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BALANÇO SOCIAL EM ENTIDADES PÚBICAS - ESTUDO DE CASO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SAO JOSÉ

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(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO

DEPARTAMENTO

DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

JEAN PIERRY ROCHA

BALANÇO SOCIAL

EM ENTIDADES PÚBICAS -

ESTUDO DE

CASO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SAO

JOSÉ

(2)

BALANÇO SOCIAL EM ENTIDADES PÚBICAS - ESTUDO DE

CASO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO

JOSÉ

Monografia apresentada à Universidade Federal de Santa Catarina como um dos pré-requisitos para a obtenção do grau de bacharel em Ciências Contábeis.

Orientadora: ProP.Bernadete Limongi, Dra.

(3)

Co-2

3

JEAN

PIERRY

ROCHA

BALANÇO SOCIAL EM ENTIDADES PÚBICAS - ESTUDO DE

CASO

DA

PREFEITURA

MUNICIPAL DE

SÃO JOSÉ

Esta monografia foi apresentada como trabalho de conclusão do Cyso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina, obtendo a nota média.14-.5 , atribuida pela banca

constituída pelos professores abaixo cio h do ahme

I I PMonog afias do CCN.

Compuseram a banca:

6

/14,1,0&4_, -4,(fv14

Prof'. Bemadete Limongi, Dra. — orie dora Departamento de Ciências Contábeis, UFSC

Prof. Maria Denize H4irique Casa4ande. Doutoranda

Departamento de Çiências Contábeis, UFSC

hiewLe Q:04:24„,

Prof. Marco Aurélio Batista de Sousa, Doutorando Departamento de Ciências Contábeis, UFSC

C r4f. Er4 ordena fitscher, Dra.

(4)

Dedico este trabalho principalmente à minha

esposa, Fernanda Rosana Bernardes, por todo

o amor e carinho, tendo deixado muitas vezes

de correr atras de seus sonhos em prol da

(5)

5

AGRADECIMENTOS

A Deus, por ter me concebido a sabedoria e determinação necessárias para transpor todas as barreiras encontradas.

A

minha orientadora, Bemadete, por seu carinhoso atendimento e disponibilidade.

A

minha mãe, meu sogro e minha sogra, que sempre acreditaram no meu potencial e

incentivaram-me infinitamente.

Aos professores, que me fizeram acreditar que devemos e podemos almejar grandes carreiras profissionais.

Aos meus irmãos de farda, do 7 0 Batalhão da Policia Militar de Santa Catarina, que nos momentos mais estressantes da nossa profissão, disseram-me que eu servia de exemplo para muitos deles.

Por fim, agradeço a todos aqueles que de alguma forma me ajudaram na construção de

(6)

RESUMO

ROCHA, Jean Pierry. BALANÇO SOCIAL EM ENTIDADES PÚBLICAS — ESTUDO DE CASO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSE, 2005. 49 p. Ciências Contábeis. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

A contabilidade tem como objetivo principal à prestação de contas e informações aos usuários internos e externos. Com a crescente evolução tecnológica e a desenfreada concorrência capitalista, nota-se a importância e destaque que as entidades públicas ou privadas vêm dando responsabilidade social. A população cada vez mais cobra das empresas e gestores públicos

transparência em suas ações e investimentos na Area social. Por isso, este estudo analisou e demonstrou a elaboração e divulgação do Balanço Social da Prefeitura Municipal de São José, sendo esta a primeira do setor público a publicá-lo no pais. 0 balanço social não tem estrutura definida, por isso é facultada sua divulgação. JA existem algumas propostas de modelo de balanço social, como é o caso do modelo IBASE, apresentado também neste trabalho. 0 surgimento e evolução da responsabilidade social são temas também abordados neste trabalho, assim como a legislação pertinente. Neste trabalho foi dada uma ênfase especial a duas pesquisas de avaliação apresentadas no balanço social da PMSJ: a primeira, relativa à avaliação de satisfação do Capital Humano da PMSJ, e, a segunda, à avaliação da satisfação dos usuários do Centro de Atendimento da prefeitura em questão. Tal iniciativa é pioneira no pais e espera contribuir para a consolidação desta prática tanto em entidades públicas como privadas.

(7)

LISTA DE GRÁFICOS, TABELAS E QUADROS

QUADRO 1 BALANÇO SOCIAL PROPOSTO PELO IBASE 20

TABELA 1 NÚMEROS DE ESCOLAS E ALUNOS 26

TABELA 2 COEFICIENTE DE MORTALIDADE DE SAO JOSÉ 28

TABELA 3 DEMONSTRAÇÃO DA GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE

RIQUEZA 31

TABELA 4 NÍVEL DE ESCOLARIDADE DOS EFETIVOS DA PMSJ 32

TABELA 5 BALANÇO DA SATISFAÇÃO DA PMSJ 35

GRÁFICO 1 GRAU DE SATISFAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS EM

DEZEMBRO 2001 DA PMSJ 36

TABELA 6 BALANÇO DO GRAU DE SATISFAÇÃO DOS MUNÍCIPES

DE SAO JOSÉ 38

GRÁFICO 2 GRAU DE SATISFAÇÃO DOS USUARIOS DO CENTRO

DE ATENDIMENTO EM DEZEMBRO DE 2001 38

(8)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 10

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 14

2.1. RESPONSABILIDADE SOCIAL 14

2.2. BALANÇO SOCIAL NO BRASIL 15

2.2.1. Legislação sobre Balanço Social 17

2.2.2. Como se elabora o Balanço Social 19

2.2.3. Balanço Social proposto pelo IBASE 20

2.3. BALANÇO SOCIAL EM ORGAOS PÚBLICOS 22

2.3.1. Prefeitura Municipal de Sao José/SC 23

3. ANÁLISE DO BALANÇO SOCIAL DA PREFEITURA MUNICIPAL DE

SÃO

Jost

25

3.1. 0 MUNICIPIO 25

3.2. AÇÕES SOCIAIS 26

3.2.1. Educação 26

3.2.2. Esporte 27

3.2.3. Cultura 27

3.2.4. Saúde 27

3.2.5. Desenvolvimento Social 28

3.2.6. Habitação 29

3.2.7. Urbanismo, Transporte e Obras 29

3.2.8. Meio Ambiente e Educação Ambiental 30

3.3. DEMONTRAÇÃO DA GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE RIQUEZA 30

3.4. CAPITAL HUMANO 31

3.4.1. Avaliação da Satisfação do Capital Humano da PMSJ 33

3.4.2. Avaliação da Satisfação dos Usuários do Centro de Atendimento

da Prefeitura de Sio José 36

4. CONCLUSÃO E SUGESTÕES 40

4.1 REFLEXÕES FINAIS 40

4.2 SUGESTÕES 41

REFERÊNCIAS 43

ANEXOS 45

ANEXO A - BALANÇO SOCIAL DA PREFEITURA MUNICIPAL DE

(9)

ANEXO B - CRÍTICAS E SUGESTÕES APRESENTADAS PELOS USUÁRIOS DO CENTRO DE ATENDIMENTO DA PREFEITURA DE SAO JOSE ....48

(10)

Uma das deficiências na qualidade das demonstrações contábeis apresentadas pela grande maioria dos órgãos públicos, sejam eles municipais, estaduais ou federais, é a despreocupação com a informação externa, ou seja, aquela voltada A sociedade.

A forma mais clara e evidente de demonstrar a importância da responsabilidade social é o Balanço Social, isto 6, urna prestação de contas da entidade pública aos seus contribuintes diretos e indiretos. No entanto, as contas e investimentos provenientes de tais contribuições não são divulgados com tanta transparência como a maioria dos cidadãos/munícipes gostaria que suas prefeituras os divulgassem.

Algumas prefeituras de Santa Catarina já vêm se preocupando com a divulgação de seus projetos e ações sociais, como é o caso da cidade de São José/SC, a primeira prefeitura no pais a divulgar o Balanço Social, reconhecido pelo Conselho Federal de Contabilidade. (site: http://www.cfc.org.br).

Portanto, o tema a ser analisado nesta monografia é a importância da divulgação do Balanço Social por Órgãos Públicos, caracterizando assim uma maior auditoria nas contas públicas, enfatizando a importância da responsabilidade social através de modelos já desenvolvidos por especialistas no assunto e balanços já divulgados por outras entidades públicas.

Levando-se, pois, em conta a necessidade de uma melhor prestação de contas por parte das entidades públicas chega-se A seguinte questão:

(11)

I I

O objetivo geral deste trabalho 6, portanto, demonstrar os investimentos realizados na Area

social e de pessoal de uma entidade pública — caso da Prefeitura Municipal de São José, através da divulgação de seu balanço social.

A fim de atingir o objetivo geral estabeleceram-se os seguintes objetivos específicos:

• Enfatizar a importância da transparência orçamentária e da responsabilidade social:

• Apresentar a Legislação pertinente â divulgação do balanço social;

• Demonstrar os investimentos realizados nos mais variados setores e camadas sociais; • Apresentar o resultado de uma pesquisa realizada por uma prefeitura a respeito da

satisfação dos funcionários quanto As condições físicas e ambientais de trabalho, e de outra, a respeito da qualidade de atendimento daqueles que necessitam de algum tipo de serviço oferecido pela Prefeitura Municipal de São José.

A presente pesquisa se justifica pela importância que tanto as empresas públicas ou privadas como também os órgãos públicos têm dado As questões relativas à responsabilidade social.

0 acesso A informação de boa qualidade é um pré-requisito para o exercício da cidadania, condição esta essencial para que os problemas socioeconómicos sejam debatidos e resolvidos no convívio democrático entre os diferentes grupos sociais.

(12)

As entidades têm a responsabilidade e o dever de comunicar com exatidão os dados de suas atividades através de instrumentos de evidenciação, como é o caso do Balanço Social. Tal instrumento (BS) de gestão e de informação visa transmitir, da forma mais transparente possível, informações econômicas e sociais aos mais diversos usuários.

Nos países desenvolvidos, as empresas introduzem variáveis sociais nos critérios de

gestão e desenvolvimento. "Na França, as empresas com mais de 750 empregados são legalmente obrigadas a divulgar o balanço social." (Silva e Freire; 2001, p.I4).

Os órgãos públicos, principalmente as prefeituras, sentiram-se na mesma situação das empresas quanto ao fato de demonstrarem aquilo que está sendo investido no social. Cada vez mais os cidadãos/contribuintes exigem uma maior transparência orçamentária e demonstração dos resultados atingidos através da aplicação dos impostos arrecadados e demais contribuições.

Partindo na frente dos demais é que a Prefeitura Municipal de São José/SC divulgou em maio/2002 seu primeiro Balanço Social. Tomando consciência desta importância. outras prefeituras aceleraram o passo e divulgaram também seus balanços sociais, como foi o caso da Prefeitura Municipal de Florianópolis/SC, que apresentou a seus munícipes o BS em dezembro/2002.

Desta forma, percebe-se que é cada vez maior a preocupação em mostrar os projetos e

obras sociais realizados a todos aqueles que se utilizam da informação contábil, sejam eles executores ou receptores.

Com a finalidade de se mostrar o quão importante é a divulgação do Balanço Social por

Órgãos Públicos, o que lhes confere uma maior transparência orçamentária, faz-se necessária

uma pesquisa sobre o tema a ser abordado.

(13)

13

Gil (1999, p.73) salienta que "o estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir conhecimentos amplos e detalhados do mesmo, tarefa praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamentos considerados".

Cervo e Bervian (1983, p. 55) definem a pesquisa bibliográfica como a que "explica um problema a partir de referencias teóricas publicadas em documentos. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Ambos os casos buscam conhecer e analisar as contribuições culturais ou cientificas do passado existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema".

0 presente trabalho pretende, pois, mostrar a importância da divulgação do Balanço Social para e por órgãos públicos, apresentando como exemplo o caso da Prefeitura Municipal de Sao José.

(14)

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 RESPONSABILIDADE SOCIAL

A responsabilidade social pressupõe o reconhecimento da comunidade e da sociedade

como partes interessadas na organização, com necessidades que precisam ser atendidas.

Segundo Tinoco (2001, p. 116), "responsabilidade social significa, ainda, a

responsabilidade pública, ou seja, o cumprimento e a superação das obrigações legais decorrentes

das próprias atividades e produtos da organização. É também o exercício da sua consciência

moral e cívica, advinda da ampla compreensão de seu papel no desenvolvimento da sociedade -. 0 progresso econômico e a emergência das grandes empresas — sejam elas públicas ou

privadas — são as origens de uma revisão no que tange à finalidade da atividade social. Isso pode

ser explicado através da visão de Herbert de Souza, o Betinho, citado por Tinoco (2001, p. 13):

As empresas, pablicas ou privadas, queiram ou não, são agentes sociais no processo de desenvolvimento. A dimensão delas não se restringe apenas a uma determinada sociedade, cidade, pais, mas no modo em que se organizam e principalmente atuam, por meio de atividades essenciais.

Cada vez mais a sociedade civil e empresarial mostra-se preocupada com o bem-estar

social.

Neste novo milênio que se inicia a responsabilidade pública das organizações deverá

atender aos anseios da comunidade, que clama por programas e ações conscientes, que

modifiquem o quadro de exclusão social que existe no pais.

No Brasil, as primeiras mudanças de mentalidade empresarial podem ser notadas desde

(15)

IS

Já em 1965, Silva e Freire (2001, p.15) relatam a aprovação da "Carta de Princípios do Dirigente Cristão de Empresas, considerado um marco histórico incontestável do inicio da utilização da expressão responsabilidade social diretamente associada As empresas e da própria relevância do tema relacionado à Ação Social das empresas no pais -, na qua( se salienta a consciência de que -as crises e tensões do mundo contemporâneo devem-se a que as instituições econômico-sociais vigentes se afastaram dos princípios cristãos e das exigências da justiça social e que os antagonismos de classe, os aberrantes desníveis econômicos, o enorme atraso de certas Areas do pais decorrem, em parte, de não ter o setor empresarial tomado consciência plena de suas responsabilidades sociais".

A discussão em torno da atuação social das empresas e da construção de uma ética empresarial acabou tendo consequências concretas, ou seja, muitas empresas, privadas e públicas, começaram a investir em Areas sociais. Tanto que a cada ano centenas de novos projetos transitam pelas Câmaras Municipais, demonstrando que entidades públicas também estão tomando consciência da responsabilidade social. Necessidades básicas como educação, lazer. alimentação, cuidados com os idosos, entre outros, são preocupações constantes da maioria das prefeituras municipais do pais.

2.2 BALANÇO SOCIAL NO BRASIL

Com o aumento significativo de novas ações e discursos a respeito da Responsabilidade Social, surgiu à necessidade e o interesse em torná-las públicas, ou seja, dar maior publicidade As

ações sociais e ambientais realizadas pelas empresas.

(16)

Relatórios de Atividades Sociais. Posteriormente, alguns evoluiram em forma e conteúdo e — em uma clara alusão ao balanço contábil e financeiro da empresa — começaram a receber a denominação, que vem tornando-se cada vez mais usual nos últimos anos, de Balanço Social".

De maneira muito simples, Balanço Social pode ser definido como um instrumento colocado nas mãos dos empresários para que possam refletir, medir e sentir como vai a sua

empresa, o seu empreendimento, no campo social. Por meio dele, a empresa mostra o que faz por seus empregados e dependentes e pela população que recebe sua influência direta. E uma forma

de dar transparência as suas atividades, tendo em vista a melhoria da qualidade de vida da sociedade. E, ainda, um mecanismo de construção de vínculos mais estreitos entre empresa e sociedade.

Para ludicibus (2000, p. 31), "o balanço social tem por objetivo demonstrar o resultado na interação da empresa com o meio em que está inserida".

No ano de 1984, segundo Silva e Freire (2001, p. 20),

"foi publicado, de maneira completamente voluntária, o primeiro relatório de cunho social de uma empresa brasileira: o Relatório de Atividades Sociais da Nitrofértil, empresa Estatal que se situava no Estado da Bahia. Esse documento tentava dar publicidade as ações sociais realizadas e ao processo participativo desenvolvido na empresa durante aquele período. 0 documento recebeu o nome de Balanço Social da Nitrofertil.

Esse balanço social é considerado o primeiro documento brasileiro do gênero a carregar essa denominação. Nesse mesmo período foi publicado o Relatório de Atividades Sociais do Sistema Telebrás. Seis anos após a publicação do Balanço Social da Nitrofértil, foi à vez do BANESPA — Banco do Estado de Sao Paulo, publicar o denominado Balanço Social do Banespa, divulgando as ações sociais por ele realizadas".

Com a intenção de alertar a sociedade quanto à necessidade de divulgação do Balanço Social no Brasil, o sociólogo Herbert de Souza criou o Programa "Empresa Pública e Cidadã", conforme artigo publicado no Jornal Folha de Selo Paulo, em 26 de março de 1997. Essa

(17)

17

um maior engajamento e participação na promoção de melhoria das condições de vida da população e superação da pobreza.

Foi então que, no finai da década de 90, diversas organizações começaram de maneira ostensiva a debater o tema e passaram a realizar seminários, pesquisas, palestras e cursos sobre

Balanço Social.

2.2.1 Legislação

sobre

Balanço

Social

Os diversos movimentos relacionados ao tema realizados em 1997

motivaram a então deputada federal pelo Partido dos trabalhadores (PT) do Estado de São Paulo, Marta Suplicy, a apresentar na Camara dos Deputados, em maio do mesmo ano, o Projeto de Lei n°. 3.116/97, que versava sobre Balanço Social e responsabilidade das empresas no Brasil. Esse projeto visava tornar obrigatória, para todas as empresas com mais de 100 (cem) funcionários, a divulgação anual de Balanço Social, conforme diversos critérios especificados no texto e tomando por base o modelo francês de balanço social. (Silva e Freire, 2001, p. 27).

A justificativa apresentada no projeto acrescenta que:

elaborar o Balanço Social é um estimulo à reflexão sobre as ações da empresa no campo social. 0 Balanço Social estimulará o controle social sobre o uso dos incentivos fiscais e outros mecanismos de compreensão de gastos com trabalhadores. Ajudará na identificação de políticas de recursos humanos e servirá como parâmetro de ações dos diferentes setores e instâncias da empresa, no campo das políticas sociais.

Alem disso contribuirá, fundamentalmente, como encorajamento crescente participação das empresas na busca de maior desenvolvimento humano e vivência da cidadania (Silva e Freire, 2001, p. 27).

Este projeto foi arquivado sem chegar a passar pelas comissões necessárias para sua total tramitação e posterior votação no plenário.

(18)

apresentados, o que merece maior destaque foi o realizado na cidade de São Paulo, pela vereadora Aldaisa Sposati (Silva e Freire, 2001, P. 29).

Aprovado em 23 de outubro de 1998, o Projeto n°. 39/97, citado por Freire e Silva (2001, p. 29),

cria o dia e o "Selo Empresa Cidadã do Município de São Paulo", transformou-se na Resolução n°. 05/98, que estabelece, em nível

municipal, 25 de outubro como o "Dia da Empresa Cidadã", concedendo um selo/certificado para toda empresa que apresentar qualidade em seu balanço social anual. Essa resolução também constituiu uma comissão para dar encaminhamento aos trabalhos, especificar um modelo de BS e

julgar as empresas merecedoras do citado selo. em meados de 1999, o

processo encontrava-se em fase de implementação. Em outubro de 1999, 25 (vinte e cinco) empresas receberam o selo.

A justificativa do Projeto menciona a seguinte questão, relacionando os problemas nacionais e a possibilidade de o BS ser um instrumento de transformação da sociedade:

0 Brasil é um pais profundamente desigual e, por que não dizer, injusto.

(...) Transformar esta realidade não é obrigação exclusiva do Estado. As empresas paulistanas, dentro do conceito de cooperação e da solidariedade, devem assumir um papel de destaque na transformação social da cidade. O artigo 170 da Constituição Federal já define que 'a

ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: (...) VII — redução das desigualdades regionais e sociais'.

E dentro destes princípios que se insere a criação do Dia da Empresa

Cidadã e do Selo da Empresa Cidadã (...). 0 Balanço Social... é o

instrumento pelo qual as empresas demonstram através de indicadores o cumprimento de sua função social.

O Balanço Social é composto por indicadores que demonstram não só a responsabilidade social da empresas e seus investimentos com seus

funcionários, mas também com a comunidade em que a empresa interage. (Freire e Silva, 2001, p. 29).

(19)

2.2.2 Como se elabora o Balanço Social

Tinoco (2001, p. 36) salienta que "nos países onde o capitalismo está mais desenvolvido, várias empresas já vêm consagrando o balanço social como instrumento de gestão e de informação. Essas empresas divulgam normalmente informação econômica e social a seus trabalhadores e à sua comunidade, pois sua estrutura não é posta em causa".

Não existe ainda no Brasil uma regulamentação a respeito de como deve ser elaborado e publicado o balanço social. Cada entidade publica aquilo que julga relevante tanto para o público interno quanto para o externo. 0 que existe são propostas para elaboração e publicação do balanço social, como por exemplo, o balanço social desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE), como veremos mais adiante.

Para Tinoco (2001, p. 38), "o Balanço Social procura utilizar ao máximo os indicadores disponíveis esparsos pela empresa — na verdade, sua função é reunir esses indicadores, dar-lhes um tratamento adequado, em termos de disclosure (transparência), e a gama de informações que comporta pressupõe a cooperação de vários departamentos e a colaboração de numerosos funcionários encarregados de coletar os dados de base".

Reforça ainda que a elaboração do balanço social comporta duas fases:

- na primeira, o responsável designado para elaborá-lo deve promover e coordenar a concepção do documento. 0 escopo, os meios, os objetivos a serem alcançados são definidos e planejados visando a sua elaboração;

- a segunda fase compreende a execução do trabalho planejado, após os ajustamentos de rotinas em que os indicadores e as fontes de informação já foram previamente definidos.

(20)

2.2.3 Balanço Social proposto pelo IBASE

Este importante documento supõe urn ll•nplo processo participativo que envolva a comunidade interna e externa e deve apresentar os projetos e ações sociais e ambientais efetivamente realizados pela empresa. Sua simplicidade é extremamente conveniente para estimular empresas à sua preparação, alem de ser altamente funcional como elemento para julgamento do mérito relativo ao recebimento do selo do "Balanço Social" do lbase. (site:

http://www.balançosocial.org.br ).

A empresa que realizar e publicar seu balanço social, utilizando este modelo mínimo sugerido pelo lbase, recebe o direito de utilizar o Selo Balanço Social lbase/Betinho

em seus

documentos, relatórios, papelaria, produtos, embalagens,

site

etc.

O Selo lbase/Betinho não é fornecido as empresas de cigarro/fumo, armas de fogo/munições, bebidas alcoólicas ou que estejam comprovadamente envolvidas com a exploração do trabalho infantil.

O Balanço Social pode ser apresentado como complemento a outros tipos de demonstrações financeiras e socioambientais, ou publicado isoladamente em jornais e revistas. devendo ser amplamente divulgado entre funcionários, clientes, fornecedores e sociedade. Pode ser acompanhado de outros itens e de informações qualitativas (textos e fotos) que as empresas julguem necessfirios.

(21)

21

• etinho

Balanço Social Anual

/ 2004

Empresa: inve‘lbessbr

1 - Base de Calculo . • 2004 Valor (Mil reais)

Receitaliquida(RL)

/ 10

03 Valor ( m II reais)

Resultado operacional (RO) Folha de pagarrento bruta )FPS)

2 - Ind icadores Sociais Internos

Alimentação

Valor (mil) %sobre FFIB %sobre RL Valor (mil) %sobre FPB %sabre AL

Encargos sociais con-pulsórios Previdência privada Satide

Seguralça e madicina no Irabalho Educação

Cattra

Capacitação edmenvolvimento profiss anal Creches ou auxilio -creche

Participação nos lucros ou resultados Outros

Total - Indicadores socials Internos 3 • Indicadores Sociais Externos

Educação

Valor (mil) %sobre RO °I. sobre AL Valor (mil) %sobre RO %sobre RI

Cult ura Sadden saneament o Esporte

Combate A tome e segurança ail/nor-4a Outros

Total das contribulgoes para a so ciedade Tributos (exclui dos encargos socials)

Total - IndIcadores socials externos

4 - Indicadores Ambfentais Valor (mil) %sobre RO %sobre RI Valor (mil) °A, sobre RO %sobre AL Investiment os relabonados corn a produção/ op eração da empresa

Investimentos em programs e/ouprojetos externos

Total dos investimentos em meio amb lent e

Quanto ao estabeleornento de" met as anuais" para rninirrizar ( j não

possa rnatas ( ) currpre de 51a 75% ( ) residues. o consurno ern geral na prod ução/ op viação e aumentar

cumpre de 0 a50% ( ) curry re de 76 a 100% a eficácia nautinzar,So de rect,rsos nattrae a empresa

5 . Indicadores do Corpo Funcional

N. de empregados(as) ao final do periodo

( ) não possui maim ( ) cuttpre de 51a 75% ( ) cumpre de 0 850% ( ) currpre de 76 800%

N. de acIrnssties arante o periodo N . de empregados(as) terceirizaclos(as) N' de estagiados(as)

N. de empregados(as) acima de 45 anos NI" de mulheres que trabalharn na empresa %de cargos de chefia ocupados por mulheres N. de regros(as) que trabalham re errpresa %de cargos de chefia ocupados por negros/mi

(22)

& - Informao0es rolevantes quanto ao exercicio da cidadania

empresarial

2004

0

Metas 2005

0

Relação entre a maior e a menor remuneração no empresa

Nõmero total de acidentes de trabalho 0 0

( ) direção Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram

definidos por

( ) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as)

( ( direção ( ) direção e gerências

( ) todosiast empregadosjas) ( ) direção e

Os pradrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho gerências foram definidos por:

( ) todos(as) empregados(as)

( ) todos(as) + Cipa

( (direção e gerências

l' ) todos(as) empregados(as)

( ) todos(as) + Cipa ( ) não se

Quanto a liberdade sindical, ao direito de negociação coletira e 6 envolve representação interna dos(as) trabalhadores(as). a empresa:

( ) segue as normas da OIT

( ) incentive e segue a OIT

( ) não se envolverá

( ) seguird as normas da OTT

( ) Incentive:a e seguira a Off ( )direção

A previdência privada contempla:

( ) direção e gerências

( )todos(as) empregados(as)

( )direção ( ) diregão e gerências

( )todos(as) empregados(as)

( ) direção A participação dos lucros ou resultados contempla

( ( direção e

gerências

( )todos(as) empregados(as)

( ( direção ( ( direção e gerências

) )todos(as) empregados(as) Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de ( ) não são

responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa: considerados

( ) são sugeridos

( ) são evigidos ( ) não serão considerados

( I serão sugeridos

( ) serão exigdos Quanto a participação de empregados(as) em programas de trabalho ( (não se

voluntário, a empress: envolve

( ) apOia ( ) organiza e incentiva

( ) não se envolverá

( I apoiara 1 organizara e

Incentnera

Número total de reclamações e orifices de consumidores(as): na empresa no Procon na Justiça ,

na empresa no Procon na Justiça % de reclamações e criticas atendidas ou solucionadas: na empresa no Procon na Justiça na empresa

%

no Procon na Justiça Valor adicionado total a distribuir (ern mil R$): Em 2004: Em 2003:

DistribuiçãiTdo Valor Adicionado (OVA): % governo % colaboradores(as) % governo % colaboradores(as)

7 • Outras Informaeees

Quadro I: Balanço Social proposto pelo IBASE Fonte: http://www.balaneosocial.org.br

Embora o balanço social como proposto pelo Ibase apresente uma memória bienal de alguns indicadores sociais relevantes, o conteúdo de informações que ele disponibiliza é bastante

restrito ao que seria necessário em um relatório sobre capacitação e performance dos recursos

humanos, cujas informações viriam a ser empregadas como ferramenta destinada a incrementar a competitividade empresarial no que tange as informações do pessoal empregado. No entanto, sua simplicidade é extremamente conveniente para estimular empresas a sua preparação.

2.3 BALANÇO SOCIAL EM ÓRGÃOS PÚBLICOS

Segundo Giacomoni (1996, p. 22), `"A medida que cresce o nível de renda em países industrializados, o setor público cresce sempre a taxas mais elevadas, de tal forma que a

(23)

13

econômico do pais". Devido a esse e outros fatores é que a população exige cada vez mais uma maior e melhor prestação de contas por parte dos Órgãos Públicos.

Desta forma, muitas prefeituras no pais viram-se obrigadas a divulgar anualmente um relatório que evidenciasse as receitas, as despesas, os investimentos, os projetos sociais, en fim. do município onde são contribuintes. Tais prefeituras encontraram no Balanço Social a melhor maneira de demonstrar Transparência Orçamentária de forma clara e concisa a todos os usuários. sejam eles internos ou externos.

Para esclarecer um pouco mais o orçamento público, cita-se o conceito de Angélico ( 1971. p. 20), que diz:

uma das atribuições do Poder Legislativo é a de aprovar, anualmente, pianos de custeio e de ampliações das redes de serviços públicos, de investimentos, de inversões financeiras e de transferência de recursos para outras entidades; os referidos pianos são elaborados por órgaos técnicos do Poder Executivo visando as metas a serem atingidas pelos Ministérios ou Secretarias de Estado; em cada repartição, a importância

que lhe corresponde é classificada em grupos distintos de despesas, denominados Categorias Econômicas.

Projetos bem elaborados e políticas econômicas transparentes fizeram com que algumas prefeituras ganhassem destaque em âmbito nacional, como é o caso da Prefeitura Municipal de São José/SC, primeira prefeitura do pais a divulgar o Balanço Social.

2.3.1 Prefeitura Municipal de São José

Através de pequenas parcerias e um pouco de boa-vontade, empresas públicas e privadas,

órgãos públicos e entidades de classe podem e devem evidenciar tudo aquilo que têm feito para melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos ou clientes.

(24)

aquilo que esta sendo investido no município, o Prefeito Municipal de São José/SC, Dário Elias Berger (BS 2001/2002, p. 03), diz que:

o Balanço Social da PMSJ foi elaborado com base nas informações administrativas, contábeis, financeiras e sociais em 2000 e 2001 e inclui pesquisas relativas ao nível de satisfação dos Recursos Humanos e

Contribuintes.

Nos últimos anos, So José vem crescendo em ritmo acelerado,

investindo em vários setores que estão mudando seu perfil urbano e

social.

Obras importantes foram realizadas, como a Policlínica Sao José, o novo Centro Administrativo, a Avenida das Torres e o Calçadão da Avenida Central do Kobrasol, alem de novas escolas, creches e postos de saúde. Outras ainda estão sendo implantadas. como a Beira Mar de São José. que vai melhorar o tráfego e transformar a area em grande espaço de lazer para a população.

Mas não é só em obras que a Prefeitura investe; na Area Social desenvolveu e implantou diversos programas sociais, como o Projeto Criança 21, Saúde na Familia, o Centro de Convivência do Idoso e a Cidade da Criança, resultando em melhoria na qualidade de vida da população.

Com a elaboração do seu primeiro Balanço Social, Sao José. uma cidade próspera e promissora, espera contribuir para a consolidação desta prática nas instituições públicas e privadas.

Percebe-se que tanto o Estado quanto os órgãos de classe e municípios de Santa Catarina estão preocupados em mostrar à população seu desempenho no campo social. Foi o caso da Prefeitura Municipal de Sao José/SC (PMSJ/SC) e da Prefeitura Municipal de Florianópolis/Se (PMF/SC).

(25)

15

3 ANALISE DO BALANÇO SOCIAL DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SAO

Jo

st

0 Balanço Social da Prefeitura Municipal de Sao José foi elaborado com base nas

informações administrativas, contábeis, financeiras e sociais de 2000 e 2001, com o intuito de

demonstrar com maior transparência aos usuários, internos e externos, da informação contábil.

em especial ao cidadão/contribuinte, os investimentos nos mais variados setores que mudaram e

estão mudando o perfil urbano e social da cidade de Sao José.

Segundo o prefeito de São José, Dario Elias Berger, com a elaboração de seu Balanço

Social, São José espera contribuir para a consolidação desta prática nas instituições públicas e

privadas.

3.1 0 MUNICÍPIO

Com uma população superior a 170 mil habitantes, o município de Sao José possui 99.5%

de suas casas com água encanada, 99,5% das crianças em creches e escolas, 75% das casas com

coleta de lixo diária, além de um crescente número de casas populares. Com isso, o município

passou da 30' posição, no ranking municipal de desenvolvimento social de 1999, para a 24"

posição em 2000 — Balanço Social 2001 da PMSJ/SC. (Fonte: Secretaria de Desenvolvimento

Urbano da PMSJ).

Segundo estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada — IPEA, a

cidade tem hoje 17% de sua população formada pelas classes menos favorecidas, considerando

(26)

São José oferece ainda a seus moradores, bem como aos visitantes, uma completa

estrutura de lazer e entretenimento, além de uma sólida base comercial.

3.2 AÇÕES SOCIAIS

3.2.1 Educação

A implantação e ampliação de novas escolas possibilitou um aumento signi ficativo no

número de alunos na rede de ensino do município de São José.

Em parceria com a Universidade do Vale do Itajai — UN! VALI, cerca de 300 professores

foram agraciados com bolsas de estudo para custear seu curso superior de Pedagogia. com

habilitação para séries iniciais e educação infantil.

No período de 1998 a 2001 foram criadas 153 novas salas de aula. Só em 2001, tal

investimento possibilitou a matricula de 19.401 alunos no ensino fundamental, médio, educação

infantil e educação de jovens e adultos, conforme demonstra a tabela 1 abaixo:

Tabela I Ninneros dc Escolas e Alunos

Número de Escolas e Alunos

E nsino Escolas

1997 1998 1999 2000 2001 1997 1998

Alunos

1999 2000 2001

Fundamental 5 5 7 11 11 5036 5803 9806 13002 12582

Médio 1 1 1 1 1 530 585 585 561 585

Educação Infantil 5 5 10 13 15 773 987 2676 3995 3434 Educação Jovens

e adultos

17 20 12 24 - 500 700 1200(1) 2800 (2)

Total 11 28 38 37 51 6339 7875 13767 18758 19401

(1) 1* a 46 Séries - 300 alunos - 5a a 8° Séries - 900 alunos (2) Exames supletivos - 1500 alunos Frequencaal - 1300 alunos

Fonte: Secretaria Municipal de Educação - PMSJ

A implantação e ampliação de novas escolas nos últimos 5 anos possibilitou um aumento

(27)

27

Federal novos projetos e programas estão sendo criados para melhorar o sistema educacional do município.

3.2.2 Esporte

Dentre vários projetos direcionados ao esporte , destaca-se o projeto "Esporte Escolar" que, em parceria com o SESI, trata da prática desportiva extraclasse, que ocupa o tempo ocioso dos alunos, incentivando-os e desenvolvendo-os esportivamente como complementação ao seu processo educativo. Tem ainda por objetivo descobrir talentos esportivos e manter crianças

e

jovens longe das drogas.

3.2.3 Cultura

Regularmente a Prefeitura Municipal de SA() José tem oferecido cursos de capacitação de professores da Rede Municipal de Ensino para resgate e preservação da cultura popular junto As comunidades.

Festivais artísticos, como a Festa da Cultura Açoriana, têm o objetivo de socialização dos alunos da Rede de Ensino do município e o desenvolvimento artístico, vocal, corporal, entre outras.

3.2.4 Saúde

(28)

Dentre as ações empreendidas destacam-se os programas "Criança 21" e "Programa Saúde da Família". 0 primeiro tem o objetivo de acompanhar a saúde da gestante através do pré-natal e o recém-nato, ainda na maternidade. JA o segundo, promovido pelo Governo Federal, pretende transformar o atual modelo de prevenção e proteção A saúde, promovendo qualidade de vida.

Programas como esses reduziram em muito o coeficiente de Mortalidade no Município de Sao José, como mostra a tabela 2:

Tubela 2: Coeficiente de Mortalidade de io José

Coeficiente de Mortalidade

Ano Coeficiente de Mortalidade

1996 15.9

1997 14,0

1998 15.3

1999 16,1

2000 14,7

2001 8,2

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde - FMSJ

3.2.5 Desenvolvimento Social

Serviços assistenciais para a comunidade local através da distribuição de cestas básicas. atendimento psicológico, medicamentos, material escolar entre outros, tanto para crianças e adultos quanto para idosos, melhoraram consideravelmente a qualidade de vida dos moradores.

Alguns programas merecem destaque:

(29)

29

- Cidade da Criança: tem como objetivo geral articular e integrar as Políticas Sociais Públicas, que garantam os direitos das crianças e adolescentes, conforme preconiza a Lei n°. 8.069/90 Estatuto da Criança e do Adolescente — ECA.

3.2.6 Habitação

Através do Programa Habitar Brasil, cerca de 1.133 famílias de baixa renda, predominantemente na faixa de até três salários mínimos, que residem em aglomerados subnormais, puderam realizar o sonho da casa própria e aumentar sua qualidade de vida.

Atualmente o Programa Habitar Brasil do município de Sao José mantém três subprogramas: Desenvolvimento Institucional de Municípios DI, Urbanização de Assentamentos Subnormais — UAS e Projeto Morar Bem I. 0 valor do investimento para a realização dos subprogramas foi estimado em mais de 10 milhões de reais.

3.2.7 Urbanismo, Transporte e Obras

(30)

3.2.8 Meio Ambiente e Educação Ambiental

Preocupada com o futuro do Meio Ambiente. a Prefeitura Municipal de Sao Jose construiu a Escola Municipal do Meio Ambiente, com area aproximada de 35 hectares, que tem como finalidade oferecer uma série de atividades ligadas ao desenvolvimento da consciência ecológica dos cidadãos josefenses, principalmente das crianças da rede escolar estabelecida no

município.

Destacam-se também projetos na agropecuária e na pesca, como por exemplo:

- Projeto Agricultura Orgânica: plantação de produtos hortifrutigranjeiros sem a utilização de agrotóxicos;

- Projeto Maricultura: incentiva o cultivo de moluscos (mariscos e ostras), criando assim uma alternativa profissional As comunidades pesqueiras tradicionais.

3.3 DEMONSTRAÇÃO DA GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE RIQUEZA

(31)

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAO JOSE DEMONSTRAÇÃO DA GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE RIQUEZA

CALCULO DO VALOR ADICIONADO 2001 AV 2001 2000 AV 2000

1 Receitas Orçamentarias 87.579.381 76.868.333

1.2 Receita Prápia 24.620.543 28,11% 30.546.968 34,88%

1.3 Transferências 56.233.649 64,21% 42.552.579 48,59%

1.3.1 Constitucionais 52.966.464 60,48% 39.559.495 45,17%

1.3.2 De Convénios 3.267.184 3,73% 2.993.084 3,42%

1.4 Receitas de Capital 5.724.491 6,54% 3.240.587 3,70%

2 Insumos adquir idos de terceiros 15.667.026 17,89% 11.203.436 12,79%

2.2 Serviços de Terceiros e Encargos 15.667.026 11.203.436 3 Valor da Riqueza Bruta 11-21 71.912.355 65.664.897 4 Valor da Riqueza Recebida em Transferência 1.000.698 5213.199

4.1 Receitas Financeiras 1.000.698 1,14% 528.199 0,60%

5 Valor da Riqueza Liquida [3+4] 72.913.054 83,25% 66.193.095 75,58% 6 Distribui9So da Riqueza

6.1 Pessoal e Encargos 30.391.907 34,70% 25.513.895 29,13% 6.2 Função de Governo

6.2.1 Legislativo 270.705 0,31% 137.860 0,16%

6.2.2 Administração e Planejamento 1.967.080 2,25% 5.301.063 6,05%

6.2.3 Saúde e Saneamento 4.544.414 5,19% 7.161.855 8,18%

6.2.4 Educação e Cultura 10.390.281 11,86% 8.949.458 10,22%

6.2.5 Indústria, Comércio e Serviços 165.775 0,19% Bloc 0,09%

6.2.6 liabitagioe Urbanismo 3.723.394 4,25% 1.698.309 1,94%

6.2.7 Agricultura 66.577 0,08% 26.614 0,03%

6.2.8 Segurança pública 75.703 0,09% 153.132 0,17%

6.2.9 Desenvolvimento Regional 164.432 0,19% 130.387 0,15%

6.2.10 Trabalho 554.047 0,63% 511.428 0,58%

6.2.11 Assistência e Previdência 2.926.960 3,34% 3.658.785 4,18%

6.2.12 Transporte 13.525.926 15,44% 10.506.097 12,00%

6.3 Divida Interna 3.227.109 3,68% 2.060.111 2,35%

6.4 Superavit do Exercício 918.742 1,06% 302.059 0,34%

Total do Valor Adicionado Distribuido 72.913.054 83,25% 66.193.095 75,58%

Tabela 3: Demonstração da Geração e Distribuição de Riqueza

Fonte: Secretaria Municipal de Finanças da PMSJ.

Pode-se observar que houve um aumento significativo no valor adicionado distribuído do ano de 2000 para o ano de 2001. 0 valor da riqueza gerada pelo município também apresentou no ano de 2001 um superávit em relação ao ano anterior.

3.4 CAPITAL HUMANO

Em 2001, a Prefeitura Municipal de São José dispôs de um total de 2.139 funcionários para atendimento dos munícipes. Destes, 43 exerciam cargo de Direção, 92 atuaram em cargo de chefia e 2004 funcionários em cargo operacional.

(32)

"821

85 92 38 43

1

Operacional Chefia Direção Total

2000 • 2001

Divisão por Sexo em 2000

l-lorrens Mulheres

Divisão por Sexo em 2001

31

°

X,

4

110

69%

• Homens Mulheres Do total de efetivos. aproximadamente 1/3 dos cargos são ocupados por mulheres.

Tabela 4: Nível de Escolaridade dos efetivos da PrvISJ.

Nível de Escolaridade dos Efetivos

Escolaridade 2001 Operacional

Até 4" Sane 208

1" Grau 145

2" Grau 871

Superior 780

Total 2004

Escolaridade 2000 Operacional Até 4° Série

1° Grau

2° Grau Superior

Total

Fonte: Recursos Humanos

-

PmSJ

Quanto à faixa etária, 49% dos efetivos têm faixa de idade compreendida entre 24 e 39 anos e os restantes 41%, compreendida entre 39 e 64 anos.

0 nível de escolaridade dos efetivos da Prefeitura municipal de São

José

esta demonstrado na tabela 4 abaixo:

Chefia Direção Total

5 1 214

9 1 155

41 5 917

37 36 853

92 43 2139

Chefia Direção Totei

325 5 1 331

175 10 0 185

763 39 3 805

558 31 34 623

(33)

33

3.4.1 Avaliação de Satisfação do Capital Humano da Prefeitura Municipal de Sic, José

Em dezembro de 2001, a Prefeitura Municipal de Sao José tomou a decisão inédita de fazer uma pesquisa para saber o que os seus funcionários pensavam dos benefícios e das conduções de trabalho que lhes eram proporcionados.

A intenção da PMSJ foi ter uma primeira referência sobre a percepção de seus

funcionários em relação As condições físicas e ambientais de trabalho, comunicação interna,

satisfação pessoal e benefícios sociais.

A metodologia adotada foi desenvolvida pela ProP.

De.

Fátima de Souza Freire, da Universidade Federal do Ceara, e consistiu na aplicação de uma enquete, na qual os funcionários

avaliaram 29 indicadores relativos As condições de trabalho proporcionadas pela PMSJ. conferindo a cada indicador um conceito que expressava seu grau de satisfação.

A quantificação dos indicadores decorrentes da conceituação apontada pelos funcionários reflete-se

numa

pontuação,

em

que o

valor

100 equivale

ao

máximo

do

grau de satisfação

(ótimo), passando por 80 (bom), 60 (regular), 40 (insuficiente) e chegando a 20, valor mínimo

(péssimo). Neste caso, quanto mais distante deste último for a conceituação, melhor é a avaliação que os funcionários fazem sobre as suas condições de trabalho.

Como todas as questões da enquête não têm a mesma importância para averiguação das condições ofertadas pela Prefeitura para a satisfação dos seus funcionários, foi associado um valor de ponderação (peso) a cada um dos indicadores. Tal ponderação foi feita de uma avaliação subjetiva da idealizadora da metodologia adotada. A soma dos pesos do total de indicadores é

100, o que torna relativos e autodependentes os perfis dos indicadores.

(34)

(peso) relativo da questão. Então, a diferença entre o total de ativo e passivo de satisfação mostrou um superávit na mesma, de acordo com os resultados da enquête realizada.

Como para a elaboração do balanço de satisfação do capital humano de 2001 seria necessário o resultado do ano anterior (indisponível), para se fazer um comparativo e avaliar se houve avanço ou retrocesso na atuação social da Prefeitura, conferiu-se um valor de 60 (regular). arbitrário, para todos os indicadores do ano de 2000, obtendo-se um referencial a partir do qual uma comparação pudesse ser efetuada.

Participaram da pesquisa 235 funcionários de todas as Secretarias e Gabinetes da Prefeitura de São José.

Todos responderam de forma voluntária e anônima As questões pertinentes As condições físicas e ambientais de trabalho, atendimento pelo servidor, satisfação funcional e benefícios sociais. Os funcionários tiveram direito a contestações quanto As perguntas efetuadas.

(35)

B alanço da Satisfação da Psefeitula de São José Petiodo 2000.2001

Indicadores de Satisfação dos Funcionários Peso Ano 2000 Ano 2001 E (%) Ativo Satisfação Passivo Satisfação

Ventilação 2 60,00 71,86 0,12 0,24 o

Iluminação 2 60,00 78,21 0,18 0,36 0

Acústica 2 60,00 5523 -0,05 0 0,10

Espaço Físico 2 60,00 60,76 0,01 0,02 o

Equipamentos 2 60,00 55,04 Condições

Moveis 2 60,00 68,27

Físicas e

transporte 2 60,00 64,00

Ambientais

Comunicação 2 60,00 68,15

-0,05 0,08 0,04 0,08 0 0,17 0,08 0,16 0,10 0 0 o Materiais de Expediente 2 60,00 57,49 -0,03 0,00 0,06

Segurança 2 60,00 60,52 0,01 0,01 o

Cumprimneto Horário 2 60,00 74,66 0,15 0,29 o Pretadores de Serviços 2 60,00 76,28 0,16 0,33 o

Colegas do Setor 4 60,00 80,17 1:1,20 0,81 13

Colegas extra-setor 3 60,00 71 ,81 0,12 0,35 0

Atendimento Chefia Imediata 4 60,00 81,30 0,21 0,85 o

do Servidor Chefia Intermediária 3 60,00 77,48 0,17 0,52 0

Chefia Superior 2 60,00 77,60 0,18 0,35 0 Realização de tarefas 3 60,00 88,19 0,28 0,85 0

Normas, Regulamento,

Procedimentros 2 60,00 79,30 0,19 0,39 0

Comunicação intra-setorial 2 60,00 72,14 0,12 0,24 o Comunicação extra-setorial 2 60,00 61.32 0,01 0,03 0 Satisfa ão ç Possibilidade Tomada de

Funcional Decisfies 3 60,00 58.43 -0,02 o 0,06

Pontualidade Pagamento

Salários 7 60,00 93,68 0,34 2,36 0

Remuneração e 60,00 61,82 0,02 0,15 0

Reajuste 7 60,00 55,25 -0,05 0 0,35

Recreação/Desportos 4 60,00 45,55 -0,14 0 0,56

I d n icadores Cursos/Treinamentos a 60,00 54,87

Pianos de Saúde 8 60,00 49,16 Sociais

Eventos 4 60,00 59,04

-0,05 -0,11 -0.01 0 0 o 0,40 0,88 0,04

Grau de Satisfação dos Funcionários (USF) 8,55

Grau de Insatisfação dos Funcionários (USF) 2,55

Superavit no Grau de Satisfação dos Funcionários da Prefeitura (USF) 6,00

Total 8,55 am

Tabela 5: Balanço da Satisfação da PMSJ. Fonte: Gabinete de Planejamento da PMSJ.

A partir dos indicadores de satisfação dos funcionários do biênio 2000-2001. a enquête

realizada permite averiguar primeiro a porcentagem de avanço ou retrocesso de satisfação do

funcionário em relação a cada indicador (E%).

Pela utilização dos pesos relativos a cada indicador pode ser determinada a existência de

um Ativo ou Passivo de Satisfação Social dos funcionários em relação às condições de trabalho

ofertadas pela Prefeitura de São Jose. 0 resultado. 8,55 USF - 2.52 USF. deixa hem cla z

existência de um superávit na avaliação dos funcionários das condições de trabalho ofertadas pela

Prefeitura de São José.

(36)

93,68 88 19

80,17 81,30

79,30

80 78,21 68,27 68,15 72,14

60,76

74,66

61,82

55,25 64'87 69 '04

61,32

64,00

58,43 57,49

55,23 65,04

9,16

40 46,55

76,28 77,48 77 ' 60 71,81

60,52

60 71,86

Grau de Satisfação dos Funcionários, em dezembro de 2001.

100

20

O

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

1. Ventilação 11. Currprimento horário 21. Corrunicação Extra-setorial 2. Ilurrinagão 12. Prestadores de Serviços 22. Possibilidade Tornada de Decisões 3. Acústica 13. Colegas do Setor 23. Pontualidade Pagarrento Salários

4. Espaço Fisico 14, Colegas Extra-setor 24. Remuneração 5. Equiparrentos 15. Chefia 'mediate 25. Reajuste

6. Atveis 16. Chefia Interrrediária 26. Recreação/Desportes 7. Transporte 17, Chefia Superior 27. Cursos/Treinarrentos 8. Corrunicaçâo 18. Realização de Tarefas 28. Ranos de Saude 9. Materiais de Expediente 19. Norrnas, Reg., Procedirrentos 29. Eventos 10. Segurança 20. Corrunicação Intra-setorial

Gráfico 1: Grau de Satisfação dos funcionários em dezembro 2001 da PN1S1. Fonte: Gabinete de Planejamento da PMSJ.

Pode-se observar que o maior índice de satisfação recaiu sobre a pontualidade no pagamento dos funcionários, enquanto os menores indices incidiram sobre a oferta de recreação/desportos aos funcionários e em relação aos planos de saúde.

De modo geral, a percepção dos funcionários sobre suas condições de trabalho é que elas são boas.

3.4.2 Avaliação da Satisfação dos Usuários do Centro de Atendimento da Prefeitura de

Sao José

(37)

37

Centro de Atendimento, dando-lhes assim direito A voz. A intenção era fazer uma prospecção do nível de atendimento que estava sendo efetuado aos munícipes, buscando descobrir qualidades e falhas, a partir dos quais poderia se desenvolver estratégias para melhoria dos serviços ofertados.

A metodologia adotada foi a mesma aplicada na Avaliação da Satisfação do Capital Humano da Prefeitura Municipal de São José.

Como para a elaboração do balanço de satisfação dos munícipes com o seu atendimento relativo ao ano de 2001 seria necessário o resultado do ano anterior (indisponível), para se fazer

um comparativo e avaliar se houve avanço ou retrocesso no nível de funcionabilidade do Centro de Atendimento da Prefeitura, conferiu-se um valor arbitrário de 60 (regular) para todos os indicadores no ano de 2000, obtendo-se um referencial a partir do qual uma comparação pudesse ser efetuada.

Na primeira pesquisa de opinião da Prefeitura de Sao José, foram ouvidos 238 cidadãos que necessitaram de algum tipo de serviço proporcionado pelo Centro de Atendimento no mês de dezembro de 2001.

Todos responderam de forma voluntária e anônima As questões pertinentes aos serviços oferecidos pelo Centro de Atendimento. Os munícipes tiveram direito a contestações quanto As perguntas efetuadas.

(38)

Indicadores de Atendimento ao Munícipe Peso Ano 2000 Ano 2001 E (°,4 4 4 4 4 4 10 10 10 10 10 10 10 10 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 84,79 66,51 88,44 78,52 85,93 87,16 86,64 75,07 77,70 76,15 77,87 66,22 72,28

Grau de Satisfação de Atendimento dos Munícipes (USAM) Grau de Insatisfação de Atendimento dos Munícipes (USAM)

Superavit no Grau de Satisfação de Atendimento dos Munícipes pela Prefeitura (USAM)

Total 18,10

Ativo Passivo

Satisfaciio Satisfa0o

0,25 0,99 0

0,07 0,28 0

0,28 1,12 0

0,19 0,76 0

0,26 1,04 0

0,27 2,70 0

0,27 2,70 0

0,15 1,50 0

0,18 1,80 0

0,16 1,60 0

0,18 1,80 0

0,06 0,60 0

0,12 1,20 0

18,10

0,00 18,10 18,10 localização da Prefeitura

Estacionamento

Localize* Centro de Atendimento

Recepção Centro de Atendimento Serviços Complementares

InstalagCles Físicas Horário de Atendimento

Rapidez e Agilidade

Tratamento

Orientação e Informação

Profissionalismo Retorno

Qualidade de Serviço Prestado

BALANÇO DO GRAU DE SATISFAÇÃO DOS MUNÍCIPES DE SÃO JOSE

PERÍODO 2000,2001

38

Tabela 6: Balanço do Grau de Satisfação dos Munícipes de Sao José. Fonte: Centro de Atendimento da PMSJ.

Os resultados da pesquisa foram satisfatórios, pois todos os indicadores tiveram valor

acima de 60 pontos, ou seja, a média de opinião dos munícipes foi de boa a ótima para os

serviços prestados pelos funciondrios do Centro de Atendimento.

Grau de Satisfação dos Usuários do Centro de Atendimento em Dezembro de 2001.

100 80 60 40 20

84,79 88,44 85.93 86,64 77,7 77,87 72.28

66,51 78,52 87,16 75,07 76,15 66,22

.1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 1. Localização da Prefeitura 8. Rapidez e Agilidade

2. Estacionamento 9. Tratamento

3. Localização do Centro de Atendimento 10. Orientação e Informação 4. Recepção Centro de Atendimento 11. Profissionalismo 5. Serviços Complementares 12. Retomo

6. Instalações Fisicas 13. Qualidade do Serviço Prestado

7. Horário de Atendimento

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39

Pode-se observar claramente que a maior satisfação dos munícipes é relativa As

instalações do Centro de Atendimento (2,70 de ativo de satisfação), seguida de perto pelo horário de atendimento (2,70). 0 menor índice refere-se ao retorno das informações (0,06).

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4 CONCLUSÃO E SUGESTÕES

4.1 REFLEXÕES FINAIS

Questiona-se, atualmente, se a principal finalidade da existência das empresas é a geração de lucros aos investidores, uma vez que. por meio da lucratividade obtida, geram empregos

diretos e indiretos, pagamentos de tributos e promovem avanços tecnológicos.

Algumas entidades vão além do retorno sobre o capital investido. Assumem compromissos sociais com os funcionários e a sociedade mediante a aplicação de princípios

éticos incorporados A cultura organizacional, que podemos aqui caracterizar como

responsabilidade social.

A ideologia de um compromisso social refletiu-se também nas entidades públicas, que começaram a se preocupar em transparecer ao máximo as arrecadações e investimentos feitos durante o exercício civil. Foi o que aconteceu com a Prefeitura Municipal de Sao José, reconhecida pelo Conselho Federal de Contabilidade como a primeira prefeitura municipal do pais a elaborar e divulgar seu balanço social.

A prefeitura de São José, através de uma forma clara, objetiva e transparente, apresentou A sociedade josefense as ações sociais desenvolvidas nos anos de 2000 e 2001 , com a esperança de que possa contribuir para a consolidação desta prática nas instituições públicas e privadas.

O pesquisador deste trabalho procurou ser o mais isento possível, porém. por ter participado da elaboração e confecção do Balanço Social 2000/2001 de Sao José, não Ode deixar de perceber a preocupação dos gestores em divulgar os resultados financeiros , administrativos e

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0 objetivo geral deste trabalho foi mostrar os investimentos realizados pela prefeitura de Sao José na área social e de pessoal. Espera-se tê-lo atingido quando, no decorrer desta tarefa, foram apresentados os diversos programas, projetos e atividades que a prefeitura de Sao José desenvolveu com o intuito de melhorar a qualidade de vida do povo josefense.

Não preocupada apenas em divulgar seu balanço social, a prefeitura de São José inovou mais uma vez ao apresentar a primeira pesquisa de avaliação da satisfação do Capital Humano realizada pela prefeitura de Sao José. A inédita pesquisa visava saber o que os seus funcionários pensavam dos beneficios e das condições de trabalho que lhes eram proporcionados. Além de pioneira, a iniciativa possibilitou também a elaboração do primeiro balanço da satisfação dos funcionários, conforme apresentado neste trabalho.

Com a preocupação de medir o nível da qualidade dos serviços ofertados aos contribuintes, a PMSJ implementou a primeira pesquisa de opinião junto aos usuários do Centro de Atendimento, dando-lhes assim direito à voz e buscando descobrir qualidades e falhas, a partir dos quais poderia desenvolver estratégias de melhoria.

Recomenda-se que outros estudos sejam feitos a partir deste. A seguir sera() apresentadas sugestões para estudos complementares, a partir deste trabalho.

4.2 SUGESTÕES

Como se pôde observar, é grande a variedade de informações contidas em um balanço social. Desta forma, trabalhos mais específicos voltados à determinada área social, como: educação, saúde, assistência social e outros, poderiam ser mais aprofundados.

(42)

isso,

poder-se-ia

verificar

se determinadas entidades realmente

estão

preocupadas com a

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43

REFERÊNCIAS

ANGÉLICO, João. Contabilidade pública. São Paulo: Atlas, 1971.

Balanço Social Anual / 2004 — IBASE.

Disponível

em : htto://www.balancosociatorg.br .

Acesso em: 17 out 2005.

Balanço

Social CRC/SC — 2001/2002.1 Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina.

Florianópolis: CRC/SC, 2003. 48 p.

Balanço

Social PMSJ — 2000/2001./ Prefeitura Municipal de São José. Sao José: PMSJ/SC, 2002. 44 p.

BEUREN, use Maria (org.). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria

e prática. São Paulo: Atlas, 2003.

CERVO, Amado Luiz & BERV1AN, Alcino. Metodologia cientifica: para uso dos estudantes

universitários. 3. ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983.

G1ACOMONI,

James. Orçamento

público. 6 ed. Revista

e

atualizada. São Paulo: Atlas, 1996.

GIL, Antônio Carlos. Métodos

e

técnicas de pesquisa social. 5. ed. Sao Paulo: Atlas, 1999.

(44)

SILVA, César Augusto Tibúrcio

e

FREIRE, Fatima de Souza. Balanço Social: teoria

e

pratica. São Paulo: Atlas, 2001.

SILVA, Edna 'Ada da

e

MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da pesquisa e elaboração

de dissertação. Florianópolis, UFSC, Programa de Pós Graduação na Engenharia de Produção, 2000.

SOUZA, Herbert de. Empresa Pública e Cidadã. Artigo publicado no Jornal Folha de Silo

Paulo, em 26 de março de 1997.

(45)

45

(46)

ANEXO A

Imagem

Tabela  I  Ninneros dc  Escolas e Alunos
Tabela  3: Demonstração  da  Geração  e  Distribuição  de Riqueza  Fonte: Secretaria Municipal de  Finanças da PMSJ
Tabela 4:  Nível  de Escolaridade dos efetivos da PrvISJ.
Tabela 5: Balanço   da  Satisfação  da PMSJ.
+3

Referências

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