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Os resultados do IDEB e o trabalho da equipe gestora: um estudo comparativo entre duas escolas da rede municipal de educação / IDEB results and the management team's work: a comparative study between two schools in the municipal education network

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Academic year: 2020

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Os resultados do IDEB e o trabalho da equipe gestora: um estudo comparativo

entre duas escolas da rede municipal de educação

IDEB results and the management team's work: a comparative study between

two schools in the municipal education network

DOI:10.34117/bjdv6n5-335

Recebimento dos originais: 13/04/2020 Aceitação para publicação: 15/05/2020

Karina Nayara Rego Portal

Estudante de Especialização em Gestão Educacional e Coordenação Pedagógica Instituição: Faculdade Integrada Brasil Amazônia (FIBRA).

E-mail: k_regoportal@hotmail.com.

Andréa Souza de Albuquerque

Doutoranda pelo Programa de Pós Graduação em Educação em Ciências e Matemática (IEMCI), Instituição: Universidade Federal do Pará (UFPA) (SEMEC).

E-mail: andasouza2014@gmail.com

Tadeu Oliver Gonçalves

Doutor em Educação Matemática.

Istituição: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) E-mail: tadeuoliver@yahoo.com

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo analisar os contrastes nos resultados verificados no Índice de

Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), em duas escolas da Rede Municipal de Belém, uma que obteve a maior nota (6,8) e outra que obteve a menor nota (0,0), com base nos dados de 2017 e partindo da comparação entre duas escolas com realidades diferenciadas. A metodologia utilizada foi um estudo de caso comparativo entre ambas as escolas. A observação in loco, aliada à aplicação de entrevista semiestruturada, possibilitou a produção dos dados. Os sujeitos da pesquisa foram diretores e coordenadores pedagógicos que atuam nas escolas, no intuito de investigar quem são esses sujeitos, as atividades desenvolvidas, as práticas pedagógicas consideradas um diferencial para o alcance ou não de resultados, as dificuldades que mais interferem nessas notas, além das condições de trabalho específicas e pertinentes a cada caso. Concluiu-se que, para alcançar bons índices no IDEB, não basta ter apenas o controle do fluxo escolar e/ou bom desempenho na Prova Brasil, faz-se necessário compreender a relevância da equipe pedagógica e dos docentes na participação da construção de uma escola que planeja atividades diferenciadas, preocupa-se com os processos de aprendizagem e com o aluno que não frequenta a escola, buscando dialogar com as famílias e tendo uma equipe capaz de se envolver no processo de melhoria da qualidade do ensino e do melhor desempenho dos alunos.

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ABSTRACT

This article aims to analyze the contrasts in the results verified in the Basic Education Development Index (IDEB), in two schools of the Municipal Network of Belém, one that got the highest grade (6.8) and the other that got the lowest grade (0.0), based on data from 2017 and based on the comparison between two schools with different realities. The methodology used was a comparative case study between both schools. On-site observation, coupled with the application of semi-structured interviews, enabled the production of data. The research subjects were principals and pedagogical coordinators who work in schools, in order to investigate who these subjects are, the activities developed, the pedagogical practices considered a differential for the achievement or not of results, the difficulties that most interfere in these grades, besides specific working conditions that are relevant to each case. It was concluded that, in order to reach good indexes in IDEB, it is not enough to have only the control of the school flow and / or good performance in Prova Brasil, it is necessary to understand the relevance of the pedagogical team and teachers in the participation in the construction of a school who plans differentiated activities, is concerned with the learning processes and with the student who does not attend school, seeking to dialogue with families and having a team capable of getting involved in the process of improving the quality of teaching and the better performance of students .

Keywords: School Management; Evaluation; IDEB; Quality.

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo é resultado de uma pesquisa que buscou identificar os motivos do contraste entre resultados alcançados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) por duas escolas da Rede Municipal de Educação de Belém, no intuito de compreender o papel da gestão e da coordenação pedagógica neste processo de avaliação.

Por essa razão procurou-se problematizar como a gestão e coordenação pedagógica podem contribuir nos resultados do IDEB nas unidades da Rede Municipal de Belém. Além de se querer identificar quais as práticas pedagógicas referenciadas pelos sujeitos que podem contribuir ou servir de empecilho para o alcance ou não dos resultados.

A Região Norte e o estado do Pará, em particular, têm amargado diminuição significativa nos índices de avaliação da aprendizagem dos alunos, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática prioritariamente, por serem as áreas focos das avaliações externas aplicadas aos alunos. Nos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2017, que envolve dados sobre a aprovação escolar, obtidos a partir do Censo Escolar realizado todos os anos, e as médias de desempenho nas avaliações do Instituto Nacional de Pesquisas Anísio Teixeira (INEP), a Prova Brasil (para IDEBs de escolas e municípios) e o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), que são avaliações aplicadas no 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e no 3º ano do Ensino Médio nos dados divulgados recentemente, o estado do Pará figurou entre os estados que apresentaram queda nos resultados. Diante desse cenário, algumas iniciativas vêm sendo desenvolvidas no âmbito das Secretarias Municipais de Educação.

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A Prova Brasil ocorre a cada dois anos para escolas e municípios, e o censo é realizado anualmente. Esses são dois importantes critérios para avaliação do sistema da educação básica no país. Os critérios e preocupações levantados com este índice revelam e avaliam muito além dos alunos, pois voltam seu olhar para a escola, como instituição com um gestor e coordenação pedagógica que estão à frente deste processo.

Esta pesquisa se configurou tomando por base o estudo de caso comparativo entre estas duas escolas que compõem a Rede Municipal de Educação de Belém. Por fins éticos de pesquisa científica, não citaremos o nome real das escolas nem dos sujeitos da pesquisa.

Na pesquisa, propomos analisar comparativamente quais as contribuições da gestão à condução da participação da escola na organização relativa ao processo de ensino e aprendizagem dos alunos e à busca de um maior envolvimento dos pais, de modo que possam se refletir nos resultados do IDEB. Também nos propomos a identificar algumas ações relevantes, aspectos documentais e de planejamento desses espaços, além de conhecê-los a fim de compreender a dinâmica de cada uma delas.

Para este estudo de caso, utilizamos por base o último resultado do IDEB – a prova Brasil ocorreu em novembro de 2016, equivalente a 2017-2018. O resultado só foi divulgado no segundo semestre de 2018, o que confirma que esta pesquisa é inédita.

Este estudo tem abordagem qualitativa, a qual busca estabelecer a relação entre o contexto educacional e sua relação com os sujeitos da pesquisa, gestores e coordenadores pedagógicos, a fim de identificar a complexidade e as possíveis contradições existentes nos fenômenos, assim como a imprevisibilidade das relações interpessoais e sociais dos diferentes espaços escolares, valorizando os aspectos qualitativos.

O estudo tem característica descritiva, que se trata, de acordo com Severino (2007), de uma “pesquisa que se concentra no estudo de um caso particular, considerado representativo de um conjunto de casos análogos, por ele significativamente representativo” (SEVERINO, 2007, p. 121).

A partir deste conceito de Severino (2007), o estudo de caso realizado analisou duas escolas, a que nos referiremos com os seguintes dispositivos de identificação de caso: E1, para a escola que obteve o maior resultado do IDEB no conjunto de escolas que compõem a Rede Municipal de Belém; e E2, para a escola que obteve o menor resultado de todas as unidades avaliadas. É preciso ainda considerar que cada unidade escolar tem um diretor e uma equipe de coordenação pedagógica, que vivenciam diferentes realidades, atendem a públicos diferentes, localizam-se em distritos diferentes e em contextos específicos.

Quanto à coleta de dados, a pesquisa de campo foi realizada para a produção de informações um roteiro de entrevista, com questões semiestruturadas, no intuito de diagnosticar as contribuições

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da gestão e da coordenação pedagógica das escolas com base nos resultados do IDEB. Além das entrevistas realizadas, outra técnica utilizada foi a observação para a realização do levantamento de informações sobre o cotidiano e organização de funcionamento de cada unidade a fim de conhecer melhor o espaço, e a forma de gerir o ambiente.

Por fim, a pesquisa culminou na análise dos dados obtidos, ancorada na Análise de Conteúdo de Bardin (1999), com a definição das categorias mais destacadas pelos sujeitos entrevistados, com análise dessas categorias de forma crítica, com base na literatura pertinente, a fim de melhor compreender as questões iniciais de pesquisa.

1.1 O CENÁRIO DA EDUCAÇÃO NA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE BELÉM Na Região Metropolitana de Belém, há 199 unidades educacionais públicas municipais, dentre elas 92 são escolas, 36 são unidades de educação infantil, 40 anexos e 31 organizações sociais comunitárias que atendem aos alunos da cidade de Belém. Trata-se de modalidades de creches, pré-escola, escolas da educação infantil ao ensino fundamental, além da educação de jovens e a adultos, educação no campo (que atende à região das Ilhas), educação indígena (incluindo assistências aos venezuelanos que estão em toda parte na cidade de Belém), dentre outras. É importante destacar que, das 199 unidades, apenas 63 foram avaliadas em 2017, nos anos iniciais pelo IDEB, o que corresponde à avaliação do Ciclo II, 2ª ano, ou seja, do 5º ano do Ensino Fundamental, foco desse estudo.

As escolas públicas estão divididas em distritos, configuração definida desde o Plano Diretor de Belém, que dividiu a cidade de Belém em 8 (oito) Distritos Administrativos, a saber: Distrito Administrativo de Belém (DEBEL); de Mosqueiro (DAMOS); de Outeiro (DAOUT); de Icoaraci (DAICO); do Benguí (DABEN); da Sacramenta (DASAC); do Entroncamento (DAENT); e do Guamá (DAGUA). Cada um desses espaços foi avaliado pelo Ministério da Educação (MEC), que atribuiu uma nota à cada escola, com base no fluxo escolar (Censo escolar) e no desempenho dos alunos na Prova Brasil, aplicada aos anos finais do Ciclo II, referente ao 5º ano do Ensino Fundamental, e anos finais do Ciclo IV, referente ao 9º ano do Ensino Fundamental.

Por se tratar de um estudo de caso, optamos por selecionar apenas a escola que obteve o maior índice da educação Básica (IDEB), em 2017, ano do último resultado lançado, e outra unidade de menor índice na Rede, no mesmo ano. Para melhor acompanhamento formativo, a SEMEC, por meio do trabalho desenvolvido pela Diretoria de Ensino (DIED), dividiu em subgrupos que assessoram as escolas, direcionando encontros formativos entre diretores, coordenadores e professores de todas as áreas do conhecimento, a saber:

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Quadro 1 - Organização Administrativa da Diretoria de Educação – DIED/SEMEC Coordenações Atividades desenvolvidas

COEI – Coordenação da Educação Infantil

Coordena e promove formações aos professores, coordenadores e diretores que atuam na educação

infantil; COEF – Coordenação do Ensino Fundamental

Coordena e promove formações para professores atuam no Ensino Fundamental (arte, educação de jovens e

adultos, Ciclos III e IV)

COEC – Coordenação de Educação no Campo Coordena e promove formações para escolas localizadas no campo, ou seja, nas ilhas.

CAEI – Coordenação de Atendimento Escolar Indígena

Coordena e promove ações de formação a fim de atender comunidades indígenas

CFP – Centro de Formação de Professores

Organiza a formação dos professores que atuam no Ciclo I (professores regentes, projetos de leitura do 1º ao 3º

ano, coordenadores, diretores) NIED – Núcleo de Informática Educativa

Realiza formações para professores que atuam no Ciclo II, professores do projeto de leitura (4º e 5º ano),

coordenadores e diretores. SISMUBE – Sistema Municipal de Bibliotecas

Escolares Promove formação e orientação das bibliotecas escolares Centro e Referência em Inclusão Educacional

Gabriel Lima Mendes

Promove Formação, acompanhamento e assessoramento as escolas no atendimento a crianças que apresentam

alguma deficiência.

DEEF – Departamento de Educação Física Promove formação e orientação aos professores de Educação Física que atuam na Rede

Fonte: elaborado pelos autores, a partir das informações da Diretoria de Educação DIED/SEMEC (2019).

A partir destas coordenações, a DIED cumpre o que dispõe a LDB, Lei n° 9394/96 (BRASIL, 1996), garantindo o acompanhamento e as formações aos diversos segmentos que compõem a escola – professores, coordenadores, diretores –, de modo que tenha seus técnicos como orientadores do trabalho pedagógico, para auxiliar na melhor organização do fazer pedagógico na Rede Municipal de Belém, também estabelecendo metas a curto e em longo prazo para que as unidades possam atingir como a meta a nota 6, 0 (seis) no IDEB, estipulada no Plano Nacional de Educação (PNE), que deve ser atingida até 2022 por todas as escolas públicas do país.

O IDEB é um dos instrumentos utilizados pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) no Brasil, criado em 2007 que busca quantificar em indicadores a média de dois critérios importantes para a qualidade na educação: Fluxo escolar e o Resultado da Prova Brasil, aplicadas em todas as escolas da educação básica no país, a cada dois anos. De acordo com os dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (2015), sobre a importância do Índice da Educação Básica nas escolas,

O Ideb [...] varia de 0 a 10 e a combinação entre fluxo e aprendizagem tem o mérito de equilibrar as duas dimensões: se um sistema de ensino retiver seus alunos para obter resultados de melhor qualidade no Saeb ou Prova Brasil, o fator fluxo será alterado indicando a necessidade de melhoria do sistema. Se, ao contrário, o sistema apressar a aprovação do aluno sem qualidade, o resultado das avaliações indicará igualmente a necessidade de melhoria do sistema (INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA, 2015, on-line).

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Diante disso, nas unidades escolares, a função do gestor escolar não é apenas o de administrar e gerir as questões financeiras, prestar contar do que e como foi gasto nos espaços escolares, mas também de organizar junto à equipe técnico-pedagógica as atividades de acordo com as orientações da Secretaria Municipal de Educação (SEMEC) e da Prefeitura Municipal de Belém (PMB), mantenedores destes espaços. Neste sentido, o estudo visa a relacionar as avaliações externas do IDEB com o fazer pedagógico do gestor escolar e do coordenador pedagógico, que poderão possibilitar a diversificação de atividades, metas e organização nas unidades escolares foco da pesquisa.

1.2 GESTÃO E A AVALIAÇÃO NA ESCOLA

A participação na gestão escolar é fundamental para o desenvolvimento do planejamento das atividades escolares, das tomadas de decisão, entre outras ações que compõem a rotina educacional e precisam ser considerados como pertinentes para a garantia da democracia e da participação de todos. Os principais instrumentos de gestão escolar são: planejamento de objetivos, representado pelo Projeto Político Pedagógico (PPP); organização das pessoas e dos recursos para a viabilização dos objetivos pretendidos; execução com qualidade dos trabalhos planejados, com base nos recursos disponíveis; avaliação de todos os processos e atividades desenvolvidas; comunicação das atividades e dos resultados alcançados para a comunidade escolar; e formação continuada dos funcionários da escola, visando ao aperfeiçoamento profissional. Para a operacionalização desses instrumentos e a consecução dos objetivos almejado, Libâneo (2004) diz ser necessário o desenvolvimento de uma estrutura adequada, facilitadora de uma cultura favorável a mudanças e participação, exigindo a busca de um perfil de gestor escolar, com habilidades técnicas, humanas e conceituais.

Para isso, faz-se necessário refletir sobre a relevância do Projeto Político Pedagógico nas escolas. Segundo Veiga (1995), ele é construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os sujeitos envolvidos no processo educacional escolar, na medida em que delineia um caminho, um rumo, estando articulado ao compromisso sociopolítico com interesses reais e coletivos delineados pela comunidade escolar. Dessa forma, quando é dirigida de maneira dialógica, participativa, agregando os conhecimentos e detectando suas potencialidades, a escola consegue projetar-se ao futuro não como promessa, parafraseando Gadotti (1994), mas como uma ruptura capaz de traçar um novo caminho e alcançar melhores resultados. Por essa razão, faz- se necessário delinear que esfera está em análise, como ela se organiza e a que localidade no Brasil nos referimos, o que fazemos na seção a seguir.

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2 AS ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL DE BELÉM

As escolas E1 e a E2 são vinculadas à SEMEC, mas são unidades bem diferentes na maioria dos aspectos observados durante a pesquisa de campo. Apesar disso, contêm alguns aspectos de similaridade em relação à cada realidade e ao que caracteriza o lócus.

A Escola E1 está localizada na área urbana da divisa entre os municípios de Belém-Ananindeua. Quanto à estrutura física, é uma escola considerada de pequeno porte por conter: quatro salas de aula; uma sala de secretaria/direção; uma biblioteca; uma sala de coordenação, ao mesmo tempo, sala dos professores; uma sala de informática; uma área coberta para recreação; uma copa e cozinha; um depósito de merenda; uma recepção; uma quadra coberta de esportes; dois banheiros (masc./fem.) para crianças; dois banheiros (masc./fem.) para os funcionários; um refeitório.

A Escola E2 está localizada na Área distante/afastada do centro da cidade de Belém, considerada do campo, quanto a estrutura física é uma escola considerada de grande porte por conter: doze salas de aula; uma sala de secretaria e direção; uma biblioteca; uma sala para a coordenação pedagógica; uma sala dos professores; uma sala de informática; uma área livre; uma copa e cozinha; um depósito de merenda; uma sala para recepção; uma quadra de esportes; dois banheiros (masc./fem.) para crianças; dois banheiros, sendo um feminino e um masculino, para os funcionários; um refeitório; um arquivo; uma sala de atendimento educacional especializado – AEE.

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Quadro 2 - Caracterização das Escolas Quanto a Organização e Quantidade de Funcionários

Organização e quantitativo de

funcionários Escola E1 Escola E2 Nota IDEB – Anos iniciais 6.8 0.0

Funcionamento da Unidade 2 turnos (manhã e tarde) 4 turnos (manhã, intermediário, tarde e noite)

Média de alunos atendidos 232 (na sede) 1.300 (na sede)

Turmas em funcionamento 4 turmas de manhã

4 turmas a tarde

12 turmas de manhã 06 turmas no intermediário

12 turmas à tarde 05 turmas à noite

Composição da equipe gestora

1 diretora 1 coordenadora – manhã 2 coordenadoras - tarde 1 diretora 1 coordenadora – manhã 2coordenadoras-intermediário 2 coordenadoras- tarde 1 coordenadora- noite

Composição total na unidade

Direção -1 Coordenação- 3 Professores- 9 Administrativos- 3 Apoio – 8 Total: 24 funcionários Direção -1 Coordenação- 8 Professores- 45 Administrativos- 6 Apoio – 24 Total: 84 funcionários

Situação do Conselho Escolar da Unidade

Em finalização de Registro de Ata; Membros do Conselho já estão eleitos apesar de estar inadimplente com a prestação

de contas.

Conselho está incompleto, inadimplente desde 2014.

Situação do Projeto Político Pedagógico da Unidade

Não foi apresentada a pesquisadora, apenas informado que foi atualizado

no início de 2018

Não foi apresentada a pesquisadora, apenas informado

que foi atualizado no início de 2018

Quanto a recursos financeiros

Escola recebe da SEMEC a cada três meses apenas

suprimento de fundos;

Escola recebe da SEMEC a cada três meses apenas o suprimento de

fundos; Fonte: elaborado pelos autores, a partir dos dados fornecidos pelas escolas (2019)

No que tange aos sujeitos dessa pesquisa, inicialmente destacamos as questões de sigilo, visto que nenhum dos participantes é revelado ou mesmo identificado. Ainda assim, nem todos aceitaram participar, outros aceitaram, mas efetivamente não o fizeram. Para esclarecer mais cada caso, neste estudo podemos destacar como participantes efetivamente os seguintes funcionários.

Duas diretoras foram procuradas, mas apenas a diretora da E2 aceitou participar da pesquisa e responder a todos os questionamentos deste estudo. Infelizmente não foi possível contato com duas coordenadoras, pois estavam de licença médica. A diretora da E1 aceitou a realização da pesquisa na unidade, mas não facilitou o acesso; inicialmente, alegou falta de tempo para responder às questões do roteiro de entrevista.

Quanto à coordenação pedagógica, tivemos melhor acesso nas duas unidades. Na E1, do total de 4 coordenadoras, apenas 2 responderam à entrevista; uma delas não manifestou interesse em participar, por isso não teremos respostas desta coordenadora. Já na E2, são 8 coordenadoras, 2

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estavam afastadas da escola por licença médica, 1 da noite não participou da pesquisa e as outras 5 participaram deste estudo.

A participação em pesquisas é livre e voluntária e com isso podemos considerar que, não houve prejuízo a coleta de dados visto que, até o interesse em participar de estudos como este nos revelam a relevância dada ao tema, a curiosidade e a busca por conhecimento por parte destes profissionais.

3 CARACTERIZAÇÃO DA DIREÇÃO E DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA: FORMAÇÃO, TEMPO DE SERVIÇO E CONHECIMENTO SOBRE O IDEB

Inicialmente, buscou-se identificar a formação de cada sujeito da pesquisa. Constatamos que todos, tanto coordenadores quanto diretores, possuem ensino superior completo, mas há diferenças quanto a estudos adicionais. Na E1, as duas coordenadoras têm apenas Especialização. Na E2, das 5 coordenadoras que têm ensino superior completo, apenas 3 apresentaram Especialização em alguma área educacional, e as outras 2 possuem apenas a graduação. A diretora da E2 é Especialista em Gestão Escolar.

Sobre a Forma de Ingresso na unidade escolar, tivemos um resultado igual entre as coordenadoras das escolas E1 e E2, já que todas ingressaram por concurso público, ou seja, são efetivas. Contudo, as diretoras tanto da E1 quanto da E2, são contratadas/indicadas pela SEMEC para assumir o cargo, pois em razão de a maioria dos Conselhos escolares estar em situação irregular, não é possível eleger diretores para as unidades.

Quanto ao tempo de serviço, a direção da E2 tem 1 ano de atividade e a gestora do E1 tem 2 anos na gestão na unidade. Já as coordenadoras detêm um tempo de serviço bem maior, nas unidades o que revela o conhecimento sobre o local, as pessoas e as práticas bem mais profundo do que as gestoras. Na E1, as duas coordenadoras que participaram da pesquisa têm 24 anos de experiência na coordenação. Já na E2, duas têm entre 27 e 23 anos e as outras 3 coordenadoras têm 6 anos de atividade no local.

No que se refere ao conhecimento sobre o índice do IDEB na Unidade, todos os sujeitos informaram saber das notas do IDEB, sobretudo, direção e coordenação da E1 e E2.

Na E1, foi mencionado que a nota de 6,8 foi uma “surpresa” para a equipe, pois não era o resultado esperado naquele ano, devido à mudança recente da direção. A gestora da E1 ingressou na Unidade no mês em que ocorreu a avaliação externa (Prova Brasil) e, de acordo com relatos da coordenação, não houve nenhum planejamento para alcance deste resultado; o que havia eram práticas diferenciadas que possibilitaram chegar a esta meta. A E2 tinha conhecimento sobre o resultado, mas não citou a nota 0,0 nas respostas.

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De acordo com informações do Núcleo de Informática Educativa da Secretaria Municipal de Educação (NIED/SEMEC), responsável pelo Programa de Informática Educativa da Secretaria Municipal de Educação-SEMEC, visando garantir o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação no processo ensino-aprendizagem de alunos da RME e pelo processo de formação das professoras e professores do Ciclo II, das 199 unidades escolares em funcionamento, apenas 63 delas são avaliadas nos anos iniciais do ensino fundamental pelo IDEB, a cada dois anos. Cabe ressaltar que o NIED é o setor em que é realizado o acompanhamento dos descritores, no qual são realizadas as formações e em que se definem as metas para as unidades municipais em Belém.

Dentre o total de 63 escolas, a avaliação da Prova Brasil, ocorrida em novembro de 2016, com resultado divulgado em 2018, o Município de Belém obteve:

Tabela 1 - Média obtida no IDEB 2018, segundo o NIED/SEMEC

Média esperada

Quantitativo de escolas que alcançaram

Média com intervalo de 6,1 a 6,8 5

Média 6,0* 1 Média de 5,0 a 5,9 25 Média de 4,0 a 4,9 28 Média 4,0 1 Média de 0,1 a 3,9 0 Média 0,0 3

*Nota: resultado esperado pelo PNE até 2022)

Fonte: elaborado pelos autores a partir dos dados fornecidos pelo NIED/SEMEC (2019)

Esses dados nos mostram o quanto precisamos avançar para alcançar no que orienta a meta 7 do Plano Nacional de Educação, o quanto já avançamos – visto que algumas unidades estão acima da meta estabelecida para 2024 – e o quanto devemos olhar mais para as escolas que ainda não saíram do zero. A partir deste estudo poderemos entender o que os números não revelam.

4 PLANEJAMENTO DAS ESCOLAS E OS DADOS DO IDEB

Buscamos identificar ainda o que é feito na escola a partir da divulgação das notas do IDEB, bem como quais tipos de ações planejadas/desenvolvidas para melhorar/continuar o cenário captado pelo IDEB. Obteve-se como resumo das respostas dadas pela Coordenação:

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Quadro 3 - Ações da E1 para alcançar os resultados no IDEB

E1 (maior IDEB) Categorias Destacadas

Participação de todos no processo de desenvolvimento da aprendizagem, aplicação de projetos, planejamentos, formações

continuadas;

Participação Formação docente Planejamento equipe

Intervenção alunos O bom resultado do IDEB deve-se a ações realizadas pela escola

desde 2015 quando foi implantado o Projeto de Intervenção em parceria com professores da sala de leitura e biblioteca. Fonte: elaborado por Portal a partir das informações coletadas (2019)

Merece destaque uma das falas das coordenadoras da E1, que pontuou o tempo. Desde 2015, a E1 já realiza projetos de intervenção em parceira com os professores; esse foi o diferencial deste grupo. Com isso, o fator tempo de aprendizagem pode ser determinante para os resultados. Se o aluno não tem ausências e vem sendo assistido em suas dificuldades, elas podem ser sanadas ou reduzidas para que tenha êxito.

Outro aspecto relevante a se ressaltar é o “senso de unidade” de que cada profissional precisa para se sentir parte integrante, decisor e partícipe no processo de aprendizagem dos alunos.

Quadro 4 - Ações da E2 para alcançar os resultados no IDEB

E2 (menor IDEB) Categorias Destacadas

Diagnose por grupo de alunos baseada na teoria da Psicogênese, no período da aplicação das provas

Diagnose Reunião Formação Intervenção

Projetos Reunião e formações com todos os grupos as vésperas da

avaliação

Planos de Intervenção realizados a partir da diagnose, mas com tempo reduzido para alcance de resultados

Plano de Intervenção

Projetos da SEMEC e da própria escola em parceria biblioteca e sala de leitura

Fonte: elaborado por Portal a partir das informações coletadas (2019).

A única gestora que respondeu a este item era da E2 e enfatizou que, em 2019, realizou no início do período letivo a diagnose com os alunos para traçar propostas de intervenção com o grupo.

Dessa forma, o que percebemos nas respostas é que há um consenso no uso de palavras como planejamento, participação, formação e intervenção enquanto palavras-chave para a rotina pedagógica. Cada escola sabe a importância que tem para os alunos, para a SEMEC e para o contexto educacional do país o alcance dos resultados estabelecidos, sabe o que pode fazer a diferença e sobre a pertinência do agir. Mas o que de fato diferencia tanto a E1 da E2, se todas compreendem o que deve ser feito?

A resposta a esse questionamento nos remete ao nosso objetivo geral de analisar como a gestão, portanto, diretores e coordenadores, pode contribuir para os resultados do IDEB a partir do tempo e da constância das práticas pedagógicas diferenciadas.

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Se a diagnose, a participação e a intervenção só ocorrem às vésperas das avaliações externas, ou no ano da prova, ou no semestre da Prova Brasil, torna-se difícil atingir os resultados estabelecidos, visto que o trabalho pedagógico é construído ao longo de anos de escolaridade dos alunos. Cada aluno tem seu tempo e suas dificuldades que, quando identificadas e alvo de trabalho com significativo tempo, podem ser melhor desenvolvidas para o alcance das metas.

Luck (2002) defende que o planejamento nas escolas deve ser participativo, a fim de promover o senso de unidade. São características encontradas nas chamadas escolas eficazes. Nesta perspectiva, o que as escolas municipais da Rede Pública de Belém precisam refletir é justamente o que fazer para ser uma escola eficaz. O que um diretor eficaz considera junto a sua equipe para alcançar seus objetivos? O que se pretende com o trabalho realizado naquela unidade? A partir destas ações, claramente, cada escola terá sua meta estabelecida, seus objetivos, seus anseios de melhorar e irá em busca disso na rotina de suas atividades.

Perguntamos para os sujeitos: a SEMEC oferece alguma assistência, curso ou formação voltada para melhorar os Índices do IDEB e o desempenho dos alunos nesta avaliação?

Na visão da diretora E1, isso ocorre nas reuniões para divulgação dos resultados das escolas nas avaliações externas. A coordenadora respondeu receber assistência quanto às formações. Na E2, foram unânimes em afirmar que as Formações, tanto do Centro de Formações de Professores (CFP) quanto do Núcleo de Informática Educativa (NIED), vinculados à SEMEC, contribuem significativamente para o assessoramento e a formação da equipe; além disso, a coordenadora da E2 disse ser necessário tornar essas formações mais eficientes e adaptar as crianças para essas avaliações. A análise que fazemos é que a formação tem contribuído para a melhoria dos resultados ao longo destes anos, mas ainda é preciso focar mais no “como fazer”, visto que o tempo curto dessas formações e as demandas não permitem que haja efetivamente a construção coletiva e formativa dos sujeitos que estão à frente da escola. Isso pode ajudar diretores e coordenadores a criar mecanismos de aprimoramento do planejamento, controle da frequência escolar, assim como promoção de mais estudos sobre os descritores da prova, por meio da construção de um currículo voltado para o que será avaliado. Com isso, a SEMEC pode aproximar ao máximo suas avaliações ao que é feito nas avaliações externas, para que, com tempo e com um trabalho organizado, seja possível alcançar as metas traçadas.

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5 FATORES QUE INFLUENCIAM NOS RESULTADOS DO IDEB

A questão de pesquisa reforça o anterior quando indaga: qual é o seu entendimento sobre os fatores que influenciam para a escola ter esse desempenho no IDEB? A diretora da E1 não respondeu, e a diretora da E2 afirmou não poder responder esse item, pois não era gestora à época, afirmando que apenas as coordenadoras poderiam responder, por estarem nas escolas há mais tempo e conhecerem os fatores de interferência no resultado. Por sua vez, estas responderam:

Quadro 5 - Fatores que influenciam nos resultados do IDEB das escolas

E1 fatores que influenciam nos resultados do IDEB da escola

E2 fatores que influenciam nos resultados do IDEB da escola

Participação e envolvimento da família na escola; Falta de parceria entre família e escola; Compromisso da equipe docente;

Dificuldade de aprendizagem das crianças devido à situação social e econômica que vive, visto que estamos

em área do campo; Acompanhamento da coordenação pedagógica; Ausência do aluno na escola;

Controle de faltas semanalmente; Falta de controle da frequência escolar; Empenho da gestora em melhorar o ambiente

escolar;

Falta de comprometimento de alguns servidores com a escola e suas metas;

Realização de projetos na escola Número alto de retenção e evasão escolar devido à falta de transporte;

Fonte: elaborado por Portal a partir das informações coletadas (2019).

Essa questão revela inúmeras peculiaridades de cada espaço e nos situa quanto aos motivos do alcance de resultados da E1, se comparada à E2. O IDEB é calculado a partir do fluxo escolar, observado através do Censo Escolar, e dos resultados da Prova Brasil. Nota-se que na E1, além da participação da família na escola, do planejamento, do comprometimento entre a equipe escolar, outros fatores interferem acompanhamento pedagógico e controle de frequência, já que evasão e retenção também são critérios expostos no Censo Escolar e parte dos cálculos da nota do IDEB.

A E1 controla semanalmente a frequência dos alunos, vai em busca das razões das ausências, intervém para diminuir a retenção, realiza projetos e propostas diferenciadas para manter a estima e o interesse dos alunos pela escola. A coordenação menciona a direção da E1 como promotora de um melhor ambiente escolar.

Na E2, observamos situações que de certa forma explicam os resultados: a escola tem 1.300 alunos que vivem na região afastada do centro da cidade de Belém, por isso considerada zona do campo; funciona em 4 turnos, com 8 coordenadoras, com cada turno tendo uma prática diferente da outra; falta transporte suficiente para manter os alunos que residem mais distante na escola. A equipe escolar ainda não consegue controlar efetivamente a frequência, a retenção e a evasão escolar; a direção sente-se sozinha frente às demandas da escola, pois o trabalho não é coletivo e a coordenação pouco apoia a direção da unidade.

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Cabe ainda pontuar a importância da participação da família na escola e na vida do aluno, na matrícula, na permanência da criança na escola, bem como no acompanhamento da frequência, evasão, pois é dever dos pais assegurar a seus filhos esse direito. Se a comunidade escolar fosse participativa na escola, os pais estariam presentes nestes espaços, os professores, coordenadores e diretores se sentiriam apoiados em suas ações e o aluno estaria sendo assistido por todos. Porém, na realidade, o que observamos é que poucos se comprometem com o cumprimento do que orientam Amin, Santos e Moraes (2017), ao afirmar que é responsabilidade dos pais a matrícula e da direção, coordenação pedagógica e professores a fiscalização desta frequência, da mesma forma que é dever do Estado a oferta das escolas; este último aspectos está referendado nos documentos legais como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei n. 9394/96 (BRASIL, 1996), nos quais é exigida a frequência mínima de 75% por cento para aprovação. A pesquisa tenta revelar o que de inovador a escola fez/faz para melhorar os resultados do IDEB. A coordenação da E1 ressaltou o Projeto de Intervenção que consiste no atendimento individual do aluno, desde o início do ano letivo, e ocorre em parceria com os professores. Já na E2, as coordenadoras pontuaram como prática relevante: o diagnóstico, o incentivo à leitura, palestras com os pais, intervenção pedagógica para os alunos com dificuldades e o uso de atividades lúdicas na sala da aula; a diretora da E2 respondeu: a diagnose, a intervenção e a participação dos pais como caminhos norteadores de sua prática para o ano de 2019.

A inovação consiste em manter ativas as propostas e estratégias planejadas, verificar a frequência do aluno semanalmente, reconhecer que se precisa mudar, sem deixar de considerar a realidade, ir à SEMEC buscar propostas para ajudar a equipe escolar a atingir suas metas.

Por fim, e não menos importante buscou-se refletir quais os principais problemas enfrentados a escola e que mais interferem na aprendizagem, na permanência (fluxo escolar) e no IDEB. Na E1, foram apontados problemas como: falta de recurso financeiro e problemas de cunho social e familiar. Na E2, é o elevado número de transferências dos alunos, falta de acompanhamento familiar, necessidade de melhorar as ações pedagógicas e melhoria na assistência aos alunos nas disciplinas de português e matemática. Já a coordenação da E2 citou como problema: melhorar as formações, acompanhar os momentos de planejamento e estudos com os professores, realizar reuniões com as famílias, projetos mais eficientes, acompanhar a frequência, melhorar a autoestima de alunos e professores, compromisso de alguns docentes, projetos de auxílio a alunos com dificuldade na leitura, escrita e matemática.

Os itens mencionados pelas coordenadoras da E2 são de fato relevantes, pois é necessário melhorar a organização das unidades, rever o currículo, as avaliações, as formações, as formas de gerir o espaço educativo, a autoestima dos servidores – ou seja, sua valorização – e condições de

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trabalho, todos aspectos que interferem para que a escola promova a aprendizagem de que o aluno precisa, acolha as famílias e as motive a estar no ambiente, a fim de que possam somar forças junto à SEMEC para alcance das metas propostas.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização desta pesquisa proporcionou significativas aprendizagens e contribuições que possibilitam enriquecer a reflexão sobre o papel da gestão e da coordenação pedagógica, a fim de melhorar a prática destes profissionais na melhoria dos índices do IDEB e no trabalho das escolas.

A gestão e a coordenação pedagógica da escola podem desenvolver práticas significativas para alcançar melhores índices no IDEB, mas para isso faz-se necessário compreender a relevância da equipe pedagógica e dos docentes na participação da construção de uma escola que planeja atividades diferenciadas, preocupa-se com os processos de aprendizagem e com o aluno que não frequenta a escola, buscando dialogar com as famílias, com uma equipe capaz de se envolver no processo de melhoria da qualidade do ensino e do melhor desempenho dos alunos.

Diante de todas as observações realizadas in loco e amparadas no referencial teórico exposto neste estudo, percebe-se ser necessário que as escolas: identifiquem inicialmente suas metas; participem das formações ofertadas pela SEMEC; planejem e avaliem considerando a realidade local, inserindo projetos e ações relevantes; prepararem os alunos para os processos de avaliações externas; legalizem o conselho escolar; programem as ações planejadas e descritas no Projeto Político Pedagógico da escola; mantenham a infraestrutura, buscando apoio da mantenedora SEMEC, favorecendo condições de aprendizagem aos alunos; adquiram materiais pedagógicos diversificados capazes de despertar interesse maior dos alunos nos estudos e que possibilitem ao professor utilizar recursos variados e dinâmicos em suas aulas; acompanhem a realização de controle da frequência e desempenho dos alunos; visando a reduzir os índices de repetência e evasão; além da promoção de acompanhamento, formação e apoio aos docentes da escola para planejamento e participação de cursos de formação que lhes possibilite elaborar os Planos de Intervenção, desde o início do período letivo.

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REFERÊNCIAS

AMIN, Andrea Rodrigues; SANTOS, Ângela Maria S. dos; MORAES, Bianca Mota de. Curso de

Direito da Criança e do Adolescente: aspectos teóricos e práticos. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1999.

BRASIL, Lei de Diretrizes e B. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da

União, Brasília, 1996.

LUCK, Heloísa. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA - INEP. O que é o IDEB. INEP, [on-line], out. 2015. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/ideb>. Acesso em: 5 mar. 2019.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007.

GADOTTI, Moacir. "Pressupostos do projeto pedagógico". In: MEC, Anais da Conferência Nacional de Educação para Todos. Brasília, 28/8 a 2/9/1994.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: teoria e prática. 5ª. ed. Goiânia: Alternativa, 2004.

VEIGA, Ilma Passos A. Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção possível. 13. ed. Campinas: Papirus: 1995.

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Tabela 1 - Média obtida no IDEB 2018, segundo o NIED/SEMEC  Média esperada

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