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Panorama atual do mercado brasileiro de alimentos e bebidas / Current overview of the brazilian food market and drinks

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Academic year: 2020

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Panorama atual do mercado brasileiro de alimentos e bebidas

Current overview of the brazilian food market and drinks

DOI:10.34117/bjdv6n8-457

Recebimento dos originais: 15/07/2020 Aceitação para publicação: 21/08/2020

Williane Silva Pinheiro

Mestranda em Engenharia Química pela Universidade Federal da Paraíba Instituição: Universidade Federal da Paraíba

Endereço: Jardim Universitário , s/n - Campus I - Castelo Branco, João Pessoa-PB, Brasil E-mail: willianepinheiro@live.com

Anna Caroline Feitosa Lima

Mestranda em Engenharia Química pela Universidade Federal da Paraíba Instituição: Universidade Federal da Paraíba

Endereço: Jardim Universitário , s/n - Campus I - Castelo Branco, João Pessoa-PB, Brasil E-mail: annacarolinexa@gmail.com

Ana Carolina Nóbrega Leite

Doutoranda em Engenharia de Processos pela Universidade Federal de Campina Grande Instituição: Universidade Federal de Campina Grande

Endereço: Rua José Clementino de Oliveira, número 2141 - Tambauzinho, João Pessoa – PB, Brasil E-mail: caarol.nobregaleite@gmail.com

Mariana Fortini Moreira

Mestranda em Engenharia Química pela Universidade Federal da Paraíba Instituição: Universidade Federal da Paraíba

Endereço: Rua cônego luiz gonzaga de oliveira - 34 - Bairro dos estados, João Pessoa - PB - Brasil E-mail: fortinimariana8@gmail.com

Paloma Benedita da Silva

Mestranda em Engenharia Química pela Universidade Federal da Paraíba Instituição: Universidade Federal da Paraíba

Endereço: Jardim Universitário , s/n - Campus I - Castelo Branco, João Pessoa-PB, Brasil E-mail: pa.llo.ma@hotmail.com

Jéssica Kelly da Silva Negreiros

Doutoranda em Engenharia Química pela Universidade Federal de Pernambuco. Instituição: Universidade Federal de Pernambuco.

Endereço: Rua Professora Maria Lianza, 185- Jardim Cidade Universitária – João Pessoa- PB, Brasil

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Juliana Barreto Pereira de Souza

Mestranda em Engenharia Química pela Universidade Federal da Paraíba Instituição: Universidade Federal da Paraíba

Endereço:Coordenações dos Cursos do Centro de Tecnologia da UFPB - Castelo Branco, João Pessoa - PB, Brasil

E-mail: jubarreto26@gmail.com

Claudiana Queiroz Gouveia

Mestranda em Eng Química pela Universidade Federal da Paraíba Instituição: Universidade Federal da Paraíba

Endereço: Rua Lourenço Vieira de Souza, 120, Jardim São Paulo, João Pessoa-PB, Brasil E-mail: engenheira.claudiana@gmail.com

RESUMO

A produção de alimentos é um dos pilares de qualquer economia, seja por sua abrangência e essencialidade, ou pela rede de setores direta e indiretamente relacionados. Este trabalho tem como objetivo contextualizar o setor de alimentos e bebidas na economia brasileira, assim como caracterizá-lo dentro da indústria de transformação nacional, demarcando seu peso econômico e sua estrutura setorial. A metodologia aplicada foi uma pesquisa exploratória realizada com dados da operação estatística Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA 15). O estudo foi realizado a partir de dados oriundos do Sistema IBGE de Recuperação Automática – SIDRA do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes ao mês de Abril de 2017. Para 2017, a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA) projeta avanço entre 0,6% e 1,2% na produção. Para as vendas reais, a ABIA projeta incremento de 0,7% a 1,5%. Em 2016, o faturamento da indústria teve uma queda real de 0,63%. As exportações devem variar entre US$ 37 bilhões e US$ 40 bilhões neste ano, calcula a entidade. O aumento da população, o crescimento da economia e da renda são fatores determinantes para a demanda de produtos alimentícios. A maioria dos desafios é movida pela natureza única do negócio em que a oferta e a demanda são altamente variáveis. A maior variedade de produtos, sabores e tamanhos de embalagens aumenta a complexidade na previsão, gestão de estoque e programação da produção.

Palavras-chave: Preços, Mercado, Insumos Alimentícios. ABSTRACT

Food production is one of the pillars of any economy, be it for its scope and essentiality, or for the network of sectors directly and indirectly related. This work aims to contextualize the food and beverage sector in the Brazilian economy, as well as to characterize it within the national manufacturing industry, demarcating its economic weight and its sectorial structure. The applied methodology was an exploratory research carried out with data from the statistical operation Broad National Consumer Price Index 15 (IPCA 15). The study was carried out using data from the IBGE Automatic Recovery System - SIDRA of the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) for the month of April 2017. For 2017, the Brazilian Association of Food Industries (ABIA) projects progress between 0.6% and 1.2% in production. For real sales, ABIA projects an increase of 0.7% to 1.5%. In 2016, the industry's turnover fell by 0.63%. Exports should range between US $ 37 billion and US $ 40 billion this year, calculates the entity. The increase in population, the growth of the economy and income are determining factors for the demand for food products. Most challenges are driven by the unique nature of the business in which supply and demand are highly variable. The greater variety of products, flavors and packaging sizes increases the complexity in forecasting, inventory management and production scheduling.

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1 INTRODUÇÃO

A produção de alimentos é um dos pilares de qualquer economia, seja por sua abrangência e essencialidade, ou pela rede de setores direta e indiretamente relacionados, como agrícola, serviços, insumos, aditivos, fertilizantes, agrotóxicos, bens de capital e embalagens.

A indústria de alimento se desenvolveu inicialmente para solucionar o problema com relação ao armazenamento de excedentes e da comercialização de alimento. Conferindo uma maior durabilidade ao produto e aproveitamento, o processamento é dividido em quatro fases: beneficiamento, elaboração, preservação e conservação, e armazenamento. Os métodos de conservação de alimentos são empregados para aumentar a vida útil do produto.

Segundo levantamento da revista Exame sobre as 500 maiores empresas no Brasil, 40 são empresas da indústria de produtos alimentares e 7 da indústria de bebidas. Nessas maiores, a participação do capital externo na indústria de produtos alimentares está em 59% no total das vendas das maiores por setor e na indústria de bebidas em 19%. Os principais segmentos da indústria alimentícia são derivados de carne, beneficiamento de café, chá e cereais, óleos e gorduras, laticínios, derivados do trigo, açúcares, derivados de frutas e vegetais, chocolate, cacau e balas, desidratados e supergelados e conservas de pescados (KLOTZ, 2007).

Ainda segundo Klotz (2007), na jusante da indústria da alimentação, encontra-se o setor de distribuição para os mercados interno e externo, incluindo indústrias reprocessadoras adquirentes de grãos e commodities, atacadistas e distribuidores, importadores, distribuidores internacionais, cadeias de varejo e segmentos da cadeia de refeições fora do lar (“food service”) nacionais e internacionais, compreendendo cadeias de “fast food”, restaurantes, hotelaria, etc.

Gracia e Albisu (1997) chamam atenção ao fato de que existem fatores relacionados ao comportamento do consumidor, tais como nível de renda, características demográficas e culturais que também afetam as decisões de consumo.

O comportamento do consumidor evoluiu para uma situação não mais de busca de opções, mas sim de encontrar no mercado aquilo que desejam, sendo que a tecnologia passa a ser a ferramenta necessária para o atendimento dessas novas exigências. Como salienta Barzel (1982), conceitos sobre segurança dos produtos alimentares passaram a fazer parte do cotidiano das pessoas.

Este trabalho tem como objetivo contextualizar o setor de alimentos e bebidas na economia brasileira, assim como caracterizá-lo dentro da indústria de transformação nacional, demarcando seu peso econômico e sua estrutura setorial.

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2 METODOLOGIA

A metodologia aplicada neste trabalho foi uma pesquisa exploratória realizada com dados da operação estatística Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA 15). Esta pesquisa tem por objetivo medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo de alimentos e bebidas, referentes ao consumo pessoal das famílias, cujo rendimento varia entre 1 e 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos. Esta faixa de renda foi criada com o objetivo de garantir uma cobertura de 90% das famílias pertencentes às áreas urbanas no Brasil. O estudo foi realizado a partir de dados oriundos do Sistema IBGE de Recuperação Automática – SIDRA do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes ao mês de Abril de 2017, sendo o que o referido banco de dados dispõe de mais atual no momento.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Tomando como base os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo de Abril de 2017, para alimentação e bebidas segundo o índice geral e os grupos de produtos e serviços a variação mensal foi de 0,31%, a variação acumulada no ano foi de 0,45%, a acumulada em 12 meses de 3,60% e o peso mensal foi equivalente a 25,48% do ídice geral.

Para a variação mensal, segundo o índice geral de produtos e serviços de alimentação e bebidas avaliados de Abril de 2016 a Abril de 2017, houve um aumento médio de 0,40%, apresentando melhores resultados em Julho de 2016 com aumento de 1,45 % e maior declínio em Outubro de 2016, retrocedendo 0,25%.

De forma geral, a indústria de alimentos apresenta sazonalidade da produção no segundo semestre do ano. Contudo, devido à grande diversificação dessa indústria, cada segmento possui sazonalidade específica.

Levando em consideração a Pesquisa Conjuntural da Indústria da Alimentação da ABIA- Brasil, tomando como referência Fevereiro de 2017, o faturamento total com variação no ano foi de 3,05%, com aumento de 9,29% nos últimos doze meses. A produção física (volume) apresentou variação acumulada com queda de -5,71% no ano e -1,10% nos últimos doze meses. Quanto ao número de pessoal ocupado também houve declínio, sendo de -0,19% no ano e -1,25% nos últimos doze meses. Contudo, o total de salários pagos aumentou 4,52% no ano e 5,48% nos últimos 12 meses.

Segundo a ABIA, o varejo alimentício responde por aproximadamente 70% das vendas no mercado interno. O restante, 30% é distribuído para food service – restaurantes, padarias, bares, fast food, lanchonetes, refeições industriais e hotéis.

O setor de alimentação encerrou 2016 com faturamento de R$ 614,3 bilhões, o que representou um crescimento nominal de 9,3% em relação a 2015, de acordo com dados da Associação Brasileira

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das Indústrias da Alimentação (ABIA). Conforme a entidade, a produção do setor teve queda de 0,96%, com melhora em relação a 2015, quando houve recuo de 2,9% na produção. As vendas apresentaram melhora, com retração de 0,63%, ante queda de 2,73% um ano antes. As exportações do setor aumentaram 3,4% em 2016, para US$ 36,4 bilhões. A contribuição do setor de alimentos e bebidas no saldo da balança comercial foi de US$ 31,5 bilhões de superávit.

A associação informou que os investimentos no setor de alimentação apresentaram queda de 14,3% em 2016 em relação ao ano anterior, chegando a R$ 9 bilhões, ante R$ 10,5 bilhões um ano antes.

Para 2017, a ABIA projeta avanço entre 0,6% e 1,2% na produção. Para as vendas reais, a ABIA projeta incremento de 0,7% a 1,5%. Em 2016, o faturamento da indústria teve uma queda real de 0,63%. As exportações devem variar entre US$ 37 bilhões e US$ 40 bilhões neste ano, calcula a entidade.

4 CONCLUSÕES

Existem muitos fatores influenciando o consumo de alimentos e bebidas dos brasileiros atualmente, como, por exemplo, busca por conveniência, saudabilidade e, devido ao cenário de recessão, produtos que tenham melhor relação custo-benefício.

Os consumidores buscam variedade, produtos saudáveis a preços mais acessíveis. Boa parte das matérias-primas incluem atividades como o plantio, seleção dos animais reprodutores, etc. Variações climáticas e de safras têm grande impacto nos custos. Uma pequena alteração no rendimento muitas vezes pode significar uma grande mudança nos lucros. Em um negócio de margens apertadas é essencial gerenciar custos e margens de forma detalhada e em toda a cadeia de abastecimento.

O aumento da população, o crescimento da economia e da renda são fatores determinantes para a demanda de produtos alimentícios. A maioria dos desafios é movida pela natureza única do negócio em que a oferta e a demanda são altamente variáveis. A maior variedade de produtos, sabores e tamanhos de embalagens aumenta a complexidade na previsão, gestão de estoque e programação da produção.

O setor, não vem correspondendo às expectativas, seja em termos de produtividade, seja de adaptação às características do mercado brasileiro. A baixa produtividade média pode ser atribuída basicamente a fatores como a pouca modernização tecnológica, principalmente entre empresas brasileiras que não dão valor à tecnologia, custos industriais elevados, em especial no que se refere a matérias-primas (dificuldades de abastecimento em termos de quantidade e preço), materiais, energia, serviços de terceiros, e despesas com trabalhadores em domicílio, altos custos de

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comercialização, que podem ser atribuídos ao transporte e à embalagem, pequena escala de produção da maioria das empresas do ramo.

O aumento de produtividade possibilitará uma maior lucratividade ao setor, que deverá apressar o seu ritmo de expansão.

REFERÊNCIAS

BARZEL, Y. Measurement Cost and Organization of Markets. Journal of Law and Economics, 25 April, 1982.

GRACIA, A.; ALBISU, L.M. Consumption patterns in Western Europe. In: Globaliztion ofthe food industry:policy implications. Loader, Henson and Traill (eds) University of Reading.1997. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE/ SIDRA, Índice

Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 - Sistema IBGE de Recuperação de Dados

Automática. Disponível em < http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/default.asp> . Acesso em 24 de Abril de 2017.

KLOTZ, E. A Indústria de Alimentação - Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA) 2007. 10 p. Disponível em <www.abia.org.br>. Acesso em 25 de Abril de 2017.

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