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Contradições e mistificações

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Academic year: 2021

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Texto

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Contradições e

mistificações

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Pergunta 1

Comunicando-se em dois centros diferentes, o mesmo Espírito

pode dar em cada um deles, sobre o mesmo ponto, respostas

contraditórias?

“Se as opiniões e as ideias não forem as mesmas nos dois centros, as

respostas poderão chegar-lhes desfiguradas, já que eles se acham sob a

influência de diferentes falanges de Espíritos. Então, não é a resposta que é contraditória, mas a maneira por que é dada.”

(5)

Pergunta 2

Compreende-se que uma resposta possa ser alterada. Mas,

quando as qualidades do médium excluem toda ideia de má

influência, como se explica que Espíritos superiores usem de

linguagens diferentes e contraditórias sobre o mesmo assunto,

para com pessoas perfeitamente sérias?

“Os Espíritos realmente superiores jamais se contradizem e a linguagem

de que usam é sempre a mesma, com as mesmas pessoas. Pode,

(6)

Pergunta 2 (continuação)

“[...] Deve-se, porém, estar atento ao fato de que a contradição, muitas

vezes, é apenas aparente; está mais nas palavras do que nas ideias, bastando que alguém reflita para verificar que a ideia fundamental é a mesma.

Além disso, o mesmo Espírito pode responder diferentemente sobre a

mesma questão, conforme o grau de perfeição dos que o evocam, pois nem sempre convém que todos recebam a mesma resposta, por não estarem todos igualmente adiantados [...]”

(7)

Pergunta 3

Com que fim Espíritos sérios parecem aceitar, junto de certas

pessoas, ideias e preconceitos que combatem junto de outras?

“É preciso que nos entendamos. Se alguém tem uma convicção bem

firmada sobre uma doutrina, ainda que falsa, devemos afastá-la dessa

convicção, mas pouco a pouco. É por isso que muitas vezes nos servimos de seus termos e aparentamos concordar com suas ideias, a fim de que não fique de súbito ofuscado e não deixe de se instruir conosco. [continua]

(8)

Pergunta 3 (continuação)

“Aliás, não se deve atacar bruscamente os preconceitos, pois esse

seria o melhor meio de não se ser ouvido. É também a razão que pode levar os Espíritos a falarem de acordo com a opinião dos que os ouvem, de modo a trazê-los pouco a pouco à verdade.

Os Espíritos apropriam sua linguagem às pessoas, como tu mesmo farás, se

fores um orador mais ou menos hábil. [...]

“Não se deve tomar como contradição o que geralmente é

apenas uma fase da elaboração da verdade. Todos os Espíritos têm a sua tarefa designada por Deus, desempenhando-a dentro das condições que julgam convenientes para beneficiar as pessoas que lhes recebem as

(9)

Pergunta 4

As contradições, mesmo aparentes, podem lançar dúvidas no

espírito de algumas pessoas. Que controle podemos empregar para

conhecer a verdade?

“Para se discernir do erro a verdade, é preciso que as respostas sejam

aprofundadas e meditadas por longo tempo e com seriedade. É um

estudo completo a fazer-se. Para isso, é preciso tempo, como para estudar todas as coisas.

“Estudai, comparai, aprofundai. Temos dito que o conhecimento da verdade só se

obtém a esse preço. Como quereríeis chegar à verdade, interpretando tudo segundo as vossas ideias acanhadas, que tomais por grandes ideias? [...]”

(10)

Pergunta 5

Há pessoas que não têm nem tempo, nem a aptidão necessária

para um estudo sério e aprofundado e que aceitam sem exame

aquilo que lhes ensinam. Não haverá para elas inconveniente de

acreditar em erros?

“O essencial é que pratiquem o bem e não façam o mal. Para isso,

não há duas doutrinas. O bem é sempre o bem, quer feito em nome de Alá, quer em nome de Jeová, visto que existe um só Deus para o Universo

(11)

Pergunta 6

Como é que Espíritos, que parecem desenvolvidos em

inteligência, podem ter ideias evidentemente falsas sobre certas

coisas?

“É que têm suas doutrinas. Os que não são bastante adiantados, e julgam

(12)

Pergunta 7

Que se deve pensar de doutrinas segundo as quais um só

Espírito poderia comunicar-se e que esse Espírito seria Deus ou

Jesus?

“O Espirito que ensina isso é um Espírito que deseja dominar; por isso

procura fazer crer que é o único a comunicar-se. Mas o infeliz que ousa tomar o nome de Deus expiará duramente o seu orgulho.

Quanto a essas doutrinas, elas se refutam por si mesmas, porque estão em

contradição com os fatos mais bem averiguados. Não merecem exame sério, pois que carecem de raízes.”

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Pergunta 8

De todas as contradições que se notam nas comunicações dos

Espíritos, uma das mais surpreendentes é a que diz respeito à

reencarnação. Se a reencarnação é uma necessidade da vida do

Espírito, como se explica que nem todos os Espíritos a

ensinem?

“Não sabeis que há Espíritos cujas ideias se acham limitadas ao presente,

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Pergunta 8 (continuação)

“[...] Julgam que a situação em que se encontram haverá de durar sempre;

nada veem além do círculo de suas percepções e não se preocupam em saberem de onde vêm, nem para onde vão e, no entanto, devem sofrer a ação da lei da necessidade.

A reencarnação é, para eles, uma necessidade em que não pensam, senão

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Pergunta 9

Concebemos que os Espíritos pouco adiantados possam deixar

de compreender esta questão. Mas, então, como é que Espíritos

de uma inferioridade moral e intelectual notória falam

espontaneamente de suas diferentes existências e do desejo

que têm de reencarnar para resgatarem o passado?

“Passam-se no mundo dos Espíritos coisas bem difíceis de compreenderdes.

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Pergunta 9 (continuação)

“[...] Não tendes entre vós pessoas muito ignorantes sobre certos assuntos e

esclarecidas acerca de outros? Pessoas que têm mais juízo do que instrução e outras que têm mais espírito que juízo?

Não sabeis também que alguns Espíritos se comprazem em manter os

homens na ignorância, aparentando instruí-los, e que aproveitam da facilidade com que suas palavras são acreditadas?

Podem seduzir os que não descem ao fundo das coisas; mas, quando

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Pergunta 10

As doutrinas errôneas, que certos Espíritos podem ensinar, não

têm por efeito retardar o progresso da verdadeira ciência?

“Desejais tudo obter sem trabalho. Sabei, pois, que não há campo onde

não cresçam as ervas más, cuja extirpação cabe ao lavrador. Essas

doutrinas errôneas são uma consequência da inferioridade do vosso mundo. Se os homens fossem perfeitos, só aceitariam o que é verdadeiro.

Os erros são como as pedras falsas, que só um olhar experiente pode

distinguir. Precisais, portanto, de um aprendizado, para distinguirdes o verdadeiro do falso. Pois bem! as falsas doutrinas têm a utilidade de vos exercitarem em fazerdes a distinção entre o erro e a verdade.”

(18)

Pergunta 10a

Os que adotam o erro não retardam o seu adiantamento?

“Se adotam o erro, é que não estão bastante adiantados para compreender

(19)

Item 302 (ver § IX da Conclusão do LE)

Enquanto não se faz a unidade doutrinária, cada um julga ter a

verdade consigo, sustentando como verdadeiro apenas o que

sabe, ilusão que os Espíritos enganadores não deixam de

alimentar. Assim sendo, em que poderá apoiar-se o homem

imparcial e desinteressado, para formar juízo?

“A mais pura luz não pode ser obscurecida por nuvem alguma. O diamante

sem mácula é o que tem mais valor. Julgai, pois, os Espíritos pela pureza de seus ensinos. [continua]

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Item 302 (continuação)

“[...] A unidade se fará do lado em que o bem jamais esteve misturado ao mal; é

desse lado que os homens se unirão pela própria força das coisas, pois julgarão que é aí que está a verdade.

Notai que os princípios fundamentais são os mesmos por toda parte e haverão

de unir-vos num pensamento comum: o amor de Deus e a prática do bem.

Qualquer que seja o modo de progressão que se imagine para as almas, o

objetivo final é um só e a maneira de atingi-lo também é o mesmo: fazer o bem.

Ora, não há duas maneiras de fazê-lo. Se surgiram dissidências capitais, quanto ao

próprio fundamento da Doutrina, dispondes de uma regra certa para as apreciar, esta: a melhor doutrina é a que melhor satisfaz ao coração e à razão, e a que dispõe de mais elementos para levar os homens ao bem. Essa, eu vos

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Item 303 – Pergunta 1

As mistificações constituem um dos escolhos mais

desagradáveis do Espiritismo prático. Haverá algum meio de nos

preservarmos deles?

“Parece-me que podeis achar a resposta em tudo quanto vos tem sido

ensinado. Certamente, há um meio simples para isso: não pedir ao

Espiritismo senão o que ele possa dar. Seu fim é o melhoramento moral da Humanidade; enquanto não vos afastardes desse objetivo, jamais sereis

enganados, pois não há duas maneiras de se compreender a verdadeira moral, a que todo homem de bom senso pode admitir. [continua]

(23)

Item 303 – Pergunta 1 (continuação)

“[...] Os Espíritos vos vêm instruir e guiar no caminho do bem, e não no das

honras e das riquezas, nem vêm atender às vossas paixões mesquinhas. Se nunca lhes pedissem nada de fútil, ou que esteja fora de suas atribuições, ninguém daria acesso aos Espíritos enganadores. Conclusão: só é mistificado aquele que o merece.

“O papel dos Espíritos não consiste em vos informar sobre as coisas desse

mundo, mas em vos guiar com segurança no que vos possa ser útil para o outro mundo. Quando vos falam das coisas da Terra, é que o julgam

necessário, e não porque o peçais. Se vedes nos Espíritos os substitutos dos adivinhos e dos feiticeiros, então é certo que sereis enganados.

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Item 303 – Pergunta 1 (continuação)

“[...] Se os homens não tivessem senão que se dirigirem aos Espíritos para

saberem de tudo, estariam privados do livre-arbítrio e fora do caminho traçado por Deus à Humanidade.

O homem deve agir por si mesmo. Deus não manda os Espíritos para lhe

aplainarem a estrada material da vida, mas para lhe prepararem a do futuro.”

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Item 303 – Pergunta 1a

Porém, há pessoas que nada perguntam e que são enganadas de

modo infame por Espíritos que comparecem espontaneamente,

sem serem chamados.

“Elas nada perguntam, mas ficam contentes em ouvir, o que dá no

mesmo. Se acolhessem com reserva e desconfiança tudo o que se afasta do objetivo essencial do Espiritismo, os Espíritos levianos não as enganariam tão facilmente.”

(26)

Item 303 – Pergunta 2

Por que Deus permite que pessoas sinceras e que aceitam o

Espiritismo de boa-fé sejam enganadas? Isso não poderia ter o

inconveniente de lhes abalar a crença?

“Se isso lhes abalasse a crença, é que não tinham fé muito sólida. Os que

renunciassem ao Espiritismo, por um simples desapontamento, provariam não o haverem compreendido e não lhe terem apegado ao seu lado sério.

Deus permite as mistificações, para experimentar a perseverança dos

verdadeiros adeptos e punir os que fazem do Espiritismo objeto de divertimento.”

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Referências

 Allan Kardec. O Livro dos Médiuns (1861)

 Parte 2, capítulo 27

 Allan Kardec. O Livro dos Médiuns (1861)

 Introdução, § XIII  Conclusão, § IX

Referências

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