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Caracterização química de Byrsonima Crassifólia (L.) Rich. (MALPIGHIACEAE) / Chemical characterization of Byrsonima Crassifólia (L.) Rich. (MALPIGHIACEAE)

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 10, p.77323-77329,oct. 2020. ISSN 2525-8761

Caracterização química de Byrsonima Crassifólia (L.) Rich.

(MALPIGHIACEAE)

Chemical characterization of Byrsonima Crassifólia (L.) Rich.

(MALPIGHIACEAE)

DOI:10.34117/bjdv6n10-236

Recebimento dos originais: 13/09/2020 Aceitação para publicação: 13/10/2020

Vinícius Henrique Baziquetto

Ensino superior completo – medicina/ UNIDERP. Instituição de atuação atual: Anhanguera-UNIDERP.

Endereço completo: Rua aguiar pereira de Souza, 178, Jardim América, 79080475 - Campo Grande – MS, Brasil.

E-mail: viniciusbaziquetto@gmail.com

Jislaine de Fátima Guilhermino

Doutora em Gestão e Inovação Tecnológica pelo Programa de Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos/EQ/UFRJ (2011).

Instituição de atuação atual: Fiocruz.

Endereço completo: Rua Gabriel Abrão, 92, Jardim das Nações, 79074460 - Campo Grande, MS – Brasil.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 10, p.77323-77329,oct. 2020. ISSN 2525-8761

RESUMO

O presente estudo visa caracterizar quimicamente os extratos das casas de Byrsonima crassifólia coletados no pantanal sul-mato-grossense, em 3 diferentes sítios de retirada de amostras. Os resultados indicaram presença de cumarinas, glicosídeos cardiotônicos e saponinas em alta frequência, seguido dos compostos fenólicos, flavonoides e açúcares redutores em média frequência e baixa frequência com as flavonas e xantonas. Em conclusão foi evidenciado grande diversidade de metabólitos secundários principalmente de polifenóis e derivados como os flavonoides e cumarinas.

Palavras-chave: análise química, triagem fitoquímica, compostos fenólicos, metabólitos

secundários, Byrsonima crassifólia.

ABSTRACT

The present study aims to chemically characterize the extracts from Byrsonima crassifólia houses collected in the South Mato Grosso pantanal, in 3 different sampling sites. The results indicated the presence of coumarins, cardiotonic glycosides and saponins at high frequency, followed by phenolic compounds, flavonoids and reducing sugars at medium frequency and low frequency with the flavones and xanthones. In conclusion, a great diversity of secondary metabolites was evidenced, mainly polyphenols and derivatives such as flavonoids and coumarins.

Keywords: chemical analysis, phytochemical screening, phenolic compounds, secondary

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 10, p.77323-77329,oct. 2020. ISSN 2525-8761

1 INTRODUÇÃO

A meta principal deste estudo é caracterizar quimicamente extratos e frações de espécies vegetais farmacologicamente ativas que possam representar objeto de desenvolvimento de medicamentos com atividade analgésica, cicatrizante e antiinflamatória. Atualmente não há disponibilidade na terapêutica de fármacos efetivos para os quadros de neuropatia, em especial para a dor neuropática. A caracterização química e farmacológica de espécies vegetais do Cerrado e Pantanal é de grande importância para o estado do Mato Grosso do Sul, uma vez que auxilia não apenas na geração de conhecimento específico na área, como também na manutenção dos ecossistemas e na identificação de novas ferramentas terapêuticas para uso em saúde. Dentre as espécies que compõem a flora do Pantanal Sul mato-grossense e de uso popular como anti-inflamatória está a Byrsonima crassifólia, assim o objetivo trabalho foi investigar a composição química das cascas de Byrsonima crassifólia.

2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 COLETA E PROCESSAMENTO

As coletas das cascas de Byrsonima crassifólia foram realizadas no pantanal brasileiro nas regiões S 19º 27’ 17.4” W 37º 04’ 11.1” (amostra número 1), S 19º 22' 24.2" W 32º 04' 10.2" (amostra número 2) e S 19º 27’ 29” W 57º 04’ 08.8” (amostra número 3), foi possível dar início ao projeto. Primeiramente essas cascas passaram por um processo de secagem, realizada em uma estufa a 37 ºC, onde ficaram por 1 semana em repouso, após isso foram picadas, trituradas, maceradas e passaram por um processo de tamisação com a intenção de refinar a matéria bruta. Logo após a refinação, o pó extraído foi colocado em um béquer, onde 20 gramas do pó refinado foram misturadas a 150 ml de álcool etílico absoluto (99,5%), sendo misturados com bastão de vidro e deixado em repouso por 48 horas, sem a exposição de luz e em ambiente seco, resultando por fim no extrato etanólico.

2.2 ANÁLISE FITOQUÍMICA

A prospecção fitoquímica ocorreu por meio de reações de caracterização, avaliando-se a presença de compostos fenólicos, taninos, flavonoides, antocianinas, cumarinas, alcaloides, antraquinonas, esteroides, triterpenos, saponinas, glicosídeos cardiotônicos, glicosídeos cianogênicos, e açúcares redutores, segundo metodologia adaptada de Matos (2009). As análises foram executadas com três repetições e os resultados comparados e contrastados observando a alteração de cor e precipitação com os extratos etanólicos, sendo as intensidades classificadas como

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parcial (±), baixa (+), moderada (++) e alta (+++), além de negativa (-) (FONTOURA et al., 2015). Para confirmar os constituintes majoritários, 400 µm mL-1 do extrato etanólico foi submetido a varredura em espectrofotômetro (FEMTO®, Modelo 432). Os espectros de absorção da amostra foram medidos da região de 200 a 750 nm, utilizando cubetas de quartzo de caminho ótico de 1 cm (Hellma, Müllheim, Germany), com três repetições (SILVERSTEIN et al., 2005). O extrato etanólico também foi submetido à análise de pH (DM-20, Digimed), condutividade elétrica (DM3, Digimed) e concentração de sólidos solúveis, determinada por meio de refratômetro digital (45 RTD-refractómetro), com os resultados expressos em °Brix, corrigido para 20 °C.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados das análises fitoquímicos das cascas de Byrsonima crassifólia indicaram a presença de cumarinas, glicosídeos cardiotônicos e saponinas em alta frequência, seguido dos compostos fenólicos, flavonoides e açúcares redutores em média frequência e baixa frequência com as flavonas e xantonas.

Figura 1 – Frequência dos metabólitos secundários encontrados no extrato etanólico das cascas de Byrsonima crassifolia

Fonte: Dados da pesquisa.

As análises fitoquímicas foram confirmados com as análises espectrofotométricas na região UV-vísivel, onde a banda de absorção máxima em 230 nm corresponde aos triterpenos e as bandas em 280 e 330 nm são características de compostos fenolicos e flavonoides; a presença de antraquinonas também foi confirmada através da banda de absorção em 480 nm, como apresentado na figura 2 (SILVERSTEIN et al., 2005).

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Figura 2. Espectro de absorção do extrato etanólico das cascas de Byrsonima crassifolia (400 µm mL-1).

Fonte: Dados da pesquisa

Na cromatografia de camada delgada (TLC) foi utilizado como eluente: acetato de etila: etanol: metanol: ácido fórmico (8:1:1:1), as placas foram visualizadas com revelador para flavonoides: ácido cítrico e ácido bórico em metanol sendo depois queimadas em chapa de aquecimento. Observou-se padrões de quercetina, ácido gálico, rutina, ácido tânico e as cumarinas forma evidencias empregando padrão e a revelação com solução de KOH. Além disso, os componentes quercetina e rutina também foram evidenciados nas amostras, a quercetina, que é um flavonoide, apresenta atividade antiinflamatória, atuando como inibidor de enzimas lisossômicas e é responsável por aumentar a filtração transcapilar de água e proteínas, reduzindo o número e o diâmetro de poros capilares e promovendo o retorno do fluxo sanguíneo para o coração (LIMA; OLIVEIRA; NAGEM, 2003). A rutina é um flavonóide pertencente à subclasse dos flavonóis, entre as atividades terapêuticas da rutina, está a melhora nos sintomas de insuficiência dos vasos linfáticos e venosos associados com algumas doenças hemorrágicas ou de hipertensão, por promover a normalização da resistência e permeabilidade da parede destes vasos (PATHAK et al., 1991). Já as cumarinas apresentam atividade citotóxica, anti-HIV1 pela inibição da transcriptase reversa, antifúngica, inseticida, vasodilatadora coronariana através da inibição da cAMP-fosfodiesterase e anticoagulante, inibindo a formação de tromboxano nas plaquetas (SCIO, 2004)

4 CONCLUSÃO

Em relação aos resultados obtidos é possível evidenciar que o extrato etanólico das cascas de Byrsonima crassifólia possuí diversidade de metabólitos secundários principalmente de polifenóis e derivados como os flavonoides e cumarinas. A presença de glicosídeos cardiotônicos demonstra que cuidados devem ser tomados com o uso das cascas pelas comunidades tradicionais

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do pantanal sul, pois estas classes podem causar ruptura nas membranas celulares, alterando sua permeabilidade ou causando sua destruição isto é atividade hemolítica.

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REFERÊNCIAS

FONTOURA, F.M. et al. Seasonal effects and antifungal activity from bark chemical constituents of Sterculia apetala (Malvaceae) at Pantanal of Miranda, Mato Grosso do Sul, Brazil. Acta Amaz., v.45, p.283-292, 2015.

LIMA, L.R.P; OLIVEIRA, T.T; NAGEM, T.J. Efeitos do flavonóide quercetina e dos corantes bixina e norbixina sobre parâmetros sanguíneos de coelhos. Rev. Nutr., v.16, n.3, p.305-314, 2003.

PATHAK, D.; PATHAK, K.; SINGLA, A. K., Flavonoids as medicinal agents: recent advances. Fitoterapia, v.57, n.5, p.371-389, 1991.

SCIO, E. Cumarinas encontradas no gênero Kielmeyera - Família Clusiaceae. Revista Brasileira de Farmácia, v.85, n.1, p.27-31, 2004.

SILVERSTEIN, R.M.; WEBSTER, F.X.; KIEMLE, D.J. Spectrometric Identification of Organic Compounds, in: Organic Chemistry. 2005. p. 1–550.

Imagem

Figura 1 – Frequência dos metabólitos secundários encontrados no extrato etanólico das cascas de Byrsonima crassifolia
Figura 2. Espectro de absorção do extrato etanólico das cascas de Byrsonima crassifolia (400 µm mL-1)

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