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Estudo dos modelos de risco de mercado na crise do Brasil

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Academic year: 2020

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FUNDAC

¸ ˜

AO GET ´

ULIO VARGAS

ESCOLA DE MATEM ´

ATICA APLICADA

CURSO DE GRADUAC

¸ ˜

AO EM

MATEM ´

ATICA APLICADA

Estudo dos modelos de risco de mercado

na crise do Brasil

por

Helder Rezende

Rio de Janeiro 2016

FUNDAC¸ ˜AO GET ´ULIO VARGAS

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FUNDAC

¸ ˜

AO GET ´

ULIO VARGAS

ESCOLA DE MATEM ´

ATICA APLICADA

CURSO DE GRADUAC

¸ ˜

AO EM

MATEM ´

ATICA APLICADA

Estudo dos modelos de volatilidade

na crise do Brasil

”Declaro ser o ´unico autor do presente projeto de monografia que refere-se ao plano de trabalho a ser executado para continuidade da monografia e ressalto que n˜ao recorri a qualquer forma de colaborac¸˜ao ou aux´ılio de terceiros para realiz´a-lo

a n˜ao ser nos casos e para os fins autorizados pelo professor orientador”

Helder Rezende

Orientador: Yuri Fahham Saporito

Rio de Janeiro 2016

(3)

HELDER REZENDE

Estudo dos modelos de volatilidade

na crise do Brasil

“Monografia apresentada `a Escola de Matem´atica Aplicada como requisito parcial para obtenc¸˜ao do grau de Bacharel

em Matem´atica Aplicada”

Aprovado em de de .

Grau atribuido ao Projeto de Monografia: .

Professor Orientador: Yuri Fahham Saporito Escola de Matem´atica Aplicada

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(5)

Conte ´udo

1 Introduc¸˜ao 4 1.1 Estat´ıstica b´asica . . . 4 1.1.1 Valor Esperado . . . 4 1.1.2 Variˆancia . . . 4 1.1.3 Desvio Padr˜ao . . . 4 1.1.4 Covariˆanca e Correlac¸˜ao . . . 4 2 S´eries temporais 4 2.1 Introduc¸˜ao . . . 4 2.1.1 Tipos de processos . . . 5 2.2 AR . . . 5 2.3 MA . . . 5 2.4 ARMA . . . 5 2.5 Conceito de Risco . . . 5 2.6 VaR . . . 7 2.6.1 Limitac¸˜oes do VaR . . . 7 2.6.2 Distribuic¸˜ao Normal . . . 8 2.6.3 Log-Retorno . . . 8 3 Metodologia 9 3.1 Modelos de Volatilidade . . . 9 3.1.1 Hist´orico . . . 9 3.1.2 EWMA . . . 9 3.1.3 GARCH . . . 10 3.2 Modelos de VaR . . . 10 3.2.1 Simulac¸˜ao Hist´orica . . . 10 3.2.2 Param´etrico . . . 10 3.2.3 C´opulas . . . 11 4 Resultados 14 4.1 Introduc¸˜ao . . . 14 4.2 Backtesting . . . 15 5 Conclus˜ao 17 5.1 Trabalhos futuros . . . 17

(6)

Resumo

De acordo com Phillipe Jorion dos pioneiros do VaR(Value at Risk), uma boa estimac¸˜ao ´e fundamental para o gerenciamento de risco. Portanto, o trabalho investi-gar´a os principais modelos de VaR. O modelo de c´opulas, por ser o mais complexo, ser´a tratado com um maior foque no trabalho.

Nesse contexto, ´e importante analisar tamb´em os principais modelos de volatili-dade tais como m´edia hist´orica, EWMA e GARCH. Ser´a implementado os modelos de VaR com diferentes modelos de volatilidade e, para finalidade de teste, os res-pectivos backtesting no per´ıodo vol´atil no Brasil - devido a incertezas no cen´ario econˆomico e pol´ıtico. Para isso, ser´a usado as cotac¸˜oes hist´orica das principais ac¸˜oes da bovespa e, com uma s´olida argumentac¸˜ao estat´ıstica, avaliar as principais de-ficiˆencias dos modelos propostos.

Palavras chave: VaR, modelos de risco, modelos de volatilidade, c´opulas, back-testing.

(7)

1

Introduc¸˜ao

1.1

Estat´ıstica b´asica

Antes de falar sobre risco de mercado e s´eries temporais, ´e importante definir con-ceitos estat´ısticos b´asicos.

1.1.1 Valor Esperado

O valor esperado, E(X ) de uma vari´avel aleat´oria x ´e o valor m´edia da sua populac¸˜ao. Podemos escrever o valor esperado de x como µ tal que E(X ) = µ

1.1.2 Variˆancia

A variˆancia de uma vari´avel aleat´oria ´e o valor esperado da diferenc¸a ao quadrado entre a vari´avel e a sua m´edia:

var(X ) = E[(X − µ)2] .

1.1.3 Desvio Padr˜ao

O desvio padr˜ao de uma vari´avel aleat´oria x ´e a raiz quadrada da variˆancia de x.

std(X ) =pvar(X )

1.1.4 Covariˆanca e Correlac¸˜ao

A covariˆancia de duas vari´aveis aleat´oria x e y com valores esperado µxe µy ´e dado

por:

Cov(X ,Y ) = E[(X − µx)(Y − µy)]

Para que tenha a mesma escala, foi definido como correlac¸˜ao:

ρ(X ,Y ) =Cov(X ,Y ) σXσY

2

S´eries temporais

2.1

Introduc¸˜ao

O objetivo de uma s´erie temporal consiste em elaborar um modelo estat´ıstico que descreva adequadamente a procedˆencia de uma s´erie. Com o modelo estimado, podemos us´a-lo para prever a evoluc¸˜ao futura ou entender a relac¸˜ao dos componentes. Existem diversos modelos, o mais famosos s˜ao: modelo autoregressivo AR de ordem p, a M´edia m´ovel MA de ordem q e a mistura dos dois modelos ARMA de ordem p e q. Estes mo-delos tˆem como objetivo explicar a correlac¸˜ao de uma vari´avel. Para as s´eries financeiras, esses modelos tentam estimar a m´edia dos retornos.

(8)

Entretanto, esses modelos n˜ao levam em considerac¸˜ao que as s´eries financeiras apre-sentam heterocedasticidade, ou seja, a variˆancia n˜ao ´e constante ao longo do tempo. Nesta finalidade, os modelos ARCH e sua variac¸˜ao GARCH conseguem modelar essa mudanc¸a na variˆancia.

2.1.1 Tipos de processos

Um processo estoc´astico Xt ´e estacion´ario quando as propiedades estat´ısticas de

qualquer sequˆencia finita x1, x2, ..xns˜ao semelhantes `as sequˆencias x1+h, x1+h, ..., xn+h.

J´a o processo n˜ao est´acion´ario ´e quando as propriedades estat´ısticas como a variˆancia, por exemplo, de uma sequˆencia finita ´e diferente de uma sequˆencia posterior.

2.2

AR

Dada um modelo s´erie temporal, {xt}, o modelo AR(p) ´e:

xt= α1xt−1+ ... + αpxt−p+ wt = p

i=1

α1xt−i+ wt

tal que wt ´e chamado de ru´ıdo branco e αp6= 0 para uma ordem p.

2.3

MA

Dada um modelo s´erie temporal, {xt}, o modelo MA(q) ´e:

xt= wt+ β1wt−1+ ... + βqwt−q

onde wt ´e ruido branco com E(wt) = 0 e variˆancia σ2.

2.4

ARMA

Dada um modelo s´erie temporal, {xt}, o modelo ARMA(p, q) ´e:

xt= α1xt−1+ α2xt−2+ ... + wt+ β1wt−1+ β2wt−2+ βqwt−q

onde {wt} ´e ruido branco com E(wt) = 0 e variˆancia σ2.

2.5

Conceito de Risco

De acordo com Jorion [1], risco pode ser definido como a volatilidade dos resultados inesperados. Existem diversos tipos de risco, os principais s˜ao:

1. Risco de cr´edito 2. Risco operacional 3. Risco de liquidez 4. Risco de mercado

(9)

Dentre os quatro, o foco ser´a no risco de mercado na crise brasileira de 2015 a 2016 e que envolve, principalmente, ativos negociados na BM&F e Bovespa. O risco de mercado ´e o risco de ter uma perda devido a variac¸˜ao de prec¸o de um ativo financeiro. Com as grandes perdas que aconteceram no mercado financeiro nas principais crises financeiras, o risco de mercado, principalmente, ganhou a sua importˆancia.

Ao analisar a cotac¸˜ao hist´orica do ´ındice bovespa entre 2001 e metade de 2016, percebe-se que entre 2008 e 2009 o ´ındice teve uma brusca queda. Nesse per´ıodo, acon-teceu uma grande recess˜ao causado pela crise dos subprimes dos Estados Unidos.

Da mesma forma que aconteceu em outras crises financeiras, muitas instituic¸˜oes financeiras tiveram uma grande perda. Ou seja, ter uma gest˜ao de risco eficiente, com um modelo que possa, de fato, calcular o risco real ´e de real importˆancia. Nesse sentido, ter um bom modelo de value at risk (VaR), teste de stress e um modelo eficiente para calcular a volatilidade s˜ao fundamentais.

(10)

2.6

VaR

No final dos anos 80, Lesley Daniels, principal gestor de risco do JP Morgan definiu a principal medida de risco no mercado financeiro ,o VaR (Value at Risk).

O VaR descreve o quantil da projec¸˜ao de ganhos e perdas dado um horizonte. Se o n´ıvel de confianc¸a for 95%, por exemplo, o VaR corresponde a 5% das piores perdas que podem acontecer.

Por exemplo, o m´etodo mais simples de calcular o VaR ´e o chamado VaR hist´orico. Para o c´alculo do VaR hist´orico de um ativo, utiliza-se os retornos hist´oricos, colaca-se em ordem decrescente e retira o retorno que representa o 5% piores.

A figura mostra a distribuic¸˜ao de retornos hist´orico di´ario da ac¸˜ao ITUB4 e a linha azul representa o retorno que representa 5%. Portanto o VaR hist´orico com um n´ıvel de confianc¸a de 95% com o horizonte de um dia ´e -3.11%.

A definic¸˜ao do VaR de um portf´olio no tempo t com nivel de confianc¸a 1 − α ´e, de uma maneira mais formal:

VaRt(α) = in f {s : Fp,t(s) ≥ α}

onde Fp,t ´e a func¸˜ao distribuic¸˜ao dos retornos Xp,t no tempo t.

De acordo com o Jorion [1], o c´alculo do VaR pode ser resumido nos seguintes passos:

1. Marcar a mercado os ativos. Ou seja, precificar com o valor justo. 2. Medir a variabilidade dos fatores de risco.

3. Determinar um horizonte de tempo. Normalmente escolhe o per´ıodo de um dia. 4. Escolher o n´ıvel de confianc¸a. Normalmente, utiliza-se 90%, 95% e 99%. 5. Reportar a perda potencial.

2.6.1 Limitac¸˜oes do VaR

Apesar do VaR ser uma medida de risco importante, ele tem algumas limitac¸˜oes. A principal delas ´e de que os m´etodos de estimac¸˜ao do VaR n˜ao assumem os eventos

(11)

extremamente raros como a crise financeiras - os chamados cisnes negros. Para amenizar essa limitac¸˜oes, o gestor de risco simula cen´arios, chamado teste de estresse. Nele ´e poss´ıvel simular o que aconteceria com a carteira de ativos se acontecesse uma crise financeira, corrida banc´aria e etc.

2.6.2 Distribuic¸˜ao Normal

Dentro das premissas estat´ısticas, talvez a mais importante para alguns modelos de VaR ´e assumir que a distribuic¸˜ao dos retornos de uma ac¸˜ao ´e uma distribuic¸˜ao normal. Definindo P0como prec¸o atual e P1como o pr´oximo prec¸o de uma ac¸˜ao, podemos definir

como retorno:

r= (P1− P0)/P0

Como assumimos que a distribuic¸˜ao dos retornos segue uma distribuic¸˜ao normal:

r∼ φ(µ, σ)

Ao analisar o histograma dos retornos da ac¸˜ao brasileira AMBEV no p´eriodo de 01/01/2014 a 06/07/2016, por exemplo, encontramos a seguinte distribuic¸˜ao:

O que percebemos ´e que a maioria dos retornos n˜ao seguem exatamente uma distribuic¸˜ao normal. Geralmente os histogramas do retornos apresentam uma cauda gorda e uma assi-metria.

2.6.3 Log-Retorno

O log-retornos em financ¸as ´e ampliamente usado devido aos benef´ıcios tanto te´orico como alg´ebrico. O retorno ao longo do tempo ´e facilmente calculado por:

R02= ln[S2 S0] = ln[ S2 S1 S1 S0] = ln[ S1 S0] + ln[ S2 S1] = R01+ R12

Portanto, para calcular o retorno acumulativo basta somar ao inv´es de multiplicar. O seu uso ´e justificado pelo fato que o log-retorno ´e bem pr´oximo ao retorno bruto quando os retornos s˜ao pequenos:

(12)

3

Metodologia

3.1

Modelos de Volatilidade

3.1.1 Hist´orico

O m´etodo mais simples e bastante utilizado ´e calcular a volatilidade atrav´es de uma m´edia m´ovel. Dado que observamos retornos rt sobre M dias, a estimativa de volatilidade

´e calculada a partir de uma m´edia m´ovel:

σ2t = (1/M)

M

i=1

rt−i2

Utilizam-se retornos ”puros”, em vez de retornos ao redor da m´edia. O fato de ignorar os retornos esperados sob intervalos curtos faz pouca diferenc¸a.

Uma das desvantagens desse m´etodo ´e que os retornos tˆem o mesmo peso na hora de estimar a volatilidade. Para melhorar a estimac¸˜ao, ´e recomendado que se use janelas curtas de 30, 60 dias.

3.1.2 EWMA

O m´etodo EWMA (exponentially weighted moving average, m´edias m´oveis expo-nencialmente ponderadas) ou abordagem do RiskMetrics utiliza a metodologia de dar uma maior importˆancia para os retornos recentes. Sendo assim, a previs˜ao para o instante t ´e a m´edia podenrada da previs˜ao anterior com um peso λ (fator de decaimento), e ao quadrado da ´ultima inovac¸˜ao com peso (1 − λ).

ht= λht−1+ (1 − λ)rt−12

Usualmente, o valor de λ fica em torno de .94 a .99 (Riskmetrics utiliza o λ = 0.94). Para analisar os efeitos dos pesos exponenciais, ´e interessante comparar o m´etodo EWMA com o hist´orico.

Podemos perceber na figura acima que o m´etodo EWMA ´e mais sens´ıvel a mudanc¸a ao contr´ario do m´etodo hist´orico

(13)

3.1.3 GARCH

Apesar do EWMA ser um bom estimador para a volatilidade por dar um peso maior a variac¸˜ao recente, ele n˜ao considera que a volatilidade muda ao longo do tempo e que tem um efeito chamado de ”clusterizac¸˜ao”.

Engle (1982) introduziu o modelo Autogressive Conditional Heteroskedastic (ARCH). Basicamente, o modelo ´e definido da seguinte forma:

σ2t = α +

q

i=1

βiε2t−1

onde σt2 ´e a variˆancia condicional.

Em 1992 Bollerslev modificou o modelo para ter uma estrutura mais flexivel e o nomeu como Generalised Autogressive Conditional Heteroskedastic (GARCH).

O GARCH(p, q) permite uma volatilidade mais persistente e uma variˆancia condi-cional dependente dos seus valores anteriores.

A forma geral do GARCH(p, q) ´e dado por:

Rt= µ + εt σ2t = ω + q

i=1 αiεt−i+ p

j=1 βjεt− j

Entretanto, em Financ¸as, o modelo GARCH(1,1) ´e suficiente para capturar a ”clusterizac¸˜ao”da volatildiade nos dados. O Modelo GARCH(1,1) ´e definido como:

σ2t = ω + α1εt−12 + β1σ2t−1

Para que a variˆancia seja positiva em qualquer tempo, ´e imposto que ω > 0 e que α, β ≥ 0

3.2

Modelos de VaR

3.2.1 Simulac¸˜ao Hist´orica

A hip´otese principal ´e de que o passado representa o futuro. Para calcular o VaR, basta calcular o quantil emp´ırico do histograma dos retornos passados. Ele ´e bastante usado por ser o m´etodo mais simples e de f´acil entendimento, por´em, o passado n˜ao representa o futuro para os ativos financeiros.

3.2.2 Param´etrico

O m´etodo param´etrico consiste em atribuir uma distribuic¸˜ao estat´ıstica conhecida e com isso calcular o VaR atrav´es do quantil da distribuic¸˜ao estimada. As duas distribuic¸˜oes mais utilizadas ´e a distribuic¸˜ao Normal e a t de Student.

(14)

Isso deixa claro que h´a a presenc¸a da cauda gorda. Utilizando o pacote do Python para calcular o gr´afico do Q-Q plot, nota-se que o R2da normal foi 0.9915 enquanto da Student 0.9983.

3.2.3 C´opulas

A teoria de c´opulas ´e uma ferramenta poderosa para modelar a distribuic¸˜ao con-junta. Ela nos permite definir a distribuic¸˜ao conjunta atrav´es das distribuic¸˜oes marginais e a depedˆencias entre as variav´eis.

Uma c´opula ´e uma distribuic¸˜ao multivariada tal que as marginais s˜ao todas unifor-mes. Para um vetor de tamanho p, a copula C ´e:

C(u1, ..., up) = Pr(U1≤ u1, ...,Up≤ up)

Pelo fato de que qualquer vari´avel alet´oria cont´ınua pode ser transformada numa uniforme, c´opulas podem ser usadas para combinar dependˆencias multivariadas de dife-rentes distribuic¸˜oes. De acordo com teorema de Sklar (1959), e definindo F como uma func¸˜ao de distribuic¸˜ao de probabilidade acumulada dimens˜ao p com marginais F1, ..., Fp,

(15)

F(x1, x2, ..., Xp) = C{F1(x1), F2(x2), ..., Fp(xp)}

O c´alculo do VaR atrav´es de c´opulas para s´eries financeiras pode ser simplificada em quatro etapas:

1 - Plotar o scatterplot dos res´ıduos normalizados e entender a relac¸˜ao entre eles.

2 - Calcular as suas respectivas FDA (Func¸˜ao de Distribuic¸˜ao Acumulada). Aqui, pode-se usar a FDA emp´ırica ou FDA estimada. Para os ativos finaneiros, ´e interessante utilizar a t de Student devido a cauda gorda.

(16)

3 - Simular ap´os estimar a melhor c´opula - nesse exemplo utilizamos a c´opula t, j´a que consegue explicar a dependˆencia dos valores da cauda.

4 - Agora basta transformar os valores simulados para a sua escala original com os par˜ametros estimados da distribuic¸˜ao escolhida.

(17)

4

Resultados

4.1

Introduc¸˜ao

A linguagem de programac¸˜ao utilizada na implementac¸˜ao dos modelos foi, princi-palmente, em Python 3.5. Mas foi preciso de algumas func¸˜oes da biblioteca de c´opulas e GARCH em R.

A fonte dos dados foi atrav´es do api do yahoo finance por meio do pacotes Pandas do Python. A janela de dados foi de 255 dias uteis de 2014/01/01 `a 2016/03/20. A carteira utilizada tem 4 ativos com o mesmo peso, os ativos s˜ao: RADL3, BRML3, ABEV3 e PCAR4.

O desempenho da carteira nesse per´ıodo foi:

Como a nossa carteira est´a em posic¸˜ao comprada nos quatro ativos, a carteira teve uma queda brusca no ano de 2015 devido o agravamento da crise brasileira. J´a a partir de janeiro teve uma leve recuperac¸˜ao ap´os a decis˜ao do impeachment.

Para calcular o VaR atrav´es de c´opulas, a distribuic¸˜ao utilizada para as distribuic¸˜oes marginais foi a t de Student. ´E ideal que as observac¸˜oes sejam independentes e identica-mente distribu´ıdas i.i.d. Entretanto, como j´a dito, os retornos financeiros apresentam um certo grau de autocorrelac¸˜ao e heterocedasticidade.

O modelo proposto pelo artigo do MATLAB [6]:

modelo autorregressivo de primeira ordem para m´edia condicional rt = c + θrt−1+ εt

modelo GARCH para variˆancia condicional

σ2t = κ + ασt−12 + φε2t−1

e os res´ıduos modelados por uma t de Student para compensar a cauda gorda zt = εt/σt

(18)

A func¸˜ao de autocorrelac¸˜ao dos retornos e dos retornos ao quadrado para um ativo da carteira:

No geral, os ativos n˜ao apresentaram uma autocorrelac¸˜ao e, por isso, foi aplicado o modelo GARCH com AR(0). A func¸˜ao de autocorrelac¸˜ao dos res´ıduos do modelo:

4.2

Backtesting

A forma mais comum de testar os modelos de riscos ´e atrav´es do backtesting -compara as estimativas de risco com perdas ocorridas de fato atrav´es de testes estat´ısticos. Estes m´etodos analisam a s´erie de violac¸˜oes do VaR.

A seguir, os gr´aficos mostram as violac¸˜oes que cada m´etodo teve. De acordo com o teste de Kupiec, para uma an´alise de 255 dias e um n´ıvel de confianc¸a de 99% o n´umero de excec¸˜oes deve ser menor que 7 para que o modelo seja coerente.

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Excec¸˜oes em 255 dias Hist´orico 6 Param´etrico 7 C´opulas 0 Excec¸˜oes em 255 dias Hist´orico 6 Param´etrico - EWMA 6 C´opulas 0

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5

Conclus˜ao

Apesar de nenhum modelo ter falhado no teste de Kupiec, o param´etrico com vola-tilidade hist´orica ficou no limite e o hist´oico com um a menos do limite. Pelos gr´aficos, percebe-se que o hist´orico e o param´etrico com volatilidade hist´orica ´e menos sens´ıvel a mudanc¸as da volatilidade. Em contraste, o modelo de c´opulas e param´etrico com vo-latilidade EWMA tiveram uma reac¸˜ao parecida, apesar do m´etodo de c´opulas ser mais conservador.

Podemos dizer que o m´etodo de C´opulas e param´etrica com volatildiade EWMA ti-veram um melhor desempenho na crise brasileira. Entretanto, deve-se levar em considerac¸˜ao o custo computacional e o m´etodo de c´opulas teve um custo computacional superior aos demais m´etodos, devido aos c´alculos de otimizac¸˜ao.

5.1

Trabalhos futuros

O trabalho fez uma an´alise de backtesting apenas para um n´ıvel de confianc¸a e com uma janela de tempo. Seria interessante utilizar diferentes n´ıveis de confianc¸a e janelas de tempo com diversas carteiras de ativos diferentes e tamanhos.

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Referˆencias

[1] Jorion Philippe, Value At Risk - The New Benchmark for managing financial Risk, 2007.

[2] Marra Stephen, Predicting Volatility, 2015.

[3] Robert F Engle and Andrew J Patton, What good is a volatility model?, 2000 [4] Jorion Philippe, Financial Risk Manager, 2012

[5] John Hull, Opc¸˜oes, Futuros e Outros Derivativos, 2016

[6] MATLAB, Using Extreme Value Theory and Copulas to Evaluate Mar-ket Risk - https://www.mathworks.com/help/econ/examples/using-extreme-value-theory-and-copulas-to-evaluate-market-risk.html

Referências

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