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CURSO DE MONOGRAFIA Ma Helena Diniz

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Academic year: 2019

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Curso ministrado por Maria Helena Diniz no Instituto Internacional de Direito

em 25/08/2012

INTRODUÇÃO

Direito é ciência

Metodologia jurídica: Estudo de técnicas para fazer ciência. • Cientista:

o O cientista é um pesquisador, e deve ser pesquisador participante (tem postura metodológica).

o O cientista deve ter humildade diante da imensidão do conhecimento, deve respeitar a opinião do outro (não criticar! “sobre o assunto, verificar tal obra”; isso fica ruim para o criticante, e não para o criticado) e, por fim, deve ter coragem para ousar! INSTRUMENTOS LÓGICOS DE CONSTRUÇÃO CIENTÍFICA

1) Delimitar o tema

2) Separar as partes do todo

3) Posicionamento filosófico (na graduação não se exige isso, mas no mestrado e no doutorado sim!)

4) Sistematização (colocar em ordem)

5) Coerência no pensamento e n exposição (se falar mal no cap. 1, não pode falar bem no cap. 6)

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA MONOGRAFIA

1. ESCOLHA DO TEMA

• Tema que seja útil na teoria e na prática

o A ciência do direito tem uma função social (ver: função social da

dogmática jurídica, de Tércio Sampaio Ferraz Jr.) – O direito tem que ser útil para a sociedade... as pesquisas servem para ajudar as pessoas!

(2)

• Averiguar se existem fontes para o desenvolvimento do trabalho

• O projeto não vincula. Ele só serve para analisar se você consegue apresentar parâmetros.

2. PROCEDIMENTO NO DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

• Deve-se mostrar conhecimento, por isso inserir toda a pesquisa (por causa da função social da pesquisa). Colocar: “sobre o assunto, consulte também...”

Procurar ineditismo

o Obra não publicada pelo autor o No pode haver autoplágioOriginalidade

o Aquela obra é original, não tirei de lugar nenhum, é a minha pesquisa... mas não quer dizer que é algo que nunca foi feito.

o Originalidade não se refere ao tema, mas sim ao modo como você irá abordá-lo.

Simplicidade e objetividade na redação

o Usar boa linguagem: não precisa escrever difícil, pois quem escreve quer ensinar! Quer atingir o maior número de pessoas...

o Precisa ser coeso e coerente.Argumentações sólidas

o Fundamentação doutrinária, jurisprudencial e legislativa. Não basta achar, tem que provar! O ônus da prova é de quem escreve!

Transição harmoniosa

o Preparar o leito para entrar em parágrafo, item ou capítulo novo.Evitar pronomes pessoais (acho, penso, pensamos...)

o Usar o impessoal... ex: entende-se, sistematiza-se...

Ao citar, não colocar nenhuma titulação (nem “professor”), colocar apenas o nome completo da pessoa.

o Não pode colocar só o prenome, tem que por sobrenome também!Evitar repetições desnecessárias (redundâncias). Só termos

técnicos podem ser repetidos.

TIPOS DE MONOGRAFIA

1) COMPILAÇÃO

(3)

Realiza a pesquisa não apenas bibliográfica, mas também com visitas, entrevistas etc.

• Apêndice = Entrevistas, CDS, dentre outros, são colocados no apêndice.

3) CIENTÍFICA

Levanta uma tese e tudo gira em torno desta ideia.

A monografia não é uma mera pesquisa, tem que ter uma problemática, diante da qual se levantará hipóteses, que serão discutidas (discussão das hipóteses), e uma delas, ou algumas delas, será a solução.

INÍCIO DO TRABALHO: PESQUISA, LEITURA E FICHAMENTO

PASSO 1: ÍNDICE PROVISÓRIO

Ler 1 ou 2 livros sobre o assunto e fazer o índice provisório. • PASSO 2: PESQUISA

Pesquisar em:

• Leis sobre o assunto (também pesquisar projetos de lei, leis nacionais e estrangeiras)

• Doutrinas

o Pesquisar livros sobre o tema e copiar a ficha catalogável o Bibliotecas USP, Tribunais...

o Sebos... • Jurisprudências

• Artigos em revistas (são mais específicos)

Pesquisa de computador não é confiável (a professora Maria Helena Diniz não

permite que seus orientandos tragam pesquisas de internet, pois qualquer um pode escrever lá)

PASSO 3: LEITURA Ler tudo!

Fazer uma

 grade horária e cumprir! Sem disciplina não se chega a lugar algum!

Para isso, é preciso gostar daquilo que faz.

PASSO 4: FICHAMENTO

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PASSO 5: ORGANIZAÇÃO

Depois de ler tudo e fazer os fichamentos, deve-se organizar os assuntos. Para tanto, é preciso adquirir pastas de cores diferentes e catalogar tudo de modo que a cada capítulo corresponda uma cor. Ex: Se o Cap. 1 corresponder à cor vermelha, a pasta vermelha será a do cap. 1, e todos os textos que vc ler que se relacionarem ao assunto deste capítulo, colocar na pasta vermelha... xerocar os textos dos livros/revistas para colocar lá... e colocar nas pastas os fichamentos também!

Lembrar sempre de colocar a ficha catalogável junto do texto! Para evitar plágio, se vc esqueceu de onde uma frase saiu, colocar “sobre o assunto, ler:” (e colocar tudo o que vc leu para escrever aquilo).

FORMATAÇÃO E ESTRUTURA DO TRABALHO

As exigências variam de faculdade para faculdade e de manual para manual.

Na FDSBC, há o manual de monografias da faculdade (disponível no site da faculdade na área do aluno / informações acadêmicas / TCC / manual

https://siteseguro.direitosbc.br/mono/MANUAL_DO_TCC_2009.pdf).

Conforme o manual da FDSBC:

Formatação:

• Fonte do texto : Escolher entre uma ou outra: ─ Times New Roman, tamanho 12

─ Arial, tamanho 11

• Tamanho da fonte das citações e das notas de rodapé : tamanho 10 • Margens :

─ superior – 3 cm ─ inferior – 2 cm ─ direita – 2 cm ─ esquerda – 3,5 cm

─ citação longa – 4 cm da margem esquerda ─ parágrafos – 1,5 cm

• Espaçamento :

─ texto – espaço duplo (2 cm)

─ citações longas (mais de 3 linhas) – espaço simples ─ notas de rodapé – espaço simples

Paginação: a contagem inicia-se a partir da folha de rosto, as páginas pré-textuais são contadas, porém não numeradas, a numeração é colocada a partir da primeira folha textual (Introdução), utilizando-se algarismos arábicos no canto superior direito, os apêndices e anexos são numeração com algarismo romano, reiniciando a contagem. Estrutura:

• Pré-textual: ─ Capa

─ Folha de rosto

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─ Agradecimentos - opcional (profª Maria Helena Diniz disse para sempre colocar o orientador nos agradecimentos)

─ Epígrafe - opcional (é um pensamento sobre o tema) ─ Resumo (1 página, em português)

─ Sumário (conforme a profª Maria Helena Diniz, no sumário, em maiúsculo só nomes próprios e nomes de países / não se coloca verbo em títulos e subtítulos)

• Textual

─ Introdução (conforme a profª Maria Helena Diniz, a introdução pode já ser o cap. 1, pode ter outro título, não precisa ser “introdução”... pode colocar o histórico, natureza jurídica, problematizar o assunto etc)

─ Desenvolvimento (capítulos)

─ Considerações finais (conclusão) (explicou a profª Maria Helena Diniz, que existem 2 tipos de conclusão: (I) ou é uma dissertação genérica; (II) ou é uma conclusão articulada, contendo o resumo de cada capítulo com conclusões sobre eles)

• Pós-textual

─ Anexos / Apêndices (segundo a profª Maria Helena Diniz, aqui ficam os gráficos, as estatísticas, as jurisprudências - que também podem constar de notas de rodapé –, manchetes de jornal, entrevistas, CDs, enfim, todos os dados que não podem ficar no corpo de texto do trabalho.

─ Bibliografia (a profª Maria Helena Diniz explicou que a importância de se manter as fichas catalogadas dos livros se dá no momento de fazer a bibliografia, que deve conter as fontes utilizadas para fazer a monografia, em ordem alfabética)

MECÂNICA DA MONOGRAFIA

TRANSCRIÇÕES

Podem ser:

Diretas Indiretas

Trecho do autor que escreveu a obra, de modo ipsis litteris (literalmente, nas mesmas palavras em que o autor se expressou)

Tércio S. Ferraz Jr., citando (apud) Miguel Reale, disse: “bla bla bla” Não usar muito, ir direto na obra. Usar apenas se uma obra é de difícil acesso ou está esgotada.

PARÁFRASE

Ilação que se tira da leitura de um texto de um autor ou de mais autores.

Leio o trecho e escrevo com as minhas palavras, mas coloco os autores em nota de rodapé.

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Termos que são brocardos não precisa traduzir também, mas coloca-se em itálico.

NOTAS DE RODAPÉ

Servem para ajudar outras pessoas na pesquisa fazendo referências bibliográficas, ou para indicar opinião contrária, ou para fazer comentários suplementares.

São remições internar do trabalho (ex: vídeo de que já falamos no cap. 1)

Segundo a ABNT, mesmo que vc tenha colocado o nome do autor no corpo de texto, tem que repetir na nota de rodapé.

A numeração das notas pode ir do inicio ao fim da obra ou por capítulos. No modelo autor-data não há notas de rodapé.

RELAÇÃO ENTRE ORIENTADOR E ORIENTANDO

Cordial e franca.

Ter comprometimento.

APRESENTAÇÃO À BANCA EXAMINADORA

Levar os principais livros sobre o assunto, leis etc... Verificar legislações recentes.

Errata: Entregar uma para cada um na banca. Não tira pontos! Tratamento da banca: “Vossa Excelência”.

Não é obrigatório responder as perguntas na ordem em que foram feitas pela banca. Por isso, se vc não sabe alguma, vc pode pular a questão que não sabe e enrolar nas anteriores até o tempo acabar! ^^

Referências

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