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prioritárias para a conservação da Caatinga

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Academic year: 2021

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Anfíbios e répteis:

áreas e ações

prioritárias para

a conservação

da Caatinga

PARTICIPANTES DO SEMINÁRIO GRUPO TEMÁTICO ‘RÉPTEIS E ANFÍBIOS’ Miguel Trefaut Rodrigues Coordenação Celso Morato de Carvalho Diva Maria Borges-Nojosa Eliza Maria Xavier Freire Felipe Franco Curcio Francisco Filho de Oliveira Hélio Ricardo da Silva Marianna Botelho de Oliveira Dixo

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São conhecidas, em localidades com feição característica das caatingas semi-áridas, 44 espécies de lagartos, nove espécies de anfisbenídeos, 47 de serpentes, quatro de quelônios, três de crocodilianos, 47 de anfíbios anuros e duas de gimnofionos. Dessas, aproximadamente 15% são endêmicas.

Do ponto de vista da cobertura geográfica há ainda muito por fazer. Talvez seja essa a mais importante lacuna a ser preenchida para que possamos definir as áreas prioritárias para conservação na Caatinga. As amostragens são bastante incipientes, o que torna impossível, salvo para grupos mais bem estudados, como o dos lagartos e o dos anfisbenídeos, falar em endemismos.

As informações sobre a distribuição das espécies de anfíbios e de répteis foram utilizadas para identificar e classificar áreas prioritárias a serem conservadas. No total foram indicadas 19 áreas, sendo duas delas de extrema importância biológica, 12 de muito alta importância e cinco de provável importância, mas insuficientemente conhecidas (Figura 1).

Merecedoras de destaque são as

duas áreas de dunas do médio rio São Francisco (campos de dunas de Xique-Xique e de Santo Inácio, e campos de dunas de Casanova), pois nelas con-centram-se conjuntos únicos de espécies endêmicas. Por exemplo, das 41 espécies de lagartos e de anfisbenídeos registradas para o conjunto de áreas de dunas praticamente 40% são endêmicas. Além disso, quatro gêneros são também exclusivos da área.

A criação de áreas protegidas foi a ação recomendada para o Domo de Itabaiana, Estação Ecológica do Xingó, Raso da Catarina e Raso da Glória, Chapada Diamantina, Chapada do Araripe, serra das Almas, Quixadá/ encosta da serra de Baturité, Limoeiro do Norte/Chapada do Apodi, região de encosta da chapada de Ibiapaba, dunas e contatos com caatinga cerrado e cariris velhos. Essas áreas estão inseridas em regiões de elevada diversidade, as quais abrigam importantes extensões de caatinga relativamente bem preservadas, com alguns endemismos e com distribuições relictuais. É possível que estudos futuros venham a reconhecer algumas dessas populações relictuais como espécies endêmicas das áreas em que habitam.

André P

essoa

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1. Campos de Dunas de Xique-Xique e de Santo Inácio 2. Campos de Dunas de Casanova 3. Domo de Itabaiana

4. Estação Ecológica do Xingó 5. Raso da Catarina e Raso da Glória 6. Chapada Diamantina

7. Chapada do Araripe 8. Serra das Almas

9. Quixadá / Encosta da Serra de Baturité 10. Limoeiro do Norte / Chapada do Apodi 11. Encosta da Chapada de Ibiapaba 12. Região de Barreirinhas / Urbano Santos

Figura 1

Áreas prioritárias

para conservação

de anfíbios e

répteis na Caatinga

DESCRIÇÃO DAS ÁREAS PRIORITÁRIAS INDICADAS

13. Aiuaba

14. Estação Ecológica de Seridó 15. Cariris Velhos

16. Serra de Jacobina 17. Cabrobó e Ouricuri 18. São Bento do Una

19. Parque Nacional da Serra da Capivara

1 - CAMPOS DE DUNAS DE XIQUE-XIQUE E SANTO INÁCIO

Localização: BA: Xique-Xique, Pilão Arcado, Sento Sé, Itaguaçu da Bahia, Gentio do Ouro e Barra.

Importância biológica: Extrema.

Hábitats: Campos de dunas e campos rupestres.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: alta; alto número de endemis-mos; riqueza de espécies raras/ameaçadas: alta; ocorrência de fenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: alta; grau de alteração: alto; pressão antrópica: baixa (retirada de madeira para lenha. Permite mobilização da areia pelos ventos).

Importância Biológica Extrema Muito alta Alta Informação insuficiente Limite estadual Limite do bioma Caatinga

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Justificativa: Trata-se de um ecossistema ímpar caracterizado por espécies endêmicas que mostram adaptações marcadas para a vida subterrânea. É a área com maior diversidade da Caatinga. As áreas incluídas na margem direita do rio São Francisco abrigam espécies endêmicas, muitas delas irmãs das da margem esquerda. A Ilha do Gado Bravo é outro núcleo de endemismo com espécies próprias. Vale ressaltar a ocorrência de pinturas rupestres não estudadas em toda a área. Espécies endêmicas: Calyptommatus leiolepis, C. sinebrachiatus, C. nicterus, Nothobachia ablephara, Procellosaurinus erythrocercus, Psilophtalmus paeminosus, Teopidurus amathites, T. divaricatus, T. pinima; entre outras.

2 - CAMPOS DE DUNAS DE CASANOVA

Localização: BA: Casanova e Sento Sé. Importância biológica: Extrema.

Hábitats: Dunas e afloramentos rochosos relictuais.

Ação recomendada: Proteção integral. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: alta; alto número de endemis-mos; alta riqueza de espécies raras/ ameaçadas.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: alta; grau de alteração: baixo; pressão antrópica: baixa (agropecuária e corte de madeira).

Justificativa: Área de dunas relictuais com inúmeras espécies endêmicas com relação de parentesco próximas com as do campo de dunas de Xique-Xique. A área da margem direita, ainda inexplorada, pode revelar mais endemismos. Espécies endêmicas: Apostolepis arenarius, Amphisbaena frontalis, Procellosaurinus tetradactylus; entre outras.

3 - DOMO DE ITABAIANA

Localização: SE: Campo do Brito, Macambira, Itabaiana, Moita Bonita, Malhador e São Domingos.

Importância biológica: Muito alta.

Hábitats: Áreas abertas de altitude e matas de encosta.

Ação recomendada: Proteção integral. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: média; número médio de endemismos; riqueza de espécies raras/ ameaçadas: média; ocorrência de fenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: alta; grau de alteração: alto; pressão antrópica: alta (lavoura).

Justificativa: Área com espécies endêmicas de anfíbios; alta diversidade de hábitats; áreas de altitude únicas na região; contato entre mata atlântica/agreste/caatinga; presença de espécies simpátricas; distribuição relictual de Tropidurus hygomi.

4 - ESTAÇÃO ECOLÓGICA DO XINGÓ

Localização: AL: Olho d’Água do Casado, Piranhas e Delmiro Gouveia; SE: Canindé de São Francisco; BA: Paulo Afonso. Importância biológica: Muito alta.

Hábitats: Caatinga hiperxerófita arbustivo-arbórea.

Ação recomendada: Investigação científica. Elementos de diagnóstico: Alta riqueza de espécies.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: alta; grau de alteração: alto; pressão antrópica: alta (construção da hidrelétrica de Xingó).

Justificativa: Ocorrência de 33 espécies de lagartos e serpentes, dentre as quais destacam-se duas espécies de distribuição relictual (Tropidurus cocorobensis e Psilophtalmus paeminosus) e uma espécie nova do gênero Mabuya.

5 - RASO DA CATARINA E RASO DA GLÓRIA

Localização: BA: Belém do São Franciso, Rodelas, Paulo Afonso, Abaré, Chorrochó, Macururé, Glória, Floresta, Várzea Nova, Jacobina e Miguel Calmon.

Importância biológica: Muito alta. Hábitats: Caatinga de solos arenosos. Ação recomendada: Uso sustentável.

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Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: média; número médio de endemismos; riqueza de espécies raras/ ameaçadas: média; ocorrência de fenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: baixa; grau de alteração: baixo; pressão antrópica: baixa (agropecuária). Justificativa: Caatingas abertas e arbóreas do Raso da Catarina e da Glória. Abriga espécies endêmicas (Amphisbaena arenaria) e relictuais (Tropidurus cocorobensis).

6 - CHAPADA DIAMANTINA

Localização: BA: Morro do Chapéu, Cafarnaum, Utinga, Bonito, Mulungu do Morro, Iraquara, Lençóis, Wagner, Ruy Barbosa, Lajedinho, Mucugê, Andaraí, Itaeté, Nova Redenção, Ibicoara e Palmeiras.

Importância biológica: Muito alta. Hábitats: Campos rupestres e caatingas. Ação recomendada: Uso sustentável. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: alta; número médio de endemismos; média riqueza de espécies raras/ameaçadas.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: média; grau de alteração: baixo; pressão antrópica: baixa (garimpos e agropecuária).

Justificativa: Área que inclui as caatingas de altitude e seus contatos transicionais com os campos rupestres. Há inúmeras espécies endêmicas de lagartos e anuros. Já existe um parque nacional na área. Há uma nova espécie do gênero Gymno-dactylus provavelmente endêmica da região, onde também ocorre a espécie Tropidurus erythrocephalus.

7 - CHAPADA DO ARARIPE

Localização: CE: Araripe, Santana do Cariri, Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha, Abaiara, Crato, Jardim, Porteiras, Nova Olinda, Potengi, Salitre e Campos Sales; PI: Alegrete do Piauí, Fronteiras, Padre

Marcos, Marcolândia e Caldeirão Grande do Piauí; PE: Araripina, Bodocó, Exu, Ipubi, Serrita, Simões e Moreilândia.

Importância biológica: Muito alta.

Hábitats: Caatinga, cerrado, carrasco e mata úmida.

Ação recomendada: Investigação científica. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: alta; número médio de endemismos; riqueza de espécies raras/ ameaçadas: alta; ocorrência de fenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Grau de alteração: médio; pressão antrópica: alta (uso sustentável, caça e exploração de fósseis).

Justificativa: Área com alta diversidade, ocorrendo várias espécies de anfíbios e lepidossauros, incluindo um caso de endemismo (Mabuya arajara). A região da Chapada do Araripe abrange zonas de contato entre biotas necessitando de levantamentos mais abrangentes. Região com expressivos sítios fossilíferos. Abrange áreas protegidas (APA, FLONA e RPPN).

8 - SERRA DAS ALMAS

Localização: CE: Crateús, Ipueiras, Ipaporanga e Poranga; PI: Pedro II, Buriti dos Montes e São Miguel do Tapuio; Zona de Conflito (entre MA e PI).

Importância biológica: Muito alta.

Hábitats: Caatinga, mata seca e carrasco. Ação recomendada: Proteção integral. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: alta; riqueza de espécies raras/ ameaçadas: alta; ocorrência de fenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: alta; grau de alteração: alto; pressão antrópica: alta (desmatamento). Justificativa: Área com alta diversidade, contendo várias espécies de lagartos, serpentes e anfíbios interessantes. Os resultados de um levantamento preliminar indicam novos registros para a região, inclusive o jácaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris).

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9 - QUIXADÁ/ENCOSTA DA SERRA DE BATURITÉ

Localização: CE: Quixeramobim, Paramoti, Canindé, Quixadá, Banabuiú, Choró, Itatira, Itapiúna, Capistrano, Baturité, Aratuba, Caridade, Madalena, Mulungu e Gua-ramiranga.

Importância biológica: Muito alta. Hábitats: Caatinga.

Ação recomendada: Investigação científica. Vulnerabilidade: Grau de alteração: médio; pressão antrópica: média (desmatamento e caça).

Justificativa: Região com zonas de contato entre o domínio de caatinga circundante e a floresta úmida de altitude da Serra de Baturité. Área de influência para a fauna podendo abrigar grande parte das espécies ombrófilas e endêmicas (p. ex. Colobo-sauroides cearensis), além de conservar populações relictuais de Enyalius bibroni. Também inclui uma interessante área com provável potencial faunístico.

10 - LIMOEIRO DO NORTE/ CHAPADA DO APODI

Localização: CE: Tabuleiro do Norte, Limoeiro do Norte, Russas, Alto Santo, São João do Jaguaribe, Morada Nova, Quixeré, Jaguaruana, Palhano, Alto Santo e Itaiçaba; RN: Apodi, Governador Dix-Sept Rosado e Baraúna.

Importância biológica: Muito alta.

Hábitats: Caatinga arbórea e caatinga arbustiva.

Ação recomendada: Proteção integral. Elementos de diagnóstico - Riqueza de espécies: alta; número médio de endemismos; riqueza de espécies raras/ameaçadas: alta; ocorrência de fenômeno biológico especial. Vulnerabilidade: Grau de alteração: alta; pressão antrópica: alta (exploração de madeira e caça).

Justificativa: Área com alta diversidade indicada pelos levantamentos realizados na Chapada do Apodi (22 espécies de serpentes) e na região do rio Jaguaribe, que apresenta um caso de endemismo (Chithonerpeton arii). Zona de contato entre biotas.

11 - ENCOSTA DA CHAPADA DE IBIAPABA

Localização: CE: Freicheirinha, Mucambo, Graça, Granja, Reriutaba, Viçosa do Ceará, Moraújo, Tianguá, Ibiapina, Ubajara, Coreaú, Cariré, Pacujá, Varjota, Pires Ferreira, Ipu, Hidrolândia, Ipueiras, Croatá, Guaraciaba do Norte, São Benedito e Sobral.

Importância biológica: Muito alta.

Hábitats: Mata de transição, caatinga arbórea e caatinga arbustiva.

Ação recomendada: Proteção integral.

Miguel T

. R

odrigues

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Elementos de diagnóstico - Riqueza de espécies: alta; baixo número de endemismos; riqueza de espécies raras/ameaçadas: média; ocorrência de fenômeno biológico especial. Vulnerabilidade: Grau de alteração: médio; pressão antrópica: alta (exploração de madeira, caça e agricultura).

Justificativa: Zona de contato entre o domínio da caatinga circundante e a floresta úmida de altitude. Área de influência para a fauna, podendo abrigar grande parte das espécies endêmicas (Colobosauroides cearensis) e populações isoladas (Enyalius bibroni).

12 - BARREIRINHAS/ URBANO SANTOS

Localização: MA: Barreirinhas, Urbano Santos, Santa Quitéria do Maranhão, São Bernardo e Tutóia.

Importância biológica: Muito alta. Hábitats: Dunas, caatinga e cerrado. Ação recomendada: Proteção integral. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: média; número médio de endemismos; média riqueza de espécies raras/ameaçadas.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: Média. Grau de alteração: Média. Justificativa: Contato entre dunas dos lençóis maranhenses e enclaves de cerrados em contato com a caatinga.

13 - AIUABA

Localização: CE: Aneiróz, Catarina, Aiuaba, Saboeiro, Jucás, Antonina do Norte e Tarrafas.

Importância biológica: Provável; área insuficientemente conhecida.

Hábitats: Caatinga.

Ação recomendada: Proteção integral. Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: média; grau de alteração: médio; pressão antrópica: baixa (exploração de madeira para lenha e caça).

Justificativa: A área já apresenta uma unidade de conservação, porém nada se conhece sobre a ocorrência da fauna e flora; em especial da herpetofauna.

14 - ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE SERIDÓ

Localização: RN: Serra Negra do Norte, Santana do Seridó, São João do Sabugi, São José do Seridó, Jardim do Seridó, Ouro Branco, Várzea, Caicó, Ipueira e Timbaúba dos Batistas; PB: Santa Luzia, Patos, Malta, São José de Espinharas, São Mamede, São José do Sabugi, Paulista, Santa Teresinha, Condado, São Bento e Vista Serrana.

Importância biológica: Provável; área insuficientemente conhecida.

Hábitats: Caatiga arbustiva e arbórea. Ação recomendada: Investigação científica. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: média; média riqueza de espécies raras/ameaçadas.

Vulnerabilidade: Grau de alteração: médio. Justificativa: Ocorrência de 18 espécies de lagartos, entre as quais, um de distribuição relictual (Tropidurus cocorobensis).

15 - CARIRIS VELHOS

Localização: PB: Congo, São João do Cariri, Sumé, Cabaceiras, Boqueirão, Serra Branca, Barra de São Miguel, Umbuzeiro, Aroeiras, São João do Cariri e Camalaú. Importância biológica: Muito alta. Hábitats: Caatinga.

Ação recomendada: Uso sustentável. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: média; baixa riqueza de espécies raras/ameaçadas.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: média; grau de alteração: médio; pressão antrópica: média (agricultura). Justificativa: Área de alta diversidade de espécies com algumas delas relictuais ou endêmicas. Destacam-se os lagartos Phyllopezus periosus, Mabuia agmosticha e Anotosaura vanzolinia.

16 - SERRA DE JACOBINA

Localização: BA: Várzea Nova, Jacobina, Miguel Calmon e Morro do Chapéu. Importância biológica: provável; área insuficientemente conhecida.

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Ação recomendada: Investigação científica. Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: alta; grau de alteração: médio; pressão antrópica: média (exploração de madeira).

Justificativa: Inclui caatingas e florestas de baixada e altitude pouco ou nada conhecidas. Sabe-se de pelo menos uma espécie de lagarto, Anotosaura collaris, que deve ocorrer na área e da qual só se conhece o tipo.

17 - CABROBÓ E OURICURI

Localização: PE: Ouricuri, Cabrobó, Santa Maria da Boa Vista, Santa Cruz, Parnamirim, Terra Nova, Orocó e Salgueiro. Importância biológica: provável; área insuficientemente conhecida.

Hábitats: Caatinga.

Ação recomendada: Investigação científica. Justificativa: Região sem informações sobre a herpetofauna, situada entre áreas com maiores informações sobre a distribuição de aníbios e répteis. Pode vir a apresentar interessantes problemas de simpatria.

18 - SÃO BENTO DO UNA

Localização: PE: Alagoinha, São Bento do Una, Caetés, Capoeiras, Pesqueira, Venturosa, Pedra e Buíque.

Importância biológica: Provável; área insuficientemente conhecida.

Hábitats: Caatinga/agreste.

Ação recomendada: Investigação científica. Justificativa: A área está localizada no contato entre o agreste e a caatinga. Foi incluída por ser pouco conhecida e para cobrir o espaço entre as áreas propostas para conservação e estudo. A situação de contato poderá resolver alguns problemas de distribuição de répteis e anfíbios.

19 - PARQUE NACIONAL DA SERRA DA CAPIVARA

Localização: PI: Canto do Buriti, São Raimundo Nonato, Coronel José Dias, São João do Piauí e Dom Inocêncio.

Importância biológica: Muito alta. Hábitats: Caatinga arbustiva e arbórea. Ação recomendada: Proteção integral. Elementos de diagnóstico: Riqueza de espécies: alta; riqueza de espécies raras/ ameaçadas: média; ocorrência de fenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca do sistema: alta; grau de alteração: médio; pressão antrópica: alta (agropecuária). Justificativa: Populações relictuais de lagartos do gênero Enyalius, elevada diversidade de anfíbios e répteis e população relictual de Caiman crocodylus.

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