FÁB|o
Luc|ANo
PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO:
UM
ESTUDO
DE
CASO
DA
“Cooperativa Aquicola
da
Ilhade Santa
Catarina -COOPERILHA
¡=|..oR|ANÓPo|.|s ~
PLANEJAMENTO
ESTRATEGICO:
UM
ESTUDO
DE
CASO DA
“Cooperativa Aquícola
da
Ilhade Santa
Catarina -COOPERILHA”
Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado à.
disciplina Estágio Supervisionado -
CAD
5236,como
requisito parcial para obtenção do grau deBacharel
em
Administração da Universidade Federal de Santa Catarina, área de concentraçãoem
Administração Geral.Professor Orientador: Esperidião Amin 'Helou Filho
|=LoR|ANÓPor_|s
2004
numero de
coisasque
fazemos
e
das
quaisninguém
jamais
sentirá fa/ta.Nada
é
menos
produtivodo que
fazermais
eficientemente
o
que não
precisa ser feito.PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO:
UM ESTUDO
DE
CASO DA
“CooPERAT|vA
Aouícoi_ADA
ILHA DESANTA
CATAR|NA -COOPERILHA"
Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado
adequado
e aprovadoem
sua forma final pela Coordenadoria de Estágios do Departamento de Ciências
da
Administração da Universidade Federal de Santa Catarina
em
2 de fevereiro de2004.
Prof. Sinésio Stefano Dubiela Ostroski
_ Coordenador de Estágios
Apresentada a
Banca Examinado
egrada pelos professores:T
/A
4
Prg.
EsperiAmin
Helou FilhoOador
Í/
O,A
¬-›
l/ffzvf
J.
O1
iProfg. Dr°. Paulo Cesar da
Cunha
AMembro
Af
Prof.
Drflrios
scheniniamigos,
que
diretaou
indiretamente,influenciaram
em
sua
construçãoe
à diretoriada
COOPERILHA..
Sou
eternamente
gratoaos
meus
pais, por toda a dedicação, pelas condiçõesde
vidaque
me
proporcionam e
porserem
abase
do
meu
desenvolvimento
em
relaçãoaos
princípiose
valores.Ao
professor orientador,Esperidião
Amin
Helou
Filho,que
demonstrou
interesseem me
ajudar neste trabalhoe que,
com
seu
entusiasmo,competência
e
experiênciame
fez descobrirnovos
horizontes e capacidades, antes,
não
percebidas.Por
fim,meus
mais
sincerosagradecimentos
aos
meus
amigos
e
acadêmicos
que
diretaou
indiretamenteme
auxiliaramnessa
longacaminhada
elevo os princípios
da
nossa amizade
baseada na
sinceridadee
ética paraminha
LUCIANO,
Fábio.Planejamento
Estratégico: estudode
caso
da
Cooperativa Aquícolada
Ilhade Santa
Catarina. 2004.66
f. Trabalhode Conclusão
de
Estágio(Graduação
em
Administração) -Curso
de
Administração, Universidade Federalde
Santa
Catarina,F
lorianópolis.Este Trabalho
de Conclusão
de
Estágio possuitem
como
objetivo geral apresentar oPlanejamento
Estratégicoda
COOPERILHA
para osano de
2004.A
intenção deste estudode
caso
foiresponder
'aoseu problema
de
pesquisa,no
qualforam
estabelecidas as
ações
que
devem
sertomadas
no Planejamento
Estratégicoda
respectiva cooperativa,
com
o
intuitode
amesma
dar inicio assuas
atividadescom
aaquisição
de
sua
certificação juntoao
Ministérioda
Agriculturasob o
Serviçode
Inspeção
Federal.A
pesquisa foi consideradacomo
um
estudode
caso,que tem
como. caracteristica a profundidade
e detalhamento das
atividades realizadasem
uma
única organizaçãoque
no caso é
aCOOPERILHA.
Para
a coletados
dados,foram
realizadas reuniõescom
os integrantesda
diretoriada
cooperativacom
o
auxílio
de
entrevistas semi-estruturadas,`
já
que
o
acadêmico
tevegrande
participação e interesse
de
auxiliarnas
reuniões realizadas pela diretoria,sendo que
a
abordagem
utilizada para análisedos
dados
foi a qualitativa. Taisobservações
resultaram
na
análiseda
forma de
gestãodo
negócio,bem
como
se identificou acultura
dominante
da
organização.Dando
continuidadeao
estudo, obteve-seo
Planejamento
Estratégico,adequando-se
a metodologia à realidadeda
cooperativa.Essa
metodologia teve'como
orientação os seguintes pontos: a) diagnosticar aempresa;
b) estabelecersua missão;
c) elaboraros
.instrumentos prescritivose
~qua'ntitativos; d) realizar
o
controlee
avaliaçãodos
dados.De
forma
a enriquecero
estudo, foi estabelecida a visão
de
futuroda
cooperativaem
estudo.Com
isso,temos
como
resultado obtido, a formalizaçãode
seu Planejamento
Estratégico,atendendo
todosos
requisitos exigidos pela metodologia aplicada.Foram
formuladas as estratégias para direcionar a cooperativa para
um
futuronão
tãodistante,
em
relação àsua
eficiência organizacional,obtenção
do
S.l.Fea
conscientização ambiental
de
seus cooperados
e
da população
local. Concluiu-seque
o planejamentoelaborado
tem
a condiçãode
exercero
Papelde
extrema
relevância para
a
cooperativano
que
se
diz a respeito à direção técnicae
metodológica
do
processo
de
planejamento.1
INTRODUÇAO
...09
1.1Problema
... ._10
1 .2 Objetivos ... ._ 11 1.2.1 Objtivo Geral ... ._ 12 1.2.2 ~ objetivasEâpeeífieeâ
... __ 1.2 1.3Justificativa ... ._ ' 12 1.3.1 Importância ... _. 12 1.3.2Oportunidade
... ._ 12 1.3.3 Viabilidade ... ... 122
REVISAO
DE
LITERATURA
... .. '13 2.1 Cooperativae
Cooperativismo ... ._13
2.2Funções
Administrativas ... _. 17 2.3Planejamento
...20
2.4 Estratégia. ... ._22
2.5
Planejamento
Estratégico (PE)~ ... ._23
2.5.1
Vantagens
e Limitações ... ._25
2.6
Modelo de
Planejamento Estratégico ... ._26
2.6.1 Diagnóstico Estratégico ... ._
28
2.6.1.1 .ldentificação
das
expectativas edos
desejos ... ._28
2.6.1.2 Anâiiee
exteme
... _. ... _.28
2.6.1.3 Análise
Intema
... ._29
2.6.1.4. Análise
dos
concorrentes ___________________________________________________________________ ._30
2.6.2.
Missão
... .__ ... ._30
2.6.2.1 Estabelecimento
da missão da
empresa
... _. 312.6.2.2 Estabelecimento
dos
propósitos atuaise
potencias ... _.32
2.6.2.3 Estruturação
edebate
dos
cenários ... ._32
2.6.2.4 Estabelecimento
da
postura estratégica ... ._32
2.6.2.5 Estabelecimento
das
macroestratégias e macropolíticas ... _.32
2.6.3 Instrumentos Prescritivos
e
Quantitativos ... _.33
2.6.3.1 Instrumentos prescritivos ... ._
33
3
METODOLOGIA
... ._37
3.1 Tipo
de
Pesquisa
... ._37
3.2
Abordagem da
Pesquisa
... ._38
4
CARACTERIZAÇÃO
DA ORGANIZAÇÃO
E
DO
AMBIENTE
... ._40
5
ELABORAÇÃO DO
PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO
PARA
A
COOPERILHA
... _.42
5.1 Identificação
da
Cultrua Organizacional ... ._42
5.2 Análise
da
Gestão
do
Negócio
... ._43
5.3 Caracterização
do
Negócio
da
Empresa
... _.44
5.4 Análise Externa ... ._
44
5.4.1Oportunidades
... ._48
5.4.2Ameaças
... ._48
5.5 Análise Interna ... __49
5.5.1 Marketing ... __49
5.5.2 Finanças ... _.50
5.5.3Recursos
Humanos
... _.50
5.5.4 Tecnologia ... ._ 51 5.5.5Produção
... ... _ 515.6 Análise
dos
Concorrentes ... _.52
5.6.1
Vantagens
... ._53
5.6.2
Desvantagens
... _.54
5.7
Missão
... ... __55
5.8 Visão ... ... __
55
5.9
Definição dos
Objetivosda
Empresa
... ._55
5.10
Formulação das
Estratégias Competitivas ... _.56
5.11 Plano
de
Ação
... __59
5.12 Controle
e
Avaliaçãodos
Dados
... ._ 616
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
... ..62
6.1
Conclusões
... _.62
6.2
Recomendações...
... _.62
A
maricultura, definida.como
a atividadede
cultivarorganismos marinhos
(algas, crustáceos, peixes e moluscos),
ao
contrárioda
pesca,é
uma
atividadeque
vem
apresentando
um
grande
desenvolvimentoem
todosseus segmentos. Pode-se
dizer
que
a
ostreicultura brasileira teveseu
iníciocom
a publicação,em
1973,do
relatório “A ostra
de
Cananéia
e
seu
cultivo”, elaborado pelo especialistajaponês
TakeshiWakamatsu.
Posteriormente,foram
realizados projetos experimentaiscom
a
ostra nativa Crassostrea rhizophorae
nos Estados
de
São
Paulo, Paraná,Pernambuco,
Bahiae Santa
Catarina.No
Riode
Janeiro, foram feitos experimentoscom
a
ostra japonesa, Crassostrea gigas, atravésdo
ProjetoCabo
Frio. Entretanto,muitos destes projetos tiveram curta duração,
sendo
prejudicadosfundamentalmente
pela constante falta
de
recursos financeirose
também
porque
nunca
envolviamdiretamente
as
comunidades
de pescadores
locais. _Em
Santa
Catarina,os
esforços para verificara
viabilidadedo
cultivode
ostras foram
retomados
em
1985,no
Departamento
de
Aquiculturada
UniversidadeFederal
de
Santa
Catarina,com
o
entãochamado
“Projeto Ostras”.Após
muitosestudos
verificou-seque o
potencialque
as
águas da
Baía Norte ofereciam parao
cultivo
da
ostrajaponesa
(Crassostrea gigas), eramelhor do
que
paraa
ostra nativa(Crassostrea rhizophorae), a qual
não
apresentou resultados muitoanimadores
devidoàs
baixas taxasde
crescimento obtidas-Com
apoiode
órgãos
financiadoresde
pesquisa, instituições oficiaise
convênios
com
instituições intemacionais, foi possível construirum
pequeno
laboratório, localizado
na
praiade
Sambaqui,
em
sistemade
condominio
entremembros
da comunidade de
pescadores
artesanaise
a
UFSC,
onde
se
inicioua
produção
de
sementes
de
ostra japonesa.Com
o
aumento da
produção, fez-seriecessária a
ampliação
das
instalações.Posteriormente, foi inaugurado
um
novo
laboratóriona
Barrada
Lagoa,com
uma
área físicade
aproximadamente
1.000m2,
chamado
“Laboratóriode
Cultivode
Moluscos Marinhos
-LCMM”. Além
da
finalidadede
produzirsementes
de
ostrajaponesa,
o
LCMM
tem
servidocomo
um
importante centro'de
pesquisas
direcionadas à otimizaçãoda
tecnologiade
cultivo,formação
de
profissionaisde
nível superior e desenvolvimento
da
metodologia voltada para aprodução
de
novas
espéciesde
moluscos
cultiváveis.' ›
Hoje estendido
e
difundidotambém
na
região sulda
llha,~mais precisamentena
comunidade do
Ribeirãoda
Iha,concentrando o
maiornúmero
de
produtores.Com
oaumento
desse
número
de
produtores,foram
criadasAssociações
de
produtoresde
Ostra,
sendo
aAssociação
de
Maricultoresdo
Sulda
Ilhade
Florianópolis-
AMASI
-
e
a Associação de
Maricultoresdo
Norteda
Ilha-
AMANI.
Um
grande
diferencial para a região éo
potencialde
produção,onde
oprocesso
produtivoque
vaido
plantio à colheita,pode
levarde
5
a 8'meses,
diferente
de
outros pólosde
criaçãocomo
França
,Chile dentre outrosque
chegam
aperíodos
de
16
a36
meses.
Sem
uma
estruturaadequada
parao beneficiamento
da
Ostraapós
a
colheita (limpeza, seleção,
acondicionamento e
comercialização),os
produtoresde
ambas
associações tiveram a iniciativade
constituira
Cooperativa Aquícolada
Ilhade
Santa
Catarina-
COOPERILHA.
1.1
Problema
\
A
elaboraçãode
um
Planejamento
Estratégico para oano
de
2004 é
apontado
como
um
grande
benefício paraque
aCOOPERILHA
além de
dar inicioas
suas
atividades terá a oportunidadede
traçassuas
metase
definirsuas
atividadesde
maneira
ordenada
para oano
vigente.Com
a
COOPERILHA em
atividade, ela estará inseridanum
mercado cada
vez mais
profissionalizado e competitivoonde
todosos
processos eoperações
realizadas pela equipe envolvida
sejam
planejados controlados periodicamente.Para
a sobrevivência neste cenáriode
alta competitividade,é
imprescindívelque
asempresas
bem
como
asCOOPERILHA
estejampreparadas e
capacitadaspara fornecerem
ao
mercado
respostas rápidasaos novos
anseiosde
clientes,com
vontades
e
necessidades
em
constantemudança. Para
tanto, utilizam diversas ferramentasde
gestãoque
visam ao
aperfeiçoamentode
seus
processos, entreas
quais destaca-secom
grande
importância a atividadede Planejamento
Estratégico.Essa
ferramentaé
consideradaum
processo
gerencial. Baseia-seem
técnicas administrativas através
da
análisedos ambientes
internoe
externo de'uma
`
\ \
organização, identificando
seus
pontos fortese
fracos para estabelecer objetivose
ações
aserem
cumpridos.. _A
aquisiçãodo
Selode
Inspeção Federal - S.l.F-
certificando todasas
atividades produtivas
da
COOPERILHA
ecom
a realizaçãode
um
Planejamento
Estratégico trará
uma
maior tranqüilidadee
confiança na
realizaçãodas
atividadesadministrativas
e
operacionais tornando a cooperativamais
competitiva dentrodo
seu mercado.
Dessa
maneira, para aCOOPERILHA,
quais as estratégias eações
devem
seradotadas
em
seu Planejamento
Estratégico,do ano
de 2004
paraque
a
cooperativa
de
inicio assuas
atividadese
comece
a gerar resultados financeirosaos
seus
cooperados?
V1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
“Elaborar
um
Planejamento
Estratégicodo ano de 2004
para CooperativaAquicola
da
llhade
Santa
Catarina -COOPERlLHA".
1.2.2 Objetivos Específicos:
a) Realizar
um
diagnósticoda
cooperativa, identificandosua
gestão, estruturae
cultura organizacional;
H
b) Analisar os
ambientes
internoe
externo, identificando os pontos fortes e fracosda
empresa,
bem
como
o perfilde sua
concorrência;c) Determinar estratégias competitivas;
1.3 Justificativa
1.3.1 lmportância
A
importânciade
auxiliarum
grupo
de pessoas que querem
trabalharem
conjunto
na formação
de
uma
cooperativa,com
objetivode
aprimorarsuas
técnicasno
cultivode
ostras,bem
como
nas
atividadesde
uma
organizaçãocom
a finalidadede
gerir resultados financeiros. ~A
justificativaquanto
a importânciase
resume
em
proporuma
maneira
de
como
essa
cooperativapode
realizarsuas
atividades.1.3.2
Oportunidade
Como
justificativaà esse Planejamento
Estratégico,tem-se a necessidade
de
organizare
coordenar as atividades administrativasda
cooperativa, jáque
elanão deu
inicio assuas
atividades operacionais.Tem-se
a oportunidadede
elaborarum
Plano
de Ação
â cooperativaque
possa
servircomo
exemplo
para a criaçãode
outras unidades,onde
é
constatadoum
grande
apoio* por partedo
govemo
tanto o federal, o estadualquanto
o
municipal.
O
mercado
da
Ostra, sótem
crescidonos
últimosanos e
éapontado
um
crescimentodesordenado ocasionando bons
resultados parapoucos
envolvidos.É
onde
entraa
cooperativa,buscando
na
uniãode
seus cooperados
uma
oportunidade paraque
todoscresçam
juntosnas
técnicasde
cultivo, comercialização, produção, administração ena
qualidadede
vidade
todosos cooperados e
da comunidade
local.
1.3.3 Viabilidade
A
pesquisa apresenta viabilidade, pelo próprio interesseda
diretoriada
cooperativa
em
receber ajudade
vários setoresda comunidade.
Tendo
acesso
atodas informações necessárias
em
documentações
e nas
reuniões realizadas entre2.1
Cooperativa e
Cooperativismo
Uma
cooperativanada
mais
é do que
uma
uniãode
caracteresde
uma
associação
com
uma
empresa.
Pinho (1982, p. 15)descreve
uma
cooperativacomo:
...associação de pessoas que se agrupam voluntariamente para atingir
um
fim
comum, através da constituição deuma
empresa dirigida democraticamente e na qual os cooperados fornecemuma
parte eqüitativado capital necessário e aceitam
uma
justa participação nos riscos e nos. frutos...
De
acordo
com
Oliveira, (2001, p. 55):Pela própria dificuldade de enfrentar o crescente nível de competitividade entre empresas, as pessoas procuram agrupar-se, já que assim suas
atividades podem ser
bem
desenvolvidas e operacionalizadas, na busca deresultados comuns e compartilhados.
Schneider (1999)
numa
pesquisa sobre idéias cooperativistas,menciona
que
énos
inícios do' capitalismo industrialque
se situam as manifestaçõesdos
socialistas utópicos
-
vários deles precursoresdo
cooperativismo-
eque
explicamtambém
as razõesdo
surgimentode
experiências cooperativas, especialmentedo
setor
de
consumo,
na
inglaterra,do
setor industrial,na
França,e
do
.setorde
créditona Alemanha.
V
Schneider
(1999)comenta
que,Mladenatz
um
dos
principais historiadoresdo
cooperativismo,aponta
sete características fundamentaisdo
pensamento
cooperativo,
que
se inspirandono
modelo de
Rochdale
apresentade
uma
maneira
resumida os
seguintes aspectos:a)
A
idéiade
associaçãoe
a ênfasena
uniãodos
fracosdos
fracose
exploradosna
atividade econômica, lutando por objetivos
comuns;
b)
A
cooperação é
uma
ação emancipadora
do
operariadode
uma
nação, atravésda
organizaçãodos
interessesdo
trabalho;c)
A
organizaçãodo
trabalho realizaseu
caracteremancipador
atravésda
própriainiciativa
dos
interessados. Trata-sede
uma
ação
de
auto-ajuda,bem
distintada
ajudade
caracter filantrópicoe
de
ajudado
poder
Público,em
defesados
interesses
dos mais
fracos.Cabe
ao
poder
Público apoiar as iniciativasde
auto--~ ajuda,
sem
interferirna sua
administração interna;d_)
A
cooperação
que nada
mais
éque
um
apelopara
que
os
homens
seassociem
entre iguais, transforma
um
capitalnum
meio
paraa
realizaçãodos
objetivosda
cooperação,
que
mediante sua
organizaçãonão
visa gerar lucros,mais sim
a prestaçãode
serviçosaos
cooperados;e_)
Uma
cooperativa representauma
economia
coletiva,onde
todasas
atividadesenvolvidas
mesmo
que
separadas
fisicamente,passam
a formar partede
uma
empresa
comum;
f)
Toda
cooperativaé
uma
célulanão
isolada,mas
integradaem
um
todo maior,articulada
de
forma
federativa adquirindoassim
mais
força;g)
A
cooperativadeve
terum
caráterpermanente
paraque
os fundos formados e
acumulados
atravésdas
poupanças
dos
sócios sirvamnão
só aosncooperados
contemporâneos,
mas também
aos
futuros integrantesda
cooperativae
aexpansão do
cooperativismo.Benato
(1994, p.13) relata que:O
Dr. Vlfillian King organizouem
Brighton, no ano de 1817, a primeira- -cooperativa de consumo. Aliando-se a Owen, outro grande
idealizador do
V
cooperativismo, influenciou, no meio operário, a organização de
cooperativas.
Em
decorrência deste incentivo nasceu, 1820, a “Liga paraPropaganda da Cooperação”.
No
Brasil,segundo
Benato
(1994),com
varias tentativasno
sulde
criaruma
cooperativa,
como
dado
oflcialtemos
como
primeira cooperativado
país aAssociação
Cooperativados
Empregados da Companhia
Telefônica,em
Limeirano
estadode
São
Paulo.Mas como
principal fato,Benato
(1994, p.16)afirma
que:‹
O
grande marco, porém, que marcou decisivamente a consolidação docooperativismo no país, foi a promulgação do Decreto número 22.239, de
19 de Dezembro de 1932, a Primeira Lei Orgânica do Cooperativismo Brasileiro.
Cooperativa
é
uma
organização constituidapor
membros
de
determinado
grupo
econômico ou
social,que
objetivadesempenhar,
em
beneficiocomum,
determinada
atividade.As
Cooperativasganharam
vidacom
a elaboraçãodas
LeisResoluções
do
Conselho
Nacionalde
Cooperativismo e Lei n.° 5.764de
16 de
dezembro de
1971que
define a Política Nacionalde
Cooperativismo, instituio
regime jurídico
das sociedades
cooperativase
dá
outras providências.A
Organização das
Cooperativasde
Santa
Catarina-
OCESC
-
paraum
perfeito
entendimento
do
tema, citasalgumas
definiçõesdo
termo:Cooperar: deriva etimologicamente
da
palavra latina “Cooperan”,formada
por “cum” (com)e
“operan” (trabalhar),e
significa simultâneaou
coletivamentecom
outros para
um
mesmo
fim,ou
seja, trabalhar paraum mesmo
propósito.Cooperação:
método
de ação
pelo qual' indivíduosou
famíliascom
interesses
comuns
constituemum
empreendimento.
Neste,os
direitosde
todossão
iguais
e o
resultadoalcançado é
repartidosomente
entreos
integrantes,na
proporção
da
participação societárianas
atividades.Cooperativismo:
é
uma
doutrina,um
sistema,um
movimento ou
simplesmente
uma
atitudeou
disposiçãoque
considera as cooperativascomo
uma
forma
idealde
organizaçãodas
atividades sócio-econômicasda
humanidade.
Cooperado:
é o
produtor rural, o maricultorou
outro profissional,de
qualqueratividade sócio-econômica,
que
se associa para participar ativamentede
uma
cooperativa,
cumprindo
com
seus deveres e observando
osseus
direitos.Cooperativa:
é
uma
associaçãode pessoas
com
interessesem
comum,
organizados
economicamente
e
de
forma democrática,com
a livre participaçãode
todos os
que
têm
idênticasnecessidades e
interesses,com
igualdadede deveres e
direitos para a
execução
de
quaisquer atividades,operações ou
serviços.Hoje,
as
cooperativasatuam
com
sucesso
no
campo
da
prestaçãode
serviços,
segmento de
mercado que
mais
gera postosde
trabalhoe
que se destaca
na economia
mundial a partirda
década de
60.Como
já foi ditono
Brasilas
Cooperativasde
Trabalho e Cooperativasde
Prestaçãode
Serviçosforam
reconhecidasjuridicamente,como
válidas,no
finaldo
ano
de
94.Cooperativismo é
dotado
de
princípiosde
elevadanobreza
e valorhumano
,os
quaissão capazes
de
criaruma
dimensão
superiorde
administraçãodas
atividades
econômicas
governamentais, e empresariais,com
o
firme propósitode
consolidar benefícios sociais,
e autônomos, aos
participantesdos
atoscooperados e
suas
relações técnicase
comerciais,sem
fins lucrativose
praticamente isentosde
impostos.As
premissasdo
cooperativismo são: identidadede
propósitose
interesses;ação
conjunta, voluntáriae
objetiva paracoordenação
de
contribuição e serviços;obtenção
de
resultado útile
comum
a todos. Atérecentemente as
cooperativaseram
utilizadas,
com
segurança,apenas
nas modalidades
de
produção, créditoe
consumo.
Em
relaçãoao
que
está registradoa
respeitoda
históriado
cooperativismo,quando
surgiuem
si a primeira cooperativa,Benato
(1994, p.14) afirma que:A
história do cooperativismo dá;como
certo que a primeira cooperativa,organizada formalmente, foi a de tecelões de Rochdale.
Os
tecelões deRochdale trabalhavam 17 a 18 horas por dia, moravam
em
casassem
omínimo conforto, pagavam muito caro pelo que comiam e vestiam e, por
isso, eram muito pobres.
Existem sete princípios que,
se forem
seguidos,têm
acapacidade
de
serem
elementos
fundamentais paraque
o
empreendimento
seja competitivo.São
elesapresentados
como:
a)
As
Cooperativassão
organizações voluntárias abertas a todasas pessoas
aptasa
usarseus
serviçose
dispostas a aceitaras
responsabilidadesde
sócios,sem
discriminação social, racial, política
ou
religiosae
de
gênero;b)
As
cooperativassão
'organizaçõesdemocráticas controladas .porseus
sóciosos
quais participam ativamente,no
estabelecimentode
suas
politicase
na
tomada
de
decisões.Homens
e
mulheres, eleitoscomo
representantes,são
responsáveispara
com
os
sócios.Nas
cooperativas singulares os sóciostem
igualdadena
votação
(um
sócioum
voto);as
cooperativasde
outros graussão
também
organizadas
de maneira
democrática; _c)
Os
sócios contribuemde
forma
.eqüitativae
controlamdemocraticamente o
capital
de
suas
cooperativas. Partedesse
capitalé
propriedadecomum
das
cooperativas.
Usualmente os
sóciosrecebem
juros limitados (sehouver algum)
sobre
o
capital,como
condiçãode
sociedade.Os
sócios destinam as sobrasaos
seguintes propósitos: desenvolvimentodas
cooperativas, possibilitando aformação
de
reservas, partedessa
podendo
ser indivisíveis;retomo aos
sóciosna proporção
de
suas
transaçõescom
as
cooperativase
apoioa
outrasatividades
que forem aprovadas
pelo sócio;d)
As
Cooperativassão
organizaçõesautônomas
para ajudamútua
controladas porseus
membros.
Entretanto,em
acordo
operacionalcom
outras entidadesinclusive
govemamentais,
ou
recebendo- capitalde
origem externa, elasdevem
fazê-lo
em
termos
que
preservem o seu
controle democrático pelos sóciose
mantenham
sua
autonomia;e)
As
cooperativasproporcionam
educação e
treinamento paraos
sócios, dirigenteseleitos, administradores
e
funcionários,de
modo
a contribuir efetivamente parao
seu
desenvolvimento. Elesdeverão
informar o públicoem
geral, particularmenteos
jovense
os
líderesformadores
de
opinião, sobre a naturezae os
beneficiosda
cooperação;f)
As
cooperativasatendem
seus
sóciosmais
efetivamentee
fortalecemo
movimento
cooperativo trabalhando -juntas atravésde
estruturas locais,nacionais, regionais
e
intemacionais;g)
As
cooperativas trabalham pelo desenvolvimento sustentávelde
A
suas
comunidades,
atravésde
políticasaprovadas por seus
membros.
De
acordo
com
Carbonell (1979),o
conceito sócio-econômicode
uma
cooperativa
pode
ser definido poralguma
características,sendo
uma
agrupamento
de
indivíduos unidos porum
único fim, realizando atividadescom
o
objetivodo
progresso
econômicos dos
cooperados.Para
a
realizaçãodessas
tarefas,é
criadauma
empresa
com
todasas
característicasde
outra qualquer,e os
associados estão vinculadosa
estaempresa
cooperativacom
uma
relação especial,o
que
seria,a
de
fomentaro
bem-estardos
associados.2.2
Funções
AdministrativasAs
Funções
Administrativassão
uma
operação
à parteque independem de
todas
as
outras, aplicando-seàs
divisõesque
integramuma
empresa e ao
serhumano
que
nela presta sen/iços.São
as
próprias funçõesdo
administrador.Para
Onate
(1982), taisfunções
jáhaviam
sido descritasde
forma
teórica.Taylor preconizou-as
de
modo
indiretoe
Fayol concebeu-as,desenvolvendo-as
de
maneira
brilhante.Segundo
Fayol (apudGUIDA,
1980),uma
das
seisoperações
que
compõem
a maneira
de
se governar qualquerempresa
é a operação
administrativa,que
compreende
as
seguintes funções: ib) organizar
é
constituiros organismos
sociaise
materiaisda
empresa;
c)
comandar
é
fazeras
pessoas
funcionarem, dirigindoe
orientando-as;d)
coordenar
é
juntare
harmonizar todosos
atose
esforços conjuntos;e) controlar éyconferir se
o
caminho
trilhado pela organizaçãosegue
às
regrasestabelecidas
e
às ordens
impostas.O
mais
importante objetivodas
funções administrativasé o melhor
aproveitamentodos
recursos disponíveisde
uma
empresa,
de
formaque
atinjao
máximo
de
sua
funcionalidade,sem
comprometer
o seu
futuroou aumentar os
riscospara
o empreendimento-
Desde
os
tempos
históricos, planejaré
uma
ação
intrínsecana
vidade
todos. Muitos
o
executam conscientemente
e
outros,apesar
de passarem
a vidainteira planejando,
nem
tomam
conhecimento dessa
ação. Parafraseando Tiffanye
Peterson (1998),
as
pessoas
vivem
pensando no
futuroe apesar
de
não
poderem
prevê-lo,sabem
que
o
amanhã
será diferentedo
hojee
que
o
hojeé
diferentedo
ontem.Desta
maneira, Tiffanye
Peterson (1998, p. O9)afirmam
que: “Planejaressas
diferenças
é
uma
forma
de
se
adiantare
enfrentaros
fatosdesconhecidos
e
incertos. Planejar
é
uma
estratégiapara
sobreviver”.A
instabilidadedo
cenário sócio-político-econômico atualvem
ditandoa
velocidade
e capacidade
de
adaptação
ao mercado
nas
organizaçõescontemporâneas.
Em
virtudedessa máxima,
a tendênciade
planejartem
tornado-se condição sinequa
non
para a sobrevivênciadessas empresas.
Segundo
Tiffanye
i
Peterson (1998, p. 09): “Planejar
é
uma
estratégia paraaumentar
aschances
de
sucesso
em
um
mundo
de
negóciosque
muda
constantemente".Já
paraKoontz e O`Donnel
(1981, p. 69): “Planejaré
decidirantecipadamente o
que
fazer,como
fazer,quando
fazere
quem
irá fazer.É
eliminaro
hiato entreonde
estamos e
onde queremos
ir”.De
acordo
com
Megginson,
Mosley e
Petri Jr. (1998), existem diversasrazões para
se
planejar.Ao
agirdessa
maneira,a
organização estarápreparada
para enfrentaras
continuasmudanças do
meio
ambiente,aumentando as
possibilidades
de
se tomar
hojemelhores
decisões para melhorarseu
desempenho
nofuturo.
A
questão
da
organizaçãoem
uma
empresa
visa àsua
estruturação,a
fim
de
reunir recursos materiais ehumanos, cada
qualde
acordocom
sua capacidade
e
com
o
planejamento elaborado.Dessa
maneira, prepara aempresa
para
a
realização
de
um
trabalho eficientecom
o
mínimo
de
custose
riscos.Para Megginson,
Mosley e
Petri Jr. (1998), organizar é: determinaros
recursos
e
atividades necessárias paraque
os
objetivosda
organizaçãosejam
alcançados; mesclaresses
recursose
atividadesem
grupos
práticos; designarobjetivos a
serem
atingidosa
empregados
responsáveise
delegar para elesa
autoridade necessária para realizarem
devidamente suas
tarefas.A
função
de
comandar
está totalmente relacionadacom
aquestão
da
comunicação
dentrode
uma
empresa.
O
segredo
de
uma
liderançabem
sucedida
depende de
uma
comunicação
eficaz.O
administradorque
comanda, tem
para sia
responsabilidade
de
delegar ações,buscando compreender
as
dificuldadese
as
qualidadesde seus
funcionários paradesempenharem
determinadas
atividades,da
melhor maneira
possível,aflm
de
influenciá-losa alcançarem os
objetivosda
empresa-
Megginson, Mosley e
Petri Jr. (1998)afirmam
que comandar
“é conseguirdos
empregados que
elesfaçam
as coisasque
você
desejaque
eles façam.Portanto,
abrange
não
só a
qualidade,o
estiloe o
poder
do
líder,mas
também
suas
atividades relacionadas
à comunicação, motivação
e
disciplina”-A
coordenação
possui .grande relevância parao
sucesso da
organização.A
partirdo
momento
que
ocorre a ligação entre as diversas atividades desenvolvidas,permite-se
que
seus
funcionáriosenxerguem de
maneira mais
claraa
importânciado
desempenho
eficazde
suas
atividades, proporcionandoaos
mesmos uma
visãodas
ações
desenvolvidas pelosdemais
setoresda
organização.Conforme
Trecker (1967), acoordenação é
uma
atividadeque
lidacom
a
inter-relação
dos
diversos setoresde
uma
empresa
e
pode
ajudaros
funcionáriosa
compreender
as outras divisõesou
partesda
entidadee
conseqüentemente
ajudá-ios
a
relacionarseu
trabalhocom
as outras partes.O
controleé
um
dos
métodos
mais
adequados
para influire
acompanhar
as
decisões
da
organizaçãoe
possuicomo
intuito conduziras
atividadesprogramadas,
fomecendo
possibilidadesde
ajustes para alcançaros
objetivos propostos-De
acordo
com
Faria (1979, p. 81):“O
controle serve-sedas comunicações
para a coletadas
informações obtidasno
acompanhamento da
execução dos
planosde
ação
ou
dos
programas, tendoem
vistaa consecução
vantajosados
resultadosControlar,
na
visãode Onate
(1982, p. 73):r .
E
a atividade administrativa que consisteem
obsenrar e comparar odesempenho efetivo da organização e da direção ao paradigma idealizado, corrigindo os transtomos ocorridos e fomecendo dados de grande valor à formulação de novos planos.
O
controle depende basicamente da existênciade
um
planejamento, visto quesem
modelos a aferição do desempenho se toma, se não impossível, ao menos suscetível de grande dificuldade.2.3
Planejamento
Dentre
as
funções administrativas descritas, este trabalho seaprofundou
ne
estudodo
planejamento.Nas
organizaçõese
no
próprio cotidiano,a
palavra planejamentoé
muito utilizadacomo
forma
de
se
conseguir, atravésde
uma
programação
atual, facilitara
concretização
do
futuro desejado. '~
Parafraseando
Oliveira (1993),o
planejamentopode
ser conceituadocomo
um
processo, desenvolvido parao
alcancede
uma
situação desejada,de
um
modo
mais
eficientee
efetivo,com
a melhor
concentraçãode
esforçose
recursos pelaempresa.
çH
O
planejamento consisteem
formular objetivosde forma
sistêmicae ações
alternativas,
a
fim
de
escolher aque
melhor se
adéqüe
àempresa
em
um
determinado
momento.
O
desenvolvimentodo
planejamentoé
com
certezauma
etapa
importante paraque
uma
organização atinjaseus
objetivos, jáque
além
de
definir quaissão
eles,
o
planejamento vai traçarcaminhos
paraque
elessejam
alcançados.O
planejamentodeve
ser considerado amais
crucialde
todasas funções
administrativas.
Toda
essa
importânciaé
creditadaao
mesmo
porque,segundo
Koontz e
O`Donnell (1981), ele traza
vantagem de
evitarque o
acaso
sejaresponsável pelo
rumo
dos
acontecimentos,minimizando assim
os riscose
permitindo
que
se tireo
máximo
proveitodas
oportunidades.Ao
abordar sobre planejamento, torna-se necessário fazer a distinção entreplanejar
e
improvisar dentrodas
organizações. Planejaré
elaborarum
esquema
definindo
ações a
serem
realizadas parase
alcançarum
objetivo proposto.tmprovisar
é
agirao
acaso.O
planejamentopressupõe a necessidade
de
um
processo
decisórioque
ocorrerá antes, durante
e
depoisde
sua
elaboraçãoe
implementação na empresa.
Assim, toda
a
atividadede
planejamentonas
empresas deve
resultarde
decisõespresentes,
tomadas
a
partirdo
exame
de
seu
impactono
futuro, proporcionandouma
dimensão
temporalde
alto significado(OLIVEIRA,
1993, p. 25).H
Oliveira (1993)
desdobra
o
processo
de
planejamentoem
três tipos:a)
Planejamento
Estratégico;b)
Planejamento
Tático;c)
Planejamento
Operacional;O
Planejamento
Estratégico,segundo
Oliveira (1993),é
um
processo
que
visa estabelecer
um
futuro desejado, atravésde
objetivosde
longo prazo,e
as
maneiras
e ações
para alcànçá-los, afetando todaa empresa.
Para
Fishcmann
e
Almeida
(1991, p. 25),Planejamento Estratégica: z
E
uma
técnica administrativa que, através da análise do ambiente deuma
organização, cria a consciência das suas oportunidades e ameaças dos
seus pontos fortes e fracos para o cumprimento da sua missão e, através
desta consciência, estabelece o propósito de direção que a organização deverá seguir para aproveitar as oportunidades e evitar riscos.
É
normalmente
de
responsabilidadedos
níveismais
altosda
organizaçãoe
diz respeito tanto
à
formulaçãode
objetivosquanto
à
seleçãodos
cursosde
ação a
serem
seguidos, relacionadosàs
condições externase
internasda
empresa
e
sua
evolução esperada (OLIVEIRA,
1993, p. 38).O
Planejamento
Tático relaciona-secom
os
objetivosde médio e
curtoprazo
e
visa otimizardetenninada
áreade
resultadose não de
todaa empresa. Trabalha
com
decomposição
dos
objetivos, estratégiase
politicas estabelecidasno
Planejamento
Estratégico, referindo-seassim
aos
componentes da empresa e
à
sua
eficiência
(OLIVEIRA,
1993, ip. 38).Q
planejamento tático é desenvolvido a niveis organizacionais inferiores, tendocomo
principal finalidade a utilização eficiente dos recursos disponíveis para a consecução de objetivos previamente fixados, segundouma
estratégia predeterminadabem como
as políticas orientativas para oO
Planejamento
Operacional, porsua
vez, éa
formalização atravésde
documentos
escritosdas
metodologiasde
desenvolvimentoe
implantação estabelecidas(oL|vE|RA,
1993, p. as).A
Os
Planejamentos
Tático e Operacionaldevem
estarsempre
em
sintoniacom
o todomaior,
que
é o Planejamento
Estratégico.2.4 Estratégia
A
palavra estratégiavem
do
grego e
significa literalmentea
arteda
liderança.
É
muitocomum
nos
diasde
hoje ouviressa
palavra,quando
aspessoas
referem-se a elacomo
um
plano,uma
direçãoou
um
cursode
ação
para o futuro.Para Megginson, Mosley e
Petri Jr. (1998, p. 165): “Antigamente, significava a artee
a ciênciade
levaras
forças militaresà
vitória. Hoje,empresas pequenas
e
grandes,
e
também
organizações não-lucrativas,usam
estratégia para escolher asmelhores opções
para atingirseus
objetivos”. _Anthony e
Govindarajan (2002, p. 92), acreditam que:“Embora
hajadiferença entre
as
definições existentes,há
um
consenso
de que
a estratégiadescreve
a
direção geralem
que
uma
organização planejamoversse
para atingirseus
objetivos”.Esses
autores» aindaafirmam
que
toda empresa.bem
administrada possuiuma
ou mais
estratégias, aindaque não
estejam explícitas.Já
na concepção de
«Oliveira .(1993, _p. 167), estratégiaé
definida por“diretrizes
e
regras formuladascom
o
objetivode
orientar o posicionamentoda
empresa no
seu
ambiente”.,Outambém
“como
um
caminho,ou
maneira.,ou ação
estabelecida e
adequada
para alcançar os desafiose
objetivosda
empresa”.Cada
empreendimento deve saber
escolherum
determinado
tipode
estratégia
que compreenda
sua
realidade, tendoem
vistasua
capacitação eo
objetivo estabelecido.
Oliveira (1993)
expõe
quatro tiposde
estratégias:a)
De
sobrevivência -só
deve
seradotada
quando não
houver
outra. altemativa; a_primeira
ação
a setomar é
pararos
investimentose
reduziras
despesas,sendo
b)
De
manutenção
- a organizaçãose vê
ameaçada
e enquanto busca
minimizarseus
pontos fracos, deverá lutar pelamaximização dos
pontos fortesque
aindapossui,
podendo
apresentar três situações: estabilidade, nichoou
especialização;c)
De
crescimento - oambiente
está propício paraa
empresa
crescer,embora
a
organizaçãopossua
pontos fracos,sendo
assim
aempresa
pode
optar por quatro caminhos: estratégiade
inovação, internacionalização, joint-ventureou
expansão;
d)
De
desenvolvimento - a predominânciaé
de
pontos fortese
oportunidades:o
empresário deve
desenvolver asua
organização,podendo
trabalharcom
o
desenvolvimentode mercado,
desenvolvimentode
produtosou
serviçose
também
desenvolvimento financeiro,de
capacidade
e
de
estabilidade.2.5
Planejamento
Estratégico (PE)»
Entre
as
modalidades
existentesde
planejamento, considerou-seo
planejamento estratégico
como
o mais
adequado
a ser aplicadona
empresa
objetode
estudo, 'principalmente porsua
abrangência, envolvimentoe
interação entreas
áreas
da
organização.Diante
das
incertezas e turbulênciasque
assolam o
cenário empresarial,é
cada vez
maioro
número de empresas que buscam
ferramentase
técnicasque
as
auxiliem
no processo
gerencial.O
Planejamento
Estratégico téuma
dessas
ferramentas. .
Parafraseando
Anthony e
Govindarajan (2002),no
inícioda
década de
50
o
processo de
planejamento estratégico,na
maioriadas empresas,
não
ocorriade
maneira
sistêmica. Salvo exceções,a
administraçãose
preocupava
com
o
planejamentoem
longo prazode forma
não
coordenada
e sistêmica.`
Ainda,
conforme os
autoresacima mencionados,
a partirdo
fimda década
dez 50,
algumas
empresas
adotaram
sistemas formaisde
Planejamento
Estratégico,que,
na
sua grande
maioria,não
obtiveram sucesso. Constituíam-sede
fracasadaptações
de
sistemas existentesde
elaboraçãode
orçamentos;de
dados
utilizados muito
mais pormenorizados
do que
o necessário;da
maior partedo
partici_pantes
passavam
muitomais
tempo
preenchendo
formuláriosdo
que
se
concentrando
em
possíveis alternativas.Dessas
falhas, diversas liçõesforam
aprendidas:mais
tempo
deveria serdespendido
com
análisese
discussões informaise
menos
tempo
com
o
preenchimento
de
papéis, enfatizando-seo
programa e
não
os centrosde
responsabilidadeque
deviam
cumpri-lo.Anthony
e Govindarajan (2002)afirmam
que
atualmentea
quantidadede
detalhes
do Planejamento
Estratégico é muitomenor
do
que
aquelausada na
década de 50 e que
muitasempresas
utilizamas vantagens
de
planos para trêsa
cinco
anos
no
futuro.Nos
diasde
hoje, as organizações investemuma
considerável partede
seu
tempo
planejandoseu
futuro.Como
resultado,surgem
cenáriosque
auxiliamem
uma
direçãoa
sertomada,
,podendo iamesma
serexpressa
atravésde
uma
estrutura formal
com
planos definidos.De
acordo
com
Anthony e
Govindarajan (2002, p. 381), “esses planosformais
são
chamados
planos estratégicos, eo processo
de
elaboração e revisãodesses
planosé
chamado
planejamento estratégico ,[...]".ç
Na
visãode
Megginson, Mosley e
Petri Jr. (1998, p. 165),o
conceitode
Planejamento
Estratégico,nos
dias atuais, tornou-seexcepcionalmente
importantenos
círculos empresariais,em
grande
parte,porque houve
crescentecomplexidade
dos ambientes
internoe
externoe
também
pela sofisticaçãocada vez maior
da
Administração. Assim,
o Planejamento
Estratégico éuma
ferramentapoderosa
eessencial para
a
empresa
chegar
onde
deseja,além
de
aumentar
assuas chances
de
lucratividade, colabora para transformá-laem um
localde
trabalho melhor.O
Planejamento Estratégico inclui atividades que envolvem a definição damissão da organização, o estabelecimento de seus objetivos e o
desenvolvimento de estratégias que possibilitem o sucesso das operações
no seu ambiente
(MEGG|NSON; MOSLEY;
PETRI JR., 1998, p. 165).Para
Oliveira (1993, p. 38),Planejamento
Estratégicoé
um
processo
gerencial
que
permiteao
executivo instituira
direçãoa
seradotada
pelaempresa,
com
o objetivode
obterum
nívelde
otimizaçãona
relaçãodo
empreendimento
com
Na
concepção de
Vasconcellos Filhoe
Machado
(1982),é
um
processo
contínuo e sistemático
de
avaliaçãodos
objetivos.Para
álcançá-los,deve-se
examinar os
pontos fortese
fracos detectadosno
diagnóstico situacional, tirandovantagens
das
oportunidadesque
surgirem, exigindoda
organizaçãouma
capacidade
de
inovaçãoe
adaptação
constantes.Segundo
Tiffany e Peterson (1998),o Planejamento
Estratégico obrigaas
empresas
a pararem
parapensar
sobre oque
estão fazendo, refletindo sobre oque
desejam
no
futuroe
como
pretendem
transformaresse
futuroem
realidade.É
importante esclarecerque o
Planejamento
Estratégiconão
é
um
atoisolado e sim
um
processo
ordenado
ebaseado
em
decisõesestudadas
profundamente, visando
ao
alcancedos
objetivosda empresa
eseu
futuro,sem
colocar
de
lado asmudanças que
ocorrem
no
dia-a-dia e sepreparando
paraas
que
podem
ocorrerno
futuro.Pereira (2002, p. 33),
complementando
essa
idéia,afirma
que:[...] o planejamento estratégico não se trata de
um
jogo de adivinhaçõessobre 0 futuro e sim
uma
linha traçada para 0 alcance deum
objetivo.Porém,
em
momento algum, deve-se construir esta linha de forma rígida.O
plano deverá possuir caráter contingencial, no sentido de apresentar saídas
estratégicas para as situações adversas às desejadas ou de maior
probabilidade quando da confecção do mesmo.
2.5.1
Vantagens e
LimitaçõesDar
ênfaseao
Planejamento
Estratégicoem
empresas de pequeno
e
médio
porte certamente gera beneficios significativos ã
sua
estruturae
resultados.A
vantagem do
Planejamento
Estratégico encaixa-seem
empresas
de
qualquer porte,independente
do número de
funcionários,de
áreasou
departamentos
(VASCONCELLOS
FILHO;
MACHADO,
1982).O
Planejamento
Estratégico permite a interaçãoda
organizaçãocom
o
ambiente
em
que
está inserida,dando
condições àmesma
de
transformaruma
concepção
reativaem
pró-ativa.Concorda-se
com
Vasconcellos Filhoe
Machado
(1982)que
uma
grande
vantagem do
uso
sistemáticodo
Planejamento
Estratégico éque
ele possibilita adefinição
de
uma
direção únicaa
ser seguida por todos,vantagem
essa
decorrenteNum
processo
formalde
Planejamento
Estratégico,surgem
diversasvantagens
para aempresa:
uma
estrutura paraa
elaboraçãodo orçamento
anual;um
instrumentode
aperfeiçoamentode
executivos;um
mecanismo
para levaros
executivos apensarem
em
longo prazo;o
alinhamentodos
executivoscom
as
estratégicas
da
empresa
e o
auxílio para a definiçãode
providênciasem
curto prazonecessárias
ao cumprimento
de
estratégiasde
longo prazo(ANTHONY;
GOVINDARAJAN,
2002).Além de
se
considerar asvantagens
obtidas, deve-se ter claraa
idéiade
que
um
processo
de Planejamento
Estratégico possuisuas
limitações eque
não
proporcionará soluções para todos osproblemas
organizacionais.Para Anthony
e
Govindarajan (2002, p. 386), “háo
perigode o
planejamento
estratégico
acabar se
transformando numakatividade burocráticade preenchimento
de
formulários, divorciadado
pensamento
estratégico”.Conforme
Steiner (apudVASCONCELLOS
FILHO;
MACHADO,
1982),o
Planejamento
Estratégico éum
processo
dispendioso, pois exige dedicação,tempo
e investimentos
em
sua
elaboração,que
acabam,
também,
prejudicando todoo
processo. “
A
instabilidadedo ambiente
externoé
uma
limitaçãoque
se deve
levarem
conta. Outro fator
é a
resistência interna provocada, pois oPlanejamento
Estratégicointroduz
mudanças
na
filosofiada
organização, alterando procedimentos, politicase
rotina
de
funcionários, e, geralmente, qualquermudança
nos
hábitosdas pessoas
provoca
algum
descontentamento.2.6
Modelo
de
Planejamento Estratégico
Existem diversos