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Prevalência de sintomas associados a lesões musculoesqueléticas na atividade profissional dos higienistas orais

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Academic year: 2021

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(1)

w w w . e l s e v i e r . p t / r p s p

Artigo

original

Prevalência

de

sintomas

associados

a

lesões

musculoesqueléticas

na

atividade

profissional

dos

higienistas

orais

Fátima

Duarte

a,∗

e

Florentino

Serranheira

b,c

aDepartamentodePeriodontologia,FaculdadedeMedicinaDentária,UniversidadedeLisboa,Lisboa,Portugal

bDepartamentodeSaúdeOcupacionaleAmbiental,EscolaNacionaldeSaúdePública,UniversidadeNovadeLisboa,Lisboa,Portugal cCentrodeInvestigac¸ãoemSaúdePública,EscolaNacionaldeSaúdePública,UniversidadeNovadeLisboa,Lisboa,Portugal

informação

sobre

o

artigo

Historialdoartigo:

Recebidoa28deabrilde2014 Aceitea7deoutubrode2014

On-linea22dejaneirode2015

Palavras-chave:

Lesõesmusculoesqueléticasligadas aotrabalho

Saúdeocupacional Ergonomia Higienistasorais

r

e

s

u

m

o

Objetivos:Aslesõesmusculoesqueléticasligadasaotrabalho(LMELT)sãoasmais prevalen-tesdoenc¸asprofissionaisnoshigienistasorais(HO),oquemotivouumestudonacionalde identificac¸ãodafrequênciadesintomasdestaspatologiasnestegrupo,procurandorelac¸ões comassuasatividadesdiárias.

Métodos:Foi enviado um questionário a 415 HO, através da plataforma SurveyMonkey,

obtendo-seumataxaderespostade61,2%(n=254).

Resultados: OssintomasdeLMELTmaisreferidosencontram-seaníveldopescoc¸oouregião cervical (52%), punho/mão (47,8%), zonadorsal (45,2%), zonalombar (44,5%)e ombros (40,9%).Otempodeatividadediáriainfluenciaaprobabilidadedeocorrênciadesintomas, principalmenteoalisamento radiculareopolimentoprofiláticoparaasqueixasanível daregiãocervical(OR=2,337;p=0,045eOR=8,909;p=0,043),oalisamentoradicularparaas queixasaníveldosombros(OR=2,758;p=0,022)eadestartarizac¸ãoeoalisamentoradicular paraossintomasnospunhos(OR=9,797;p=0,032eOR=2,527;p=0,029),respetivamente.

Conclusões:EsteestudosugerequeasLMELTsãoumproblemarealentreosHOportugueses, quenecessitaumaintervenc¸ãourgentenosentidodediminuiraprevalênciadestas pato-logiaseestabelecerestratégiaspreventivasqueminimizemoseuimpactonasaúdedeste grupoprofissional.

©2014TheAuthors.PublicadoporElsevierEspaña,S.L.U.emnomedaEscolaNacional deSaúdePública.EsteéumartigoOpenAccesssobalicençadeCCBY-NC-SA (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/).

Autorparacorrespondência.

Correioeletrónico:mfaduarte1@gmail.com(F.Duarte). http://dx.doi.org/10.1016/j.rpsp.2014.10.003

0870-9025/©2014TheAuthors.PublicadoporElsevierEspaña,S.L.U.emnomedaEscolaNacionaldeSaúdePública.EsteéumartigoOpen AccesssobalicençadeCCBY-NC-SA(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/).

(2)

Dental

hygienists

self-reported

work-related

musculoskeletal

disorders

symptoms

and

task

demands

Keywords: Work-relatedmusculoskeletal disorders Occupationalhealth Ergonomics Dentalhygienists

a

b

s

t

r

a

c

t

Objectives: Work-relatedmusculoskeletaldisorders(WRMSDs)areamongthemost preva-lentwork-relateddiseasesindentalhygienists(DH),reasonforwhichwedecidedtoconduct anationalstudytoanalyzethefrequencyofsymptomsfromtheseDHpathologies,looking forassociationswiththeirdailyworkingtasks.

Methods: Aquestionnairewassentto415DH,viathe“surveymonkey”webpagegettinga responserateof61.2%(n=254).

Results: MostWRMSDsymptomsreferredbythisgroupwereontheneckorcervicalregion (52%),wrist/hand(47.8%),dorsal(45.2%),lumbar(44.5%)andshoulder(44.9%).

Weobservedthatthedailyworkingtimeinfluencesthechanceofoccurrenceofsymptoms, mainlywithtaskssuchasrootplanningorpolishingforthecervicalsymptoms(OR=2,337;

p=0,045andOR=8,909;p=0,043),rootplanningfortheshouldersymptoms(OR=2,758;

p=0,022)andscalingandrootplanningforthewristsymptoms(OR=9,797;p=0,032and OR=2,527;p=0,029),respectively.

Conclusions: ThisstudysuggeststhatWRMSDsarearealproblemamongPortuguesedental hygieniststhatneedstobeaddressedforanurgentinterventioninawaytolowerthe prevalenceofthesediseasesandtoestablishpreventivestrategiestominimizetheirimpact inthatgroupofhealthprofessionals.

©2014TheAuthors.PublishedbyElsevierEspaña,S.L.U.onbehalfofEscolaNacional deSaúdePública.ThisisanopenaccessarticleundertheCCBY-NC-SAlicense (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/).

Introduc¸ão

Aslesões musculoesqueléticas ligadas ao trabalho (LMELT) sãoaspatologiasocupacionaismaiscomunsnaUnião Euro-peia e podem afetar trabalhadores de todos os setores profissionais1,2.Deacordo como Bureauof Labor Statistics3,

maisde60% das doenc¸asrelacionadas com otrabalho são LMELT.Sabe-setambémqueestasdoenc¸as,frequentemente comorigem naatividade profissional,constituemumadas grandes preocupac¸ões dos servic¸os de gestão de recursos humanos,assimcomodosservic¸osdesaúdeeseguranc¸ado trabalho4, apresentando umadimensão individual e social comcustosintangíveis5.

AsLMELTconstituemsíndromesdedorcrónicaepodem afetaruma ou maisregiões docorpo no decorrer de uma atividadecomexigênciasfísicas,deaplicac¸ãodeforc¸a,quer repetitivaqueremposic¸õesintersegmentaresextremas5.

De acordo com Agência Europeia para a Seguranc¸a e a Saúdeno Trabalho, as LMELT têm etiologia multifatorial e é difícil na maioria das vezes, estabelecer um nexo de causalidade1,2.

Entre os higienistas orais(HO) as patologias associadas aotrabalho,nomeadamenteasrelacionadascomomembro superioreregiãocervical3,têmsido referenciadascomo as

maisprevalentesemdiversosestudos,dequesedestacaode Ylipaaetal.emHOsuecos6.

NaorigemdasLMELTdomembrosuperiorestão normal-menteatividadesqueexigemaplicac¸ãodeforc¸aelevadacom asmãos,posturasextremasdosmembrossuperiores, repetiti-vidadedemovimentosecompressãomecânicadasestruturas anatómicas5,7,8.Considera-se aindaqueautilizac¸ão de

fer-ramentas vibratórias manuais possa influenciar, de uma

formaelevada,oriscodecontrairestaspatologias,devidoà exposic¸ãoavibrac¸õesnosistemamão-brac¸o9.

Nessecontexto,osHOsãoprofissionaisdesaúdeque,na sua vertenteclínica, utilizam frequentemente osmembros superiores,comgestosemovimentosrepetitivos,sobretudo comospunhos/mãosededos.Essaprevalenteutilizac¸ão ana-tómicaencontra-sedependentedecondicionantesexternas daatividade,designadamente,dosequipamentos, instrumen-tosutilizados(namaioriaprodutoresdevibrac¸ões)e funda-mentalmente pelos constrangimentos da suamanipulac¸ão na cavidadeoral,durante osprocedimentosclínicos. Desta forma éaceitávelpresumirqueestesprofissionais apresen-tem um risco elevado de LMELT. As posturas de trabalho, a forc¸a e a repetitividade dos gestos impostos pela ativi-dade, os equipamentos, a configurac¸ão e exigências que os utensílios e a posic¸ão do utente determinam aos HO são os principais condicionantes que podem estar etio-logicamente na origem destas lesões. Outro dos fatores de risco que podem igualmente contribuir para a génese das LMELT é o stresse a que os HO estão expostos, mor-mentepelonúmero depacientesqueveememuitasvezes devidoàsfrequentesexigênciastemporais(comopor exem-ploatrasoentreconsultas)equevãoinfluenciararegulac¸ão da atividade,assuasatitudesemodosoperatórios,no sen-tido de atingir os objetivos definidos pela organizac¸ão do trabalho10.

Michalak-Turcottereferequedadosdosanos80-90 reve-lamnosEstadosUnidosdaAmérica(EUA)umaprevalência de LMELTnosHO queatingiuos62%11. Existem,ainda, de

acordocomSanders12,estudos,tambémnosHOdosEUA,que apresentam queixasousintomasaoníveldocanalcárpico acimados56%13,14(consideradaaLMEmaisrelatadaentreos

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valoresentre63-95%,nomeadamentenoqueserefereàzona lombar,aopescoc¸o,aosombros,brac¸osemãos15–17.

OtrabalhodoHO diferede umtrabalhodeproduc¸ãode linha(ondeostrabalhadoresexecutamrepetidamenteos mes-mosgestoseac¸õestécnicas,deformarápidaeporperíodos longosdetempo)erequerumaelevadaprecisãonas ativida-desquesãomaisfrequentementerealizadas,nomeadamente, adestartarizac¸ãoeopolimentoprofilático.Tais procedimen-tospodemdurar cercade 20minutos dototalda consulta habitualdehigieneoralde50minutos.Apesarde aparente-menteexistirtempopararecuperac¸ãodostecidos,osfatores deriscoestãopresentesemtodasasatividades,determinando aexposic¸ãocontinuadaefrequentedosHO18.

De acordo com alguns estudos nesta área, reconhece-sequeasLMELTpodemcontribuirdeformasubstantivapara queestesprofissionaisapresentemalterac¸õesdesaúdeque resultememquebradaprodutividadenotrabalhoeaindaem absentismo18,19.

Opresentetrabalhopartiudaquestão«quaisosvaloresde prevalênciadesintomatologiadeLMELTautorreferidapelos HOeseráqueexisterelac¸ãocom asatividadesdetrabalho prevalentes?».Destaformadefiniu-secomoobjetivogerala identificac¸ão da prevalência de sintomatologia musculoes-queléticaautorreferidapelosHOrelacionadacomasLMELT, incluindoelementosrelacionadoscomacaracterizac¸ão soci-odemográfica,desaúdee, principalmente,com aatividade detrabalho.

Materiais

e

métodos

Os HO portuguesesforam o alvo deste estudo descritivo e transversalquetevecomoobjetivoestudaraprevalênciade sintomasdeLMELTnessegrupo.

Oestudodecorreuem2010eincluiutodososHOque con-cluíramocursodeHigieneOraldepoisde1986(iníciodocurso emPortugal).Foramcontactados415profissionais, incluindo--setodososHOformadospelaFMDULeosHOformadosno ISAVEapós2004(anodeaberturadocursonessainstituic¸ão), comdistribuic¸ãodeNorteaSuldopaíseaindailhas.

O contacto dos profissionais foi feito pessoalmente ou pelométodo«passa-palavra»eaparticipac¸ão noestudofoi voluntária.OestudofoiaprovadopelaUniversidadedeÉvora, garantindo-sedopontodevistaéticoedeontológicotodasas recomendac¸õesdoComitédeHelsínquia,designadamentea confidencialidadedosdados.

Foi utilizada uma adaptac¸ão portuguesa do Questioná-rioNórdicoMusculoesquelético(QNM)20,21paraidentificac¸ão

dapresenc¸adesintomatologiamusculoesquelética,incluindo um«módulorelativoaotrabalho»,nosentidodeidentificar elementosdaespecificidadedasatividadesdosHOeprocurar eventuaisrelac¸õesentreasintomatologiareferidaeas exigên-ciasdaatividadedetrabalho.

O questionário apresenta-se dividido em 3 partes21:

(i)caracterizac¸ãosociodemográfica,(ii)identificac¸ãoda sin-tomatologia musculoesquelética e (iii) caracterizac¸ão das principais atividades desempenhadas pelos HO, com a identificac¸ãodasintomatologiaassociada.

Oquestionáriofoiadaptadoaumaversãoeletrónicae envi-adoaosHOatravésdaplataformaSurveyMonkeyporseruma formadepreenchimentomaisfácil.

Osdadosrecolhidosforamposteriormentecombinadose agrupadosparaanáliseestatísticacomrecursoaoSPSSversão 17.

Naanálisedescritivaforamutilizadasmedidasde tendên-ciacentral–médiaemedidasdedispersão–,amplitudepara asvariáveis quantitativascontínuas efrequênciasrelativas paraasvariáveisnominaiseordinais.

Faceaonúmeroderespondentes(n=254)eàtipologiadas questões, utilizou-se para a análise de correlac¸ões o teste de coeficiente de correlac¸ão de Spearman. Para avaliar as associac¸õesentreasvariáveisdossintomascomasvariáveis deinteresseforamutilizadosostestesestatísticosdeKruskal WallisedeMann-WhitneyedeQui-quadrado;estaescolha deve-se à natureza dicotómica da variável «sintomas» e à naturezaordinaldediversasvariáveis,dasquaissedestacam a«frequência»ea«intensidade»dossintomas.Utilizou-sea regressãologísticaparaidentificac¸ãodecontributosdeclasses derealizac¸ãodeatividadesfrequentesnossintomasadiversos níveisanatómicos.Nostestesutilizadosonívelde significân-ciafoide5%.

Resultados

Dototal dos415questionáriosenviados foramrespondidos 254,oquecorrespondeaumataxaderespostade61,2%.

Relativamente às variáveis demográficas e antropomé-tricas, os respondentes são maioritariamente do género feminino(80,7%).Aidademédiadosinquiridoséde aproxima-damente35anos.OpesomédiodosHOédecercade64kgea alturamédiade1,65m.Quandocalculadooíndicedemassa corporal(IMC)daamostraverifica-sequevariaentre16,5-39,8, comumvalormédiode23,1.Contudo,observa-seuma per-centagemde23,2%dosrespondentescomumIMCigualou superiora25,oquerevelaexcessodepesoouobesidade.

Omembrosuperiordominanteéodireito(95,1%)e5dos inquiridos(2,0%)reportamserambidextros.

Nacaracterizac¸ãodoestadodesaúdecercade21%(n=53) dosinquiridosrelatouserportadordeumaoumaisdoenc¸as naturais (p. ex.: diabetes, hipertensão, osteoporose, asma, rinite), 7,3% (n=18) dos inquiridos faz algum tipo de tra-tamento de reabilitac¸ão, onde se destaca as técnicas da fisioterapia.Dasdoenc¸as referidas,66% (n=35) nãotinham relac¸ãocomasaúdemusculoesquelética,26,4%(n=14) pode-rão ter alguma relac¸ão (ex.: hérnias discais, problemas de coluna)e7,5%(n=4)sãoLMELT(p.ex.:tendinites).

Noúltimoano85,1% dosrespondentesconsultaramum médicoporrazõesdiversase54,3%(n=134)tomaram medi-camentoscomregularidade.

Aatividadefísicaépraticadadeformaregularpor sensivel-mentemetadedoshigienistas(49,4%,n=123),contudopara 26,5%dospraticantesdestaatividadeexisteriscoacrescido nodesenvolvimentodeLMELT.

Oshábitostabágicossãoobservadosem47(48,9%)dosHO com umamédiade8,5cigarrosdiários(máximo de25)eo consumodeálcoolidentifica-seem27dosHO(10,6%).

Afrequênciadeconsumodecaféregista-seem61,7%dos respondentes.

Caracterizac¸ãoprofissional:amédiadeanosdeprofissão éde9anos,com83,6%daamostraatermenosde15anosde

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Tabela1–Sintomatologiamusculoesquelética

Pescoc¸o Ombros Punhos/Mãos

n (%) n (%) n (%)

Nosúltimos12mesestevealgumproblema(fadiga/desconforto/dor/inchac¸o)queestivessepresentedurante4diasseguidos?

Não 119 48,0 147 59,5 129 52,2

Sim 129 52,0 100 41,0 118 47,8

Sesim,emquallado(seaplicável)?

Direito 35 51,5 60 67,4 Esquerdo 17 25,0 8 9,0 Ambos 16 23,5 21 23,6 Umavez 17 13,2 15 14,9 27 22,9 2ou3vezes 44 38,1 36 35,6 46 39,0 4-6vezes 31 24,0 26 25,7 21 17,8 Maisde6vezes 37 28,7 24 23,8 24 20,3

Sesim,qualaintensidade?

Ligeira 20 15,5 16 15,8 27 22,9

Moderada 60 49,5 40 39,6 49 41,5

Intensa 32 24,8 27 26,7 26 22,0

Muitointensa 17 13,2 18 17,8 16 13,6

Esteveimpedidodefazeroseutrabalhonormal?Emcasoafirmativo,porproblemasemquezonadocorpo?

Não 116 89,9 95 94,1 111 94,1

Sim 13 10,1 6 5,9 7 5,9

Durantequantotempoosproblemasoimpediramdefazeroseutrabalhonormal?

0dias 116 89,9 95 94,1 111 94,1

1-7dias 8 6,2 4 4,0 6 5,1

8-30dias 4 3,1 2 2,0 1 0,8

Maisde30dias 1 0,8 0 0 0 0

Tevealgumproblemaduranteosúltimos7dias?Emcasoafirmativo,emquezonadocorpo?

Não 78 60,5 66 66,0 83 69,6

Sim 51 39,5 34 34,0 35 30,4

profissão.Observa-seumaligeiradiferenc¸a(inferiora6meses) entreonúmerodeanosdeprofissãoeosanosdetrabalho efetivo,oquepodeindicarumaentradaposteriornaprofissão. Ashorasdetrabalhocompacientevariamentre0-50horas porsemana,comumamédiaaproximadade27horas sema-nais.

Os inquiridos exercem predominantemente a atividade profissional em trabalho clínico (86,2%, n=219) com uma médiade16horasporsemana(modade8horaseo3.◦quartil com25horassemanais).Aatividadecomunitáriaéexercida por87higienistas(34,3%),comumamédiade10horas sema-nais.Otrabalhopedagógicofoiassinaladopor34higienistas (13,4%)numtotalde8horasporsemana.Vinteenove(11,4%) higienistas assinalaram outrotipo de trabalho como ativi-dadepredominante,nomeadamente,marketing,publicidade, membrosdeorganismosoficiais,consultoria,comcercade 6horassemanais.

Dereferirqueamaioriadoshigienistas(82,1%)divideoseu tempodetrabalhopormaisdoqueumadasáreasdeatividade dassuascompetências,despendendo35oumaishoraspor semana.

Quanto ao regime de trabalho, o mais observado é a combinac¸ão do «trabalho por conta de outrem» com o «trabalhoindependente»,com38,6%(n=93),havendoa regis-tar32,8%(n=79)e27,2%(n=69)dosHOquetrabalhamem regimealternado,respetivamente,dependenteou indepen-dente.

Quarenta e quatro higienistas (18,2%) exercem também outraatividadeprofissional,comoporexemploadedelegados deinformac¸ãomédica,protésicosdentáriosougestores.

Aanálisedaprevalênciadesintomasdelesões musculo-esqueléticas revelou quedos254respondentes,214(86,6%) relataram a ocorrência de sintomatologia musculoesquelé-ticaemdiferentespartesdocorponosúltimos12meses,dos quais202referiramsintomatologianapartesuperiordocorpo, 52 apresentavam sintomatologia nazona inferior docorpo e45 apresentaramsintomatologiaemambasaszonas cor-porais. Neste contexto éimportantereferirqueháHO que referiramsintomasmusculoesqueléticosemdiversaspartes docorpo.

Quandoanalisada asintomatologiadapartesuperiordo corpo(pescoc¸o,zonadorsal,zonalombar,ombros,cotovelos emão/punho)verifica-seque202(81,8%)dosinquiridos apre-sentaramalgumaocorrêncianosúltimos12meses,comum quartodaamostraaregistarsintomatologiaem3localizac¸ões diferentesdosmembrossuperiores.Nenhuminquirido repor-tou sintomatologia emtodas as localizac¸õessuperiores do corpo.

As áreas com referência a sintomatologia, designada-mentedesconforto,fadigaoudorsão:pescoc¸o,n=129(52%), punho/mão, n=118 (48%), zona dorsal, n=112 (45%), zona lombar,n=107(44,5%),ombros,n=100(41%),tornozelos/pés, n=29(12%),joelhos,n=23(9%),cotovelos,n=13(6%)ecoxas, n=10(4%).

(5)

Tabela2–Exposic¸ãoafatoresderisconocontextodaatividadediáriadosHO

Fatoresderiscodaatividade Exposic¸ãoaolongodotempodiáriodetrabalho(8horas)

<30% n(%) 30a<50% n(%) 50a<70% n(%) ≥70% n(%)

Brac¸osacimadosombros 176(72,4) 34(14,0) 23(9,5) 10(4,1)

Inclinac¸ãodotronco 28(11,5) 56(23,0) 99(40,7) 60(24,7)

Rodarotronco 39(16,0) 71(29,2) 93(38,3) 40(16,5)

Movimentosrepetidosc/brac¸os 20(8,2) 44(18,1) 73(30,0) 106(43,6)

Movimentosrepetidosmãos/dedos 15(6,2) 33(13,6) 70(28,8) 125(51,4)

Precisãocomosdedos 19(7,8) 24(9,9) 71(29,2) 129(53,1)

Aplicac¸ãodeforc¸acommãos/dedos 28(11,5) 50(20,6) 80(32,9) 85(35,0)

Emrelac¸ão àsintomatologiadopescoc¸oouregião cervi-cal(tabela1),dos248respondentescercademetade(52,0%) referiramtertidodornosúltimos12meses.

Emrelac¸ãoàsintomatologiadosombros,dos247 respon-dentes,100(40,5%)afirmaramtersintomasnosombroseentre estes35 commaiorregistono ombrodireito (35%entreos respondentescom dornosombrose14,1%dototalde res-pondentes),sendoafrequênciamaisreportadaentreas2ou 3vezes(35,6%)(tabela1).

Dos247inquiridoscercademetade(47,8%)referetertido sintomatologiadospunhos/mãosnosúltimos12meses,mais evidentenopunho/mãodireita(67,4%)ecomumafrequência aoanode2a3vezes(39,0%).Aintensidademaisreferidafoi amoderada(41,5%)(tabela1).

Duzentosedoishigienistas(81,8%)apresentaramsintomas nazonasuperiordocorponosúltimos12meses.

A«somadesintomas»revelou-seestatisticamente signi-ficativa com o número de horas com paciente (␹2=11,903;

p=0,036).

Observa-seaexistênciadepausasdiáriasde5minutos efe-tuadaspelamaioriadosinquiridos(n=146;59,8%),comum máximode10pausasdiáriaseumamédiade3.Jáotrabalho a4mãoscomcolaborac¸ãodeassistenteépraticadosempre oufrequentementepor78(32,3%)dosinquiridoseraramente oununcapor164(67,7%).

Aposic¸ãodetrabalhosentadoépráticacomumem150HO (61,7%),correspondendoacercade70%dotempodetrabalho, enquanto38(15,6%)apenastrabalhamsentadosemmenosde metadedotempodetrabalho.

Arepetic¸ãodemovimentosdemãos/dedoséobservadaem maisde70%dotempodetrabalho,bemcomoaprecisãocom osdedoseaaplicac¸ãodeforc¸acomasmãosededos(tabela 2).

Ascorrelac¸õesentreossintomasrelacionadoscomos dife-rentestiposdeposic¸ãooumovimentonaatividadedetrabalho sãopositivas,moderadasesignificativasparaotrabalhocom osbrac¸osacimadaalturadosombros(p=0,451;p<0,001),a inclinac¸ãodotronco(p=0,482;p<0,001),arotac¸ãodotronco (p=0,474; p<0,001), a repetitividade dos movimentos dos brac¸os(p=0,457;p<0,001),comosmovimentosrepetidosdas mãosededos(p=0,382; p<0,001),aprecisãocom osdedos (p=0,400; p<0,001)eaaplicac¸ão de forc¸ascom asmãos e dedos(p=0,393;p<0,001).

Aatividadequeéexercidacommaiorfrequênciaéo poli-mentoprofilático(73,2%),seguidadadestartarizac¸ão(69,0%). Aatividadequerequermaisesforc¸omanual(alisamento radi-cular)éaquelaqueépraticadacommenorfrequência(39,9%).

Observa-seumaassociac¸ãoestatisticamentesignificativa entrea«presenc¸adesintomasnazonasuperiordocorpo»eas variáveis(i)de«tempocominclinac¸ãodotronco»(␹2=24,203;

p<0,001), (ii) de «tempo gasto com movimentos repetidos das mãos/dedos»(␹2=12,055;p=0,034),(iii)de «tempocom

movimentosdeprecisãocomosdedos»(␹2=11,823;p=0,037)

eainda(iv)detempocomalisamentoradicular(␹2=14,188;

p=0,014).

AprobabilidadedeexistiremsintomasdeLMELTem deter-minadaszonas anatómicasevidencia-se relacionadacoma frequênciaderealizac¸ãodasatividades(deocasionalamuito frequente) dos HO (tabela3). Constata-se que a realizac¸ão «muitofrequente»deatividadescomooalisamentoradicular (OR=2,337)oudopolimento(OR=8,909)contribui significati-vamenteparaareferênciadesintomasmusculoesqueléticos a nível da região cervical. Destacam-se, igualmente signi-ficativos quando classificados como «muito frequentes», o alisamentoradicularcomprobabilidades acrescidasde sin-tomatologia a nível dosombros (OR=2,758) e dos punhos (OR=2,527),assimcomoadestartarizac¸ãoparaossintomasno punho(OR=9,797).Osvaloresobtidosevidenciamoaumento da probabilidade desses sintomas surgirem nas atividades muitofrequentes,destacandoarelac¸ãoentrea sintomatolo-giaeaexposic¸ãoaosdiversosfatoresderiscodaatividadedos HO.

Dos 215inquiridos queapresentaram «qualquertipo de sintoma»,34(15,8%)referiramabsentismopela sintomatolo-giaapresentada.

Nãohouvenenhuminquiridoquetenharegistado impe-dimento ao trabalho por sintomatologia nos joelhos ou cotovelos.

Relativamenteaosdiasdeabsentismoaotrabalhopor sin-tomatologianasdiferentesregiõesanatómicasverifica-seque énaszonasdopescoc¸o(médiade32dias)edorsal(médiade 36dias)queseregistamaiorabsentismo,tendouminquirido reportado330diasdeabsentismo.

Discussão

Asváriasexigênciasdasprincipaisatividadesdetrabalhodos HO e respetivosfatores de risco contribuem paraa etiolo-giadasLMELTnestegrupoprofissional.Apráticadahigiene oralrequercoordenac¸ãomotorafina,numa reduzidae fre-quentemente elevada zona de trabalho, a boca. Há uma constante ausência de suporte dos brac¸os e antebrac¸os, a utilizac¸ãodegestosemovimentosrepetitivos,comexigências

(6)

Tabela3–Relac¸ãoentresintomasdeLMELTemzonasanatómicaseafrequênciaderealizac¸ãodaatividadedetrabalho (regressãologística)

Zonaanatómica Atividade Classea Sig. Oddsratio IC(OR)95%

Regiãocervical Higieneoral Muitofrequente 0,073 4,361 (0,874-21,754)

Destartarizac¸ão Muitofrequente 0,052 4,800 (0,989-23,292)

Alisamentoradicular Muitofrequente 0,045* 2,337 (1,021-5,351)

Polimento Muitofrequente 0,043* 8,909 (1,073-73,959)

Ombros Higieneoral Muitofrequente 0,448 0,807 (0,464-1,403)

Destartarizac¸ão Muitofrequente 0,120 3,500 (0,721-16,982)

Alisamentoradicular Muitofrequente 0,022* 2,758 (1,155-6,586)

Polimento Muitofrequente 0,105 5,760 (0,694-47,815)

Punhos Higieneoral Muitofrequente 0,091 3,992 (0,800-19,911)

Destartarizac¸ão Muitofrequente 0,032* 9,797 (1,214-79,088)

Alisamentoradicular Muitofrequente 0,029* 2,527 (1,098-5,820)

Polimento Muitofrequente 0,077 6,764 (0,815-56,135)

IC:intervalodeconfianc¸a;Sig:significância;OR:oddsratio.

a Porcomparac¸ãocomaclassedereferência:ocasional.

Significativo.

decoordenac¸ãooculomotoraemparticularaníveldopunho, mãoededos,emac¸õesqueexigemagarraraparelhose instru-mentos,frequentementeprodutoresdevibrac¸õesdeelevada frequência.

Asexigênciasdotrabalhoclínicosãodeterminantesparaas posic¸õesestáticas,particularmenteaflexãodaregiãocervical (pescoc¸o),ainclinac¸ãoerotac¸ãodotronco.Paraalémdestes fatoresrelacionadosdiretamentecom asatividades,outros têmsidosugeridostaiscomoosanosdeprofissão,omaior tempodeconsulta(práticaclínica)eogénerofeminino19.

Numestudosemelhanteaoapresentado6constatou-seque

dos471 HO respondentes, 99,7% eram dosexofeminino e 0,3%domasculino.DeacordocomOsuna,98%dos higienis-tasoraissãomulheres22.Ogéneroconstituiumfatorderisco

nasintomatologiadeLMELT23,oqueénesteestudo,devidoà

populac¸ãoobservadasermaioritariamentedosexofeminino (80,7%),bastanterelevante.

Asintomatologiaaníveldopescoc¸ofoiarelatadaemmais demetade dosHO (52%), oqueestá de acordocomHayes etal.24eAntonetal.25.OsHOapresentamtambém

sintoma-tologiamusculoesqueléticamaisfrequentedopescoc¸o,ombro epunho/mão,comparadoscomoutrosprofissionaisdesaúde oral24,25.

Nopresenteestudoobservam-seelevadosvaloresde preva-lênciadesintomasnosúltimos12mesesnazonasuperiordo corpo(81,8%),designadamente52%paraopescoc¸o,48%para opunho/mão,45%paraazonadorsal,43%paraazonalombar, 41%paraosombros,oqueparecesersimilarcomoutros estu-dos,comoAkessonetal.15,Antonetal.25eMorseetal.26,onde

sãoreferidosvaloresrespetivamentede64,69e60%aonível dopunho/mão;ObergeOberg27eAntonetal.25comvalores

paraopescoc¸ode62e68%,respetivamente.Ylipaaetal.6

refe-rem64%deprevalênciadesintomasemestudoscompescoc¸o eombrosemsimultâneo.

Aevidênciadesintomatologiadazonacervical,pescoc¸oe ombroséatribuídaàscomponentesposturaisebiomecânicas exigidaspelaatividadedetrabalhodosHO,nomeadamentea flexãocervical,asexigênciasvisuais,aelevac¸ãodosmembros superiores,muitasvezesacimadaalturadosombros,o tra-balhomuscularestáticoaoníveldaarticulac¸ãodosombros,

aextensãorepetidadobrac¸oeantebrac¸oearepetitividade demovimentosaoníveldopunho/mão.Éimportanteneste contextoreferirqueestessintomasestãorelacionadoscoma durac¸ãoeoritmodotrabalhoexecutado.

Como dito anteriormente, a sintomatologia do pescoc¸o (52%)revelou sero problemamaisimportanteaoníveldos HOportugueses.

Existem algumas limitac¸ões inerentes ao instrumento e ao processo de delineamento metodológico que suma-riamente se descrevem. São as limitac¸ões da maioria dos estudosdestanaturezaequeutilizamcomoinstrumentode recolhadeinformac¸ãoquestionáriossemapoiode investiga-dores noseu preenchimento: (i)limitac¸õesdoinstrumento que, mesmo validado entre nós, só mede o que se inclui no questionário, deixando informac¸ão eventualmente rele-vante fora da análise; (ii) limitac¸õesrelativas aaspetos da validade interna relacionados com os constructos de cada questãoecom aspetosdeeventualdificuldadede compre-ensão, bem como da validade externa uma vez que não se pretendeu qualquer tipo de generalizac¸ão dos resulta-dos; (iii) limitac¸ões do delineamento utilizado para aceder aos respondentes considerando que o estudo se dirigiu à populac¸ão de HO emPortugal – autilizac¸ão de questioná-riosrespondidosemambienteinformáticoedeinternettêm reconhecidamenteaspetosquepodemenviesarosresultados, designadamenteoníveldeliteracia informática,deacesso, entreoutros.

Apesar disso, e perante os resultados obtidos, destaca--se como possível afirmar que a avaliac¸ão dos níveis de desconfortoeincómodooudorcomorigemnosistema mus-culoesqueléticonosHOestárelacionadafundamentalmente com aatividade detrabalho ecomascondic¸ões emqueé desenvolvido2,28.

Conclusões

AsintomatologiadeLMELT,faceaosresultadosobtidos,éuma realidadenoseiodosprofissionaisdesaúdeoralmais propri-amentenogrupodosHO.

(7)

Existeumaelevadaprevalênciadesintomas musculoes-queléticosnasdiferenteszonascorporaisdosHOnosúltimos 12meses,commaiorprevalênciaaoníveldazonasuperior docorpo,nomeadamentenopescoc¸o(52%),nospunhos/mãos (48%),nazonadorsal(45%),nazonalombar(43%)enosombros (41%).

Verifica-se uma significativa (p=0,001) relac¸ão entre os sintomas musculoesqueléticos e as posic¸ões e postu-ras predominantes de trabalho dos HO com os brac¸os acima da altura dos ombros (p=0,390), a inclinac¸ão dos ombros (p=0,390), a inclinac¸ão do tronco (p=0,505), a rotac¸ão do tronco (p=0,479), a repetitividade dos movi-mentos dos brac¸os (p=0,457), os movimentos repetidos das mãos e dedos (p=0,428), a precisão com os dedos (p=0,395) e a aplicac¸ão de forc¸as com as mãos e dedos (p=0,425).

Só uma pequena percentagem de respondentes (15,8%) referiuabsentismodevidoàsintomatologiaapresentadanos últimos12meses,tendosidoopescoc¸oeazonadorsalasque maiscontribuíram.

ApráticaclínicadosHOenvolve,deacordocomos respon-dentes,movimentos, gestos eposturas muitosemelhantes com uma elevada repetitividade, em todas as ativida-des diárias realizadas muito frequentemente, destacando--se o alisamento radicular e o polimento no aumento da probabilidade de sintomas a nível da região cervical (OR=2,337; OR=8,909,respetivamente),doalisamento radi-cular a nível dos ombros (OR=2,728) e da destartarizac¸ão e do alisamento radicular a nível dos punhos (OR=9,797; OR=2,527).

Faceaosresultadosobtidoséesperávelaexistênciadeum substantivonúmerodecasosdeLMELTentreosHO,comas incapacidadesdaídecorrenteseasperdas,quernaperspetiva económicaquerindividual.

Com base nos resultados autorreferenciados de sinto-matologiamusculoesqueléticapelosHOtorna-sepertinente que se iniciem programas de prevenc¸ão das LMELT, ori-entados para intervenc¸ões sobre as condicionantes do trabalho com, entre outras, medidas concretas a nível da organizac¸ão e dos tempos de trabalho em cada subativi-dade.

A intervenc¸ão através da formac¸ão permitirá também contribuir para reduzir a exposic¸ão aos fatores de risco profissionais e alterar os meios e as formas de tra-balho que permitam aos HO estar sensibilizados para o problema e prevenir estas lesões. A capacitac¸ão ou empoderamento destes profissionais de saúde sobre as inter-relac¸ões entre o trabalho e a sua saúde, designada-mente sobre as LMELT, por certo permitirá, entre outros aspetos,reconhecer apresenc¸a desintomas de forma pre-coce,aumentandoaprobabilidadededetec¸ãorápidadestas doenc¸asprofissionais econtribuir para umamelhorgestão da prevenc¸ão destas doenc¸as relacionadas com o traba-lho.

Conflito

de

interesses

Osautoresdeclaramnãohaverconflitodeinteresses.

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Tabela 1 – Sintomatologia musculoesquelética
Tabela 2 – Exposic¸ão a fatores de risco no contexto da atividade diária dos HO
Tabela 3 – Relac¸ão entre sintomas de LMELT em zonas anatómicas e a frequência de realizac¸ão da atividade de trabalho (regressão logística)

Referências

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