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V EVENTO INSTITUCIONAL DO PIBID

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Academic year: 2019

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PANORAMA DAS INTERVENÇÕES REALIZADAS PELO PIBID EM UMA ESCOLA ESTADUAL DE PERIFERIA EM BANDEIRANTES-PR

Guilherme de Almeida Machado (PIBID/CAPES-UENP)1, Rafaelly de Oliveira Souza (PIBID/CAPES-UENP)1, Aline Garcia da Silva

(PIBID/CAPES-UENP)1, Mathilde Tiellen Mariquito (PIBID/CAPES-UENP)1, Michelle Sanchez Carrijo (PIBID/CAPES-UENP)1, Priscila Caroza Frasson Costa

(Orientadora)1, e-mail: priscila@uenp.edu.br, Carla Gomes de Araujo (Orientadora) 1, e-mail: carlacgabio@uenp.edu.br. 1Bolsista de Iniciação a

Docência PIBID/UENP.

Universidade Estadual do Norte do Paraná/ Campus Luiz Meneghel/ Centro de Ciências Biológicas.

Ensino, Subprojeto de Ciências Biológicas / CLM.

Palavras-chave: Formação de professores, PIBID, Impacto.

Introdução

Ao estudarmos as diferentes perspectivas da formação inicial e continuada de professores, a perspectiva da relação entre teoria e prática pode ser caracterizada por apresentar dificuldades no campo da pesquisa e do conhecimento didático pedagógico (CANAN, 2012).

O Programa de Iniciação à Docência (PIBID) atua em todas as áreas de conhecimento e tem como objetivo principal, propiciar o vínculo entre os futuros professores e a escola e, consequentemente possibilitar aprendizagem junto aos professores, sendo uma oportunidade para os acadêmicos em formação inicial para o exercício da docência (BRASIL, 2011). Os projetos desenvolvidos pelas Instituições de Ensino Superior (IES) devem promover a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas desde o início da sua formação acadêmica, para que desenvolvam atividades didático-pedagógicas, sob orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola (CANAN, 2012).

Segundo Montadon (2012), o que se observa ainda quanto à introdução dos alunos em estágios supervisionados obrigatórios, sem terem a experiência com o PIBID, é a prioridade da teoria sobre a prática, ou seu entendimento somente para o momento de observação, deixando-o com pouca ou nenhuma inserção na regência e nos ambientes para os quais estão sendo formados.

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às situações concretas do exercício profissional docente (AMARAL, 2012; RAUSCH e FRANTZ, 2013).

Um estudo realizado pela Fundação Carlos Chagas (2014) revelou a importância do PIBID para formação inicial de professores no contexto das IES e seus cursos de licenciatura. A pesquisa enfatizou a valorização das licenciaturas e da profissão docente, a revitalização dos cursos, o aumento da pesquisa educacional e didática, o estímulo e favorecimento ao trabalho coletivo, a qualificação dos professores para a docência no Ensino Superior. Desse modo, a formação do professor deve contemplar tanto o conhecimento específico quanto o conhecimento pedagógico-didático, em integração com a escola e com a sociedade, trabalhando o pensamento crítico do educando, para que, futuramente, ele atue com base na relação entre a teoria e prática (CANAN, 2012).

Portanto, o objetivo deste trabalho consistiu em evidenciar a atuação dos Pibidianos em uma escola de periferia atendida pelo PIBID, apontando os impactos para os bolsistas e para os alunos da escola participante.

Materiais e métodos

Preparo das atividades.

As atividades foram confeccionadas pelos Pibidianos no período de abril/2017 a junho/2017 com encontros semanais no campus da UENP

Luiz Meneghel.

Para o preparo das atividades que foram executadas na escola, houve a adequação das metodologias e abordagens temáticas com leituras e discussões de referenciais teóricos, elaboração de planos de aula e materiais didáticos sob orientação das professoras supervisoras, visando à promoção de trocas de experiências entre professoras e licenciandos.

Com temas pertinentes ao saneamento ambiental articulado com alguns temas curriculares das Ciências foram desenvolvidas as atividades de produção de materiais didáticos e instrumentos de avaliação das intervenções. Outro mecanismo utilizado foi a manutenção do blog do grupo PIBID em Ciências Biológicas da UENP-CLM, como forma de promover o intercâmbio, o diálogo e a articulação dos membros do programa, e destes com a comunidade.

Produção das atividades.

As atividades foram produzidas para os 6° a 9°anos do Ensino Fundamental e foram elaboradas da seguinte maneira:

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medidas preventivas e profilaxias. Para a realização da aula utilizou-se quadro de giz, equipamento multimídia, exposição do conteúdo na forma de palestra, e para a realização da prática utilizou-se: vela, fósforo e prato, com intuito de demonstrar a existência de oxigênio na atmosfera.

No 7º ano, o tema foi Poluição sonora e visual. Foram pontuados os conceitos de poluições sonoras e visuais, os impactos causados para a saúde humana, a poluição sonora e visual em Bandeirantes, propondo ações para minimizá-las na escola e na comunidade. Na realização da atividade utilizou-se equipamento multimídia, instrumentos musicais e cartaz de poluição visual para melhor compreensão do tema. Para a prática das

atividades foi aplicado o jogo “telefone quebrado”.

Para o 8º ano, com o tema Resíduo hospitalar, foram demonstrados os locais de descarte em Bandeirantes, os riscos para a saúde e o meio ambiente, os tipos de resíduos identificados por grupos e o descarte correto. Para a exposição usou-se equipamento multimídia e para a prática foram utilizados um tabuleiro e dados.

No 9º ano, para a temática de Resíduos tecnológicos e industriais, foram abordados seus conceitos, problemas gerados à fauna aquática por metais pesados contidos nos resíduos tecnológicos, além das doenças que podem acarretar ao ser humano sérios problemas, prevenção e profilaxia. Para a exposição utilizou-se quadro de giz, bexigas, caixas de som, tabela periódica, medida do Césio em sal, exemplos de resíduos tecnológicos e industriais (pilhas, celulares, baterias) e 3 vídeos a respeito do tema. Além disso, foi desenvolvida uma atividade prática de “perguntas e respostas”

utilizando bexigas e perguntas impressas.

Intervenções nas escolas

As intervenções das atividades nas escolas ocorreram de julho/2017 a setembro/2017, no período vespertino. Cada atividade teve duração de 1h40min para turmas do contraturno e 50min para as turmas do período vespertino.

Os Pibidianos trabalharam os temas de forma expositiva e dialogada com a proposta de desenvolver ações de saneamento ambiental, observando a realidade de nosso município e das escolas, pontuando as problemáticas ambientais e seus impactos, para que, fundamentalmente, despertasse para a consciência e preservação do meio ambiente.

Resultados e Discussão

Os gráficos 1 e 2 nos mostram os resultados obtidos através dos questionários prévios e posterior às atividades.

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aumentam quando analisamos a figura 2 do questionário posterior, porém o 6° e o 8° anos ainda possuem menor porcentagem de acertos em relação as demais séries, nos mostrando assim as dificuldades de se obter um resultado 100% satisfatório.

Figura 1- Resultados dos questionários prévios.

Figura 2- Resultados dos questionários posteriores.

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como recurso fundamental para construir a sua prática de ensino e, principalmente, para construir compreensões sobre as demandas e desafios apresentados pela escola. A escola parceira sai ganhando pois, além de alcançar resultados positivos com o projeto, atua como protagonista na formação dos estudantes de licenciaturas.

Quando se fala de Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) a escola estadual Cecilia Meireles em 2013 recebeu nota 3,3 estando bem longe da meta projetada para aquele ano que era de 4,3. Analisando o IDEB de 2015 a escola alcançou uma nota de 4,5 se aproximando da meta prevista de 4,7.

O projeto incentiva a formação de professores para a educação básica, apoiando os estudantes que optam pela carreira docente, contribuindo para a elevação da qualidade das escolas parceiras de educação básica da rede pública de ensino. Segundo Barbosa (2014) o desafio que se coloca para os formadores do Pibid é o da criação de uma relação dialética entre as dimensões da atividade educativa.

Tendo em vista, a iniciação à pesquisa no ensino durante a formação, enriquece a junção da teoria com a prática, produzindo-se conhecimentos que estimulam o licenciando a assumir uma atitude questionadora, e a desenvolver posturas investigativas sobre as problemáticas do cotidiano escolar, analisando práticas de ensino, ensino/aprendizagem, livros didáticos e possibilitando com se sintam preparados para prática docente (PANIAGOL; SARMENTO 2017).

É possível pensar no PIBID como meio que se constitui fonte de desenvolvimento educacional para os indivíduos que se beneficiam dele, especialmente no que se refere ao desenvolvimento da docência como profissão (GOMES; SOUZA, 2016).

Os bolsistas reconhecem a influência do PIBID na contribuição significativa para o cumprimento das atividades pertencentes ao estágio supervisionado nos anos iniciais do ensino fundamental e médio oferecidos nos últimos anos do curso. Como consequência do processo de ensino relatado pelos Pibidianos, bem como os questionários aplicados, o PIBID aproximou os alunos aos conceitos de educação ambiental e os licenciandos à profissão docente, revelando o quão gratificante é ser um professor.

Conclusões

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Portanto, o PIBID proporciona a formação de professores capazes de responder à complexidade do contexto social, político e cultural contemporâneo, priorizando a construção de teorias e práticas sobre temas problematizadores atuais.

Agradecimentos

Agradecemos à CAPES, ao PIBID e às parcerias entre UENP e a escola da Rede Básica de ensino participante.

Referências

AMARAL, E. M. R. Avaliando Contribuições para a Formação Docente. Química nova na escola. v.34, n.4, p.229-239, nov. 2012.

BRASIL, MINISTËRIO DA EDUCAÇÃO. Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). 2011. Disponível em:

http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=467&id=233&option=com_content &view=article. Acesso em: 29/09/2017.

BARBORSA, V. M. A Formação inicial de professores no PIBID: Avanços e desafios. 2014.

CANAN, S. R. PIBID: promoção e valorização da formação docente no âmbito da Política Nacional de Formação de Professores. Formação docente. v. 04, n. 06, p. 24-43, Belo Horizonte, jan./jul. 2012.

INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Índice de desenvolvimento da educação básica. Disponível em:

http://ideb.inep.gov.br/resultado/resultado/resultado.seam?cid=1184735. Acesso em: 12/10/2017.

FCC - FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS. Um estudo avaliativo do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). / Bernardete A. Gatti; Marli E. D. A. André; Nelson A. S. Gimenes; Laurizete Ferragut – São Paulo: FCC/SEP, p. 120, 2014.

GOMES, C.; SOUZA, V. L. T. O PIBID e a mediação na configuração de sentidos sobre a docência. Psicologia Escolar e Educacional, v. 20, p. 147-156, n. 1, São Paulo, Janeiro/Abril de 2016.

MONTANDON, M. I. Políticas públicas para a formação de professores no Brasil: os programas Pibid e Prodocência. Revista da abem. v.20 n.28, p.47-60, Londrina, 2012.

PANIAGOI, R. N.; SARMENTO, T. A Formação na e para a Pesquisa no PIBID: possibilidades e fragilidades. Educação & Realidade, v. 42, n. 2, p. 771-792, Porto Alegre, abr./jun. 2017.

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Figura 2- Resultados dos questionários posteriores.

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