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Respostas de cultivares de rúcula à adubação nitrogenada mineral e orgânica aplicada via cobertura / Arugula cultivars responses to mineral and organic nitrogen fertilization applied via cover

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p. 61008-61016 aug. 2020. ISSN 2525-8761

Respostas de cultivares de rúcula à adubação nitrogenada mineral e orgânica

aplicada via cobertura

Arugula cultivars responses to mineral and organic nitrogen fertilization

applied via cover

DOI:10.34117/bjdv6n8-497

Recebimento dos originais:08/07/2020 Aceitação para publicação:24/08/2020

André Gustavo Campinas Pereira

Engenheiro Agrônomo

Graduando em Tecnologia de Gestão Pública Universidade Estadual do Oeste do Paraná Rua Juracy Silva, 25 – Castanheira, Belém – PA

E-mail: campinasandres@gmail.com

Josiene Amanda dos Santos Viana

Graduanda em Agronomia

Universidade Federal Rural da Amazônia

Avenida Presidente Tancredo Neves, 2501 – Terra Firme, Belém – PA E-mail: josieneamanda@gmail.com

Marcus Vinicius Santiago de Oliveira e Silva

Graduando em Agronomia

Universidade Federal Rural da Amazônia

Avenida Presidente Tancredo Neves, 2501 – Terra Firme, Belém – PA E-mail: marcus.kof@hotmail.com

Érica Coutinho David

Graduanda em Agronomia

Universidade Federal Rural da Amazônia

Avenida Presidente Tancredo Neves, 2501 – Terra Firme, Belém – PA E-mail: ericacdavid3@gmail.com

Danielle do Socorro Nunes Campinas

Mestra em Agronomia

Rua Juracy Silva, 25 – Castanheira, Belém – PA E-mail: daniellecampinas@yahoo.com.br

Leonardo Souza Duarte

Graduando em Agronomia

Universidade Federal Rural da Amazônia

Avenida Presidente Tancredo Neves, 2501 – Terra Firme, Belém – PA E-mail: eng.leoduarte00@gmail.com

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p. 61008-61016 aug. 2020. ISSN 2525-8761

Raimara Reis do Rosário

Graduanda em Agronomia

Universidade Federal Rural da Amazônia

Avenida Presidente Tancredo Neves, 2501 – Terra Firme, Belém – PA E-mail: raimara.reis.rr@gmail.com

Letícia Cunha da Hungria

Doutoranda em Agronomia Universidade Federal Rural da Amazônia

Avenida Presidente Tancredo Neves, 2501 – Terra Firme, Belém – PA E-mail: leth_hungria@hotmail.com

RESUMO

O nitrogênio (N) é um dos principais nutrientes requeridos por hortaliças folhosas e possui, na planta, diversas funções, incluindo a função estrutural como constituinte de proteínas, enzimas e de moléculas da clorofila, fazendo parte, portanto no desenvolvimento vegetal. O objetivo foi avaliar o efeito de diferentes fontes minerais e orgânica de nitrogênio sobre componentes de produção de rúcula cv. “Cultivada” e “Apreciatta”, cultivadas em ambiente protegido, sob condições edafoclimáricas de Belém, PA. Para isso utilizou-se delineamento experimental em blocos ao acaso, em arranjo fatorial 4 x 2, com quatro fontes de adubação: ureia, nitrato de cálcio, nitrato de potássio, biofertilizante e o controle (sem adubação nitrogenada) e duas cultivares: Cultivada e Apreciatta, com 4 repetições. Foram avaliadas a massa fresca da parte aérea, comprimento da parte aérea e número de plantas. A massa fresca média da Apreciatta foi 2.8; 2.3; 4.7; 1.9 vezes maior que a Cultivada no tratamento controle, utilizando ureia, biofertilizante e nitrato de potássio, respectivamente. O comprimento da parte aérea variou de 8,5 a 15,1 cm, com comportamento da cultivar Apreciatta semelhante ao encontrado para massa fresca da parte aérea. Entre as cultivares estudadas, o número de plantas foi superior para a Apreciatta quando o biofertilizante foi utilizado, apresentando número médio de 16 plantas por metro linear.

Palavras-chave: ureia, biofertilizante, Eruca sativa M., Apreciatta. ABSTRACT

Nitrogen (N) is one of the main nutrients required by leafy vegetables and has, in the plant, several functions, including the structural function as proteins, enzymes and chlorophyll molecules constituent, therefore being part of plant development. The aim was to evaluate the different mineral and organic nitrogen sources effect on arugula cultivars (cv. “Cultivada” and “Apreciatta”) production components, grown in a protected environment, under edaphoclimatic conditions in Belém, PA. For this, a randomized block design was used, in a 4 x 2 factorial arrangement, with four fertilization sources: urea, calcium nitrate, potassium nitrate, biofertilizer and the control (without nitrogen fertilization) and two cultivars: Cultivated and Apreciatta, with 4 repetitions. Shoot fresh weight, shoot length and number of plants were evaluated. Apreciatta's average shoot fresh weight was 2.8; 2.3; 4.7; 1.9 times greater than Cultivated in the control treatment, using urea, biofertilizer and potassium nitrate, respectively. The shoot length varied from 8.5 to 15.1 cm, with the behavior of the cultivar Apreciatta similar to that found for shoot fresh weight. Among the cultivars studied, the number of plants was higher for Apreciatta when the biofertilizer was used, with an average number of 16 plants per linear meter.

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1 INTRODUÇÃO

A rúcula (Eruca sativa M.), pertencente à família Brassicaceae, é uma hortaliça herbácea, que pode atingir altura entre 15 a 20 cm e apresenta as folhas como órgãos vegetativos de importância econômica (AGUIAR; GONÇALVES; PARTENIANI, 2014). O aumento do consumo da rúcula tem sido relacionado à possibilidade de redução do aparecimento de câncer, em uma dieta que inclui a hortaliça (MÁRTON et al., 2013; WILSON; AZARENKO; JORDAN, 2014).

Quando considerado o incremento da comercialização e valorização da hortaliça pelos consumidores no mercado, sugere-se que o seu cultivo é atrativo do ponto de vista econômico (OLIVEIRA et al., 2016; DIJKSTRA et al., 2017). Contudo, informações essenciais para a produção da rúcula, como às práticas de adubação e nutrição do vegetal ainda são pouco exploradas na literatura (PURQUERIO et al., 2007; OLIVEIRA et al., 2016). Comportamento diferente é observado para outras hortaliças como a alface (Lactuca sativa L.), em que diversos estudos são facilmente encontrados na literatura, e seus resultados, servem como dados orientadores para a cultura da rúcula (DIJKSTRA et al., 2017).

Entre os elementos minerais, o nitrogênio (N) é essencial para o estabelecimento dos vegetais por fazer parte da composição da maioria dos compostos orgânicos, como aminoácidos, proteínas, ácidos nucléicos, hormônios e clorofila (MALAVOLTA, 2006; FERNANDES, 2006). Desta forma, o nutriente está relacionado ao crescimento, desenvolvimento e rendimento da planta.

A utilização de adubação nitrogenada é uma prática fundamental para manter ou aumentar a produção de alimentos necessária paraa suprir a demanda nutricional gerada pelo crescimento populacional (BOARETTO et al., 2007), uma vez que proporciona aumento de produtividade nas culturas, em função do crescimento foliar e acúmulo de biomassa (VIEIRA FILHO et al., 2017). No Brasil, segundo Cantarella (2007), o consumo de fertilizantes nitrogenados está distribuído, principalmente, nas formas de ureia, nitrato de amônio e sulfato de amônio. A ureia é um dos fertilizantes mais utilizados em função do baixo valor de aquisição e da alta porcentagem (45%) de N na constituição do produto. No entanto, a principal desvantagem de fontes minerais são as elevadas perdas por processos de volatilização e lixiviação quando aplicados no solo (LEITE et al., 2014).

A utilização de biofertilizantes tem sido sugerida no cultivo de hortaliças por promover reduções das perdas de N, principalmente em épocas chuvosas, e pela presença de compostos ativos ou agentes biológicos na sua composição que são capazes de influenciar direta ou indiretamente o desenvolvimento de plantas, melhorando a sua produtividade, além de funcionarem como fonte de outros nutrientes. A atividade dos microorganismos presentes nestes produtos libera, por meio da decomposição anaeróbica de material orgânico, substâncias que atuam como promotores de

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crescimento dos vegetais (NOMURA et al., 2019). Sousa et al. (2014), ao avaliarem o desempenho de plantas de alface com aplicações foliares de biofertilizante registraram que a aplicação de 20 mL.L-1 por planta incrementaram o número de folhas por plantas, peso verde da parte aérea.

Neste contexto, o objetivo do estudo foi avaliar os efeitos de diferentes fontes minerais e orgânica de nitrogênio sobre a produção de rúcula cv. “Cultivada” e “Apreciatta”, cultivadas em ambiente protegido, sob condições edafoclimáticas de Belém, PA.

2 METODOLOGIA

O experimento foi conduzido no período de janeiro a julho de 2017, em ambiente protegido na área experimental do Instituto de Ciências Agrárias (ICA), no setor de horticultura, da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), campus Belém (Latitude: 1° 27’ 18” S, Longitude: 48° 30’ 9” W). O ambiente protegido instalado possui 15 m de comprimento e 5 m de largura, totalizando uma área de 75 m2 e pé direito de 3 m, com três canteiros de 10 m x 1 m e 0,15 m de altura.

O clima da região é do tipo Af (classificação de Köppen), caracterizado pela presença de um clima equatorial, com temperatura média anual de 26,8 ºC e pluviosidade média anual de 2.537 mm (ALVARES et al., 2014). O solo da área foi classificado como Latossolo Amarelo, cujos atributos químicos são apresentados na Tabela 1.

Tabela 1. Atributos químicos do solo da área experimental, Belém, PA, 2017.

Prof. pH MO P K Ca Mg Al H+Al SB CTC V m

(cm) H2O KCl g/kg mg/dm3 cmolc/dm³ %

0-20 4,5 5,5 26,2 765,5 0,1 5 1,4 0 5,2 6 11 54 0 MO: matéria orgânica; SB: soma de bases; CTC: capacidade de troca catiônica; V%: saturação por base; m%: saturação por alumínio.

A recomendação de adubação seguiu o critério adotado por Cravo, Viégas e Brasil (2010), aplicando-se, aos 45 dias antes do plantio, 200 g por m2 de calcário dolomítico, para obtenção de saturação por base igual a 70%; e 4,0 L de matéria orgânica na forma de composto (resto cultural da horta, milho, soja, palha de bambu e cama de frango) por m2 de canteiro. Aos 30 dias antes do período de cultivo, foi realizada a produção do biofertilizante com cama de frango.

As sementes da rúcula, cv. “Cultivada” e “Apreciatta”, foram semeadas diretas nos canteiros, utilizando-se 0,5 g de sementes por linha, em espaçamento de 0,15 m entre linhas, totalizando quatro linhas por parcela. As sementes foram depositadas em sulcos de forma uniforme, sendo cobertas por serragem. O controle de plantas daninhas foi realizado por meio de mondas, sempre que necessário.

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O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, em arranjo fatorial 4 x 2, com quatro fontes de adubação nitrogenada: ureia, nitrato de cálcio, nitrato de potássio, biofertilizante e o controle (sem adubação) e duas cultivares de rúcula: Cultivada e Apreciatta, com 4 repetições. Foram aplicadas soluções de ureia, nitrato de cálcio e nitrato de potássio na proporção de 3 g dos fertilizantes por litro (L) de água e o biofertilizante na proporção de 1 L de biofertilizante por 5 L de água. Cada parcela apresentou uma área útil com 60 plantas, espaçadas por 0,15 x 0,05 m.

As adubações complementares foram realizadas três vezes por semana a partir do décimo dia após o plantio, sendo repetidas semanalmente até o período da colheita, trinta dias após o plantio. Como prática de manejo cultural, no décimo dia após o plantio foi realizado o primeiro desbaste, para a retirada do excesso de plantas, sendo adotado o espaçamento entre plantas de 0,02 m. O segundo desbaste foi realizado vinte dias após o plantio usando-se o espaçamento de 0,05 m. Ao final do plantio foram avaliadas, em 10 plantas, as variáveis números de plantas, massa fresca da parte aérea e comprimento da parte aérea.

Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e quando significativos foram comparados pelo teste te Tukey a 5% de probabilidade, utilizando-se o programa estatístico Sisvar (5.6).

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O desempenho das cultivares de rúcula variou em função da fonte nitrogenada utilizada (Tabela 2). Em relação à produção de massa fresca, a cultivar Apreciata foi superior à cultivada quando utilizada qualquer fonte de adubação nitrogenada, exceto quando se utilizou o nitrato de cálcio, o qual não provocou diferença entre as cultivares. A produção de massa fresca média da Apreciatta foi 2.8; 2.3; 4.7; 1.9 vezes maior que a Cultivada no tratamento controle, utilizando ureia, biofertilizante e nitrato de potássio, respectivamente. Para esta variável, a Cultivada não foi influenciada por nenhuma das fontes testadas.

Tabela 2. Massa fresca, comprimento da parte aérea e número de plantas de cultivares de rúcula em função da aplicação

de fontes nitrogenadas distintas.

Fertilizantes

Cultivar Controle Ureia Biofertilizante Nitrato de

Cálcio

Nitrato de Potássio

Massa fresca (g por metro linear)

Cultivada 35,68 aB 64,28 aB 27,95 aB 67,07 aA 67,09 aB

Apreciatta 102,06 bA 146,05 aA 132,68 abA 65,09 cA 127,03 abA Comprimento da parte aérea (cm)

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Cultivada 9,43 cA 13,76 aA 8,50 dB 13,33 abA 13,00 bB

Apreciatta 9,73 eA 13,50 cA 14,30 bA 12,10 dB 15,10 aA

Número de plantas por metro linear

Cultivada 8,00 eB 13,00 aA 9,00 dB 11,00 cA 12,00 bA

Apreciatta 14,00 bA 11,00 cB 16,00 aA 10,00 dB 10,00 dB

Médias seguidas de mesma letra minúscula na linha e maiúscula na coluna não diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.

A ureia promoveu a maior produção de massa fresca da cultivar Apreciatta, enquanto o nitrato de cálcio conduziu a menor produção de biomassa. As formas amoniacais de N ou amídicas, que são transformadas para amônio, são melhores aproveitadas por plantas no início do cultivo, portanto a ureia, fonte altamente solúvel e prontamente absorvível pelas folhas, pode ser aproveitada em taxa 10 a 20 vezes superiores às dos elementos em outra forma iônica, o que pode acelerar o processo de crescimento vegetal.

A utilização de nitrato de potássio fornece, além do N necessário, uma pequena quantidade de potássio (K), que é, assim como o N, um dos macronutrientes mais requeridos pelas plantas. O incremento na produção de massa fresca está associado a maior absorção do N pelas plantas que pode ser influenciada pela disponibilidade de teores de potássio no ambiente. O potássio age como catalisador de algumas reações enzimáticas e está envolvido no processo de abertura e fechamento estomático do vegetal que, aliado a maior área foliar provocada pela introdução do N, pode resultar no aumento da produtividade da cultura (PORTO et al., 2013; REZENDE et al., 2017).

A utilização do biofertilizante também promoveu um bom desempenho na produção de massa fresca da cultivar Apreciatta. Lopes et al. (2017) ao avaliarem o desenvolvimento de mudas de rúcula sob o efeito de aplicações foliares com biofertilizantes, encontraram comportamento semelhante ao registrado neste estudo no acréscimo na produção de biomassa.

Quanto ao comprimento da parte aérea, houve efeito das diferentes fontes sobre ambas as cultivares, com variação de 8,5 a 15,1 cm (Tabela 2) A cultivar Apreciatta mostrou tendência de comportamento semelhante ao encontrado para massa fresca, com valores superiores quando comparado a Cultivada, exceto sob a adubação com ureia e nitrato de cálcio como fonte de N. Dentre as fontes avaliadas, a ureia e o nitrato de cálcio estimularam os maiores comprimentos médios para a Cultivada, com médias iguais a 13,76 e 13,33 cm, respectivamente. Para a Apreciatta, o maior comprimento médio (15,10 cm) foi observado sob a adubação com nitrato de potássio, seguido do biofertilizante (14,30 cm) e menor comprimento sob o tratamento controle.

O número de plantas por metro linear (ou taxa de sobrevivência) variou de 8 a 16 plantas. Entre as cultivares estudadas, o número foi maior para a Apreciatta quando o biofertilizante foi utilizado, com média de 16 plantas por metro linear. Por outro lado, as fontes de adubação mineral

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reduziram o número de plantas desta cultivar em relação as demais fontes e foi inferior ao número de plantas quando comparado com o tratamento sem adubação (controle).

O maior número de plantas ou taxa de sobrevivência por metro linear pode estar relacionado intrinsicamente com a qualidade fisiológica de sementes e mudas. Borges et al. (2014) afirmam que quando há presença de lotes de rúcula com diferenças fisiológicas, tal característica pode influenciar em diferentes respostas quando estas plantas são sujeitas à condições de estresse. Torres et al. (2016) observaram comportamentos semelhantes ao deste estudo ao avaliarem a germinação e vigor de sementes de rúcula, registrando diferenças na qualidade fisiológica, sendo as cultivares de folha larga as mais vigorosas.

As maiores taxas de sobrevivência observadas para a cultivar Cultivada sob adubação mineral podem ainda estar associadas a maior resistência a possíveis estresses induzidos por estas fontes quando aplicadas no solo. Ressalta-se que o uso de adubos nitrogenados como ureia, nitrato de cálcio e nitrato de potássio possui relação direta com o aumento da salinidade no solo (NOVAIS et al., 2007), o que resulta no aumento do potencial osmótico do solo na região de semeadura, podendo interferir na germinação das sementes. Neste sentido, Souza Neta et al. (2013) avaliaram o desempenho de cultivares de rúcula cultivadas em hidroponia sob diferentes níveis de salinidade e observaram que a cultivar cultivada apresentou maior tolerância a salinidade quando comparada a Apreciatta.

4 CONCLUSÃO

A cultivar Apreciatta respondeu a todas as fontes nitrogenadas utilizadas, em especial ao tratamento com ureia, que incrementou 188,75% de massa fresca em relação à Cultivada, que não respondeu a nenhuma fonte para esta variável.

REFERÊNCIAS

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Tabela 2. Massa fresca, comprimento da parte aérea e número de plantas de cultivares de rúcula em função da aplicação  de fontes nitrogenadas distintas

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