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¶40w.fl
$ ' YÇBNÉRÓúñÊVCiÊfi§IÁSfiDA¬SÁÚDE .VÁSBEGTQS ÓLÍNÉÊQS ng MIÀSÍEQIÁ QRÁYE EM Nosso=ms1o
A~nR1ANA ~'ÂvILA' -DBL í*É'S1fP%Í=-NfDQ,LA*
V*¡MARcoS-ÁN¶oN1o POLEITÓ*
~
fz;-1
w.
šALunos~dÓ curáo de Gfiáfigqçàq-já Mèdíçiha - UFSÇ
r
“I
V -AGRADECIMENTOS
_~
1 › ~
Ao Dr) Paulo N.D. Sa que, com sua eficiente orientaçao¿
"
4 - .~-'
tornou possivel a excecuçao deste trabalho, `
.
à Drë Liana M. Miranda Heinisch pelos valorosos conheci
_- .-....›.. Q VJ II RESUMO ' A/. ~ Foram analisados retrospectivamente quarentaeatresrpron
r
› `
tuarios de pacientes portadores de Miastenia Grave -”(M.G.).
Houve predominio da doença no sexo feminino, na raça “branca
e pacientes na faixa etaria dos 20 aos 40 anos.
- Foi utilizado como meios diagnósticos a historia clini-
,,`\v;_ø_ u 7',-
. . _
ca e o exame fisico geral e neurologico, bem como provas com
_ ‹ _ 1 . › drogas anticolinesterasicas. 1' Y ' '
_ O quadro de abertura e apresentado de acordo com a claâ sificaçao de Osserman modificada, com predomÍnio1u›grupoíI.
V Oito pacientes apresentaram patologiasêssociadaséaM.G.: timoma, diabete mellitus e hipertireoidismo¿ _
O tratamento instituído foi clinico ou clinico/cirurgia
co. A
A
'
u
A evolução dos pacientes foi analisada no periodo de in ternaçao hospitalar, com melhora clinica de trinta e dois pa
I ~ ' ~
›
›«
. zcientes apos a instituiçao do tratamento, sete pacientes nao apresentaram melhora clinica e quatro faleceram:
III
ABSTRACT _
Fourty three data sheet, each helonging fto" a *patient with Myasthenia Gravis (M.G.), have been analised. ~ `
Í The clinic histdry and the neurologícal «and Qphysical
exames have been used as diagnostic means_as well as -tests with acetylcholinesteraseYinhibitors drugs. V
_- ~«z
The onset_is pñesented in acordance with “the módified classification of Osserman, the group II being predominantz
Q
Eight patients have produced patqlcgies nelated1xYM§G; thymoma,.hiperthyrÓidism and. diabetes mellitus. _
z
_
The .treatment * chosflén
was clinical or cliznicial/thymectomy *iEvo1uation of the patients has been analised while 'in
hospital. The_final results is as followsí clinical improve ment of 32 patients after treatment; seven have fnct flshown clinical improvement and four have died. '
, _ INDICE - ~ ' 1NTRoDUçAo.,..,... CASUÍSTICA E MÊToDos..,... RESULTADOS...;... ~ DIscUssAo,... . . . . . . . ... coNcLUsÂo...,... REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.. Éš ~ Q 0 u Q u u uonoon oucooo oooonu oooooc cancao nocao. 0 a › u 0 0
OS
u
1 - INTRODUQÃO. _ V
-A Miastenia Grave (M.G¿) foi descrita pela primeira vez
em 1672) por Thomas-Willis. Dois séculos mais t*arde:E1*IbÍy;je Gold-
_
- ~
_, _ _
V
«L
flan estabeleceram as caracteristicas desta doença (16)
Em 1960, Simpson sugeriu que a M.Gz poderia ser uma doeg
-
r r
V
' AZ
ça autoimune; hoje esta hipotese e confirmada_He';hem¬1aceita
(12). - ~¡ - _ ' _ 1 ' - uv › ,
A MQG; e uma doença da transmissao neuromuscular caractg
rizada pela fraqueza dosnmšcuIasestriàdós;Â)defeitofiuxtrans- missao neuromuscular e mediada por auto-anticorpos que inter-
`
zw - 1
ferem nos receptores da acetilcolína na_junçao mioneural pos- sinaptica_(10;11).' l “ _.
_
'“ '
. ,_ ,
.
. . dA doença e caracterizada pelo inicio abrupto Ou insidio-
so de fraqueza e fatigabilidade fda;ñmusèulatura:iesqueletica
(17). Vinte por cento dos pacientes apresentam sinais e sinto
mas confinados a musculatura do olho, e são considerados por- tadores de " M.G. ocular "@.Qualquer acometimento alem da muâ
culatura ocular e classificada
como"M;G.generali2ada“.CIZÍ.
i
Não foi observado ocorrência familiar significativa exce to para M.G; neonatal (10)..Contudo, eeiisteüfumãrfifinequência mais alta que a esperada de outras doenças autoimunes nas fa-
milias de pessoas com M.G., bem como no paciente íindividnãl- mente (9) '. '
' _ `
' ¬ ~
Se-tem.demonstrado recentemente
tr/
a_associaçaoemtre1rM.G..
e certos.antigenos de histocompatibilidade, 'presentes "mais frequentemente que na populaçao
normal;_especia1mentefHLA-HB-06
e DRW3, encontrando-se HLAÉBB entre pacientes mulheres jovens e HLA-A3 em pacientes velhos (5;13).
Esta doença tem curso imprevisível. Doenças virais, ici; rurgia; menstruação, gravidez, imunizaçoes e íoutrosʬfatores
~ _
fisicos podem precipitar mudanças na expressaoc1ihiba‹k%MJGf
' 'U U , *O I
I
porem, nao interferem no prognostico. Felizmente, somente fiem raros casos a M.G,`tem um curso agudo ou cronicamente progres
sivo, levando a insuficiência,respiratória e debilidade seve
ra (17)- . ` V ' _ _ . I ` r Y O objetivo do presente trabalho e avaliar as caracterisë
ticas clinicas gerais da M.G. em nosso meio. ` '~
4
ãš
/
2 - cAsUÍsTIcA E MÉTODOS
Foram analisados restropectivamente os prontuários de
quarenta e tres pacientes portadoresdebüasteniaGrave(M.G.),
sendo onze casos do Hospital de Caridade (H.C.) e trinta_ e
' r
dois do Hospital GovernadorCelsoRamos,emF1orianopolisS,C., durante o periodo de 1971 a 1989;`._ _' t
_
^-,
Os pacientes foram estudados quanto a faixaetaria;sexo;
> ~` I r
raça; tempo de evoluçao da doença ate o diagnostico; sintoma-
tologia inicial; tratamento realizado; patologias associadas;
~ `› '
ø "
e.evoluçao dos pacientes a nivel hospitalar. .
, . _ `
Para a analise do quadro de abertura da M.G. foi utiliza do_a Classificação de Osserman modificada (9): `
_- `
A
4 Grupo I - Miastenia ocular (acometímentoapenasxkimus
- - ' _culatura ocular); ' . V _ _ -- Grupo II - Miasteniageneralizadamédiaíiniciofrequené
V¬ te com acometimento *ocülaráface¬membros' e
-
- ~ musculatura bulbar);_
, `l._ _
- Grupo III; Miastenia generalizada severa (inicio rapi-
.do com envolvimento ocular- membros e 'mus- W 'pculatura mastigatoria);
r
s
-
- Grupo IV - Crise (desenvolvimento eventual 'def severa
fraqueza generalizada com paralisia respira s '. 1 A tória). _ _ _ l í ' '
Todos os pacientes foram submetidos a exameclinicogeral
G neurologico, bem como a exames laboratoriais Íde“ rotina em
~ _
funçao das necessidades individuais .
z
_os
Dividiu-se_a evolução intra-hospitalar em cinco grupos ,
› - . . f
de acordo com 0 tratamento 1nst1tu1do:
- Grupo A - Evolução favoravel apenas com to fitratamento
. Aclínicog
}
. .
v ~
.
- Grupo B - Evoluçao favorável com otratamentoclífiícore
‹ .' .. ' clrurglco; ~ Evolução desfavorávelapesar‹kYtratamentdc¶Í - Grupo C -I .»n1co 1nst1tu1do;¡ - › ~' z -_ .z. ~-z.-
-1 'Grupo D .- Evoluçao desfavoravel ape^s'ar»dáoi'n`st“1tui`çfa_'o*do
› tratamento clínico e'cirurgico.
7 '
“
z Foram excluídos da amostra os prontuarios revisados- que
` ~
, ~ ø
nao permitiram a confirmaçao do-diagnostico.
Éš
/
09
3 - RESULTADOS
A I
Foram revisados quarenta e tres prontuarios de pacientes portadores de Miastenia Grave (M.G.)§ destes, trinta eram do
z/.
sexo feminino (69,76%) e treze
dosexonmscú1ino(30§Z3%)fQua-
renta e_um da raça branca (9S;34%)eadoisxhƒraçanegra(4,65%). A faixa etaria varioú dos dez aos oitentaezdois anos, com
média de 35,51 anos. V
' p
Na tabela 1 tem-se o nfimero_de casos divididos_por inter
valo de idade e por sexo. É observado o maior número de casos -
_ `
até a 4ë decada de vida (81,39%); havendo queda acentuada. a
partir da Sê década (18,Ô1%).p' -A
0
. TABELA 1 _.'
. Distribuiçãp_do Ndmero de Casos de Miastenia Grave (MÇG.) por
šü I .- Y pf I ' Z' V . - - `_... , v
Sexo Segundo a Faiša/Etaria}f¿` _ z _ . ' u ~' * Idade do Homšäs « V
i'M lheres _TOI$L
~ % fanosm.. ¶€¡› %Â, Aupçšã
%
i p .Qãã/ _ ip 10'- ;9 _ 00 00 _ p p 07 (z3,33)Í ' ;07]_(16,28)_ 20 - 29 03 (23,08) 09 ‹I30,0) 0 a12 ‹í27,911› 30 -H39 03 (23,08) 0 005 (16,ó7) 08 -(18,60) 40 - 49 03 (23508) O5 (1Ó,67) 08 (18,Ó0) ` 50 - 59 ' 02 (15,33) '. 01 (03,33) » 03 (0Ô,98) ó0_+ ó9 '02 (15,38) »01-(03,33) 03 (0ó,98) 70 `00 000 = - _0z (06§67) 02 (04,ó5)' TOTAL 13 (100) 0 30 (100). _ 43 1100) Fonte: SAME H.G.C.R; e H.C. .10 O tempo do inicio da sintomatologia clinicaatekadiagnos
i
- \
_ tico da doença variou no sexo masculino de 15 dias a 4 anos ,
e no sexo feminino de 7 dias a 9 anos, não tendo esta fivaria-
na IU O .
çao relaçao com o prognostico.
Foi utilizado como teste diagnostico drogas anticolines- terasicas como 0 cloreto de edrofonio e fa prostigmine. Este
teste foi realizado em vinte e quatro pacientes, sendo consi-
derado positivo em vinte casos (83,33%), em tres inconclusivo (12,5%) e em um caso negativo (4,16%). A bidpsia muscular foi
_ _
'_ ,
realizada em quatro pacientes, em dois casos ÍfÓi“ compativel com _ M.G. e nos outros dois casos - foi normal. \
'
A tabela 2 mostra o quadro de abertura da MÇG., o numero
de casos por grupo e por sexo, Observaàse que 48,84% dos 'pa- cientes estäo no grupo II da classificação de Ossermann modi- ficada. Na amostra estudada nao houve nenhum caso de abertura do quadro no grupo IV. ›:_' V ip..
-_ “ ` A ” c ..' _ '_. “ _ TABELA z L _ »
Distribuição do Numero de Casos de Míastenia Grave (M.G.) por Sexo Segundo o Quadro de Abertura pela Classificaçao de Osser
man modificada; ' ' Classificaçao Homem“ _ n9 % ` Mulher “ A nQ % nQ TOTAL % _ Grupo Grupo Grupo Grupo I _ _ II III IV 04 (30›77) 06-(4Ô›15) 03 (23›o8)' oo (oo,Óo) 07 15 08 00 (23,33) (50›00) (26367) (oo,oo) 11 21 11 00 (25›53) '(48,84) (25,58) (oo,oo) TOTAL 13 (ioo) 30 (100) 43 (100) Fonte SAME H.G.Ç.R .e H.C;
11
`
' ':`.. -'..'~'_..
O tratamento instituído foi clinicocmiçlinico/çirurgico.
. _- . ~ r .
Todos os pacientes foram submetidos a tratamento clinico que
'- . ú ' .
‹-'z-
consistiu em uso de drogas anticolinesterasicaseacorticoidesg
~ - ` ou a associaçao de ambos. p . ' ~ ' - Durante
a internaçao‹bzessete pacientes receberam_somen¿
te tratamento clinico, e vinte e seis , alem‹Rrtratamentotli
nico, foram submetidos a timectomia..
Dos vinte e seis pacientes timectomizados, vinte perten-
cem ao sexo feminino e seis ao sexo masculino. i
O anatomo-patologico de timo revelou hiperplasia em sete casos (seis em mulheres e»um em homem), um caso de cisto (ho- mem), e cinco timomas (todos em pacientes do seio feminino).
p íPatologias associadas À M.G. foram observadas somente em pacientes do sexo feminino: cinco pacientes com timoma,~ duas com diabetes mellitus tipo I,¡e uma paciente com hipertireoi- dismo, em um total de oito casos.
"
'›Duas pacientes desenvolveram M.G.»durante.a gestaçao. Em
, _
um caso houve melhora clinica com o tratamento medicamentoso,
*r A ~ À, _
masaposwipartonao
retornou para controle; noutro caso a “pa-ciente realizou tratamento clinico durante a gestaçao com boa
resposta, apos o parto foi submetida a timectomia, mantendo o tratamento clinico, evoluindo sem queixas miastenicas}
Na tabela 3 tem+se:os"dádosfsobre a evolução intra-hospi
talar dos pacientes. Em 76,74% houve evolução favorável sapos
' ~
a-instituiçao do tratamento clinico ou clinico/cirurgico, e
13,96% tiveram evolução desfavorável apesar do tratamento ins tituido. Houve quatro Óbitos (9,30%), tres devido a crise mi-
Evoluçao Intra-Hospitalar dos Pacientes com WMiasteñia *Grave (M.G.) Segundo o_Tratamento Instituído.
/ TABELA 3 - Grupo _ _ . nQ % Grupo A Grupo B GrupoÍC Grupo D Gfupo E 11 21;
-04
%('03
O4 - 25,53 48,84 O9¿30 06,98 09,30 ToTAL_ V ' » 43 1oo,oo Fonúef~sAME~H:Gzc;Rz¬â+hfâ~13
4 - DISCUSSÃO
I
› QI IV
A Miastenia Grave (M.G.) nao tem nenhuma predileçao fra-
cial ou geográfica. Apesar de extremamente rara 'durante os dois_primeiros anos de vida, a M.G. pode ocorrer em
zpratica-~
mente todas as idades. Mulheres sao mais :comumentemfafetadas que homens; e isto É mais evidente durante a faixa etária de
' ¬
i A . ~
adulto jovem. A doença decresce em preferencia em relaçao ao sexo com o avançar da idade, e
podeinclusiveterxüshretapre-
ponderancia masculina em idade mais avançada¬(17).
Houve maior incidencia de casos de M.G. em pacientes Êdo
_
.
V .
, _ p
sexo feminino e na faixa etaria-dos 20 aos 30 anos. Em gnossa
' ~ I
amostra nao ha pacientes portadores de M;G; com idade inferi- or a dez anos, fato este devido ao levantamento ter sido rea-
lizado em hospitais gerais sem serviço de pegiatria.. '
`p. 'A'raça branca predominou sobre a raça negra,_ÍdádoAseste
nao relevante na literatura (1;17). Í' rn
"'
- , .Testes.farmacolÔgicoscom*drogasanticolínesterasicaszsão
_-À ¡ _ . __ _ _
usadas desde 1950. O edrofonio e mais utilizado devido fa sua
~ «f .
".
'
n' "' . . -- /-
açao de inicio rapido e de curta duraçao. Os sinais 'de .MuG.
melhoram após 30 a 60 segundos da
e esta melhora pode persistir por
_ Osserman refere positividade gas'anticolinesterasicas,lpodendo
administração de edrofônio, varios minutos (17).
de 93% nos testes com Jdro- ocorrer ffâisor negativo e generalizada não respondem ao teste, da o fresultadosfffàlso
falso positivo (8;19). Cerca de 5-10 dos paciente com .M.G.
~
14
negativos (18). Testes falso negativos ocorrem também em “pa-
cientes hiperativos_ao~edrofonio, e na presença de :fraqueza muscular intensa principalmente se a musculatura Íhavia¬ sido
anteriormente solicitada (I7; 18519). Falso positivo pode io-
correr em pacientes histericos (19). O teste pode ser fincon-
, ¬
clusivo ou ate negativo em pacientes com forma ocular pura de
M.Gz_(8;16). l
_ ._ _ _ _
Na amostra revisada 83,33% dos testes foram considerados positivos. O paciente cujo teste foi negat-i`-v.o"pe`rtenciá~'ao` gru- po I da classificaçao de Osserman modificada, e o diagnostico
QI,
foi firmado devido a evoluçao clinica e melhora do quadro com
- .' . . ' _. , ^ ..
tratamento clinico e cirurgico. Nos tres casos com teste :in-
conclusivo, a melhora clinica com uso de drogas anticolinestei
rasicas foi importante para o diagnostico.- ' .
'
¿:, A lesão dos musculos esqueleticos na M.G.ze'Íob'jeto'de'con.-
troversias, com respeito ao significado dos achados. As dife-
- ' ~ - \. ~. _
rentes opinioes com respeito as alteraçoes encontradas, podem ser relacionadas com o estadio da doença; Assim, certos auto- res como Dubowitz & Brooke encontraram poucas.alteraçoes. 'na
_
. . I
. › . '
fase inicial, ao contrario de Russel que examina pacientes em
~-
».-estadio final. Alem disso, com a introduçao‹k1tecnicasxháhisá
' '
.
toquimica, Engel &-Mac Farlim encontraram ianormalidades ._em
quase 100% dos casos, em contraste com as tecnicas de :rotina de parafina, onde as alterações oscilam em 50% (20). -'
'A biopsia muscular, em nosso meio, foi realizada em ape-
nas quatro pacientes, nao sendo os resultados suficientes pa-
ra qualquer analise estatistica. u
15
~
Nao foi realizado a eletromiografia e a pesquisa de anti corpos anti-receptor, porem estes exames ajudam a *corroborar o diagnostico de M.G.. Os achados eletrodiagnosticos Ítipicos
' ~ ~
na M.G. incluem um potencial de açaonmscufarinièialmentenor
mal e que decresce mais de 10%, fato este que ocorre- em F95%_
_
› _
- A
_ . Ir _
dos pacientes se forem examinados tres ou maisnmsculosggaquei
~ A _ _ uv
com a administraçao de edrofonio ocorre restauraçao do poten- cial de ação (13). ` ' . - l › ' ~ 1 ' ~
Nos pacientes com M.G. generalizada a determinaçao de ti
tulos de anticorpos anti-receptor e positivo em 85-90%, _e em
~ ›`
pacientes com M.G. ocular e de 75%; mas nao se exclui o diag-
'
. V ~ 1 ~
-
nostico mesmo com pesquisa negativa. Nao ha relaçao ientre .a
severidade da doença e os titulos.de ^anticorpos. encontrados
(1;8;13§17)-~ Í .
'
' '
` _
~ Em 20% dos pacientes o quadro de.abertura-da$L(L.ecarag, terizado por envolvimento da musculatura ocular, e destes 40% irao desenvolver a forma generalizada dentro Ídosf primeiros
dois anos da doença. MQG. generalizada ocorre em f5Q% fdos pa
i
f-.
' -.. . . ..cientes, cu3a caracteristica e astenia de intensidade ¬varia-
da. Onze por cento dos pacientes desenvolvem doença aguda fúl
minante, e 9% desenvolvem doença
tardiasevera(14;17)QNapre-
sente amostra 74,42% dos pacientes tiveram M;G. generalizada como quadro de abertura, e 25,58% a forma ocular, estando os
dados coincidentes com os da literatura. _
* Os-pacientes com M.G. sao considerados como tendo Amàior
~
/ 16
particular as mediadas imunologicamente (2;3). A M.G. pode es tar associada a hipertireoidismo,hipotireoidismo,artrítereur
~ .:.
matoide, timoma, lupus eritematoso sistemico, anemia hemoliti . I _‹°~ A __ _
ca, anemia perniciosa, esclerose multipla, vitiligo, fpenfigo vulgar, polimiosite e paralisia periódica familiar (19). “A
'
o t ' o l
associaçao mais importante e frequente e com timoma, variando
de 10% à 17% (1;14). *
“ '
. ,
A associação de M.G. com outras doenças autoimune vvaria nos estudos de 8% a 21,4%~(12){ Em nossa amostra encontrou-se
associação de 18,6%. 'A V fi A 'l Í p - Duas-pacientes desenvolveram M.G. durante a gestação. Al
guns autores consideram o curso da M.G. na gravidez como vva-
I › _
. ` .I
.
riavel e imprevisivel, mas, em geral, ocorre melhora a partir
do segundo trimestre da gestação (1). O puerperi0_e¬considera
do o periodo criticgje mais perigoso.na M.G. (1). . .' A
A
Não
existe tratamento .radical e dezf'í`ni`ti"vo"para¡'a M.fG;` .Z No.O . ~. _ _ .. _. entanto, o progresso da terapeutica com sensivel fmelhora.^do prognóstico foi notório nos ultimos anos (1). '
'
. I- I
_ ... A
, As drogas anticolinesterasicas, os corticoides, os Limuê nossupresores (excluído-os corticoides), a timectomiaenrplflg
maferese representam as formas atuais de tratamento dos fpa- cientes.miastenicos (13), Os pacientes da presente amostra fo
ram submetidos a tratamento clinico com.drogas.anticblinesteê
' O V u
_' V
;' ›
'. l
l"3S1C3S OU. 8 SU3 âSSOC1âÇ8.0 COIl'l`COI"t1COSÍ36I"Old€S.
. I - A primeira etapa do tratamento
e, em geral, o uso de drg
'
. ' . . '
z "'
gas anticolinesterasicas que intensificam a transmissao neuro
~ '
sin-z
17
tomatico mas não removem a causa basica dobloqueio da trans-~
missao neuromuscular (13).
_ Ósfcorticoides são de valor considerável gno imanejo de - ~
pacientess com M.G. que nao respondem bem ao uso .de fdrogas
anticolinesterasicas (4;13). Apos 1970. os scorticosteroides tornaram-se de uso rotineiro, acreditando que alem da açao i
I . ~
. . : .
munologica depressora apresentam um zefeito a nivel das
pla-~
cas motoras, melhorando a transmissao-neuromuscular (19). '
1 - ~
Drogas citotoxicas nao foram utilizadas como modalidade terapêutica nos pacientes da amostra. Daniel-B. Drachman 'a- firma que "talvez o mais importante avanço no tratamento da
_ _ . . 4 ,
M¿G. tenha-sido o uso de drogas cit0toxicasF-(7). Hoje e_sa- bido que muitos pacientes se beneficiam do uso destas drogas em situaçoes onde outras modalidades terapêuticas foram ine- ficazes_(10),-contudo as indicaçoes para o_seu uso ainda nao estao bem definidas (1). ,' '_' _
~ '
' ' '
-Embora a timectomia ate recentemente tenha sido conside
`
n ~' '
rada terapêutica empírica, a opiniao.quase unânime dos auto-
, _ _ . m . ›
-_
res e que ela beneficia a maioria dos pacientes *comÚ M.G. ,
principalmente se-efetuada na fase inicial da doença e naqug
les pacientes~ que ainda não receberam aanticolinesterasicos
(6). Na maioria_dos pacientes que melhoraram_apos a timecto-
mia não houve mudança significativa nos titulos de fanticor- pos anti¬receptor, não ficando claro o mecanismo timoàdepen-
te (10)._ ¿
' '
'
zw f ¬Eoram_timectomizados, na presente amostra, vinte e seis
acientes` destes vinte efum tiveram evolu ao intra‹hos ita
_ .
_
› ›
`
,18
~
lar favoravel, tres com evoluçao desfavoravel e dois pacien-
tes faleceram.
- z » z ^' . u '
Nos pacientes com timoma a indicaçao cirurgica e absolu
ø _ _ I
ta, visto que e um tumor invasivo em grande numero de acasos
~ '
~.z ¡.-
‹ .- .. _
(13). Nos pacientes nao-timomatosos
aindicaçaocirurgicacon
tinua controvertida (6), dessa maneira e dificil,1urmomento,
analisar isoladamente os efeitos dos procedimentos écirurgi-
' ' O O 0 ' ` c A Q
cos e conservador,.pois numero significante de miastenicos ,
'V '
. Í ¡ .< V» . ‹
operados ou nao; utilizam os corticosteroides aoÍ1ado1knidro= gas anticolinesterasicas (6). '
`
Q i
~
'A_utili2açao da plasmaferese na M.G. foi f»_ |..|. 5. |..;. n» pu. N. D-‹ 9! ~rz~m (D
~
1976, demonstrandouma nitida e marcada reduçao do.:fiivè1"flde anticorpos anti-receptor para acetilcolina;-no.entanto cessa redução nao tem relaçao com a atividade da doença (19). Ape- sar de não existir relaçao imediata do nivel de fanticorpos com os sintomas clinicos¡ diversos autores sao unanimes em a
firmar que.obtem bons resultados a medio “prazo Í(19)§;fiEste
procedimento não-foi utilizado em nossa amostra, impossibili tando averiguar o seu comportamento em nosso meioz' M
gApesar da evolução essencialmente flutuante‹fi1M.G.,ce£. tos aspectos permitem prever um prognóstico (1;17). Conside- rando os nao timomatosos, tem_extrema importancia na avalia-
~ 1 _ _ __ __ ~ ..z
çao do prognostico a forma clinica da M.G.¡asuaevD1uçao;nos primeiros cinco anos da-doença (1). O potencial evolutivo da
' . ¡ . -›, _ .
M.G. e mais severo nos primeiros dois anos. uA:;forma“fiaguda
' ~
fulminante-e a mais grave, enquanto as formas iocúlares. sao
' ~
as mais benignas,.embora possam ter evoluçao ulterior
.fm
z
19
,~
visivel (1;17). A crise miastênica pode ocorrer na wevólucao de qualquer forma-clinica e-agrava o prognóstico (1).
As formas timomatosas são sempre de mau prognos'tVi`c'o*:':(1).
“
..
:-c ~
~ Em nossa amostra foi impossivel estabelecer uma relaçao entre a evoluçao do paciente e o prognostico, pois limitamo-
nos a evoluçao intra-hospitalar CJ. QJ\ que nao/foi possivel a rg
visao do seguimento apos alta hospitalar devido a insuficiên
. _ o , p_ A
cia de dados nos prontuarios, v1sto_que o acompanhamento am
bulatorial foi realizado em outras unidades de saude. j .
5 - coNcLUsÃo~
1 - Houve predomínio de pacientes do sexo femínino,fana
faixa etária entre os 20Íe 40 anos;A _
2 - Preponderou como quadro de abertura «o grúpov II da
'Classificação de Osserman modifioada; g
-
3;- A historia clÍnica,_o exame fÍsico_e o teste‹unndro Q ' . O
`
O '
O , O
gas antlcollnesteraslcas conflrmaram o dlagnostlco de
dM.G.; .. `
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'do tratamento cl1n1co e clrurglco; V \á
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e dois pacientes. `
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