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O turismo na Madeira

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Academic year: 2021

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O TURISMO NA MADEIRA

DINÂMICAS E ORDENAMENTO DO TURISMO EM TERRITÓRIOS INSULARES

DOUTORAMENTO EM URBANISMO

CRISTINA SOFIA ANDRADE PERDIGÃO

ORIENTADOR: PROFESSOR DOUTOR CARLOS HENRIQUES FERREIRA CO-ORIENTADOR: PROFESSOR DOUTOR MIQUEL COROMINAS Y AYALA

PRESIDENTE E VOGAL: DOUTOR CARLOS FRANCISCO LUCAS DIAS COELHO, PROFESSOR CATEDRÁTICO FACULDADE DE ARQUITETURA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA VOGAIS: DOCTOR JOAQUÍN SABATÉ BEL PROFESSOR CATEDRÁTICO ESCUELA TÉCNICA SUPERIOR DE ARQUITECTURA DE BARCELONA DA UNIVERSITAT POLITÈCNICA DE CATALUNYA DOUTORA MARGARIDA ANGÉLICA PIRES PEREIRA ESTEVES PROFESSORA ASSOCIADA FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA DOUTORA CRISTINA SOARES RIBEIRO GOMES CAVACO PROFESSORA AUXILIAR FACULDADE DE ARQUITETURA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA DOUTOR CARLOS JORGE HENRIQUES FERREIRA PROFESSOR AUXILIAR FACULDADE DE ARQUITETURA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA DOUTOR CARLOS MANUEL BATISTA CARDOSO FERREIRA PROFESSOR AUXILIAR CONVIDADO INSTITUTO DE GEOGRAFIA E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

TESE ESPECIALMENTE ELABORADA PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE DOUTOR DOCUMENTO DEFINITIVO NOVEMBRO, 2017

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O TURISMO NA MADEIRA

DINÂMICAS E ORDENAMENTO DO TURISMO EM TERRITÓRIOS INSULARES

DOUTORAMENTO EM URBANISMO

CRISTINA SOFIA ANDRADE PERDIGÃO

ORIENTADOR: PROFESSOR DOUTOR CARLOS HENRIQUES FERREIRA CO-ORIENTADOR: PROFESSOR DOUTOR MIQUEL COROMINAS Y AYALA

PRESIDENTE E VOGAL: DOUTOR CARLOS FRANCISCO LUCAS DIAS COELHO, PROFESSOR CATEDRÁTICO FACULDADE DE ARQUITETURA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA VOGAIS: DOCTOR JOAQUÍN SABATÉ BEL PROFESSOR CATEDRÁTICO ESCUELA TÉCNICA SUPERIOR DE ARQUITECTURA DE BARCELONA DA UNIVERSITAT POLITÈCNICA DE CATALUNYA DOUTORA MARGARIDA ANGÉLICA PIRES PEREIRA ESTEVES PROFESSORA ASSOCIADA FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA DOUTORA CRISTINA SOARES RIBEIRO GOMES CAVACO PROFESSORA AUXILIAR FACULDADE DE ARQUITETURA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA DOUTOR CARLOS JORGE HENRIQUES FERREIRA PROFESSOR AUXILIAR FACULDADE DE ARQUITETURA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA DOUTOR CARLOS MANUEL BATISTA CARDOSO FERREIRA PROFESSOR AUXILIAR CONVIDADO INSTITUTO DE GEOGRAFIA E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

TESE ESPECIALMENTE ELABORADA PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE DOUTOR DOCUMENTO DEFINITIVO NOVEMBRO, 2017

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“Em aproximar-se a gente, vinda por mar, dizem que o perfume das flores inunda os ares. Respira-se uma candura que às vezes é fera nostalgia; resume-se a memória a uma saudade materna, pois as ilhas são ventre das vidas errantes”(Bessa-Luís, 1987).

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Aos meus pais, Maria José e José Nascimento Perdigão e ao meu mano, João André Perdigão. Ao meu marido, Dionísio de Sousa. À Ilha.

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Í N D I C E G E R A L

Resumo ... xi

Abstract ... xii

Resumen ... xiii

Palavras-chave / Keywords / Palabras clave ... xv

Agradecimentos ... xvii

Índice de texto ... xix

Índice de figuras ... xxiii

Índice de tabelas ... xxxiii

Índice de gráficos...xxxv

Lista de abreviaturas e acrónimos... xxxvii

Glossário ... xxxix

Introdução ...1

Capítulo 1. Território e Turismo ... 15

Capítulo 2. Turismo em pequenos territórios insulares ... 65

Capítulo 3. Construção do espaço turístico da Madeira ... 169

Capítulo 4. Ordenamento territorial do turismo na Madeira ... 311

Conclusões ... 355

Considerações finais ... 363

Bibliografia... 367

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R E S U M O

O T u r i s m o n a M a d e i r a

Dinâmicas e ordenamento do turismo em territórios insulares

Dedicamos a investigação à análise da construção do espaço turístico da ilha da Madeira, desde o início do século XX, aquando do surgimento do primeiro espaço turístico das elites europeias, até à actualidade. A linha de investigação incide sobre a relação entre turismo, enquanto motor do desenvolvimento regional, e o território insular, pequeno e ultraperiférico europeu.

Nos territórios insulares pequenos, ainda envoltos pelo mito da ilha paradisíaca, o ambiente natural diverso e preservado revelou particular aptidão para o desenvolvimento do turismo. Contudo, a fragilidade inerente a estes territórios, a superfície e os recursos limitados, o isolamento e a frequente especialização económica, comprometem a capacidade de resposta às dinâmicas específicas ao turismo. Se ao turismo logo se reconheceu a oportunidade económica, apenas na década de 1980, face aos desequilíbrios de uma oferta excessiva e à degradação do ambiente atractivo, despertou a necessidade de ordenamento territorial turístico.

Foi o caso da ilha da Madeira, onde o turismo se revelou uma força económica com grande vocação para a transformação do território. Desde logo tratado com os instrumentos típicos do planeamento urbano, a complexidade dos processos de turistificação puseram em evidência a falta de adequação daqueles instrumentos no ordenamento de tecidos tão específicos quanto os turísticos. Acrescem ainda as consequências do ordenamento territorial desadequado ao território insular pequeno. Nas ilhas Canárias teve lugar uma abordagem inovadora à relação do turismo e território, o Plano Insular de Ordenamento Territorial. Recorremos ao estudo a estes casos de referência que permitiram estabelecer um quadro comparativo, com destaque neste instrumento. Esperamos apontar estratégias com aplicabilidade à ilha da Madeira, considerando a oportunidade da revisão do Plano de Ordenamento Turístico para o enquadramento das tendências recentes ao ordenamento territorial do turismo e para a introdução do ordenamento territorial integrado e do planeamento estratégico, de modo a permitir a alteração de paradigma turístico na Madeira, para a territorialização do turismo.

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A B S T R A C T

T o u r i s m i n M a d e i r a

The dynamics and planning of tourism in island territories

The research is dedicated to the analysis of the construction of the tourist area of Madeira Island, from the early twentieth century, at the emergence of the tourist space of European elites, to the present day. The research focuses on the relationship between tourism as a driving force for regional development, and the insular, small and outermost European territory.

In the small island territories, still surrounded by the myth of the island paradise, the diverse and preserved natural environment revealed particular suitability for the development of tourism. However, the fragility inherent in these territories, limited surface area and resources, isolation and frequent economic specialization, compromise the capacity to respond to the specific dynamics of tourism. If tourism was soon recognized as an economic opportunity, it was only in the 1980s that, given the imbalances of excessive supply and the deterioration of the attractive environment, there was a need for tourism spatial planning.

This was the case of the island of Madeira, where tourism proved to be an economic force with a great capacity for the transformation of the territory. First dealt with the typical instruments of urban planning, the complexity of the touristification processes has revealed the lack of adequacy of these instruments regarding the planning of spaces as specific as the tourist ones. In addition, the consequences of inappropriate territorial planning on small island territory.

In the Canary Islands an innovative approach was taken to the relation of between tourism and territory, the Island Plan for Land Management. We resorted to the study of these reference cases that allowed us to establish a comparative framework, with takes emphasis in this instrument. It is our target to point out strategies with applicability to the island of Madeira, regarding the opportunity of the revision of the island’s Tourism Management Plan. Hereby, allowing Madeira to aim the recent trends to the territorial planning of tourism and the introduction of integrated territorial and strategic planning, in order to allow the change of the tourism paradigm in the island to one that focuses on the territorialisation of tourism.

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R E S U M E N

E l T u r i s m o e n M a d e i r a

Dinámicas e ordenación del turismo en los territorios insulares

Dedicamos la investigación al análisis de la construcción del espacio turístico de la isla de Madeira desde principios del siglo XX, en el momento del surgimiento del primer espacio turístico de las élites europeas, hasta la actualidad. La línea de investigación se centra en la relación entre el turismo, como motor del desarrollo regional, y el territorio insular, pequeño y ultra periférico europeo. En los territorios insulares pequeños, aún envueltos por el mito de la isla paradisíaca, el ambiente natural diverso y preservado reveló particular aptitud para el desarrollo del turismo. Sin embargo, la fragilidad inherente a estos territorios, la superficie y los recursos limitados, el aislamiento y la frecuente especialización económica, comprometen la capacidad de respuesta a las dinámicas específicas al turismo. Si al turismo pronto se reconoció la oportunidad económica, sólo en la década de 1980, ante los desequilibrios de una oferta excesiva y la degradación del ambiente atractivo, despertó la necesidad de ordenación territorial turística.

Fue el caso de la isla de Madeira, donde el turismo se reveló una fuerza económica con gran vocación para la transformación del territorio. Desde el principio tratado con los instrumentos típicos de la planificación urbana, la complejidad de los procesos de turistización puso de manifiesto la falta de adecuación de aquellos instrumentos en el ordenamiento de tejidos tan específicos como los turísticos. Además, las consecuencias de la ordenación territorial inadecuada al territorio insular pequeño.

En las islas Canarias tuvo lugar un enfoque innovador a la relación del turismo y territorio, el Plan Insular de Ordenación Territorial. Se recurre al estudio a estos casos de referencia que permitieron establecer un cuadro comparativo, con destaque en este instrumento.

Esperamos apuntar estrategias con aplicabilidad a la isla de Madeira, considerando la oportunidad de la revisión del Plan de Ordenación Turística para el encuadramiento de las tendencias recientes al ordenamiento territorial del turismo y para la introducción del ordenamiento territorial integrado y de la planificación estratégica, para permitir la modificación del paradigma turístico en Madeira hacia la territorialización del turismo.

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P A L A V R A S - C H A V E

Desenvolvimento turístico Espaço turístico

Ordenamento territorial turístico Modelo territorial

Território insular

K E Y W O R D S

Island territories

Spacial planning of tourism Territorial model Touristic area Tourism development

P A L A B R A S C L A V E

Desenvolvimiento turístico Espacio turístico

Ordenación territorial turística Modelo territorial

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A G R A D E C I M E N T O S

Começo por agradecer de forma especial aos meus orientadores Prof. Doutor Carlos Henriques Ferreira e Prof. Doutor Miquel Corominas y Ayala, pela dedicação e partilha nesta incursão pelo turismo. Ao corpo docente e não docente da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, Centro de Investigação de Arquitectura, Urbanismo e Design e da Escola Técnica Superior de Arquitectura de Barcelona da Universidade Politécnica da Catalunha. Um agradecimento dirigido ao Prof. Doutor Joaquín Sabaté Bel, à Prof. Doutora Isabel Castiñiera Palao, ao Prof. Ricard Pie i Ninot, ao Prof. Estanislau Roca, Prof. Doutor Biel Horrach e ao Departamento de Urbanismo e Ordenamento do Território da ETSAB. Em particular à colega, Doutora Melisa Pesoa.

Deixo um agradecimento às entidades e associações regionais: Direcção Regional do Ordenamento do Território e Ambiente, Secretaria Regional do Turismo e Cultura, Direcção de Serviços de Informação Geográfica e Cadastro, Direcção Regional de Estatística, Biblioteca Regional Pública da Madeira, Arquivo Regional da Madeira, Câmara Municipal do Funchal, Câmara Municipal de Câmara de Lobos, Centro de Estudos de História do Atlântico, Associação do Comércio e Indústria do Funchal – Câmara Comercial e Industrial da Madeira, Associação de Promoção da Madeira e Delegação da Madeira da Ordem dos Arquitectos.

Aos arquitectos Vanessa Jesus, Hugo Jesus e Roberto Castro do atelier RH+ arquitectos, e Ricardo Lucas e João Modas do atelier LM arquitectos, pela compreensão.

Agradeço aos meus pais, Maria José e José Nascimento Perdigão e ao meu irmão, João André Perdigão, pela paciência e apoio incondicional, não apenas durante esta fase, mas desde sempre. Ao meu marido, Dionísio Teixeira de Sousa, pelo apoio, partilha e pelo melhor da nossa vida que está por vir. Pelas incursões turísticas!

Aos meus familiares e amigos, em especial à arquitecta Isa Ramos, parceira nesta empresa. A todos os que me engrandecem, o mais sentido agradecimento.

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Í N D I C E D E T E X T O

I N T R O D U Ç Ã O . . . 1 1. Enquadramento temático ... 7 1.1 Problemática e questões ...9 1.2 Relevância e motivação ... 10 1.3 Objectivos ... 11

1.4 Definição conceptual e hipótese ... 12

1.5 Metodologia ... 12

C A P Í T U L O 1 . T E R R I T Ó R I O E T U R I S M O . . . 1 5 1. Uma relação biunívoca ... 19

1.1 Do turismo ... 19

1.2 Vínculos territoriais do turismo ... 22

1.3 Ordenamento territorial turístico ... 25

2. Paradigma actual e imposições ao território ... 31

2.1 O território: pressões, oportunidades e desafios ... 31

2.2 Sustentabilidade, competitividade, inovação e autenticidade ... 33

2.3 Tendências contemporâneas ... 37

3. Processo de produção do espaço turístico no contexto europeu ... 39

3.1 Primeiros espaços turísticos das elites (1900 - 1945) ... 41

3.2 Democratização do turismo (1945 - 1973) ... 48

3.3 Consolidação dos espaços turísticos (após 1973) ... 53

4. Abordagem territorial nos destinos consolidados ... 59

C A P Í T U L O 2 . T U R I S M O E M P E Q U E N O S T E R R I T Ó R I O S I N S U L A R E S . . . 6 5 1. Particularidades do turismo no território insular pequeno ... 69

1.1 Imaginário insular e aptidão turística ... 70

1.2 Vulnerabilidade e fragilidades ... 72

1.3 Ordenamento territorial e turístico em pequenas ilhas ... 76

2. Contexto insular euro-atlântico: estudo comparativo ... 79

2.1 Madeira e casos de referência de Lanzarote e La Palma ... 81

2.2 Plano Insular de Ordenamento do Território ... 86

2.3 Considerações sobre o ordenamento territorial turístico ... 90

3. Modelo territorial turístico de Lanzarote ... 99

3.1 Criação da infra-estrutura básica e implementação do modelo turístico ... 104

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3.3 Núcleos e tecidos turísticos ... 118

3.4 Avance da revisão do PIOL 2010 ... 132

4. Sistema turístico de La Palma... 143

4.1 Surgimento e evolução do espaço turístico ... 146

4.2 Planeamento territorial turístico de La Palma ... 152

4.3 Sistema turístico: núcleos e espaços ... 157

4.4 Considerações sobre o ordenamento do turismo em La Palma ... 166

C A P Í T U L O 3 . C O N S T R U Ç Ã O D O E S P A Ç O T U R Í S T I C O D A M A D E I R A . . . 1 6 9 1. Nota histórica e antecedentes ao turismo na ilha ... 173

1.1 Construção da principal cidade: Funchal ... 176

1.2 Viagem à ilha no século XIX ... 179

2. Formação do primeiro espaço turístico no Funchal ... 185

2.1 Embelezamentos e melhoramentos urbanos ... 186

2.2 Primeiras tipologias do turismo e do lazer ... 201

2.3 Construção da frente de mar do Funchal ... 212

2.4 Rede viária insular e primeiras implantações turísticas fora do Funchal ... 215

2.5 Conclusão da 1ª fase (1900-1939/45) ... 221

3. Desenvolvimento do destino no pós-guerra ... 227

3.1 Conjuntura sócio-económica e o turismo na década de 1960 ... 232

3.2 Centro urbano-turístico do Funchal ... 235

3.3 Desenvolvimentos turísticos fora do Funchal ... 244

3.4 Regulamentação para os tecidos turísticos ... 254

3.5 Conclusão da 2ª fase (1960-1974) ... 261

4. Espaço turístico consolidado ... 267

4.1 Expansão e consolidação do centro urbano-turístico do Funchal ... 271

4.2 Sistema turístico insular ... 288

4.3 Oferta alternativa: turismo em espaço rural ... 298

4.4 Considerações ao espaço turístico insular actual ... 301

C A P Í T U L O 4 O R D E N A M E N T O T E R R I T O R I A L D O T U R I S M O N A M A D E I R A . . . 3 1 1 1. Plano de Ordenamento Turístico para a RAM, 2002 ... 315

1.1 Proposta e modelo territorial ... 320

1.2 Implementação do modelo proposto ... 328

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2. Documento Estratégico para o Turismo da RAM, 2015 ... 341

2.1 Diagnóstico, metas a atingir e eixos estratégicos... 341

2.2 Tradução espacial da estratégia ... 344

3. Considerações ao ordenamento territorial turístico na Madeira ... 349 C O N C L U S Õ E S . . . 3 5 5 C O N S I D E R A Ç Õ E S F I N A I S . . . 3 6 3 B I B L I O G R A F I A . . . 3 6 7 A N E X O S . . . 3 8 7

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Í N D I C E D E F I G U R A S

Figura 1: Definição da relação de interdependência entre turismo e território. ... 25 Figura 2: Produção do espaço turístico ... 40 Figura 3: The Canary Islands as a winter resort, John Whiteford, 1890 ... 42 Figura 4: Cartaz promocional Winter at Tenerife, 1905 ... 42 Figura 5: Cartazes publicitários da agência Thomas Cook & Son ... 42 Figura 6: Excursão às termas de Azuaje, Gran Canária, 1930 ... 44 Figura 7: Palácio Termal, Puerto de La Cruz, Tenerife, bilhete-postal, 1905 ... 44 Figura 8: Praia, Puerto de La Cruz, Tenerife, bilhete-postal, 1925 ... 44 Figura 9: Litoral de Benidorm, 1920 ... 45 Figura 10: Maiorca, bilhete-postal, 1920 ... 45 Figura 11: Cidade jardim turística, Maiorca, 1933 ... 45 Figura 12: Vista sobre o levante de Benidorm, Alicante, c. 1960 ... 50 Figura 13: Cala Millor, Maiorca, bilhete-postal, 1968 ... 50 Figura 14: El Arenal, Maiorca, bilhete-postal, c. 1970 ... 51 Figura 15: Estrada em Maiorca, bilhete-postal, c. 1960 ... 51 Figura 16: Vista sobre o passeio marítimo de Palma, Maiorca, 1985 ... 51 Figura 17: Produção do espaço turístico fordista, 1960/1970 ... 53 Figura 18: Benidorm, 1971 ... 56 Figura 19: El Arenal, Maiorca, 1970. ... 56 Figura 20: Produção do espaço turístico pós-fordista... 58 Figura 21: Enquadramento geográfico das ilhas da Madeira, Lanzarote e La Palma. ... 80 Figura 22: Pormenor do Plano Geral de Melhoramentos da Praia de Moledo, Carlos Ramos, 1929 ... 91 Figura 23: Pormenor solução urbanística do Plano para Costa da Caparica, Cassiano Branco, 1930 . 91 Figura 24: Plano de Urbanização da Praia da Rocha, Cassiano Branco, 1935 ... 91 Figura 25: Ortofotomapa de Lanzarote, 2014 (escala aprox. 1/250 000) ... 99 Figura 26: Mapa da ilha de Lanzarote, Tomás López, 1779. ... 101 Figura 27: Vila de Teguise, Leonardo Turriano, 1592 ... 101 Figura 28: Porto de Arrecife, Leonardo Turriano, 1592 ... 101 Figura 29: Frente marítima de Arrecife, bilhete-postal, finais do séc. XIX. ... 104 Figura 30: Vista aérea de Arrecife, 1927. ... 104 Figura 31: Los Jameos del Agua ... 106 Figura 32: Cueva de los Verdes ... 106 Figura 33: Parque Nacional de Timanfaya ... 106

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Figura 34: Casa-museu El Campesino ... 106 Figura 35: Mirador del Río ... 107 Figura 36: Jardín de Cactus ... 107 Figura 37: Modelo turístico de Lanzarote, década de 1970 (escala aprox.1/500 000) ... 108 Figura 38: Modelo territorial turístico do PIOL 1973 (escala aprox. 1/500 000) ... 112 Figura 39: Síntese de impactes territoriais, finais da década de 1980 (escala aprox. 1/500 000) ... 114 Figura 40: Modelo turístico do PIOL 1991 (escala aprox. 1/500 000) ... 117 Figura 41: Puerto del Carmen, extracto do Ortofotomapa da Ilha de Lanzarote, 1976 (escala aprox. 1/25 000). ... 120 Figura 42: Puerto del Carmen, extracto do Ortofotomapa da Ilha de Lanzarote, 1990 (escala aprox. 1/25 000). ... 120 Figura 43: Puerto del Carmen, extracto do Ortofotomapa da Ilha de Lanzarote, 2003 (escala aprox. 1/25 000) ... 120 Figura 44: Puerto del Carmen, extracto do Ortofotomapa da Ilha de Lanzarote, 2007 (escala aprox. 1/40 000) ... 121 Figura 45: Hotel Los Fariones, em construção, 1967 ... 121 Figura 46: Hotel San Antonio, no ano da inauguração, 1974 ... 121 Figura 47: Puerto del Carmen, bilhete-postal, 1991 ... 122 Figura 48: Puerto del Carmen, 2015 (fonte: www.delcampe.be, consult. 24 Fev. 2014). ... 122 Figura 49: Costa Teguise, extracto do Ortofotomapa da Ilha de Lanzarote, 1982 (escala aprox. 1/25 000) ... 123 Figura 50: Costa Teguise, extracto do Ortofotomapa da Ilha de Lanzarote, 1990 (escala aprox. 1/25 000) ... 124 Figura 51: Costa Teguise, extracto do Ortofotomapa da Ilha de Lanzarote, 2002 (escala aprox. 1/25 000) ... 124 Figura 52: Costa Teguise, extracto do Ortofotomapa da Ilha de Lanzarote, 2009 (escala aprox. 1/25 000) ... 125 Figura 53: Costa Teguise, bilhete-postal, 1993 ... 125 Figura 54: Playa Blanca, extracto do Ortofotomapa da Ilha de Lanzarote, 1982 (escala aprox. 1/25 000) ... 127 Figura 55: Playa Blanca, extracto do Ortofotomapa da Ilha de Lanzarote, 1990 (escala aprox. 1/25 000) ... 127 Figura 56: Playa Blanca, extracto do Ortofotomapa da Ilha de Lanzarote, 2002 (escala aprox. 1/40 000). ... 127

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Figura 57: Playa Blanca, extracto do Ortofotomapa da Ilha de Lanzarote, 2007 (escala aprox. 1/30 000). ... 128 Figura 58: Playa Blanca, bilhete-postal, 1991. ... 128 Figura 59: Puerto Calero-Cortijo Viejo, extracto do Ortofotomapa da Ilha de Lanzarote, 1990 (escala aprox. 1/10 000) ... 129 Figura 60: Puerto Calero-Cortijo Viejo, extracto do Ortofotomapa da Ilha de Lanzarote, 2004 (escala aprox. 1/10 000) ... 130 Figura 61: Puerto Calero, bilhete-postal, 2014 ... 130 Figura 62: La Santa Sport, extracto do Ortofotomapa da Ilha de Lanzarote, 1985 (escala aprox. 1/10 000) ... 131 Figura 63: La Santa Sport, extracto do Ortofotomapa da Ilha de Lanzarote, 2013 (escala aprox. 1/10 000) ... 131 Figura 64: Planta de Ordenamento – Assentamentos urbanos ... 136 Figura 65: Planta de Ordenamento – Rede de mobilidade e transportes públicos ... 136 Figura 66: Síntese de Ordenamento - Puerto del Carmen (Plano 28/30) ... 138 Figura 67: Síntese de Ordenamento - Puerto Calero e Puerto de Carmen (Plano 27/30) ... 138 Figura 68: Síntese de Ordenamento - Arrecife e Costa Teguise (Plano 23/30) ... 139 Figura 69: Síntese de Ordenamento - Playa Blanca (Plano 29/30) ... 139 Figura 70: Síntese de Ordenamento - Playa Blanca (Plano 30/30) ... 140 Figura 71: Ortofotomapa de La Palma, 2014 (escala aprox. 1/250 000) ... 143 Figura 72: Ilha de Palma no Atlas de Coello, c. 1890... 145 Figura 73: Pormenor do Plano da Cidade de Santa Cruz de La Palma, Manuel Hernández, 1742 ... 146 Figura 74: Aguarela da cidade de Santa Cruz de La Palma, 1750 ... 146 Figura 75: Desembarcadouro de Santa Cruz de La Palma, bilhete-postal, 1895 ... 147 Figura 76: Vista sobre o Porto de Santa Cruz de La Palma, 1915 ... 147 Figura 77: Vapores no Porto de Santa Cruz de La Palma, 1935 ... 147 Figura 78: Construção do molhe e avenida marítima, 196- ... 148 Figura 79: Avenida marítima e entrada de Santa Cruz de La Palma, 196- ... 148 Figura 80: Santa Cruz de La Palma, extracto do Ortofotomapa da Ilha de La Palma, 1963 (s/escala) 148 Figura 81: Sistema turístico – Zonamento geral... 156 Figura 82: Evolução do tecido turístico em Puerto de Naos, extracto dos ortofotomapas 1964, 1979, 1981, 2000 e 2012 (escala aprox. 1/25 000) ... 159 Figura 83: Ficha do sistema de núcleos do PTETLP – Puerto de Naos ... 160 Figura 84: Charco Verde, extracto do ortofotomapa 2012 (escala aprox. 1/20 000) ... 161

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Figura 85: Ficha do sistema de núcleos do PTETLP – Charco Verde ... 161 Figura 86: Evolução do tecido turístico de Cerca Vieja, extracto dos ortofotomapas 1996, 2002 e 2006 (escala aprox. 1/20 000) ... 162 Figura 87: Ficha do sistema de núcleos do PTETLP – NTE-3 Cerca Vieja ... 162 Figura 88: Evolução do tecido turístico em Los Cancajos, extracto dos ortofotomapas 1966, 1975, 1991, 1998 e 2006 (escala aprox. 1/25 000) ... 163 Figura 89: Ficha do sistema de núcleos do PTETLP – Los Cancajos ... 164 Figura 90: La Fajana, extracto do ortofotomapa 2012 ... 165 Figura 91: Ficha do sistema de núcleos do PTETLP – NTE-5 La Fajana ... 165 Figura 92: Ortofotomapa da Madeira, 2012 (escala aprox. 1/250 000) ... 173 Figura 93: Enquadramento geográfico da ilha da Madeira ... 175 Figura 94: Limites administrativos municipais (escala aprox. 1/500 000) ... 175 Figura 95: Panorâmica do Funchal, Thomas Hearne, 1772 ... 177 Figura 96: Planta do Funchal, Mateus Fernandes, c. 1570 ... 177 Figura 97: Planta da Cidade do Funchal, Skinner, 1775 ... 177 Figura 98: Planta da Cidade do Funchal, em que se representam as ruínas causadas pelo aluvião de 9 de Outubro de 1803 e o plano para a Nova Cidade das Angústias, Oudinot, 1804 ... 179 Figura 99: Planta da Cidade do Funchal, com os trabalhos realizados no encanamento das ribeiras e Estrada Nova, Oudinot, 1805 ... 179 Figura 100: Madeira illustrated, Andrew Picken, 1840; A sketch of Madeira, Edward Harcourt, 1851 e A winter in Madeira, John Dix, 1853 ... 182 Figura 101: Indo para o baile em casa do cônsul britânico, in Jornal de uma visita à Madeira e a Portugal 1853-1854, Isabella de França, 1853 ... 182 Figura 102: Câmara de Lobos, the fishing port of Madeira, Winston Churchill, 1950 ... 182 Figura 103: Reid’s Palace Hotel, bilhete-postal, 1900 ... 183 Figura 104: Planta da Cidade do Funchal e seus arredores, Aníbal e Augusto Trigo, 1905 ... 187 Figura 105: Pormenor da Planta do Funchal, com a área das Angústias e Porto do Funchal, Adriano e Augusto Trigo, c. 1899 ... 188 Figura 106: Alfândega e Porto do Funchal, c. 1933 ... 188 Figura 107: Cais Regional, 1910 ... 189 Figura 108: Desembarque de turistas no Cais Regional, c. 1933 ... 189 Figura 109: Rua da Praia, 1870 ... 189 Figura 110: Rua da Praia e Alfândega do Funchal, c. 1930 ... 190 Figura 111: Comboio do Monte, c. 1900 ... 190

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Figura 112: Carro Americano, 1915... 190 Figura 113: Passeio Público, 1925 ... 191 Figura 114: Teatro e Jardim Público, 1907 ... 191 Figura 115: Entrada da Cidade, 1878 ... 191 Figura 116: Pormenor da Planta da Cidade do Funchal e seus arredores, Aníbal e Augusto Trigo, 1905 ... 192 Figura 117: Pormenor do Plano Geral de Melhoramentos para o Funchal, Ventura Terra, 1915 ... 195 Figura 118: Alargamento da Avenida Arriaga, 1940, vista para este ... 197 Figura 119: Alargamento da Avenida Arriaga, 1940, vista para oeste ... 197 Figura 120: Avenida Arriaga e Avenida do Infante, 1945. ... 197 Figura 121: Praça do Infante e Avenida Arriaga, c. 1950 ... 198 Figura 122: Praça e Avenida do Infante, c. 1950 ... 198 Figura 123: Alargamento da Avenida Zarco, 1937 ... 198 Figura 124: Avenida do Mar e Cais Regional, 1953. ... 199 Figura 125: Jardim municipal após intervenção de Caldeira Cabral, 1942 ... 199 Figura 126: Estudo do arranjo da Praça do Município, Faria da Costa, 1945 ... 199 Figura 127: Alçado de residência para a Avenida do Infante ao gosto Estado Novo, Edmundo Tavares, c. 1940 ... 200 Figura 128: Casas Madeirenses, João dos Reis Gomes com colaboração de Edmundo Tavares, Funchal, Eco do Funchal, 1937 ... 200 Figura 129: Cartaz publicitário da Madeira, a partir de aguarela de Max Römer, in The Illustrated London News, 1931 ... 203 Figura 130: Hotel Savoy, bilhete-postal, 1930 ... 203 Figura 131: Savoy, bilhete-postal, c. 1930... 204 Figura 132: Cartaz do Reid’s Palace Hotel, a partir de aguarela de Max Römer, 1927. ... 204 Figura 133: Hotel Atlântico, bilhete-postal, 1931 ... 205 Figura 134: Hotel Vila Lido, bilhete-postal a partir de aguarela de Max Römer, 1930 ... 205 Figura 135: Hotel Belavista, bilhete-postal, c. 1930 ... 206 Figura 136: Hotel Bellomonte, guache de Max Römer, 1929 ... 206 Figura 137: Monte Palace Hotel, bilhete-postal, c. 1920 ... 206 Figura 138: Hotel Miramar, bilhete-postal, c. 1950 ... 207 Figura 139: Hotel e Café Golden Gate, c. 1930 ... 207 Figura 140: Casa de prazer da Quinta Bianchi, c. 1900 ... 207 Figura 141: Quinta da Boa Vista, aguarela de Max Römer, 1925 ... 208

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Figura 142: Quinta da Esperança, aguarela de Max Römer, 1940 ... 208 Figura 143: Quinta Pavão, c. 1906 ... 208 Figura 144: Infra-estrutura de apoio ao turismo no centro do Funchal, sobre Mapa do Guia Alemão, c. 1903 ... 209 Figura 145: Casino Victória e Casino Pavão, Max Römer, c. 1925 ... 211 Figura 146: Posto de Turismo, à Entrada da Cidade, 1937 ... 211 Figura 147: Lido, 193- ... 211 Figura 148: Praia do Funchal, bilhete-postal, c. 1930 ... 212 Figura 149: Ante-projecto da Avenida do Mar, Caldeira Cabral, 1942 ... 214 Figura 150: Estudo de remodelação da zona marginal do Funchal, Faria da Costa, 1945 ... 214 Figura 151: Estudo de remodelação da zona marginal do Funchal – volume das construções, Faria da Costa, 1945 ... 214 Figura 152: Cartaz publicitário do Fim do Ano no Funchal, 1940 ... 214 Figura 153: Estradas nacionais da Madeira, depois designadas regionais, evolução até 1955 e planos futuros ... 216 Figura 154: Ponte sobre o Ribeiro Seco, Estrada Monumental, vendo-se o Reid’s Palace Hotel, c. 1920 ... 217 Figura 155: Estrada Monumental, por ocasião da 1ª Maratona Funchal – Câmara de Lobos, 1920 .. 217 Figura 156: Estrada da Encumeada, Serra d’Água, Ribeira Brava, c. 1920 ... 217 Figura 157: Túnel do Seixal, c. 1870 ... 218 Figura 158: Pousada dos Vinháticos, Serra d’Água, Ribeira Brava, c. 1933 ... 219 Figura 159: Funchal visto a partir do mar, com identificação da estância do Monte, Terreiro da Luta e Pico do Areeiro, aguarela de Max Römer, 1930... 219 Figura 160: Terreiro da Luta, Monte, aguarela de Max Römer, 1930 ... 219 Figura 161: Praia de Machico, com batelões varados, c. 1940 ... 220 Figura 162: Barcos varados no calhau de Câmara de Lobos, 1949 ... 220 Figura 163: Seixal, c. 1940 ... 220 Figura 164: Sistema turístico da ilha, 1945 (escala aprox. 1/250 000) (elab. própria a partir cartografia base - DROTA, 2007). ... 223 Figura 165: Centro urbano-turístico do Funchal, 1945 (escala aprox. 1/75 000) ... 224 Figura 166: Vista aérea do Funchal, 1945 ... 225 Figura 167: Hidro-avião Hampshire, Aquila Airways, baía do Funchal, c. 1949. ... 229 Figura 168: Aeroporto de Santa Catarina, voo experimental a 18 de Julho de 1957 ... 229

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Figura 169: Avião da TAP que aterrou na Madeira no dia de inauguração do aeroporto, a 08 de Julho de 1964 ... 229 Figura 170: Modelo territorial insular, com distribuição demográfica e zonas de desenvolvimento turístico propostas no Relatório de Base do Plano para o Desenvolvimento do Turismo da Ilha da Madeira ... 234 Figura 171: Parque de Santa Catarina, actualmente ... 236 Figura 172: Fotomontagem do Clube Náutico do Funchal, Faria da Costa, 1945 ... 236 Figura 173: Planta Geral do Clube Náutico do Funchal, Faria da Costa, 1945 ... 236 Figura 174: Esquisso do Casino Park Hotel, Oscar Niemeyer, 1966 ... 239 Figura 175: Estudos de enquadramento paisagístico do Casino Park Hotel ... 240 Figura 176: Planta Geral do Ante-projecto do Casino Park Hotel, Viana de Lima, 1971 ... 240 Figura 177: Casino Park Hotel, bilhete-postal, 1976 ... 241 Figura 178: Alçado sul do Hotel Quinta do Sol, Chorão Ramalho, 1967 ... 241 Figura 179: Hotel Quinta do Sol, bilhete-postal, 1974 ... 241 Figura 180: Hotel Madeira ... 242 Figura 181: Hotel Sheraton, fotomotagem, Júlio Cascais, 1967 ... 242 Figura 182: Hotel Sheraton, no local onde existiu o Hotel Atlântico, bilhete-postal, c. 1970 ... 242 Figura 183: Infra-estrutura turística no centro do Funchal, sobre planta do Plano Director do Funchal, 1972 ... 243 Figura 184: Alçados do Hotel Bela Vista, Chorão Ramalho, 197- ... 246 Figura 185: Planta do Piso 1 do Hotel Bela Vista, Chorão Ramalho, 197- ... 246 Figura 186: Maquete do conjunto urbanístico de Água de Pena, Zona A, c. 1967. 1-Hotel; 2-Clube de Bridge; 3-Conjunto habitacional “Flats 2”; 4-Centro comercial; 5-Restaurante; 6-Conjunto habitacional “Flats 1”; 7-Moradias isoladas; 8-Moradias agrupadas; 9-Moradias em banda ... 247 Figura 187: Maquete da primeira proposta para o Hotel da MATUR, c. 1967 ... 247 Figura 188: Maquete da Conjunto habitacional “Flats 2”, c. 1967 ... 248 Figura 189: Maquete da moradia isolada tipo 1, c. 1967 ... 248 Figura 190: Maquete do Clube de Bridge, c. 1967 ... 248 Figura 191: Maquete do restaurante (não construído), c. 1967 ... 249 Figura 192: Maquete do Yatch Clube (não construído), c. 1967 ... 249 Figura 193: Terrenos não urbanizados na Água de Pena, c. 1960 ... 249 Figura 194: Complexo MATUR, c. 1972 ... 250 Figura 195: MATUR Madeire, bilhete-postal, c. 1972 ... 250 Figura 196: Hotel Atlantis, c. 1972 ... 250

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Figura 197: Moradias em banda e piscina olímpica, bihete-postal, c. 1972 ... 251 Figura 198: Clube de Bridge, bilhete-postal, c. 1972 ... 251 Figura 199: Planta do Conjunto Turístico do Forte Velho, Chorão Ramalho, 1968, com o Hotel da Bela Vista à esquerda ... 253 Figura 200: Alçado Sul do Conjunto Turístico do Forte Velho, Chorão Ramalho, 1968, com o Hotel da Bela Vista à esquerda ... 253 Figura 201: Frente marítima do Conjunto Turístico Machitur, Chorão Ramalho e Rafael Botelho, 1971 ... 253 Figura 202: Planta do Conjunto Turístico Machitur, implantação das moradias, Chorão Ramalho e Rafael Botelho, 1971. A-Casa do artista; B-Parque; C-Hotel; D-Apartamentos ... 254 Figura 203: Plano da Rede Geral das Circulações e do Apretechamento Urbano: Plano Regulador, Plano Geral de Urbanização do Funchal, Faria da Costa e Carvalho Mesquita, 1959 ... 256 Figura 204: Plano Director da Cidade do Funchal, Rafael Botelho, 1972 ... 259 Figura 205: Áreas a preservar, a renovar e dedicadas ao turismo, Plano Director da Cidade do Funchal, Rafael Botelho, 1972 ... 260 Figura 206: Esquema viário principal, Plano Director da Cidade do Funchal, Rafael Botelho, 1972 .. 260 Figura 207: Sistema turístico da ilha, 1974 (escala aprox. 1/250 000) ... 263 Figura 208: Centro urbano-turístico do Funchal, 1974 (escala aprox. 1/75 000) ... 264 Figura 209: Esquiço do Plano Parcial da Frente de Mar a Sul do Pico da Cruz, da faixa costeira com equipamentos, vegetação e acesso ao mar, Chorão Ramalho, 1985 ... 272 Figura 210: Esquiço exemplificativo do Plano Parcial da Frente de Mar a Sul do Pico da Cruz, áreas disponíveis para implantação hoteleira e habitação, Chorão Ramalho, 1985 ... 272 Figura 211: Hotel Madeira Palácio, bilhete-postal, 1975 ... 274 Figura 212: Hotel Girassol, bilhete-postal, 1976 ... 274 Figura 213: Hotel Vila Ramos, bilhete-postal, c. 1985 ... 274 Figura 214: Hotel Alto Lido, bilhete-postal, 1987 ... 275 Figura 215: Hotel Estrelícia, bilhete-postal, c. 1985 ... 275 Figura 216: Hotel-apartamento Casa Branca, bilhete-postal, 1976 ... 276 Figura 217: Hotel-apartamento Gorgulho, bilhete-postal, 1981 ... 276 Figura 218: Hotel-apartamento Duas Torres, bilhete-postal, c. 1985... 276 Figura 219: Ponte do Ribeiro Seco, actualmente ... 278 Figura 220: Estrada Monumental, troço entre o Ribeiro Seco e o Lido, actualmente ... 278 Figura 221: Estrada Monumental, intercepção do Lido, actualmente... 278 Figura 222: Estrada Monumental, troço entre o Lido e o C.C. Fórum Madeira, actualmente ... 279

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Figura 223: Estrada Monumental, troço entre o Lido e o C.C. Fórum Madeira, actualmente ... 279 Figura 224: Estrada Monumental, troço entre o C.C. Fórum Madeira e a Praia Formosa, actualmente ... 279 Figura 225: Hotel Porto Santa Maria, actualmente ... 281 Figura 226: Jardim do Almirante Reis, actualmente ... 281 Figura 227: Rua de Santa Maria, actualmente ... 281 Figura 228: Hotel The Vine, actualmente. ... 282 Figura 229: Castanheiro Boutique Hotel, actualmente ... 282 Figura 230: Quinta das Vistas, actualmente ... 283 Figura 231: Quinta Bela de São Tiago, actualmente ... 283 Figura 232: Quintinha de São João, actualmente ... 283 Figura 233: Evolução e distribuição das principais tipologias do turismo no centro do Funchal, 2015 ... 284 Figura 234: Extracto da Planta de Ordenamento do PDM do Funchal, 2008 ... 287 Figura 235: Distribuição dos estabelecimentos hoteleiros da ilha da Madeira, por categoria, 2013 (escala aprox. 1/500 000) ... 290 Figura 236: Aldeamento turístico Encosta do Cabo Girão, inaugurado em 2006 ... 292 Figura 237: Aldeamento turístico e marina de recreio Quinta do Lorde, inaugurado em 2013 ... 292 Figura 238: Praia e marina de recreio da Calheta, em 2004 ... 293 Figura 239: Centro das Artes da Casa das Mudas, 2004. ... 293 Figura 240: Vista sobre o hotel-apartamento Dom Pedro Garajau e moradias turísticas e de habitação permanente na encosta do Garajau ... 296 Figura 241: Núcleos turísticos do Garajau e Portinho/Reis Magos, 2012 (escala aprox. 1/50 000) ... 296 Figura 242: Distribuição dos estabelecimentos hoteleiros e alojamento alternativo na ilha da Madeira, por categoria, 2013 (escala aprox. 1/500 000) ... 301 Figura 207: Sistema turístico da ilha, 2014 (escala aprox. 1/250 000) ... 307 Figura 243: Planta de Ordenamento do POTRAM, 1997... 319 Figura 244: Modelo turístico da Madeira, POT, 2002 ... 323 Figura 245: Modelo territorial, conceito básico, POT, 200 ... 325 Figura 246: Vertentes de análise ao desempenho do sector do turismo na RAM, com base nos diferentes subsectores ... 342 Figura 247: Modelo para a reestruturação do produto e reposicionamento da ilha da Madeira ... 343 Figura 248: Caracterização do cenário de evolução estratégica para a ilha da Madeira. ... 344 Figura 249: Pólos de desenvolvimento ... 345

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Í N D I C E D E T A B E L A S

Tabela 1: Planeamento estratégico vs. planeamento tradicional ... 63 Tabela 2: Estudo comparativo aos casos de referência ... 82 Tabela 3: Perfil turístico da ilha de Lanzarote ... 103 Tabela 4: Espaços turísticos definidos pelo PIOL ... 115 Tabela 5: Documentos e Planos constantes no Avance PIOL 2010 ... 133 Tabela 6: Perfil do destino ilha de La Palma ... 150 Tabela 7: Documentos e Planos constantes no PIOLP ... 153 Tabela 8: Documentos e Planos constantes no PTETLP ... 154 Tabela 9: Espaços turísticos definidos pelo PIOLP ... 155 Tabela 10: Número de estabelecimentos e camas hoteleiras na Madeira entre 1962 e 1974. ... 231 Tabela 11: Número de estabelecimentos e camas hoteleiras na Madeira entre 1976 e 2012. ... 269 Tabela 12: Número de dormidas nos estabelecimentos hoteleiros na Madeira, por município, entre 2002 e 2012 ... 288 Tabela 13: Principais indicadores do Turismo no Espaço Rural na Madeira, entre 1996 e 2012 ... 299 Tabela 14: Perfil do destino ilha da Madeira ... 305 Tabela 15: Objectivos e acções do POT, 2002. ... 322

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Í N D I C E D E G R Á F I C O S

Gráfico 1: Evolução do número de dormidas em estabelecimentos hoteleiros na Madeira, entre 1946 e 1975 ... 230 Gráfico 2: Evolução do número de camas em estabelecimentos hoteleiros na Madeira, entre 1962 e 1975 ... 231 Gráfico 3: Evolução do número de dormidas em estabelecimentos hoteleiros, entre 1946 e 2013. 268 Gráfico 4: Evolução do número de camas em estabelecimentos hoteleiros na Madeira entre 1976 e 2013 ... 269 Gráfico 5: Evolução do movimento de passageiros no Aeroporto da Madeira entre 1976 e 2014 ... 270 Gráfico 6: Evolução do movimento de passageiros de cruzeiro no Porto do Funchal entre 1976 e 2014 ... 270 Gráfico 7: Número de dormidas nos estabelecimentos hoteleiros na Madeira, por município, 2012 ... 289 Gráfico 8: Número de dormidas em estabelecimentos hoteleiros tradicionais e TER, entre 1996 e 2012 ... 299

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L I S T A D E A B R E V I A T U R A S E A C R Ó N I M O S

ACIF-CCIM Associação do Comércio e Indústria do Funchal – Câmara Comercial e Industrial da Madeira

AL Alojamento local

APDR Associação Portuguesa de Desenvolvimento Regional

CCDR-ALG SIDS Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve – Sistema de indicadores de desenvolvimento sustentável

CEE Comunidade Económica Europeia

CMF Câmara Municipal do Funchal

DETRAM Documento Estratégico para o Turismo na Região Autónoma da Madeira

DGOTDU Direcção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano

DPE-CMF Departamento de Planeamento Estratégico da Câmara Municipal do Funchal

DREM Direcção Regional de Estatística da Madeira

FAUL Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa

GRAFCAN Cartografia de Canárias

INE-ES Instituto Nacional de Estatística de Espanha INE-PT Instituto Nacional de Estatística de Portugal

ISTAC Instituto Canário de Estatística

OMT Organização Mundial de Turismo

ONU Organização das Nações Unidas

PDST Plano de Desenvolvimento do Sector Turístico

PIOT Plano Insular de Ordenamento Territorial

PIOL Plano Insular de Ordenamento de Lanzarote

PIOLP Plano Insular de Ordenamento de La Palma

PMOT Planos Municipais de Ordenamento do Território

PNPOT Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território

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POT Plano de Ordenamento Turístico da Região Autónoma da Madeira POTRAM Plano de Ordenamento do Território da Região Autónoma da Madeira

PROT Planos Regionais de Ordenamento do Território

PTEOTPL Plano Territorial Especial Ordenamento da Actividade Turística de La Palma

PTEOTL Plano Territorial Especial Ordenamento da Actividade Turística de Lanzarote

RAM Região Autónoma da Madeira

RUP Região Ultraperiférica

SITC Sistema de Informação Territorial de Canárias SREA Serviço Regional de Estatística dos Açores SIET Sistema de Indicadores Estatísticos do Turismo

STT Sistema territorial turístico

TER Turismo em espaço rural

UE União Europeia

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G L O S S Á R I O

Capacidade de alojamento Indicador de sustentabilidade do turismo que se refere os meios de alojamento recenseados, considerando-se estabelecimentos hoteleiros e extra hoteleiros e unidades de turismo em espaço rural (adaptado de CCDR-ALG SIDS, ISTAC e Turismo de Portugal).

Capacidade de carga Do ponto de vista espacial implica a existência de limites relativos ao entorno natural e artificial que, uma vez excedidos, colocam em perigo a sobrevivência ou a continuidade desse mesmo entorno. Contudo, estabelecer o ponto a partir do qual o destino supera a sua capacidade de carga não é prática fácil. Pode referir-se à geração de resíduos acima da capacidade de tratamento, construção massificada, congestão ou tráfego, ou outros. Do ponto de vista socio-cultural, pode referir-se à relação entre o número de turistas que a comunidade local pode acolher sem se considerar o destino saturado e sem provocar alteração inaceitável no ambiente físico e declínio intolerável na qualidade da experiencia turística (Martin, 2009 e Mathieson e Wall, 1982 cit. por Moniz, 2006).

Crescimento turístico Meio que visa a criação de riqueza e o aumento das condições básicas da vida humana através do desenrolar da actividade turística (Vieira, 2007).

Densidade turística Indicador do turismo que avalia a relação entre a quantidade de turistas diários num determinado território. Calcula-se através da razão entre o número de visitantes (no período de tempo de referência) e a superfície do território (km2) multiplicada pelo número de dias do período de referência (adaptado de Eurostat e Turismo de Portugal).

Densidade Procura Turística =

Desenvolvimento turístico Deve sobrepor-se ao crescimento turístico, sendo um fim que consiste na criação de riqueza com justiça social, salvaguarda ambiental e sustentabilidade da actividade (Vieira, 2007).

Destino turístico Lugares concretos e todos os espaços, actividades sociais e acontecimentos culturais que motivam a deslocação de visitantes, nos quais se operam processos de transformação ou turistificação que

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originam uma nova realidade e novas relações com vista à satisfação de necessidades turísticas (Cunha, 2011).

Espaço turístico Espaço geográfico cujo uso predominante decorre das actividades turísticas, podendo coexistir usos complementares com contributo no desenvolvimento económico desse território. Este deve possuir recursos turísticos atractivos, oferta complementar de bens e serviços, oferta de alojamento e restauração e uma rede de infra-estruturas e equipamentos de apoio.

Estabelecimento hoteleiro Estabelecimento cuja actividade principal consiste na prestação de alojamento e de outros serviços de apoio, com ou sem fornecimento de refeições. Classificam-se em hotéis, apart-hotéis, pensões, pousadas, estalagens, motéis, unidades de turismo em espaço rural e aldeamentos turísticos (adaptado de Turismo de Portugal e Canárias em cifras, 2012).

Faixa costeira Banda ao longo da costa marítima cuja largura é limitada pela linha máxima de preia-mar de águas vivas e equinociais e pela linha situada a 2 km daquela, para o interior (Vieira, 2007: 190).

Gasto médio diário Indicador para medição do impacte económico do turismo no destino correspondente aos gastos diários do turista em alojamento e restantes serviços turísticos. Pode apresentar-se detalhado em gastos efectuados na origem, como o voo e o alojamento, e no destino, como restauração e outros (adaptado de CCDR-ALG SIDS e Turismo de Portugal).

Governança Medidas normativas ou de planeamento a adoptar e que devem resultar da negociação entre os responsáveis públicos e os actores sociais (Rodríguez, 2010).

Governança turística Prática orientada para dirigir eficientemente o sector turístico nos distintos níveis de governo, mediante formas de coordenação e colaboração entre os mesmos para realizar metas partilhadas por redes de actores que incidem no sector, com o fim de elaborar soluções e oportunidades, com base em acordos sustentados no reconhecimento de interdependências e responsabilidades partilhadas (OMT, 2010).

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Intensidade turística Indicador que permite avaliar a relação entre turistas e população residente e os impactos que daí resultam, a partir do rácio entre o número de visitantes nos meios de alojamento recenseados e o número de residentes (adaptado de Turismo de Portugal).

Intensidade Turística =

Modelo territorial Instrumento com potencialidade de desenvolvimento territorial futuro a partir do qual se devem orientar e conceber outros planos mais precisos, como os sectoriais e urbanísticos (Rodríguez, 2010). Ordenamento do território Tradução espacial das políticas económica, social, cultural e ecológica

da sociedade, simultaneamente uma disciplina científica, técnica administrativa e política, que se desenvolve numa perspectiva interdisciplinar e integrada tendente ao desenvolvimento equilibrado das regiões e à organização física do espaço segundo uma estratégica de conjunto (DGOTDU, 1988).

Orla costeira Espaço tridimensional que engloba elementos marinhos, aéreos, geológicos e terrestres nas suas dimensões física, ecológica, económica, administrativa e social, tendo como centro de interesse a interface terra - mar. Abrange o domínio público marítimo e uma faixa de protecção terrestre até 500 m (Vieira, 2007).

Recurso territorial turístico Matéria-prima da actividade turística, elemento material que tem capacidade, isolado ou em combinação com outros, de atrair visitantes a um determinado espaço e quando esta visita responda a motivos de turismo, recreação ou ócio, e sobre o qual se configura os possíveis produtos turísticos(Antón e González, 2005).

Regiões ultra-periféricas Regiões mais remotas que fazem parte do território de alguns estados-membros da União Europeia. São a Martinica, Maiote, Guadalupe, Guiana Francesa, Reunião, São Martinho (departamentos e colectividade ultramarinos franceses), Madeira, Açores (regiões autónomas portuguesas) e Canárias (comunidade autónoma espanhola). Estas regiões são confrontadas com dificuldades associadas à sua condição geográfica como o afastamento, insularidade, pequena dimensão, topografia difícil e o clima, além de economicamente dependentes relativamente a matérias-primas e

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bens de consumo, e da escassez de superfície agricultável e de recursos naturais. Factores que limitam o desenvolvimento destas regiões. As RUP integram, contudo, a União Europeia, pelo que se aplica o acervo comunitário adaptado à condição especial dos seus territórios, com incidência sobre as políticas aduaneiras, comerciais, orçamentais e em matéria de agricultura e pescas. Também às zonas francas, condições de aprovisionamento de matérias-primas e bens de consumo de primeira necessidade. As RUP são ainda abrangidas pela política de coesão da União Europeia e podem beneficiar de uma dotação adicional para compensar os custos associados à ultraperiferia e insularidade, além de programas especiais (Coordenação das Regiões Ultra-periféricas, 2010 e União Europeia, 2010).

Sazonalidade turística Indicador de sustentabilidade do turismo que mede a concentração dos turistas em determinados períodos ao longo do ano, por mês, no destino. A concentração dos fluxos turísticos em certas épocas do ano tem um impacte significativo na sustentabilidade do turismo, reduz a viabilidade das empresas do sector e a capacidade de manter os postos de trabalho durante todo o ano e exerce elevada pressão sobre as comunidades e recursos territoriais (adaptado de CCDR-ALG SIDS e Turismo de Portugal).

Segunda residência Casa de férias que é visitada pelos membros do agregado familiar com fins recreativos, de férias ou outra forma de lazer. A viagem não deve ser tão frequente e a sua duração tão longa que se torne habitação principal do visitante. As viagens a casas de férias são consideradas viagens de turismo, mas, devido a especificidades, tratadas separadamente pela estatística (Eurostat, 2013(a)).

Sistema turístico Sistema espacial e socio-económico composto por um conjunto de elementos que interagem para cumprirem um objectivo no âmbito da actividade turística. Elementos fundamentais: a procura; a oferta; o espaço geográfico (onde se incluem os recursos); e os operadores de mercado (adaptado de Antón e González, 2005).

Turismo Actividades que as pessoas realizam durante as suas viagens e permanência em lugares distintos da residência habitual, por um

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período de tempo inferior a 12 meses, com fins de lazer, negócios e outros que não o emprego por uma entidade residente no país ou local visitado, incluindo a vivência das emoções proporcionadas pelas características dos recursos existentes e o conjunto de actividades sócio-económicas indispensáveis para que essa vivência se concretize (adaptado de ONU, 2008 e Vieira, 2007).

Turista Viajante que efectua a viagem turística, incluindo pernoita no local de destino (ONU, 2008).

Utilizador serviços turísticos Pessoa que, não reunindo a qualidade de turista, utiliza serviços e facilidades turísticas (Lei de bases do turismo, 2009).

Visitante Viajante que visita um destino fora do seu ambiente usual, por menos de um ano, por qualquer motivo (negócios, lazer ou outro propósito pessoal) que não o emprego por uma entidade residente no país ou local visitado. Estas viagens efectuadas por visitantes qualificam-se como viagens turísticas (ONU, 2008).

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A presente investigação dedica-se à análise das dinâmicas do turismo e a sua influência sobre a estrutura territorial da ilha da Madeira, desde o início do século XX até à actualidade. Baliza-se este período pelo surgimento do primeiro espaço turístico das elites na ilha, com precedentes na viagem romântica, naturalista e terapêutica europeia, culminando na consolidação do espaço turístico que o destino Madeira hoje apresenta. A linha de investigação incide sobre a relação entre turismo, enquanto motor do desenvolvimento regional, e o território onde a actividade se suporta e desencadeia, mas também no papel do ordenamento territorial para o turismo neste tipo de territórios.

O território assume uma importância acrescida do desenvolvimento do turismo, uma vez que este último implica um deslocamento espacial motivado por factores aos quais o meio físico não é alheio, mas decisivo. Na geração do destino, pelos recursos territoriais existentes e imaginário que encerra, e na manutenção da atractividade como garante da competitividade. Esta relação é tão mais importante quanto mais estruturante for o sector turístico na economia local e quanto mais vulnerável for o território, pelas suas características geofísicas, como é o caso dos territórios insulares pequenos como a Madeira. Entendemos, deste modo, que a intensidade e complexidade da relação do turismo com o território exige uma abordagem particularmente vocacionada para ordenamento de tecidos específicos como são os turísticos, mas que tem sido descurada nos destinos. Historicamente o planeamento dos tecidos turísticos tem sido feito através dos instrumentos do planeamento tradicional, mas sem vocação e pouco eficazes nesta abordagem, resultando em pressões sobre os ambientes atractivos que culminam na perda da competitividade do destino e em desequilíbrios nos territórios acolhedores. O ordenamento territorial destaca-se pela maior adaptabilidade aos tecidos turísticos, por operar à escala regional e por se posicionar perante o conjunto de sistemas que interagem no território, assim assumido como instrumento primeiro para o ordenamento territorial do turismo.

No caso das ilhas acresce a imposição das características particulares do território insular de pequena dimensão. Na Madeira a viragem para o século XXI foi marcada pela aprovação do primeiro Plano de Ordenamento Turístico, sectorial de âmbito territorial, mas ainda sem vínculo ao território insular e às características idiossincráticas que conferem identidade e autenticidade ao destino. Já no contexto insular euro-atlântico, destaca-se o Plano Insular de Ordenamento Territorial das ilhas canárias, que mereceu atenção no âmbito da investigação por ter na base da sua formação o próprio território insular a que se reporta, e por reconhecer ao turismo dinâmicas específicas que transformam intensamente o território e, por outro lado, o potencial do sector no desenvolvimento local.

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Perante as recentes alterações estruturais da procura e do perfil do turista, e à imposição de competitividade que a globalização do fenómeno turístico revela, exige-se aos destinos consolidados a renovação do ambiente atractivo que permita a sobrevivência dos fluxos. Nos territórios insulares a busca da autenticidade deve traduzir-se no retorno ao imaginário insular, agora (re) valorizado e (re) qualificado, através de instrumentos de ordenamento territorial turístico próprios e baseados no conhecimento profundo da identidade insular. Na Madeira, a oportunidade da revisão do Plano de Ordenamento Turístico revelou-se o momento para a ruptura com o modelo territorial tradicional. Esperamos, deste modo, que o confronto com o plano insular canário permita uma orientação a seguir na revisão do plano da Madeira, agora fundado na especificidade do território insular e nos princípios do ordenamento territorial integrado e do planeamento estratégico. De modo a permitir a reconfiguração do modelo territorial turístico para a ilha da Madeira.

A tese presente organiza-se em introdução, 4 capítulos, conclusão, considerações finais e anexos, de acordo com a estrutura que se apresenta.

A Introdução corresponde primeiro ao enquadramento da temática, onde além de identificar as barreiras temporais e espaciais que definem o objecto de estudo, procuramos uma aproximação à problemática que permitiu definir as questões de partida e formular a hipótese. São definidos objectivos, descrita a metodologia aplicada e apontada a relevância e as motivações para o desenvolvimento da investigação.

O Capítulo 1. Território e Turismo é dedicado num primeiro momento à evolução da conceptualização do turismo e à análise da relação entre o território e turismo, a partir do confronto do estado da arte sobre a temática e a prática de ordenamento territorial e turístico. Com incidência no território e seus recursos como base para a atractividade turística e, no sentido inverso da relação, na imposição das dinâmicas turísticas na transformação territorial. O segundo ponto corresponde ao actual paradigma turístico focando a pressão que as tendências actuais exercem sobre o território e os desafios nos destinos tradicionais consolidados. Por último, tratamos de sistematizar o processo de construção do espaço turístico no contexto europeu, através do que a literatura tem estabelecido como as fases de construção do espaço turístico hoje consolidado. O Capítulo 2. Turismo em territórios insulares pequenos reserva-se à análise dos aspectos particulares que marcam o turismo neste tipo de território. Por um lado, os factores que conferem fragilidade e vulnerabilidade às pequenas ilhas ultraperiféricas europeias e, por outro, aos valores e recursos territoriais naturalmente atractivos que as ilhas encerram e que lhes permitiu manter constante o movimentos de visitantes, culminando no desenvolvimento turístico insular. No segundo ponto, centramos a análise no ordenamento territorial e turístico nestas ilhas, com base num estudo comparativo entre casos de referência no contexto euro-atlântico, justificado pela partilha de

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aspectos socio-culturais, geográficos e económicos entre as ilhas da Madeira, Lanzarote e La Palma, nas quais o turismo é um sector essencial ao desenvolvimento local. Propomos o confronto entre as diferentes estratégias e abordagens ao ordenamento do turismo nestas ilhas, no sentido de que a experiência inovadora do Plano Insular de Ordenamento das ilhas canárias permitirá enquadrar a revisão ao ordenamento territorial e turístico na Madeira e apontar a estratégica para a renovação do modelo territorial turístico.

No Capitulo 3 partimos para a análise à evolução da construção do espaço turístico da Madeira, tendo por base o que a revisão da bibliografia permitiu identificar como o caso geral e, por outro lado, as particulares que se puderam aferir quanto à construção dos espaços turísticos nos territórios insulares euro-atlânticos. Esperando, deste modo, descortinar os contornos do processo de turistificação que resulta no espaço turístico actual da ilha da Madeira, nos aspectos que enquadram o destino no panorama internacional e nos aspectos que o distinguem, conferem identidade e autenticidade. Importa ainda identificar os marcos ao nível do planeamento e ordenamento territorial com incidência turística numa fase anterior ao ordenamento do turismo na ilha.

O Capítulo 4 destina-se à análise da prática de ordenamento turístico na ilha. Decorridos mais de 10 anos da aprovação do Plano de Ordenamento Turístico da RAM, tomamos a oportunidade para introduzir a reflexão ao que tem sido a prática na ilha, com destaque para o confronto com o planeamento estratégico, com a integração do turismo no ordenamento territorial e com o ordenamento territorial à escala insular de que os casos de referência de Lanzarote e La Palma são exemplo. Mas também para aplicação do que a leitura das tendências turísticas e de OT podem identificar no panorama internacional como meios para um modelo territorial turístico integrado e competitivo, capaz de assegurar a manutenção do destino.

Nas Conclusões tratamos de demonstrar e verificar a hipótese, e responder às questões formuladas à partida. Descrevemos ainda os resultados obtidos e procuramos gerar discussão em torno destes face aos objectivos traçados no capítulo introdutório.

Nas Considerações Finais apresentamos recomendações a entidades públicas e técnicos da especialidade relativamente à potencial aplicação da presente investigação no território em análise. Os Anexos fornecem informação adicional detalhada e considerada relevante sobre a temática e dados apresentados ao longo do corpo da tese.

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Enquadramento temático

Os territórios insulares de pequena dimensão constituem sistemas tipicamente frágeis e vulneráveis, devido não apenas à condição geográfica insular, mas fortemente marcados pela distância ao continente, superfície e recursos limitados, e frequente especialização económica. Por outro lado, grande parte destes territórios agregam grande valor natural, pela biodiversidade e paisagens singulares, evidenciam uma herança cultural distinta e despertam, ainda hoje, o imaginário que marcou a epopeia dos descobrimentos, como territórios de sonho. As ilhas são ainda reflexo da relação simbiótica entre os seus habitantes e o próprio território, o qual é, não raras vezes, revestido de particular aptidão para o desenvolvimento da actividade turística, justificada pela presença do mar, beleza paisagística e riqueza natural e pelo carácter escapista que a ilha encerra. Os territórios insulares apresentam, portanto, desafios e oportunidades que exigem uma abordagem específica. A Madeira, principal ilha do arquipélago e região autónoma com o mesmo nome, apresenta um território pequeno, periférico e montanhoso, pelo que o seu desenvolvimento é fortemente condicionado pelo isolamento e pelas características geofísicas. Apresenta fragilidades como a própria limitação do território, a dependência do continente e da administração central, a influência das conjunturas exteriores e o custo das ligações com os mercados externos. Por outro lado, a posição estratégica no Atlântico favorável ao comércio marítimo aliada à beleza paisagística, à riqueza natural e ao clima ameno permitiram o surgimento da estância de veraneio procurada pela elites europeias cujo desenvolvimento resultou num destino turístico insular consolidado com evidentes traços da qualidade que marcou o paradigma turístico do século anterior. Partindo da cidade turística, o Funchal, a ilha verificou um forte aumento dos fluxos a partir da década de 1960, altura em que o turismo internacional assumiu a massificação. A ilha foi capaz de, ao longo dos anos, criar e manter atractivos ao constante movimento turístico, gerador do desenvolvimento económico local e, consequentemente um forte agente transformador do território.

A investigação dedica-se à análise da transformação territorial a partir da influência das dinâmicas do turismo na ilha da Madeira. A escolha do objecto de estudo justifica-se pela fragilidade inerente a este tipo de território insular, de pequena dimensão, periférico, de topografia singular e dependente de uma administração distante e continental que, como outras ilhas se destacou no advento do turismo como destino turístico insular. Também a dependência económica do turismo demandam um cuidado planeamento do sector e, dado o enraizamento deste no território, um adequado e eficaz ordenamento, oposto ao carácter espontâneo que caracteriza o surgimento e desenvolvimento do espaço turístico da ilha da Madeira. Propomo-nos a analisar as conexões entre território e turismo, ou sejam, que vinculam o sector turístico ao território. Se o território é, num primeiro momento, a base para a formação do espaço turístico e motivação para a viagem, é

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também pela imposição das dinâmicas turísticas sobre o território que este último vai transformar-se no decurso do desenvolvimento da actividade. Abordamos a construção do espaço turístico da ilha da Madeira e as suas transformações territoriais, com destaque para a integração do turismo na prática de ordenamento do território. Sendo o turismo o sector económico dominante na região e considerando os impactes territoriais, pretendemos analisar a influência das suas dinâmicas sobre o território e instrumentos de ordenamento territorial.

A ilha da Madeira constitui um importante destino turístico internacional integrado numa rede de ilhas de pequena dimensão, competindo directamente com os destinos insulares atlânticos, mediterrânicos e europeus, como seja o caso das ilhas Canárias, Baleares ou de Cabo Verde, assim como europeus costeiros, como na Croácia ou na Turquia. Consideramos que a presente análise exige uma abordagem ao caso geral do turismo em territórios insulares pequenos para a compreensão das relações que vinculam o turismo ao território insular, justificado nas especificidades que revestem a condição insular de pequena dimensão. Por outro lado, esta base conceptual é ainda hoje pouco expressiva, pelo que se pretende com o presente trabalho contribuir para o alargamento dos estudos nesta área. Assim, foi fundamental a construção de um quadro comparativo com territórios insulares europeus de pequena dimensão que têm na actividade turística um suporte ao desenvolvimento regional. De modo a constituir uma reflexão com base em critérios de semelhança e outros de diversidade, que permita o enriquecimento do conhecimento sobre o turismo neste tipo de territórios. Foram constituídos 2 casos de referência: as ilhas de Lanzarote e de La Palma, no arquipélago das Canárias.

No caso geral do turismo internacional, os desafios que actualmente se colocam estão relacionados com a capacidade do destino competir no contexto internacional. Aos destinos consolidados impõe-se um desafio de renovação e autenticidade. O paradigma emergente dita o fim da lógica desenvolvida em torno do produto e a imposição do conceito da experiência turística proporcionada pelo local/destino. Da qualidade do território, decorrente do seu adequado ordenamento, dependerá a experiência vivenciada pelo turista e a manutenção do destino. Estas questões encontram tradução no território, e no que ao papel do arquitecto e urbanista diz respeito, na alteração dos modelos turísticos adoptados para o território e dos valores perseguidos pelos instrumentos de ordenamento. Exige-se, assim, uma alteração à prática do ordenamento turístico que possa tender para a integração do sector no ordenamento territorial, no qual se inclui o planeamento estratégico. As recentes tendências apontam para o predomínio da experiência em detrimento do produto, assim como para a modelação do turismo ao território, contrariamente ao que tem sido a evolução do caso geral. Mudanças que o ordenamento territorial do turismo terá de traduzir também no caso da Madeira.

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