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As TIC na educação infantil: contribuições do Facebook para a aprendizagem e para a integração família e escola

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Academic year: 2020

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Silvana Castilhos Steyer

outubro de 2015

As TIC na Educação Infantil: contribuições

do Facebook para a aprendizagem

e para a integração família e escola

Silvana Castilhos S

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UMinho|20

15

Universidade do Minho

Instituto de Educação

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Silvana Castilhos Steyer

outubro de 2015

As TIC na Educação Infantil: contribuições

do Facebook para a aprendizagem

e para a integração família e escola

Trabalho realizado sob a orientação da

Professora Doutora Maria Altina da Silva Ramos

Universidade do Minho - Portugal

e do

Professor Doutor Luciano Andreatta Carvalho da Costa

Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - Brasil

Dissertação de Mestrado

Mestrado em Ciências da Educação

Especialidade em Tecnologia Educativa

Universidade do Minho

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iii Agradecimentos

Para que esta dissertação se tornasse possível, vários fatores devem ser reconhecidos. Em primeiro lugar agradeço a Deus, pela coragem e luz nos momentos de desânimo.

À disponibilidade, o profissionalismo e a competência dos meus orientadores: Professora Doutora Maria Altina Ramos e Professor Doutor Luciano Andreatta Carvalho da Costa.

Agradeço de forma particular, a Professora Doutora Gladis Falavigna, incentivadora para realização deste Mestrado.

À Secretaria Municipal de Educação, na figura de sua Secretária Professora Ivone Marques Palma e à Prefeitura Municipal de São Francisco de Paula, pela cedência do espaço para realização das aulas.

À diretora da Escola, Professora Elza Teresinha Castilhos Pinto da Silva, na qual foi desenvolvido o projeto de intervenção. À professora da turma Luana Caroline Andriola Hirt e sua estagiária Juliana Reis, pelo auxílio e dedicação.

Às crianças da turma da Educação Infantil “Turminha Legal”, pelo carinho, dedicação nas tarefas e seus familiares, sem os quais este estudo não poderia ter sido concretizado.

Não posso deixar de agradecer meus colegas de Mestrado, pela troca de saberes, disponibilidade, companheirismo e união, em especial a Adriana (irmã e amiga) parceira de sempre.

Enfim, agradeço a minha família, pelo apoio e generosidade que me disponibilizaram e compreenderam minhas ausências.

A todos, obrigada.

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As TIC na Educação Infantil: contribuições do Facebook para a aprendizagem e para a integração família e escola

Resumo:

A revolução tecnológica a cada dia aumenta e transforma de forma significativa diversos setores da sociedade: econômicos, culturais, sociais e educacionais. Os meios tecnológicos, através da informática, se fazem presentes na sociedade moderna. As crianças pequenas não estão alheias a esta gama de informações que são disponibilizadas pelas TIC. As tecnologias promovem mudanças expressivas em toda a sociedade, e, consequentemente na educação, na qual devem estar presentes, pois instituem novas formas de comunicação e estimulam as já existentes.

Neste contexto, esta pesquisa visa analisar o interesse educativo do uso das TIC na aprendizagem da matemática na educação infantil, bem como elucidar as contribuições do grupo “Turminha Legal” no Facebook, para ligar família-escola em torno dos conteúdos escolares.

A investigação realizada ancora-se em uma pesquisa de abordagem qualitativa do tipo estudo de caso. A observação, o diário de bordo, o projeto de intervenção e a entrevista foram as técnicas utilizadas para a recolha de dados.

Os resultados obtidos pelo presente estudo corroboram a importância da inserção das tecnologias no ambiente escolar, e, consequentemente na educação infantil. É necessário refletir que buscar a informação em si, não é o bastante, é apenas uma parcela de todo um processo para o desenvolvimento de habilidades e competências do indivíduo. Aos alunos, demanda à necessidade de estabelecer relações entre as informações e produzir conhecimento, mediados pelo professor.

A investigação aponta que as relações escola/família devem ser vistas numa perspectiva de colaboração e parceria, pois quanto mais escola e família estarem unidas mais significativos serão os resultados na aprendizagem e formação da criança.

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ICT in early childhood education: Facebook‘s contributions to learning and to integrate family and school

Abstract:

The technological revolution to increase each day and transforms significantly different sectors of society: economic, cultural, social and educational. The technological means are present in modern society through the computer. Young children are not alien to this range of information made available by ICTs. The technologies promote significant changes in the whole society, and consequently education, which must be present, for establishing new forms of communication and encourage existing ones.

In this context, this research aims to analyze the educational interest of the use of ICT in mathematics learning in early childhood education as well as elucidate the contributions of "Turminha Legal" group on Facebook, to connect family-school around the school contents. The research is anchored in a qualitative aproach of a case study. The observation, the logbook, the intervention project and the interview were the techniques used for data collection.

The obtained results in this study confirm the importance of integrating technology in the school environment, and consequently in early childhood education. It is important to think that to seek the information itself, it is not enough, it is only part of a whole process to develop skills and competences of individual. It demands to students the need to establish relationships between the information and to produce knowledge, mediated by the teacher. Research shows that the school / family relations should be seen in perspective collaboration and partnership, because the more school and family are united most significant are the results in learning and child training.

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ix SUMÁRIO

Lista de Abreviaturas ... xii

Lista de Tabelas ... xii

Lista de Figuras ... xiii

Apresentação ...15

Introdução ...17

Contextualização e justificativa do estudo...18

Justificativa sócio-educacional ... 19

Justificativa científica ... 19

Justificativa pessoal ... 19

Definição do problema, objetivos e questões ... 20

Estrutura do trabalho ... 21

Capítulo I – Marco Teórico ... 23

1.1 As tecnologias de informação e comunicação na educação ... 24

1.1.1 Perspectiva histórica ... 26

1.2 Espaços e Possibilidades na Cibercultura ... 30

1.3 O uso da tecnologia Facebook como ferramenta pedagógica ... 35

1.3.1 O estado da arte no Facebook ... 38

1.4 As Tecnologias e a Matemática na Educação Infantil ... 40

1.5 As contribuições da relação família-escola para a aprendizagem das crianças... 48

Capítulo 2 - Metodologia de Investigação... 51

2.1 Tipo de Pesquisa ... 52

2.2 A amostra ... 54

2.3 Instrumentos de Pesquisa ... 54

2.4 Análises de conteúdo ... 55

2.5 Procedimento de entrevista ... 56

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2.7 Projeto de Intervenção ... 58

2.7.1 Cronograma das ações desenvolvidas no decorrer da pesquisa ... 63

2.7.2 O contexto escolar ... 65

2.7.3 O contexto da Educação Infantil ... 66

2.7.4 O ambiente e os espaços da educação infantil ... 67

2.7.5 As observações e a intervenção ... 68

Capítulo III - Análise de Dados ... 77

Conclusão ... 93 Referências: ... 96 Apêndices ... 102 Apêndice 1 ... 103 Apêndice 2 ... 104 Apêndice 3 ... 106 Anexos ...108 Anexo 1 ... 109 Anexo 2 ... 110 Anexo 3 ... 115 Anexo 4 ... 117

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xi Lista de Abreviaturas

CIEd – Centros de Informática na Educação ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente EDUCOM – Educação com Computador

LDBEN – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

MINERVA – Meios Informativos no Ensino: Racionalização, Valorização e Atualização PPP – Projeto Político Pedagógico

PROINFO – Programa Nacional de Informática na Educação PRONINFE – Programa Nacional de Informática Educativa RCN – Referencial Curricular Nacional

SEED – Secretaria de Educação a Distância SEI – Secretaria de Especialização de Informática TI – Tecnologia da Informação

TIC – Tecnologia de Informação e Comunicação WWW – Wide World Web

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xii Lista de Tabelas

Tabela 1 - Categorias das entrevistas ... 42

Tabela 2 – Cronograma das ações 2014 ... 42

Tabela 3 – Cronograma das ações 2015/2016 ... 42

Tabela 4 - Cronograma das atividades a serem desenvolvidas ... 47

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xiii Lista de Figuras

Figura 1 - História “O Sanduíche da Maricota” no Youtube ... 55

Figura 2 – Desenho da Maricota no Paint ... 57

Figura 3 – Sorteio dos ingredientes do sanduíche dos animais. ... 58

Figura 4 – Ordem dos ingredientes dos animais. ... 59

Figura 5 – Sanduíche preferido das crianças. ... 60

Figura 6 – Tecnologia mais usada. ... 63

Figura 7 – Tecnologia válida para comunicação. ... 64

Figura 8 – Os pais conhecem o Facebook. ... 65

Figura 9 – Frequência com que é utilizado o Facebook. ... 67

Figura 10 – Facebook para que utilizam. Fonte: autora ... 68

Figura 11 - Prt Sc Sys Rq Atividade para ser desenvolvida com a família ... 72

Figura 12 - PrtSc Sys Rq do grupo no Facebook ... 75

Figura 13 - Prt Sc Sys Rq Grupo Turminha Legal ... 75

Figura 14 - Prt Sc Sys Rq Atividade matemática ... 77

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15 Apresentação

O campo desta pesquisa é a aprendizagem da Matemática na Educação Infantil, através da utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), desenvolvida em uma escola de ensino fundamental público do município de São Francisco de Paula. No presente estudo, e de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN, 9394/96), entende-se por Educação Infantil como o início da educação básica, é o reconhecimento de que a educação inicia nos primeiros anos de vida e é primordial para a realização de sua finalidade, estabelecida no Artigo 22 da Lei: “a educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-assegurar-lhes meio para progredir no trabalho e nos estudos posteriores”. (LDB, 1996. P. 16). Da mesma forma, na sociedade contemporânea, percebem-se as tecnologias de informação e comunicação (TIC) como uma gama de recursos eletrônicos, que segundo Porto (2014), a partir da década de 50, o termo passou a abranger um conjunto considerável de meios, processos e ideias, bem como ferramentas e máquinas.

Este estudo aborda uma pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) para potencializar a aprendizagem da Matemática na Educação Infantil e refletir acerca da utilização do Facebook para aprendizagem e para ligar família e escola em torno dos conteúdos e escolares.

Após uma breve introdução ao estudo, apresenta-se a contextualização, motivação e justificativa para o desenvolvimento do mesmo definem-se as questões/problemas de investigação, elencam-se os objetivos e, por fim a apresentação da estrutura do trabalho.

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17 Introdução

A revolução tecnológica digital que presenciamos atinge todos os segmentos da sociedade, exercendo grandes transformações na vida das pessoas. Neste contexto, os indivíduos trabalham, comunicam-se, ensina-se e aprende de formas diferentes, portanto, a escola não está alheia a este processo. Esse novo cenário tecnológico impõe à escola, a necessidade de que todos aprendam a organizá-la para inovação, proporcionando um espaço para a criação e reflexão.

Para Silva (2012), a escola deve ser inclusiva, sob o ponto de vista da interface digital, sendo uma exigência para a ocupação do novo espaço de comunicação cultural, que proporciona ao professor superar a pedagogia tradicional, possibilitando que seu aluno desenhe suas trajetórias.

Esta pesquisa busca fazer reflexões acerca deste pensamento, compreender a aprendizagem da Matemática na Educação Infantil, lançando olhar para as ferramentas de informação e comunicação, como alternativa pedagógica possível de ser empregada no quotidiano escolar. Pretende-se refletir acerca da utilização de atividades e jogos interativos com o auxílio do computador, como recurso didático na construção da aprendizagem. Já faz muito tempo que ensinar matemática na Educação Infantil não se resume a realização de atividades de seriação, classificação e sequência, nem tão pouco ao preenchimento de folhinhas com números ou marcar quantidades de objetos em um conjunto.

Segundo Smole (2014), na Educação Infantil, a aprendizagem da Matemática se dá através da curiosidade que as crianças têm sobre os acontecimentos e a motivação que só aumentam com o tipo de experiências que lhes são proporcionadas e vivenciadas nas aulas. Experiências desafiadoras e significativas incentivam a explorar ideias, levantar e testar hipóteses e elaborar argumentos cada vez mais complexos.

A boa atuação da criança nos anos iniciais do ensino fundamental e, portanto sua permanência na escola está relacionada com a realização de um bom trabalho na educação infantil, primeira etapa da vida escolar. Existe a certeza da necessidade de se iniciar desde bem cedo a estimular as crianças da educação infantil o pensamento lógico, abstrato, por meio de conceitos matemáticos através de um ambiente lúdico e descontraído que ambientes tecnologicamente enriquecidos podem proporcionar: “[…] a criança vai construir seu

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conhecimento matemático por meio de sucessivas reorganizações ao longo da sua vida.” (RCN, 2008, p. 214).

A tecnologia faz parte de nossas vidas, colocou-nos a viver num novo mundo, de tal modo que a expressão sociedade da informação passou a ser usada para identificar esse novo tempo. Assim, temos que refletir acerca das contribuições que as TIC podem proporcionar à organização escolar e curricular. Elas proporcionam um espaço de profunda renovação da escola e todos os que fazem parte do processo educativo.

Neste trabalho de pesquisa buscamos uma proposta que fazendo uso de algumas funcionalidades tecnológicas, possa contribuir significativamente para o ensino da Matemática. Tendo em vista que esta deverá ser explorada da melhor forma possível na Educação Infantil, pois é importante que ela desempenhe equilibradamente o seu papel na formação intelectual do aluno, visando aplicação na vida cotidiana e apoio à construção do conhecimento de outras áreas curriculares. Enfatizam-se também as contribuições do Facebook para integrar família e escola em torno dos conteúdos escolares.

Esta investigação será orientada por uma abordagem qualitativa, centrada no estudo de caso, na busca de significados para os sujeitos em questão. Visando atender aos objetivos dessa pesquisa estão sendo empregados como instrumentos de coleta de dados, entrevista, observações, diário de campo e projeto de intervenção. A coleta desses materiais está sendo efetivada através dos sujeitos participantes dessa investigação que são vinte alunos e seus familiares da Educação Infantil de uma escola estadual pública do município de São Francisco de Paula.

Contextualização e justificativa do estudo

Desde o surgimento da humanidade o homem possui necessidade de se comunicar. Com o advento das tecnologias comunicacionais, especialmente com a Internet, destacam-se mudanças significativas na forma como interagimos e nos comunicamos na sociedade. E, a educação vem a cada dia usufruindo dos artefatos dos computadores em rede para buscar formas de aprendizagem coerentes com a sociedade atual.

As redes sociais representam grande tendência em compartilhar informações e conhecimentos, pois neste ambiente as pessoas se relacionam com outros indivíduos e fazem parte dos grupos que possuem maior afinidade.

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Nos dias de hoje, o Facebook é a rede social mais utilizada em todo o mundo, principalmente no que se refere à interação social, percebida através dos comentários nas publicações e pela participação em grupos abertos, fechados ou secretos que tenham o mesmo assunto para discussões e compartilhamento. A facilidade de conversação, características comunicacionais e de interatividade, com a possibilidade de pensar numa aprendizagem com um currículo mais flexível, extrapolar o tempo e espaço formal, bem como oferecer novas formas de tratar o conhecimento são algumas das tendências do uso do Facebook no ambiente escolar. Justificativa sócio-educacional

A educação vem sendo desafiada a cada dia. Os modos de pensar e agir mudam com as transformações das culturas e das gerações. A escola de hoje não pode ficar indiferente à sociedade da informação e do conhecimento. A escola precisa ficar atenta a estas mudanças no sentido de dialogar com a realidade dos sujeitos e refletir com o sistema à necessidade de se apropriar das ferramentas de comunicação atuais, como mediadoras do processo de ensino e aprendizagem.

Justificativa científica

Com o advento das Tecnologias de Informação e Comunicação vastas possibilidades surgiram para se refletir acerca da inclusão das mesmas na sociedade, e, consequentemente na educação. O ser humano foi no decorrer dos tempos buscando diferentes formas para se comunicar. “A tecnologia mune o professor de novas ferramentas e convida-o a uma mudança de práticas, incentiva-o à inovação, no sentido de dinamizar um ensino mais motivador, dinâmico, interativo e participativo.” (Ferreira, 2009, p. 34). Este estudo busca um aprofundamento no conhecimento atual sobre o objeto desta pesquisa.

Justificativa pessoal

O que impulsiona a investigadora a realizar esta pesquisa é a admiração e o gosto pela matemática, à prática docente na educação infantil e o fato de cada vez mais as tecnologias de informação e comunicação (TIC) fazerem parte de nossas vidas. As escolas estão imersas em uma sociedade em constante transformação, procuram adquirir uma compreensão mais abrangente do significado e potencialidades da dimensão virtual que a internet nos proporciona.

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Por isso, a necessidade de promover mudanças de postura em relação ao ensino-aprendizagem. Pensar nas crianças e na relação que elas têm com as tecnologias: computadores, câmeras digitais, tevês, celulares, é pensar no futuro, e, assim ter a responsabilidade de oportunizar e construir um mundo mais plural e democrático.

Definição do problema, objetivos e questões

O trabalho tem como tema a aprendizagem da Matemática na Educação Infantil com o uso de tecnologias de informação e comunicação e a utilização da rede social Facebook para ligar família e escola na aprendizagem dos alunos. Colocamos o problema da investigação sob a forma de duas questões: "Como pode o uso das TIC potencializar a aprendizagem da Matemática na Educação Infantil?" e "De que forma o Facebook contribui para ligar escola e família em torno dos conteúdos e escolares?”.

Para tentarmos dar resposta para as questões/problemas formuladas definimos como objetivo geral desta pesquisa analisar o interesse educativo do uso das TIC na aprendizagem da matemática na educação infantil, e como objetivos específicos: a) contribuir para inserção das TIC na sala de aula; b) dar praticidade as aulas e aprendizagens, despertando a curiosidade e a criatividade das crianças da educação infantil; c) tornar a aprendizagem da matemática mais lúdica e agradável; d) analisar a contribuição das tecnologias da informação e comunicação na aprendizagem da matemática na educação infantil; e) incentivar a participação da família no processo educativo, em ambiente virtual de aprendizagem e f) contribuir para o desenvolvimento integral das crianças, através de ferramentas tecnológicas.

A partir dos objetivos e das questões originaram-se outras indagações para investigação: A) Como a inserção das TIC pode contribuir para o ensino e aprendizagem da matemática, na Educação Infantil? B) De que maneira as TIC podem dar mais praticidade as aulas e aprendizagens, despertando a curiosidade e a criatividade das crianças da educação infantil? C) Como tornar a aprendizagem da matemática mais lúdica e agradável, através do uso de história infantil? D) Como o Facebook pode incentivar a participação da família no processo educativo, em um ambiente virtual de aprendizagem? E) Que contribuições as ferramentas tecnológicas trazem para o desenvolvimento integral das crianças?

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21 Estrutura do trabalho

O presente trabalho está dividido em três capítulos. No Capítulo I, apresenta-se a revisão de literatura que busca fornecer informações que contribuam para um melhor entendimento do fenômeno social em estudo. O Capítulo I está dividido em tópicos. No primeiro tópico “As tecnologias de informação e comunicação na educação”, procura-se refletir acerca da introdução das TIC na educação como um universo possível de interação, com um ambiente favorável para o desenvolvimento de atividades criadoras através do trabalho colaborativo através de uma gestão escolar de qualidade. Apresenta uma breve perspectiva histórica da inserção da informática na educação em Portugal e no Brasil, destacando alguns projetos.

No tópico “Espaços e possibilidades na cibercultura”, conceitua-se cibercultura que de acordo com Silva (2010) são modos de vida e de comportamentos adquiridos e transmitidos na vivência histórica do dia a dia marcada pelas tecnologias informáticas, mediando a comunicação e a informação através da internet. Tendo no ciberespaço uma nova forma de se comunicar, através da interligação de computadores em todo o mundo, e a cibercultura enfatiza todas as ações que se institui neste espaço. Com a inserção dos educandos na cibercultura, propiciam-se múltiplas possibilidades de conceber o saber, apresenta-se, então o conectivismo como teoria contemporânea que enfatiza a aprendizagem fora dos sujeitos, ou seja, a aprendizagem que se dá em rede, na qual professores e alunos colaboram para construção e reconstrução de atividades de estudo.

No próximo tópico elenca-se “O uso da tecnologia Facebook como ferramenta pedagógica”, destacando a internet como propulsora de uma nova forma de comunicação, tendo as redes sociais como primordiais para o mundo atual, pois ferramentas como o Facebook facilitam que acontecimentos sejam visualizados quase que instantaneamente. Elucidam-se algumas funções que podem ser desempenhadas no Facebook e seus recursos para auxiliar na educação e na aprendizagem. Apresenta-se também o estado da arte no Facebook.

No tópico “As tecnologias e a matemática na educação infantil” trata das tecnologias e o componente curricular Matemática na Educação Infantil, período da vida das crianças muito importante para a aprendizagem, pois é nesta fase da vida que as crianças criam e ampliam muitos conceitos que servirão de base para um futuro promissor. Concebe-se à matemática como componente disciplinar central na formação de indivíduos e sua integração na sociedade. Sociedade, esta, denominada como a sociedade da informação ou a sociedade do conhecimento,

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onde novas habilidades são necessárias, não somente no que se refere ao mercado de trabalho e produção, mas também na vida social dos indivíduos. Portanto, é interessante pensar que estas habilidades e competências exigidas pela sociedade, podem e devem ser desenvolvidas, desde o início da vida escolar das crianças, que se dá a partir da educação infantil.

O último tópico se chama “As contribuições da relação escola e família para a aprendizagem das crianças” destaca a participação da família no âmbito escolar como de grande importância para o desempenho das crianças, tanto no que se refere à aprendizagem quanto na construção das relações sócio afetivas.

Demonstrado o quadro teórico, inicia-se a apresentação do estudo empírico, no Capítulo II. Neste capítulo são explicitadas as opções metodológicas, a amostra, os instrumentos de recolha de dados utilizados, o projeto de intervenção e contextualização da escola e da turma de educação infantil.

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23 Capítulo I – Marco Teórico

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1.1 As tecnologias de informação e comunicação na educação

O advento das Tecnologias de Informação e Comunicação traz vastas possibilidades para se refletir acerca da inclusão das mesmas na sociedade, e, consequentemente na educação. O ser humano foi no decorrer dos tempos buscando diferentes formas para se comunicar. O desenvolvimento das TIC está ligado a uma evolução que teve início através dos correios, passando ao rádio e televisão, vídeos, computadores e chegando até as mais modernas transmissões de conferências via satélite, tendendo avançar e se transformar frequentemente. Desta maneira, antes mesmo do uso da Internet, as pessoas já utilizavam outras tecnologias de comunicação para interagir ou estudar.

Na esfera educacional a instituição tecnológica e a concentração das mídias oferecem às pessoas a reciprocidade de informações e a aprendizagem colaborativa. “O uso da tecnologia na educação permite a extrapolação do universo possível de interações dos espaços tradicionais de aprendizagem”. (Rodrigues, Tarouco & Klering, 2014, p. 23). O que demanda à escola, em caráter primordial de que todos que tenham interesse aprendam a pensá-la e organizá-la perante o novo design tecnológico, favorecendo um ambiente para a reflexão e as atividades criadoras. Neste sentido, Meirinhos e Osório (2014) referem:

A construção de novas formas de aprender e de formar, mais de acordo com o funcionamento e as necessidades educativas da sociedade de informação, parece assentar hoje em três aspetos fundamentais: i) a constante evolução das TIC; ii) a necessidade de formação permanente; iii) a emergência da atividade coletiva como modelo potencialmente válido de aprendizagem”. ( p. 8).

Neste novo cenário, a escola, como espaço de criação lança aos sujeitos que integram este processo coletivo de aprendizagem o comprometimento com a mudança levando sempre em consideração o aprendizado como um dos desafios mais importantes. Sendo necessário refletir que a tecnologia por si só não garante à aprendizagem, porém o gestor precisa ser o mediador para que se tenha uma escola preparada para receber e estimular o acesso às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e dispor todo o seu potencial em favor da aprendizagem.

A ideia é transpor a visão de uso da tecnologia para a da realização de atividades adicionais e posicioná-la como um recurso capaz de colocar o aluno em caminhos tais que o conhecimento construído seja depois compartilhado, e é nesse compartilhar que se vivencia a aprendizagem colaborativa. (Rodrigues, Tarouco & Klering, 2014, p. 24).

É neste contexto que Meirinhos e Osório (2014) enfatizam que as TIC promovem o trabalho colaborativo, porém, a capacitação de formadores e formandos é fundamental. Mas não

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somente a capacitação para o domínio das TIC e sim na criação de competências para o desenvolvimento profissional.

Segundo Silva (2001) se a escola não reorganizar o seu método, em relação à inserção das TIC, e não possuir gestores nem professores aptos para se inserir neste novo cenário, não existe tecnologia que dê conta dos problemas,uma vez que as tecnologias podem alterar a forma como as competências são realizadas, mas não podem fazer um “mau” professor se transformar em um “bom” professor.

As repercussões em relação à metodologia prendem-se com as possibilidades de se criarem metodologias singulares e variadas adaptadas ao perfil de cada aluno e aos contextos de aprendizagem. Trata-se de aplicar uma pedagogia diferenciada. As TIC permitem valorizar o método, o processo, o itinerário, o como, dando aos professores a possibilidade de ensinarem de “outro modo”, permitindo pensar num paradigma metodológico que rompa com o modelo de pedagogia uniformizante. ( p. 848).

Possibilitar condições para que os educadores agreguem as TIC à prática pedagógica, prevê uma formação de qualidade, na qual o professor estará apto a fazer uso criativo, reflexivo e inovador das TIC e desenvolva com seus alunos um trabalho colaborativo. A consolidação do processo de integração das TIC às práticas desenvolvidas em sala de aula, bem como ao currículo, favorece mudanças significativas, como a flexibilidade curricular e a combinação de atividades à distância e presenciais.

É neste sentido que se almeja uma gestão escolar de qualidade, a qual estimula a criação de ambientes para aprendizagem, onde a socialização, a realidade local e as interações possibilitem a construção expressiva de novos conhecimentos. Logo, gerir a tecnologia na escola demanda que o gestor compreenda as transformações que ocorrem na sociedade, bem como as consequências dessas transformações para o crescimento humano. Isso solicita ações em relação a mudanças estruturais que vão além da instalação do computador e da Internet na escola. “Exige a compreensão de que as TIC são meios de acesso a educação, ao trabalho, ao exercício da cidadania, ao lazer, ao mundo. [...] numa visão redimensionada de gestão democrática, participativa, consciente e responsável”. (Rodrigues, Tarouco & Klering, 2014, p. 30).

Nesses nem tão novos tempos, o trabalho pedagógico é ponto central da escola, e é primordial que o gestor escolar potencialize o fazer pedagógico gerindo com eficiência as novas tecnologias, de modo a proporcionar a inserção das mudanças na gestão, na prática do professor e na concepção pedagógica da escola. Apesar de mudanças culturais e sociais significativas, as escolas do Brasil necessitam ainda de mais engajamento no uso das TIC em sala de aula.

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Na visão de Machado, Longhi e Behar (2014) para que se amenizem as dificuldades em relação ao uso das TIC em sala de aula, os gestores devem promover a capacitação tecnológica de seus docentes, encorajando sempre que possível o uso de tecnologias e garantir condições de suporte ao hardware e ao software da escola e de acesso à Internet.

1.1.1 Perspectiva histórica

Segundo Almeida (2008), a inserção da informática na educação no Brasil e em Portugal aconteceu no final da década de 1970 e início da década de 1980, com a instalação dos primeiros computadores nas escolas. Junto com os computadores chegaram as impressoras, drivers externos, scanners e as câmeras digitais. Todos esses equipamentos foram identificados como tecnologia de informação (TI). Este processo teve como estratégia capacitar profissionais para atuar nos setores produtivos.

Em Portugal, foi criado o Projeto Minerva (Meios Informáticos no Ensino: Racionalização, Valorização e Atualização), que visava “inclusão do ensino das tecnologias de informação nos planos curriculares; o uso das tecnologias de informação como meios auxiliares do ensino das outras disciplinas escolares, e a formação de orientadores, formadores e professores”. Ponte (1994) apud Ferreira (2009. p. 34).

Conforme os estudos de Ferreira (2009), o Ministério da Educação de Portugal financiava o Projeto Minerva e as universidades e escolas superiores davam o suporte técnico para sua execução. Sendo assim, o Projeto possibilitou que milhares de alunos e professores usufruíssem dos computadores como ferramenta de aprendizagem no desenvolvimento de suas atividades, e permitiam a exploração de alguns recursos informáticos como “o processador de texto, a folha de cálculo, as bases de dados, o desenho assistido por computador, a edição eletrônica e softwares educativos”. (Ferreira, 2009. p. 34) Também visava à formação de professores ao nível das competências técnico-pedagógicas, para que estes pudessem fazer uso das tecnologias de informação no processo de ensino e aprendizagem.

O mesmo autor, citado a cima, frisa que com o Projeto Minerva se iniciou uma discussão sobre a importância da utilização e divulgação das tecnologias na educação junto a uma parte significativa da população. Além disso, abriu portas para outros programas, como o Programa Internet na Escola (1997), coordenado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, que tinha como objetivo equipar todas as escolas com um computador multimídia conectado à internet na

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biblioteca visando uma melhoria nas condições de igualdade e acessibilidade à informática de toda a comunidade.

No Brasil, a inserção dos programas de informática na educação, também aconteceu na década de 1970, principalmente em universidades, através de pesquisas e experimentos. Foi criado o EDUCOM (Educação com Computador), a partir da aceitação da informática como ferramenta de reafirmação da sociedade pós-industrial e de estudos a respeito da sua utilização na educação, como também para a informatização da sociedade brasileira.

Segundo Andrade (n.d.), a Secretaria de Especialização de Informática – SEI solicitou aos estabelecimentos de ensino superior a elaboração de projetos de implantação de centros-piloto para desenvolver estudos sobre o uso do computador como recurso de ensino-aprendizagem, principalmente no 2º grau, criando grupos com equipes multidisciplinares e professores do magistério público, para que estes criassem sistemas interativos, softwares de apoio educacional, capacitassem recursos humanos para as atividades e avaliassem seguidamente a utilização do computador em educação nos aspectos lógicos, psicopedagógicos e socioculturais.

Os centros-piloto teriam que ser capazes de auxiliar nas decisões políticas para área e servir de referência para difusão na formação de recursos humanos. Também tinham como propósito verificar a ocorrência de possíveis mudanças na estrutura dos sistemas de ensino público, buscando alternativas adequadas à realidade social, política, econômica e cultural.

Em 1984, os centros-piloto ou subprojetos EDUCOM foram instalados nas universidades federais de Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e estadual de Campinas, em São Paulo, os quais produziram resultados importantes para o desenvolvimento de estratégias governamentais e utilização da informática na educação. Em consequência, foram criados Comitês de Assessoramento de Informática na Educação, destacando ações básicas de consolidação de uma cultura nacional de informática educacional, tais como: Projeto FORMAR (1987, 1989 e 1992); Projeto CIEd que implantou Centros de Informática na Educação junto às secretarias estaduais de educação; Jornadas de Trabalho com subsídios para políticas e concursos de softwares educativos (1987-1989). Todos estes projetos tinham como objetivo incentivar novos talentos, a produção descentralizada e melhoria da qualidade.

Foi criado também o PRONINFE (1989) Projeto Nacional de Informática Educativa, com o intuito de capacitar professores, técnicos e pesquisadores de forma contínua e permanente para o domínio da informática educativa.

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Segundo Oliveira (2014) somente em 1997 foram instalados programas de informática nas escolas públicas brasileiras, por meio do Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO) vinculada à Secretaria de Educação a Distância/SEED. O objetivo principal deste Programa, conforme Valente (1999) apud Oliveira (2014), foi estabelecer relações com a escola pública buscando a inserção da informática na educação básica, através da interação de técnicos, pesquisadores e governo.

Oliveira (2014) argumenta que no Brasil sempre existiu a preocupação de usar o computador não somente para a transmissão de informações e conhecimento, ou como ferramenta para informatizar os processos de ensino já existentes, mas sim como instrumento de interação. Valente (1999), também salienta que:

Quando o aluno usa o computador para construir o seu conhecimento, o computador passa a ser uma máquina para ser ensinada, propiciando condições para o aluno descrever a resolução de problemas, usando linguagens de programação, refletir sobre os resultados obtidos e depurar suas ideias por intermédio da busca de novos conteúdos e novas estratégias. ( p. 02).

Neste sentido, reforça-se a ideia de que o uso do computador não é somente para mera transferência de informações, mas uma ferramenta que pode ser usada pedagogicamente nos processos de ensino e aprendizagem. Pesce (2011) nos lembra de que, além do computador, a história da educação no Brasil se caracterizou pela utilização de material impresso e do rádio como aliados nos cursos oferecidos na Educação a Distância, na década de 1940.

Sendo assim, o que podemos perceber é que a educação sempre esteve mediada por algum meio de comunicação como suporte as ações do educador em sua interação com os estudantes. A própria sala de aula pode ser considerada uma “tecnologia”, e todos os recursos utilizados pelo professor como ferramentas pedagógicas: o giz, o livro, a caneta, o quadro-negro. “Pedagogia e tecnologia sempre foram elementos fundamentais e inseparáveis da educação”. (Belloni, 2009, p. 53-54).

Leite & Ribeiro (2012), destacam a expressão que foi criada com a chegada da Internet: Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) que permite criar, capturar, interpretar, armazenar, receber e transmitir informações. Para os autores a inserção dessas tecnologias na educação representam melhorias no processo de ensino-aprendizagem. Conforme essas tecnologias são usadas podem trazer resultados positivos ou negativos. Para que sejam usadas de forma positiva são necessários alguns fatores:

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O domínio do professor sobre as tecnologias e sua utilização na prática; boa estrutura física e material por parte da escola; que os governos invistam em capacitação para formação de professores frente aos avanços tecnológicos; que o professor se mantenha motivado para aprender e inovar em sua prática pedagógica; que os currículos escolares possam integrar a utilização das novas tecnologias aos seus conteúdos. ( p.175).

Sendo assim, percebemos que a cada dia a tecnologia passa a fazer mais parte de nossas vidas, com as escolas cada vez mais conectadas a Internet, colocando-nos a viver num mundo diferente e diversificado, de tal modo que a expressão sociedade da informação passou a ter um uso frequente para identificar essa nova configuração. Assim, temos que refletir sobre as contribuições que as TIC podem proporcionar à nova organização escolar e curricular que se apresenta. As Tecnologias de Informação e Comunicação proporcionam um espaço de profunda mudança da escola, exigindo dos educadores uma grande capacidade de adaptação e de desafio: transformar o modelo escolar que privilegia a lógica da instrução e da transmissão de informação para um modelo escolar baseado na construção colaborativa de saberes.

Ou seja, como salienta Moran (2007), o professor precisa aprender a manipular com as tecnologias mais modernas, não se acomodando, porque a todo instante surgem novas tecnologias para facilitar o trabalho pedagógico. A utilização dos computadores por parte dos educadores em seu ambiente de aprendizagem possibilita que os alunos interajam com outros indivíduos, pesquisando sobre diferentes assuntos e fazendo uso de ferramentas tecnológicas no ensino o que torna este processo mais dinâmico e atrativo.

Valente (1999), afirma que as políticas de implantação da informática na escola pública brasileira têm sido direcionadas com vistas na mudança pedagógica:

As mudanças pedagógicas que podem ser observadas são, atualmente, propiciadas pelo uso da rede Internet. Por intermédio da Internet, os alunos têm a chance de acessar e explorar diferentes bases de dados e construir páginas para registrar os resultados de projetos ou atividades desenvolvidas. ( p. 04).

A mudança pedagógica que todos querem é transformar uma educação voltada para transmissão de informação e na instrução, para a elaboração de espaços de aprendizagem nos quais os estudantes desenvolvem suas atividades e constroem seu conhecimento.

Segundo Belloni (2009) as facilidades oferecidas pelas TIC trazem mudanças significativas nas possibilidades de interação, colocando à disposição dos sistemas, dos alunos e professores técnicas rápidas, seguras e eficienteso que possibilita ao usuário interagir através da máquina (professor/aluno; aluno/aluno; professor/família e até mesmo aluno/família). As técnicas

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de interação criadas pelas redes telemáticas (e-mail, facebook, webs, sites.) são de grande valia, pois permitem combinar a flexibilidade da interação humana com a independência no tempo e no espaço.

Para Silva (1998) apud Silva (2008),

a noção de rede é o conceito chave para caracterizar a nova configuração comunicativa. Em termos sociais, este conceito significa que estamos perante um universo comunicativo em que tudo está ligado, em que o valor é dado pelo estabelecimento de uma conexão, de uma relação. E na medida em que a conectividade é realizada através da interface da tela do computador, denominamos esta nova configuração por comunicação em ambiente virtual. ( p. 1913-1914.).

Neste sentido, é necessário refletir acerca deste novo formato de comunicação, buscando-se novos espaços possíveis para que a interação aconteça. Portanto, cabe a todos os envolvidos neste processo proporcionar uma nova forma de ensinar e aprender, através de uma educação que favoreça a formação de sujeitos críticos, autônomos e conscientes de seu papel na sociedade. 1.2 Espaços e Possibilidades na Cibercultura

Vivemos na sociedade contemporânea um novo momento tecnológico. A expansão das possibilidades de comunicação e de informação, através de equipamentos midiáticos, modifica nossa forma de viver, interagir e aprender na atualidade.

A sociedade está impregnada de tecnologias no seu âmago mais profundo, influenciando diretamente a rotina humana e a disposição das atividades dos homens. Devido a esta mudança ao longo dos últimos séculos, estas inovações demandam conhecimento por parte da sociedade que se torna a sociedade do conhecimento.

Sendo então, uma sociedade que se volta para o saber, os desafios lançados à educação, no sentido de entrar na sociedade da informação, referem-se e vão bater às portas da escola que opera e dissemina a educação formalizada necessitando conectar-se a esta nova demanda que a sociedade traz como primordial para a formação de um cidadão completo.

Não se tolera mais a transmissão da informação, pois na sociedade do conhecimento, a informação pode ser adquirida em diferentes lugares, e cabe à escola proporcionar aos estudantes os meios necessários para transformar a informação em conhecimento. Os alunos necessitam estabelecer relações entre as informações e produzir conhecimento, mediados pelo professor.

As tecnologias de informação e comunicação (TIC) são indispensáveis para a sociedade atual, suportando todos os ramos de atividade, possibilitando todo o tipo de serviços, dos mais

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tradicionais aos mais inovadores, e criando condições para o fomento da atividade econômica em nível global. As novas tecnologias instaladas na sociedade e no trabalho levaram a profundas mudanças no campo social e individual ao influenciarem drasticamente a vida humana, o tempo e o espaço.

Elas fazem parte de nosso cotidiano, estão tão presentes que parece ser algo natural. Sendo assim, Silva e Conceição (2013) destacam a ubiquidade relacionada à mobilidade das tecnologias móveis que permitem um contato estável a diversos lugares ao mesmo tempo. A possibilidade de nos comunicarmos com muitas pessoas ao mesmo tempo e em lugares diferentes faz com tenhamos a sensação de estarmos presentes naquele local.

O fato de estarmos entrando num tempo que decorre em espaços hiperconectados, espaços de hiperlugares, múltiplos espaços, que desafiam os sentidos da localização, permanência e duração, constitui um novo desafio para cibercultura. ( p. 141).

A aprendizagem no ciberespaço faz com que os ambientes de educação escolar se ampliem. Exige uma mudança de visão em relação às tecnologias nos novos tempos escolares, no modo de ensinar e de aprender, sendo um agregador de possibilidades didáticas em que o professor possa desenvolver projetos e atividades interessantes com seus alunos, tendo certa consciência de aproveitar e desenvolver o lado positivo da aprendizagem com as TIC.

Silva (2010) diz que a utilização da internet na formação escolar é uma característica da cibercultura, pois a comunicação online está presente na sociedade.

Se a escola e a universidade ainda não exploram devidamente a internet na formação das novas gerações, estão na contramão da história, alheias ao espírito do tempo e, criminosamente, produzindo exclusão social e exclusão cibercultural. (p. 38).

No pensamento deste autor, quando o professor oportuniza ao seu aluno o contato com a mídia para aprendizagem de um conteúdo curricular, ele colabora pedagogicamente para a inclusão desse aluno no "espírito do nosso tempo sociotécnico". (Silva, 2010, p. 38).

Silva (2010) conceitua cibercultura como modos de vida e de comportamentos adquiridos e transmitidos na vivência histórica do dia a dia marcada pelas tecnologias informáticas, mediando a comunicação e a informação através da internet.

Portanto, podemos perceber que o ciberespaço compõe uma nova forma de se comunicar, através da interligação de computadores em todo mundo, e, a cibercultura enfatiza todas as ações que se instituem neste espaço. Nele, é possível a aproximação dos recursos disponível no

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computador, a troca de mensagens de forma síncrona ou assíncrona, transmissão de vídeo e som, e dentre outras possibilidades que aparecem diariamente.

A contribuição da educação para a inserção dos educandos na cibercultura exige que o professor aprenda como usar as ferramentas tecnológicas de forma pedagógica, proporcionando a seus alunos autonomia e autoria, de modo que se privilegie a aprendizagem, através de ambientes propícios para que os estudantes realizem suas atividades e construam seu conhecimento.

As velozes transformações tecnológicas da atualidade impõem novos ritmos e dimensões à tarefa de ensinar e aprender. É preciso estar em permanente estado de aprendizagem e de adaptação ao novo. (Kensky, 2003. p. 30).

Vivemos em um mundo globalizado, sem fronteiras, onde a mídia exerce um grande poder, ocorrendo transformações no modo de produção e comunicação cada vez mais veloz, tendo as tecnologias uma grande abrangência tanto na sociedade como na escola. Neste contexto em que estamos envolvidos a aprendizagem acontece de diferentes formas. As mídias, os meios de comunicação e a internet são determinantes para essa nova forma de conceber o saber.

Neste sentido, Paraskeva e Oliveira (2006) salientam a importância da função que a tecnologia informacional e comunicacional vai desempenhar no âmbito dos conteúdos escolares, pois é necessária uma mudança de paradigma educacional que aponte para uma reestruturação dos currículos e posturas, tanto dos professores, quanto dos alunos.

Para Kenski (2003), o ambiente educacional virtual não substitui o espaço educacional presencial, ao contrário, ele o amplia.

É inevitável a importância das TIC em todo contexto social, porém ainda vemos a escola demonstrar grande dificuldade em colocar na prática as transformações do modo de aprender em virtude do avanço tecnológico atual. A rápida difusão das TIC exerce alterações em todas as áreas da sociedade contemporânea e assume importância central na vida social e individual na atualidade, consequentemente, os educadores e todos envolvidos no sistema da Educação devem estar motivados e preparados para enfrentar o futuro que se tem revelado incerto, e em permanente mudança, para que todos possam contribuir da melhor forma com o sucesso educativo.

Ao longo do tempo vem surgindo uma nova era que oferece múltiplas possibilidades de aprender, em que o espaço físico da escola, tão relevante em outras décadas, neste novo paradigma, deixa de ser o local exclusivo para a construção do conhecimento e da preparação do

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cidadão para a vida ativa. Nos dias de hoje, se torna imprescindível formar alunos com espírito empreendedor, que sejam criativos e que tenham capacidade de resolver diversos problemas.

As tecnologias de informação e comunicação favorecem o encontro de diferentes relações, dentro e fora da escola os indivíduos estão imersos no mundo tecnológico, pois estas não dependem de um local certo para acontecer.

Segundo Prensky (2010) a tecnologia em nossas escolas devem auxiliar os estudantes no processo de aprendizagem, orientados pelo professor. O autor salienta que as tecnologias proporcionam aos alunos várias ferramentas, com as quais o aluno pode aprender sozinho.

Desde a Internet com todo tipo de informação para procurar e ferramentas de busca para descobrir o que é verdadeiro e relevante, até ferramentas de análises que permitem dar sentido à informação, há ferramentas de criação que trazem resultados de busca em uma variedade de mídias, ferramentas sociais que permitem a formação de redes sociais de relacionamento e até de trabalho de modo a colaborar com pessoas do mundo inteiro. ( p. 203).

Sendo assim, a Internet possibilita uma maior autonomia do educando frente ao processo de aprendizagem, pois existe uma quantidade de recursos e ferramentas que favorece que o aluno vá à busca da informação que necessita, e, cabe a ele transformá-la em conhecimento. Na cibercultura propiciam-se múltiplas possibilidades de se conceber o saber, apresenta-se o conectivismo como teoria contemporânea que enfatiza a aprendizagem fora dos sujeitos, ou seja, a aprendizagem que acontece em rede, na qual professores e alunos colaboram para a construção e reconstrução de atividades de estudo.

As teorias que passamos a elencar são as que estão mais presentes nas práticas pedagógicas dos educadores. Realçamos o “conectivismo” de George Siemens, como teoria contemporânea e destacamos como esta pode servir para fundamentar e auxiliar a aprendizagem em ambientes virtuais.

As teorias de aprendizagem tradicionais, mais apropriadas ao ensino presencial, não foram elaboradas e pensadas tendo em vista o ensino em ambientes virtuais. Alguns autores consideram que são necessárias novas teorias para dar conta das novas formas de aprendizagem em educação online, redes sociais, dispositivos móveis e plataformas de ensino da web 2.0.

A teoria cognitivo-behaviorista fundamenta-se numa prática educativa de transmissão de conhecimento, em que a meta da aprendizagem está claramente definida: o aluno faz o que lhe é exigido, ou seja, é um receptor passivo. Os objetivos educacionais são ditados pelos valores

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elencados pela sociedade; a educação está subordinada à instrução, considerando a aprendizagem do aluno como um fim em si mesmo.

Já na teoria socioconstrutivista, a aprendizagem passa a ser pensada através dos contextos, relacionamentos e interações. O professor orienta seus alunos no processo de construção do conhecimento, deixando de ser apenas um transmissor de informações. O conhecimento se dá a partir da interação indivíduo e mundo, o qual participa ativamente e reflexivamente na elaboração das normas comuns para o grupo. O ensino prioriza as atividades do sujeito baseado no aprendizado e na pesquisa.

Segundo Mattar (2013), devido à grande gama de informações e acessibilidade, boa parte do processamento mental e da resolução de problemas estarem armazenado em máquinas. Neste contexto, a aprendizagem não é mais concebida como memorização ou mesmo compreensão de todas as coisas, mas como construção e manutenção de conexões em rede para que o indivíduo seja capaz de buscar e desenvolver conhecimentos quando e onde for necessário.

Valente (1999) destaca que a escola é um ambiente de trabalho diversificado. A inserção de novas ideias está relacionada às ações do professor, o qual deve ter autonomia para tomar decisões, realizar mudanças necessárias no currículo, sugerir e programar propostas de trabalho em equipe e fazer bom uso das tecnologias de informação e comunicação.

Neste sentido, surge o conectivismo, proposto como uma teoria mais adequada para a era digital que vivenciamos. Mattar (2013) elenca os estudos do autor George Siemens (2004), que descreve que existem limitações do behaviorismo, cognitivismo e construtivismo, enquanto teorias de aprendizagem, pois não abordam a aprendizagem que ocorrem fora dos sujeitos. Para este autor, o conectivismo destaca justamente que para a ação, necessitamos nos apropriar de informações externas ao nosso conhecimento primário. Portanto,

Aprender não é mais considerado um processo inteiramente sobre o controle do indivíduo, uma atividade interna, individualista: está também fora de nós, dentro de outras pessoas, em uma organização, em um banco de dados ou em artefatos, e essas conexões externas é o que potencializam o que podemos aprender, podem inclusive ser consideradas mais importantes que nosso estado atual de conhecimento. (Mattar, 2013. p.30).

Sendo assim, no conectivismo os alunos e professores colaboram para construção e reconstrução de atividades de estudo para que estas sejam utilizadas e reutilizadas em um processo de reelaboração por outros alunos e professores, ou seja, no conectivismo a aprendizagem acontece em rede, sendo cada indivíduo um nó que por meio dessas redes

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estabelece conexões e cria e recria conhecimentos. Portanto, o mais significativo nesse processo é como o sujeito aprende, usufruindo de diferentes ambientes de aprendizagem, como a rede social Facebook.

Conforme Meirinhos e Osório (2014), o conectivismo procura dar respostas à nova realidade que surge a partir da evolução tecnológica que transforma todos os setores da sociedade, econômicos, sociais e culturais. Tem a intenção de ser uma teoria da aprendizagem para era digital. Estes autores também referenciam Siemens para destacar que ele propõe uma teoria da aprendizagem em simetria com a grande gama de ferramentas de software social e com a instrução da web 2.0 e propulsora das competências necessárias para trabalhar na era do conhecimento. Os autores ainda enfatizam que o conectivismo é uma teoria que procura descrever as características da aprendizagem contemporânea que se relaciona às características dos jovens do século XXI.

Neste sentido, a educação é um processo que transcende os muros da escola, como referencia Moran (2007), sendo um processo de toda a sociedade, o tempo todo. “Toda sociedade educa quando transmite ideias, valores, conhecimentos. [...] todos educam e, ao mesmo tempo são educados, isto é, aprendem, sofrem influências, adaptam-se a novas situações”. ( p. 14).

Quanto mais conectada a sociedade, mais a educação poderá ser diferente. Não haverá tanta necessidade de ficarmos todos no mesmo lugar, para aprender ao mesmo tempo e com as mesmas pessoas. A conectividade abre possibilidades muito variadas de aprendizagem personalizada, flexível, ubíqua, integrada. (Moran, 2007, p. 125).

Portanto, com o desenvolvimento das sociedades no decorrer da história, o processo educacional também passou por mudanças relevantes no que se refere às ferramentas tecnológicas. Mudanças que possibilitam uma educação mais dinâmica que busca novas formas de ensinar e aprender com sujeitos mais motivados a fazer uso das tecnologias.

1.3 O uso da tecnologia Facebook como ferramenta pedagógica

“Educar em nosso tempo conta com uma feliz coincidência histórica: a dinâmica comunicacional da cibercultura, em sua fase atual chamada web 2.0, caracterizada como autoria, compartilhamento, conectividade e colaboração e os fundamentos da educação autênticos definidos como autonomia, diversidade, dialógica e democracia.” (Marco Silva)

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As Tecnologias de Informação e Comunicação há muito tempo fazem parte da educação, através do jornal, da televisão, do rádio e do cinema. Disponibilizam uma variedade de recursos para facilitar e enriquecer o ensino e a aprendizagem, expandindo possibilidades para educação formal. Há algum tempo atrás, as redes sociais eram consideradas o futuro da internet, e de fato, hoje elas representam grande capacidade de comunicação, conexão social e troca de informações, em diferentes assuntos: notícias, curiosidades, dicas do cotidiano dos usuários e celebridades.

Portanto, a tecnologia apresenta-se como ponto central no cenário atual da civilização humana. Os computadores estão presentes em todos os espaços da sociedade, através do processo de globalização. Com o surgimento da Internet uma gama enorme de informações mais rápida e acessível possibilitou a proximidade entre as pessoas e uma nova forma de linguagem foi instaurada entre os participantes.

De acordo com Mercado (2010) a linguagem que apareceu no final do século XX em ambientes virtuais é o “internetês”. A autora destaca que esta linguagem está baseada na simplificação, na abreviação ou em suprimir letras em palavras, usada na comunicação entre as pessoas.

Essa linguagem é oriunda da familiarização dos jovens com a proliferação das tecnologias digitais. Nesses espaços interativos, os usuários se comunicam por meio de enunciados rápidos e criativos, criando signos com menos letras para interlocução, adicionando desenhos à escrita. Os significados veiculados tendem a garantir uma comunicação dinâmica e precisa entre o emissor e o receptor, protagonistas de uma cultura jovem. ( p. 80).

Sendo assim, percebe-se que a Internet proporciona uma nova forma de comunicação, através de diversas possibilidades de escrita através da criação de uma linguagem mais acessível aos indivíduos que a utilizam. A escola, seus gestores e educadores não podem negar o conhecimento de todas as opções de comunicação e linguagem que surgem, pois estas provocam uma revolução nas relações humanas.

Segundo Silva (2008), a Internet é o modelo de rede colaborativa que esclarece o significado da nova galáxia comunicativa. Sua adesão deve-se ao britânico Tim Berners-Lee ao criar o sistema de informação world wide web (web ou www) entendido como universo interativo de participação, através da comunicação com a máquina e outras pessoas, ou seja, são ciberespaços através dos quais os indivíduos interagem compartilhando informações, fazendo postagens e ampliando a comunicação mediada por um computador.

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O grande avanço tecnológico atual, as redes de computadores, em especial a Internet, que permite conectar pessoas espalhadas pelo mundo todo, tem sido o novo impulso e a nova promessa em direção ao uso da tecnologia de computadores para um entendimento mais amplo de Educação e da consciência de sermos “cidadãos do mundo”. A tecnologia de redes de computadores viabiliza funções em que não só estudantes, mas os próprios professores podem desenvolver suas atividades de um modo colaborativo. ( p. 49).

Portanto, vivemos numa sociedade, onde a informação se dá de forma cada vez mais rápida. Diante dessa realidade, as redes sociais são primordiais para o mundo atual, pois ferramentas como o Facebook possibilitam que acontecimentos sejam visualizados quase que instantaneamente. Passam a utilizá-lo para reunir pessoas com causas semelhantes e objetivos comuns, fazer repercutir fatos, denúncias e outros. Souza & Schneider (2014), enfatizam:

[…] aliar os recursos disponibilizados pelas redes sociais ao processo de ensino e aprendizagem pode ser uma contrapartida positiva para o uso das tecnologias em sala de aula, uma vez que os alunos e professores já fazem uso das redes sociais em seu cotidiano, nas mais diversas situações. Não se trata apenas de se buscarem respostas para resolução de problemas de indisciplina ou para a motivação da aprendizagem, mas principalmente porque elas fazem parte do modus vivendi da sociedade atual, dentro de um processo natural de evolução. ( p. 109).

O Facebook foi criado em 2004, em Harvard, nos Estados Unidos por Mark Zuckerberg, logo se tornou a rede mais visitada no mundo. Segundo Martins (2015) a rede social Facebook possui atualmente 1.44 bilhão de usuários no mundo inteiro. Vem ganhando a preferência dos indivíduos que usam a Internet para realização de várias tarefas, com compartilhamento de ideias e notícias, divulgação de acontecimentos e produtos que consideram interessantes.

Por meio de tecnologia 2.0, o Facebook, possui um espaço convidativo para a partilha, a interação e o debate. Seu ambiente é informal onde o indivíduo está à vontade para se comunicar. Encontra-se no endereço eletrônico www.facebook.com. Não é somente um canal de comunicação, mas uma ferramenta tecnológica para educação, pois se trata de uma plataforma conhecida, ou seja, popular, de fácil acesso e gratuita. Sua estrutura é vertical, formada por nós (ou nodos) que representam as pessoas e por ligações que são as relações de amizades que surgem a partir destes nós. Todos os seus membros são participantes ativos que visam não somente a colaboração, a partilha, a comunicação, mas sim o crescimento pessoal. Sua comunicação pode ocorrer de forma assíncrona (comunicação não simultânea) ou síncrona (tempo real).

Os recursos e possibilidades oferecidos pelo Facebook podem auxiliar na educação e na aprendizagem através do contato entre as pessoas de diferentes níveis sociais, culturais, políticos,

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econômicos e educacionais. Os educadores podem tirar as dúvidas dos alunos de qualquer lugar e a qualquer hora, bem como promover atividades de grupo para proporcionar a interação entre os alunos e compartilhar conhecimentos e experiências.

As tecnologias web 2.0 - podcasts, wikis, redes sociais, dentre outras - estão presentes no dia a dia de nossos alunos. Portanto, surge uma nova função para os educadores em meio a estas mudanças tecnológicas que transformam a forma de agir e pensar da sociedade moderna, as quais provocam novas formas de ensinar e aprender, ou seja, exigem-se novas metodologias de ensino. Assim como referencia Silva (2001):

A tecnologia mudou radicalmente a medida da escala espacial: o longe e o próximo não existem em termos visuais, a medida faz-se pela implicação dos actores em projectos de interesse e motivação comuns que desejam partilhar. Deste modo os professores e os alunos podem, não só, desenvolverem interacções satisfatórias entre si, mas também, cada escola e ou cada um dos seus membros pode estabelecer relações plurais e colaborativas com outras escolas, com colegas, com peritos ou instituições diversas. ( p. 850).

Um número considerável de pessoas usufrui das tecnologias, especialmente os jovens e os alunos, nesse sentido pode-se lançar o olhar para o potencial educativo da rede social Facebook, por meio de seus recursos e atividades que apoiam o ensino e a aprendizagem. . Os professores podem sanar as dúvidas dos alunos a qualquer hora e de qualquer lugar, proporcionar atividades em grupo, compartilhar conhecimentos e experiências de forma colaborativa.

Sendo assim, de acordo com Silva (2010) muitos professores já percebem que a verdadeira educação não acontece sem a participação do aluno e nem com a mera transmissão de conteúdos.

Nesta pesquisa busca-se uma proposta que fazendo uso de ferramentas tecnológicas possa contribuir para o ensino da Matemática, tendo em vista que esta deverá ser explorada da melhor forma possível na educação infantil, pois é importante que ela desempenhe equilibradamente o seu papel na formação intelectual do aluno, visando aplicação na vida cotidiana e apoio a construção do conhecimento de outras áreas curriculares.

1.3.1 O estado da arte no Facebook

Vivemos numa sociedade caracterizada pela mudança, derivando-se de novos paradigmas de informação, por meio de novas tecnologias. Para que possamos usufruir desta evolução tecnológica são necessários ensinamentos que visem uma maior literacia das mídias e da

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informação. Percebe-se que as sociedades se globalizaram mediante a infinidade de possibilidades de comunicação em rede, que fez surgir um novo tipo de comunidade, fazendo as redes sociais, como o Facebook, ferramenta para partilha e comunicação de informação e conhecimento.

Segundo Martins e Diniz (2014) a literatura destaca que a Internet desde o seu surgimento, vem transformando-se tecnologicamente no que se refere às suas características de uso e aplicabilidade. Enfatizam que a web 2.0 revolucionou o mundo real e virtual, de tal forma que a interatividade possibilita a inclusão, colaboração, geração de conteúdo e publicação.

Neste sentido, sente-se a necessidade de uma nova configuração dos espaços educativos, o que coloca aos professores a função de mediadores, de forma a contribuir para que o aluno tenha um pensamento crítico, reflexivo e criativo, tornando-se, assim, mais autônomo. Neste contexto, entende-se a escola como um espaço possível para dialogar sobre as indagações trazidas pelas crianças e os significados que elas atribuem aos aspectos referentes a cultura midiática, pois estes são percebidos nos diálogos que estabelecem com seus pares no cotidiano escolar, através das brincadeiras e seus modos de ser.

Alguns estudos são relevantes destacar no que se refere à utilização do Facebook na educação. Elenca-se a pesquisa de Pompermayer (2014) intitulada “Soluções de Problemas Matemáticos no Facebook – uma análise sob a perspectiva da teoria dos campos conceituais”, para a obtenção de Mestre em Ensino de Matemática. Tal estudo faz análise de uma atividade realizada através de um grupo na rede social Facebook com alunos entre doze e dezessete anos de idade, de um curso pré-vestibular do Município de Porto Alegre, com o objetivo de discutir e desenvolver conceitos matemáticos.

O autor da pesquisa considerou a rede social Facebook um ambiente de grande importância para a troca de conhecimento, por já fazer parte do dia a dia dos estudantes, alguns o utilizaram como uma ferramenta de estudo e troca de ideias.

A variedade de mídias, a acessibilidade e facilidade de comunicação entre os colegas e professores foram fundamentais para o desenvolvimento dos trabalhos, sendo que os alunos tinham a possibilidade de contatar mais de uma pessoa através de um dispositivo ligado à internet, sem precisar sair do ambiente em que estavam.

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Tabela 1 - Categorias das entrevistas
Tabela 3 – Cronograma das ações 2015/2016
Tabela 5 - Ações realizadas no decorrer da pesquisa
Figura 1 - História “O Sanduíche da Maricota” no Youtube
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