RONALDO BRANDÃO
DE
PROENÇA BETTEGA
ANÁLISE
DO TRATAMENTO
AMBULATORIAL
DAS
CRIANÇAS
VÍTIMAS
DE
QUEIMADURAS
Trabalho
apresentado à Universidade Federalde
Santa Catarina,para
aConclusão do
Curso
de
Graduação
em
Medicina.Florianópolis
Universidade
Federal
de Santa Catarina
RONALDO BRANDÃO
DE
PROENÇA BETTEGA
ANÁLISE
DO
TRATAMENTO
AMBULATORIAL
DAS
CRIANÇAS
VÍTIMAS
DE
QUEIMADURAS
Trabalho
apresentado à Universidade Federalde
Santa Catarina,para
aConclusão do
Curso
de
Graduação
em
Medicina.Coordenador
do
Curso:
Prof. Dr.
Edson
José
Cardoso
Orientador:
Prof. Dr.
Maurício
José
Lopes
Pereima
Co-orientadora:
Prof”.Dra.
SilviaModesto
Nassar
F
lorianópolis
Universidade
Federal
de Santa Catarina
AGRADECIMENTOS
Aos
meus
pais, pelo carinho e compreensão.Ao
Prof. Dr. Maurício JoséLopes
Pereima, pela confiança, estímulo e orientação paraarealização deste trabalho.
A
Prof*Dra
Silvia Nassar, pela orientação na análise estatística.À
Glaucia, pelo carinho,compreensão
e por estar sempre presente.Aos
meus
irmãos, pela amizade.AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
SUMÁRIO
RESUMO
SUMMARY
IINTRODUÇÃO
2OBJETIVO
3
MÉTODO
3.1Casuística
3.2Procedimentos
4RESULTADOS
5DISCUSSÃO
óCONCLUSÕES
7REFERÊNCIAS
NORMAS
ADOTADAS
APÊNDICE
Apêndice
1Ficha
de
coletade
dados
ANEXO
RESUMO
O
presente estudo analisou o resultadodo
tratamento ambulatorialem
crianças queimadas.Foi realizado
um
estudo longitudinal, descritivo e exploratório,onde
43 pacientescom
queimadura de espessura parcial, totalizando
um
total de60
curativos, foram analisadasno
momento
da admissão ao HIJG, durante 0 tratamento, e 1mês
após a reepitelização da áreaqueimada.
Foram
analisadas as características da lesão ao 1° atendimento, onúmero
de trocasem
cada curativo, o
tempo
de reepitelização e o aspecto estético da cicatriz decorrido 1mês
dareepitelização. Nesta análise, o grupo hidrocolóide teve
um
tempo médio
de reepitelizaçãoinferior aos demais grupos, tanto
em
queimaduras superficiais (9,3 dias;dp
3,4), quantoem
queimaduras profundas (14,9 dias;
dp
4,3). Observou-seque
o grupo hidrocolóide teveuma
média
inferior de trocas de curativoquando comparado
aos outros grupos.Em
relação ao aspectoestético, todos os grupos apresentaram ausência de retração na área reepitelizada. Evidenciou-se,
também,
uma
tendência à obtenção deuma
cicatrizcom
uma
superficie lisa e nomesmo
nível dapele após o uso de curativos convencionais e de curativo hidrocolóide. Nesta análise, evidenciou- se
um
padrãode comportamento no
grupo hidrocolóideem
queimaduras de 2° grau superficiais,sendo associado
com
número
total de trocas igual a zero, obtenção de hipocromia e deuma
SUMMARY
The
main
purpose of the present study is to analyze the result of the outpatienttreatment in
bumed
children.A
longitudinal, descriptive and exploratory studywas
accomplished, inwhich
43 patients with parrial thicknessbums,
giving a total of60
dressings, were analyzed at the
moment
of the admission to HI] G, during the treatment,and
after
one month
of healing process.The
characteristics of thebums
at the ls* attendance, thenumber
of changes in each dressing, the time of healing and the aesthetic aspect of the scarafter 1
month
of healingwere
analyzed. In this analysis, the average time of healing at thehydrocolloid group
was
shorter than the other groups, asmuch
in superficialbums
(9,3days; +/- 3,4), as in deep burns (14,9 days; +/- 4,3). It
was
observed that the hydrocolloidgroup
needed
less changeswhen
compared
to the other groups. In relation to the aestheticaspect, all the groups
showed
retraction absence in the healing area. Itwas
evidenced, also,a tendency to the obtaining of a scar with flat surface and on the
same
level of the skin aflerthe use of conventional treatment or hydrocolloid. In this analysis, a pattern behavior
was
evidenced in the hydrocolloid group in 2"d degree superficial burns, being associated with
total
number
of changes equals to zero, obtaining of hipocromia and a flat surface in theIINTRODUÇÃO
A
queimadura é a segunda causa de traumaem
crianças, atingindo principalmente pré-escolares vítimas de lesões por líquidos aquecidos I' 2.
Podem
ser causadas por lesões térmicas,químicas, elétricas e radiações.
As
lesões ténnicas produzidas por escaldadura são as mais« - ,z, 3
comuns, especialmente
em
menores
de cinco anos 1_
Em
crianças, a maioria das queimaduras ocorreno
domicílio, principalmente na cozinha,onde predomina
o acidente por líquidos aquecidos 4.Nos
acidentes por chama, o fácil acesso aofósforo, isqueiro e elementos combustíveis, principalmente o álcool, representa
enorme
risco paraas crianças 1” 5.
Sua
incidênciaem
nossomeio
é elevada e o tratamento de dificil condução,envolvendo
ospais, a criança, o pessoal
médico
e a infraestrutura hospitalar.A
queimadura é a lesão dos tecidos orgânicosem
decorrência de trauma de origem ténnica.Em
resposta a este trauma, ocorreuma
lesão tecidual caracterizada por necrose de coagulação.Na
queimadura existem três zonas distintas.A
primeira delas é a zona de coagulação,com
uma
coagulação vascular irreversível e
nenhum fluxo
sangüíneo capilar.A
profundidade destazona
mais gravemente lesada é determinada pela temperatura e a duração da exposição.
Em
tomo
desta tem-seuma
zona
de estase, caracterizada porum
lentofluxo
sangüíneo capilar.A
terceirazona
éa aquela de “hiperemia”,
que
é a resposta inflamatória ao trauma 6' 7” 8.2 zpzzwzznnnn-n" __ zone of ¡ coagulaiâon . . _ zonecf siasis
_
zone of tássue 1 hypermia superfizàâizizzm De@i›2°bvfflFigura lí Destruição tecidual de origem térmica = Coagulação Proteica
Lesão cutânea descrita por Jackson, 1953 - “Zonas de Lesão”
( Jackson,
DM.
The British Journal Surgery)Além
das alterações locais, existeuma
importante resposta metabólica sistêmicacom
repercussõesem
praticamente todos os órgãos e sistemas, sendo a sua gravidade detemiinadaprincipalmente pela extensão da superficie corporal
queimada
e a profundidade da lesão 3.A
correta determinação destas pemiitirá classificar os pacientes
como
pequeno
queimado,médio
queimado
e grande queimado, facilitando a decisão da conduta a sertomada
frente ao pacientequeimado
9.A
tradicional classificação das queimadurasem
1°, 2° e 3° grau está sendomodificada
pelasdesignações: superficial, espessura parcial superficial, espessura parcial profunda e espessura
total (
profimda)
1°.A
profundidade da queimaduratem
impactono tempo
de cura, necessidade3
hipertróficas H. Dessa fom1a, determinar o grau da queimadura significa determinar a
profundidade
do
trauma témiico na pele 12.Considera-se lesão de l° grau aquela
que
atingesomente
a epiderme. Clinicamente tem-sedor local e hiperemia na ausência de flictenas na área lesada 16” 1°' 13.
A
lesão de 2° grau atinge a epiderme e a denne.Podem
ser subdivididasem
superficiais eprofundas.
As
superficiaistêm
como
característica fundamental a presença de flictenas,que
quando
rompidas revelam superficie rósea,úmida
e brilhante e liberam líquido fluido.Nas
lesões profundas, a reepitelização da ferida ocorre de forma precária,não
oferecendo resultado estéticosatisfatório.
Apresentam
aspecto avermelhado,podendo
ter algumas áreas esbranquiçadas,sem
brilho,
mas
o tecido subjacente preserva sua maciez e elasticidadeM”
10' 13.A
queimadura de 3° grau,ou
espessura total,acomete
a totalidade dascamadas
da pelepodendo
atingir outros tecidos. Apresentaum
aspecto esbranquiçadoou
marmóreo,com
reduçãoda elasticidade
do
tecido,que
setoma
rígido.Devido
ao fato de não restar tecido cutâneo capazde se regenerar, é necessárida enxertia para a reparação tecidual 3' 6' 1°" 13.
A
superficie corporalqueimada
é expressa pelo cálculo da área corporal afetada pela injúria.Visto que a criança apresenta superficies corporais parciais diferentes das dos adultos, utiliza-se
como
método
de avaliação da áreaqueimada
o diagrama deLund
Browder, por ser o maisapurado
método que
levaem
consideração as proporçõesdo
corpoem
relação à idade 14.No
primeiro atendimento ao paciente queimado, deve-sedeteminar
quaispodem
sermanuseados
como
pacientes extemos, pennitindo tratamento ambulatorial, e quaisrequerem
admissão hospitalarou
indicação aum
centro especializadoem
queimaduras. Este diagnóstico ébaseado
em
critériosque abrangem
a correta determinação da profundidade e extensão da lesão,do
agente causal, da presença de traumas associados à queimadura, da idadedo
paciente, dasuspeita de inalação,
bem
como
da presença de comorbidades 15.A
portaria 1273do
Ministério daSaúde
classifica os pacientesqueimados
confonneQuadro
4
QUADRO
l-
Classificaçãoda
portaria1273 do
Ministérioda
Saúde
PEQUENO
QUEIMADO
_.
1° e 2° grau até
10%
da superficie corporalqueimada
(SCQ)
MÉDIO
QUE11viAD0
1° e 2° grau entre 10 e
25%
SCQ
3° grau até
10%
SCQ
Queimadura
de mãos, pésou
face.GRANDE
QUEIMADO
1° e 2° grau acima de26%
SCQ
3° grau acima de10%
SCQ
Queimaduras
de períneoQueimaduras
elétricasQueimaduras
de vias aéreasPresença de comorbidades (lesão inalatória, politrauma,
TCE,
choque, insuficiência renal, insuficiência cardíaca, insuficiência hepática,
distúrbio de coagulação, embolia pulmonar, infecção, doenças
consuptivas e síndrome compartimental).
Em
relação aos critérios de internação, o serviço dequeimados do
Hospital Infantil Joana deGusmão
(HUG)
adota os critérios modificados daABA
(AssociaçãoAmericana
de5
QUADRO
2
-
Critériosmodificados
da
ABA
CONDUTA
TRATANLENTO
TRATAMENTO
AMBULATORIAL
HOSPITALAR
Critérios Até
10%
criança maiorMais
de10%
criança maiorde espessura parcial de espessura parcial
Até
5%
em
menores
2Mais
de5%
em
menores
de 2 anos de espessura parcial anos de espessura parcialAté 2
%
de espessuraMais
2%
de espessura totaltotal
ou
intermediáriaem
ou
intermediáriaem
qualquerqualquer idade idade
Queimaduras
elétricas Inalação defumaça
Queimaduras
circunferenciais Presença de comorbidades Indicação socialUm
protocolo para o tratamento imediatodo
trauma, na sala de emergências, provêordem
eeficiência
no
tratamento deuma
lesãoque
freqüentemente é caracterizada pelo pânico, confusõese multiplicidade de abordagens.
Nas
crianças queimadasque
não requerem intemação para a realização do tratamento,ou
seja, aquelas que
podem
ser tratadas ambulatorialmente, o tratamento inicial é direcionado aoconforto
do
paciente; limpeza das feridas; debridamentoquando
necessário; profilaxiado
tétano econtrole antibacteriano 16” 17.
Visto a importância
do
primeiro atendimento ao trauma, deve-se seguirum
acompanhamento
ambulatorialem
queimadurasque não
necessitam de intemação, visando a6
curativo livre de infecçao e aderido à área
queimada
proporcionando alívio anestésico para opaciente e proteção da área queimada. Deve-se dar condições para a completa e a rápida
reepitelização da área queimada, á possibilidade de
um bom
aspecto estético após o tratamentoeà prevenção de seqüelas (cicatrizes e retrações da área afetada). Deve-se,
também,
estar alertapara eventuais problemas psicológicos relacionados à inaptidão
em
longo prazoou
deformidadedevido os danos
do
trauma 18” 19.Atualmente tem-se
uma
variedade de agentes tópicosque
podem
ser utilizadosem
queimaduras durante o tratamento ambulatorial,
bem como
diferentes tipos de curativospodem
serempregados
na área lesada 10.Em
queimaduras de 1° grau superficial,não
há necessidade de agentes degermantes potentes.Pode
ser usados sabão neutroou
líquido e água corrente para a limpeza local.Em
queimaduras de2° grau, é indicada a utilização de agentes degermantes tópicos
como
PVPI
ou
Clorhexedine.A
ferida é lavada abundantemente
com
soro fisiológicoou
água corrente e degermada.São
rompidas as flictenas.
Após
secagem
da lesão, utiliza-se o agente tópico escolhido, os quaispodem
ser: vaselina, óleo mineral e ácidos graxos; colagenase; sulfadiazina de prata; Substitutivostemporários
da
pele (sintéticos:membranas
de poliuretanoou
celulose;ou
naturais: pele porcina,membrana
amniótica), porém, estestêm
custos elevados e dificuldade de obtenção 10' 1610.No
Hospital Infantil Joana deGusmão,
a rotinado
atendimentodo
pacientequeimado
consiste
no
primeiro atendimento realizado na emergênciado
hospital,onde
é feita a avaliaçãoinicial
do
paciente queimado.Quando
o paciente for receber tratamento ambulatorial,ou
seja,não necessitar de internação para o tratamento, este
tem
seu ferimentodegermado
com
Clorhexedine e água destilada.
Após secagem
da área queimada, utiliza-se gaze vaselinadacomo
curativo tópico.
Após
o tratamento da queimadura, o paciente é orientado ao uso de dipirona gotas,em
casode dor, e
tem
seu seguimento realizado duas vezes porsemana no
ambulatório de queimadurasdo
HJJG.
No
ambulatório, o pacientetem
seu curativo inspecionado.Quando
na existência deflictenas, estas são rompidas dois dias após a ocorrência da queimadura.
A
ferida édegermada
com
Clorhexedine e lavadacom
água destilada.A
utilização do agente tópico consisteem
7
soro fisiológico
em
regiões de dobras; hidrocolóideem
áreas planas.Quando
na ausência dehidrocolóide, utiliza-se
murim
com
soro fisiológicoou
gaze vaselinada.O
pacientetem
seu seguimento duas vezes porsemana
atéque
ocorra a reepitelização daárea queimada.
Após
esta, o paciente recebeum
retorno ao ambulatório apósum
mês
daocorrência da reepitelização,
onde
será avaliado o aspecto estético e funcional da áreareepitelizada.
Portanto fica evidente a importância da presente pesquisa,
que
visa analisar as diferentesformas de tratamento ambulatorial das crianças vítimas de queimaduras atendidas
no
Hospital2
OBJETIVO
Analisar o resultado
do
tratamento ambulatorialem
crianças queimadas, atendidasno
3
MÉTODO
3.1
Casuística
Foi realizado
um
estudo longitudinal, prospectivo, sendo o tipo adotado, o descritivoexploratório.
Os
sujeitos da pesquisa foram os pacientes atendidoscom
queimadurano
Hospital InfantilJoana de
Gusmão,
com
retomo ambulatorialno
períodode
O1 demaio de
2001 até 31 denovembro
de 2002, totalizando 19meses
de estudo.Entraram na pesquisa os pacientes
com
diagnóstico de queimadura atendidosno
HospitalInfantil Joana de
Gusmão
e que não necessitaram de internação de acordocom
os critériosadotados pela unidade de
queimados do
I-IIJG.Foram
analisadosum
total de249
registros, dos quais foram selecionados 43,que
retomaram
ao ambulatório após 1mês
da reepitelização da área queimada, possibilitando, assim,sua análise.
Destes 43 pacientes, totalizou-se
uma
amostra de60
curativos, devido alguns pacientes10
3.2
Procedimentos
A
pesquisa foi delineada utilizando ficha de coleta de dados (apêndice).Todos
os dados foram arquivadosnum
banco de dados informatizado utilizando-se o programa MicrosoftACCESS.
Os
dados foram analisadosno
momento
do
primeiro atendimento e durante o tratamento dafase aguda. Posteriormente, os pacientes retornaram após
um
mês
da ocorrência de reepitelizaçãoda área
queimada
parauma
nova
avaliação da queimadura reepitelizada.O
perfil destas crianças foi analisado de acordocom
o localdo
primeiro atendimento, tipo desubstância sobre a queimadura, intervalo livre, presença de bolha, tipo de curativo, superficie
corporal
queimada
(SCQ), profundidade da queimadura, tratamento da lesão (tipode
curativo,tempo
de permanência até a reepitelização,número
de trocas), retração, superficie, coloração eformação de tecido cicatricial.
Após
a coleta dos dadosno
protocolo pré-estabelecido (Apêndice), estes foram processadosutilizando-se o programa Microsoft
EXCEL,
sendo feita a análise através da freqüência etabulação cruzada das variáveis de interesse.
Foi considerado intervalo livre o período
compreendido
entre a queimadura e o atendimentono
HJJG.A
SCQ
foi analisada utilizando-se avaliação proposta porLund
e Browder.(Anexo
1)A
classificação da queimaduraem
espessurade
pele parcial superficialou
parcial profiinda correspondeu à caracterização da lesão de maior profundidade presente na criançano
momento
l 1
QUADRO
3
-
Classificação das
queimaduras segundo
aprofundidade das
lesõesI
PROFUNDIDADE
SINAIS
SINTOMAS
I
Primeiro grau Eritema
Dor
|
Segundo
grau Eritema+
bolha Dor,choque
- superficial Rósea,
úmida
ebrilhante
- profunda
Avermelhado ou
esbranquíçado,
sem
brilho,preserva macieze
elasticidade subjacente
Terceiro grau Branca nacarada
Choque
Carbonização
Choque
graveFonte: Modificado de Gomes DR, 2001
A
avaliação da coloração da áreaqueimada
reepitelizada e da pele normal foi realizadamediante o uso de
um
catálogo de cor, utilizado para escolha de coresem
lojas especializadas detintas
em
geral, da marca suvinil. Esta avaliação foi realizada na superficie mais hipercrômica daárea
queimada
reepitelizada.Utilizou-se a Análise de Correspondência Múltipla
(ACM)
para investigar a existência deassociação entre as variáveis categóricasí tipo de curativo, grau da queimadura,
número de
trocas,coloração da área reepitelizada e superficie da área reepitelizada.
A
ACM
éuma
técnicamultivariada, descritiva e exploratória
que
possibilita analisar simultaneamenteum
conjunto devariáveis categóricas.
É
análoga ao testedo
X2, usualmenteempregado
para analisar a associação12
tabela de freqüências, conhecida
com
tabela de Burt euma
representação gráfica simplificada dosdados. Esta representação gráfica
pode
ser mostradaem
doisou
três eixos ou dimensões.Em
duas dimensões pode-se observar o padrãode
associaçãoem
plano relacional, eem
trêsem
um
espaço relacional.
Da
análise destes resultados é possível identificar padrões de associaçãoexistentes entres as variáveis analisadas.
A
intensidadedo
padrão de associação está relacionadaao percentual de inércia alcançado neste procedimento e que
depende
das características dosdados
em
análise. Geralmente, são considerados para a exploraçãodo
padrão de associaçãoum
grau de inércia de pelomenos
60%.
O
percentual de inércia expressa o grau da variabilidade totaldos dados explicado pelo padrão de associação identificado e representado graficamente.
À
medida
que se incluiuma
nova dimensão
naACM
aumenta-se numericamente o percentual deinércia.
A
primeiradimensão
é a de maior inércia 57.Este trabalho teve aprovação
do Comitê
de Éticaem
Pesquisacom
SeresHumanos
da Universidade Federal de Santa Catarina,em
julho de 2002.4
RESULTADOS
Os
dados referentes ao localdo
primeiro atendimento, tipode
substância sobre aqueimadura, intervalo livre, presença de bolha, tipo de curativo
no
primeiro atendimento esuperficie corporal
queimada
(SCQ), foram avaliadosem
43 pacientes.Enquanto
os dadosreferentes à profundidade da queimadura, tratamento da lesão (tipo
de
curativo,número de
trocas,tempo
de permanência até a reepitelização), retração, coloração, superficie e formação de tecidocicatricial, foram analisados
em
60
curativos.Destes
60
curativos, os grupos hidrocolóide,murim
com
soro fisiológico, gaze vaselinadaecolagenase, consistiram
um
total de 28, 18, 10 e 4 curativos, respectivamente.Na
ocorrência da não existência dealgum
dos dados de pacientesou
de curativos,no banco
de dados infonnatizado, estes não foram avaliados, estando nas tabelas
como
“dados ignorados”Em
relação ao localdo
primeiro atendimento,60%
dos pacientes foram atendidosno
HIJG,35%
em
outro local eem
5%
não
foram avaliados. (Tabela 1) (Figura 2)TABELA
l-
Distribuiçãode
43
crianças atendidasno
ambulatório
do HIJ
G
segundo
localdo
primeiro atendimento
Primeiro atendimento
N”
%
_
_
_
_
_
_
l~
HU
G
26
60%
Outro local 1535%
Ignorado 25%
Total_
43
100%-
14 . Il-IIJ(1 __* 1515; i Ilgnorado
Figura 2 Distribuiçao de 43 crianças atendidas no ambulatório do HIJG segundo local do primeiro
atendimento
Em
relação ao tipo de substância sobre a queimadura,26%
das criançasnão
receberamnenhuma
substância,19%
receberam água fria,9%,
receberampomada,
2%
receberamantisséptico,
7%
receberam outras substâncias, eem
37%
não
foram avaliadas. (Tabela 2)TABELA
2 --
Distribuiçãode
43
crianças atendidasno
ambulatório
do HIJ
G
segundo
tipo
de
substânciasobre a
queimadura
l5
Tipo
de substância sobre ferimentoI
%
Nenhuma
Pomada
Água
fria Antisséptico Outros Ignorado26%
9%
l9%
2%
7%
37%
TotalFonte: Ambulatório de queimados do HIJG
16 5í= 15: ` nenhuma
I
pomadaI
água fria __ __ _ _ _ antisséptico ' ' 'I
outros 19%Figura 3
-
Distribuição de 43 crianças atendidas no ambulatório do HIJG segundo tipo de substânciasobre 0 ferimento
Em
relação ao intervalo livre,82%
dos pacientes obtiveram intervalo livre inferior a 8 horas,enquanto
16%
foram superior a 8 horas. Neste resultado,2%
não
foram avaliados. (Tabela 3)(Figura 4)
TABELA
3
-
Distribuiçãode
43
crianças atendidasno
ambulatório
do HIJ
G
segundo
intervalo livreIntervalo livre
N°
%
Até 8 horas 35
82%
Mais
de 8 horas 716%
Ignorado l
2%
Total
43
100%
17
I
Até 8 horasI
Mais de 8 horas ''Í -7
~ 'l
6%
I
IgnoradoF igura 4
_
Distribuição de 43 crianças atendidas no ambulatório do HIJG segundo intervalo livreQuando
avaliado a presença de bolhano
primeiro atendimento,em
55%
dos pacientes observou-se bolha íntegra, sendoque
em
26%
verificou-se a presença de bolha rota. Nestacasuística,
19%
dos pacientes não foram avaliados. (Tabela 4) (Figura 5)TABELA
4
--
Distribuiçãode
43
crianças atendidasno
ambulatório
do
HIJG
segundo presença
de bolha
no
primeiro
atendimento
Presença de
bolhano
1° _ Iatendimento
N”
%
Bolha
íntegra24
55%
Bolha
rota ll26%
Ignorado 819%
Total43
100%
18
I
Bolha íntegra 5'I
Bolha rolaIlgnorad -- --
19% °
Figura 5
-
Distribuição de 43 crianças atendidas no ambulatório do HIJG segundo presença de bolha no primeiroatendimento
Em
relação ao tipo de curativo utilizadono
primeiro atendimento, verificou-seque
em 88%
dos pacientes foi utilizado gaze vaselinada,5%
gaze seca e2%
sulfadiazinade
prata, sendoque
em
5%
dos pacientes este aspecto não foi avaliado. (Tabela 5) (Figura 6)TABELA
5
--
Distribuiçãode
43
crianças atendidasno
ambulatório
do HIJ
G
segundo
tipode
curativo utilizadono
primeiro atendimento
Tipo de
curativono
primeiro atendimentoN”
%
Gaze
seca 25%
Gaze
vaselinada 3888%
Sulfadiazina de prata 1
2%
Ignorado 2
5%
Total
43
l00°Á›19 - I' IGazeseca
äm
_ _I
Gaze vaselinada U'I
Sulfadiazina dc prata5%
'I
Ignorado =¡§¡;¡;¿;¿;:;,_¿_§;§;¿__Figura 6 - Distribuição de 43 crianças atendidas no ambulatório do HIJG segundo tipo de curativo utilizado no
primeiro atendimento
Nesta casuística, obteve-se
uma
média
da superficie corporalqueimada (SCQ)
de4,2%.
Quando
analisado a profundidade da queimadura, verificou-seque
74,4%
foram de 2° grausuperficial e
25,6%
foram de 2° grau profundo.Em
relação aotempo
de reepitelização, verificou-seque
amédia do
grupo hidrocolóide foide 9,3 dias;
dp
3,4, para 2° grau superficial e 14,9 dias;dp
4,3 para 2° grau profundo.No
grupomurim
com
soro fisiológico, observou-seuma
média de
12,1 dias;dp
4,1 , para 2° grau superficiale 16,4 dias;
dp
2,2, para 2° grau profundo.No
grupo gaze vaselinada, obteve-seuma
média
degrupo colagenase, a
média
obtida foi de 13,0 dias;dp
7,0, para 2° grau superficial e 27,0 dias;dp
20
0,0, para 2° grau profundo. (Tabela 6) (Tabela 7) (Figura 7)
TABELA
6
--
Distribuiçãode
60
curativos realizadosno
ambulatório
do
HIJ
G
segundo
tempo
de
reepitelizaçãoda
área
queimada.
Grupo
Grupo murim
Grupo
gazeGrupo
hidrocolóide
com
soro vaselinada colagenasefisilógico
2°grau 2°grau 2°grau 2°grau 2°grau 2°grau 2°grau 2°grau
superf. prof. superf. prof. superf. prof. superf. prof.
Tempo
(dias) 0 1 OO\lO\U1-l>bJl\.) 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 1920
21 22 2324
2526
27 TotalNO
NO
NO
NO
NO
NO
NO
NO
1 1 L¿,)›-¡L¿.)›-\›_i|\)›_›|\) 1 1 1 1 1 1 1 2 3 4 2 2 3 1 2 1 1 1 1 1 4 1 2 1 2 1 1 121
TABELA
7
- Distribuiçãode
60
curativos realizadosno
ambulatório
do
I-IIJGsegundo
tempo
de
reepitelizaçãoda
área
queimada.
Grupo
Grupo murim
Grupo
gazeGrupo
hidrocolóide
com
soro vaselinada colagenasefisilógico
2°grau
superf.
2° grau 2° grau
prof. superf.
2°grau 2°grau 2°grau 2°grau 2°grau
prof. superf. prof. superf. prof.
Tempo
% %
%
(días)%
%
%
%
%
0 1 OO\lO\UI-I>bJl\) 1,6%
3,3%
1,6%
3,3%
1,6%
91,6%
105,0%
111,6%
125,0%
136,6%
145,0%
15 16 171,6%
is 191,6%
20
1,6%
1,6%
213,3%
1,6%
1,6%
22 2324
2526
271,6%
1,6%
5,0%
3,3%
1,6%
1,6%
1,6%
1,6%
1,6%
3,3%
3,3%
3,3%
1,6%
1,6%
6,6%
1,6%
3,3%
1,6%
1,6%
1,6%
Total30,0% 15,5% 17,5% lí,0% 15,0%
_l,5%
5¿¶Á›i,5%
22
30 n 25 › o das /¬ 1 1 `_z v zaçâ roO ' 1:
I _ U__ I 15› ' Tempo de Reepte 10- ~ -<›- 2 °GRAU:
Superficial 5 ' ' ` ' P f dG_v
HMSF
c
f° U” ° Tipo de CurativoFigura 7 - Dístnbuição de 60 curativos realizados no ambulatório do HIJG segundo tempo de reepitelização da área
queimada. Abreviaturas:
GV
- Gaze vaselinadaII - Hidrocolóide
MSF
- Minim com soro fisiológico23
Na
avaliaçãodo
número
de trocas do curativo até a reepitelização da área queimada,observou-se que o grupo hidrocolóide obteve
uma
média
de 0,6 trocas;dp
0,8, para queimadurasde 2° grau superficial e 1,3 trocas;
dp
1,2, para as de 2° grau profundo.No
grupomurim
com
sorofisiológico, a
média
observada foi de 1,1 trocas;dp
1,0, para as de 2° grau superficial e 1,9 trocas;dp
0,6, para as de 2° grau profundo.No
grupo gaze vaselinada, relatou-seuma
média
de 2,0trocas;
dp
1,0, para 2° grau superficial e 2,0 trocas;dp
0,0, para 2° grau profundo, enquanto ogrupo colagenase obteve
uma
média
de 2,0 trocas;dp
1,0, para 2° grau superficial e 3,0 trocas;dp0,0, para 2° grau profundo. (Tabela 8) (Figura 8)
No
grupomurim
com
soro fisiológico, na queimadura de 2° grau superficial, 1 curativonão
teve seu aspecto avaliado por
não
conter onúmero
de trocasno
registro.24
TABELA
8
- Distribuiçãode
60
curativos realizadosno
ambulatório
do
HIJG
segundo
número
totalde
trocasde
curativona
áreaqueimada.
Grupo
Grupo
murim
Grupo
gazehidrocolóide
com
soro fisilógico vaselinada2° grau 2°grau 2°grau 2° grau
superf. prof. superf. prof.
2° grau 2°grau superf. prof.
Grupo
colagenase 2°grau 2° grau superf. prof.N°
N°
N°
N°
curat. curat curat
trocas
____%__%
_%
NO
curat%
NO
curat%
NO
curat%
curat curat%
%
O 11 3 218,5%
5%
3,5%
1 4 4 57%
7%
9%
2 3 15%
1,5%
3 4 1 11,5%
1,5%
5 6 23,5%
23,5%
59%
11,5%
47%
23,5%
11,5%
23,5%
11,5%
11,5%
11,5%
1 11,5%
1,5%
Total is 10 ' 930,5%
17%
15,5%
8 9 l14%
15,5%
1,5%
3 '14,5%
1,5%
25
3,5 t 3,0D
2,5 35 2,0 - , .f ; ` _.›*=' Número de Troc 1,5 _` __ z ' _ `U'. 1,02 °'5Í . -<›-GRAU
_ G_1:1 - , _ , ,GRAU
°'°G
2 2G_V
HMSF
C
_
~ Tipo de CurativoFigura 8 - Distribuição de 6() curativos realizados no ambulatório do HIJG segundo número total de trocas de
curativo na área queimada
GV
- Gaze vaselinadaH
- HidrocolóideMSF
- Murim com soro fisiológicoC - Colagenasc
Quando
avaliado a presença de retração na área reepitelizada, observou-seque
tanto o grupo hidrocolóide,como
os demais grupos, obtiveram ausência de retração na área reepitelizada26
TABELA
9
- Distribuiçãode
60
curativos realizadosno
ambulatório
do
HIJG
segundo presença
de
retraçãona
área reepitelizada.Grupo
Grupo
hidrocolóide
murim com
sorofisilógico
2°grau 2°grau 2°grau 2°grau
superf. prof. superf. prof.
Grupo
gazeGrupo
vaselinada colagenase
2° grau 2° grau 2° grau
superf. prof. superf.
2° grau
prof.
N°
N°
N°
Curat Curat
C
uratRetração
N°
C
urat%.
%
%
%
NO
C
urat%
NO
NO
CuratC
urat%|_%
NO
C
urat%
Presente O 0 0 0 Ausente 18 10 10 830%
17%
17%
13%
Total 18 10 10 830%
17%
17%
13%
0 915%
915%
0 O 1 31,5%
5%
1 _ 31,5%
5%
0 11,5%
11,5%
1' d verificou-se as seguintes característ Avaliando-se a superficie da área reepite iza a,
cada grupo de curativo,
como
mostra a tabela 10.TABELA
10
- Distribuiçãode
60
curativos resegundo
a
superficieda
área reepitelizada.alizados
no
ambulatório
do
27
icasem
HIJG
_
IGrupo
Grupo
hidrocolóide
murim com
sorofisilógico
2°grau 2°grau 2°grau 2°grau 2°grau 2°grau 2°grau
superf. prof. superf. prof. superf. prof. superf.
Grupo
gazeGrupo
vaselinada colagenase 2° grau prof.
NO
iNO
NO
NO
NO
SuperfícieN°
N°
N°
%
%
%
%
%
%
%
1%
O'-17
ó-3
8 8 3 Lisa5%
29%
10%
13%
13%
13%
1,5%
Rugosa
1 4 21,5%
7%
4%
15%
0 1 0 0 11,5%
1 Total 18 1 0 10 s9'1
35%
1,5%
17%
13%
14,5%
1,5%
G
_
_
30,5%
1 7%
28
Em
relação à coloração da área reepitelizada, os grupos foram avaliados comparando-se apele adjacente nom1al à área reepitelizada. (Tabela 1 1 e Figura 9).
TABELA
ll - Distribuiçãode
60
curativos realizadosno
ambulatório
do
HIJG
segundo
acoloração
da
área reepitelizada.Grupo
Grupo
Grupo
gazeGrupo
hidrocolóide
murim
com
vaselinada colagenase2° grau
superf prof.
soro fisilógico
2°grau 2°grau 2°grau 2° rau 2° g g rau 2° rau 8 2° rau 8
superf. prof. superf. prof. superf. prof.
Coloração
N°
N°
%
%
NO
NO
NO
NO
NO
NO
%
%
%
%
%
%
Hipocromia_
71-
11,5% 1,5%
Normocromia
5 18,5%
1,5%
HipercromiaLeve
4 47%
7%
Mod
1 O1,5%
Grav
1 41,5%
7%
2-11'-1
3,5%
1,5%
1,5%
2 1 33,5%
1,5%
5%
3 45%
7%
1 11,5%
1,5%
2 13,5%
1,5%
23,5%
23,5%
11,5%
1,5%
11,5%
23,5%
11,5%
Total 18 1030%
17%
10 817% 13%
915%
1 3_
11,5%
5%
1,5%
29
; .._.ÉIÊEÉ:::ÍšÍEÍ5Í8¿QOÊIÊÉ 4 ‹ ag'3¿ÍTÉTE'EÉÍÍEÊEÊEÊEÊEÊÉÊEÊEÊEÊEÊ i;ã;;záfz;;;¿;š;ãzzz2,QQ; zzzzz ‹~ z Â=E=EIE'E E=I'E=I'-ii; " - €^ "" '- . lá .;=*`f'°ê.¿5_= fÍÍ5i555Ê:*-+I5ÊšÊ5Í:Ê:Ê5EÍ*:':Í:Ê:ÊÊ*-'-Âz.z.zÊ:Í' Ê `“`.z'ÊÊÊ*ÍÍ- -.Ê 'fffzb ão.-5 .ã .._._{¢ _.6
. . d.._..5 . I-J, ~‹ ~~»› -.-;-:-:-:-:-:-:-:-:- ,_ . ;:;:;:;:;:_ 'í' 7 . . . . :¡:¡:¡:3:¡:¡:¡:1: . .-.. :¡:¡:¡:¡:¡. 1: IM ....55E5E55ÊE55Ê :k :§:§:§:§:§:§:E:§:§:§ :§:§: ` 13' :'14 'T2 I a~ mew 5Ê555Ê5Ê=E=E=E== :_ l"›^i‹>\5Í^»i'Í*-#3 A . . . . .I
HipocomiaE
NormocromiaI
Hipercromia LeveI
Hipercromia ModeradaI
Hipercromia Grave -I ~. Iiii' . .- .;._5 . -:¡'-I-' › ¡:¡:¡:¡: . ..:¡I _ :~ ›i :31l:-:¡'› ._ .¡ - `- - ""f;<-'=""í'*-O;I:I'f ;'1Í:`:1..i5Izí§›`"zšzšiš5E5íâí5í5E5E:5:í;íiQ:š:í:š3E:E:l:E5E5E55:5:55i_í-`-`fšzizi555?í`í?:E:E555š_.'*® 55 *f “iii ` 5'*z-= ííšz " '* =iiz¡i5'i5 .z %3€."z=*=i¿'1-ëãzâë ja 'aaW
E
,_._., .G _: :ef .g _. .» U .. .5:5::::::=:=:=:=:::::§3:=:=:=::::'-¬ 1: Q* >= -'° :E '= =qf=5= vi- f- 5. _ 1:-.5==z=Q.'f==Figura 9 - Distribuição de 60 curativos realizados no ambulatório do HIJ
G
segundo a coloração da áreaNa
avaliação da formação de tecido cicatricial da área reepitelizada, os resultados estãosumarizados na tabela 12.
TABELA
12
- Distribuiçãode 60
curativos realizadosno
ambulatório
do
HIJ
G
segmdo
a
formação de
tecido cicatricialda
área
reepitelizada.Grupo
Grupo
Grupo
gazeGrupo
hidrocolóide
murim com
soro vaselinada colagenasefisilógico
2°grau 2°grau 2°grau 2°grau 2°grau 2°grau 2°grau 2°grau
superf. prof. superf. prof. superf. prof. superf. prof.
Tecido
N°
N°
N°
N°
N°
N°
N°
N
cicatricial%
%
%
%
%
%
%
O%
Mesmo
nível 15 10 10 8 9 1 da pele normal25%
17%
17%
13%
15%
1,5%
Abaixo do
nível da pele nonnalAcima
do
nível 1 da pele normal1,5%
C
icatrizaçao 2 hipeitrófica3,5%
23,5%
l1,5%
%
Total is 10' 10' s 9 '130%
17%
17%
13%
15%
1,5%
35%
l,5'V‹›31
Para investigar a existência de associação entre as variáveis categóricas: tipo de curativo,
grau da queimadura,
número
de trocas, coloração da área reepitelizada e superfície da áreareepitelizada, utilizou-se a Análise de Correspondência Múltipla.
A
figura 10 mostra a representação gráfica daACM
em
um
planocom
duas dimensões, e afigura 1 1
em
três dimensões. Este padrão de associação é corroborado pela representação gráficaincluindo a informação de
uma
terceira dimensão.Dessa
fomla, este achado é suportado porum
total de inércia de 57,69%,
ou
seja, 24,96%,17,23%
e15,50%
referentes à primeira, segunda e1,5_- . NTR:0 1 0 _ COLOR:0 + ' + 9,5 l TPc:JRz1 - - co|_oRz2 '_ .
GRAW
NTRz1 * cRAuz2 0,0 › + suPzo + + Í + TPcuRz3 V 0 . NTRz3 - TPcuRzo TPCURÁ + -0,5 . . o z-`7
23% de nerca ×.× são21
. NTR:2 . + _1|g . meflD
COLOR11 -1,5 - " SUPí1 + Dimensão 1 (24,96% de inércia) -1,5 -1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0Figura 10 - Representação gráfica da
ACM
(bidimensional)TPCur: 0 - gaze vasclinada,
TPCur: l -hidrocolóide,
TPCur: 3 - murim com soro fisiológico,
TPCur: 4 - colagenase;
GRAU:
l- 2° grau supcrficial,GRAU:
2 - 2° grau prolímdo;NTR: O - n° trocas = O,
NTR: l -n° trocas = l,
NTR: 2 -n° trocas = 2,
NTR: 3 - n° trocas >= 3;
SUP: O - superficic lisa,
SUP: l - superficie rugosa;
COLOR:
O - hipocromia,COI.OR:l - nonnocromia,
\§¿N.¿“\ X5 ‹› mg e¿\,\ EQ, \\Q›_\¶ä\>ë\\.\\G 'O <›,¿>¿9 42» z ` . Ff z tf ff:
Q»
:gb :×* qrQ
.‹1,°°` Í 0%0
o
›ôfo
'ó*300
"T0f
9,qa
, ›s“é
tz \ f tg tê- 'âjÕ`
coLoRz1 NTRz1 É + 1'§=cu§zÊRÍU:1 TPCURÃÉ , C-§;OR:0 1+ ÊG§=šÁ'Ç›=ëÉ Í ÊÍÍ' I 6° “ow _Êšñ
->~ 1'Figura ll - Representação gráfica da
ACM
(tfidimensional).TPCur: O - gaze vasclinada,
TPCur: 1 - hidrocolóidc,
TPCUI: 3 - murim com soro fisiológico,
TPCur: 4 - colagenase;
GRAU:
1- 2° grau supcrficial,GRAU:
2 - 2° grau profundo;NTR: O - n° trocas = (),
NTR: l -n° trocas = I,
NTR: 2 - n° trocas = 2,
NTR: 3 - n° trocas >= 3;
SUP: O - superficie lisa,
SUP: I - superfície rugosa;
COLOR:
O - hipocromia,COLOR:1 - normocromia,
5
DISCUSSÃO
Não
existeuma
unanimidadeem
relação ao tratamento de queimaduras de espessura parcial.Existem diversos tipos de condutas e curativos, e as
recomendações
para a realização das trocasdos
mesmos
variam desde duas vezes ao dia atéuma
vez por semana.A
análisedo
perfil da área queimada,bem como
do
tratamento ambulatorial dispensado àsmesmas,
é essencial paracomplementar
protocolosque
auxiliem omédico no
atendimento acrianças queimadas.
Inicialmente foram analisados os dados referentes ao total da casuística das crianças
queimadas. (43 crianças)
Em
relação ao primeiro atendimento à criança queimada, observou-seuma
maior incidênciade crianças tratadas na emergência
do
HIJG
(60%),que
em
outros locais (35%),como
posto desaúde, etc., sendo
que
5%
destes dados não foram analisados por estarem ausentesno banco
dedados informatizado. Esta maior incidência, ao HIJG, ocorre por este ser
um
centro de referênciaao tratamento de crianças queimadas. (Tabela l e
F
igura2)Vinte e Seis por cento das crianças não receberam
nenhuma
substância sobre o seuferimento, seguido de
19%
de crianças que receberamágua
fria,em
relação a outras substâncias,o
que
demonstrauma
maiorcompreensão
por parte dacomunidade
em
recorrer aum
atendimentoespecializado
com
omínimo
manuseio
possível da área queimada. Este fatotambém
estárelacionado à tentativa de obter alívio à sensação dolorosa
do
trauma mediante a lavagem da áreaqueimada. (Tabela 2 e Figura 3)
A
literatura descreve numerosas variedades de substâncias não-medicamentosa utilizadasem
queimaduras (manteiga, ovos, pasta de dentes, café, etc...), evidenciando que estas,
com
raras35
z - z › 21-26 , .
estritamente perigosas
quando
aplicadas sobre a queimadura _Na
nossa casuistica, essassubstâncias foram identificadas
em
apenas7%
dos casos,embora
em
37%
dos casos este aspectonao foi analisado. (Tabela 2 e Figura 3).
A
aplicação de água fria sobre a queimadura,além de promover
analgesia, neutraliza oagente causal, diminuindo o
tempo
de exposição da pele ao agente ténnico 27. Este fatotem
impacto na profiindidade da lesão, visto
que
amesma
é resultante dacombinação do
agentecausal, temperatura e
tempo
de exposição 28.Quando
analisado o intervalo livre, isto é, otempo
decorrido entre a ocorrência da lesão eoatendimento
no
HIJG, nota-seque
a maioria das crianças(82%) chegou
ao hospital dentro de 8horas,
novamente
sugerindo a importânciado
HJJG
como
centrode
tratamento de queimadurasna
Grande
Florianópolis e a orientação dos médicos dos hospitais da região sobre a importânciade se iniciar o tratamento nas primeiras 8 horas após a lesão. (Tabela 3 e Figura 4)
Estes dados estão de acordo
com
a literatura pesquisada,onde
Ou
et al.,1997
29, relatouuma
média
de 7,7 h para o intervalo livre, e Pereima et al, 2001 3°, demonstrouque
59,3%
dospacientes obtiveram
um
intervalo livre inferior a 8 horas.Na
nossa casuística,2%
dos dadosnão
foram avaliados pornão
estaremno
banco de dados. (Tabela 3 e Figura 4)O
presente estudo evidenciouuma
maior incidência de bolha íntegra na áreaqueimada
(55%),
quando
os pacientesderam
entradano
HIJG, sendo que19%
dos dados nãopuderam
seravaliados. (Tabela 4 e Figura 5)
Este fato
pode
sernovamente
explicado pela rápida chegada ao HIJG,com
intervalo livreinferior à 8h, na maioria dos pacientes,
bem como
pelomínimo
manuseio
da áreaqueimada
porparte dos pacientes, demonstrado nesta pesquisa.
Segundo
McManus
et al,1974
17, as bolhasservem
como
cobertura temporária à ferida,atuando desta forma
como
uma
barreira à infecções. Esta cobertura sobre a áreaqueimada
éde
extrema importância até o atendimento médico, o qual poderá realizaruma
correta antissepsia edebridamento
do
flictena, reduzindo o risco deuma
possível infecção local.Quanto
ao tipo de curativoempregado no
primeiro atendimento, o presente estudo evidenciou o uso de tratamento convencional, sendoque
o curativocom
gaze vaselinada foi o demaior prevalência (88%), estando de acordo
com
oHermans
et al, 1998 31, o qual demonstrauma
36
pode
ser atribuído à maior disponibilidade dessas substânciasem
nosso meio, sendo de fácilacesso à rede de saúde pública.
Um
estudo realizado porWoodruff
et al,1984
32,demonstrou
que
membranas
oclusivastêm
uma
menor
aderência à lesãoquando
acontagem
de colônias é maiorque
100.000 organismos/grama
de tecido,devendo
ser aplicadas24-48h
após o trauma,quando
se diminuiu o exsudato. Portanto, a maior utilização de gaze vaselinada
no
primeiro atendimento,observado neste estudo, revela
uma
conretaabordagem
ao paciente queimado. Nesta casuística,5%
dos dadosnão
foram avaliados por não estaremno
banco de dados. (Tabela 5 e Figura 6)Nosso
estudo obteveuma
média
de superficie corporalqueimada
de 4,2%,no
entantoquando
analisado a profundidade da queimadura, verificou-seque
74,4%
foram de 2° grausuperficial e
25,6%
foram de 2° grau profundo, estando de acordocom
o protocolode
tratamento ambulatorial adotado pelo I-HJG. (Quadro 2)Uma
vez analisado os dados referentes aos pacientes, foram, então, estudadas as variáveisreferentes aos diversos tipos de curativos utilizados.
Para isto, os pacientes
retomaram
após30
dias da ocorrência de reepitelização, resultandonuma
análise de60
curativos. Destes, os curativos referentes à gaze vaselinada,em
queimadurasde 2° grau profunda, e 0 grupo curativo
com
colagenase, foramem
número
insuficiente paracomparação
estatísticacom
os demais grupos, sendo somente discutidos o grupo hidrocolóide, o grupomurim
com
soro fisiológico, e as queimaduras de 2° grau superficialno
gnipo gaze vaselinada.Ao
analisar otempo
de reepitelização, estudo desenvolvido na Inglaterra porThomas
et al,1995 33, revelou
um
tempo médio
de cicatrização para curativocom
gaze de 11.1 dias, enquanto 0grupo hidrocolóide obteve 10.6 dias.
Em
Wyatt et al,1990
34, o grupo hidrocolóide apresentouum
tempo médio
de 10.2 dias.De
acordocom
Vloemans
et al,2000
35,50%
dos pacientestratados
com
curativo hidrocolóide obtiveramuma
média
de cicatrização de 9.2 dias, sendoque
orestante necessitou de tratamentos adicionais.
Segundo
Ou
et al,1997
29, utilizando outro tipo decurativo oclusivo sintético, demonstrou
um
tempo médio
de cicatrização de 1 1.1 dias.A
literaturatambém
demonstraque
o uso de curativo oclusivo sintético potencializa a cicatrização da áreaqueimada quando comparados
com
o uso de tratamento convencional 3646.De
acordocom
Boyce
37
Os
resultados obtidoscom
curativo hidrocolóideem
queimaduras de 2° grau superficiaisdemonstraram
um
tempo médio
de reepitelização inferior à literatura, sendoque
em
queimadurasde 2° grau profundas, obteve-se resultado superior à literatura,
podendo
ser explicado pelo fato deque
nos estudos anteriores nãohouve
a subdivisão da queimadura de 2° grauem
superficial eprofunda,
como
se observa nesta pesquisa.Ainda
neste estudo, verificou-seque
o grupocom
curativo hidrocolóide obteveum
tempo
médio
de reepitelização inferiorem
relação aos demais gruposcom
curativos convencionais,tanto
em
queimaduras superficiais (9,3 dias;dp
3,4), quantoem
queimadurasprofimdas
(14,9dias;
dp
4,3). (Tabela 6 e 7) (Figura 7)Os
dados obtidos, neste estudo,podem
ser explicados pelo fato de curativoscom
gazeaderirem ao leito da área
queimada
eno
momento
de suaremoção
trazerem junto as suas fibras ecamada
de queratinócitosrecém
fomiada, retardando dessa forma a reepitelização 48.Conquanto
curativos
com
hidrocolóidepossuem
boa capacidade de absorção e transportedo
fluido,sem
espalhar a secreção lateralmente através
do
curativo, estes permitemuma
adequada drenagem do
exsudato, permitindo boa adesão e evitando espaço morto 35.
Segundo
Gilchrist etal,
1990
49,hidrocolóides
atuam
como uma
barreira prevenindo a entrada de microorganismosna
ferida,apesar de exacerbarem a granulação. Estes
aderem
ao tecido sadioem
torno da área queimada,evitando dor e trauma
quando
manipulada 50` Sl.Quando
analisado onúmero
total de trocas necessárias para a completa reepitelização da queimadura, o estudo realizado porWyatt
et al,1990
34, demonstrouque
o grupo curativohidrocolóide necessitou de
uma
média
de 3,5 trocas de curativo até atingir a reepitelização,enquanto o grupo curativo
com
sulfadiazina de prata necessitou deuma
média
de 22,2 trocas.Em
Thomas
et al, 1995 33, obteve-seuma
média
de trocas de curativo para o grupo hidrocolóide de2,3 trocas, sendo
que
o grupocom
gaze necessitou de 4,1 trocas. Entretantoquando
associaramhidrocolóide
com
antibiótico tópico,houve
necessidade deuma
média
de 3,9 trocas de curativoaté a reepitelização da área queimada.
Em
Vloemans
et al,2000
35, pesquisa realizada comcurativo hidrocolóide,demonstrou
que
79,7%
dos pacientes não necessitaram de trocas, sendoque
o restante (20,3%) obteveuma
média
38
necessidade de trocas
em
curativos oclusivosquando comparados
com
curativos convencionais39,45. sz. ss
No
presente estudo observou-seque
amédia do número
de trocasem
todos os grupos foiainda inferior ao relatado pela literatura,
com
exceção deVloemans
et al,2000
35,que
obtevemédia
de trocascom
curativo hidrocolóide inferior a este estudo.Demonstrou-se, nesta casuística,
que
o grupo hidrocolóide obteveuma
média
inferior detrocas de curativo (0,6 trocas;
dp
0,8,em
2° grau superficial e 1,3 trocas;dp
1,2,em
2° grauprofundo)
quando comparado
aos outros grupos. (Tabela 8 e Figura 8)A
utilização deum
curativo que possibilite omínimo
número
de trocas é de extremaimportância
no
tratamento de queimaduras, visto que trocas diáriasexpõem
a áreaqueimada
àmanipulação mecânica e química 54, tendo importante impacto na cicatrização da queimadura.
A
exposição diária
de
queimaduras de 2° grau, aomeio
ambiente, durante as trocasde
curativo,predispõem os pacientes à infecções locais,
podendo
converteruma
queimadura de 2° grauem
3°grau 45.
Soma-se
a estes fatos, a experiência traumática, vivenciada pela criança, durante a trocadiária de curativos, sendo esta muito dolorosa 45” 4° 55.
Ao
avaliannos a presença de retração na área reepitelizada, o presente estudo revelouque
tanto o grupo hidrocolóide,
como
os demais grupos, obteve ausência de retração na áreareepitelizada
em
100%
dos casos. (Tabela 9) Entretanto, otempo
de30
diaspode não
ter sidosuficiente para a avaliação da ocorrência de retração na área reepitelizada.
Em
Wyatt et al,1990
34,também
foi relatada a ausênciade
retração da área reepitelizadaem
100%
dos dados avaliados, demonstrandoque
curativos convencionais e curativos oclusivossintéticos são seguros
em
relação a ocorrência de retração na área reepitelizada, preservando oaspecto funcional do tecido.
Em
relação à superficie da área reepitelizada, observou-seuma
tendência à obtenção deuma
superficie lisa após o uso de curativos convencionais e de curativos oclusivos sintéticos,
com
exceção
do
grupo hidrocolóideem
queimaduras de 2° grau profundo,onde
esta tendência não foiobservada. (Tabela 10)
Quando
analisado a coloração da área reepitelizada, o estudo realizado porWyatt
et al,1990
34, demonstrou que pacientes tratados
com
curativo hidrocolóide obtiveramuma
melhor
39
Em
nosso estudo,quando
analisado a coloração da área reepitelizada, observou-seuma
tendência à hipocromiano
curativo hidrocolóideem
queimaduras 2° grau superficial, enquantona de 2° grau profundo, notou-se
uma
tendência à hipercromia moderada.No
grupomurim
com
soro fisiológico e
no
grupo gaze vaselinada 2° grau superficial, observou-seuma
tendência àhipercromia leve. (Tabela 1 1 e Figura 9) Entretanto, novamente, o
tempo
de 30 dias é insuficiente para a avaliação da coloração finaldo
tecido reepitelizado.Quando
se analisou a formação de tecido cicatricial da área reepitelizada,um
estudorealizado por Grisolia et al, 1991 37, relatou
uma
incidência de cicatriz hipertróficaem 13%
doscasos,
com
o uso de curativo oclusivo sintéticoquando comparado
ao tratamento convencional.Em
Ou
et al,1997
29, foi demonstrada a ocorrência de cicatriz hipertróficaem
9,4%
dos pacientesque
receberam tratamentocom
membrana
oclusiva sintética. Outro estudo, realizado porVloemans
et al,2000
35, demonstrouuma
pequena
taxa de cicatrização hipertróficaquando
utilizado curativo hidrocolóide.
Nesta casuística, observou-se
uma
forte tendência à obtenção deuma
fonnaçãode
tecidocicatricial
no
mesmo
nível da pele, na área reepitelizada,com
o uso de curativo hidrocolóideem
queimaduras de 2° grau superficial, e
em
todas as outras formas de curativo utilizadas. (Tabela12)
De
acordocom
a literatura,uma
taxa de cicatrização hipertróficapode
refletir aprofundidade da queimadura após a agressão, pois queimaduras mais profundas
tendem
acicatrizar
com
maior propensão à formação de cicatrizes hipertróficas 35. Este estudo, entretanto,evidenciou
uma
pequena
taxa de cicatrização hipertróficaquando
utilizado curativo hidrocolóide,em
queimaduras superficiais, sendo ausenteem
queimaduras profundas tratadascom
hidrocolóide.Este resultado, diferente
do
observado na literatura,pode
sugerirum
diagnóstico inicialerrôneo da queimadura, sendo
uma
lesão de 2° grau profunda, mais propensa a cicatrizaçãohipertrófica, diagnosticada
como
2° grau superficial. Ainda, outros fatorespodem
ter contribuídopara
que
uma
lesão inicialmente de 2° grau superficial tenha evoluído para lesão de 2° grauprofunda,
como
tratamento inadequado, infecçãoou
fatores inerentes da cicatrizaçãodo
próprio40
Para analisar simultaneamente
um
conjunto de variáveis categóricas, utilizamos a Análise de Correspondência Múltipla, permitindo identificar a possível existência de padrões de associaçãoexistentes entres as variáveis analisadas.
As
variáveis categóncas avaliadas foram tipo decurativo, grau da queimadura,
número
de trocas, coloração da área reepitelizada e superficie daárea reepitelizada.
Nesta análise, evidenciou-se
um
padrão decomportamento no
gmpo
curativo hidrocolóideem
queimaduras superficiais, sendo associadocom
número
total de trocas igual a zero, obtençãode hipocromia e de
uma
superficie lisa na área reepitelizada. (Figura 10 e 1 1)Ao
analisar a existência de outros padrões decomportamento
entre os diferentes tipos decurativos e as variáveis categóricas, os curativos analisados foram atraídos
com
intensidadessemelhantes para diferentes subdivisões de variáveis categóricas,
não
sendo possível evidenciarnenhum
padrão decomportamento
nos dados avaliados, (Figura 10 e 1 l)sugerindoum
processode reepitelizaçao mais desorganizado. Entretanto, a