja, menos discretizado do que nas análises do Atlas de Recursos Hídricos do Estado do Paraná (SUDERHSA, 1998). Portanto é recomendável assumir os valores desta última publicação, para efeitos comparativos.

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FIGURA 5.1 – Relação entre vazões líquidas e sólidas nas estações em 2011

No gráfico apresentado na figura 5.1 estão apresentados os resultados das campanhas de medição de vazões sólidas, e as funções de correlação entre vazão sólida e vazão líquida, para duas áreas da região de estudo. Os pontos plotados neste gráfico equivalem apenas às medições realizadas em 2011, e têm por objetivo confrontar as observações pontuais no tempo, com as equações propostas para as duas regiões: “geral da bacia”, e outra para os rios Imbauzinho e Barra Grande. A plotagem das medições realizadas em 2011 confirma as equações definidas para essas duas regiões, conforme procedimentos adotados no Relatório Técnico nº 10 – Análise Anual 2009, deste Projeto Básico Ambiental.

O mapa da figura 5.2 apresenta a distribuição espacial da produção de sedimentos na bacia do rio Tibagi, a montante do reservatório da UHE Mauá, para o ano de 2011. Nota-se a divisão da área total de captação em quatro sub-áreas, para as quais está individualmente apresentada a vazão sólida específica média (qSOL) para o ano de

2011, e a estimativa da degradação do solo (e). 1 10 100 1000 1 10 100 1000 q liq (l/s.km²) q s o l (t /a n o .k m ²)

Equação Geral da Bacia Medições de descarga sólida em Tel. Borba, Barra Rib. Antas e Salto das Antas Equação 'Fazenda Santana e Recanto Beira Rio' Medições de descarga sólida em Fazenda Santana e Recanto Beira Rio

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FIGURA 5.2 – Distribuição espacial da produção de sedimentos em 2011 LEGENDA:

q sol = vazão específica sólida média

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Realizou-se uma estimativa do potencial de assoreamento do reservatório de Mauá, supondo a hipótese de que o mesmo estivesse formado em 2011. Para isto utilizou-se a “Curva de Brune” para determinação da eficiência de retenção do reservatório. Esta metodologia é recomendada por CARVALHO (2008), e estabelece uma relação entre o volume de sólidos afluentes, o volume anual líquido afluente, e o formato do reservatório, para determinação da “eficiência de retenção”. Esta variável foi estimativa com valor 0,89, ou seja, 89 % dos sedimentos afluentes ao reservatório de Mauá, devem sedimentar-se no corpo do mesmo, e apenas 11 % será defluido do reservatório, seja através de vazões turbinadas, ou em eventuais períodos de vertimentos.

Baseando-se nos dados da tabela 5.1 estimou-se um assoreamento de 0,634 hm3 ou 983.000 t/ano, para 2011, caso o reservatório estivesse formado. Isto equivaleria a apenas 0,043 % do volume “morto” (1.473 hm3) deste reservatório.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a estimativa do transporte de sedimentos realizada no quinto capítulo é possível observar a produção de sedimentos ao longo da bacia do rio Tibagi, e compará-los a outras bacias hidrográficas brasileiras. Os dados apresentados estão discretizados para quatro diferentes áreas da bacia de montante da UHE Mauá.

A análise de consistência das vazões líquidas demonstrou coerência nas séries de vazões líquidas. As medições de descarga realizadas em 2011, confirmaram os ajustes e as extrapolações das curvas de descarga dos postos fluviométricos instalados em abril de 2009, nos rios Imbauzinho e Barra Grande. As medições de descarga sólida realizadas em 2011 confirmaram as diferenças na produção de sedimentos entre a “equação geral da bacia” e a região dos afluentes Imbauzinho, e Barra Grande. Esta constatação foi realizada no relatório técnico nº 10, da “Análise Anual 2009”. Entretanto, naquela data, o período de observação era curto, o que inseria incertezas nesta constatação. Após mais 24 meses de observações (ano de 2011), tal constatação continuou se demonstrando válida.

A estimativa do transporte de sedimentos encontrou valores para vazão sólida específica de 61 a 71 t/km2/ano, que correspondem a uma degradação do solo que varia

de 0,039 a 0,046 mm/ano, ligeiramente superiores aos valores encontrados nos demais anos. Através da interpretação destas faixas de valores pode-se concluir que os resultados encontrados neste ano estão coerentes aos resultados do estudo da SUDERHSA (1998). A Degradação do Solo, no Atlas da SUDERHSA, equivale aos seguintes valores, para as bacias paranaenses: Bacia do Iguaçu, 0,03 a 0,05 mm/ano; Piquiri, Alto Ivaí, Ribeira, 0,05 a 0,07 mm/ano; Baixo Piquiri, Baixo Ivaí, 0,08 a 0,09

mm/ano; Capivari, 0,03 mm/ano; e para as bacias litorâneas, 0,14 mm/ano. O Projeto

Básico da UHE Mauá (VLB, 2008) indica um tempo de assoreamento de 1.000 anos para o volume “morto” do reservatório (1.473 hm3), e uma vazão sólida afluente de 560.237

t/ano, o que equivale a uma vazão sólida específica de 36,3 t/km2/ano. Desta forma, os

dados calculados neste presente relatório, para 2011, equivalem a aproximadamente duas vezes a vazão sólida média anual calculada pela VLB (2008). Esta diferença pode ser explicada pelo evento chuvoso de julho-agosto de 2011, que apresentou um grande transporte de sedimento, conforme apresentado no quarto capítulo.

Os dados coletados e processados têm o mérito de ampliar o conhecimento do processo de transporte de sedimentos nesta região do Estado do Paraná, aumentando a densidade de estações hidrossedimentológicas nessa região. A continuidade deste PBA nos próximos anos possibilitará o aumento de precisão nestas avaliações, e a melhoria continua na avaliação dos processos de transporte de sedimentos nesta bacia. Como exemplos deste parágrafo, pode citar a confirmação de uma equação de produção de sedimentos, diferente nas bacias dos rios Imbauzinho e Barra Grande, em relação à “Equação Geral do rio” (INTERTECHNE, 1998).

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO, N. O. Hidrossedimentologia Prática. Rio de Janeiro: Interciência, 2008. 2ª edição. 599 p.

INSTITUTO DE PESQUISAS HIDRÁULICAS. Diagnóstico das Condições

Sedimentológicas dos Principais Rios Brasileiros. Rio de Janeiro: ELETROBRÁS,

1992. 100 P.

INTERTECHNE. Relatório os Estudos de Viabilidade da Usina Hidrelétrica de

São Jerônimo. Curitiba: Março/1998. Volume 1 de 3.

SUDERHSA. Atlas de Recursos Hídricos do Estado do Paraná. Curitiba: SEMA: Março/1998. 27 p.

VLB Engenharia. UHE Mauá – Projeto Básico Consolidado. Curitiba: VLB, abril / 2008.

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