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Estudo das condições necessárias à aquisição de competências em cirurgia na formação do médico geral.

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(1)

õõ

qN;wERs1:_1)ADE- ^ÇA§rARINA=.~

CEM'-Row DE c1ÊNc¬IjAS_,*~ DA¢›§Í's'~Aüp§1_:`

Dm>ARTAMEN.To .DE: cLÍ1>11:¢A'fé=c;I*RüRGI;~1C§A

í.EsTUDo . VDÁ`s.z

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*ISE «CQMPETENCI-Ás 'EM V¢IíäURGIÀ'}-'mà n_4`ÉD1co

ILEMÓÊ

-

š1>*'A GÉÂÉA. -=`ÁRÃÚJ_Ó- 'G'-ARÍÇIA

(2)

ESTUDO DAS CONDIÇÕES NECESSÁRIAS Ã AQUISIÇÃO DE COMPETÊNCIAS EM CIRURGIA NA EORMAÇÃQ Do MÉDICO CERAL*` '

Tadeu Lemos**

Maria da Graça Araújo Garcia**

ORIENTADOR: Carlos Alberto Justo

da Silva(Departamento de Clí-

nica-Cirúrgica)

Florianópolis-SC _

1989

>*Traba1ho apresentado â Comissão de Internato Hospitalar

Área de Clínica Cirúrgica

(3)

AGRADECIMENTOS '

AO DR. CARLOS ALBERTO DA SILVA,

pela orientação e estímulo

A

VERA ALBA LUZ LEMOS, pela dedicaçao

(4)

\

"A unanimidade de opiniões pode

servir a uma igreja,âs vítimas assustadas de um mito antigo ou moderno, ou aos ~seguidores fracos a cativos de algum iti-

rano; a variedade de opiniões

ê uma condição necessária 'ao

conhecimento`objetivo".

(5)

RESUMO

Fundamentando-se na literatura sobre educaçao

e ensino mêdico¡e na prõpria vivência enquanto educandos, os

autores fazem uma análise crítica da educação médica- que

lhes ê proporcionada, a partir do ensino de cirurgia no Cu;

so de Graduação em Medicina da UFSC. Utilizam como' material

de estudo o perfil da estrutura do Departamento de Clinica

as

Cirúrgica da UFSC e a lista de competencias em cirurgia, ne

cessárias ã formaçao do médico geral, proposta pela ABEM.Di§ cutem se a metodologia de ensino empregada pelo departamento permite a aquisição de tais competências. Ressaltam a impor tância de se ter definido o perfil do profissional que a

escola pretende formar, para que se possa estruturar‹›ensino

de cirurgia e das demais áreas do curso, adequando-o a este perfil. Finalizando, indicam as transformações que se fazem

~ A

necessárias para viabilizar a aquisiçao de competencias ao

(6)

I - INTRODUÇÃO

-

O ensino e a prática médica têm sido,nos últimos

anos, motivo de estudos e análise critica não somente no

' '

~ ~ gzw

_ _

Brasil, mas em todo o mundo. Estas preocupaçoes, apos debates regionais, nacionais e internacionais, culminaram na Conferén

cia Mundial sobre Educaçao Médica, realizada em Edimburgo, em 1988,.que tratou dos problemas básicos enfrentados hoje pelas escolas médicast Nesta Conferência foi elaborado um documento,

' ~ `

posteriormente denominado Declaraçao de Edimburgo, que preconi

za ações a serem executadas dentro da própria escola médica,

buscando assegurar a formaçao de profissionais Hcapazes de pro

mover a saúde para toda a.população¶. É importantei salientar

que, apesar de traçar os objetivos comuns, o documento, ressal

ta-a.necessidade de se preservarem as peculiaridades de cada escola per si. Um dos principios fundamentais,aceito por todos

os participantes, é o de que a educação médica não pode ser

considerada como um processo.iso1ado, mas sim como elemento

fundamental do sistema de assisténcia.â saüde. Mais do que em qualquer outro local, este aspecto encontra particular relevân

cia em nosso pais, no momento.em que está sendo implantado um

novo sistema de saúde 1Sistema Único de Saúde - SUS)~ Desta

forma, um dos principais desafios das escolas médicas é o de

buscar, de modo concreto, a integração com esse sistema.

A

praxis atual da educaçao médica, nas- escolas

ocidentais, em particular de nosso pais, persiste .baseada no

5 I'-¡'\Q |..|.O Q-IÓ

modelo proposto no século XX e que tornou-se conheci

_ 25 - .

do como.Relatorio Flexner. Tal relatorio tinha como premissa

zu ~ ¡

conceitual a estruturaçao da educaçao medica baseada num mode

(7)

O objetivo era de que o aluno conhecesse o modus operandi de

cada um dos sistemas e õrgaos que compõem‹›corpo humano. Para

tanto,foi preciso trazer o ensino médico para dentro da Uni- versidade e determinar um local específico para seu desenvol

vimento, criando-se o Hospital Universitário (HU). 'Passados

os anos, a experiência veio a demonstrar as distorções desta

forma de ensino, já que os esforços terapêuticos centram-se no indivíduo, em detrimento da coletividade,.e,principalmente

' ø av

. -

no orgao afetado, perdendo-se,com isto,a visao da totalidade

' _ 44,25 ~ . ~ do¬organ1smo.' Q

Esta relevancía do particular sobre o todo, logi

camente, expôs a.inadequação de tal modelo na obtenção de re sultados significativos nos indicadores de saúde. A constata

ção de tais fatos levou â busca de novas alternativas de aten dimento médico e modelo de ensino, surgindo,então, o modelo

aozz 24 _ `

docente - assistencial, visando.a integraçao do ensino aos

serviços de saúde, o que, consequentemente, teria que ser

obtido através de uma nova metodologia pedagógica. 'Porém, a

maioria das escolas médicas no Brasil, embora aceitasse a te-

se da necessidade de integração docente-assistencial, encon-

trou dificuldades na sua.imp1antaçao, devido ao modelo estru

. 25› .

tural.existente. Para o sucesso de tal plano,haver1a a neces

sidade de reestruturaçao do ensino,desde seu corpo docente, deixando de privilegiar o ensino por especialidades, até a

~ ~ ~

adoçao de locais adequados para promoçao desta integraçao,que não unicamente o hospital universitário, mas sim, ,também, a

rede de atendimento dos demais níveis de atençao

E

saúde. O sucesso desta iniciativa certamente serviria para atender um

dos principais quesitos da escola médica, qual seja, sua fun

__ _ _ 9_,40,¶5

çao social.

(8)

A sociedade espera da escola que a mesma lhe prg

picie, ao final do curso de graduação, um médico que tenha competência para compreender e dar solução aos principais .ve tores da relaçao saúde-doença. Ao aceitarmos essa `premissa, concluímos que o curso de graduaçao deve preparar o médico pa

ra'o exercício imediato da profissão e para a educação conti

nuada. Nesse sentido, uma das tarefas prioritárias das esco-

las médicas é a redefinição dos programas de formação,onde os

currículos devem ser orientados para a_aquisição de competên-

cias, para as necessidades e a realidade social. Para tanto,é

necessário uma metodologia de ensino capaz de viabilizar tal programa, sendo necessário que cada escola.tenhaxnmadefiniçao clara do produto final do curso, ou seja, do-perfil do profis

sional-médico a ser formado.

Por entendermos que a formaçao do profissional

médico passa também pelo desenvolvimento de análise crítica ~

do seu próprio processo de formaçao, é importante que o edu- cando participe de discussões e elabore opiniões sobre o ensi

\ 8 9 .

'

no que lhe e proporcionado: Desta forma,~procuramos, realizar ~

a análise do Curso de Graduacao em Medicina da UFSC. A comple

xidade que envolveria a realizaçao de um estudo de forma glg ~

bal, fez-nos optar pela apreciaçao de um de seus quatro.depa£

tamentos mais significativos (Clínica Médica, Clínica Cirürgi

ca, Pediatria e Tocoginecologia) que, por terem característi

cas de ensino similares, favorecem este tipo. de abordagem,

tornando possível a aceitação da hipótese de queémsconclusoes

obtidas na análise de um deles (Clínica Cirúrgica) sejam uma amostra verdadeira dos demais.

(9)

II - MODELO ESTRUTURAL DO DEPARTAMENTO DE .CLÍNICA CIRÚRGICA

O Curso de,Graduaçao em Medicina da UFSC é div_i

dido em ciclos básico (3 semestres) ezprofissionalizante‹ (9

semestres., incluindo o internato hospitalar) ,compreendendo um

totalÍ.de.75 disciplinas obrigatórias, das quais 12* são ofer_e_

cidas.pelo Depa1':tamen.toz` `

de -~ Clínica Cirúrgica, distri

buídasda

seguinte forma: 1 _

'

TABELA 1 _

,Z 3-- ` , _ _

^

. _

Análise estrutural do Departamento

de

Cirurgia-

DISCIPLINA g.EME5‹pRE . CARGA HORÁRIA (Horas aulas)

Í Í

'C AULASTEÓRICAS. AULAs..PRÃ'rIcAs 'rorAL

Técnica .Operatõria I 59,, 45 ~ 90 135 Cirurgia Geral I 69 60 60 p 120 Tralmato-Ortopedia I 69 45 30 . 75 Cirurgia Geral I * 79. 30 60 90 Oftaltrologia 79 30 - 30 Urologia I 89 30 ' 30 60 N_euroc1'.rurgia 89 , ‹ 30 - 30 Proctologia ' 89 30 -~ “ 30 Otorrinolaringologia 89 15 30 45 - › Cirurgia Vascular I 99z I 30 15 . 45 Cirurgia Toracica 99 30 Ú ' 15 45 Internato Hospitalar 129 375 290 450*

*Não computamos os plantões .

Fonte: Currículo 'dfo Curso de Graduação em Medicina da UFSC

‹ -

(10)

` 'O

curso também determina o cumprimento de uma car

ga horária mínima obrigatória (180 horas aula) dee disciplinas

optativas, sendo 7 oferecidas pelo Departamento . de Clínica

Cirúrgica: '

wz.uàÉ£.A *2 5

u

Disciplinas optativas oferecidas pelo Departamento de Clinica Cirurgica

DISCIPLINA . CARGA HORÃRIA (HORAS AULA)

Técnica Operatõria II 45 Otorrinolaringologia II 45 Cirurgia Vascular II 45- Cirurgia Plástica 45 Traumato - Ortopedia II 45 Urologia II - ' 45 f

Fonte: Curriculo do Curso de Graduação em Medicina da UFSC;

'O conteüdo»programático das disciplinas desenvol

ve-se.atravês de aulas teóricas, de caráter expositivo, e au-

las teõrico-práticas,realizadas nas enfermarias do Hospital Universitário (HU), com exceção das aulas práticas de Otorrino

laringologia e Traumatologia que são realizadas nos respecti- vos ambulatõrios. A disciplina de Técnica Operatõria I desen-

volve o exercício prático em laboratório, com animais.

O curso se encerra com o Internato‹flnCirurgia,que desenvolve suas atividades a nível hospitalar, estando assim

(11)

TABELA 3

Análise da estrutura do Internato em Cirurgia'

- CARGA HORÁRIA

E sTAGIos ATIVIDADES (HORA AULA)

* Enfiamaria e(k¶üro ¬~Aomqynümmento pnê,t1ans

Cfilürgioo e põscxxmatõrfla de pa-

cnamesinumflmdos. z

Axmpmümmaün

de pn›- oxümaüns bàfisos em anestesiaçfinal e lk×x› -regflxEd¬ 205 * Anestesiologia - 25 *.HúmLmikfl3de -

C1ínica(fi1ürgica tas cküüsas. i

.

üspäflalükdes)

Aoaqxmhmuaüx›das Consul

44

Emanuáb de zxrwenas ci-

*(äIumgia.Nflmúatorial.V-

fihgflxs. 66

* &arúÕes(flínüxs - Sessšäâclñúsaseaclüüf

a›ImfioL&ficas; safiná-

rios;clube de revistas;

sesax›de naúsaoea atua

lizaçao de temas. 110

* Emergência - Plantões 308

Fonte: Programa das atividades do internato em cirurgia do

(12)

III - PERFIL DO ENSINO DE CIRURGIA NA GRADUAÇÃO

,

Antes de iniciarmos uma analise mais detalhada do ensino em cirurgia,é necessário fazer algumas reflexões sobre

o perfil do profissional a ser formado.

A escola médica, como vimos anteriormente, deve manter compromisso com a realidade social,.frente.ãs necessi-

na

dades de saúde da populaçao, devendo adotar

umanetodologiade

ensino-aprendizagem capaz de possibilitar, ao aluno, o exer-

cício imediato da profissão,ao.final do curso. Assim, a edu- cação médica deve desenvolver-se de modo a relacionar as

ne-~

cessidades de saúde da populaçao, o perfil de morbimortalida-

de e o.perfil profissional proposto com o conteúdo e a meto-

. . 2fi0

dologia de ensino. A

'

É necessário, entao, saber qual o perfil do pro- fissional médico formado pela UFSC. Como nosso estudo se li

mita`a análise do ensino em cirurgia, devemos inicialmente te

~

cer algumas consideraçoes sobre o que se espera do profissig

as

nal egresso da nossa escola, em relação.as suas competencias

em cirurgia.' m

. Como toda análise necessita de modelo comparativo,

procuramos, através de estudo bibliogrãfico,obter informações

~

sobre o posicionamento de õrgaos oficiais a respeito deste tg

ma, encontrando-ofloseminãrio sobre a preparação, do médico

~ ~ 4

geral, promovido pela Associaçao Brasileira‹kaEducaçao Medica

(ABEM) e a Comissão de Ensino Médico‹ü3Ministério da Educação

_ _ 2

(13)

1

Neste,foram reexaminados e definidos os objetivos do curso

médico, a competência dos profissionais a serem formados,bem

como as estratégias educacionais a serem utilizadas.

Quanto aos aspectos da formação .em cirurgia,

foram propostos objetivos educacionais específ' icos que o alu

no deverá atingir antes do internato, a saber:

1 - enfrentar os problemas cirúrgicos mais fre quentes, com raciocínio - ações voltadas para a prevenção, a

promoção da saúde ° '

, a terapeutica e a reabilitação;

'

2 - compreender as vária s causas que determi

nam, agravam ou dificultam a solução de um problema cirürgi

co;

3 - acompanhar o exame, o diagnóstico, a indi cação terapêutica, o tratamento e a evolução dos casos submg tidos ã cirurgia ambulatorial (pré, per e pôs-operatõrios);'

Q - estar capacitado a executar técnicas de

assepsia e antissepsiao I

5 - reconhecer e aplicar na prática os requisi tos e princípios do curativo em pacientes de ambulatório;

6 - preparar a mesa cirürg ca e o i paciente pas ra a cirurgia;

7 - executar anestesia local e compreend er as bases da narcose;

8 - executar sutura_ s cutaneas ° e a retirada de

pontos;

9 - executar cirurgia ambulatorial

'

nível I

(14)

. tratamento cirúrgico de infecções purulentas da

A

pele e tecido subcutaneo (abscesso,hidrosadenite, furúnculo,

antraz, panarício, granuloma piogenico)

. tratamento cirúrgico de tumores benignos da

pe-A 4.

le e tecido subcutaneo (corno cutaneo, ceratacantoma,quelõide,

fibrgma, lipoma, linfangioma, hemangioma, neuroma, neurinoma, neurofibroma, leiomioma, seringoma, hidradenoma papilífero, quistos (epidermõide, dermõide, sebãceo e serovial), nevos,ve£ rugas e hipertrofias traumâticas, como calos e calosidades)

. tratamento cirúrgico de tumores malignos da

pe-Q

le e tecido subcutaneo de pequenas dimensoes

. alongamento de frenulo; postectomia

. tratamento cirúrgico da unha (paroníquia, unha

encravada, hematoma subungueal, avulsao traumática, tumores be nignos e ferimentos)

.-biópsias; retiras de corpos estranhos

. 10 - executar 11 - executar vesical; 12 - executar abdominal e torácica; 13z- executar rados; 14 - executar cãrdico-respiratória;

punção e dissecção venosas;

entubação nasogãstfica e cateterismo

punçao evacuadora e diagnóstica,

imobilização e transporte de fratu

entubação orotraqueal e reanimação

15 - compreender e valorizar os aspectos psicos- sociais na relaçao do cirurgiao com o paciente, a família e a

(15)

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v

šflflmáfi

(16)

Torna-se,aqui,importante compreendermos bem a

relação conhecimento-competência. Para isso ê preciso concei tuã-los distintamente, nao incorrendo no erro de confundílos.

`

.CONHECIMENTO ê conteüdo.informativo; ciência; ,A

prática de vida, experiencia; discernimento; critério; instru

_ M ~

çao; saber. ,

CQMPETÊNCIA é o conjunto de conhecimentos, ha-

bilidades, atitudes e esquemas cognitivos que sao.fundamentais

para o exercício de uma atividade profissional, devendo

sem-2

pre ser atualizados no momento do desempenho.

Competência ê o comportamento observãvel, ê

ação. Conhecimento ê o essencial para a decisão oportuna, 1 aç.:

~ ~

açao correta, a intervençao eficaz. O conhecimento ütil para

o paciente, para a sociedade ê manifestado através de compe-

4.

tencias exercidas.

Q

Acreditamos que competencia ê possível de ser

ensinada, sendo de responsabilidade da escola.

Segundo -Popham',2 um programa de ensino baseado

em competências exige: _

1 - descriçao das tarefas es,eradas do educan

do, supondo-se que, uma vez que este compreunda.anatureza das habilidades a serem aprendidas, torna-se mais apto para adqui

ri-las; deve-se fornecer, ao educando.uma descrição das compg

as A

tencias,de forma simplificada, no início da sequencia do ensi

1'10;_

'2,- dar, ao educando, oportunidades‹kapraticar

o mesmo tipo de comportamento exigido para o dominio da com-A

(17)

3 - conhecimento do ra que o educando tome consciência habilidade prevista;

resultado do desempenho,pa

de ter ou não atingindo a

4 - controle continuadocdo.processo, objetivan

do criar condiçoes de recuperaçao paralela.

Apõs estabelecermos os conceitos e competências preconizadas.pela bibliografia consultada, procuraremos tra-

çar uma análise comparativa com a realidade existenteemnnossa

escola.

Somente no Catálogo de Graduação da UFSC encon tramos os objetivos de nosso curso, assim descritos: "O Curso

de Graduaçao em Medicina propoe-se que possua conhecimentos adequados com atitude crítica.e criativa, de

com outros profissionais da equipe

as ~

dinamico e em permanente evoluçao,

ção, recuperação e reabilitação da

a formar um ;profissional para enfrentar a realidade

maneira que possa, junto

de saúde, atuar num mundo

visando a promoçao, protg

saúde do paciente, família

e comunidade, objetivando formar um profissional' capaz de identificar as bases da conduta do ser humano, seu desenvolvi

mento e sua função normal; identificar as necessidades bãsiê

.

_ na

cas do homem na saude e na doença.

. Essa objetivação genêrica não nos permite ante

ver quais as COMPETÊNCIAS a serem adquiridas pelo educando, uma vez que não define quais os conhecimentos adequados para que o profissional enfrente a realidade na qual está inserido Deste modo, resta-nos analisar, â luz do con- junto de competências em cirurgia proposto pela ABEM, se a

(18)

metodologia empregada pelas disciplinas da área oferece con dições para aquisição de tais competências. Fomos buscar al

~

gum indício destas condiçoes nos objetivos das disciplinas da área.

Verificamos que somente a disciplina‹üaProctQ

logia apresenta, em seu.programa, objetivos específicos com atribuições de competências a serem desenvolvidas até o

final do curso. Os programas das demais disciplinas apresen-

zu

tam apenas a relaçao do conteúdo informativo, ou seja, das aulas a serem ministradas no período letivo.

Evidencia-se aí uma falta de informaçao para o aluno do que dele se espera, levando-o a acreditar que o

objetivo final a ser alcançado é-a aprovação na fldisciplina,

baseada na avaliação de sua capacidade informativa, através

de provas escritas ou orais, que buscam "mensurar" seu conhe

cimento cumulativo,ou seja sua capacidade de apreender infor

_ szqzs A

maçoes.

O repasse destes conhecimentos se dá através

de aulas teóricas e aulas práticas,

As aulas teóricas (55% do total de aulas da-

das) são de cunho expositivo, onde o professor, soàinho,

de-~

senvolve o conteúdo, sem a participaçao ativa do aluno. A

transmissão de conhecimento através dessa metodologia mini

miza o desenvolvimento de habilidades, valores e atitudes,ou

.. ... 40,30

seja, de competencias essenciais a uma profissao de serviço.

Entendendo que aula teórica é aquela em que

(19)

4

"teorização", isto ê, reflexão própria sobre um determinado

i

3

problema (concreto e aplicado ou teorico e abstrato), alguns

5 ~

autores sugerem, como metodo de ensino,a soluçao‹kâproblemas

~

através da formulaçao_de hipótese e análise de dados, o que

~ ~ ø .ø

exige integraçao e aplicaçao de conhecimentoszEste metodo ja

vem sendo adotado por algumas escolas como estratégia de mg

delo de transiçao onde, de especialistas médicos que trans

mitem informação específica, os professores se transformam

em orientadores. que auxiliam os educandos no desenvolvimen

- » 26 - -

to de analise de problemas. Essa ideia gn reforçada pela De-

claração de Edimburgo,.que definiu como uma das orientações gerais para as escolas médicas "integrar a educação em ciên-

- Q 4 ~

cia ã educaçao na pratica medica, usando soluçao‹kaproblemas

1

como base para a aprendizagem".

- 5

Os restantes 45% da carga horaria .do nosso

curso, excluindo o internato hospitalar, ê destinada a aulas "práticas", em sua maioria realizadas nas enfermarias do

Hospital Universitário, â beira do leito de pacientes inter

nados. Cabe aos alunos divididosi; em grupos de 10, em média

realizar anamnese e exame físico para posterior discussao, com o professor, acerca do caso clínico em questão. Uma vez que os leitos são divididos por especialidades, o exercicio

já se faz direcionado para a especialidade responsável por

aquele leito, sendo da mesma forma pré-determinado o rumo da

discussão.

Isto evidencia, também, uma distorçao no mêtg

do de aprendizagem e mesmo na filosofia de ensino, uma vez

que, nesta forma de aula prática, os alunos não estão inte-

(20)

coletar dados para discussao de uma determinada patologia,não sendo o doente acompanhado sistematicamente, nem visto em sua

totalidade, o que termina por acarretar fragmentação do saber mêdico. Esta distorção ê ainda agravada pelo fato do educando

ter suas experiências vivenciadas, principalmente,no local de

. .- . . - .

W

. ~'

nivel terciario de assistencia. Esta situaçao foge ao que anteriormente havíamos visto quanto â necessidade da escola

_ _

'

2,40,45 _ '

medica relevar sua funçao social, o que so se daria pela prig

_ - . . . - . » _ 7

rizaçao do ensino nas unidades de nível primario e secundario.

Ao adotarmos esta estratégia estaremos indo de

encontro ao modelo hierarquizado de assistência ã saúde, prg

posto pelo Sistema Único de Saúde (SUS), haja vista ›que as

necessidades básicas de saúde da população estão, predominan- temente, centradas nesses dois níveis de assistência. Assim,

~

parte essencial do programa de formaçao do mêdico geral deve-

rã processar-se em serviços a esses niveis, onde irãencontrar

situações clinicas e condições ambientais e culturais seme- lhantes às que irá enfrentar no futuro, realidade que nao ê

:,;,1o

observada no curso. '

Diante de tudo o que analisamos.atê entao, ao

Q

rememorarmos os conceitos de conhecimento e competencia,obse£

vamos que a metodologia empregada pelas disciplinas nao ofe- rece oportunidades de prãtica cirúrgica em serviço, impossibi litando a aquisição de maior parte das competências necessá-

rias. Ao revisarmos estas atribuições, observamos que a maig

ria delas (ítens 4 a 14 da»lista de competências) requerem

destreza manual além de conhecimento teõrico. Desta forma,con

cluimos que a metodologia empregada atende apenas a um dos

(21)

conhecimentos e habilidades intelectuais, devendo o departamen

to reformular suas estratégias educacionaispara׶eiumu£mpkm1os

demais aspectos (capacidade psicomotora e aspectos comportamen

.in ~

l

tais). '

A falta de uma metodologia voltada para a aqui-

_ as , ,`

siçao de competencias gera, no educando, alem. da' ausencia dos mesmos

durante o curso, um estado.de insegurança quanto ã sua capaci

dade, levando-o a procurar habilitação fora- da escola,numa "prática

que se convencionou chamar "currículo oculto". Em muitas opor

tunidades nos deparamos com professores incentivando esta pré

tica, isentando¡de certa forma, a escola da sua responsabilida

de de fornecer ao educando condiçoes, tanto estruturais quanto

as

metodológicas, para a aquisição- de competencias.

Na realidade, durante a graduaçao, o treinamento em serviço só é, de certo modo, oferecido através de discipli

nas optativas. No entanto, estas tem um número de créditos rg duzido e um número de vagas limitado, impossibilitando o

acesso de todos os alunos. Desta forma,é de se supor queêímaig ria chegue ao internato sem ter adquirido competências sufi- cientes para o treinamento em serviço nos dois primeiros ní- veis de assisténcia. Deve-se fazer uma ressalva ã disciplina

de Técnica Operatõria I, que faz parte do currículo obrigató-

rio, que oferece ao aluno,além de conhecimentos teóricos bâsi

~

cos¡a oportunidade para adquirir capacitaçao psicomotora atra vés de prática com animais de laboratório.

O modelo de ensino adequado, como vimos,é aquele

em que, ao final da graduação, o educando deva ter adquiri-

(22)

nivel primário e secundário, reservando 0 69 ano para treinamen

‹ .fl . 2';'4o

to a nivel terciario.

Na análise do internato em cirurgia, observamos que a metodologia empregada corresponde ao que se entende por

treinamento em serviço. Tal treinamento ë realizado a nivel

hospitalar, sob supervisão, complementado por atividades didá ticas, especialmente destinadas aos internos, tais como:Sessões clinicas e clinico-radiolõgicas, clube de revistas, sessões de

revisão e atualização de temas, seminários, o que vai de encon

_ \_ _. _ , _

w

tro as determinaçoes do MEC sobre o internato medico.

'

Finalmente, chega-se ao momento do curso em que

a metodologia empregada permite, ao educando, a integraçao .-de

seu conhecimento cumulativo com o desenvolvimento de capacidade

. .

49

psicomotora, bem como de atitudes e de valores.

No entanto, a falta de treinamento em serviço nas fases anteriores do curso, faz com.que o internato tenha

Q

que suprir as deficiencias do curso seriado.

Diante dessa situação, Ó internato em cirurgia torna-se inadequado, por desenvolver-se num curto espaço de tem po (3 meses), pois embora possibilite ao interno o exercício de

algumas competências em cirurgia, não permite um melhor adestra mento dessas habilidades. Além disso, como era de se esperar, a distribuição da carga horária de suas atividades privilegia 0 treinamento em serviços de nível terciário, não sendo deste mo- do contemplada de forma adequada o treinamento.em serviço a ni

vel primário e secundário, determinando uma falhano princípio

da formação do mêdico.geral que preconiza sua capacitaçao em ‹ _

A

_ 23,40

(23)

ú

Assim, é necessário que as escolas disponham de

um campo de treinamento com unidades de saúde ._hierarquizadas,

4* z - P' .

que permitam o ensino médico em níveis de assistencia primaria,

secundária e terciária, reservando apenas 20% de carga horária total ao ensino em hospitais, como preconizado por diversos au-

10 _

tores.

z Dentro de nossa realidade,este objetivo devera

ser obtido pela integração da rede básica de serviços com a

escola médica.

O que conseguimos constatar,da análise que rea- lizamos,é a total falta de planejamento de nosso curso, que vai desde a falta de integração entre os ciclos básico; e profissig

nalizante, passando pela falta de sincronia.entre as diversas

disciplinas, seja do ponto de vista cronolõgico ou de conteúdo. Isto_não poderia ser de outra forma, já que o ensino por espe-

cialidades, levando a fragmentação, faz com que o modelo educa

_

&5

cional tenha sido comparado â uma "colcha de retalhos".

IV - REPENSAR- cr ENSINQ MÉDICO

|.|.D ¡..|.O |.|. SU P*

Acreditamos que o passo deverá ser dado na definição do perfil profissional, para o qual todo o planeja

mento posterior deve estar voltado. Aqui,é preciso considerar

que o profissional médico não é um ser atento apenas às confi-

gurações internas do âmbito académico, mas imbuido das rea lidades que permeiam as necessidades sociais da populaçãofi

Posteriormente, terá que haver uma reavaliação curricular; nesse caso, se observarmos astendéncias educacionais

mais recentes, certamente haverá uma diminuição, se

nàode

to-

(24)

as

forma como as temos hoje. Observa-se, aqui, a importancia do

tratamento qualitativo do conteúdo do curso, privilegiando uma nova mentalidade,na qual a ciência médica será o resultado da produção de conhecimento e não apenas a reprodução do saber já

instalado, pois entendemos que é preciso mais do que mais uma

. . %7z21

simples reforma curricular.

Na realidade, estas mudanças nao serao

facil-'

mente obtidas. Diante do grande avanço cientifico e tecnologi

co, e pelo fato do corpo docente ser formado principalmente

por especialistas, é compreensível a preocupação dos professo-

res em repassar, aos alunos, os novos conhecimentos. No entan

to, a velocidade com que são produzidos esses novos conhecimen

tos excede a capacidade de sua comunicaçao para a utilizaçao prática, transcendendo o prõprio objetivo de formação do médi-

ao

co geral .

0bSerVam0S que a nossaiescola não C°1'1Se9\Ú-fã PÍÊ

parar o educando para uma prática em constante renovação e nem

para as transformações aceleradas nos conteúdos, habilidades e

técnicas necessárias ao exercicio rofissional_ rinci almenteI se continuar privilegiando o conhecimento cumulativo. Antes de

.

'

40, 4% , as

tudo, o educando deve aprender a aprender.

Finalizando, além da inexistência de um perfil profissional a ser atingido, a análise que realizarmos do mëtOÕ0

educacional do De P artamento de Clinica Cirür ica g 1 lewimos a

concluir que esta estratégia encontra-se dirigida para a ade- quaçáo do conhecimento informativo, de forma até certo ponto, superdimensionada em relação ãs necessidades de formação do médico geral, relegando,a um segundo plano,a habilitaçao psicg

motora e o treinamento em serviço¡principalmente nas unidades

de nível primãrio.e secundário. ~

(25)

Em função desses problemas levantados,impõe-se

a definição de critérios para uma ampla reforma educacional

do ensino médico. Esperamos, com este trabalho, contribuir

(26)

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numero'cresc_`tefl_§¿_rd£cBsyre`°e?eaçQdant¶_iudd*Wçdiçoa_eioutro§ip¡o£i €ionaiside'šaud', e do publico' _

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meuri,âimmimimmmi«iifiviiiiišiizâgiiiziâfrmui* f‹=i*iiimiiz1me

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4;

O progressq_cqnàtaÂtefdaQmediáÍna“e, principnim`nto,'0 Í ut? pa pesquiüa'que o suatenfa, e um_secu1o de

derpesquiqeÍcipntifica4continu§"d”trazer'ricaaI ecompensas;_masšo'nomem-hrecisa ir niëm da ciencia pura, 1

§ssim¡ion cducadoäísímëdicdsidevêm§kc¡yoitir_baFa-0:at¢ndimento¿ã3¡ne¢¢igidades fiwnanoàièomo um todo .ez:i¿ m

a pessoa puma din p_visa0f8lobq1;¶h,iU

`fl§Á¿i§Q iii ¿ ü_ ¡ L _ H,z U Í* ` .i ;{ * _ 1 ¿ ii _,¡N|¡,|Á1,,Í_¡f i¡_¿_›g_¡í‹¡i¡¡ \_ i zihizi _,f_ z i i ii | < «

O objetivo de Éducação dedico q Çormor`medicoã¶cabazee de;promover_g s ude para toda a nopuiaçun, e nao

apenas prestarLaerviços_çurat1vos_aqueles que podem custea-ios, ou aqueles que tem facil-acesso a esses, _

serviços. Ent`iobjetivo não eštã se'do"a1cançadoiem muitoa.lu§ares, apesar do enorme progresso alcançg

_

do neste'século`fie1as»ciënc1ashbiom5gicàs.Í'Estéiproblema não e novo,Êmas estorçoszanteriormente reaii~ _-

zadoa para introduzir maiorQconsciëncia social nàs escolas médicas acadêmicas, não vêm 1 obtendo êxito- ‹

marcante.~§ ¶"FiV$*'JP_;"*uÇ“i' iziu iv z

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% fl`iái ii iflzl -1 zi "*i~

' . 1 ff ~!m=f‹‹f~*"' ›:°ii*i»' '* |'* i:*_..1.i~|\m ii ll .“ _ * .mz-. ~-z¡ _ . _'¿ _ z . _ _ - ‹_ - -- '‹ -. ' -Y - , ' 1 "' ' =._ .__ _ ._ ____ __ ü_._ . _. _ _ __ ›_ __ _ r __ N___ _ _

Haron cnnsidernçoea indicnm_duo muitos desteaípro'r¢asoe podem nor alcançado» arravun._de açoou dentro

dl PrÕPriníu coia midicui'n'daboÊI"i~l izkàwèiñi «Wi Wii '%“5 `“ “I 1^ '

_ ' -r ' 7* in; i¡-'iâ~=z'~ `- 'i ,1i::'j§f'iii~ ii* z'= iliiif '»1,;¬ ZH 1 ' 1! .° . , ' 1. | i ao ~ | 1 i Ampliar a

in[iuenciàÍd_;instituiçoee;onde§sefdescnvoivcm programas educacionais, para abranger _

'f todoez s_ ecurnos de s ode de comunidad", não apenas oa hospitais. '

:'z-

. i

.w fii§;fip§.z=~ iiirädfljmfi*1hHwi%fiiä~»y_¡~_iÀ'1 'zwiâ _-i

_ _ _

Assegu_ár-a'aprendizaÉgm continuo durantdatodaia vida, transferindo a enfase dos metodos didaci

coa cignsicos, agora*too difundidoa,¿pnro os estudos auto-dirigidos e independentes, bem como

_ ._ paraímetodos rutoriaiááifáäi Ff Ársbg ' | :_ _ _ ‹__- Ã... › i; :.z,Í;:7 Í» |_ - '¡»~,_i - _' _ _

_ §.,Cgnstrdir¿ tanto o curriculo como os sistemas de avaliacao, para assegurar

9 alcance da compo-

_,tencinflrrofisaionai_ezvfiioreá¡aoñiqis, ` ' e, nao apenas, n fixnçao e memoriiaçao dn,informaçau.

,_i!_',,v§_¡;¡'»"à$__›_%_\ _,,¡1 ?¡.z>; :_ ._'___r¡i}9a~_1‹_,f¿f,:š!f.F_â_ -

, 5-.

"

_

h. Anavgurnr qno`n;Cndtcñdo curricuinrldoiiitnghnifiriuridndvn du-saude nuvinnuin v'n dinpunlhiiidu

É do de recuraon;W?« ii “ü W ¿» iiffiii* “Â u¬ ~ 1 * ¿

_ ___,“, $¿ _¡¡_f¡\ ¡i_._š!___ _ _ _.">- .\J ^ " V; ...__ ., _. ' . _ _|_'¬'×'=-1' . ' V _ _ z‹ ._ ,V -_ '.' rg _ ,__ . . _

__ 5. Treinar professores como educadores, não sõ_como especialistas, e reconhecer a excelência neste

-

campoituntoéquanto a exoeiencia em pesquiauzbiomedicu n na pratica clinica. 2 _j;

_. '‹_;,¡_ u_u; Í- 1' '..L .` 5^i."`;.._i _ ez z z ---~

_ - ..-_ _.___ ____,,_;

~-‹- «f--<---f"""""""fT""".'

Compiementor*u instrução àobre *~ a atenção ao paciente, com ênfase acenruada em promoção da naúnv = -~

z-_\.-,_~¿- -V _, _=, _ _, ' ' 0 prevençao do docnçn.mÍ;›ré * ~ ri ii zya ' ~ : ¡ i A , 1 ¡ ¡ n 1 n Q uv \ 4 ø w 6,1? e _ . ‹ ¬› .- ',-- ' ‹..,.' _:- i' _ ' z'g'.4. ~ _ . ix' 1 _ , i °~‹ 7, ^

tubeiecimuntoa cilnicoa o comunitãrios 'como base para n nprendizngem

8. Na seleçao de estuduntee de medicina, empregar métodos que vão além da capacidade intelectual

_

' e

desempenho academico;{para incluir nvaiiação de qualidades pessoais. _ `

Outros progreouoa exigem: `

ƒkgí-¿Ê _ _" Â ';_'iip A _ _ ~ fr' _ ' “Ê _

"

_ _ - '

1¿ Estimular e_fuciiitar a cooperaçao entre Ministerios da Saude, Hinisterios da Educaçao, servi- ,

Y ços comunitarios de saude e

outros organismos importantes no desenvolvimento de uma politica .

conjunta, o`no planejamento, implementaçao e¿revisuo de programou. '

Àsacgurnr politicas de'admiss5o que compatibilizem o numero de estudantes treinados com na nc-

cessidades nacionais de medicos. _ 1 P-

` i _ 20 .;_ . ¡ . -_ ¿_ ¡. V .A

3. Ampiinr oportunidudcu°pnrn n aprendizagem, peaquinn e nvrvlço em conjunto com outraa prollannon .

dv nnude e com alan roiucionndan. _; "« _

_ ~~« " . _ ,- -__ ‹ _. _

A Reiormn da Educação Médica exige maia do qdo consenso; ein exige um compromisso com aç5o,iidurança_vi `

uurnna e decisão politica. 'Em áigumna situnççcs, 0 apoio financeiro será inevitavelmente exigido; mas ~

acreditamos que muito pode ser obtido através de uma_redefiniçño de prioridades e de uma redistribuição

dos recurhos agora disponiveis.ff * ”

_' _ _

Por esta Declaração, nos comprometemos e exortamos outros para que se juntem a nós em um programa söii

do c organizado; n fim de mudar O periil~dq Educacão Hõdicn, do modo que

possa verdadeiramente atender

as necessidades definidas geia.sociedade cm`que está situado. Também nos comprumgtomon

a criar a estru

tura organigacionai.nccessnria,_paru que estas Qaiovras aoicnn§ vao. se traduzem em nçoes efetivas e duraduu

O cenario-esta montado; o_momento para acao depende de nos. '

_

. ^«_f_-z_‹-_.,

I __ ___ _

~

`~?`»_Cgn¿emenc§a_Mund¿a£ óobàe Educaçao_Medica_ *' '"

da "' '

*'Fedeaacão Mundial paaa Educacão Mëdica

1 'v

"

-` ”

co~ausplcinda por

-

_ f Organização Hundinl du Sufidu

_

`

. Fundo dns Nnçovu Unidaa para n inlnncin

!

- Programa das Nações Unidas para

o Desenvolvimrniu

f '”_ Agencia de Desenvolvimento Escocuaa

_ '= z ,L A Cidade de Edimburgo_ › - : ` . * 07_~-12 agosto_i988_¿ ' i7f¿' ` _ Edimburgo'fy_ _ 3 = ` Ia

integrar n educaçao em ciencia n educaçao no pratico medica, usando noiuçnn-de-problemas nos vg

(31)

TCC UFSC CC 0088 Ex.l NCMHI TCC UFSC CC 0088

Autor Lemos, Tadeu

Txtulo Estudo das condxções necessanas

972 Ex! UFSC BSCCSM

Referências

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