UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO Centro de Ciências Humanas e Sociais - CCH
Departamento de Estudos e Processos Arquivísticos- DEPA
Disciplina: CONSERVAÇÃO PREVENTIVA DE DOCUMENTOS
Professor: Sérgio Conde de Albite Silva
Conteúdo
Unidade 1 - CONCEITOS - POLÍTICA e TECNOLOGIA - PILARES DA PRESERVAÇÃO
Unidade 2 - PLANEJAMENTO DE PRESERVAÇÃO
Unidade 3 - NATUREZA DOS MATERIAIS E DOS SUPORTES
Unidade 4 - CAUSAS DA DETERIORAÇÃO E AÇÕES PREVENTIVAS
Unidade 5 - MICROFILMAGEM E DIGITALIZAÇÃO PARA PRESERVAÇÃO
Esta apostila foi desenvolvida para servir de apoio aos alunos matriculados na disciplina acima referida. Muitos slides deste material foram produzidos originalmente por vários autores para o
Projeto CPBA – Conservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos (www.cpba.net).
Unidade 1 CONCEITOS - POLÍTICAS e TECNOLOGIA - PILARES DA
PRESERVAÇÃO
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CONCEITOS
PRESERVAÇÃO
toda ação que se destina a salvaguardar ou a recuperar as condições físicas e proporcionar durabilidade e permanência aos materiais dos suportes que contêm a informação.
Tem sentido geral e abrangente Implica em escolhas políticas e técnicas
PRESERVAÇÃO
Conservação / Restauração Conservação Preventiva (ações corretivas) (ações preventivas)
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DOCUMENTO informação + suporte
SUPORTE
•meio físico que recebe/contém a informação
•veículo da informação
•matéria na qual as informações são fixadas
INFORMAÇÃO
conjunto estruturado de representações mentais codificadas socialmente contextualizadas e passíveis de serem registradas em qualquer suporte material e, portanto, comunicadas de forma assíncrona e multidirecionada. (Silva e Ribeiro, 2002)
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CONSERVAÇÃO/RESTAURAÇÃO
CONSERVAÇÃO
Conjunto de procedimentos que tem por objetivo melhorar o estado físico do suporte dos documentos, possibilitando o acesso à informação pelas gerações futuras.
RESTAURAÇÃO
Conjunto de procedimentos que visa a recuperar o estado original do suporte do documento, mantendo a sua unidade informacional.
Implicam em
•tratamento documento a documento
•pessoal especializado
•elevado custo financeiro
•extensa duração de tempo
IMPACTO SOBRE O OBJETO AÇÕES CORRETIVAS
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A PRESERVAÇÃO E A PASSAGEM DO TEMPO
Como era
OBJETO SALA AGRESSOR INDIVÍDUO CURTO PRAZO PROFISSIONAIS
COMO?
Como é
CONJUNTO EDIFÍCIO AGRESSÃO
EQUIPE LONGO PRAZO
PÚBLICO POR QUE?
O paradoxo a ser resolvido: Acesso →
Preservação ←
(Gael de Güichen)
CONSERVAÇÃO PREVENTIVA
Conjunto de procedimentos que visa a retardar o início da degradação dos materiais dos suportes dos documentos através da melhoria e controle das condições do ambiente nas áreas de guarda de acervo e dos meios de armazenagem, cuidados com o acondicionamento e uso adequado dos acervos.
Implica em
•tratamento de massa
•conhecimento dos acervos
•reduzido custo financeiro
•tratamento contínuo
IMPACTO SOBRE O CONJUNTO AÇÕES PREVENTIVAS PLANEJAMENTO DE PRESERVAÇÃO
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EVOLUÇÃO DOS CONCEITOS
Restauração
recuperação física dos suportes - museus intervenção de sentido estético - obra de arte
Florença - 1966
necessidade de tratamento em massa necessidade de conhecimento interdisciplinar
(técnica + ciências)
desenvolve/consolida/dissemina
os cientistas da conservação - os centros de pesquisa - as políticas institucionais
os conceitos atuais Eixo da questão
tipo e profundidade da restauração
↓
escolhas éticas, filosóficas, conceituais, ideológicas atividade empírica/artesanal
↓
atividade técnica/científica/política
CONSERVAÇÃO PREVENTIVA
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POLÍTICAS DE PRESERVAÇÃO NO BRASIL
Preservação versusEstado
1937 - primeira formulação legal sobre a proteção do patrimônio.
SPHAN →IPHAN →IBPC →IPHAN
O que foi "escolhido" como patrimônio cultural, histórico ou artístico são "produtos" da civilização.
Foram determinados como "valores humanos", logo são de caráter político.
A "cultura" do Estado x
as realizações ordinárias e rotineiras da sociedade civil
patrimônio histórico oficial símbolos da "nação"
x população ( os "comuns")
heróis do povo
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ESTADO FORTE
X
SOCIEDADE FRÁGIL
Na escolha do patrimônio, predomina o Estado No Estado, predomina o IPHAN
No IPHAN, a arquitetura Na arquitetura, o barroco No barroco...
O ESTADO COLONIAL PORTUGUÊS
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POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO
um progressivo processo reiterativo de ESCOLHAS,
planejamento e implementação de atividades de prevenção. Une conhecimento e financiamento.
assim
• tais escolhas políticas são determinadas, a qualquer tempo,
por valores éticos, epistemológicos, filosóficos e ideológicos vigentes.
• a decisão do quê preservar hoje estará refletida nos acervos
a serem consultados no futuro.
• há uma relação interdependente entre a plataforma
tecnológica disponível e a forma e orientação das decisões políticas.
NESTE UNIVERSO, ATUA O ARQUIVISTA/BIBLIOTECÁRIO
SE ENTENDERMOS QUE
1) têm-se que escolher frente à impossibilidade de
preservação da totalidade dos registros da experiência humana.
2) a escolha de determinado acervo para preservação
implica na "escolha" de um outro para deterioração.
ENTÃO
A preservação não depende apenas dos técnicos. A preservação, em última instância, depende mais dos que
tomam as decisões, daqueles que escolhem!!!
O ARQUIVISTA / BIBLIOTECÁRIO PODE E DEVE PARTICIPAR DESSE PROCESSO. BASEADO EM REFERENCIAIS TÉCNICO / CIENTÍFICOS, ATUA
POLITICAMENTE.
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PRESSUPOSTOS
•a definição e a implementação de políticas(públicas ou
privadas) de preservação têm como um dos seus condicionantes fundamentais a opção por uma ou mais
tecnologiasde informação.
•a escolha de uma ou mais tecnologiassobre as quais se
baseia uma políticade preservação resulta de opções não
só tecnológicas como políticas.
HÁ UMA RELAÇÃO DIALÉTICA ENVOLVENDO AMBAS DIMENSÕES: A
TECNOLÓGICAE A POLÍTICA
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POLÍTICA(pública ou privada) envolve:
•uma ideologia que a gere e a sustente;
•diretrizes e limites de intervenção (do Estado, se pública); •planejamento orçamentário;
•organograma e estrutura organizacional hierárquica;
•integração e inter-relacionamento entre seus vários aspectos e níveis (no público: federal, estadual e municipal – no privado: departamentos, divisões e setores);
•programas e projetos específicos; •dinamismo para as necessárias atualizações; •participação efetiva e constante dos setores interessados; •representação democrática na sua implementação e formulação; •atendimento equilibrado das diferentes demandas; •critérios de aferição e avaliação de seus resultados;
•constante atenção para as correções necessárias ao longo de sua trajetória; •registro textual.
OU SEJA, É UM CONJUNTO ARTICULADO E FUNDAMENTADO DE DECISÕES, PROGRAMAS E INSTITUIÇÕES.
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TECNOLOGIA
thekné(arte) e logos(conhecimento).
Todo produto da ciência, algo resultante do conhecimento em qualquer das áreas sob investigação científica ou empírica.
Tecnologia de informação
Refere-se ao tratamento dos amplos aspectos exigidos pelo registro e transferência da informação, independentemente de seu tempo e espaço histórico.
Tecnologia de preservação
Entende-se como o conjunto de conhecimentos, procedimentos e equipamentos necessários ao tratamento dos documentos e ao controle de seu ambiente de guarda, acondicionamento e uso para a prorrogação da vida útil dos registros produzidos ao longo da história, possibilitando acesso quanto à forma e/ou conteúdo.
A TECNOLOGIA É AÉTICA POR NATUREZA
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DIMENSÃO POLÍTICA DA TECNOLOGIA
•observação rigorosa do uso e função social dos documentos;
•aplicação factível de providências administrativas;
•correta avaliação de orçamentos disponíveis;
•planejamento para o gerenciamento contínuo e permanente;
•estabilidade e amplitude das diretrizes formuladas que possam
garantir continuidade à adoção das escolhas tecnológicas feitas e implantadas, sem que ocorra prejuízo de continuidade.
Conhecendo a escala de atividade (massa informacional) é mais fácil preservar
Escolha entre os diferentes tipos de acervo - o privilégio de uns / detrimentos de outros
SISTEMA DE DETERIORAÇÃO PLANEJADA (Ross Atkinson)
A escolha política e tecnológica que é feita agora, para atender uma
possibilidade futura, é determinada pelos valores ético,
humanístico e epistemológico vigentes.
DIMENSÃO TECNOLÓGICA DA POLÍTICA
A DECISÃO DO QUE PRESERVAR HOJE ESTARÁ NECESSARIAMENTE REFLETIDA NA INFORMAÇÃO A SER CONSULTADA NO FUTURO
Preserva-se o presente!
A conservação do passado é uma preocupação moderna originada da tentativa de congelar o tempo. Na verdade, o
que tentamos congelar é o presente, que é uma visão parcelar, distorcida e fragmentada do passado! • Informação com maior grau de pertinência • Informação com maior densidade • Informação com maior freqüência de uso
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PILARES DA PRESERVAÇÃO
1) IDENTIFICAÇÃO DA FUNÇÃO SOCIAL DO OBJETO 2) ÉTICA DA INTERVENÇÃO
•é realmente necessário intervir?
•até onde "pode ir" um arquivista/bibliotecário?
•há segurança na intervenção proposta?
3) DIAGNÓSTICO PRECISO
•qual a natureza do acervo?
•quais as possibilidades físicas de intervenção?
•qual a metodologia?
4) DIÁLOGO COM O ACERVO/OBJETO 5) REVERSATIBILIDADE DA INTERVENÇÃO
•os produtos e técnicas são conhecidos?
6) ATUAÇÃO INTERDISCIPLINAR 7) DOCUMENTAÇÃO DA INTERVENÇÃO
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Unidade 2
PLANEJAMENTO DE PRESERVAÇÃO
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PLANEJAMENTO DE PRESERVAÇÃO
(atuação política)
Conjunto de ações que tratam das necessidades de preservação de TODOS os acervos de uma instituição.
DEVE DEFINIR
Responsabilidades técnicas políticas administrativas Recursos financeiros e humanos Prioridades em conjunto
TEM SENTIDO
global
envolve todo o corpo institucional racionaliza custos
exige e indica continuidade
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DEVE SER ENTENDIDO COMO UM CONJUNTO DE ESCOLHAS E DECISÕES
ENVOLVE
conhecimento técnico financiamento disposição política controle das atividades verificação dos resultados
CONDIÇÕES INICIAIS
diagnóstico do acervo sob preservação? organizado? inventariado? diagnóstico do edifício
ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO
Projeto de Preservação Programa de Preservação
PROJETO DE PRESERVAÇÃO
Plano de ação de curto prazo, em geral para atender a alguma necessidade específica como treinamento da equipe, acondicionamento de uma coleção ou a reforma de uma
sala...
CARACTERÍSTICAS
financiamento externo (interno) tempo de execução fechado continuidade por meios independentes
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PROGRAMA DE PRESERVAÇÃO
Plano de ações coordenadas, envolvendo as diferentes atividades de rotina de uma instituição, e considerando o
seu desenvolvimento a curto, médio e longo prazo
CARACTERÍSTICAS
institucional
parte no orçamento da instituição (financiamentos externos – Projetos)
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ESTRUTURA BÁSICA
1) Introdução – universo de intervenção definido 2) Justificativa – consistente
3) Objetivos – claros 4) Metodologia – detalhada 5) Metas – cronograma fechado 6) Premissas básicas – condições
7) Orçamento – quantificação de técnicos
materiais equipamento – custos reais
8)Resultados de impacto
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ETAPAS DO PLANEJAMENTO
•Coleta de dados
•Análise dos dados
•Estabelecimento de prioridades
•Geração de idéias de intervenção
•Elaboração de plano escrito
curto médio longo prazo
Quem deve ser envolvido?
•direção / área gerencial
•responsáveis pelo desenvolvimento das coleções
•profissionais da preservação
•funcionários em geral
PLANEJAMENTO INTEGRADO
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A preservação É um dos aspectos do gerenciamento de acervos
•Deve estar de alguma forma explicitada
•Deve ser fundamentada em uma política de acervo coerente
•Deve contar com dados precisos
•É, também, um processo de decisão administrativa
(distribuição dos recursos disponíveis - $ e RH - para as atividades indicadas)
•Se a instituição tem por atividade fim a custódia de
acervos, a preservação deve constar na sua missão institucional.
Deve identificar as prioridades consensualmente
INTERDISCIPLINARIDADE
Implica em tomada de decisões que assegurem
CONTINUIDADE
METODOLOGIA PARA UM PLANEJAMENTO INTEGRADO DE PRESERVAÇÃO
•é imprescindível uma coleta de informações sobre a
quantidade e qualidade dos acervos e das condições ambientais dos locais de guarda e consulta
• o método de levantamento deve assegurar máxima
confiabilidade - menor margem de erro
•Os dados deverão ser analisados levando em conta as
prioridades e as possibilidades de implementação
• o sucesso do planejamento depende do grau de
envolvimento do corpo institucional
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CONHECENDO A INSTITUIÇÃO E OS ACERVOS
Análise das Forças e Fraquezas
Perfil institucional
• missão institucional
• público - perfil e demandas
• qualificação dos funcionários
• grau de entrosamento e integração dos funcionários
Perfil dos acervos
• linhas de acervo
• tipo e extensão da organização
• natureza física
• procedimentos de preservação
• procedimentos de acesso
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ROTEIRO PARA COLETAR E AVALIAR DADOS ANTES DAS DECISÕES
A instituição
•como funciona? •atende à expectativa do público? •"apaga incêndios" ou desenvolvimento planejado? •dá continuidade aos programas independentemente das mudanças administrativas?
As coleções
•condições ambientais?
•condições de segurança e prevenção de sinistros? •elementos de proteção / acondicionamento / limpeza / invólucros? •padronização e controle de procedimentos de manuseio, catalogação, circulação e empréstimos?
Procedimentos e rotinas gerais
•manutenção do edifício? •prevenção de sinistros? •prontidão para emergências?
•monitoramento e controle das condições ambientais? •limpeza regular e metódica?
•controle integrado de pragas?
•treinamento e conscientização de funcionários e usuários?
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DESENVOLVIMENTO DOS ACERVOS
As escolhas - preservação planejada versus deterioração planejada
O que merece menos ser destruído:
•informação histórica? •representatividade institucional? •representatividade social? •demanda do usuário?
•significância local, regional, nacional ou internacional?
Informações complementares:
•formas de acesso - microfilme, à distância, na instituição? •relação custo/benefício - preservar ou novos exemplares?
•qual o impacto da destruição do documento em relação ao assunto/conteúdo? •interesse sazonal, momentâneo ou permanente?
•valor intrínseco do objeto? •reformatação?
•quais os exemplares mais suscetíveis à deterioração? •qual a expectativa de vida com e sem tratamento?
•que já está disponível ou em preparação para reimpressão, microfilmagem ou digitalização?
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CÓDIGOS E ESCALAS DE REFERÊNCIAS
Escala de valor informacional
A -documentos de conteúdo essencial - probatório, pesquisa,
histórico, cultural...
B - documentos com informação significativa para múltiplas
finalidades
C -documentos com informação complementar
Escala de valor material Classe 1- elevado valor de uso
Classe 2- elevado valor econômico
Classe 3- valor potencial para pesquisa futura
Escala de uso
A- documentos de consulta freqüente
B- documentos de consulta relativamente freqüentes
C- documentos de consulta ocasional
EXEMPLOS DE GRAUS DE URGÊNCIA OU DE PRIORIDADES
• AA- prioridade 1 - documentos que necessitam atenção
imediata; microfilmagem e re-acondicionamento
• AB- prioridade 2 - documentos que necessitam atenção
para prevenir deterioração (re-acondicionamento)
• BA - prioridade 3 - documentos que necessitam ser
microfilmados a médio prazo
• BB- prioridade 4 - embalagem de proteção a médio prazo
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QUADRO DE AVALIAÇÃO DA MANUTENÇÃO DOS ACERVOS Muitos Alguns Poucos Nenhum
Necessitam proteção física primária ou secundária. (ex.:falta mobiliário, caixas ou pastas) Registros frágeis ou vulneráveis que necessitam proteção física (ex.: papéis quebradiços ou danificados por líquidos, tintas metaloácidas ou insetos)
Utilização de materiais impróprios (ex.: caixas ou pasta de material ácido) Necessidades de melhorias na ordenação ou no acondicionamento (ex.: documentos desorganizados; caixas ou pastas sub ou superlotadas)
Formatos que devem ser reestudados (ex.: documentos dobrados ou enrolados)
Documentos com necessidades especiais de acondicionamento (ex.: fotografias, jornais, fitas magnéticas etc.)
Prendedores que devem ser substituídos ou removidos (ex.: clipes metálicos, elásticos, grampos, barbantes)
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Unidade 4
NATUREZA DOS MATERIAIS E DOS SUPORTES
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PRINCIPAIS SUPORTES ARQUIVÍSTICOS e BIBLIOGRÁFICOS
• Papel
• Couro e Pergaminho • Tintas
• Fotografia • Filmes e Microfilmes • Fitas magnéticas (áudio e vídeo) • Discos (analógicos) • HDs, Disquetes, CDs e DVDs
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MATERIAIS ORGÂNICOS
PAPEL COURO PERGAMINHO
TÊXTEIS MADEIRA PLÁSTICOS
PEDRA METAIS VIDRO CERÂMICA
MATERIAIS INORGÂNICOS
DETERIORAÇÃO DOS MATERIAIS
• FATORES INTRÍNSECOS
Composição - Manufatura – Industrialização
• FATORES EXTERNOS
Fatores ambientais (UR, T, luz, poluentes atmosféricos, biológicos, mecânicos)
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DETERIORAÇÃO NOS MATERIAIS
• Combinação de mecanismos químicos e físicos operando a nível molecular
• Alterações, inicialmente, microscópicas, e depois, macroscópicas no material
• Processos lentos e imperceptíveis até que um dano maior ocorra
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PAPEL
CAMADAS DE UMA MALHA DE FIBRAS DE CELULOSE
ENTRELAÇADAS
+
ADITIVOS QUÍMICOS (CARGAS)
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O PAPEL de “TRAPO” até 1850
• Feito de trapos de linho e algodão • Matéria-prima com elevado conteúdo de
celulose (algodão: 90%; linho 80%) • Obtenção de fibras longas de celulose • Ausência de aditivos quimicamente
prejudiciais
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O PAPEL “MODERNO” 1850 - 1990
• Feito de pasta de madeira
• Matéria-prima com baixo conteúdo de celulose
• Obtenção de fibras de celulose mais curtas • Degradação das fibras de celulose pela
polpação e branqueamento químicos
PAPEL ALCALINO depois de 1990
• Feito de pasta de madeira
• Matéria-prima com baixo conteúdo de celulose
• Fibras de celulose mais curtas
• Polpação química suave para obter as fibras de celulose
• Branqueamento químico suave • Encolagem alcalina
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A PRODUÇÃO DO PAPEL da manufatura à industrialização
(Projeto CPBA – Ingrid Beck)
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Papel de trapo • Trapeiros recolhiam
matéria prima de casa em casa.
• Trapos de algodão e linho eram selecionados por cor, rasgados e alvejados.
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Processamento
• Os moinhos ficavam à margem de riachos, a água era alcalina
• A matéria fibrosa era macerada por martelos, movidos por roda d’água
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Processamento suave.
Encolagem com adesivos naturais e carbonato de cálcio
O SURGIMENTO DA IMPRENSA
• Em 1.440 surge a primeira obra impressa com tipos móveis. • Impressão em forma
de livro: a Bíblia de Gutenberg, em latim, com 1.282 páginas. • Enorme demanda por
papel
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O INÍCIO DA INDUSTRIALIZAÇÃO DO PAPEL
• Em 1670, inventa-se a “holandesa”. • Na holandesa, a massa
recebia o acréscimo de corantes, cargas e adesivos. • Em 1730 iniciam-se
experimentos com a introdução de novas matérias primas.
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O FORMADOR CONTÍNUO • 1799 - invenção do
formador contínuo, por Louis Nicolas Robert, na França.
• 1806 - invenção da colagem com breu e alúmen, na Alemanha.
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O PAPEL DE FIBRAS DE CELULOSE DA MADEIRA
• O padre austríaco J. Schaffer, observando vespas, deduz ser possível fazer papel de madeira.
• O alemão F. Keller inventa uma máquina para “moer” madeira e obtém fibras de celulose.
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Corte transversal da fibra
Hemicelulose
Celulose
Lignina
A FIBRA DE CELULOSE DA MADEIRA
COMPOSIÇÃO DA FIBRA DE CELULOSE DA MADEIRA
A FIBRA DE MADEIRA
CONSTITUINTES MENORES
6 %
LIGNINA (Lignum=madeira)
22 a 28 %
HOLOCELULOSE 66 a 72 %
CELULOSE (glicose) +/- 48% HEMICELULOSE (diferentes açúcares)
12 a 22 %
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O PAPEL DE MADEIRA
• As fibras de madeira são mais mais curtas e mais frágeis do que as de algodão e linho. • O processamento
mecânico e químico é muito agressivo. • O refino a disco reduz a
integridade das fibras. • A encolagem é ácida.
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A ENCOLAGEM DO PAPEL DE MADEIRA
• Encolagem: é a redução da taxa de penetração de líquidos (água, tintas) na estrutura do papel. • Utiliza substâncias hidrofóbicas como o BREU
(resina extraída de árvores) e o alúmen (sulfato de alumínio)
ENCOLAGEM POR ALÚMEN-BREU
←BREU - camada impermeabilizante
fonte de ácidos orgânicos
←ALÚMEN - Al2(SO4)3.16-18H2O
←PAPEL - fibras de celulose
Operação, necessariamente, em meio ácido.
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O PAPEL ALCALINO
• Começa a ser concebido em 1950-1960 • Menor poluição do ar e rios • Redução do consumo de água • Tratamento de efluentes mais fácil • Menor demanda energética • Menor corrosão dos equipamentos
• Encolagem em meio alcalino com agente sintético (AKD-Dímero de Alquil-Ceteno)
• Utilização de Carbonato de Cálcio - reserva alcalina
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COMPARAÇÃO ENTRE PAPÉIS
alta permanência alta durabilidade pasta química suave
sem acidez encolagem alcalina alto grau de alvura alta escala de produção baixa permanência
baixa durabilidade pasta mecânica/química
ácido encolagem química alto grau de alvura alta escala de produção alta permanência
alta durabilidade pasta mecânica
sem acidez encolagem orgânica baixo grau de alvura baixa escala de produção
PAPELALCALINO
PAPEL MODERNO PAPEL DE TRAPO
COURO E PERGAMINHO
(Projeto CPBA – Ingrid Beck – Maria Aparecida Remedio) • Materiais resultantes do
processamento de peles • Origem animal (papel,
origem vegetal) • PROTEÍNA - Colágeno
(no papel, celulose)
matriz fibrosa /colágeno +agentes de curtimento +aditivos COLÁGENO
Proteína estrutural
Principal constituinte do tecido conjuntivo Rede de fibras protéicas
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COUROS • Até o início do século
XIX curtiam-se as peles por infusão em taninos obtidos de madeiras, folhas, frutos e raízes de diversos vegetais. • Os taninos modificam a
estrutura molecular do colágeno, transformando a pele em couro. • O curtimento vegetal
consistia em um processo longo, mas o couro tinha boa conservação.
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• A partir do século XIX os taninos vegetais usados no curtimento foram substituídos por substâncias químicas sintéticas.
• Estes couros contém óxido de enxofre, que reage com o dióxido de enxofre de poluentes, gerando ácido sulfúrico.
• Esta degradação ácida é
também chamada de
“red-rot”(putrefação vermelha).
As fibras do couro se rompem e são reduzidas a um pó avermelhado.
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PERGAMINHO
• Pele tenra de animal (cordeiro, bezerro...)
• Tratada para tornar-se resistente e flexível para receber a escrita • Surge como técnica para
substituir o papiro • Sua obtenção passou por
aperfeiçoamentos no século II a.C., em Pérgamo, diante das crescentes dificuldades de importação dos papiros do Egito. • No princípio, os pergaminhos
tinham a forma de rolo, a semelhança dos papiros. Depois do século IV d.C. surgiu a utilização no formato de livro ou códice.
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TRATAMENTO DO PERGAMINHO
• Os pergaminhos são feitos com peles de ovelhas e de cabras, sem curtimento. • O procedimento para a
obtenção de pergaminhos inclui a imersão na cal, a raspagem, o estiramento e a secagem. • A cal provoca a eliminação dos
pêlos e da gordura. • Com a raspagem é removido o
restante dos pêlos, obtendo-se a espessura desejada. • O estiramento planifica a pele.
TINTAS USUAIS EM DOCUMENTOS DE ARQUIVOS E BIBLIOTECAS
(CPBA - Ingrid Beck – Maria Aparecida Remédio)
CALIGRÁFICAS
•Nanquim •Ferrogálica ou
metaloácida •Tinteiro •Esferográfica
•Hidrocor •Grafite (não é tinta)
DE IMPRESSÃO
•Tipográfica •Carimbos
•Xerox •Jato de tinta / laser •Artística (gravuras)
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CONSTITUIÇÃO BÁSICA DAS TINTAS
COR -pigmento (inorgânico) ou corante (orgânico)
+
AGLUTINANTE / FIXATIVO / MORDENTE
+
VEÍCULO / DILUENTE
•Pigmento: origem inorgânica •Corante: origem orgânica
•Aglutinante / Fixativo: para fixar os pigmentos entre si e aderi-los ao suporte. •Mordente: também para fixar os pigmentos entre si e
aderi-los ao suporte. Em geral, é um ácido. •Diluente / Veículo: para dispersar os pigmentos e fazer a
tinta fluir
A interação e a reação entre mordente e suporte pode iniciar um processo de degradação.
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NANQUIM
• As mais antigas tintas conhecidas provêm do Egito e da China (cerca de 2.500 a.C.) e eram compostas basicamente da fuligem de lamparinas (carbono amorfo), misturada com goma-arábica ou cola de peixe.
• Sua durabilidade resulta da estabilidade de seu componente principal, o pigmento de carbono amorfo.
• Com algumas alterações em sua composição, esta tinta foi levada para a Europa e seu uso foi quase exclusivo até o século XV.
• Hoje, é reconhecida como a única tinta caligráfica permanente.
• A tinta nanquim continua sendo usada ainda hoje e mantém as características da antiga tinta da China. • Suas propriedades de alta durabilidade continuam as
mesmas.
• Hoje é comercializada em canetas, com a denominação tinta permanente ou de qualidade arquivística.
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TINTA FERROGÁLICA / METALOÁCIDA
As tintas ferrogálicas são compostas de:
• sulfato de ferro (pigmento) • ácido galotânico (mordente) • goma-arábica (aglutinante – obtida da acácia arábica) • água (diluente)
O ácido galotânico era extraído da noz de galha, formada em galhos e folhas do carvalho.
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A tinta ferrogálica reage com a absorção do oxigênio e com seus componentes básicos.
Torna-se de cor castanho escura e provoca a corrosão do papel,
Muitos usada em manuscritos, até o início do século XX.
TINTAS CALIGRÁFRICAS MODERNAS
• As tintas modernas se constituem de pigmentos ou corantes sintéticos. • Apresentam considerável
fragilidade à luz, à água e a produtos alcalinos.
Podem ser:
líquidas –para canetas de pena metálica e canetas de pontas porosas
pastosas ou viscosas –para as canetas esferográficas.
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• A tinta de caneta esferográfica tem como dispersante e aglutinante uma resina sintética viscosa. • Sua função é a
distribuição uniforme da tinta e sua secagem rápida na superfície do papel.
• Reage à água (solúvel)
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• A tinta para canetas do tipo hidrocor ou ponta porosa constitui-se de anilinas dissolvidas em água e álcool.
• Caracteriza-se por sua pouca resistência à luz e à água. Entretanto não causa danos ao papel.
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Mesmo não sendo uma tinta, o grafite (carbono em forma de cristal) é um material de escrita muito usado em documentos de arquivos e de bibliotecas. O grafite tem, como o
carvão, características de permanência em relação à luz, à água e aos microorganismos. É aconselhado para
anotações em documentos, em vista de sua inocuidade e reversibilidade.
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TINTAS PARA IMPRESSÃO • As tintas de impressão
podem ser classificadas em tipográficas, datilográficas, carimbos, etc. • O aglutinante original,
um verniz de óleo de linhaça foi substituído por resinas sintéticas. • Estas tintas têm boa
resistência à luz e à água.
Escrita datilográfica com correção de tinta ferrogálica.
TINTAS DE FOTOCOPIADORAS xerox
• O toneré composto de um pigmento e um aglutinante ou fixativo, ativado com calor. • Os pigmentos são considerados
permanentes.
• Os problemas que costumam ocorrer com estas tintas referem-se à fixação, muitas
vezes pela dosagem incorreta do toner,
insuficiente ou em excesso.
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TINTAS PARA IMPRESSORAS
• As tintas de impressoras matriciais são permanentes, tal como as impressões das máquinas de escrever.
• As tintas de impressoras laser apresentam formulações semelhantes às das copiadoras xerox, e por isto costumam ser
permanentes.
• As tintas das impressoras de jato de tinta são anilinas e correspondem, por sua pouca resistência à luz e à água, às tintas de canetas tipo hidrocor.
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Tintas permanentes são aquelas que reúnem as seguintes características:
• estabilidade de exposição à luz e a temperaturas até 93ºC;
• secagem rápida sobre o papel;
• ausência de migração para o suporte durante e depois da escrita ou impressão;
• neutralidade ou leve alcalinidade; • inocuidade ao suporte celulósico; • insolubilidade em água, solventes orgânicos e
oxidantes.
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ESTRUTURA DOS MATERIAIS FOTOGRÁFICOS PROCESSADOS E SUAS VARIAÇÕES A HISTÓRIA
DA FOTOGRAFIA
Ligante
Substância formadora da imagem
Suporte
FOTOGRAFIA
(Projeto CPBA – INFOTO/ FUNARTE)
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SUBSTÂNCIAS FORMADORAS DA IMAGEM
• prata metálica (materiais monocromáticos) • sais de ferro
• platina • pigmentos
• corantes orgânicos (materiais coloridos)
LIGANTES
• albúmen (derivado da clara de ovo) • colódio (nitrato de celulose diluído em éter e
álcool)
• gelatina (derivada de ossos e peles de mamíferos,
aves e peixes)
“SEGUNDO” SUPORTE
• Papel • metais • vidro • plásticos • madeira
• Daguerreótipo:França, 1839 – processo positivo direto amálgama de mercúrio e prata
superfície de prata polida chapa de cobre
• Ambrótipo:Inglaterra, 1852 – negativo/positivo de colódio úmido
verniz colódio de prata (imagem) suporte de vidro camada de tinta preta
• Ferrótipo:1855 - processo positivo direto
verniz colódio de prata (imagem) placa de ferro camada de verniz preto
PRIMEIRAS FOTOGRAFIAS
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• Negativos fotomecânicos(matriz de vidro ou metal) Meio tom – 1885 – padrão reticulado – jornais /postais
Colotipia – 1870 – fina reticulação Fotogravura – 1880 até hoje
• Negativos de vidro(estável e barato)
• Negativos plásticos
Nitrato de celulose(1889-1950): inflamáveis e quimicamente instáveis cheiro de ácido nítrico (adocicado) Acetato de celulose(a partir de 1920): safety, síndrome do vinagre Poliéster(a partir de 1950): produto petroquímico, mecanicamente resistente, quimicamente estável
NEGATIVOS
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•Cianotipia– 1840 – sais de ferro - desenhos, plantas e mapas impressos na cor azul em papel Marion (Marion & Co., Paris) •Papel albuminado– França, 1850-1880 – albumina (clara de ovo) e
sais de prata) e papel
•Papel de colódio e prata– colódio ((nitrato de celulose, éter e álcool), sai de prata, camada de barita e papel
•Papel de gelatina e prata– industrializados a partir de 1880 – gelatina, sais de prata, camada de barita e papel
•Papel resinado –1960 - duas camadas de polietileno, impermeáveis de ambos os lado, camada anti-encurvamento, redução do tempo de lavagem e secagem
•Papel de fibra de celulose(algodão) – suporte mais tradicional, sem resíduos químicos, camada de sulfato de bário
PAPÉIS PARA IMPRESSÃO positivos
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• Carte de Visite-1854 (popular nas décadas de 1860/70) - formato da imagem 9x5,5cm - montado em cartão rígido de 10,5x 6,5cm • Carte Cabinet - década de 60
- cartões espessos e decorados - formato: imagem 14 x 10 cm
cartão 16,5 x 11 cm • Estereoscopias- 1839-1940 - duas fotografias idênticas em visor
(câmara estereocópica) para obter imagens em 3 dimensões - medidas de 9 x 18 cm a 12 x 18 cm.
• Cartão postal
FORMATOS
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AMBIENTE
• UR e T: baixa UR - alta UR e T / flutuações dos índices • Poluentes ambientais: internos – externos • Deterioração biológica: fungos, insetos • Fotodegradação
FÍSICO-QUÍMICO
• Químicos residuais do processamento
• Causas intrínsecas de deterioração de alguns materiais fotográficos
INTERVENÇÕES DO HOMEM • Embalagens e montagens inadequadas • Manuseio e arquivamento incorretos • Acidentes
PRINCIPAIS FATORES DE DETERIORAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DOS MATERIAIS FOTOGRÁFICOS Diagnóstico de coleção – Identificar:
• Seleção e organização: suporte de papel, fotografias montadas, avulsas e álbuns
• Plásticos - negativos de triacetato e poliéster, negativos de nitrato e diacetato de celulose • Diapositivos
• Negativos e positivos de vidro • Fotografias coloridas / p&b (separar) • Predominância dos formatos
• Quantificação do acervo total e/ou por categoria • Respeitar as informações contidas nos invólucros
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REPRODUÇÃO FOTOGRÁFICA PARA PRESERVAÇÃO
• Etapa fundamental para preservação
• Trabalho interdisciplinar: arquivista/bibliotecário-fotógrafo
• Priorizar o tratamento de fotografias ou coleções com sérios problemas de permanência e durabilidade
• Selecionar fotografias originais sem negativos • Gerar cópia contato, negativo e/ou ampliação • Controlar rigorosamente o manuseio dos originais • Microfilmar - Digitalizar
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ARMAZENAMENTO MOBILIÁRIO
• Acondicionamento vertical
- fichário
- arquivo para pasta suspensa - armário de prateleiras
• Acondicionamento horizontal
- mapoteca - armário de prateleiras
ACONDICIONAMENTO
• Jaqueta de poliéster • Folderde papel • Envelope • Pasta suspensa • Passe-partout
• Caixas: determinar tamanhos padrões • Porta-negativo
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ORIENTAÇÕES BÁSICAS
• Não escreva em fotografias usando caneta ou tinta de qualquer espécie. Sirva-se somente de lápis (macio) e faça anotações no verso das fotos.
• Não use fita adesiva ou cola diretamente sobre fotografias e filmes (frente e verso). Evite etiquetas auto-adesivas sobre fotografia.
• Ao retirar conjuntos de fotografias, diapositivos ou negativos de caixas, pacotes ou envelopes, verificar se existem informações importantes para a identificação daquela imagem ou daquele lote de imagens.
• Não grampeie ou use clipes em fotografias e negativos. • Não coloque os dedos sobre fotografias, diapositivos e negativos. Use sempre uma luva de algodão ou helanca branca limpa.
•Separar os negativos de nitrato e diacetato de celulose do restante do acervo.
•Procure profissionais com capacitação técnica na área para realizar o projeto de preservação.
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FILMES, MICROFILMES, FITAS MAGNÉTICAS (de áudio e vídeo) e DISCOS
PLÁSTICOS
• Produzidos com matéria derivada do petróleo
• Materiais sintéticos
• Polímeros - cadeias moleculares longas (análogos sintéticos da celulose e proteínas) • Plástico = moldagem, versatilidade
FILMES (películas) E MICROFILMES
• Nitrato de Celulose (até 1950) • Acetato de Celulose (depois de 1950)
(ambos são produtos sintéticos de celulose vegetal quimicamente transformada) • Poliéster (depois de 1960)
O PET (polietileno terefetalato) é considerado o plástico mais estável. Tem ampla aplicação no acondicionamento de fotografias.
MATERIAIS do suporte
• Gelatina
do aglutinante
da substância formadora da imagem
•Prata
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CAUSAS DA DETERIORAÇÃO • T e UR elevadas
• Resíduos químicos do processamento • Ataques de fungos e insetos • Poluentes ambientais
• Reação de materiais de sua própria constituição • Fotodegradação
• Embalagens inadequadas
• Reação com os materiais de acessórios (carretéis, batoques, caixas e latas)
• Manuseio incorreto • Acondicionamento incorreto
• Sinistros: Vandalismo / Fogo / Inundações
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SINAIS DE DEGRADAÇÃO
•Hidrólise ácida
formação de bolhas
filmes de nitrato: cheiro adocicado; filmes de acetato: síndrome do vinagre
(desprendimento do ácido acético gerando deformação da película)
•Abaulamento
•Encolhimento (redução da distância ente as perfurações,
impedindo a passagem da grifa)
•Cristalização (perda do plastificante gerando uma camada de
revestimento)
•Riscos e Arranhões (conseqüências das partículas de poeira)
•Esmaecimento (perda da cor – corantes)
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ACONDICIONAMENTO INDICADO
•Separar as matrizes (negativos) das cópias de reprodução e
consulta (positivos)
•Separar os filmes de Nitrato dos de Acetato
•Estojos plásticos de poliestireno com perfurações para aeração
(permite sentir a síndrome do vinagre)
•Batoques e carretéis de plásticos
• Rebobinar as películas para evitar aderência e facilitar a
aeração
ÁREA E MOBILIÁRIO DE ARMAZENAMENTO
• Vedação da luz solar
• Distanciada de pontos de água
•Móveis de aço, com pintura polimerizada, suspensos 20cm do
chão
• Empilhagem horizontal de no máximo 8 rolos
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FITAS MAGNÉTICAS (áudio e vídeo)
• 1940/1950 - Acetato de Celulose e Triacetato de Celulose • Após 1960 - Poliéster (PET) “PoliEtileno Terefetalato”
MATERIAIS do suporte
Acetato de celulose (quebradiço e de pouca resistência à tração) Poliéster (mais resistente e quimicamente estável)
do aglutinante
Polímero (poliéster poliuretana)
da substância formadora do áudio
Óxido de ferro (baixo ruído e alto rendimento) Dióxido de cromo (maior capacidade de gravação de altas
freqüências)
da substância formadora da imagem
Óxido de ferro com tratamento de cobalto
(emulsão química magnetizável)
• Hidrólise ácida (stiky tape)
• Perda de sinal (drop out)
• Amassamento • Poeira • T e UR elevadas • Microorganismos • Poluentes ambientais • Exposição a campo magnético • Fotodegradação (em especial a fluorescente)
• Reação com os materiais de acessórios (caixas, equipamentos de reprodução) • Manuseio incorreto e acondicionamento incorreto • Sinistros: Vandalismo / Fogo / Inundações
• Aderência / tração • Fungos • Desmagnetização
SINAIS DE DEGRADAÇÃO CAUSAS DA DETERIORAÇÃO
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ACONDICIONAMENTO INDICADO
• Substituição dos estojos de papel por estojos plásticos
• Produzir matrizes e cópias de reprodução e consulta
ÁREA E MOBILIÁRIO DE ARMAZENAMENTO
• Distante de campos magnéticos • Iluminação incandescente de baixa potência
• Mobiliário de madeira tratado contra combustão e insetos ou, preferencialmente, de aço pintura isolante, suspensos 20cm do chão e com orifícios que permitam ventilação
CUIDADOS ESSENCIAIS NA INTERVENÇÃO
Retirada da umidade que solubiliza o aglutinante
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DISCOS Datas e Fatos
• Início do Séc. XIX - Thomaz Young (1773-1829)–
VIBROSCÓPIO: “tradução” gráfica das vibrações sonoras de um diapasão.
• Martinville(1817-1879)– FONOAUTÓGRAFO: registro
gráfico da vibração da voz.
• Charles Gros (1842-1848)– idealiza um equipamento que
grava e reproduz o som.
• Thomaz Edison (1847-1931)– constrói o FONÓGRAFO:
primeiro “armazenador” de som (grava e reproduz). • 1877 – Tin-Foil Phonograph: primeira gravação
reproduzida – poema recitado por Edison.
• 1887/88 - Emile Berlinger(1851-1929)– sulcagem lateral
– GRAMOPHONE – disco substitui o rolo/cilindro para gravar e reproduzir sons.
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• Frederico Figner (1866-1946)
chega ao Brasil em 1891 e, em 1900 (1902), funda a Casa Edison - cilindros de cera (amberol) e discos - vendia fonógrafos, partituras, instrumentos musicais.
• 1924 - Western Electric Co.
da gravação mecânica (corneta) para a gravação elétrica (microfone e amplificação) - influência do rádio.
Microfone
capta as diferenças da pressão do ar que vibra ao seu redor levada pela propagação das ondas sonoras.
Amplificador
converte as diferenças de pressão do ar em diferenças de tensão de corrente elétrica
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• 1925 - Victor Talking Machine e a Columbia
industrializam e comercializam os discos (materiais para cópias).
• 1931 – RCA Victor
tecnologia de microsulcos e velocidade de 33e1/3rpm
• Brasil 1946
Primeiras capas personalizadas
• 1948 - Peter Goldmark
LP - longa duração • Brasil 1951
chegada do LP (EUA, Inglaterra, França)
• 1980 - CD • 2000 - MP3 (HD)
CORNETA – VIBROSCÓPIO (T.Young) – FONOAUTÓGRAFO (Martinville) FONÓGRAFO (Edson) – DIAFRAGMA DE GRAVAÇÃO e GRAMPFONE
(Berliner) ___________________________________
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Processo de gravação horizontal (lateral) e vertical (fundo) - Berliner
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Evolução de fonógrafos ( ) e gramofones ( )
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Vitrolas ortofônicas
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Vitrolas (móveis)
Substância formadora do som
• Acetato de celulose
polímero modificado (sal orgânico) – Produto sintético por reação química entre a celulose vegetal e o ácido acético (etano/etila)
base de alumínio, vidro, madeira, cartão – cobertura de laca com óleo de ricínio
• O mesmo disco para gravação e reprodução
(até 40 vezes)
• Deterioração por tensões internas diferentes • Bolhas, ataques de fungos
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Formato e material dos discos (cópias) • ATÉ 1950
Discos em goma-laca (16, 14, 10”)
goma-laca:19% - cargas: 81% (goma do Gongo, Vinsol, Negro de carbono, esterearto de zinco, carbonato de cálcio, silicato de alumínio, estopa de algodão, sílica, barita, cera de carnaúba) 78(76)rpm (1 música de cada lado) / 45 rpm
• DEPOIS de 1950
Discos em vinil – 12, 10 e 7 pol Long-Playing (12 músicas) 33 rpm
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FABRICAÇÃO DO VINIL
1. MASTER em acetato – corte do áudio - registro do áudio original (lacquer disc 14") – sulcagem lateral em baixo relevo.
2. ORIGINAL – a galvanosplastia fixa a prata no acetato – sulcagem lateral em alto relevo – cópia de segurança.
3. MADRE – controle de qualidade do áudio (volta ao ORIGINAL) – sulcagem lateral em baixo relevo.
4. MATRIZ – lados A e B - sulcagem lateral em alto relevo – para prensagem.
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CAUSAS DA DETERIORAÇÃO
• T e UR elevadas • Microorganismos • Poluentes ambientais
• Reação de materiais de sua própria constituição • Reação com os materiais de acessórios (capas e
envelopes de plásticos e papelão e equipamentos de reprodução)
• Manuseio incorreto • Acondicionamento incorreto
• Sinistros: vandalismo, fogo, inundações...
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SINAIS DE DEGRADAÇÃO
•Amolecimento por calor
•Microorganismos
•Poeira (penetra nos sulcos provocando riscos e interferências)
•Descolamento das camadas de acetato
ACONDICIONAMENTO
•Envelopes internos de Tyvek
•Envelopes externos de poliéster ou polipropileno
•Disposição vertical dos discos em pequenos lotes acondicionados em caixas individuais
•Mobiliário de aço polimerizado, suspenso 20cm do chão
HDs, DISQUETES, CDs e DVDs
Hard-Disk (HD – disco rígido) • sistema lacrado contendo discos de
metal recobertos por material magnético onde os dados são gravados através de cabeças, e revestido externamente por uma proteção metálica que é presa ao gabinete do computador por parafusos • A cabeça de leitura e gravação de um
disco rígido funciona como um eletroímã composto por uma bobina de fios que envolvem um núcleo de ferro. Esse eletroímã é extremamente pequeno e preciso, a ponto de ser capaz de gravar trilhas medindo menos de um centésimo de milímetro.
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• Grava dados no disco, organizando as moléculas de óxido de ferro da superfície de gravação • Suporte (disco) magnético: armazena bits sob a
forma de um campo magnético
• Na leitura, os dados magnéticos são transformados em impulsos elétricos
• Constituídos basicamente por alumínio, vidro e ferro magnetizável.
• Passíveis de decomposição química e física ocasionadas por:
• Perda da informação por obsolescência dos elementos lógicos usados na sua produção (softwares), de forma independente ou simultânea com a degradação do suporte físico.
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Disquete (floppy disk – disco flexível)
• Mídia portátil de armazenamento magnético com um disco magnético de poliéster que lê e grava os dados selado por uma capa de plástico rígido
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Compact-Disk (CD) e
Digital Video Disk / Digital Versatile Disk (DVD)
Fonte: Fred R. Byers. Care and Handling of CDs and DVDs -A Guide for Librarians and Archivists, 2003.
http://www.clir.org/pubs/reports/pub121/pub121.pdf - 14/12/2007
• Suporte (disco) ótico (tecnologia luminosa – laser) • Representam os bits fazendo um feixe de luz “piscar”: luz
acesa, bit um - luz apagada, bit zero
• O laser lê e registra os dados do centro para a borda • O CD é gravado apenas de um lado
• Alguns DVDs podem ser gravados em ambos os lados • Uma camada de metal reflexivo é onde os dados são gravados
e lidos
• Gravação: o laser (luz) perfura o metal (“queimar”) • Leitura: a camada de metal (alumínio, ouro, prata) reflete o
laser que é captado pelo equipamento de leitura.
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• Constituídos, basicamente, por policarbonato (plástico transparente), alumínio, silício, ouro, prata, acrílico e corantes como cianina e ftalocianina (orgânicos)
• Os corantes químicos orgânicos (cianina e ftalocianina) são substâncias fotossensíveis existentes entre a camada de policarbonato e o metal reflexivo (reflete o laser captado pelo leitora) onde são gravados os dados. Por serem orgânicos, são potencialmente, alimento para pragas (insetos e microorganismos).
• Passíveis de decomposição química e física ocasionadas por por fatores intrínsecos: manufatura / industrialização
extrínsecos: temperatura, umidade do ar, luz. poluentes no ambiente de guarda, impressões digitais, manchas, arranhões, sujeiras,
pó, solventes etc. • Perda da informação por obsolescência dos elementos lógicos
usados na sua produção (softwares), de forma independente ou
simultânea com a degradação do suporte físico.