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Governança das agências federais de regulação do Brasil: análise da configuração das diretorias e do engajamento do cidadão durante os últimos 20 Anos

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Academic year: 2020

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G

OVERNANÇA DAS

A

GÊNCIAS

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NÁLISE DA

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O presente relatório apresenta os resultados preliminares do Projeto de Governança das Agências Reguladoras do nível federal do Brasil. Trata-se de um projeto abrangente que tem por intuito principal fazer uma abordagem empírica da configuração dos órgãos de decisão das agências, das características dos processos participativos e do impacto dessas variáveis em alguns aspectos da prestação dos serviços.

MARCO DE ANALISE:

A pesquisa adotou um critério “prático” de seleção de componentes e variáveis. Sem descuidar da literatura na matéria, a pesquisa tentou se afastar daquelas abordagens com alto conteúdo conceitual e se focar nos aspectos mais relevantes da regulação no Brasil. Trata-se de uma pesquisa aplicada, destinada a ter impacto na gestão das agências brasileiras.

Foram selecionados dois principais componentes. O primeiro, de profissionalização das agências, faz uma análise da configuração das agências desde a criação de cada um desses corpos administrativos até hoje. O segundo, de transparência e participação no processo regulatório, faz uma análise de composição dos procedimentos participativos no setor elétrico e dos níveis de participação dos diferentes atores regulatórios.

METODOLOGIA:

A análise de cada um dos componentes tem base empírica. A tais componentes foi construída uma base de dados abrangente e com informação pertinente para cada uma das variáveis consideradas. Cada base de dados começa no início do funcionamento de agência, tanto no tocante às Diretorias como quanto aos

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ANÁLISE:

Profissionalização das Diretorias:

Para um setor da literatura e da prática na área de gestão pública, o estabelecimento de órgãos colegiados nas agências de governo contribui para um melhor processo de tomada de decisões. Em particular, entende-se

que a conformação de Diretorias com requisitos determinados de indicação atinge níveis mais importantes de autonomia burocrática e de transparência pública. Mesmo que o estabelecimento de Diretorias na administração pública não seja uma área nova da gestão pública, a análise dos processos de tomada de decisões coletivas tem adquirido uma relevância significativa com o estabelecimento, no Brasil e em vários países do mundo, de agências de regulação econômicas.

As agências de regulação foram criadas no Brasil a partir dos processos de mudanças estruturais em diversos setores regulados da economia, em particular da infraestrutura. Com o intuito de introduzir racionalidade no

processo decisório, particularmente com relação à elevada politização dos setores da infraestrutura, o Brasil adotou o modelo de agência reguladora do tipo independente. A tais fins, seguiu-se as experiências dos Estados Unidos e do Reino Unidos que, em diferentes contextos econômicos, tinham adotado o modelo de agências para fazer a regulação dos setores. No caso do Reino Unido, sendo uma experiência mais vinculada ao processo de privatização, as agências foram criadas com o intuito de proteger e atrair o investimento privado nos serviços de infraestrutura. Tais agências foram criadas a partir de uma Diretoria conformada por funcionários com expertise técnica e independência, que seriam responsáveis pelas decisões regulatórias nos setores.

Esta pesquisa não tem por finalidade fazer uma análise de conveniência do modelo de agência. O principal objetivo da pesquisa é entender a configuração e o funcionamento das Diretoras das agências de regulação federais no Brasil. Conformação das Diretorias

 Níveis educativos:

No Brasil, a Lei 9.986/2000 que dispõe sobre a gestão de recursos humanos das Agências Reguladoras estabelece requisitos mínimos para os membros das Diretorias das agências. Segundo o art. 5º da Lei 9.986/2000, o Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-Presidente e os demais membros do Conselho Diretor ou da Diretoria serão brasileiros, de reputação ilibada, formação universitária e

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Nossa medição de formação acadêmica considerou os critérios da Lei 9.986/2000 criando uma escala de valores. Uma vez que todos os valores foram dados entre 0 (pior) e 1 (melhor), nossa escala privilegiou aqueles Diretores que tinham formação com título de Doutorado (1) ou Mestre (0.5). Os diretores com grau acadêmico de licenciatura ou bacharelado (sem pós-graduação) receberam 0.3. A racionalidade dessa decisão foi melhor avaliar aqueles diretores com melhor formação, dado que são justamente estes que irão privilegiar suas carreiras profissionais diante de possíveis pressões dos demais atores.

A medição considerou a formação das Diretorias no tempo, ou seja, desde a criação da agência. Percebe-se que a análise da literatura tradicional considerando a governança como uma “fotografia” em um momento determinado tem trazido pouco valor agregado à discussão sobre agências. Justamente por isso, a pesquisa deu extrema importância à perspectiva da governança no tempo, uma vez que esta é um processo com resultados visíveis no longo prazo.

A medição geral da formação acadêmica das Diretorias indica que em sua maioria os Diretores cumprem com o requisito mínimo de graduação universitária estabelecido na lei. Poucos Diretores têm obtido maiores níveis de educação, seja Mestrado ou Doutorado. Do total de Diretores indicados pelas Administrações de FHC, Lula e Dilma (quatrocentos e trinta e dois Diretores), apenas nove por cento (9%) tinham um Doutorado antes de assumir sua função. Outros nove por cento (9%) do total tinham Mestrado. Os restantes oitenta por cento (80%) cumpriam com os requisitos mínimos exigidos pela lei.

0,48 0,375 0,32 0,3 0,3 0,209 0,204 0,18 0,142 0 1 1

NIVEL DEFORMAÇÃO ACADÊMICA DOSDIRETORES

ANP ANAC ANEEL ANS ANA ANATEL ANTT ANVISA ANTAQ

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Os resultados da análise sobre formação acadêmica dos Diretores mostram uma relação entre a complexidade técnica do setor e o nível acadêmico. Setores que tradicionalmente tem precisado de definições técnicas para sua subsistência (por exemplo, o setor petroleiro), tendem a ter maiores níveis de profissionalização. As agências dos setores petróleo, aviação, saneamento, e elétrico mostram os maiores níveis de formação das suas Diretorias. Pelo contrário, as Diretorias das agências dos setores transporte e saúde encontram-se entre as Diretorias com níveis de formação mais baixos.

Nossos dados são consistentes com a literatura que vincula a complexidade técnica dos setores com a profissionalização das agências (Parrado, 2011; Lowi, 1972; Wilson, 1980). Segundo Parrado et al (2011), práticas bem-sucedidas de institucionalização da meritocracia nas agências são parcialmente explicadas através do setor no qual a agência funciona. Agências reguladoras de setores em concorrência ou com complexidades técnicas significativas (por exemplo, telecomunicações) tendem a ter burocracias mais meritocráticas que agências reguladoras de setores sociais ou com menos exigências técnicas (por exemplo o setor de saneamento). 36 24 12 24 25 20 9 7 4 24 16 12 12 25 20 22 14 28 40 60 76 64 50 60 68 79 68 A N P A N E E L A N A T E L A N S A N A C A N A A N T T A N T Q A N V I S A

FORMAÇÃOACADÉMICADIRETORIAS AGÊN CIASREGULADORAS

Doutorado Mestrado Graduação

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Não obstante, da comparação dos nossos resultados com a literatura surge uma aparente inconsistência. A agência do setor agua (ANA) aparece entre as agências com maiores níveis de formação acadêmica. Por outro lado, a agência do setor telecomunicações (ANATEL) aparece entre as agências com níveis mais baixos de formação.

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 Origem da posição anterior:

Uma segunda variável tentou capturar a posição profissional anterior dos Diretores das agências antes de sua indicação pelo Poder Executivo. O objetivo por detrás dessa variável é determinar não apenas a capacidade técnica do funcionário, mas também seu nível de vinculação com os tomadores de decisões, ou seja, determinar o nível de despolitização do funcionário.

Uma vez que a pesquisa utiliza “proxies” de bom desempenho e despolitização, a análise leva em consideração aspectos formais que poderiam ter influência na politização do funcionário. Analisar a posição anteriormente ocupada pelo Diretor da agência permite colocar em debate aspectos fundamentais da governança das agências reguladoras como a autonomia, a captura pelos atores regulados e a sua profissionalização. 0,575 0,7 0,7 1 0,44 0,3 0,23 0,3 0,56 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 2000 2002 2002 2004 2005 2009 2010 2013 2014

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Os resultados indicam uma composição equilibrada de Diretores provenientes de diferentes origens. A análise considera os Diretores que foram Superintendentes, Ouvidores ou Diretores da agência no passado como o nível mais alto de independência e profissionalização. Esses funcionários passaram por diferentes filtros de qualidade e assim poderiam ser uma garantia para o bom funcionamento das agências. Do total, eles representam 22% dos Diretores de todas as agências, desde que as mesmas foram criadas. A ANATEL tem o maior número de Superintendentes na sua Diretoria (57%).

SECEXECMINIST 3% ORGINTERNAC 5% SECRETARIO DEESTADO 8% ASSESSOR 16% SUPERINTENDENTE 57% ACADÊMICO 3% PROCURADOR AGÊNCIA 5% CHEFEGABINETE 3%

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Com relação as posições políticas, como as de Secretários de Estado e Ministros, não é um grupo representativo de todas as agências. A ANAC, a ANA, e a ANP são as agências com os percentuais mais altos de Secretários de Estado e Ministros. Por último, é importante destacar a participação significativa dos Assessores nas Diretorias das agências.

Funcionários com origem no setor privado representam 12% do total das Diretorias, uma porcentagem significativamente maior que dos representantes das empresas estatais nos Diretórios. As Diretorias da ANTAQ e da ANP têm em torno de 30% dos seus Diretores com origem no setor privado. A agência com o maior número de representantes das empresas estatais é a ANAC. Ela possui 15% dos seus Diretores com experiência anterior em empresas de gestão estatal.

 Diretores interinos

A designação de Diretores interinos, ou seja, não sabatinados, é um aspecto de grande preocupação para a governança das agências. Diretores indicados sem passar pela sabatina e aprovação do Senado correm o risco de afetar a independência decisória das agências, uma vez que é o Presidente da República o único tomador de decisões responsável por sua indicação. Aliás, sua

ESTATAL

9%

PRESID CASA MOEDA

9% SETOR PRIVADO 25% MILITAR 8% SUPERINT AGÊNCIA 25% CONSULTOR 8% ASSESSOR 8% SEC ESTADO 8%

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mensagens aprovadas pelo Senado para todas as agências, inclusive para aquelas com grande participação de interinos. Das agências estudadas, a ANATEL é a agência com a maior número de Diretores interinos, todos Superintendentes da própria agência. Seguem em ordem de importância as agências de transportes terrestres (ANTT) e aquáticos (ANTAQ).

Informação do próprio Senado Federal indica que quase a totalidade das mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Senado foram aprovadas. A aprovação dos Diretores foi inclusive total em casos de agências com grande participação de interinos como a ANATEL.

21 3 2 0 0 0 0 0 0 0 5 10 15 20 25 1 Diretores Interinos

ANATEL ANTT ANTAQ ANP ANEEL ANAC ANA ANS ANVISA

ANA ANTT ANAC ANVISA ANATEL ANTAQ ANEEL ANP ANS

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Participação no Processo Regulatório:

A incorporação das agências reguladoras como órgãos de supervisão dos setores regulados abriu espaços significativos para a participação dos atores regulados nos processos de tomada de decisões. Segundo Serebrisky e Lopez Azumendi (2011), aqueles setores com agências de regulação outorgam maiores espaços participativos que aqueles setores sem agências. Um exemplo concreto é o caso aeroportuário onde, segundo Serebrisky, a participação dos atores regulados é significativamente maior nos países com agências que nos países com um ministério ou uma secretaria de estado como regulador.

No caso do Brasil, em sintonia com os resultados de Serebrisky e Lopez Azumendi, a criação das agências reguladoras permitiu o crescimento significativo tantos dos procedimentos de audiências públicas quanto de consultas públicas. Segundo os resultados da pesquisa, no caso particular do setor elétrico, a participação dos atores regulados tem aumentado durante os últimos vinte anos.

Fonte: Serebrisky e Lopez Azumendi (2011) 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 Participação em elaboração regulat

Consultas sobre tarifas Efeitos das consultas Publicação decisões reg Conteúdo website Cadastro reuniões Diretorias

COMPARAÇÃOTRANSPARÊNCIAAGÊNCIASREGULADORAS VSMINISTÉRIOS/SECRETARIASESTADO

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 Temas consultados:

A participação dos atores regulados tem seguido diferentes tendências. A primeira observação é a preponderância das discussões sobre tarifas nos assuntos abertos a participação. De fato, os incrementos significativos nas audiências têm a ver precisamente com a discussão de aspectos de cálculo de tarifas gerais (para todo o setor) ou particulares (por empresa). No caso dos procedimentos de consultas, os temas são mais variados sendo os debates tarifários parte de outros aspectos da regulação, como por exemplo o cumprimento pelas empresas dos níveis de qualidade de prestação do serviço.

Segundo a ANEEL, a audiência é um instrumento de apoio ao processo decisório da agência, de ampla consulta à sociedade, que precede a expedição dos atos administrativos. A consulta é um instrumento administrativo, delegado pela Diretoria da agência aos superintendentes da ANEEL, para apoiar as atividades das unidades organizacionais na instrução de processos de regulamentação ou na implementação de suas atribuições especificas.

0 2 0 4 0 6 0 8 0 1 0 0 1 2 0 1 4 0 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 2 2 0 1 3 2 0 1 4 2 0 1 5 CONSULTAS AUDIENCIAS Fonte: CERI 2015

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0 20 40 60 80 100 120 140 160 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 TARIFA TRANSMISSAO SAUDE PUBLICA RENOVAVEIS PEQUENO PRODUTOR ORGANIZACAO ANEEL OUTROS LEILAO INTERVENCAO QUESTOES GERAIS GERACAO EFICIENCIA ENERGETICA DISTRIBUICAO COMERCIALIZAC AO BENEFICIO USUARIOS 0 10 20 30 40 50 60 70 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

USUARIOS COM ERCIALIZAÇÃO D ISTRIBU IÇÃO G ERAÇÃO LEILÕES OUTROS PEQU ENO PRO

RENOVÁVEIS SAÚD E PÚBLICA TRANSM ISSÃO TARIFA ASPECTOS G ERAIS ORG ANIZAÇÃO ANEEL

QUANTIDADE ETIPO DECONSULTAS

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elaboração de uma possível regulação ou simplesmente para a agência estar informada dos avanços técnicos ou das opiniões dos atores. Nem todas consultas resultam na emissão de um ato regulatório.

Segundo a pesquisa, a metade das consultas foi utilizada com a finalidade de receber subsídios para emissão ou alteração de uma regulação. O restante dos procedimentos de consultas foi utilizado para receber informações ou opiniões do mercado e dos usuários e, em menor medida, para avaliar a qualidade do serviço pelos próprios usuários.

 Quem participam dos procedimentos da agência?

A pesquisa focou-se em um aspecto não muito analisado dos processos participativos regulatórios, o grau de participação dos diferentes atores da regulação. Consistente com a intuição e os debates dos setores, a participação regulatória é majoritariamente praticada pelas empresas. Do total das empresas, aquelas dos setores de distribuição e geração apresentam os maiores níveis de participação. CRIAÇÃO/MODIFICAÇ ÃOREGULAÇÃO AVALIAÇÃO QUALIDADE SERVIÇO INPUTSUSUÁRIOS/ MERCADOS 50,41 % 39,34 % 10,25 %

FINALIDADE DASCONSULTAS

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As associações representantes dos interesses tanto das empresas quanto dos usuários participam, mas em menor medida. Segundo os dados da pesquisa, as associações mais ativas nos procedimentos participativos são as associações de grandes distribuidoras e comercializadoras. Em contrapartida, as associações de usuários encontram-se em um estado virtual de falta de representação.

0 50 100 150 200 250 300 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 G ERAD ORAS D ISTRIBUID ORAS TRANSM ISSORAS C OM ERC IALIZAD ORAS OU TRAS EM P PRIV

PARTICIPAÇÃO EMPRESAS EMAUDIÊNCIAS

Fonte: CERI 2015 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0

(16)

Segundo dados da pesquisa, existem maiores níveis de participação dos usuários quando eles participam individualmente que coletivamente. Mesmo que esses resultados sejam similares (em termos relativos) para as empresas, no caso particular dos usuários a representação dos seus interesses em associações emerge como o arranjo mais efetivo (e eficiente) para defender seus direitos. Por exemplo, a participação dos usuários e associações é sempre feita por escrito; não existem registros de usuários ou associações de usuários que tenham viajado para Brasília para fazer valer seus direitos em sessões presenciais. Resultados similares acontecem na área de consultas.

Conclusões:

Depois de aproximadamente 20 anos da criação da primeira agência reguladora (ANEEL), o Brasil apresenta várias tendências nas suas instituições e práticas regulatórias. A pesquisa, ainda em andamento, focou-se em dois aspectos críticos do processo regulatório: a conformação das Diretorias e as características dos processos participativos.

Com relação ao primeiro aspecto, as Diretorias gozam de níveis de profissionalização razoáveis. Por um lado, os níveis educativos, com diferencias, são de pelo menos nível universitário, havendo várias agências com Diretores pós-graduados. Em conformidade com a literatura, o contexto determina em grande parte a governança das agências. Porém, aquelas como a ANP e a ANAC submetidas a demandas técnicas complexas apresentam altos graus de formação

0 5 0 1 0 0 1 5 0 2 0 0 2 5 0 3 0 0 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 2 2 0 1 3 2 0 1 4 2 0 1 5 ASSOC CONSUM POR ESCRITO CONSUM INDIVID POR ESCRITO ASSOC CONSUM PRESENCIAL CONSUM INDIVI PRESENCIAL

0 PARTICIPAÇÃO ASSOCIAÇÕES EUSUÁRIOSINDIVIDUAIS EMAUDIÊNCIAS

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As agências encontram-se integradas por funcionários de várias origens. Não existe uma tendência única, a posição do Diretor antes de se integrar à agência depende do setor. A ANATEL é a agência com o maior número de Superintendentes e a ANVISA é a agência com o menor número de funcionários provenientes dos quadros técnicos da agência. A ANEEL é a agência com a maior porcentagem de acadêmicos. Por último, as agências do setor transporte aquaviário e do setor petróleo têm os maiores percentuais de Diretores provenientes do setor privado.

No tocante aos processos participativos, eles têm se aprofundado. Não obstante, alguns dados deveriam ser considerados em pilares de regulações mais representativas de todos os interesses. A pesquisa focou-se no setor elétrico, analisando a totalidade dos procedimentos de audiências e consultas no âmbito da Agência de regulação elétrica (ANEEL). Os resultados mostram uma tendência positiva no crescimento dos processos participativos, principalmente com relação as empresas prestadoras dos serviços.

Talvez o principal déficit dos processos participativos seja quanto aos incentivos aos usuários para serem parte das discussões regulatórias. A participação dos usuários é significativamente baixa com relação aos outros atores, sendo também particularmente baixo o engajamento das organizações de defesa dos consumidores.

Referências

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