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Terceiro Setor, Instituições De Ensino E Educadores Sociais: Formação E Práticas Pedagógicas.

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REPATS, Brasília, V.6, nº 1, p 358-377, Jan-Jun, 2019

Terceiro Setor, Instituições De Ensino E Educadores Sociais:

Formação E Práticas Pedagógicas.

Third Sector, Institutions Of Education And Social Educators:

Training And Pedagogical Practices.

Joel Arruda de Souza

*

RESUMO: Este artigo tem como objetivo analisar a formação dos educadores sociais, suas práticas pedagógicas nas instituições de ensino do Terceiro Setor à luz da qualidade, novos desafios e novas tecnologias em educação. Esse segmento social assume importante papel principalmente em complementação de serviços de educação, formação continuada e profissional. Ainda na mesma linha, identifica os processos pedagógicos aplicados ao sistema e os valores construídos à luz da eficiência e da qualidade almejada na formação.

Palavras – chave: Educação. Terceiro setor. Práticas pedagógicas. Educadores sociais.

ABSTRACT: This paper aims to analyze educational institutions and pedagogical practices of the third sector in the light of the formation of social educators. This social segment plays an important role mainly in complementing education, continuing education and professional services. Still in the same line, it identifies the pedagogical processes applied to the system and the values constructed in light of the efficiency and quality sought in the training of educators. Keywords: Education. Third sector. Pedagogical practices. Social educators.

Recebido em: 02/03/2019 Aceito em: 11/03/2019

* Doutorando em Educação – UNINI –México – Licenciado em Estudos Sociais - Pós-graduado

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INTRODUÇÃO

A educação é dever do Estado e um direito do cidadão como mandamento

constitucional e uma preocupação principalmente em países em

desenvolvimento. O acesso à educação ainda é desafio, mas os dados indicam que a rede de ensino está se ampliando em todos os níveis.

O problema mais grave e atual é a qualidade em desempenhos como o

SAEB – Sistema de Avaliação do Ensino Básico ou PISA – Programa

Internacional de Avaliação de Estudantes - INEP que não vem acompanhando os mínimos índices internacionais de desempenho escolar, principalmente em séries iniciais e finais do ensino fundamental com resultados negativos para o ensino médio e universidades.

A rede educacional no Brasil é formada por escolas públicas, privadas e confessionais e a Constituição de 1988 permitiu um nascimento e crescimento de inúmeras instituições e institutos para complementação da democracia participativa e da própria natureza plural da sociedade. Assim, por exemplo, ONGs, Institutos e Associações que desenvolvem atividades educacionais para inserção de jovens e adultos que estão fora da escola formal.

Dentro deste contexto, alinhado com outros problemas sociais como desagregação das famílias, crises econômicas, ausências de projetos futuros e crises políticas resultam em altas taxas de criminalidade juvenil, já que são as minorias que mais sofrem com os problemas sociais. As políticas públicas de qualidade como formação de professores, estratégias de ensino, acesso à internet, melhoria da estrutura e outras medidas que possam melhorar o desempenho e reduzir a evasão são diminuídas, os acessos limitados e a rua vira espaço de grande vulnerabilidade.

A educação pública não consegue atender todas as demandas sociais e a evasão escolar em conjunto com outros fatores sociais como desemprego, criminalidade, drogas e vulnerabilidade social atingem diretamente crianças e jovens que sãos os grupos sociais mais expostos com consequências imediatas em escolas.

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Neste cenário surge a educação social de rua como uma prática social construída entre os anos 80 e 90, quando a problemática das crianças e adolescentes marginalizados ganhou visibilidade no cenário de políticas públicas. Emerge das referências teóricas da Educação Popular, entendida aqui, como uma prática social de engajamento político e de luta pela transformação da sociedade com papel importantíssimo na busca de uma consciência crítica da realidade e na conquista de direitos sociais de diversos segmentos da sociedade brasileira.

Este novo espaço de atuação de educadores sociais formais em escolas públicas, privadas e o terceiro setor conjuntamente com os espaços não formais conhecidos como oficinas e ruas, isto é, em espaços adaptados para realização de atividades complementares aos grupos sociais vulneráveis.

Aproveitando a lacuna, os novos desafios de melhoria de qualidade, redução da evasão e melhorias dos índices oficiais, o Terceiro Setor aumentou sua gama de participação na construção de uma rede de assistência social, cultural e educacional para complementação da atuação do Estado. Institutos, associações e organizações não governamentais desempenham atividades recreativas, educacionais, culturais com a utilização de educadores sociais em espaços formais e não formais.

Como a educação está se transformando, mudando o centro de gravidade e atenção voltada para novas competências, adquirindo novos significados, novas tecnologias, novas profissões, plataformas educacionais inteligentes, utilização de vídeos, inúmeras outras iniciativas impactam diretamente na formação dos educadores que se coloca como tema principal do trabalho. O debate não simplesmente focado em novas tecnologias, mas em como a formação de professores podem ajudar e incrementar o trabalho dos educadores sociais e como sua atividade pode se tornar mais efetiva e emancipatória, pois essa é a função precípua da educação: tornar o aluno mais autônomo e capaz de atuar com competência em sua esfera social.

A ênfase do trabalho é a formação de professores/educadores sociais em espaços formais e não formais para melhorar e aumentar a qualidade da intervenção educacional em instituições de Terceiro Setor, tendo em vista que a

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educação é atividade complexa, demanda estrutura ampliada, física, projeto pedagógico, pessoal de apoio especializado e professores com formação continuada. No caso de ausência de estruturas formais, a formação educacional em Terceiro Setor vai permitir a criação e adaptação pedagógica de espaços de ruas e oficinas para estruturação de atividades pedagógicas.

1. TERCEIRO SETOR: Surgimento e seus significados.

O Terceiro Setor é fruto da fraternidade e da solidariedade preconizada modernamente pela Revolução Francesa e os ideais de uma sociedade justa e organizada. O Estado capitalista possui limites de investimentos e sua atuação precisa ser complementada e até substituída por institutos e instituições que possam desempenha com qualidade esse papel fundamental.

O Terceiro Setor é aquele que não é público e nem privado, no sentido convencional desses termos; porém, guarda uma relação simbiótica com ambos, na medida em que ele deriva sua própria identidade da conjugação entre a metodologia deste com as finalidades daquele. Ou seja, este seguimento é composto por organizações de natureza “privada” (sem o objetivo do lucro) dedicada à consecução de objetivos sociais ou públicos, embora não sejam integrante do governo (Administração Estatal), tal como demonstrou Eduardo Sabo (2006:122)

O Brasil definiu em sua Constituição de 1986 que as instituições filantrópicas são imunes ao pagamento da contribuição previdenciária, não reconhecendo assim a existência de fato gerador que permita a cobrança deste tributo por qualquer parte. O país, dessa forma, decidiu realizar um investimento nas instituições filantrópicas através da extrafiscalidade, modalidade de investimento indireto caracterizada por investir ao não cobrar determinado de tributo. (Fonif,2018:11)

A Constituição define os limites de atuação do terceiro setor no Capítulo da Assistência social em seu artigo 203 que preconiza ás seguintes linhas de atuação: “I – Proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à

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promoção da integração ao mercado de trabalho, A habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária”; (Constituição Federal, art. 203).

Também Padilha (2002:23) defende que a tradicional dicotomia entre o Setor Público e Privado foi quebrada com o surgimento do chamado Terceiro Setor. Além do Estado, conhecido como Primeiro Setor, e o Mercado, que corresponde ao Segundo Setor, surge essa terceira facção que pode ser definida como um conjunto de organizações de origem privada e finalidade não lucrativa, cujo objetivo é promover o bem-estar social através de ações de assistências, culturais e de promoção da cidadania.

A autora acima citada defende que a incapacidade do Estado de prover todas as carências sociais, que em regra, não encontra no mercado um interesse direto na sua resolução, fez emergir de diversos segmentos da sociedade iniciativa para construção da vida comunitária. E como reafirmamos, os grupos mais vulneráveis ficam expostos: Idosos, mulheres, negros, índios, crianças e jovens que acabam sofrendo diretamente o impacto da ausência do Estado e de suas políticas públicas.

Segundo dados oficiais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA),

o Brasil possui 820.4551 instituições classificadas como Organizações da

Sociedade Civil (OSCs), base 2018, tipicamente de natureza privada sem fins lucrativos. Atuantes em múltiplas áreas de interesse social e serviços essenciais para a população, as OSCs desempenham um papel fundamental na sociedade em parceria com o poder público, iniciativa privada e cidadãos brasileiros.

Já a partir da realização da pesquisa “A Contrapartida do Setor Filantrópico no Brasil”, dentro deste universo das OSCs, foi possível identificar 11.868 instituições filantrópicas, que contam com a Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social (CEBAS), representando cerca de 1,4% do total das OSCs do Brasil.(Fonif,2018:09)

1 Mapa das OSCs IPEA https://mapaosc.ipea.gov.br citado em FONIF- 2018 – Fórum Nacional

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Também entidades do Sistema S: SESC, SENAT, SESI dentre outros instituíram escolas de qualidade para atender todos os níveis de educação: básica, fundamental e superior na busca de complementar o sistema educacional e melhorar a formação de crianças e jovens para o mercado de trabalho.

Outros grupos sociais em Terceiro Setor, principalmente as Instituições Religiosas realizam diversas iniciativas para o combate da discriminação e marginalização de crianças e jovens.

Podemos afirmar que o movimento de defesa pelos direitos da criança e do adolescente, composto por grupos de diversos setores da sociedade (igreja, militantes, organizações não governamentais e sociedade civil entre outras), teve uma ação de mobilização coletiva em nível nacional que garantiu, em 1990, a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. Este ordenamento jurídico estabeleceu um marco no avanço de uma mudança na concepção de criança e adolescente e de política de atendimento, substituindo algumas práticas assistencialistas e repressivas que vigoravam junto ao Código de Menores e a Política Nacional de Assistência Social, por práticas progressistas apoiadas na perspectiva da cidadania. (Vangrelino, 2004:01)

Estamos em um processo de metas e iniciativas de instituições públicas, privadas e terceiro setor na busca do acesso e da qualidade em educação no Brasil como desafio para as próximas décadas. O Terceiro Setor vem buscando espaços de formação e protagonismo em políticas públicas de qualidade com indicadores melhores que os encontrados em escolas particulares.

Como exemplo de indicadores na Educação, a taxa de evasão de alunos durante o curso, a empregabilidade no mercado de trabalho, o apoio social na forma de moradia, transporte, alimentação, material didático, bolsas (trabalho/permanência) e realização de atividade extracurricular (estágio não obrigatório, extensão, monitoria e pesquisa), a geração indireta de emprego e renda para profissionais com formação superior, dentre outros. (Fonif,2018:14)

Com base neste contexto de maior participação de entidades em assistências sociais e em educação, identificamos os profissionais que atuam como educadores sociais, que na realidade são professores populares, voluntários ou

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profissionais de diversas áreas que educam, profissionalizam diversos grupos sociais do Terceiro Setor que muitas das vezes não possuem formação pedagógica, mas que atuam fazem excelentes projetos sociais de complementação de estudos.

Assim, ao longo das últimas décadas, pelo menos, uma mudança concreta pode ser observada: a gestão de projetos de educação não escolar, realizada por entidades do chamado terceiro setor e/ou por organizações não

governamentais – ONGs –, tem configurado um novo cenário para as

experiências de educação fora do âmbito escolar e demonstrado a crescente omissão do Estado de suas responsabilidades sociais. (Moura e Zucchetti:2010:06)

Outra mudança relevante pode ser observada na forma que a maioria destas práticas de educação fora da escola vem perdendo muito de suas características de projeto popular de transformação social e de formação da consciência, com exceção apenas daquelas experiências que nasceram e ainda permanecem vinculadas aos movimentos sociais populares e a segmentos específicos da Igreja, que demarcam suas lutas nas dimensões ético-políticas e educativas. (Moura e Zucchetti : 2010:06)

Projetos sociais de rua são acolhidos adaptados em para instituições mais organizadas, formais e com pessoal capacitado para enfrentar desafios educacionais de maior qualidade para enfrentamento do desafio da qualidade da formação dos alunos.

As atividades e atribuições do Terceiro Setor vêm ganhando espaço e exigindo maior profissionalização de suas instituições, principalmente aquelas que tratam de crianças, adolescentes, idosos, mulheres, formação profissional, meio ambiente, dentre outros considerados setores vulneráveis e de grande risco social. A demanda agora é pela estruturação de espaços mais qualificados, aumentar a eficiência e efetivar sua participação em processos educacionais formais e não formais que demandem maior atenção.

Na realidade essa é uma mudança de paradigma das instituições de ensino que trabalham em terceiro setor, sair de uma posição assistencialista, não formal, de rua para uma esfera fomentadora de mudanças sociais efetivas com

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resultados educacionais de qualidade. Promover o engajamento social dentro da rede educacional para superação dos problemas sociais sem perder sua natureza e atribuições. Natural que ainda existam iniciativas não formais de qualidade já que a natureza da intervenção é complexa e se faz necessária uma aproximação maior com outros segmentos como psicólogos, assistentes sociais, psiquiatras, orientadores educacionais e terapeutas ocupacionais, já que a abordagem é multidisciplinar.

2. INSTITUIÇÕES DE ENSINO DOTERCEIRO SETOR

O Terceiro Setor busca estruturar instituições que possuam o mínimo de qualidade para não praticar os mesmos problemas que as instituições públicas e privadas estão atravessando: acesso e baixa qualidade em nossas instituições de ensino formais e não formais.

Neste documento sobre a Filantropia na Educação, abordaremos as 2.429 instituições filantrópicas (CNPJs) da área de Educação Básica e Superior, que possuem a imunidade constitucional sobre o pagamento da cota patronal, montante este que, em 2016, foi na ordem de R$ 4 bilhões.

Em resumo, estas instituições de Educação representam cerca de 2,5

milhões de alunos – sendo 2,4% de todos os alunos do país matriculados na

Educação Básica e 15,1% de todos os alunos do país matriculados na Educação Superior – que recebem uma educação de altíssima qualidade, cerca de 17% superior à média das demais escolas de Educação Básica e 7% superior à média das demais instituições de Educação Superior, sendo, em muitos casos, de forma gratuita através da oferta de cerca de 725.000 bolsas de estudo. (Fonif, 2018:35)

Os governos FHC, Lula e Dilma deram ênfase ao acesso aos sistemas educacionais e a qualidade não acompanhou a expansão. O governo que se apresenta com indicações liberais e privatistas abrirá mais caminho para atuação do Terceiro Setor no preenchimento de políticas educacionais de educação e complementação em turnos contrários.

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O Plano Nacional de Educação Brasileira define 10 diretrizes que devem orientar a educação Brasileira nesta década e estabelece 20 metas a serem cumpridas no prazo de sua vigência. A partir das metas, o Ministério da Educação através do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira publicaram em 2018, o Relatório do 2º Ciclo de monitoramento dessas metas.

Com os dados do relatório demonstramos as principais conclusões do Relatório chegamos ás seguintes considerações: o Brasil apresenta progressos em relação à cobertura da educação infantil para crianças de 0 a 3 anos e de 04 a 05 anos de idade no período de 2004 a 2016. A meta 01 era universalizar a pré-escola em 2016, mas a tendência do indicador sugere que a meta pode ser alcançada em 2018 e 2020, uma vez mantida a curva de crescimento. (Brasil, 2018:30)

Já em relação ao ensino fundamental (06 a 14 anos) houve contínuo progresso, embora com taxas menores a partir de 2012. O desafio da universalização será alcançado, mantidas os investimentos, em 2024. (Brasil,2018:50)

Já em relação aos jovens de 15 e 17 anos, o relatório trouxe uma trajetória de crescimento, mas a meta de universalização para 2016 não foi alcançada. Existem vários fatores que afetam essa população: taxas de desemprego, pobreza, desigualdades de gênero, populações rurais e urbanas e vários aspectos regionais com taxas variando muito em regiões Nordeste e Norte em relação às regiões Sul e Sudeste e sugere que os Gestores fiquem atentos aos critérios e dados para alcançarem sucesso em investimentos em educação. (Brasil, 2018:72)

Os dados acima demonstram que o acesso e as metas estão em cursos e a qualidade ainda é o desafio principal. Neste contexto, o Terceiro Setor pode suprir e investir em instituições já certificadas em sua qualidade para atuar em segmentos em que o Estado ainda carece de qualidade. Esse movimento vem aumentando a participação dessas instituições no sistema educacional.

Assim, a quantidade inicial de instituições consideradas na avaliação é de 2.429 CNPJs. Destas, 2.236 instituições possuem atuação na Educação Básica

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e 193 instituições possuem atuação na Educação Superior. De acordo com estes registros, a quantidade de estabelecimentos mantidos por estas instituições é de 3.854 estabelecimentos de Educação Básica e 378 estabelecimentos de Ensino Superior, apresentando uma média de 1,58 estabelecimentos por CNPJ na Educação Básica e 1,95 estabelecimentos por CNPJ na Educação Superior. (Fonif, 2018:39)

Juntamente com o crescimento e a qualidade, o Terceiro Setor pode atuar com a qualidade e estruturas já existentes para o combate da evasão e do aumento da qualidade em educação, principalmente em grandes cidades.

Neste contexto, a formação de professores ou educadores sociais aparece como mola propulsora de qualidade, até por que o texto defende que toda formação para qualidade para por formação de equipe como atividade principal, a escola pode ter tudo, mas se a formação dos professores for precária, todo esforço material e organizacional fica comprometida em suas metas de qualidade, isso serve tanto para escolas públicas, privadas e terceiro setor.

As instituições de Terceiro Setor se organizam, em nível educacional, para complementar ou suplementar a educação formal envolvendo outros atores sociais, voluntários e cooperação e ações de cidadania. Escolas organizadas de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e os Conselhos Estaduais em educação. Outras instituições atuam como segmentos associativos para complementação da educação formal em espaços não formais.

As escolas filantrópicas empregam mais de 180.000 funcionários, considerando inclusive 41 os profissionais escolares em sala de aula. Em relação ao total de funcionários da educação básica, a filantropia representa 3%. Considerando apenas os funcionários contratados por escolas privadas, este percentual chega a 14% do total do país. Destaque para maior predominância e representatividade (Fonif,2018:41)

Considerando os dados de 2016, o Brasil possui 187.891 estabelecimentos de Educação Básica em atividade, como creches e escolas de educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, curso técnico e educação de jovens e adultos (EJA). Destes, 3.624 são estabelecimentos filantrópicos,

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representando 2% do total do país e 9% do total dos estabelecimentos privados.(Fonif,2018:39)

O primeiro exemplo pesquisado é o movimento Pró- Criança que atua na Região Metropolitana do Recife-Pernambuco. Essa ONG, ligada à Arquidiocese de Olinda e Recife, executa obra de educação complementar, concentrada nos seguimentos das artes, do apoio pedagógico, da prática de esporte e da profissionalização de crianças, adolescentes e jovens. Ao longo de duas décadas mais de 15.000 beneficiários já foram atendidos (Movimento Pró-criança, 2018).

Para tanto, o Pró-Criança possui uma estrutura bem definida, cuja gestão se apoia em recursos humanos qualificados e em bases de sustentabilidade garantida por recursos financeiros majoritariamente obtidos pela captação de doações de pessoas físicas, mobilizadas mediante políticas de comunicação e marketing social. Nos últimos oito anos, as contribuições individuais passaram de 23% na composição de suas receitas para cerca de aproximadamente 60% (MOVIMENTO PRÓ- CRIANÇA, 2015). Seu quadro de colaboradores é formado por aproximadamente 120 funcionários e 50 voluntários (pedagogos, educadores, psicólogos e assistentes sociais), distribuídos em três unidades: a) Unidade dos Coelhos, onde está sua sede no Recife; b) Unidade Piedade, localizada em Jaboatão dos Guararapes; e c) Unidade Recife Antigo, considerada o centro cultural da instituição (MOVIMENTO PRÓ-CRIANÇA, 2018).

No tocante à educação complementar, esta pode ser categorizada de acordo com as linhas programáticas do projeto político-pedagógico do Pró-Criança: Psicossocial; Empregabilidade e Cidadania, Gestão e Governança e Infanto-Juvenil, tal como identificadas junto com seus gestores. Até chegar à conformação dessas atividades, a entidade desenvolveu uma filosofia assistencialista de trabalho, em função da preocupação manifestada por um grupo de pessoas ligadas à Igreja Católica, interessadas em pôr em prática algumas ideias voltadas para a realização de trabalhos sociais e minimizar os problemas vivenciados pelas crianças, adolescentes e jovens carentes da RMR,

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bem como mudar a história dessas pessoas, muitas sem expectativa e sem autoestima. (Oliveira e Sobral, 2017: 07)

Outro exemplo da atuação do Terceiro Setor em educação é a

contribuição da Rede Leitora2 “Ler pra Valer” na formação de leitores na

comunidade do Coroadinho em São Luiz do Maranhão que, através da leitura incentivam a mudança social, a importância da leitura como instrumento de inclusão social e a criação do hábito e grupos de discussão como emancipação social e debates sobre cidadania.

Temos movimentos de meninos de rua nos grandes centros urbanos, principalmente inúmeras instituições em São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Brasília e grande rede do terceiro setor em outros estados acolhendo jovens com instituições formais e outras de primeiro acolhimento para atendimento em ruas, praças, rodoviárias, viadutos, ou seja, o espaço de rua educativo.

A polêmica ou o problema encontrado é que tanto em espaços formais ou espaços informais, o quesito qualidade apresenta níveis de efetividade abaixo dos índices mínimos de aprendizagem. A corrida por uma educação de qualidade deve acontecer em todos os espaços de aprendizagem para que o Brasil possa acompanhar as transformações tecnológicas e os desafios que o mercado de trabalho atravessa.

Os empregos formais estão em declínio, inúmeras profissões estão extintas e a educação será caminho de criação de oportunidades e alternativas para enfrentar os desafios do trabalho em transformação.

3. O EDUCADOR SOCIAL COMO PROTAGONISTA DAS MUDANÇAS SOCIAIS.

A educação é fenômeno complexo e estruturar instituições e intervenções educacionais exige qualificação profissional. Espaços formais e até mesmo em

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ruas, os profissionais devem ter um mínimo de formação para atuar, emancipar e promover a cidadania.

A formação de professores, aqui denominados educadores sociais, devem reconhecer com as profundas mudanças na conjuntura econômica globalizada, a política neoliberal tem atingido os direitos sociais arduamente conquistados, desestruturando as políticas de formato universal e transferindo a operacionalização e gestão de áreas sociais de responsabilidade do Estado para o setor privado, também denominado como terceiro setor (organizações privadas sem fins lucrativos compostos de ONG’S, organizações sociais, entidades assistenciais e filantrópicas, alguns movimentos sociais, empresas denominadas cidadãs, etc.) de modo que este passa a ser financiado para que desenvolvam programas junto as comunidades empobrecidas e/ou com grupos de população de e na rua. (Vangrelino, 2004:04)

Ela defende que perfil e o caráter da formação dos educadores sociais também se alteraram diante desta mudança. Inicialmente a ênfase na formação deste educador se referia ao seu compromisso social, político e ideológico, prevalecendo o processo de formação por meio da militância como, por exemplo, na Pastoral do Menor e ou no Movimento Nacional de Meninas e Meninos de Rua. (Vangrelino, 2004:04)

O contexto é uma proposta de formação política educacional atuante em comunidades carentes, ausentes de protagonismo social e com atuação precária do Estado. Desenvolvem-se neste ambiente, necessidades mínimas de formação mais estruturada e não apenas uma atuação temporal e imediatista que não enfrenta o problema em sua origem, apenas atenua ou adia problemas sem apresentar soluções.

Diante desta conjuntura, a educação social tornou-se uma prática social definida por uma área temática, a da criança e do adolescente de e na rua, desenvolvendo ações educativas em diversos tipos de projetos ou programas sociais com proposta político-pedagógica explícitas ou não, ora implicados na luta política pelo reconhecimento dos direitos de cidadania deste grupo social, ora exclusivamente interessados no acesso a verbas e financiamentos para garantir sua existência. (Vangrelino, 2004:04)

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Por outro lado, as instituições formais públicas e privadas também atravessam os mesmos problemas de qualidade e mudança tecnológica. As instituições de terceiro setor se apresentam com novas propostas para melhoria do paradigma da transmissão e desenvolvimento educacional nos modelos tradicionais.

A educação desenvolvida nas escolas não é, também, um processo de socialização carregado de valores? Pensamos que sim. A diferença entre o que se ensina e aprende no interior da escola daquilo que se ensina e aprende nos processos de socialização próprios da família, de uma comunidade (ou bairro), do clube ou dos amigos é que os valores transmitidos e legitimados pela escola são os valores próprios da cultura hegemônica, que se autoproclama erudita, certa, neutra, padrão, em detrimento das culturas populares que são consideradas desviantes e, por este motivo, inferiores. (Moura e Zucchetti: 2010:07/8)

Acrescentamos que, na educação desenvolvida na escola, não existem os processos de compartilhamento de experiências, principalmente, em espaços e ações coletivas cotidianas. Na escola, a despeito da sua explícita intenção de ensinar apenas os valores próprios da cultura hegemônica (erudita), também circulam os valores de outras culturas de pertencimento, herdados pela tradição oral e, principalmente, sentimentos, emoções e paixões. Somente nessa perspectiva, tendemos a concordar que educação desenvolvida nas escolas ocorre fora do “mundo da vida”. (Moura e Zucchetti: 2010:08)

O contexto da escola formal é conservador e o espaço de “rua” é libertador? No momento discordamos de ambas as falas para estabelecer propostas de formação de educadores para atingir níveis de educação com padrões de qualidade mínimos no Brasil. Claro que outras ações devem ser propostas, formação de professores e educadores faz parte de estratégias fundamentais para alavancar a qualidade. As questões ideológicas não devem nortear de forma principal o debate de formação dos professores e também não devem ser alijadas do debate, apenas estamos diante de questões complexas e fundamentais em ambos os espaços educacionais: escolas tradicionais, ruas e oficinas sociais.

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Considerando-se que o campo de atuação do educador social é muito diversificado e permite que encontre lado a lado educadores com formações em diferentes níveis de ensino, com diferentes vínculos institucionais (voluntário, funcionários contratados por ONGS, funcionários contratados pelo Estado ou militantes em movimentos sociais), que tem exigido, além da militância, novos conhecimentos para o desempenho de suas tarefas e que principalmente, a formação acadêmica desses profissionais, em qualquer nível de ensino, não os prepara para o tipo de prática e postura educacional para educar crianças e adolescentes de e na rua faz necessário compreender melhor como se formam estes educadores sociais. (Vangrelino,2004:05)

Daí a necessidade de melhor formação de professores, educadores sociais e todos os profissionais que trabalham em educação em instituições de terceiro setor. A oportunidade é de atuar e complementar com eficácia ações educativas com maior repercussão social.

4. SOLUÇÕES PEDAGÓGICAS AO SISTEMA E A QUALIDADE.

Os termos utilizados para definir as práticas de educação no campo social são diversos: educação não formal, educação informal, atividade extraclasse e/ou apoio socioeducativo, estes últimos quando voltados especificamente a crianças e jovens. Trata-se de práticas bastante heterogêneas, constituindo experiências e atividades de educação realizadas no interior dos movimentos sociais, organizações governamentais e não governamentais que acolhem crianças, jovens, mulheres, moradores dos bairros de periferias das grandes cidades, entre outros, e que desenvolvem desde ações assistenciais de alívio à pobreza até práticas de militância, sociabilidade, formação para o trabalho.

Nesse campo é possível localizar até mesmo experiências que muitas vezes legitimam o trabalho infantil em nome da formação do futuro trabalhador ou formam para atividades de baixíssima qualificação. (Moura e Zucchetti, 2010:02)

Experiências educacionais tecnológicas e atividades pedagógicas são fundamentais para formação, desenvolvimento de projetos artísticos, mentoria,

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danças, esporte, luta, roda de leitura, seminário e principalmente cursos profissionalizantes devem fazer parte do cabedal de complementação de estudos do terceiro setor. Nos espaços formais, o uso de computadores, programas, aplicativos educacionais e toda estratégia moderna adotadas em escolas modernas para melhor aprendizagem e autonomia do educando.

Os problemas de formação são muitos e as metas são verdadeiros desafios a serem enfrentados, como ensinar novas tecnologias e novas aprendizagens aos professores e educadores sociais que foram formadas em escolas tradicionais e focadas em transmissão exclusivamente de conteúdos e focadas toda aprendizagem no professor?

É importante enfatizar que as oficinas e os grupos sócios educativos são exemplos de que com suas experiências os educadores criaram estratégias e metodologias, mesmo no ambiente de isolamento e frustração em que trabalharam. Estas experiências valem como contribuição para formação de qualquer educador, por exemplo, a possibilidade da criação, mesmo que solitária, das metodologias de trabalho. (Vangrelino, 2004:11)

Atualmente existe um debate em todos os âmbitos escolares sobre metodologias ativas que possam aumentar a emancipação dos alunos e tirar o foco da aprendizagem dos professores, isto é, aumentar o cabedal de competências dos alunos em situações concretas e o uso de muitas tecnologias educacionais.

Além de todos os problemas para enfrentar, os profissionais que se transformam em professores e educadores são de diversos campos do conhecimento e muitos sem nenhuma formação pedagógica e acabam por encarar sua atuação em assistência social e não educação social. Educação sem proposta, currículo, avaliação, participação e emancipação não se concretizam, leva ao paradigma da ineficiência do sistema. O resultado é a exclusão dos incluídos, isto é, espaços educativos formais e não formais que não educam, gastam muito investimento e não promovem o mínimo de qualidade educacional.

São vários os fatores que tornaram o profissional formado na área de Ciências Humanas em educador social. Um primeiro fator, intrínseco a origem

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deste tipo de profissional, o assistente social e o trabalhador social. Em segundo lugar, a crescente abertura de campo de trabalho no setor social para os profissionais das áreas de Ciências Humanas, principalmente para psicólogos, assistentes sociais, sociólogos e pedagogos. (Vangrelino, 2004:07)

Muitos se tornam educadores sociais por necessidade e não por vocação e ainda enfrentam diversas formas de discriminação para atuar na proteção e prevenção de atos infracionais.

A marginalização sofrida por estes educadores, uma vez que estigmatizados como “protetores dos desviantes”, também é um aspecto que possivelmente os impeçam de reconhecerem como válidos os conhecimentos produzidos também nas suas práticas, bem como, os conhecimentos produzidos por crianças, adolescentes e suas famílias nos modos singulares de conduzir a vida. (Vangrelino, 2004:10)

O trabalho reconhece a educação formal e educação de rua como espaços institucionais e não institucionais formais e não formais, só que ambos trabalham em contextos distintos e com propostas pedagógicas diferentes. O primeiro formal trabalha em escolas e institutos e o segundo em ruas e em segundo momento, em oficinas de formação profissional. O Terceiro Setor pode e faz um papel importante na formação dos Educadores e dos espaços informais, na medida em que se insere em oficinas e cursos abertos à comunidade.

Os conceitos aqui definidos não consenso entre os especialistas, pois a classificação tem suas diversas interpretações sobre os espaços educacionais e a formação de professores, já que diversas posições possuem alto grau de valoração ideológica e fazem parte da escola crítica de educação que busca atuação política e engajada dos espaços educacionais.

Diante do exame dos sentidos do termo formal, fomos conduzidas a rejeitar, de imediato, uma compreensão mais apressada de que a adoção do termo “não formal” poderia justificar-se pela sua oposição à formalização da escola e suas legislações, que impõem a participação compulsória de segmentos da sociedade de acordo com faixas cronologicamente estabelecidas. Em primeiro lugar porque considerando a emergência de legislações afirmativas que sugerem ações que resgatam e reafirmam os direitos sociais da cidadania,

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passamos a suspeitar que essas práticas socioeducativas embora, geralmente, ocorrendo fora dos muros escolares, também se configuram como formais na medida em que se tornaram convencionais, institucionais. (Moura e Zucchetti, 2010:03)

O processo de formação dos educadores sociais e os seus aprendizados no se tornar educador foram analisados em dois espaços de trabalho diferentes: a rua e a oficina. No espaço de trabalho rua acontece abordagem de rua que teve suas formas de organização definidas de acordo com as propostas referentes a cada momento de reestruturação do programa sócio educativo. O espaço de trabalho da oficina é o espaço no interior da instituição, com faixa etária definida, rotina, regras e limites. (Vangrelino, 2004:10)

O espaço da oficina é caracterizado como lugar de atuação do educador que mostra no depoimento dos educadores a participação transformadora das crianças e adolescentes atendidos, transformando também sua concepção de criança e de adolescente. Dentro de uma estrutura institucional mais rígida, surgem acontecimentos, aberturas para experiência finitas e singulares como a transformação do espaço de oficina em lugar de ser e estar. (Vangrelino, 2004:11)

Esses espaços independentes de suas classificações devem ter como foco, a qualidade e a emancipação definitiva dos educandos, sabemos que o trabalho de educador social em oficinas e em ruas não é tarefa fácil, exige um acompanhamento das ações para legitimar essa intervenção.

É um indicador importante para a formação do educador a troca entre eles, dividir experiências e partilhá-las com os demais. Os espaços de parceria com o centro de saúde, as escolas, as creches, os centros de juventude e com outras pessoas ou grupos da comunidade são espaços de aprendizagem para se aprender a ser educador no coletivo, para sua construção da concepção de educação como um ato coletivo. (Vangrelino, 2004:11)

O espaço da rua é repleto de incertezas e com muitos caminhos para serem percorridos, não existe uma definição clara de estratégias educacionais, daí a necessidade de abordagem e posterior intervenção social de qualidade. O terceiro setor faz e deve fazer algo “diferente” dos sistemas educacionais e de

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intervenção social para não ficar praticando modelos pedagógicos ultrapassados e assistencialismo social de baixa qualidade que enfraquecem e deslegitimam sua atuação para enfrentar os dilemas educacionais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As conclusões são preliminares e os desafios são muitos na formação de professores e educadores para trabalharem em instituições de terceiro setor. A formação deve ser meta principal e a qualidade com foco em desenvolvimento de novas tecnologias, formação profissional, meio ambiente, direitos humanos e empreendedorismo. Os desafios passam por uma formação mínima e consistente de professores e educadores sociais de diversas áreas de atuação em pedagogia, novas tecnologias educacionais e metodologias ativas.

O terceiro setor deve estar atualizado com os desafios educacionais para atuar de forma efetiva e coerente com sua proposta de educação e complementação de estudos. Os espaços de rua e oficinas devem buscar outras formas de intervenção social mais efetiva e com estruturas melhores para troca de experiências e profissionalização dos jovens. Sabemos dos desafios da sensibilização de rua ao caminho da oficina ou em instituições formais, mas temos que enfrentar o problema. A educação de qualidade é a ferramenta que o terceiro setor pode ampliar sua atuação com qualidade e emancipação social.

Sem perder foco da formação continuada dos professores e educadores sociais já que a atuação em terceiro setor deve ter um diferencial das instituições credenciadas do sistema, pois o enfrentamento da qualidade é um desafio para o terceiro milênio para todos os sistemas educacionais nacionais e internacionais.

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REFERÊNCIAS

BRASIL, Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Relatório do 2º Ciclo de Monitoramento das Metas do Plano Nacional de Educação – 2018. – Brasília, DF: Inep, 2018.

DEMO, Pedro. Educação hoje: “novas” tecnologias, pressões e

oportunidades. /Pedro Demo – São Paulo: Atlas,2009.

FILANTRÓPICAS, Fórum Nacional das Instituições – F0NIF. Instituições

Filantrópicas são essenciais ao desenvolvimento do País – Pesquisa: A contrapartida do setor filantrópico para o Brasil. 2018. Audisa – Auditoria e Consultoria. Strategy Partners.

FREIRE, Paulo, 1921-1997. Pedagogia da tolerância/ Paulo Freire; organização, apresentação e notas Ana Maria Araújo Freire – 2ª Edição – Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 2013

Há esperança: outro mundo é possível: reflexões para ajudar a vencer a desesperança no mundo/ José Lisboa Moreira de Oliveira; Luiz Síveres (Organizadores) – Brasília: Alia Opera. 2011. 207 p.

Inovações e métodos de ensino para nativos digitais/ Marcelo Veras, organizador. – São Paulo: Atlas,2011.

PADILHA, Andrea Fernandes Nunes. Terceiro setor: fiscalização e outras formas de controle – Recife: Nossa Livraria, 2002. ISBN 85-88144-11-5

PAES, José Eduardo Sabo. Fundações e entidades de interesse social: aspectos jurídico, administrativos, contábeis, trabalhistas e tributários./ 6ª ed. Ver, atual, e ampl, de acordo com o novo Código Civil Brasileiro. – Brasília: Brasília Jurídica,2006.

SCHILLING, Flávia. Educação e Direitos humanos percepção sobre a escola justa: resultados de uma pesquisa/ Flávia Schilling – São Paulo: Cortez, 2014. http://www.anped.org.br/sites/default/files/gt06430int.pdf

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