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A pedagogia de Rui Barbosa, 1954.

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De LOURENÇO FILHO trabalhos publicados: A Escola nova (r© L P m ^ ê ? p a r a V E R I F I C A r s n n . ® « « l o n c i r 1 . ° e d . .

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'-'■'Iryun- VnU:;M„,,

^ pjT'^GOGIA de

RUI BARBOSA

(7)

M. B. LOURENÇO FILHO

Professor da Universidade do Brasil

P E D A G O G I A D E

R U I B A R B O S A

(8)

Todos os direitos reservados pela

Comp. Melhoramentos de Sâo Paulo. Indústrias de Papel

Catxa Postal 8120 - São Paulo

4/V-4

1954

A Abgar Renault

pedidos IclcBrancos

basta citai o n.o 2592

(9)

Í N D I C E

I - A P E D A G O G I A D E R U I

Os escritos pedagógicos, o homem e o tempo — As bases

filosóficas — As idéias sociais — Os princípios de organi

z a ç ã o — A m e t o d o l o g i a — C o n c l u s ã o 1 3

I I - À M A R G E M D O S P A R E C E R E S S O B R E O E N S I N O

Rui ao tempo dos pareceres — Gênese dos pareceres — A re forma Leôncio de Carvalho — Os diferentes aspectos da o b r a — A t u a l i d a d e d o s p a r e c e r e s — C o n c l u s ã o 3 9 III - RUI E AS "LIÇÕES DE COISAS"

Rui e a pedagogia — "Lições de Coisas" e seu autor — A versão de Rui — Dificuldades para a impressão do livro — O espirito da obra — hifluência de "Lições de Coisas" na

p e d a g o g i a b r a s i l e i r a 6 1

I V - R O T E I R O P A R / V E S T U D O D A O B R . \ P E D A G Ó G I C A D E R U I

Cronologia dos escritos pedagógicos — Roteiro geral e ro

teiros especiais — O desenho, plano de interseção das idéias

j i e d a g ó g i c a s d e R u i 7 9

V - E M E N T Á R I O P E D A G Ó G I C O D E R U I

Obsen<ação preliminar — Filosofia e política educacional — Sociologia educacional — Psicologia educacional — Biologia educacional — Organização e admijiistração escalar ~ Meto

(10)

P R E F A C I O

Nenhum estudo é mais sedutor que o das origens, desenvolvi

mento e posição final das idéias de um grande autor nos quadros da cultura de seu tempo. Tarefa relativamente simples, desde que a obra

tenha versado um só ramo de conhecimentos, cresce nas dificuldades sempre que o autor, impelido pela vida política ou ação social, teiiha sido levado ao trato de variados problemas em diferentes domínios. Tal é o caso ao estudar-se a obra de Rui. Reformador social, a

um tempo homem de pensamento c de ação, movia-se êle num mundo

em que estavam presentes todas as idéias — as de filosofia e as de ciência, as de arte e as de técnicas sociais — pairassem na ordem abs

trata, buscando a harmonia de um sistema, oic atendessem a razões

de ordem prática, como resposta a solicitações de sua intensa vida de homem de partido, parlamentar, advogado e jornalista. Por essa forma, sem que tivesse sido educador de oficio. Rui seria levado a estudar os fundamentos e as aplicações da pedagogia, para deixar, ainda nesse ramo, obra de inegável grandeza. Coin extraordinário ímpeto, foi ela

iniciada em 1882, para interromper-se, porém, logo depois. A partir

de 1886, Rui não voltaria a tratar de coisas de ensino, a não ser em

poucos artigos de jornal, ou num ou noutro trabalho esparso. Não

obstante, os fundamentos pedagógicos, que tão lücidamente expôs, e

as medidos de reforma, que corajosamente indicou, figuram como in

dispensáveis elementos à interpretação do conjunto de sua obra e, em

j)articular, à compreensão de certas mudanças obsei-vadas em suas ten dências j)oliticas.

(luais as bases lógicos ou sentimentais dessas mudanças, e que condições teriam existido para assinalar de tal forma a importância dos escritos pedagógicos, mais que outros, na mesma época elabora dos?... Uma tentativa de resposta a tais indagações é o objetivo dos

ensaios que neste livro se reúnem. Redigidos em épocas diversas, para atender a solicitações também diversas, todos obedecem a essa preocupa

ção central.

Num primeiro estudo, busca-se oferecer visão panorâmica das idéias ficdagógicas de Rui e indicar a sua posição nas concepções filosóficas e políticas do tempo. Em dois outros, analisam-se certas circunstâiicias de

ordem pessoal, antes apeiias enunciadas, e que teriam concorrido para a

escolha preferencial de certos temas, ou certos aspectos dominaiites em sua obro. Indica-se depois a cronologia da produção e a da publicação dos escritos pedagógicos, nem sempre de todo coincidentes. Dão-se, com tsso, sugestões para o estudo geral desses escritos e roteiros especiais, úteis,

(11)

\ 2

P R E F A r i n

junho de 19S2

L . F .

A PKDAGOGIA I)E IiUI(*)

OS ESCRITOS PEDAGÓGICOS. O HOMEM E O TEMPO

JJiz-se que os pedagogos são sempre fastidiosos, e há boa dose de verdade nessa afirmação. O mesmo não se poderá dizer

porém, da pedagogia, quando haja oportunidade de contemplá-la

em suas legítimas dimensões, isto é, desde que com ela tomemos contato em concepções dotadas de grandeza de linhas, fôrça de estrutura e sentido de compreensão humana.

A pedagogia de Rui Barbosa reveste-se desses admiráveis atributos, muito embora não haja sido êle educador de ofício ou, mais acerladamento, talvez por isso mesmo. Rui não figura como profissional do ensino. Salvo pequena participação que deu a um curso noturno para analfabetos, quando estudante, em São Paulo, jamais exerceu o magistério; também não desempenhou cargos

de administração, não foi inspetor de ensino ou diretor de escola. Seus escritos sôbre educação, todos produzidos no lünitado prazo

de um lustro, precisamente o que mediou de 1881 a 1886, tive

ram caráter episódico, decorreram da vida política, foram aspectos da luta do doutrinador e reformador social. Nessa época, era êle deputado pela Bahia. E andava entre os 32 e os 37 anos de idade. Quais os escritos pedagógicos?... Antes de tudo, os,dois gran des pareceres sôbre a reforma de Leôncio de Carvallio, compos tos em poucos meses, na qualidade de relator da comissão de instrução pública na Câmara. Essa, a obra magna, ou a parte em que nos apresenta a sua pedagogia sob feição integral. Depois a tradução do textos de orientação didática, dos quais um apenas viria a ser publicado, na forma que lhe imprimiu. Essa, a parte de cunho essencialmente prático. Por fhn, o capítulo que, para o relatório de Rodolfo Dantas, ministro do Império em 1882, e a Sou pedido, Rui escreveu sôbre as questões de instrução pública no país; alguns discursos, na Câmara e em solenidades várias; outro pequeno parecer na comissão de instrução pública, e artigos na «Revista da Liga do Ensino», de que Rui foi diretor. Essa, por assim dizer, a parte complementar da obra. O livro «Lições de Coisas», do educador norte-americano Allyson Norman C.\l-kins, traduzido em 1881, mas só publicado em 1886, como que

deli-Kiita, no tempo, a produção pedagógica. Depois disso, Rui não

OQ j Conferência na sede do InsUtuio Histórico e Geográfico, do Rio de Janeiro, em *^9 de novembro de 1949, no curso de extensão universitária, sôbre a vida e a obra de Rui.

(12)

M- B. LOURENÇO filho

V o l t â i g 0 ^ j

de imprensa, não muitos^^lü! educação, excetuado.s os artigos

iudrciosamente se hão de'daSi.! natureza, mais

caraler educacional ^ produção jornalística, nao

> 0 0 1 0 s e v ê m " •

^^Prosemam^rf^ ÇnUiira que uus legou, os

das'iiOhr r-^ ^^niiüuLo é aind-i ^ roJativaniciiLo diiiiinula..

T o A ' o V e ^ t f ' c o l e ç ã o

que Hot ^ ^ extenso f ^sshn, as circunstancias,

^gogístas, e paT''' incluído no'ro/T

uontinua L inu • que o seu noiw-,!!, ? . nossos maiores

pc-diosos da sôbre geracõ^e- c ? i^^esse influído, como

p . Várt nossa^Te^rr"^ ^

^ug conio eai tanf desses fatos  n ■ •

s e m d ú v i d - í T n n l r a c o í s t r P n m o i r a ó a d e q u o

problema iiítegíal Prnneiro precursor. Foi

político e técnico f ^^i^nra, isto é nrnh? Pedagogia como escritos não sp c: lempo 'aP i'i^^na filosófico, social,

f ^ P r e s e n t a ^ V o o n ^ n t o ^

passagens de In^ ^ chave nam pública, nela

cerms idéias e atimf® e de mud mí^ compreensão de

mui-balhou tais assuiUfü último a nn .íí^ ^ne apresentou em

sociais o educní'^"^ fomento'de qrie

tra-particular. "^'^irvas, no mundo em ^ , ®^oinção de

doutri-Sobre o valor • gorai, c em nosso país

a - ' v °

; ■

• > . »

Corl^'""- na; >Suol Como! l^^ria. Carneiro

ou seia"n'°' "P"® apresenta n'' conFirá r Mário

cias T-,''FP®^iÇâo Ha 1 F ®?®g®S6 dHt'l,, assim, a

Par ™ ®®nt03. nlnção de suas nrnr, autor,

P ^ e e u d e r ^ t ã c s á n ,

ttiíí;rs«. Stí-ir'"- ssís

=■ P^opásito í^wdo sSbre Tph jnstiticação

SpSk de f 'têí 1>"iPfe'^de Pom/f^scurlo

Sisi ««.';? íffiiASlTiS^SS-o-ísS

•IP® melhor podémo ® P°""®a... Será a-®,'"' igualdade

®mos apreciar o d!t <mm essa

'''®®"cso da «Volta

A 1 ' E D A G O G I A D E R ü l 15

à Terra Natal»; os trechos da introdução de «O Papa e o Conci lio», que reedita e comenta na derradeira das «Cartas de Ingla

terra»; aí mesmo, todo o primoroso estudo sôbre «As Bases da

Fé», de Balfour; os subentendidos da alocução do Colégio An-chielAa, a qual marcou época; e, enfim, os tons de suave me lancolia da «Oração aos Moços» — e isto, já agora, em 1921, nas

l u z e s d o o c a s o . . .

Uma conclusão, portanto, a retirar desta primeira notícia:

quem desejar conhecer Rui, há de conhecer-llie a obra pedagó

gica e meditar nela. E, logo, outra: Rui terá confirmado a va lidade do prudente conselho de Renan, de que não se deve co

meçar a escrever senão aos quarenta anos...

Outro aspecto, com esses relacionados, coiivirã fazer ressaltar: é o das razões scnthnentais que parecem ligadas à sua obra pe dagógica, ou, mais especialmente, ao ímpeto com que Rui nela se liinçou, para estacar, de súbito, dramàlicamente. Quer-nos pa

recer que, neste ponto, reside um dos mais interessantes e mais

complexos problemas da psicologia de Rui. Foi nas coisas da educação, sem dúvida alguma, na fase tão brilhante de sua afir

mação na vida política nacional — no ano de 1882, «o ano de

Rui» — como nos seguintes, mais próximos, que cie encontrou o ambiente e o clima para a expressão mais completa de sua personalidade. Convenhamos que não se logra traduzir um livro de quinhentas páginas, como «Lições de Coisas», em pouco mais de dois meses, e tão cuidadosamente, (ou tão «pichosamente», como a um amigo se referiu, em carta reproduzida iio livro de Américo Lacombe), nem se realiza trabalho de investigação e sistematiza-çâo tal qual a dos pareceres, sem que motivos profundos e in tensos impulsionem um homem, seja ele o mesmo Rui.

Em prefácio para a reedição de «Lições de Coisas», tivemos

ocasião de salien^r os motivos de ordem sentimental que teriam

levado Rui à versão dêsse livro (Q. Tais eram, parecem-nos, as que brotavam da tendência de identificação com a figura paterna tendência que não só se objetivara em repetidos atos — de grande

beleza, aliás — como foi sempre reconhecida e proclamada, por

êle próprio. Ainda no discurso da Faculdade de Direito de São Paulo, em 1909, ou volvidos mais de trinta anos sobre a morte

de João Barbosa, continuava Rui a afirmar: «De modo que a

cada passo de minha vida, o que eu sinto dentro no mais íntimo de mmi mesmo, é meu pai. Èle não morreu: em mhn vive e reviverá, enquanto alguma coisa de mim restar»... '

O pai era-lhe o imago, modêlo do qual não se desTirendia

Que imago, porém, ou por que aspectos se representava êle?..! Tendo visto o pai, homem de talento e boa cultura, mal suce dido na medicina, que abandonara; frustrado nos negócios que não soubera encaminhar; infeliz na política, na qual não 'sabia

(13)

Presso f'oi^asV'^iin ^JOása feição. K, não estaria.

sível Barbosa lalvez lheTii° ^

manifeslíulo?... í-

pos-IS£-'R:díil^£,S^'SÍ.^ parocores. Rui .nais ainda devxa

sô crk u ® amigo. Formavan^ '''?•

m i t e s » . V è d e s i a m e s e s » , ú i R d o s « w w i a um fln« f P^oposiLo, o eshifin i ? «amizade sem h-m u l o C o m p l e t a s p r e f á c i o

^^tério (In- M Conselheiro da Coi-n-. Parecere.s dariam a

Te v e L t : B n p é r i o p a r a o m i

-Não. ^nvL dos trinta o cinco anos.

? s e n t i m e n t o Z ^ e m , s i m ^ i " ^ a l c o m i s s i humano, e será devia e^ande», diria Uui. Ma!

a i e n u d a e l e e n

^ais fatos n adoção do «Oiioda rin eoavonçainos, i

v o l t a r à s e m 1 8 8 4 D n

ISsfV® «Liç^esle PuWicara'^l" '^<="

881. Mas, vêdô o nrefá Porque eh \ depois a

«ConT ^^"^hosa, a Lin ^ão tem calnr desde

ensinl^^^ aprendi i a ° acrescenta o«i P'odicaiido o livro me U oonio se ^ a compreenrl contidas palavras:

-«."ais S " aa» «a»-r ,Í

?n-°- ?S"»A '«s?:™" Irf "•

llÜ^ I'm 6'nSo"drGo^° tempo™do eZdSl

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■ ^*"1 í^sludanie n

Casa de Rui n„ vnui Barbosa, Rig

A P E D . \ G O G I A D E R ü l 1 7

cara laiiLa curiosidade e amor?... Eis aí delicado tema para psi cólogos.

E oslraiiiio na realidade, verdadeiramente estranho, que Rui

não tenha volvido à seara. Na poderosa árvore de sua vida e

de seu pensamento, a pedagogia é um braço pleno de vida e de força, muito cedo docepado. Tanto mais de lamentar quanto a educação do povo constituiu em seu pensamento político um dos fundamentos de doutrina, e a maior justificativa de ordem social em que o iluminava. Rui, é certo, não viria renegar a obra pedagógica, como se vê das referências expressas aos pareceres, em aiiigos do «Diário de Notícias», cm 1889, o na plalafonna

política do 1909. Mas, cm prol dos princípios o diretrizes aí os-tabelecidoá, não mais batalhou, não mais lutou com aquele ardor inicial, ou com aquele ímpeto e fogo, que o levavam a dizer: «Um batalhador não pode ser um apóstolo...»

Do modo que, ao traçar o projeto de constituição da Repú

blica, Rui, que taiiLo acreditava no poder criador da lei, e que, assim, aí poderia ter tentado, ao menos, dar corpo às suas con cepções de reforma político-social pela educação, já não o fez. Susleve a mão e a pena, para lavrar o círculo restrito da com preensão jurídica do Estado... Pois, então, a ignorância popular já não Seria para êle, como nos pareceres escreve, «a mãe da servilidade e da miséria, a grande ameaça à existência constitu cional o livro da nação, o formidável inimigo inlesLiiio que se asila nas entranhas da pátria?... Ou, como no discurso cm deíesa (Io gabinete Martinho Campos, em março do 1882, a reforma do

ensino já não seria «o germe e a selva, a base e o fastígio, o alfa 0 0 ômega, o princípio eo fim de tudo?...»

Sim, ainda eram. Na plataforma de 1909, êle o confirma, declarando que, em matéria de ensino, não teria por que demo-rar-sc dado que suas idéias estavam «amplamente desenvolvidas nos dois grandes pareceres do 1882». Também ali reafirmou que «a instrução do povo, ao mesmo tempo que o civiliza e melhora, tem especialmente em mira (notai o valor do advérbio) habilitá-lo a SC governar a sL mesmo ».

Ainda no manifesto, embora com menos ardimonto, admite

o primitivo escfuoma: «liberdade, igual a denmcracia; democracia, igual a instrução do povo». Eco das velhas Idéias, não

abaiulo-uadas... Para quo o eiitcnclamos, cm toda a intenção, será pre ciso relembrar, porém, algumas das tendências sociais da época

em que tratou das coisas do ensino. Foi no século passado, como é sabido, que os sistemas públicos de educação começaram a expandir-se, tanto por motivos políticos, como por imperativos

diretos de ordem social. É o momento da legislação escolar e o da criação dos ministérios de instrução pública, por quase todos os países da Europa, e fora dela. A política começava a penetrar a dinrunica social, ou pretendia doscobrir-lhe o determinismo, por essa feição um pouco simplista, talvez, mas a ser sempre

(14)

I o

M. B. LOURENÇO FILHO

prolongava,^ emâo^'^o^°do^ ° literário o o filosófico —

a melhoria da vida social nnin i, ' ® preocupação

de Platão, toiruimU^™riU,o em^R

na Revolução Francesa p -ir;.. ^^ousseau e em Kant; agilain-se líase nacional. Eiiteiidia-sp* tios estados do

^ Ç â o s e m u i n l a s t r o c n m ' n m i P o d e h a v e r nessa atuação a A«r./^I ^..P^^^saniento e de seiiLiinenlo; e

ser todo poderosa...' A rpvAiiíí.'r ,tanta razão, haveria de

^dos de base nacional Pmpi havia indicado o rumo; os

es-Humboldt, ao ser chamai f^^o^^himenie à tarefa. Von

dn p hesitava em afirnní ^ onsuio da Prússia, em

do Estado, devemos Pôr ^^^onios de pôr dentro

Napoleão êle JnZ' ' escola...»

nTírf^."^^í^ Rui nesta pasaa-rpm também compreendido, como

exTipn digna de recordar Z sôbre o ensino pri-inva^^^^ última, aquela elomípnt ^ ôste propósito, aquela

S l S r

d o

d é s p o t a ,

c u j a s

nitp he propagação das iri' ■ ^P^oÇo deste século, o maior

^^'POtenda! qSe represPnH Europa. No

zê-êle ^^.'«''ginàvel da lòrça seredu™ deslumbrante

glo-a esterilifl'"i"''^!' '^°glo-al®ssglo-avglo-a nglo-a mtim'i'^T 1'^® íundou glo-a

univor-P^^dl u 0^ sns^- r"°Pdlio'ctue orfct'V

no mXlo? «sabeis. Fontanes „ ™P?tóncia da

es-Só há fliiat, ^^^polência da fôrcT no' , ^uís me admira andar do mundo- i ^^^undar qualquer coisa.

e s p í r i t o . C o m o

hmdar m ' hberdade e a de nn desbarata a espada»

(O-a m o s : > , S (O-a S Í d e v e s s e

ms do partido liw' Robert Lowp Eduquemos nos-Quanto malíí forrí ^Slès. Antes, WAsiiivr-r^^^

companhei-™Jis essencial é do govêrnò rter°'^ P havia dito:^^Es necessário prin E'^umiento bn^m ^ t ^Pmião pública,

política, sen^° "v" Rüf na' '®Petir, depois:

^unos, qne a ignora n Penetração' o ° ^Penas com visão

eervilidade. a mãe da TTii«á°^^ declarava, como

q:uê teria "l i

P~ o^prMe{rT

compreensiva-^ PhUo P01U «°'«SÍ: coreçavra

r i a r s S

. \ P E O A G O G l . á H E R l l l y

rais. o positivismo surgia como um novo credo; o saber experi mental, ou «positivo», seria a fonte de todo conhecimento, a luz

transformadora do homem... A tudo isso, lliii não era estranho. O movimento político e o movimento científico ele os acompanha,

para neles buscar a compreensão de uma nova dinâmica social. E, em tudo, porque essa forma de pcnsameiiLo vinha desenvolver a Idéia do poder da razão, e a de personalidade, como direito universal, nas quais Rui devia encontrar os íimtlameiUos de suas

mais caras concepções liberais.

Com esse esquema, já não viveria só o seu momento: pro-jetava-se no futuro. Pelas tendências, pela formação, pelo senti-menlo, Rui acreditava no poder iiicontrastável do espírito. Em face das realidades do país, ou de sua miséria, teria ele de pla nejar uma transformação radical mediante a educação do povo. Até que ponto, porém, lograva adaptar o seu pensamento a essa realidade, ou, ao contrário, até que ponto havia de impor os qua

dros lógicos de seu próprio espírito ás coisas que o cercavam?... A esse propósito, particularmente com relação ás coisas do direito, cm recente e grande livro, Oliveira Viana (Q salienta o que chamou o «marginalismo» de Rui. Pelo pensamento vivia ele fora do país; era um inglês, ou nortc-amcricaiio, que pro-pugnava soluções inadaptávcis ás condições de sua gente. Êle próprio, aliás, respondendo a Pinheiro Maciiado, declarou certa

vez, no Senado: «Eu não sou da raça dos sofistas gregos. Sou da raça dos constitiicionalislas americanos, c dos juristas inglê-ses»... No plano dos problemas pedagógicos, no entanto, essa «marginalidade», se existente, de muito se reduzia. Não ousaría mos chamá-lo, aí, de marginal. O seu pensamento é influenciado

mais por aquilo que Ortega Y Gasset assinala em certo tipo de grandes homens — a dificuldade em propor-se a verdadeira pei^-pectiva cultural de seu tempo. Ê, assim, no sentido sociológico, um «romântico», não imi «marginal». As idéias, êle as poderia ante cipar, mas nem por isso seriam absurdas ou inexeqüíveis. Quase tudo o que pregou, com efeito, ou que propus, outros países cm condições similares às nossas o realizavam, à época — a Ar gentina, por exemplo. E, entre nós, muito do que imaginou, devia

fazer-se realidade, mais tarde.

Como quer que seja, á pregação pedagógica Rui imprimia a feição fundamental de seu espírito. Desde jovem, havia buscado uma coordenação entre o sentimental e o lógico, entre os planos do pensamento e os da ação, esforço no qual parece ter orientado todo o seu «estilo do vida». Quando o encaremos, em toda a obra, esse estilo não será apenas o fixado por âVlcindo Guanabara nestas conhecidas palavras: «Uma linha reta entre a liberdade e o direito». Terá sido também, como o notou A. de Sampaio Dória, «a linha direita entre a consciência c o dever, a conformidade

en-C4) VIANA, J. F. Oliveira, Insiífuições Polííícas Brasileiras, (3 vol.), Liv. losé Olímpio.

(15)

louren-ço

'■re as_ idéias e os

Sdcflíf/ o^seu fiíii!"^''''' (lis-u quaiulo

c e n [ a v n d o d o v r ^ r r « i i g a d o a n s e n p a s

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-£ ^'^"loiga». i^SMdades dc cuiisciiMu-ia que o

idéms, inosmf" Podir'scr mon'^'' 'I'o era ins,^i,;ir.ivcl ila viJa,

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i^ndo, ievi U^ Aind^ ';i!'no qual. por

íuçües; ahehnr.,^^ P^^^uinciUo allmi'n ' repensava; ainda

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N o s o s c r i t n s °

ÍÍUS chnrn^r. pedacócípnc ^A1 . wuiíos.

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cnca-feir, na sua oh^' Pedagogia in^n i ^^^crdadc o do

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é uma'lSo I ^ diz Perplexidade. Não

^ ^sse sislPm ^ e^^Lerla pcdJr • ^^'-^eda a obra

seus fundame™ tos7 «Podagopia>, ^ sislema».

gerais, ou nos asDpw ? "^'íinios lenLar rever

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A P E D A G O G I A D E R L ' 1 21

presente. Mas «o fato de emanarem os problemas filosóficos de dificuldades externas, amplamente sentidas na prática social - a

obsen*ação é ainda de Dewey — dissimula-se na circunstância de

serem os filósofos pensadores profi.ssionais que se utilizam de uma linguagem técnica, diferente daquela ein que comumente vemos enunciadas as dificuldades reais. Quando, porém, um sistema passe a ter influência, sua conexão com os conflilos de interêsses sociais, que reclamem um programa de aiuslamenío, iornam-se

então evidcnies: c a ligação ínlinia entre a filosofia e a educação

aparece como dos mais flagrantes ;>.

A s s i m a c o n i e c c u c o m R u i B a r b o s a .

Não partiu file de um si.-:tema rígido de filosofia, para a educa

ção, embora aos sistemas conliccosse — como no estudo «Rui Barbosa e os Livros», bem ileiiionsíra Homero Pires, e como file próprio declarou: «Percorri as filosofias, mas nenhuma me sa ciou: não encontrei repouso cm nenhuma...» Talvez se possa dizer de Rui o que já se disse de C.\rlyle. cuja filosofia não era do hasc rigorosainciile especulativa, nem de Iiase empírica, mas uma simples filosofia da vicia, inseparável da experiência pessoal. Partiu filo, por isso mesmo, das dificuldades sociais e políticas, tais como as sentia, tais como as vivia, para um sistema que se definiu numa

teoria de educação, ou de reforma do homem e das instituições no

li licas.

Pode ser assim respondido o dito mordaz; de Capistrano de Abreu, ao afirmar que o que faltava a Rui era «uma filosofia». A observação do historiador poderia ter tido apenas sentido jocoso,

freqüente na sua bonomia, tomando-se a palavra na significação

popular de indiferença a princípios e convicções, âlas, exatamente nesse sentido, c cpie Rui não condesceudia, não podia transigir. Justamente, por possuir uma filosofia de vida, e definida, é que não

l h e s o b r a v a a « f i l o s o f i a » . . .

Ter uma filosofia de vida, austera e vigilante, é viver, como filo viveu, na qualidade de «horao sapiens», sobrepondo-se sempre ao «homo ludens», que cm cada um de nos também existe. E, de lal forma o fazia, que o seu estilo era «a Unha reta entre a cons ciência. o o dever», fisse estilo lhe imprimia à sensibilidade o sen tido cscrupuloso das obrigações, por vezes, aos outros, incômodo e dcsconcertante; dava-lho o gôsto dialélico, com indisfarçável cons

ciência de superioridade mental; impunha-lhe, enfim, aquela fei

ção de espírito que lhe retirava, de modo quase completo, a capa cidade dc usar de ironia para consigo mesmo...

As idéias humanitárias e igualitárias, em que formara o espí-riio, as do século XVIII, não as baseara Rui em crenças religiosas

mas, num tipo de ética estóica, cuja expressão vai se aclarar no'

idealismo de ívaiií. «Nesse sisloma (sintetiza Cassirer (Q a pedra

íundamontal 6 a idéia de liberdade, e liberdade significa autonomia.

C7) CASSIRER, E., El pioblema dei conocimenio de Ja mueríe de HeneJ a nuestros

(16)

^ c i ê n c i a e m m a ® e m e n d a r , e , p o r

-ciplopedisias urrf considerar nn'^

nhecer, em ^-^istema aberto» A ^^19 ^ inclicnvani os

en-P'Ji-eceres exnlicn^^^® '^cessante. Comn' ^ ""^cLodo de

co-^^Ãizão» conín v' ciência não eviot ^lumcrosos pniilos dos

^ ^ se possa- ev^' l^alidadc, a

r^wstó*»!!® s.-«;Sr?ws».s

Í e como sentirenioQ ^ ^ está nos n cvolucioiiisia

'-íSí

p i s m A c a m i n h o ^ " « i i i o u d e « m e r n A " P ° ^ c o p a r a a o

-&' direção onp irá chp^í educativa...»

«""0 queT'^ í^e dl"

estahp?^^ ^^calismo obipr francesa; e,

irá condi?.-'Í^S^csso o ii?« P^-^tr© a vei4J]i certo

íÀisirr ^'istasT

S^LPou? c?A^^^Pcito, que° s??iP-^^agdgi(i

gramática. No f ^ases da Fé»1 ^ ^"^e éscrev^P^ ©"londado (e

a que a humanRui a '^quietar-sJ sobro o livro

,99lco saber v ^ mui^ qu^o ^-r^'^^^^^ciramente

Á S

A P E D A G O G I A D E R U I 2 5

fiel, que quer elevar um método à altura de uma filosofia». Rui

já então havia sentido que a ciência é uma «descrição», não «um

p r o g r a m a » .

Da necessidade que o impeliu a essa variação filosófica, não IflO lci»l fÍ(ilílü t<unÍ)iiMi cicij!.() tS(ííiti/U(U(lo do v.alpUy cuxii rcliLi^*uo li (livcr.-^oH Mspnrlos ila, filosofia iictlanóidca que (íofenrlmiV A oliivi capital de l-ichto divide-se em três livros: «Dúvida», «Coiiheci-menlo» e «Fé». Não seria, na obra pedagógica, que Rui viria a viver Iodos os três estágios. E Glo era, no mais profundo do

seu ser, como salienta Amoroso Lima, «um homem de Fé».

Razão a mais para ser considerada, na explicação do aban dono em que devia deixar a pedagogia. Ou, pelo menos, uma nova razão a ser confrontada cora as demais, de ordem sentimental, a quo já tivemos ocasião de aludir.

As IDÉIAS SOCIAIS

_E' certo que, nas bases filosóficas, Rui viria a emendar im plícita ou explicitanieiite, quando mais amadurecida a experiência o a cultura. Lembremos que tinha trinta e dois anos ao escrever os pareceres; assim não o fèz, nas idéias sociais do sistema, que per

maneceram, ou que evolveram sempre, com maior harmonia.

No estudo sôbre o ensino primário, expõe êle, em síntese, a

sua concepção sôbre a ordem social, e que se condensa neste

trecho: «Outra coisa não é a ordem social que a adaptação de en

tidades inteligentes ao seu meio peculiar, à sociedade, que as com pleta, reunindo-as. Ora, essa adaptação se opera, em parte, por

movimentos instintivos, que só por hereditariedade se tornaram

tais, em parte por atos intencionais, dependentes do conliecimento da lei que rege as relações mútuas entre os associados, e da von tade, mais ou menos habitual, de cumpri-la. Obviamente, a com preensão da lei se realiza mediante a manifestação dela, que é obra do ensino; e o propósito de obedecer-lhe procede, até certo

ponto, da percepção mesma de sua vantagem, cuja reveladora é

ainda a instrução, combinada com a educação dos sentimentos

morais, em cujo disciplinamento a escola deve cooperar com a

família» (").

Rui já aí aponta a necessidade de cooperação da ação educa

tiva da escola com a da família. Mas é ainda ao sistema público

de ensino que concede fórça o predomínio. A ordem social

funda-se, essencialmente, na ordem dps espíritos com liberdade, tal

como, supunha, lhe daria o conhecimento positivo. « O mundo é c<ada vez mais governado pelas idéias», havia escrito Comte. A justi ficação elo as encontrava pas oondiçâos dn própria dinámíc^i social,

destinada a progresso iiilnterraplo.

(17)

^0

lourexço filho

s®_diria MnlidTa^oS Pensamento, em

sapematnrnlM^I íesLiíuiçôes Uma?''educação:

supernaturalidade da sua ovZrn 7 ' pretensão da

direito inviolável, o ponto''de'nírr'^ P^"Priíi imutabilidade

consemian ■ .^^nsciência ponnhr í ^nupático o

dosen-Z^lTtT' do d^ nn, ° sontimento indiWdual,

paasS rT ''aclarado estó n""'? ° "'strução. Outras,

p o p u l a r f ^ P ^ n g i ' o s s i v a d a o m p r o t e g e r a c x

-eZêncijT'"' P"? ^utrário ™ ® da vontade

tinida das o„t w da sua qft? ':- ^ ^ogitimidade de sua

do suas leis aoVv—^ f'niitada ."'^^/jf^^'diidade

inde-no seio' rh^ osíados suces^^ivn'.; í"^ ? espírito,

mesmo temno l sobre as auni-' ® ^^^^nvolvimenfo

men-ospécies fio ® govêrno. O non ^^orce, e do onde, ao lução; arredar é evitar a revnu'^^^^^r ® ® interesse

des-n sociedade ^des-ntástrofes, promoví^des-n i ídes-nvorccedes-ndo a

evo-P a r a a c a u l e l a r

mueaça, nem in a educação n t nindanças graduais.

n o r m i é , a o « P ^ ^ o . n e m

aprimein T' , ^ n destacnr oJi ^^nnquilo» (h).

Pensamenli infinitag^'ande iniportânci.a:

sucessivos de desenv^i • P^'^Smatista ■ n ?o(, "vida social,

®^ane o govêrno n ^^entai no T' ?' ®

. a m b a s • ' q u e s u p õ e n ' ° d e o n d e

da cultura, com i[k^^\'^'^°imente a irU,*^ i ^^mologismo».

ança social, pelo ^forM®'a cor? pda ação

é certo oSes ^oensao de uma

mu-ProferídV^"'"^'"'''

i ^criüa, San Tiao^ n. ^ o que om « 7"^, quase

inexis-na em ideólo(r?^7^^ '^f^^^mente exnõo^ ponco

h e r ó i n o s e u t a l a s s e , d e ' i " ®

^oí dessa burguesh e no se,? i ^?.' símbolo .X< Tudo

^eiedade de senhores% e dêle fazem o

mas e qurSfí, l interno da

técnico Preopü^n^^^ ^^censào» R completou

para no brasiuf^'^^? oom a pri. 5"nscenla: «Seus

vencido da^sun^ «spirií?'.^'^, revelam, so^b°o^^ i™ espírito

^ôda a socieSdr^'!^'"^ de?f> Era u?t.^ f° regime,

" Tiago, Dal „,

' Caso de Rui

Bar-A 1 ' E D Bar-A C O C I Bar-A D E R U I 2 7

OS princípios de organização e administração escolar, na obra de

R u i .

Por muitos o muitos pontos, insiste êle no que chama «a in-comparável fecundidade das despesas com o ensino público». Para j^so cita longos trechos de relatórios de diferentes regiões dos

Estados Unidos, a fim de demonstrar ein que elevada proporção

íj escola ali fazia aumeiilar a produção e a riqueza pública. «O

desenvolvimento dos Estados Unidos — diz, eiifàticaníente — deve-se a esta mais natural e palpável das causas: à generalização do ensino popular, à identificação da vida nacional com a escola

comum». Mas não seria só nesse país. Passa a exibix documen tação similar, em relação à Suíça, à Alemanha, à Bélgica...

Com relação a lun problema particular de nossa terra, na

época ■— o da escravidão negra — faz suas estas palavras de ■tAv,vuEs Bastos: «Que haveis de oferecer a esses degradados, que

Jão surgir da senzaía para a liberdade? O batismo da instruçtão.

Qne resenmreis para sustcr as forças produtoras esmorecidas pela emancipação? O ensino, êsse agente invisível que, centuplicando ^ energia do braço humano, é, sem dúvida, a mais poderosa das

"^'«quinas de trabalho». O que Tavares Bastos quer para o

es-ei'avo, Uui o descia para toda a nação: «Urge Iniciar e es imiuai ')o Brasil, o sentimento da necessidade de uma heróica rcabilitaçao,

despertado o nutrido pelo espetáculo sbiccro da verdade, origem

tinlversal o onipotente de toda a energia huinanaj> ('Q.

Por isso, propõe um sistema público de educação, °

® o mais perfeito. Deseja-o para que haja verdade

liberdade, compreensão cívica, formação P''filferal smo

8®ral. A sua té na educação transcende os quadros

filiora nêles sempre se apóie. E esse ™e

nal, em eloqüente trecho*do segundo parecer: «N®"» ^

pumulamos provas desnecessárias pa^a demonstiar • í

"'"guém contesta, uma trivialidade auliga: a 7^

nslrução. Sem dúvida, quando Le.bnitz se

/í®® do mundo, se lhe entregassem a educação S ' P

RnouG-quando um dos mais eminentes estadistas '.agi®® =' mmdo há de

dizia: «no futuro, o árbitro dos destuios do nmd® ha^^de

tin ° ""'astre-escola»; quando Rivadavia, o p' '

g°en-Í«-:rsr t=r.ísss?

fmmano, acabam por so convencer de q

'OS depende da educação da sociedade» ( )• lAvava-o a

Pj. , ardor na exposição dos benefícios do ^ ^

ãesen-P^^temler demonstrar até a mais estreita correlação entr^ o clese

da rêde escolar e a redução da crunmalidade. Basean

(18)

^ M. B. LOURENÇO EILHO

norte-americanos, emite

cad?^ Fm N X tantos crimn^ ° instrução cometia

p e t r a v n ® P e n s i l v i n T i i n d i v í d u o e d u

-ler e esprA? crimes fin r ' pessoa ignorante

pcr-Intante anaiM'iia Uniàn^'^'? fi^''dfiner dos rpic salúam

dSo rfP^^ticava ^ inteira cada

ha-C i t a n d o , d e n n i s ! i " "

e i P - i d o s c o m - e s t a t í s t i c a d a A l e m a n h a .

^ crimi—iff']^" esta anaiv'^''^ númeio dc escolas

^orro quase eStlunel". suma,

^e maior ou m ^°®trando-se entrpiani^ I'azao inversa do

ni'i-P™'''«^^tar'compTeI^^ 1°'" '"f^renei^s dôsle tipo,

^enlo da vida entanto, apoiando criminalidade.

^e a educac'nn "^t^e então se fiic nnperfcito

conlieci-e fnA ^ conlieci-e mtconlieci-encionnl o ,i„ _ í^mpunlia. Bconlieci-em «ni-iAror^c U/-,iV

clos trechos

t i b i e z a d o ^ c u j a f r e n ? ^

-<^20) Afrânlo, hÍ?^,

1. Pag. i22_ Ed. National. São

A I ' K D A C O G I A D E R U I 29

■ , Contudo, uin jiriticipio paralelo deverá coexistir, o da Uber-a e (Io ensino, assegurado em toda a sua plenitude. «Rejeitamos

p8"no prussiano, onde o direito de ensinar inão existe, senão ao

in i-V*^ Eálado que o oulorga, ou o retira, à discrição... Ü nossoOdeio é o da Inglaterra e da União Americana» (-i). Ir collièr, porém, nesses países,<n,ao, absolutamente descentralizada, ou

aconselliá-los ao Brasil?... iVão. Na docui

os modelos de

adminis-, ou de caráter localadminis-, para

.tu urasil?... Não. Na documonlação, tão abiuidanto íue reúne. Rui nos mostra que forte tendência nesses países se

^nanifestava no sentido da centralização administrativa do ensino.

^ tendência universal dos fatos», diz, «reforça e amplia, entre

s povos mais individualistas, com o assentimonto caloroso dos pu-ncisLas mais liberais, o círculo das instituições ensiiiaiites

aliineu-j as pelo erário gorai». «O desiderate, hoaliineu-je, na Inglaterra, longe CA .^^^^^^stir 110 pensamonto de estreitar a esfera ao Estado, e des-entraiizar, municipalizar, individualizar a instrução pública, está,

I o contrário^ em robustocer a autoridade central, harmonizando,uiiia administração unificada e eficaz, a direção do ensino »(-).

E ^

Pi'ivativamciit(;. a(D serviço da educação ^iji^iona ». Uetenüe . ^eia de inspelorias nacionais do ensino, e um Conselho Sup&n

Nacional. Não é tudo. Propue se msUlua Clonal escolar, cuja fonte de recursos deveria

Cem PcopOo ainda um Aluseu Escolar

estudos pedagógicos, também incumbido de levantai .

Com e até como seu regulador,

seja fundamentado

e n s i n o .

Rui ^ princípio da centralização, e até c(

em 1 atende a necessidade de que lodo o sistema

da 'tf objetivas. Nmguém mais do que êl_e Pf

idái., " '■'oa. escolar, sistematizada por órgãos do g miicretizada'

em n 'I"® só cinqüenta anos depois, no entanto, seua

C país, gíaças aos esforços de AI. A. Teixeira Freitas,

havia de tornar-se conquista

do ],..| .^'^^®''ciro de Geografia e Estatística SovVfs

l:^^,i-|oLi.smo do Embkxador José Carlos de

da com ""i ^ inicial do parecer do ensino

relató-1'ios (U numéricos, que Rui pacientemente c pr,r,g, um

^®tal fi do Império, e cuidadosamentí? J" \nenas

mil de habitantes, o Brasil tmha, e ao apenas

alunos, ou menos de 2 alunos por cem habitantes, o

lomí vol. ir. p<àg. 24. Sobre liberdade de

(22) p,/' Pags. 19 a 31, e voi. X, lomo I, pags.

Compleías. vol. X, tomo I. pàg. 104.

e„slno, em gmal, Otras

(19)

3 Ü

R- lourexço fjlho

Riii mosla'^fut no Penodo de 57 a 78,

situaçao satisfatória no ensino chegaríamos a lograr

ha progresso inteligente e f?r^! l'! de 799 anos... « Não

sem uma boa estatística escolar ."^strução púl)lica, escreveu, rinc ■ ° sentimento "icuta profundamente no es-os impreteríveis»(23) necessidades e dos

sacrifí-escolar naciond))'^é''o°' f^fporificou na idéia de

PODnhr P^ra equalizar-in i P^^^^são de recursos pelo

vida lir o país. Tal iríóí-i f ^P^^funidades de educação

t r f G u s ^ A v n ' r c o n d i ç õ e s \ l a

Insthnff C.^panema; e foi7.1 iniciativa do minis-d e M i k p minis-d e E s t u minis-d o s ^ 1 ^ ^ c r i o u , í a n i i i é m , o

, , p o r t " m o d e r n i z n d n ,

contribuit P*""-escolar nn'®'"''

mente defende "fdessem as suas'^'^ ^ deveriam porém nnp ^.^/cidade, nos seus 7.7.

principal-tantas apoiavr^S^f tèrmos/E' certo,

razões, que

a d o t a a ^ s e c u l a r i z a r 7 7 ' e x e m p l i

-„

: r - ' »

■-s;s.x»~V« ^ r'í""'»'" ""■

Sócios públicos oelo ."^^ns capazes de or'^ 7 elevada e

de eficiência e' de m superior eleviílA^^ ® dirigir os

ne-í^nte claro, nas instif Um terco77 grau

Te d- Part,m'r P^^P^o plr^ Porém, bas

que levassem ao ^ secundáHn ^^ódio. Dese-L i c e u P e d r o c i ê n c i a s ° < ^ s t u d o s

an7 ^ Pretendia aue -,' outros de n i L'as, houvesse no

que se seguisse ao d7a P^^^uária tivp

técnica-profis-- n a To ^ f n ? í técnica-profis-- t técnica-profis-- ^ e r i o r ,

t S F r

-f . . .

rà,. 3, '®n^olver-se a indústda^^^^f °

uüLria, a riqueza

- A P E D . V G O G I . A D E R V l .^1

PU)hca, o as próprias condições da defesa nacional: «Se o Brasil P,^'^ especialmente agrícola, por isso mesmo cumpre que seja

^ «'divaineiilo industrial». Em outra passagem, esclarece:

ci piosperar a agricultura; mas importa não menos eman-pa-la dessa situação de tributária forçada li indústria estrangeira,

eniuini produto agrícola entra no consumo público, sem certa

I leparaçuo industrial; e a maior parle dèles, para serem aprovei-

uveis aos u.sos sociai-s, dooendem do mais ou menos complicados Pi-occssos fabris »(^').

nal defende nos parecercs a criação de imi instituto iiacLo-^1 de agronomia, de hortos experimentais e de uma fazenda

di]«;7- i ^^^cja, a um tempo, a riqueza agrícola e a riqueza in-Din 1 ^ Llis idéias se refletiam na organização escolar que pro-da perfeita lógica, compreensão pro-das realipro-dades sociais

empo e visão do futuro

A M E T O D O L O G I A

dn- Lcujtudo, nenluima organização, por si só; nenhuma visão

n„"^.PF?Plemas sociais, por mais previdente; como neiilnun sistema^ i c J e i a s í T o i - i U . ' . . . ^ l í r r o r í i n n o f i n p j i r ; i o . s e

s e u m a

d o s o c i a i s , p o r m a i s p r e v i u t j i n c , — —

-iiàn gerais, por mais amplo, nada realizam na educação, (q ^'^eompanhe, para fazê-los viver e dar-liies substancia, i,prática de trabalho, ou seja, uma metodologia,

os ,7\"?c'odologia ó que, verdadeiramente, se entrccruzam todos

erkn7^'^ da pedagogbi, pois é aí que se apuram, c

ap-in: °i do autênticos resultados que elerani o n™'

dos da escória dos ideais mal sonhados, ''usoes e m.tos

mas P.'^'feogos. Por isso, o metodoiogista há de visar e "°dr<;

os „''^'''Ijalliar duro e forte. Há de ter os oliios nas i"" ®"®'

milnã!: ^dl'damento presos ao solo. Só assun P®''?"

o rp®; de consubstanciar o pensado como possível, P

diri?"!; Só assim condensará num só ato os P""®'P;f ^3

opotS í' PS'isamonto com a ordem e sTg

P'fica h'°^' P®"' dtra razão, «método», na

u s c a , p r o c u r a , i n v e s t i g a ç ã o . . ^ ^ n h n

mais que ninguém. Por mais '^^^^^R^l^visava a

açiio n ^ idealista», e «romanlico»^ e «margim , , ,

discn777itava na ajão, por ela se empolgava e

fegu- i^iblioteca Nacional, ao declarar que ] literário êle s e u , e r a u m j u b i l e u c í v i c o , n a o v i d a

õ ^ própria eistência, tal como a sent a: Uma via^

^filias f7 peleja e apostolado». Pouco 7 nilavra; a Palavra ^ ^'^balho fossem mais freqüentemente a '

ação, se não, ao menos, fonte

^24) nv

^25) Completas, vol. X, tomo II, pág- 1^®* Completas, vol. IX, tomo I, póg. I®®*

(20)

P&dagóffin n endurerifln ,7'^' -I ^ tempo, tòda a

cli-'}' «^"'ás - a rotina

porquanto o oha escolas. Ou anfo- substancial,

abso-^íitífrase Ih^ 'i existe entre nós' lUn cumpre erw?- o método:

p o r

também, no relnr ° tnabilitação nirn° ensinar, ó pelo

marmos substann^^ ^^Imi-stério do Escreveu, d e r n a , t o d o s o s s i ® s i s t e m a t r a n s f o r

-pura perda o a ditusL .pedagogia

mo-ísií'!"?"" -"" »"=«■

A I ' K D A C . O G I A D E R L I 3 3

d *^r do moldar ligorosaincnte a lição do mestre pelo textoo Inro o industriar nos liábitos de uma reprodução estéril, pela ase inflexível do comjjòiulio c pela palavra scrvil do preceptor,

espinlo do aluno. U menino não 6 uma alma; é uma tábua, onde

e embute. O cérebro não se trata como um composto orgânico,

arn^r ■ eomo uma verdadeira marca inertemcnto plasLica,o g.ivel ao3 mais absurdos caprichos. A educação nao se

consi-um fato fisiológico e moral, mas como consi-uma espécie de

uDalho de marchclaria. O mímino que maior número de páginas

b ayar textualmente na cabeça, que por mais tempo as retiver

o* hoo, mais pronta e exatameiito, as desdobrar a uma

per-Prem-. 1 ^l"^3'ionáiio adotado, esse será a mais aplaudida, a maisPida e a mai.s esperançada figura da classe »(-^}. tevív falava por ouvir dizer. «O relator da nossa comissão

liflTf]^ ^^^g^sto de encontrar, nas melhores escolas oficiais da loca-os desgraçado achaque. Por via de regra, loca-os mestres sao

enorm"°'^ culpados nesta inibecilização oficial da niocidade. ea

bilir f P^^^^do contra a pátria e coníra a humanidade, a

responsa-mélodl^ c-ibe quase tòda à péssima direção do ensmo ^

comnr '103 livros adotados...» E exemplifica com o. fex^ d®

lev|P^^\dios correntes, o um pouco intciicioiialmeiiLe, tahez, coi 1

ensino de religião.

Uiii CUV- ^oria só no ensino religioso. 'de

ciônci* trecho, sobre vulcões, tomado a um c 1 , ^

^conini 1° oursQ ])riinário: « üs produtos gasosos fipo I cloreto

«^^PÇdes, são: no período mais ^dno "

decresri° 1 ^"dio; depois — carbonatos e cloiet

dgua atividade - oxido de carbonio, ^^^^do caibam ^

K^^ôfre '^"^'^"ogèmio sulfurado, que se decompõe^

' ®/°"sliLumdo assim, as sulfaíaras. ^ relembra ^•■as' //perguntas de exame, enti ^

Ças?.' p"al o animal que a mitologia -^^es o corpo de

hiim-' ® guerreiro que arrastou tie célebre

^^ticido em torno dos muros de uma c ^ ^

íí^s <3xnT. crianças) de pensar, ao pomo diário das

Çòeg g ^ssòes mais freqüentes e coniezinhaa triviais

p ^^dhiá,.^ ^exo que as prende aos fatos o as escritor

amerl-^^0) da vida. «Lembro-me, (diz mu grc ç^tudo

esco-s l da menina, perfeitamente doesco-seuvoh j

n-l ® astronomia, que ficou esp real'meati©

Part^, ^^10 o chào do pátio da casa de sua mao fazia

ísso '^P^^^mie da Terra» (^o). ^ relembrar o

^Siípe ri„^° ensino primário. No secundário, as a pretendia

mesas de exame», que o projeto

C'omp/elas, vol. X, tomo II, P^Çr-

36-• , p á o s . 4 r ? e i A A

'OOQi

Págs. 43 0 44.

(21)

a-bolir.

c u r s o

''~ÍFFrti. ,.i, «b -.Bví

como em naw ^^^^g'oso da ediirn" - ^íxclusjva

^0 liceu às fLuu Lavra nn ínecâiiica floresce cnlre

pontos de e"am^^^- ^assa da c??;!!;; P^ os.-ola ao liceu,

Rui as apostilas ^ ^aos pontos de e.vaine,

opòe-se noc 1 ^ combato anlf. ^^oademicas...»

tureza. Entretant "^.®^odos/e no seu nrn*^ coastruir. ^í A escola aluai

?ual fôr a imnoH;- ^Sora cita a S^'nma às indicações da na-íne se haja no ®na tarefa «a educação seja

da animalidade ^^P^^-nos da condiV- ^ audácia, coiu

elevou de intuinn« Processo, nxedi^n^ ^P^z de acrescentar uin n deve». E confusas a noçõe- ° espécie se

fino como a natur ideiaHut o pode, nem

tÜ' ^ i^iência educou o ^ero de eduiar i

me-n!?^® no indiv díí Pedagogia racím^^^^ « pi-incípio, a

cente. A diferenn ^nro se a' ^nculdades

desenvol-escolar án. ^ Pi"ocesso na espécie t ' i o g r a u d e ^ s t á c i v i l i z a ç ã o o

i ^ u n a a • ■ ' - ' o s c e à « : w s - » i > n o o n L i n i r » ^ ' ■ ' g u n s a e c e i i

físico-naj_ J^iplina: a línpm^^ Pi^nocunacfia^^^^i pi'incipios gei cultura mori^* ^ Seografn iijnjernaj a mnf^ didática, dif

niúsica e o pi ® «usino cívir i^^^ria, a edi?r!"^~^^^'

passagens ainuf i,' ^ni cada i?' desenho a econômica, u

capír^.\ducaçào física, a

_ Consoante . ^^^niprovadr Proveitomuitas

-nçao doss^w.-^ ^drmula do ? poderia nf P^®®«uta o quo PoT si ^^^' razao no P^^^ologia drF °f®r6cer na ópoca.

—; _ geral e urn. ^«mo uma díii v dns «lições de

ao entendimento

A P E D A G O G I A D E R U I 35

dos^ mostres, para a transformação que se impuiilia. Nem por outra

razão, traduziu o livro de Calkins, cuja influência na educação

primjiria norte-americana foi tão grande. A essa orientação, como

n faziam Pestalozzi c sous seguidores, Uui chamava o processo

Jta intuição: «Uma das condições cardeais da reforma escolar,

por-tanto, dizia Cde, está em fazer da intuição a base de todo método de todo o ensino, do toda a cducn.ção humana...» «Na escola atual, o ensino começa pela síntese, pelas definições, pelas generalizações,

pulas idéias abstratas. Será ésto o processo da natureza na formação

wteligãncia do indivíduo entregue a si próprio, como a da

«tlo na sua üifância, arrisca o acerta os primeiros passo» na

m-t ' i n c i a » ( 3 2 ) '

Sami lücidamenie interpretou e

PuScs ^ m^q;; Rui ainda desconhecia à época ,

'ogia'^d® P"''-'' 1"®' ®'" ®S'°°-iena3

Taprofun-^MneiUo .? Ir Ole" Jeíenditia, e que.

mnío 7 compreensão genctica, ja por compreensão

f^n^- ^^-'-ll^alhada, deveria levar a

meca-nisrn^"?/ assim, caminhando da qu procurando

^«mp^rp compreensão de ' ^ psicologia

f a t o ^ i m p u l s o s e d a « m o t i v a ç ã o » , ^ í L S s i ? n F n é l e s e e a c o n t r a n i , l i o j e , rng,- tuaçoes funcionais, da topologia. E ..nvo» de que Rui,

os fundamentos do

P oprio, também por muitos pontos ac^

--edupr, estes trechos tão expressivos. ^.ígiiiar-se

exclusiva-^ente^n^ portanto, mudar; deixar na ener

gia espírito do mestre, para se i,,i^o. Ou, ainda mais

exph„í^^^dual, nas faculdades produtoras ' «cooperador de

«Cumpre fazer do difiPj-^ar fecundar a ex

o seu trabalho '^j-ço íntimo, as aptidoe

^'^^tintiv forças interiores, estimular ^natural do aluno

>-Ou, e, se nos permitem, a 'g^tG para a vontade

livíg^^fon: «Sg o mestre apelar cpnstantemem P^ ^ ^es

^Hos' ^ espontaneidade, inicial e capital de

--i^sentimento da personalidade... condição

d o

e x

-s » .

A . 3 3 ) P ^ g - 5 3 .

(22)

Bra-tóda a educaç- " " """"o

naturataeíte POssivol' ° liomeni, tratando-a

altura ab™,„tf'^"- «A lei da c„ |„r ^

rida).(3.) domínio es " como a de lôda a

A \ í i v i d a d o a • , ■ " ' ^

S^°CTatT percebia quanto-o

co-Slia metodologia no^ ^^°niem do todo levava a cindir o

o^etodo experimnni^i^^S^^ o Giisinn inh^? coiUóni, por isso, a

termo designarmno ^ ^lão era Jições de coisas, Pratica, social e nnlv dos nmM ^

e Gíisino para oni ^ isso nLn- concretos da vida

Jhí - ^^Pauperada tenhamos «son",^ ^ reforma dos métodos

^Çoes^ e a tôda-' '■^^diiiárhi annul, 7 nacionalidade

es-uc^ção nào a ^'^rprêsas de \i f todas as

hiind-^^^^gências e P^ra .tuSr

j. não fôra ^ curso». ^ ^ miciativa, prever as

« i m e n s n e c , - s s a c o m n r r . , . , , ; : . - ^

suaépocrM'''""''pcP' odurao-''^^^^ Justificou e de-

n m a d a n d o a r t í s t i c a I V i n - 1 " ®

f^nlimenlo integral de sfiUese^a^'

trando-lhe i ; ® trabalhou íí ^°rpo a ,i„ . Pensamento

inunidade fand-i ®'^'ücacão' /^^9^^gência, a do

«.?^.sS~ríi-SS" » Sír,s,'rs;

!'>"C! 1° i?»~ «<i....h..

J^.i^ora sob form seus m^- ' ^<^sse ^ gne llio

risTc ,i'"Pus Para «^i^cação

'' P-ig. 367.

A P E D A G O G I A D E R U I 37

s paixões se depuram, todos os excessos se corrigem, tôdus as

oanxezas se repelem, lôclas as satisfações so desprendem do

egoís-t^das as tristezas se repassam de benevolência. Dir-se-ia que

joetho não se extasiara noutra imagem senão nessa, na arte, no

g erido ídolo do seu culto, quando naqueles versos, cuja transpa-^^nibra a atmosfera grega, nos define em Sakontala, a pérola

^ rnundü inteiro da liondadc, da graça e dos prazeres ima

culados. «Queres as flores da primavera e os frutos do outono?

Vueres o quo encanta e arrebata? Queres o que nutre e satisfaz? Clíi um só nome abranger o céu e a terra? JNomeio-te ontala, e dis.se tudol»(^^).

CONCLUS.VO

Rui V- '"^"8'='' ° «u o a terra»... Citaiulo es^es *1?

a pretendia apenas exaltar a arte pela arte. nos

hoíí^P°'''Aneia que ela podo e que ela deve ter na "fiação d

pif„ influência que exerce, a cada instante, ' libera

Um-, T'"" ? <="udora, e, portanto, como energia

artioi- educação ])opular, pregava ele, de\ .j

o loiif"' porque a arte influi na formação moral, Porq"0,

se Immaniza. Rui não o faz, apenas, fiara leto na ao

.de certo mo'do, pode preonclier essa ^

s c i i s i v n ' r ^ f u c a n a t i i v o z c a e o ^

■faties dn° ''aoional e o irracional, as ^'erdade estreitamente,

uni-0 ®®"^™enlo, estão sempre o caininlio da

be-w„ ; Ou, como o queria Schiller, que e peio1 p s e e n c o n t r a o d a l i b e r d a d e . . .

-Ul 7n Tin/, A r. í >^..7... CímmIÍ, fy 5

se encontra o da liberdade... r,^,...,vi a Kont e a

^íciug^\j'^ Comle o Spencci. eo

con-selho m ^ ® Galloway e Cidkuis, uuis; ' retôriio ao seu

emanavam da figura '' mundo dos valores,

natural, ao seu próprio espu'1, i êle de

es-^ das realidades obielívas. !,'; , .n.-fM* num mundo

Efe Completas, vol. IX, tomo H, PfOvejaro y Maury). Madrid. 192

(23)

t e m D o s r T. r " ' è l e , n . u w " " - ' " ' ® ' q u e , s e o f e r e c i a m

° amor à do iuluro'^El.i"''^^'^®"'"'-''' "'"'dança dos

Vida social n 7 ® ^ ^oinunidarlix" - ensina, sem dúvida,

®ma o reL^f "'"J" de aumelitr " compreensão da

que a lécniri '''^''dade ao l,nn púljlica. Ela nos eii-P'ioa- Ensina-nnP°de, 'e que o \-,Lií° nos mostra

coisa, apareni ' Pe^'em, depois rlA^'l / 'icumula o se

multí-«êncía S"e f '^d° '=^0, 0 com isso, esta

<=®P''rito "abldtia que ao Jado ^

destino a '"""em e das fôrcT.s seiupro rcnov

^ < » n e m : E l f 1 " " " ' o t r a ç a m .

e'erna humildalf ^ ""ma naHv "'^^P'?""® de reforma do

™"dade da pedagogia P"'"'""' " grandeza eterna o a

d a d o

a -0

^ MAHGEM ])0.S PARECERES SOBRE 0 ENSIXO(')

"in decrelo-Iei do setembro de 19-11 que, pelo

liu steno da Educação, fossem publicadas as obras c"^'^

eno,n ' Ndo seria rclardado 0 inicio da ef?"ff

Prfff E'" dezembro do ano seguinte, concluía a Im^

Co 'I ii"pro-ssão do Pr""''"'" S'a que

S O c r - ' ^ A c i n d e B u i , a q u e

i ^ ^ ' G i i l n n r i l e i i a d O C I O u u e i t o ^

i^^trimrv.-apenas, o ropositorio or

fcilurTf? " "'visi"o, q«" é " pUa

su-a o A s t c U c a o s e n s o d e

Ordem ^ ^aquela irresistível tendência es a de Im-d e n i t i Im-d e z Im-d e Im-d e o n Im-d e , a Im-d i a

Mia^/^P''^"dgios todos do excepcional espiuto, ae

Q 1'®'^ o])ra fluiu. , . -responde à parte

volnn?'^^"' '^ssini dá origem à de apresentação

P

Opa 1 deverá figurar a procluç^io do oferecidos a

' 7 0 * 0

a n o

d e

1 S 8 2

-Ç^an compreendo dois ío relator, que era,

Conv f Deput-ados, no mesmo ano,d o I n s t r u ç ã o P ú b l i c a . , I n t e n ç ã o

Iiaveria do começar a modo, a força

ou acaso feliz?... De um 0^ pareceres sobre

|?.Gnsin„ conteúdo deve ser 7Vintra parcela do igual

'Uousíj^ talvez do quo em qualquer revelar a crença

1"'® tôda a sua obra, Uui a compreens^

?® Proffr da cultura; e, por das artes e das

d social pela divulgação díi ^ém, da aspiraçao

<a de produção,'e, por isso bambem,

p Í^GhT' agigantada pela educação f , tratado de pc

^®Sia, ^!^®SGntain êles, antes de tudo, mais documentadas,

conjunto das mais amplas, "^-^^^^guer idioma,

Tl^Plctas do gênero, que, ao tempo, e em qu

pela A.sod.çao

c

na Casa d© Rui Barbosa, prom

(24)

"■ 1-OIJREN-ço PRHÜ 'cnlmni cscriin f

^-erímeLirlr"'^' '"nuônci-i inlenia e fio

O i ^ ^ C T i f n v ^ C o n t e m , e n ã o h a

-quo deverii'"im"''^ "«les Hint' ° '""SMgom, muito embora

'uguêsa Fm '■' iinpoiwiV • ,° compre ;i<|uela poi-reição,

a baso'„f™ '«fo i.«o, e ^cÕm u'dn <ia língua

por-(le mais valioso "Construção o- n^"' P°"l""c oiicoiitram na verdade tf "'o mais si.l ,!n"'"ncore3 ropreseiitam algo

Snma coisa d alguma coisa de •" ® significaliTO, porque,

'nlo aquece co n^^o S e eterno. Es.sa

al-desaparecer 'na 'í- ncenfos de convínc'- Um""!'? ®

p i r i t o h u m n j i n r i i i i é t " e ' j n m a i s d e v o r i a m criar, exnpr' ' ^^P^icidaclG dil fó no valor do

es-essa criação^"!^^'^^ ® corrigir no homem ein

S e v e r n a l i b e r d a d e , a q u e

E- cerTo u ^ renovadas, podem

g6strda'''ii^°nooPçõe.s™^^ sofrem' rè? ''""'""nn pedagógicas

Pehtico, 1 ^ransmudam t ® regras e o

valer ramo^ Lr, ^^^a linguagem ensino, plano

^^sse largo sLtja u""' ^fue jamais P'"^^'Gceres podem hoje

m ê d o d e l i b e r d a d e

. Tal .soo.L'^ •^■^mnssão - om st? al.''"

m pedagogical! ! ^"="'""1°

filosófico-p l a n o d f » c q u e . n e l n e s r o l h a

gôsto da Hn políticas^n ^ ^ou

P"l"'nc, e.tS;nr se transmud™™ " - negras e ^

■'nler menos mm '° , '"°n linguagem """'o de ensino, plano

nnsse largo sínlid u™' fue jamais d^ Pnreceres podem hoje

nbamos mêdo da "'''n° "1"= liberdmi„ ®'''''®nnnão, Poním, será

, Tnl senti , - om st? ~ "n"

?!,."°'n'no' i!??ia?'' P"nlngógica d! li-''

filosófico-!«'C0 a tôd! a 1 Jlnno de puldieso""' ® Tue, pela escolha

ram c ainda hoie "'''°' ® npêio ouo '■'°' ®™Presta valor

sim-S"' "OS reúne '"í™' "como trabalhos ropresen-

dosofia - ! "./"CIO- Nunca o no L T"® "m eco, é que

""ílento do poder d '""'"'"l"' bmiant e dessa mesma

ntf"^dadelcial liberdade pela c!,uliberdade, o o

np?®, ^1'^ras. Kunn ^^^iveram tão -mm ^

-ssario a meditacãn^^í onortn^ ^

»»«2X'r.»■•'»....»-Imentanl"'"''" ''n Imm^n P - a da't" °

^Uconti-n ®^{ucnte, mas nnn essa crnn.. uo respeito dúvidas r bomem, na sua .fcn^eo nunca !„ ^ode enfraquecer,

sangu! ' 'f ""c® que lh„"?, f^queza, ria;., ^^"lue. nela, é que

para t . com!™;"!,! " '} nas suas

A A'<!c/^ ^ ^ o sacrifíoil^ ^l"c ora vIvp 1 horas do

'""cnto dtT,fBrasllei.rl " '"""nanidaclo,

ra-■'"atro Jlinistro d! li"''" P''"''

l^ducaçao, a

A NtARí.r.M DOS 1>ARECERES SÔBRE O ENSINO • I I

sentido da

b r a s i l e i r o .

A . B . E . ,

r a d e c i m e n t o s

singelos

? ^^iii'Uk:!/ íL propósito da moçãOj por ^ ' reforma

elei-torn,^ e?l"-i "-b ninda! com a decisiva atnaçao na

!!'' Siii-Í- """'nda som èx-i(o por Siiiiiubu, aprovado,

Pui í"nei,-o""cnovada. O projeto da '■p'"'" pelo jovem

dc-PPliido '^"o "'o ano seguinte, havia sido elahoiado i

?®-Tt'en" RbPlo a <-isão dos liberais na I'lm o"paritrenlo,

^a-Jqiva tm,''foronça de votos. Antes de rcabeito o partida

de e®"binm'""'® o govêrno a Martinho Cf'"P°'manheiro e amig

ilu 1' nt ' então Rodolfo Dn"'"'®',,, ° con» m" de se®

nrm ie-'i hi/ '^''indos, no jornalismo e na P° ! ruí «com"^" .|).

(25)

•"=m cIi?igida"'Q^'''=s 'I«6°lhe'^'ln™.-''°'l° refletir

sô-^'^Plicação da,lho vinhn ,'iV" lima educação

destra <luo côns"

E n ã n • í i r m a s . ' ^ p a l a v r a f á c i l c a

sentido por Lí>-eçado à vM • ■

s a s d e f i c i ê n c i a s d e f i c i ê n c i a s d e v e r i a t e r

t 'dndôncia poiittmalerda I^ís e,

nes-ensino entro os dp' Í"sto que cofê^ ""'do. Despertada

prefácio do voiM iLr,°l°dd®.se os problemas do

Mm propriedade um™<f Pu'dicado -í^dia na vida nacional,

em abril de 188Í T ^P''®ssivo trecho /i, "í"® l^IonEiRA destaca,

d que atrn,?"- ^^^ôn.o SacoIvR"' endereçou,

Çao entre nós n p d- miportância de'^' "'^epo's da reforma

será obS do P" refonl a verdadeira

revo-é o mn k - ° primeiro Parlam .e"S"ro público aue

qne onvoTim'oTtfir o ma®s" - v°lta

, N^ota-so aí nm do nossa n-ít problona dentre

^as logo T g^-^-^^lação: a reFn/

doseo Iidarde%|"r°- P" d°a em primoiio

c S r ' „ ^ i h a v o n n ^ c o i r S !

p o r

A m . \ r c ; k . m d o s p a r i - c e r f s s o b r e o e n s i n o •13

I'cleva instaurarmos o grande serviço cie deíesa na-1 a ignorância, serviço a cuja frente incumbe

Ear-'amento a missão do colucar-se, Impondo intransigentemente à ti-eza dos nossos governos 4) cumprimento de seu supremo

Hflrf" púlria. IVrloncendo ao continente iii^encano, temo

hift <lcsdila <lo aciiannn-nos inteiramente íora co c

. ^ uo Kioias íjue li-m sido o segredo da

® í'«^a da heróica r,..pública do norte (os Estados ^

incão dcslmnbra o mvindo. Os i.airiairas, 03 pais (the fnfhersj

l,.''"C|JC'lllIi:'IICÍ:i dlIlPIlVillia, í-tdlin llms cl.n.na o rc-nhor. en

,'\do povu, tmlimn a imii.s iilli.la inluir.ão ile <|llô H í-^"'

a é o primeiro elemento, mão só monU, cm.o

_ 1 • ! 1 - r t c - t o i l n » f O .

s u i r " ' ^ " u ü s i r e c h o s , u m a p o ü i . i u . ^ ^ n í n t o p a r u

coisas llio haveria de Jg autores

in-glêses H líeferinio-nos à polo artigo «As reconhecidaj mas lanle. inglalorra».; o

i^j^^^prsoes», quo figura cin «Cartm . mas

^ h a v e r i a d o l h e o o i n u n i c a r. ^ ^ ' ^ 9 : e s t u d o s q a ( >

ten?;^ ^^^esma do ccrlns idcmis, substancia., no

f j g ^ ' ^ ' i p r e o n d i a . . i . , v i d a i n t e r n a

-!'.''^nal ç hil(,ava a observação do iniportauda

^ ^seny aí, não llio escapava ínnmc nos

da p da instrução pública m' ^ ^ afirmaçao ■

>os o da América. A npor^^'**;,ece^nto fôra « ^

n'. dos ,1 '^^0 nacional, como o setnlo 1 ^

Et^^'^'goin dinástica. Esse nmvimou > exeiupln

calj' (c que a Rui tanto nnprcsion

Pr 1 ' educação iiitonsa do P „^scqiiência

r e f e r i d o , j i i n l a v a - s o c o m g c s

Can reforma política do sen ' h-ansfor

Coív,^í'ais "ri como condição noce^.'^r^ac so P^^^^^nclas 'cn"^'

Referências

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