UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA
PROGRAMA
DE
PÓS-GRADUAÇÃO
EM
ENGENHARIA
ELETRICA
INVERSOR DE TENSÃO
COM
SAÍDA
SENOIDAL
CONTROLADO
POR
MODO
DESLIZANTE
COM
FREQÚÊNCIA
FIXA
.
DISSERTAÇÃO SUBMETIDA
À
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE
SANTA'
CATARINA
PARA
OBTENÇÃO DO
GRAU
DE
MESTRE
EM
ENGENHARIA
ELÉTRICA
NELSON
JHOE
BATISTELA
AINVERSOR
DE TENSÃO
COM
SAÍDA
SENOIDAL
CONTROLADO
POR
MODO
DESLIZANTE
COM
FREQÚÊNCLA
FIXA
NELSON JHOE
BATISTELA
Esta dissertação foi julgada
adequada
para obtençãodo
título de Mestreem
Engenharia, especialidadeEngenharia
Elétrica e aprovadaem
suaforma
final pelo curso dePós-Graduação
em
Engenharia
Elétrica.BANCA EXAMINADORA
`
\
Pr .
Amaldo
JoséPe
n, Dr. Ing.ORIENTADOR
Prof.
Ênio
Valmor
KassicK, Dr. Ing.Coordenador do
cursode Pós-Graduação
em
Engenharia ElétricaQ\§›a_z;¢,dQ`
Q
Prof.
Aguinaldo
Silveira e Silva, Ph. D.l
Pr . aldo osé erin, Dr. Ing.
iii
Í
GLORL4
IN EXCELSIS
DEO..."Porque sois grande, ó Senhor, pondcs os olhos nas coisas humildes; porém, às excelsas conhecei-las
de
longe".(Salm
137)1
"Não
sois encontrados pelos soberbosainda que
numerem
com
hábil perícia as estrelas e as areias,ainda
que
meçam
as regiões siderais e investiguemo
curso dos astros....os
homens
que ignoram
estes segredos,admiram
tais maravilhas e ficam estupefatos.Os
eruditos exultam e ensoberbecem-se. Essesque
por ímpio orgulho se afastam e eclipsamda
vossa luz,prevêem
o eclipse futurodo
sol enão
vêem
o seu,no tempo
presente!Não
buscam
religiosamentedonde
lhes veio o talentocom
que
investigam essas coisas".CONFISSÕES,
Santo Agostinho.Apesar
de sermos pobres esempre
errantes,por vossa gratuita
bondade
voltamossempre
a nossa referência,Aos
meus
pais,Nelson
e Terezinha.Aos meus
irmãos,V
1
AGRADECIMENTOS
Ao
povo
brasileiro,que
com
seu trabalhofinanciou
minha
formação
profissional.À
CAPES
pelo apoio financeiro.Ao
Professor Arnaldo José Perin, por sua dedicada e competente orientação, e por seucompanheirismo
amigo.Aos
Professoresdo
Instituto de Eletrônica de PotênciaINEP/UFSC
(LAMEP),
DenizarCruz
Martins,Ênio
Valmor
Kassick, HariBruno Mohr,
João CarlosFagundes
e Ivo Barbi, pelaminha
formação
profissional. 'À
banca
examinadora, especialmente Professor Aguinaldo Silveira e Silva e Professor IvoBarbi, pelas valiosas contribuições e sugestões ao trabalho final.
Aos
amigos
de convivência ecompanheirismo
ao longo destes dois anos, Elias Andrade,Elias Teodoro,
Fernando
Castaldo, Gilberto Valentim, GeraldoMondardo,
Ivan Eidt,Newton
da
Silva,Odilon
Tortelli, PedroArmando,
Rene
Torrico,Samir
Ahmad
Mussa
eWadaed
Uturbey.À
ElizeteLourenço
por suas contribuições neste trabalho.Ao
Fábio Alexandre de Souza, pelas suas grandes contribuições neste trabalho e especialmente por sua amizade.Ao
Rogério Z. Ledo, por sua ajuda neste trabalho.Ao
engenheiro Peter Mantovanelli pelas suas sugestões.Aos
doutorandos, pela amizade.Aos
funcionáriosdo INEP.
Ao
ProfessorEdson
R.De
Peire(LCMI/UFSC),
pela sua contribuição' teórica eRESUMO
ABSTRACT
SIMBOLOGIA
CAPÍTULO
1 -INTRODUÇÃO
CAPÍTULO
2 -TÉCNICAS
DE CONTROLE
E
MODULAÇÃO
PWM
EMPREGADAS
EM
INVERSORES
2.1 - Introdução
_
2.2 - Técnica
PWM
senoidal a dois níveis (clássica)2.3 - Técnica
de
modulação
PWM
otimizada2.4 - Técnica
de
modulação
baseadano
controle vetorial 2.5 - Técnicade
modulação
Delta-PWM
(DM-PWM)
2.6 - Técnica
de
modulação
Delta-Sigma(PWM-DSM)
2.7 - Técnica
de
modulação
PWM
com
realimentação instantâneaà histerese
(PWM-RIH)
2.8 -
Conclusão
CAPÍTULO
3 -O
INVERSOR DE TENSÃO
E
SEU
FILTRO.
3.1 - Introdução
3.2 -
O
inversorde
tensão3.2.1 -
Topologia
e etapas de funcionamento3.2.2 -
Modelagem
do
inversor de tensãoxi xii xiii 1
4
4
4
5 6 6 7 8 9 10 10 10 10 13I 3.3 - Análise
matemática do
filtro de saídaLC'
3.4-
Determinação do
indutor de filtro eda
correntemáxima
de picono
interruptor para carga não-linear3.5 - Considerações acerca
do
filtrodo
inversor relacionadascom
o controle instantâneo (fS>>f0)em
malha
fechada 3.5.1 - Considerações sobre o amortecimento3.5.2 - Considerações sobre a impedância de saída
do
inversor3.6 - Controle, estabilidade e ñltro
3.7 -
Conclusão
CAPÍTULO
4
-CONTROLE
POR
MODO
DESLIZANTE
-4.1 - Introdução . 4.2 - Princípio
do
SMC
4.3 - Superfície
de
deslizamento (lei de comutação)4.3.1 -
Definições
e notação4.3.1.1 - Estabilidade e resposta natural
do
sistema4.3.1.2 -
Tempo
de
respostado
controlador4.4 - Interpretação fisica
da
superfície deslizante e a condição de existênciado
modo
deslizante
4.5 -
A
integralda
superfície (controle integral) e erro estático4.6 -
Dinâmica
do
sistema controlado e lei de controle4.6.1 - Lei de controle
com
integrador4.6.2 - Lei de controle
sem
integrador4.7 -
Conclusão
_
CAPÍTULO
5 -CONTROLE
POR
MODO
DESLIZANTE
E
FREQÚÊNCIA
FIXA
5.1 - Introdução5.2 -
Algumas
soluções paraSMC
freqüênciafixa
14 16 18 18 19 19
20
2122
22
23 23 2529
30
3336
37
39
39
41 4142
5.2.1 -
SMC
para conversorDC/DC: Cúk
e Sepic5.2.2 -
SMC
paraum
inversor de tensão a três níveis5.2.3 - Inversor de tensão
PWM
a dois níveiscom
SMC
5.2.4 - Inversor de tensão
SMC
com
observador5.3 -
A
estratégiada
malha
de controleusando
oSMC-PWM
5.4 -
Metodologia
de projeto dos parâmetrosda
malha
decontrole (e
da
estrutura de potência)5.4.1 - Considerações e escolha dos parâmetros
da
superficie de deslizamento e ganhos
5.4.2 - Passos
do
projetodo
inversor/controlepara a superfície
de
deslizamentocom
integrador5.4.3 - Lei de
comutação
emalha
de controlesem
integrador5.5 -
Determinação do
capacitorde
filtroC0
5.6 -
Conclusão
CAPÍTULO
6 -PROJETO
E
SIMULAÇÃO
6.1 - Introdução
6.2 - Primeiro projeto e seus resultados
6.2.1 - Projeto
6.2.2 - Resultados de simulação
6.2.2.1 -
Simulação
sem
carga (a vazio)6.2.2.2 -
Simulação
com
carga resistiva nominal(RO=60,5Q)
6.2.2.3 -
Simulação
com
carga indutiva6.2.2.4 -
Simulação
com
carga não-linear6.2.2.5 - Simulação
com
carga não-linearcom
PQ=l500W
6.3 -
Segundo
Projeto e seus resultados6.3.1 - Projeto
6.4 - Terceiro projeto e seus resultados
6.4.1 - Projeto
6.4.2 Resultados de simulação
6.5 - Projeto e simulação
da
implementaçãoda
superfície de deslizamentosem
integradorV
6.6 -
Conclusão
CAPÍTULO
7 -IMPLEMENTAÇÃO
DO
INVERSOR
DE TENSÃO
7.1 - Introdução
7.2 -
Dimensionamento
do
circuito de potência7.2.1 -
Dimensionamento do
interruptor edo
indutor de filtroLO
7.2.2 - Escolha
da
tensão de referência e tensão de saturaçãodo
sinalcompensado
7.2.3 -
Tensão
de picodo
sinal dente-de-serra7.2.4 -
Determinação do ganho
G2
eda
tensão contínua de alimentaçãoE
(caso ideal para carga não-linear)7.2.5 -
Redefinição
deE
(para carganominal
resistiva)7.2.7 -
Determinação do
capacitorde
saídaC0
7.3 - Projeto
do
indutor de filtro7.4 -
Dimensionamento
do
dissipador7.5 -
Implementação da malha
de controle7.5.1 - Circuito de geração
da
freqüência decomutação
fs7.5.2 - Circuito de geração
do
sinal de referência7.5.3 - Circuito
de
geraçãodo
sinal dente-de-serra7.5.4 -
Implementação do
SMC
(lei de controle - lei de comutacão)conforme
aestratégia
da malha
proposta 7.5.5 - CircuitoGerador
detempo morto
7.5.6 - Circuito de
comando
para os Mosfets7.6.4 - Resultados
com
carga não-linear7.6.5 - Resultados experimentais
com
o controlador (superfície dedeslizamento)
sem
integrador, para carga não-linear7.7 -
Conclusão
CAPÍTULO
8 -CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ANEXO
1xi
I
RESUMO.
O
trabalho realizaum
estudodo
controle não-linear pormodo
deslizante. Ele édo
tipo robusto: insensível a variações e incertezas de parâmetros,como também
a dinâmicasnão
modeladas.
A
teoria de controle é aplicadaem
um
inversor de tensão monofásicocom
saída senoidal, para cargas lineares e não-lineares. Propõe-seuma
estratégia para amodulação
ecompensação
em
freqüênciafixa
decomutação
dos interruptores de potência. Desenvolve-setambém
uma
metodologia de projeto.
Resultados de simulação e de
um
protótipo experimental são apresentados, validando a aplicaçãoda
teoriado
controle pormodo
deslizanteno
inversor.ABSTRACT
This
work
presents a study of SlidingMode
Control theory. SlidingMode
Control is anon-linear robust control technique
which
features insensibility to parametric uncertaintiesand
umnodeled
dynamics.The
theory is applied to a sinusoidal output voltage monofasic inverter, with linearand
non-linear loads.Modulation and compensation
strategies are proposed forfixed
frequency operation, aswell as a design methodology.
I
SIMBOLOGIA
s(t): erro instantâneo entre a tensão de referência e a tensão de saída medida.
Ç: amortecimento
do
filtro e carga.11: constante a qual limita o
módulo
do
erromáximo.
4): constante a qual limita o valor
máximo
do
módulo
de s(t).X: constante necessariamente positiva.
ul: constante positiva limitante
do
valormáximo
do
módulo
de s(t)na
situação de quasedeslizamento.
Õ: profundidade
de
penetração.o': freqüência complexa._
(bd: ângulo
de
defasamento entre a tensão e a corrente de carga.AE:
variaçãoda
tensão de alimentaçãoDC
do
inversor.AEq: queda
de tensão nos interruptores e cablagem.AILmax:
máxima
variaçãoda
correnteno
indutor de filtro.AILm¡n:
mínima
variaçãoda
correnteno
indutor de filtro.cointl: freqüência angular
do
primeiro zero da _superfície de deslizamento.mintz: freqüência angular
do segtmdo
zeroda
superfície de deslizamento.too: freqüência angular
do
filtro de saída.¢smaX:
máximo
diâmetrodo
fio
condutordo
indutor Lo.Ate: intervalo de
condução
dos intenuptoresna
carga não-linear.AV:
diferença entre a tensãomáxima
emínima
no
capacitor de carga não-linear.AVLp:
queda
de tensão devido a impedânciado
indutor de filtro.xiii
AVSmaXcOmr:
máxima
variaçãoem
regimeda
tensão de saída relativa ao controle (dasoma
dos sinais decompensação
e de referência).Ae: área efetiva
da
perna centraldo
núcleo. .AW:
áreada
janela,onde
se encontra o enrolamento.Bmaxz
densidademáxima
de fluxo magnético. C: capacitor genéricoCC: capacitor
da
carga não-linear.C0: capacitor
do
filtro de saídado
inversor.D:
razão cíclicaem
fimção
do
períodofixo
decomutação do
interruptores TS.Dc: razão cíclica
em
funçãodo
intervaloda
entradada
carga não-linearno
período de saída T0.Dnnax:
razão cíclicamáxima
em
regime permanente.Dsatmaxz
razão cíclicamáxima
na
saturaçãono
controle.E: tensão
DC
da
entradado
inversor de tensão.Elminzprimeira estimativa para a tensão de alimentação
DC
do
inversor.Ezminz segunda
estimativamínima
da
tensão de alimentaçãoDC
do
inversor.fz
modelo
realda
planta.fm:
modelo
aproximado da
planta.fo: freqüência
de
saídado
inversor.fs: freqüência de comutação.
fxtalz freqüência
do
cristal.fz: posicionamento
da
freqüênciado
zeroda implementação da
superfíciede
deslizamentofz1: posicionamento
da
freqüênciado
primeiro zeroda implementação da
superfície de deslizamento.fz2: posicionamento
da
freqüênciado segundo
zeroda
implementaçãoda
superfície de deslizamento.G1: ganho de
ajustedo
controle (para que oganho
em
malha
direta seja unitário).G2: ganho
de tensão provenienteda comparação do
sinalspwm com
o sinal dente-de- serraem
regime.
G3:
ganho
DC
do
inversor.i
ic(t): corrente
no
capacitor de carga.ichg: corrente de pico
no
intervalo Atc. ID: corrente de "dreno"do Mosfet
IDM:
corrente de "dreno"doMosfet
máxima
pulsada de catálogodo
fabricanteIDmaX:
corrente de "dreno"do Mosfet
máxima
de catálogodo
fabricante. IDP: corrente de picono
"dreno"do
Mosfet.iL(t): con'ente
no
indutor de filtroIon: corrente
nominal
de carga.iopz corrente de saída
do
inversor de pico.Isef. corrente
eficaz
no
interruptor.ISP: corrente de pico
no
interruptor.J
max:
densidademáxima
de corrente.K:
ganhoinecessário para a estabilidadedo
SMC.
Kim:
ganho da
superfície de deslizamentocom
integrador.KW:
fatorde
enrolamento. Lc: indutorde
carga.lg: valor
do
entreferro.Lo: indutor
do
filtro de saídado
inversor.M:
índice de modulação.Mmax:
índicemáximo
de
modulação.Ncondznúmero
de condutores.NL: número
de espirasdo
indutor.PD:
potência total dissipada peloMosfet
PDc0nd:
potência decondução
dissipada pelo Mosfet.P0: potência de carga.
R9cS:resistência ténnica de encapsulamento. R9Sa:resistência térmica
do
dissipador. R: resistor genérico.RD(0n):
resistência decondução do
Mosfet.Røn:
resistornominal
de carga.s(t): sinal
da
saídada
superfície de deslizamento instantâneo.Sl ;S2;S3;S4: interruptores de potência
comandados.
spWm(t): sinal instantâneo
compensado
somado
à referência S51: áreada
secção transversaldo
fio.t: variável independente relativa ao tempo.
Ta: temperatura ambiente. Tc: temperatura de cápsula.
Tj: .temperatura
de
jimçãodo Mosfet
ts: intervalo de
condução do
interruptorno
período de comutação. u: variávelde
ordem
de atuação provenienteda
lei de controle.Vab:
tensão entre os pontos "a" e "b"da
saídado
inversor, antesdo
filtro.Vc:
tensão co capacitor de carga (para a carga não-linear).Vcminz
tensãomínima
no
capacitor de carga (carga não-linear).Vcp:
tensãode
picono
capacitor de carga não-'linear CC.vd: sinal dente-de-serra.
vdp: tensão de pico
do
sinal dente-de-serra.VDS|eSpec¡ficad0:
tensão "dreno" "source"do
Mosfet, valor especificado.Vgsmax:
tensãodo Mosfet
máxima
de catálogodo
fabricante. Vrefp: tensão de picode
referência.vS(t): tensão de saída
do
inversor.Vsatpwm:
tensão de saturaçãodo
sinalcompensado
somado
à referência.Vsef
tensãoeficaz
de saídado
inversor. Vspz tensão de pico de saídado
inversor.Zgjc:
impedância
térmica entre a junçãodo Mosfet
e a cápsula. Zlczimpedância do
indutor de carga. .1
CAPÍTULO
1INTRODUÇÃO
Os
inversoresPWM
sãocomumente
usadosem
acionamentos elétricos demáquinas
eem
sistemas ininterruptos de energia (UninterruptiblePower
Supply
-UPS),
afim
de proporcionaruma
tensão altemada omais próxima
possível auma
tensão de referência senoidal desejadana
saída.
Dependendo
da
aplicação e dentro das várias técnicasPWM
existentes, certos tiposde
controlePWM
satisfazemmelhor
às necessidades impostas à tensão de saídado
inversor. Por exemplo, geralmenteem
acionamentos elétricos demáquinas
deseja-se variar a velocidade, demodo
a exigir a variaçãoda
freqüência e/ou tensão de saídado
inversor.Nos
sistemas ininterruptos de energia (UPS), idealmente procura-se disporna
saídado
inversor, de
uma
tensão alternadacom
freqüênciafixa,
livre deharmônicas
e independenteda
variação de carga.
A
modulação do
sinal de referência para gerar pulsosde
gatilho estáem
funçãode
regular a amplitudeda
tensão de saída e sua freqüência,bem
como
minimizar o seu conteúdo harmônico.Tem-se
interessedo
ponto de vista de projeto,que
a freqüência decomutação
seja constante. Assim, os elementos passivos terão seu projeto parauma
freqüênciafixa.
Além
disso, para diminuir otamanho
e O custo dos elementos passivos, o inversordeve
operar
em
alta freqüência,no
mínimo
superior à audível.Com
a necessidade crescente de controladores rápidos e eficientes, para proporcionarna
saída
do
inversoruma
tensão de qualidade para qualquer tipo de carga,muito
setem
feito parasatisfazer esta exigência.
Os
intemiptores de potência, nestes últimos anos, tecnologicamente cresceram deforma
espantosa,como também
as estruturas e osmétodos
demelhor
aproveitamento das
mesmas.
Podè-se dizer que chegou-sebem
próximo
aos intemiptores "ideais".Em
contrapartida, seja pelasmudanças
crescentedo
tipo de carga, e pelas dificuldades tecnológicas e teóricas, o controle, nesta área,não
seguiu o vertiginoso crescimentoda
eletrônicade
potênciacomo
tal.Assim
este estudovem
de encontro ao interesse defomecer
um
controle a alturado
nível tecnológicoda
estrutura de potênciado
inversor.Além
da modulação,
o inversor deverá dispor deum
controle capaz de satisfazer às exigências de especificação.O
presente trabalho fazum
estudo deum
controle não-linear pormodo
deslizante ("SlidingMode
Control" -SMC).
Propõe
uma
estratégia de controle tendoem
vista a operação
do
inversor de tensãoem
freqüênciafixa
de comutação.Como
resultado,obtém-
seuma
metodologiade
projeto para o inversor de tensão e seu controle operandocom
carga linear e não-linear.O
trabalho é apresentadoem
capítulos,onde
se propõe capacitar o entendimentodo
controle por
modo
deslizante,SMC.
H
No
capítulo 2 apresenta-sealgumas
das técnicas de modulação, focalizando suas vantagens e desvantagens.Os
inversores de tensão para cargas não-lineares,além da
modulação, precisam deum
controleem
malha
fechada.Algumas
das técnicas são boasem
tennos de modulação, outrasna compensação.
Também,
ao pretender-se freqüênciafixa
de comutação, amalha
de controle toma-semais
complicada.As
que
operam
em
malha
fechada, trazem inconvenientesna
implementação da modulação
em
freqüência, e tendo resposta dinâmica rápida,geram
problemasde estabilidade.
Apesar da malha
de controle possuir elementos não-lineares (de descontinuidade), aabordagem do
controle sedá
deforma
clássica linear.No
capítulo 3, o inversor é apresentado. Procura-se modelá-lo de maneira simples.Como
o
objetivo
do
trabalho é capacitar o inversor a operarcom
a carga não-linear,algumas
relações de projetodo
inversor de tensão e seu filtro são encontradas para este tipo de operação.Há uma
análise sobre o filtrode
saídacomo
tal, variaçãoda
correnteno
indutor e variaçãoda
tensãono
capacitor.
São
determinadasalgumas
diretrizes gerais de projetodo
filtro, suas vantagens e implicações.No
capítulo4
expõe-se a teoriado
SMC.
Uma
abordagem
teórica é realizada, relacionando,na
medida
do
possível,com
a eletrônica de potência e, conseqüentemente,com
o
inversor detensão. Demonstra-se,
em
tennos teóricos, a insensibilidadedo
SMC
em
relação à dinâmicasnão
modeladas
e, sobre a estabilidade, conclui-se que, limitando o valordo
sinalda
superñcie de3
para o sensoreamento (controle) de
uma
única variável, entretanto elapode
ser estendida, demaneira
adequada, ao controle multi-variável.No
capítulo 5, propõe-se a estratégia de controle,ou
seja, aforma da
malha
fechada.Uma
das características desfavoráveisdo
SMC
é sua dificuldade inerente de implementação.Nas
soluções propostas por outros autores, observa-se o grau de complexidadeda implementação da
malha
de controle, tanto teóricacomo
prática.Quando
pretende-se freqüênciafixa
de comutação,a
complexidade
aumenta.A
solução proposta neste trabalho possui,como
característicaprincipal, a simplicidade
da
malha
de controle e das diretrizes para a determinação dos parâmetrosda
superfície.No
capítulo 6, resultados de simulação são mostrados ecomentados
para três tipos diferentes de projeto. Certos detalhesda
teoria são visualizadosem
termosde
sinais,bem
como
odesempenho
do
inversor controladoconforme
a teoriado
SMC.
O
programa
usado para simularfoi o
PSPICE
e,em
anexo,há
um
exemplo
de arquivo de dados próprio para este programa.Optou-se por desenvolver_as etapas de projeto passo-a-passo,
com
o objetivo de evidenciar detalhesda
metodologia de projeto.O
capítulo 7 écomposto
pelaimplementação do
inversor de tensão controlado e pelos resultados práticos obtidos. Faz-se odimensionamento do
circuito de potência.Os
circuitos de controle ecomando
são expostos e comentados.Apesar da
maioria dos circuitos,que
compõe
amalha
de
controle, já terem sido implementados,houve
a necessidade de adaptações. Foiuma
primeiraimplementação
práticada
malha
de controle, portanto carecendo de urna otimização.O
objetivodo
trabalhonão
é a obtençãode
um
produto final.Mas
sim
a realização deuma
primeiraabordagem,
pelo grupo de pesquisaem
eletrônica de potência, acercada
técnica de controle robusto pormodo
deslizante.EMPREGADAS
EM
INVERSORES
DE
TENSÃO.
2.1 -
INTRODUÇÃO.
A
escolhada
técnicaPWM,
além do
tipo de aplicação, baseia-se primeiramente nos princípios gerais: simplicidade, custo, confiabilidade, estabilidade e resposta dinâmica de controle.Como
as cargas não-lineares passaram a sercomuns
nos sistemas ininterruptosde
energia (UPS), a resposta dinâmicatomou-se
um
dos requisitos de controlemais
exigidos, a fim de satisfazer as especificações de projeto e operação.Um
sistemacom
bom
desempenho
de resposta dinâmica,além
de pennitir variações de cargasem
fugir das especificações, aceita transitórios indesejáveis ocasionados por perturbaçõesextemas
à planta. Entretanto,em
tennosde
controle clássico,há
Inncompromisso
entreuma
boa
resposta dinâmica e estabilidade. Muitas vezes oque
restringe a resposta dinâmica é a possibilidadedo
sistema tomar-se instável.O
tipo de cargacomum
nosUPS's possuem
constantes detempo
relativamentemenores
que
as constantes detempo
própria dasmáquinas
em
acionamento elétrico.Assim,
certas técnicasPWM,
devido à resposta dinâmica inerente a elas,não
são convenientesem
aplicaçõesem
UPS's.Algumas
técnicas serão esplanadas rapidamente a seguir.2.2
-TÉCNICA
PWM
SENOIDAL
A
DOIS
NÍVEIS
(CLÁSSICA)
[32].Esta técnica é a
mais
utilizada. Possui grande simplicidade deimplementação
e custo baixíssimo.Os
pulsos decomando
são gerados pelacomparação
entreuma
onda
senoidal de referênciacom uma
onda
triangular.O
aumento da
freqüênciada onda
triangularaumenta
onúmero
de intersecçõesda
mesma com
aonda
senoidal de referência, resultandoem
um
aumento
do
número
de pulsosda
saídado
modulador.Como
onúmero
de pulsosda
saídado modulador
está concatenado ao conteúdo harmônico,
aumentando
a frequênciada onda
triangular, as5
I
comando
para as chaves, onde, porexemplo
em uma
ponte completa, duas chavesobedecem
estecomando,
e as outras duas ocomplementar
[32].Os
problemas
desta técnica são:a) o
ganho
de tensão de saída (amáxima
tensão relativa é baixa);b) o
número
elevado de pulsos de saída; apesar de melhorar significativamente o conteúdoharmônico
em
relação auma
onda
quadrada, se mostrauma
técnica ainda pobre -na
eliminação de harmônicos;c)
não
é apropriada para ser usadaem
malha
fechada, poishá
instabilidade eo projeto decompensadores
é difícil (os pulsosnão
são equidistantes e a equaçãoque
rege a largura dos pulsos é transcendental, impossibilitandoum
'estudo analítico) [33].A fim
de solucionar a deficiênciada modulação
senoidal quanto ao valormáximo
da
fundamental de saída , adiciona-se
um
terceiroharmônico
ao sinal de referência. Tal técnica é ditamodulação
senoidal subótima [32].2.3
-TÉCNICA
DE
MoDULAÇÃo
PWM
OTIMIZADA
[32].A
minimização
das harmônicas de saídapode
ser aprimorada atravésda
otimização daslarguras de pulsos e dos seus posicionamentos.
A
frequênciada
onda
fundamental de saída e suasharmônicas
são acombinação da
ftmdamental e das harmônicas contidasna modulação do
comando.
Através de critérios parauma
otimização, calculam-se as larguras dos pulsos e seusposicionarnentos.
Por
exemplo,havendo
simetriana
seqüência dos pulsosno
período, asharmônicas
pares são nulas. Estemétodo tem
como
vantagem
o baixonúmero
de pulsosde
saída, reduzindo¬_assim
o
numero
de comutações,que
por sua vezpode
reduzirum
certonúmero
de
harmônicas
ímpares.Sua desvantagem
é acomplexidade
do
cálculo,bem
como
adeterminação
do
seu critério ideal.Em
termos de implementação, as ordens de gatilho, após terem sido calculadas, são guardadasem
uma
memória
EPROM,
por exemplo. Pode-sememorizar
várias sequências de pulsos.Dependendo
das condiçõesda
tensão de saída,uma
das sequênciasde
pulsos é escolhida para satisfazer àfonna da
tensão de carga desejada.O
inconveniente deste tipode
modulação
em
malha
fechada constitui-sena
sua lentidão.Sempre
que
houver necessidadeda
mudança
deuma
seqüência de pulsos, a seqüência atual devefindar
para 'que a seqüência escolhida pela realimentação possa atuar. 'Assim sendo, informações de saída são perdidas,podendo
haverinstabilidade, e conseqüentemente
pouca
confiabilidade.Além
da
lentidão à variação de carga, este tipo demodulação
possui freqüência variável.2.4
-TÉCNICA
DE
MODULAÇÃO
PWM
BASEADA
No
coNTRoLE
VETORIAL;
Este
método
consisteno
cálculo,em
tempo
real, de vetores de posiçãoem
um
plano,onde
vetores representantesda
referência sãocomparados
com
vetores representantesda
saídado
inversor, gerando assim os pulsosdo
comando.
Além
de obrigar a saída a seguir a referênciaem
tempo
real,embutido
ao cálculo, pode-se ter condições impostas,além
de outras,como
otimizaçãoPWM
para baixas frequências, minimização de pulsosde
torque (máquinas),minimização do
conteúdoharmônico da
corrente (diminui perdasno
cobreem
máquinas). Estatécnica requer o uso de microprocessador e sensores nas variáveis de estado
da
planta.A
principaldesvantagem
se encontrana
lentidãoda
resposta.A
causa disso é otempo
de processamento inerente ao microprocessador; cálculos de certacomplexidade
e pesados; etempo
de
amostragem
(conversorA/D
e bloqueador). Isto limita, portanto, a rapidez de respostacom
avariação
de
carga.A
principalvantagem
destemétodo
é a possibilidade de fechar a malha, gerando excelente confiabilidade de controleem
regime permanente.É
muito
usadoem
acionamento elétrico, pois as constantes detempo
dasmáquinas
sãorelativamente grandes.
Mas
é desaconselhável paraUPS's
com
variação rápida de carga, porquehá
perdas de informaçõesda
saída pelo cálculo, pela aquisição e pela atuação.Além
de altos custos relativos aoscomponentes
eletrônicos,há
custos de software.2.5
-TÉCNICA
DE
MODULAÇÃO
DELTA-
PWM
(DM-PWM)
[34] [35] [36].Esta técnica
vem
da
área de telecomunicações.A
fig.2.l mostra odiagrama
fimcional.sina az + . Rzfzzênzâa ° v‹› carga vf
\/\/\
Integrador i k ÍVo
dt7
O
conteúdoharmônico do
sinalmodulado
Vo
é auto-regulado deforma
analógica pelo laço fechadoda modulação
PWM-DM.
A
faixa das harmônicas é deordem
elevadano
espectro,próximas
à freqüênciado
sinal de realimentação Vf.V
As
vantagens desta técnica residena
simplicidade eno
baixo custo de implementação;não
usa sensores; oferece a razão constante
V/Hz
(tensão/freqüência), conveniente ao acionamento de máquinas.As
desvantagens são operaçãoem
malha
abertaem
relação à carga, principalmente; ea
modulação
em
freqüência,além da
por largura de pulso.Em
freqüências muito altas, a técnicaPWM-DM
apresenta instabilidade.Possui
modulação
intrínsecaem
freqüência.Há
técnicas simples e de baixo custo parafixar
a freqüência de comutação. Por exemplo, a referência [37] propõe o
modelo
adaptativoda
referência,
somando
um
trem de pulsos retangulares ao sinal de referência.Em
[38], a soluçãoapresentada é sincronizar o sinal de erro, através de
um
pulso extemo, afim
de limitar a largura de pulso.Além
de eliminar naturalmente as harmônicas de baixa ordem, as outras aindapodem
sereliminadas através de filtros de
ordem
mais elevada (duplo integrador)no caminho
de realimentação,ou
através de filtros sintonizados [3 9].O
usoda
PWM-DM
é muito restritaem
UPS's.Não
éadequada
para cargas não-lineares.É
usada geralmenteem
acionamento elétrico, pois as cargas são comportadas.Não
dá
confiabilidade, pois
não
possui realimentaçãoda
tensão de carga.2.6
-TÉCNICA
DE
MoDULAÇÃo
DELTA-SIGMA
(PWM-DSM)
[40].A
técnicaPWM-DSM
é mostradana
Fig.2.2.A
vantagem
em
relação a técnica anterior, estáem
que
a variaçãoda
freqüência decomutação
émenor
(pois aqui o integrador está depoisdo
erro, e lá o integrador age apenasno
sinal de saída) e de filtrarmelhor
as harmônicas (pois o integrador estána
malha
diretatambém como
filtro).Sinal de
Referência + c k fe dt
~
V°_
Fig. 2.2 - Diagrama funcional da modulação Delta-Sigma.
Todas
as vantagens e desvantagens são asmesmas
que amodulação
PWM-DM.
Convém
salientar
novamente que
estes dois tipos demodulação não prevêem
a variação de carga, pornão
possuírem realimentação
da
saídado
inversor.2.7
-TÉCNICA DE
MODULAÇÃO
PWM
coM
REALIMENTAÇÃO
INSTANTÃNEA
À
HISTERESE
(PWM-RIH)
[33] [41] [42].Odiagrama
funcional está mostradona
Fig.2.3. Por sua realimentação ser diretamenteda
saída, tendo
um
sinal de erro instantâneo, esta técnica éboa
em
tennosde
resposta dinâmica.Assim
sendo, elapode
serempregada
em
UPS's
com
variações de carga.Dá
boa
confiabilidade ao sistemade
controle, é de baixo custo e apresenta simplicidade de implementação. Suas desvantagens são problemas de instabilidade e de difícil projeto.Há
o elemento de histereseque
dificulta a análise, pois o
comparador
com
histerese éuma
função não-linear.Em
termos de freqüênciade
comutação, seu defeito é serPWM
com
freqüência variável.A
A
referência [33] apresentauma
abordagem do
elemento de histerese, resultando tuna função de transferênciado
bloco de histerese (linearização).Há
a técnicade
variar a largurada
histerese para poder
tomar
a freqüênciafixa
[43].+
S hit Inversor,V
W
Í
E_
fi*“°° S
_
4 carga9
Na
Fig.2.3 apresenta-se o diagrama de blocosda modulação
PWM-RIH,
onde
PID*
pode
ser outro tipo de controlador.
A
referência [43] usaum
proporcional derivativo (PD).2.8
-CoNcLUsÃo.
Um
controlePWM
para UPS's,além
de ter baixa distorçãoharmônica
(THD)
de saída, deve teruma
resposta dinâmica rápida, afim
de pennitir variações aleatórias de carga e o uso de cargas não-lineares. Distúrbios de carga emudança
de parâmetrostambém
devem
ser absorvidos.A
freqüência decomutação
sendo constante, facilita o projetodo
circuito de potência e de seu filtro de saída.A
simplicidade de projeto deuma
malha
de controle atoma
competitiva. Portanto, amodulação do
sinal de referência deve serem
freqüência fixa, ter realimentaçãoO
INVERSOR DE TENSÃO
E
SEU
FILTRO.
3.1
INTRODUÇÃO.
O
inversor de tensão e suas relaçõescom
seu filtro serão estudadas neste capítulo. Objetiva-se obterum
modelo
simplificadodo
inversor ealgumas
diretrizes gerais de projeto.Na
engenharia, a questão decompromisso
entre volume, peso, custo edesempenho,
é complexa.A
escolha de parâmetrosdeve
satisfazer as especificaçõesda melhor
forma,nem
sempre podendo
atingir a todas.
Assim,
aabordagem
neste trabalho se restringirámais
acercado desempenho do
inversor.
3.2
-O
1NvERsOR DE
TENSÃO.
3.2.1 -
TOPOLOGIA
E
ETAPAS
DE FUNCIONAMENTO.
A
topologiado
inversor adotada para O estudo é apresentadana
Fig.3. 1.V s
S3
s1||‹D1
gi
||D3
ÍL
Ro
__%
Lo
E
a fv'\ bCo
|<'"i'_
S2
l"D2
vab
S4
l'D4
Fig. 3.1 - Estrutura de potência do inversor de tensão.
Onde
E: fonte de tensão
DC
de entrada. S1,S2,S3,S4: interruptores de potência.D1,D2,D3,D4:
diodos de roda livre.Lo: indutor de filtro.
C0: capacitor de filtro
Vab:
tensão entre os nós "a" e "b"..
iL: corrente
no
indutor de filtro.vs: tensão
na
carga. R0: resistência de cargall
A
tensão contínua de entradaE
do
inversor é a fornecedora de energia para a carga.Como
não
há no
circuito de potência elementos objetivando oarmazenamento
de energia, a tensão deentrada
deve
ser superior ao valor de pico da tensão senoidal fundamentalde
saída de freqüênciafo. Isto
quando
o controle for instantâneoou
por valores médios. Pois parauma
forma
deonda
quadrada
da
mesma
freqüência de saída,E
édado
por:4
Ez
švse, (3.1)A
inversãoda
tensão contínuaE
ocorre pela variaçãoda
razão cíclica D, para este tipo demodulação
PWM
a dois níveis, de maneira a ordenar acomutação
dos intenuptores.. Seja fs afreqüência
fixa
de comutação. Então,1
Tz-
S 3.2 fg < ›Dzt-S
(33)
TSOnde
D:
razão cíclica TS: período de comutação.ts: intervalo de
condução do
interruptorno
períodoTS
As
etapas de funcionamento a dois níveis dentro deum
período decomutação
são:J - Primeira etapa de funcionamento.
Os
intemiptores Sl eS4
estão conduzindo a correntedo
indutor.A
tensãoVab
é E. Sl|
E
-a
||
S4
i
__:
T'
2 -
Segunda
etapa de funcionamento.Os
interruptores S1 eS4 recebem
ordem
de bloqueio.Os
diodosD2
eD3
estão conduzindo a correntedo
indutorque
continuano
mesmo
sentido, até se anular. .Após
S1 eS4
bloquearem,há
um
tempo
morto
e os interruptoresS2
eS3 recebem
ordem
de condução,porém
não
irão conduzir atéque
a correntemude
de sentido.A
tensãoVab
é negativa, -E.1
||‹
D3
E
-e
|~
|
Fig. 3.3 - Segunda etapa de funcionamento
3 - Terceira etapa de funcionamento.
A
correntemuda
de sentido e os interruptoresS2
e S3, o quais jáhaviam
recebidoordem
de condução,passam
a conduzir a correntedo
indutor.A
tensãoVab
continua negativa.|=‹
EI
%____
sz
'
||
Fig. 3.4 - Terceira etapa de funcionamento
4 -
Quarta
etapa de funcionamento.Os
interruptoresS2
eS4 recebem
ordem
de bloqueio.Os
diodosDl
eD4
assumem
automaticamente a correntedo
indutor.A
tensãoVab
passa então a ser positiva.13
D1
|í
cD4
Fig. 3.5 - Quarta etapa de funcionamento
3.2.2 -
MODELAGEM
Do
1NvERsoR
DE
TENSÃO.
Devido
às caraterísticasdo
tipo de controle escolhido(SMC),
omodelamento do
inversorde tensão
pode
ser simples.As
deduções são realizadasno
circuito correspondente à primeira etapa defimcionamento
descrita anteriormente e depois generalizada.Supondo
o
inversor a vazio,vem:
. .d
Cà
1t<r›=1¢‹t›=C.,¡“t-=C°§
(3.4) v.‹t›=L.,ÍÍ_§0.5)
Substituindo (3.4)em
(3.5),d
2vim
=
COLQ
‹3.õ› Vab=
vs+
VL
Vab
=
E
(nesta etapa) (3.8)Assim,
vt
m
=
$[E-vs]
<3.9›Generalizando a equação para todas as etapas e escrevendo o
modelo na forma
de variável de estado,vem:
E
seu
=
u*=1
Vab=
-E
_ (3.l0) seu
=
u
=
-1 2=--
1 3.11wo
LOCO
< › V's¡=
v'S (3.12) v's2=v"S=coo2[Vab-vs]
(3.12)ru
°z
iwzif
V's2 _(^°o O vs2 (DoA
equação (3.l3) é contínua por partesno
tempo, regida pela variável descontínua u.A
variável
u
poderia ser entendidacomo
uma
ordem
demudança
do
sinal deVab. Se u
for "1", aequação
diferencial representante serácom
Va|¡,=E,ou
relativa à primeira etapade
operação.Do
contrário, se
u
for igual a"'-1",Vab=-E, onde
a equação diferencial corresponde asegunda
e terceira etapas de operaçãodo
inversor de tensão.3.3
-ANÁLISE
MATEMÁTICA
Do
FILTRO
DE
SAÍDA
LC.
Considera-se:
a)
o
sistema estáem
regime, isto é, a tensão de saída esta seguindo a tensão de referênciasenoidal.
b) funcionamento a vazio;
c) a variação
da
tensãono
capacitor é nulaem
um
período decomutação
TS;d) a corrente alternada
no
indutorna
freqüência decomutação
é amesma
que
passa pelo capacitor de filtro, demodo
que
a correntemédia no
capacitor seja nula;e)
no
período de comutação, as derivadas das variáveis de estado sãotomadas
como
variações temporais.
Da
malha do
circuito,AI
L
O-¿=E-V
3.1415
«Lo-5*-I*-_=-E+v,
(3.15)(1-D)TS
f,=l=--L--
(3.1ó)T,
DT,+(1-mr,
Substituindo as equações acima, (3.l4) e (3.l5)
em
(3.l6), resulta:2
_
2A1,
zâ-YL
(317)
2L,Ef,
A
freqüência decomutação
é fixa. Então obtém-se as seguintes conclusões:a) a variação de corrente
no
indutor, AIL, serámáxima
quando
a tensão de saída for nula b) a variação de correnteno
indutor, AIL, serámínima
quando
a tensão de saída for demáxima
amplitude.Assim,
a equação (3.l7), para os dois casos, fica:E
A1W*
=
-_
. 3.18 2L,f, ( )E2 -vspz
Altmm
="'2'i¶
(3-19) O SA
equação
(3.l8)pode
ser obtidade
outra maneira.Quando
a tensãode
saída for nula, ocapacitor fisicamente é
um
curto, pois se encontra descarregado. Nesta situação, a razão cíclicaéde
0,5.Assim,
É
Eat
=
L,
Ídi (3.2o)Que
em
variações temporais fica:E
AI Lmax
=--
3.18ZLOÍ-S _ ( )
A
correnteno
indutor é amesma
que
passa pelo capacitor, de maneiraque
a variaçãoda
Av
AIL
=
co
É
_
(321)
Em
freqüência fixa, amáxima
ondulaçãoda
corrente ocorrequando
D=0,5.Em
meio
período
de
comutação, a corrente vai deum
valor extremo ao outro. Assim, A1Av
Sm”
=
_'~flfl
3.22 zcofs ( )E
Avsmax=
-¿Í'C_í2- 0 0 s3.4
-DETERMDJAÇÃO Do
1NDUToR DE
FILTRO E
DA CORRENTE
MÁXIMA
DE
Pico
No
INTERRUPTOR
PARA
CARGA
NÃo-LINEAR.
Considerações Iniciais:
Seja a carga não-linear
uma
ponte retificadora deonda
completacom
um
capacitor de filtro de "ripple" .No
intervalo' de atuaçãoda
carga não-linear, Atc (tempo decondução do
diodo deuma
ponte retificadora), os interruptores correspondentes estãona
razão cíclicamáxima»
Considera-se aforma da onda na
carga deforma
retangular para determinaçãoda
corrente
de
pico durante o intervalo Atc [26].A
fonna
deonda
realda
carga não-linear é praticamente triangular [26], então:iop
=
Zichg (3.24)Para o início
da
análise, o indutor de filtroLO
é tãopequeno que não
limitaa corrente de pico.O
tempo
decondução do
diododa
carga não-linear é:_
V
-cosl cmm
i V°P i Ate
=
~-0
Onde,
Vc
é a tensãono
capacitor de carga.A
variaçãona
tensão, "ripple", édada
por:17 .
c,Av
=
_;
3.27 lchg Ate ` ( ) Então, i=
2C
Ê-Y
(3.28) °P ° At,No
inversor controladoem
malha
fechada, a correnteno
indutortem
aforma
semelhante aum
dente-de-serra repicado, devido à ondulaçãoda
tensão de saídaem
tomo
da
tensão de referência (veja Fig.6.12, Fig.6.l6 e Fig.6.l9).Uma
boa
aproximação para a corrente de pico de carga iop nao-linearé_
cc
Av
1
z4¿-
(329)
°P
At,
Esta
aproximação
écomprovada
posteriormenteno
capítulo de resultados de simulação.A
correnteno
indutor- total de pico édada
por:. A1
mx
ILP
=
top+-Ii;
(330)
'
z
A
corrente de picoque
passano
indutor é amesma
que
passa pelo interruptor, então:ISP
=
ILP (3.3l)IS
=4CiV+-Ê-
(332)
P Ai, 4L,f,
IS P
(333,
4A¢,L,fS
Se
a correntemáxima
no
transistor for limitada. por IDP,L,
z
EA*
(334)
3.5
-CONSIDERAÇÕES A CERCA DO
FILTRO
DO
1NvERsoR RELACIONADOS
COM
O
CONTROLE
INSTANTÂNEO
(fS<<fo)EM
MALHA
FECHADA.
O
filtrotem
como
característica principal atenuar as harmônicasda
tensãomodulada
Vab,
e deste
modo
obter a fundamentalda
tensão de saída.O
filtro é de segunda ordem, portanto atenua40
decibéis por década.Sua
freqüência de corte édada
pela equação (3.35).1
f °
zi-
3.35zzz./Loco ( )
3.5.1 -
CONSIDERAÇÕES
SOBRE
O
AMORTECINIENTO
O
amortecimento do
filtro de saídaLOCO
do
inversorem
funçãoda
carga (resistiva) édada
1
Lo
Ç
=
ší°~
por:
Quanto maior
Ro,menos
arnortecido é o sistema e, conseqüentemente,mais
exige-sedo
controle
em
malha
fechada.Quanto
menor
o indutor de filtro,menor
também
é O amortecimento.Se
deseja-semanter
um
amortecimento fixo, diminuindo o indutor deve-seaumentar
proporcionalmente Co.Um
amortecimento elevado, corresponde aum
maior
atrasoda
fasedo
sistema.Assim,
com
indutores menores,na
freqüência de saída (fo<<fS), aforma
deonda não
sofre atraso.No
inversor de tensão corresponde dizer que o atraso entre a tensãoVab
e a tensão de saída é menor.Com
certos valores deLo
e C0, Ç<0.7, a tensão de saída está adiantadaem
relação a tensãoVab.
A
alta frequência é arnplificadaquando
Ç,>0.7, atémn
pouco além da
freqüência de cortedo
filtro.
O
inversor a vazio, tende a ter amortecimento nulo, isto é, sua saída tende a oscilar19
3.5.2 -
CONSIDERAÇÕES
soBRE
A
IMPEDÃNCIA DE
SAÍDA
Do
INvERSoR.
Além
de necessitar deum
bom
controle, principalmente para cargas não-lineares, oinversor de tensão
deve
ser dotado deuma
característica indispensável:mínima
impedância de saída [30].Do
ponto de vistada
carga, que é amesma
do
capacitor de filtro C0, entre ela e a fonte de energia existesomente
o indutorLo
como
impedância. Assim, as seguintes características seriam ideais para o indutor:a)
Baixo
valor de indutânciab)
Se
fosse possível, tecnologicamente ecom
bom
conhecimento
de materiais,que
o indutor saturassena
presença de altas correntes (carga não-linear). Isto é,na
presença de cargas comportadas, é necessário manter seu valor
nominal
de indutância.Quando
entra a carga não-linear, ele poderia saturar levemente, desdeque
se assegurasseque
o valormáximo
da
correnteno
intenuptornão
fosse atingido.As
inconveniências deum
indutorpequeno
são:a) alta variação de sua corrente
na
frequência de comutação;b)
aumento do
valordo
capacitor de filtro, afim
de assegurar baixas variaçõesda
tensão de saída;
c)
aumento
de perdas peloamnento da
energia reativa circulante;d)
maior dimensionamento
dos interruptores;e)
maior
capacidadeda
fonte de tensão contínua de entrada E;Í) inconveniências tecnológicas possíveis,
em
termos de eletrônica de potência,pois para o inversor,
na
tensãoVab,
está conectada Luna outra fonte de tensão. Entretanto, issopode
serusado
como
característica positiva, pois pode-se usar a técnica decomutação não
dissipativa [29] devido a alta variaçãoda
correnteno
indutor;.g) problemas de instabilidade,
dado
por amortecimento pequeno.As
vantagensde
um
pequeno
indutor são:a)
melhor
regulação de saída;b) resposta dinâmica rápida;
c)
menor volume
e peso relativos ao indutor; d) possibilidade decomutação não
dissipativa [29].3.6
-CoNTRoLE,
ESTABILIDADE
E.FILTRO
O
inversor a vazio possuimn
amortecimento praticamente nulo, de difícil controle. Pois,não
havendo
amortecimentona
planta, o controle deverá providenciarque
amalha
possa terum
amortecimento satisfatório.
Se
não haver o amortecimento, o Sistema sofrendo qualquer perturbação, poderá facilmente atingir a instabilidade.A
referência [7] fazum
estudo acercada
estabilidade dos inversores de tensãoem
funçãoda
grandeza sensorada (variável de controle).Em
uma
realimentação simples,quando
a variável de controle for a tensãono
capacitor, facilmente se atinge a instabilidade. Entretantoquando
o sensor for de correnteno
capacitor de filtro,em uma
simples realimentação, o sistema é estável naturalmente. Analisando o lugar das raízes mostradona
referência [7], para o sensoramentoda
corrente, o sistema
tem
uma
resposta dinâmica mais lentaem
relação ao sensoramentoda
tensãodo
capacitor, anão
serque
se tenha altíssimos ganhosna
malha. Este trabalho já tinha sido desenvolvido pela referência [29],em
termos de implementação. Analisando os resultados de[29] para carga não-linear, julga-se que, a distorção ocorrida
na
tensão de saída, deve-se ao fatoda
lentidãodo
sistema.Um
bom
controle seriauma
sobreposiçãodo sensoramento
da
correnteno
capacitor, tendoem
vista a estabilidade, eda
tensãono
mesmo,
tendoem
vista a resposta dinâmica.3.7.
CONCLUSÃO.
Obteve-se
um
modelo
bastante simplificado para o inversor de tensão e seu filtro.Um
estudo sobre a variaçãoda
correnteno
indutor eda
tensãono
capacitor, parao
sistemaem
regime e frequência fixa, proporcionou relações entre os principais parâmetrosdo
circuito de potência.Quando
deseja-se qualidadeda
tensão de saída, são necessáriosum
inversor de tensãode
resposta rápida e
com
um
controle estável,com
boa
resposta dinâmica.Embora
sejauma
planta relativamente simples, ela esconde grande complexidade: a vazio,o
amortecimento é praticamente nulo; ecom
carga não-linearhá
a dificuldadeem
responder à solicitaçãode
correntes instantâneas elevadas por causado
indutor de filtro.CAPÍTULO
4
CONTROLE POR
MODO
DESLIZANTE.
4.1 -
INTRODUÇÃO:
Em
sistemas não-lineares osmétodos
clássicos de controleou
são aplicáveisem
uma
pequena
faixa de operação (onde apresentam-secomo
sistema linear)ou
são ineficientes.Na
realidade os sistemas são
em
sua natureza não-lineares, apresentando-se lineares relativamente auma
faixade
observaçãoou
operação.Na
teoria clássica de controle,um
sistema (planta)deve
sermodelado
com
precisão dentroda
faixa de operação.Muitos
sistemas são de difícilmodelagem. Por
exemplo: o atritoem
um
sistema mecânico,em
eletrônica de potênciaum
inversor
de
tensãocom
carga não-linear.Como,
então,em
princípio os sistemas reais são não- lineares, eles convenientementedevem
seraproximados
porum
sistema linear atravésde
uma
modelagem
adequada
e, posteriormente, porum
método
de linearização paraque
se possa fazeruma
abordagem
própriado
controle linear clássico. Assim, sistemas lineares são casos particulares dos sistemas reais, não-lineares,adequadamente
restringidos.Na
áreada
Eletrônica de Potência, devido àcomutação
de interruptores, a principal característicado
sistema (planta) é a variaçãoda
estruturano
tempo
(V SS
- "Variable StructureSystem") [1][2][3][4][22], caracterizando inevitavelmente que equações diferenciais distintas
descrevam
o funcionamentodo
sistemaem
todo o tempo, determinandouma
não-linearidade.Isto traz certos problemas de
ordem
de controle linear clássico.A
fim
denão
esbarrar nestesproblemas
optou-se por procurarum
controlemais próximo
à situação imposta pelo tipo deplanta
da
Eletrônica de Potência.As
estruturasde
Eletrônica de Potênciapossuem
as seguintes características principaisdo
pontode
vista controle/Eletrônica de Potência(V
S S):a) variação
da
tensão (corrente) aplicadana
entrada de maneira a ser descontínuana
cargaou
em
outro ponto relevantedo
circuito de potência;b) procura-se ter