UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEAR4
CENTRO DE CICIAS AGR4RIAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA
li3SLCM
CONSIDERACSES GERAIS SOBRE CONSTRUÇZO
DE JANGADA DE 1- BUAS NOS
MUNICÍPIOS DE BEBERIBE E FORTALEZA - CEAR4
Franciano Beserra Pinto
Dissertação apresentada ao Departamento de Engenharia de Pesca do
'Centro de Ci&ncias Agrarias da Universidade Federal do Ceara,
como parte" das exig&ncias para obtenção do titulo de Engenheiro
de Pescas
FORTALEZA - CEAR4
i993,i
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará
Biblioteca Universitária
Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
P728c Pinto, Franciano Beserra.
Considerações gerais sobre construção de jangada de tábuas nos municípios de Beberibe e Fortaleza -Ceará / Franciano Beserra Pinto. – 1993.
32 f. : il.
Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 1993.
Orientação: Prof. Me. Moisés Almeida de Oliveira.
1. Engenharia de Pesca. 2. Jangadas. I. Título.
---Prof.
Adjunto - Moisés Almeida de Oliveira-
Or
-COMISSO EXAMINADORA:
Prof.
Adjunto - Moisés Almeida de OliveiraProf.
Auxiliar - José Wilson Caliope FreitasProf.
Adjunto - Carlos Geminiano Nogueira CoelhoVISTO:
Prof.
Adjunto - Luis Pessoa Araggo- Chefe do Departamento de Engenharia de Pesca -
Prof.
Adjunto - Moisés Almeida de OliveiraCONSIDERAO3ES GERAIS, SOBRE CONSTRW40 DE JANGADA DE T413UAS
NOS MUNICiPIOS DE BEBERIBE E FORTALEZA - CEAR.
P. INTRODUC40
Estima-se que pf.,,qrn artesanal marítima no Estado do Cear .,-it
responsvel por uma boa parcela do pescado capturado, e que
grande parte da produqo provem de pescarias realizadas por
jangadas de tbuas, que as mesmas encontram -se bastante
difundidas em quase todo litoral cearense.. Portanto conveniente
obter -se mais informaç3es sobre as jangadas de tabuas.
As jangadas passaram por v:g.rios estgios evolutivos at o
atual. Acredita -se que a primeira jangada surgiu inesperadamente,
quando no passado, algum homem primitivo que estava sendo tragado
pelas agarrou -se em pedaços de zirvores e conseguiu safar -
se do afogamento. Desde entao, o homem percebeu que poderia
deslocar -se sobre as .43uas utilizando troncos amarrados uns aos
outros. Deste modo, surgiu a jangada primitiva que foi utilizada
por quase todos os povos do passado. Quando os portugueses
chegaram ao Brasil, verificaram que os aborígenes da Regiao
Nordeste, utilizavam embarcaç3es bastante rudimentares, feitas de
troncos de uma 'itrvore chamada pidba, que eram usados para
deslocar -se pr6ximo ao litoral. Eram embarcaç3es simples, que com
o
decorrer dos anos foram recebendo acess6rios, como: banco degoverno, espeque, vela latina, bolina, banco de vela, tamanho e
ndmero definidos de paus de jangada.
Hzi., partindo do Rio Grande, um novo tipo de jangada, a
Jangada de t.itbuas, aparecida ao redor de 1940, feita no Rio do
Fogo, por Jose: Monteiro, falecido em 1954 e Jose Carlos da Cruz,
"(gg6T 'oanosvo)
•
fp.A!ape6u1Rr n*ed ap *eidia^ ep*e6uef 1Rp sov s*ep!4u.;p! olas (CYei neD„reW
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forf2vètv) ueuo!D!p12.A4 a4u1R4tawas 'ouJa4xa o4padsv ou a4ualmuewAo:i. '7. e!...134e1JA 3 OenTi,l4SUOD sa4u1Ruo!p!puop so sove*:oadsaA
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ap op)n4!4suop uenb ou xeciwa *ep 0'.5DOCieD,re 0 OPUeWJW.
3
2.
MATER TAL E Ma'TODOSOs dados obtidos neste trabalho, foram de jangadas de
t.ákbuas, que operam nas localidades de Praia das Fontes no
Municipio de Beberibe, localizado a 90km de Fortaleza e na Praia
do Mucuripe, no Munic(pio de Fortaleza.
A
H escolha desses para pesquisa, deveu -se
principalmente exist&ncia de estaleiros de jangadas, qae
bastante procurados pela comunidade pesqueira, bem como, pela
facI lidade de acesso informac3es proporcionadas pelos
construtores.
O trabalho fundamenta -se em observac3es realizadas no
period° de janeiro de 1992 a julho de 1993, obtidas mediante
entrevistas do tipo no estruturadas, conversas, documentaco
grafica, fotografias, desenhos e acompanhamento da construcao. - Entrevistas foram realizadas com carpinteirOs de jangadas e as
anota(„73es sobre as especificac3es das embarcac3es, descricgo das
diversas etapas de construcao, desde a moldagem das madeiras at
o ligament° das pecas„ atrav6s de pregos 0 paraÇusos.
Relacionou -se ainda por observacao ou .Potografias, tipos de
ferramentas, madeiras, cabos sint6ticos, E outros materiais
it na construcao. Bern como .Foram calculados os custos de
construcgo de uma jangada de sete metros de comprimento.
Foram realizadas pescarias 'de ir e de vir" e de "dormida"
visando o aprendizado das manobras e as tecnicas essenciais de
4 4. CONSIDERAC6ES SOBRE A CGNSTRUC'40 E CUSTOS DAS JANGADAS DE
T4BHAS.
4.1. InformaçF3es e etapas da construE- go
As jangadas de tgbua t&m geralmente as mesmas dimens3es das
jangadas de piaba, ou seja, acima de 5,90 metros de comprimento,
entre um metro e cinquenta a um metro e oitenta de largura.ff'i uma
espécie de "pontgo", variando de trinta a quarenta cent (metros de altura.
LI rei as jangadas de piUba, apresentam vgrias
inovac3es, dentre elas, um novo casco, que. apresenta em média doze jogos de cavernas, roda de proa, espelho de popa, quilha,
dormentes, escoas, cabeços , caiço da bolina, laterais e é toda
revestida de tgbuas.
Em primeiro piano o proprietzfkrio encomenda a jangada, com as
respectivas i.nformac3es sobre o tamanho e largura. 0 material da i
construcao 6 providenciado pelo proprietrio ou carpinteiro. Esse
material 6 comprado em serrarias e dep6sitos da regiao, e qua...e
toda a madira é de proced&ncia do Estado do Para. 0 carpinteiro
começa moldagem das pecas utilizando as ferramentas da
carpintaria comum, COMO: serrote, martelo, plaina, goiva, forma°,
trena, ench6, serra e furadeira elétrica (Figura 1).
Pelas dimens6es fornecidas pelo proprietgrio, o carpinteiro
molda as duas bordas ou laterais da jangada, a roda de proa e o
espelho de popa, que sgo ligados uns aos outros por grampos ou
parafusos de ferro galvanizados (Figura 2).
Nas laterais sgo colocados, travessas de tgbuas amarradas
por cordas e fixadas por grampos de rosca, para que as mesmas
de proa e o espelho de popa, essa Primeira estrutura
6
suspensado solo :or peças de madeiras, para melhor serem trabalhadas
(Figura 3).
A partir da caverna 'mestra prepara -se os jogos de
caverna para frente e para tras, formando -se as cavernas dada vez
menores a medida que se aproximam da popa e proa.
Depois de suspensa o conjunto das laterais, roda de proa e
espelho de popa, começa a pregar ou parafusar os j i ogos de
cavernas, opostas umas das outras, nas extremidades inferiores e
superiores de dada lateral. A distancia entre um 'vao' e outro
das cavernas varia de trinta a cinquenta cent(metrosi aumentando
o "vao. entre as cavernas nos iocais da escotilha e do calqo da
bolina. Para maior seguranqa, sao fixados os "caheços' pregados a
lateral' da jangada e a extremidade de cada jogo de caverna
(Figura 4).
Pronta essa armaçao, constituida de c:avcrnaa ligadas as
laterais, roda de proa e espelho de popa, esta quasi., completo o
'esqueleto' ou arcabouço da embarcaçao. Para maior segurança
confiabilidade da estrutura de madeira, sao colocadas duas tiras
de tabuas / sobre as 'labaças° , ligando-as da proa at6 a popa.
Essas tiras de tabuas sao chamadas de "dormentes!.:. Unindo os
'cabeços° que estao fixos nas laterals, sao fixados em cada lado,
uma tira dc., madeira que vai de uma extremidade a outra da
embarcaçao. Tamb6m sac) pregados "cabeços' nas quatro extremidades
da jangada (Anexo 1).
Na parte inferior da popa prega -se a quilha ou patilhaDe o
cadaste que é igado ao mesmo.
_No local da escotilha entre as cavernas, sic) fixadas duas
peças de madeira, onde é pregado as tabuas da escotilha. Entre a
6.
madeira chamada de "caço da bolina", a qual fj-ca paralelo
as
I aterals. A mesma 6 reforçada por duas peças de madeira, ligadas
as laterais entre as cavernas (Anexo I).
Terminado o arcabouço, procede -se o entabuamento, com tabuas
medem de um metro a sete metros de comprimento, cinco
centímetros a quarenta centímetros de largura. Essas tabuas sgo
P1xadas as "labaças" e "latas" at: :'c-. de parafusos pregos
galvanizados de acordo com o anexo '3 e figura 5.
Efetua -se logo em seguida, a calafetagem, iniciando a
intromissao de estopa, nas fendas das tabuas, batendo com um
martelo e um formao. Depois colocado uma massa feita eIIm
mistura de 6leo de mamona e supercal, com auxílio de uma
emassadeira.
As 'peças do conv6s sao as mesmas da jangada de piiiba e devem
obedecer a disposiçao verificada no anexo 3. Começando pela popa
temps: o banco de governo que 6 uma armaçgo simples de madeira. A
:bua do banco de governo E. cajueiro e os !:es de peroba rincado
sobre as tamancas de proa. Logo em seguida vem os espeques
so
, que
tr&s paus Tincados sobre as tamancas da popa entre a
escotilha e o banco de govern°. A haste central termina em
forquilha, as uuas outras sac' normais, amarradas por uma
"travessa s . Para reforça -la, sao unidas por cabo de polietileno
3/8. 0 espeque serve para acomodar a vela e a tranca, quando a
Jangada fundeia. Depois do espeque vem a escotilha em forma de
"caixa'. Observa -se fixado entre a meia nau e a proa, o calço da
bolina, com suas extremidades superiores e inferiores rentes as
tabuas do bojo e do conv6s. Na proa, fixado sobre as tamancas de
proa, localiza -se o banco de vela, o qual 6 constituído de uma
Na figura 6, observa-se detalhes do banco de vela o qual
cravado nas tamancas por duas "pernas" atravessando a tabua do
banco e a carIinga. A carlinga 6 uma tabua com uma serie de
furos, variando de tr6f-s a nove furos, onde entra o pe do mastro. A
tabua do banco e as pernas, sao reforçadas e presas pelos
'cabrestos' que so ligamentos de cabos de polietileno.
Nas grandes jangadas de tabilase comum o uso, ainda hoje, da
"vela de estai' (coringa), esta tambem 6 triangular, bem menor,
armada do mastro para proa e fixada no gancho da carninga. Pela
mura do estai' (corda) e gancho da popa de proa. Funciona para o
aumento da velocidade e desloca para frente o centro de gravidade
do conjunto (ARA6j0, i985).
A 'vela latina de Tormaçao triangular 6 uma peça de tecido
"algodgozinho" servindo de propulsgo para a jangada.I composta
de tiras de pano. confeccionada conforme o tamanho da jangada e
altura do mastro. Apresentam tr&s vertices que sgo: 'guinda o
superior, o 'punka' onde encaixa a ponta da tranca e a 'amura',
vertice inferior. reforçada pela "tralka", que 6 um cabo de
polietileno 3/8' cosida em redor da or do pano presa ao
mastro atrav6S do "envergue" (Anexo 3 e Figura 7).
Os implementos utilizados pela jangada de tabuas sgo os
mesmos da jangada de pidba, como: sambura, utilizado para
armazenar o peixe, os rolos, serve para a jangada deslizar, ao
sair e chegar da pescaria e a fateixa, que 6 uma esP6cie de
4.2. Relação dos vegetais (pie -fornecem madeira para
confecção das jangadas construídas nos Municípios de Beberibe P
Fortaleza.
Nome vulgar Nome cientifico
- Cajueiro - Anacardiu occidentJlis
- Peroba - Aspidasperm.a ^eroba
- Pequia - Cl- orar brasiliensis
- Pinheiro-do-Parani - Araucaria angustifoli
- Pan-D'arco Tabebuia alba
- Sucupira - Sottia. gp_
- Gororoba Centrolobium robust'
- Sapucaia - Lecvthis gram
- Condur - 8rii:51wiN paraense
- Louro-vermelho Rrntea rnbra
- Freij6 - Cordia qoeldiana
4.3. Custos de construção de uma jangada de tábuas de sete •
metros de comprimento.
Os dados de custos de construo foram obtidos junto aos
estaleiros dos Municipios de Deberibe e Fortaleza, cujos pregos
Discriminaao Valor(CrSiA00,00) I. Material Valor (US)3' - 20 de louro vermelho 30.000 447,76 - 2m3 de pequia 26.000 388,06 - Banco de vela 800 11,94 - Mastro da vela 800 11,94 - Tranca da vela 600 8,96 - 20kg de prego galvanizado 2.400 35,82 - Ferragens 300 4,43
- Pano para a vela 1.600 23,88
- Estopa 2kg 60 0,90
- 2 latas de tinta 6leo 400 5,97
- 35kg de cabo de polietileno 9/16° 5.775 86,19 - 5kg de cabo de polietileno 3/8° 800 11,94
II .Mao-de-obra 35.000 522,32
Total 104.535 1.560,22
Uni,00 = Cr$67.000,00
.Os valores cotados acima podem ser alterados para mais ou
para menos, dependendo do bom gosto e capricho do proprietrio, na compra do material e acabamento. 0 que pode implicar na maior ou menor durabilidade da embarcaçao. Esses valores foram coletados no comercio de Fortaleza no m&s de julho de 1993.
10
S. DE5ruo
GERAL DAS PARTES COMPONENTES, ESTRUTURAS E MATFRTATsDF rONSTRUÇO DE JANGADA DF T4GUAS, EM ORDEM ALFABTICA.
Aguador - vara enfiada em uma lata, serve para aguar
Agulha de palombar - agulha de costurar a vela,
Amura 6 a extremidade inferior da vela, como o cabo
partindo daí, 6 amarrado debaixo da carlinga. Serve para firmar a
corda de barlavento das velas latinas e esticar a vela para
baixO.
cora -vide fateixa.
Aracanqa - bastao rurto ou cacete com que o jangadeiro mata
o peixe ferrado ao aproximar-se da jangada, quando d. a cabeca".
Arrasta-se depois para cima da embarracao (CASCUDO, 19S7).
naluma corda fina das velas latinas, que passa entre a
guinda e o punk°, costurado ao lado da vela, para reforcat-la.
Banco de governo - banco a r6 das jangadas, uma armaçao de
madeira, que o pescador sentado, governa a jangadas feito de
cajueiro, com os p6s de peroba.
Banco de vela - it -se a proa da jangada, uma armacao de
madeira, serve para sustentar o mastro. Apresenta reentrncia na
face ulterior no qual 6 introduzido o mastro. 0 banco de vela
6
carlI nga. A t:iil.bua do banco e as pernas reforçadas e presas
pelos "cabrestos * ligamentos com cabos fortes. reito de cajueiro
e as pernas de peroba.
Barlavento - lado de onde sopra o vento(C4MARA,i937).
Barril tambor de pl- Istico, para levar agua potavel.
Vai
amarV ado ao espeque.
Bico de proa - terceiro tripulante da jangada. Marca o peixe
qUe captux:mio, cortando as duas pontas da nadadeira caudal.
Bicp de mastro - panto inferior do mastro, onde 6
introduzido nos furos da carninga-
Boca - maior largura da embarca0i:o (C4MARA,
Bolina - peça de madeira que mergulha na La .tr.Vcs do
calço da boi na Colocam-na, entre a escotilka e o banco de vela,
equilibra jangada evita a virada para o sotavento e aguehta -a
contra o vento. A bolina feita de pinheiro -do -Paran.a.'i. ou pequi
Bordejar - ato de modificar o rumo da jangada quando o vento
nao 6 favor.avel, mudando a posiqao da vela. Navegar em zigue -
zague.
Bote
(IBAMA,i990).
CL 7.- -- L. ij rf:~~ O Et. 0 :--: if; rr.; E - 0 AI ri.1 a.; ,i, <1.- 17 "r! E -r-, 0 ..C.i 0 .,_ Ln f ...1._ kr! - 0... r.ii ci• ,..„! g.i K.! ..- 4-' E Ci !': i E. if; .4.-; :::: > rr; ro 0 0 ;A 0 C ,-i u n CL. :.••••:: ai .1; :- II;
i_..N Zti ili '.1.... rr. fr., 0
% a, Li r- r-, J.-. , — Fi , — r.! f.L; ID C !T.; -i-i C 44_ r-, vs% L., > -1 O a! 0 ri:; a; iT.i U! E !I! C ai al 0 71 if i ,_, C! L. ,,..: 0 a! !T; R; it, O a.;E n ....: o 0 C E -7:5 • `• C! Zfr.; !_.! .ri :-. 0 iT.; !,!.! O r- R; ..,-.. U) • ''' ,..:, a. N. ,r:; !...3 a. 0 Li !... ,--: 1-_i O CO "I-1 Ri Li 1-1 L. E :...: 4: :,:, r" !T.; R; ili- C! Ci V; .1-4 • l a if! ,
..17.! ji! ?"i if! 0
.-. • -- ,-,., U. 0 , k ,....i -C! > E !I! :. ,-: ,--, .. r! L: rt.: ::-.1- -4-.. :--7: : : r:! :2_ :7,7 •• a; u ,,_ :-.-- r: ; r: ! E ,-. ai Fa. a! 4-; 0 ri! N ,-- ...__ 0 E C . T.,-,, iT; .,--, 71 ...:1 !f! r- ! i...,
U'! !T.; In C! I i.i > 0 ..., ... -I,
R; !,_! a! ...,.: L. if! !f! !T.;
e- -!-. rc. o a; i 4-, -! n :--:
f- ,...-: :.:: .-- r:! o :--: r: ...,.
•-: e.1.-: a:: .z: tr; iT; L. Tj a! %
a. r.--: 1.-". C! iti. L-.7. •-i- 0 'n ,-, i... iii .. I :"...; !..! C! f zi -. ili Li r; N-.. rr.; C L. ., --: - n . _ rr.; a.; kr! !:... 44. ,.... rr.*: OD a.; 7.-.:
-!-, .1. rii LI- :--- -r! -!-' . _ O ili ,,-.
UI ..rr: 0 -t-i ,..., ... ai o .--3 Li
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eu epsad oepeguer ep a4ueind!A4 o4Avnb o a - oP!ci eA4uoo
"oA4no owaA4xa wn ap sepe6aAd sencly,.4 ap epewAod. 'epe6uer ewn ap peAap..el lep eue srvew a4Aed e. a oVe.4WO
-12p126u12P lap o4alanbsa no o'bnocienAle o IRWA0-1
ep s!eAa4et se opue6H c'eA.ADD lanad seuAaeveo
°12A!dnans no r»nbad ap (34!ad. p 'speuAatveD ap sesen se aAcios we4uasse S.pAUOD op a opunj. op sencl4 SV "seA4no sep sewn S'IS0d0
seuAa^ep senp A0d Sli,.4S0dWOD - euAaAeP ap seseo
rib cl no 12uexed-op-oulici•ap p -o-Vuat, ...1!nE5as ownA awAo.fuop 'oA4no o .i cl oAnj. wn ap 3S-OpU'epnW (0.AS'eW
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ai Li ifi u al if! gi -r-i E r..:
3 !%! i--, -i-I •-!-, !*:! !1! -7. C! *TL, rr.; --i !.._ if! 0 .4.._ :::-.. rr: ri5 r6 .r-! . !T.; E r. 0 1, a! Cr n ; . , er: rr.: . 7:: c: : :-. ....: O !T.; O i kj 4-, LI Ti kf! !,.- "r! L., rt; rX! Cr -I !T.; n , ... :. g; rr.: r, 0 ... ,-2 . - i..1 -I F! gi a. r-i n 0. 1,_ 0 ::.: u
g; 0 i:... Cr ..!-- , re: if:. :-: !:... fr... z rr; ct„ Cr i
E li_ C.: i , ri CI g= r• If! F!. qr.;
r: ,i. i .... 7.." kfi (ii if! !T.; r: i ....: f: ! •:::-: 0 !.:! !-C,: •',.:_- - i'. i ... r- ,..,72! r! !.:1., !I! -. !..! ,--, !. -1-1 rii re i; :11 . :-: '• a! E FL -I-,: - Et V! !T.; !t re ID ir; 0 !--, - IT.; `.z... r--: > Z. tz r: ! U i.: i 7:5 L! :--: _ a; ijI
T...1 C! • .... i . - IT; > r! rif: ! IT...: !_f CI - -I It: Cr .-i-i ... '.i_. ...., E
3 f.i.! r: Jr: --i _ n ::„:, :..; !T.; ..!...: L. et c
:7- a ,-...1 Cr ai ,...i ,. -1 _ 0 !T.; !Ti VI Fr.;
C! --4 !f! i-4 - E r! r ...., „... :,..: h! .... ,.:, ...
=•-
-!-' -. 0 u 4) Li Cr r: I ... a 0 Cr ... g.; g.; . ...-.
O !,S1 .-I .... 7.1 ... r : ai --I _ g; u - _. f:1 E . (Li ir;
Li ili e-i Cr rr; Li . !': i fl_ Fr.; Cr IP. 0 il 4) .-4 O E L! if! it; i. .4 i.: I Ti ;A if! !... :,-, ... 1-1 :71: i Cr
Fi .4.,,, :.-. LU ; LL! .... ,-, (,..! g; • .-• Ili I , o LL. f,!
,...: ,.. E: re f:! III r-i- > Li 61 --,:i
n ai Li > L Fr; i-- r- *.ii_. 47-• Fr.; — •:---- ,.. -!--: :. It: L! E 4-, !T.; er: LI _ n f:! Cr E. !-.... . _ iii Cr 0 --! LE := IT.; ..2.: : ... CO f:! :*:1 '-' 4! -C: ....> i 51...: :"2:! g.; 173 r.; !TS! IT" L7. • gi rre ~~: g; '77 ri
15
Forras t-.5.buas compridas, estreitas, postas por baixo da
jangada, protegendo as tbuas inferiores, contra o atrito
provocado pelos rolos quando empregados para lanfiar a jangada ao
mar, ou recoloc.it-la em terra.
Guia haste de ferro que passa entre as argolas unindo o
leme a popa.
Guinda - v6rtice ou :',.ngulo superior da vela latina.
Jangada - a vela, com comprimento acima de 27 palmos (5,90m)
(IBAMA, 1.990).
Labaqa cada uma das peças curvas fixadas
P erpendicularmente aS laterais, onde se assentam as tzi.buas que
Formam o conves daiangada.
Latra - cada uma das peças curvas fixadas perpendicularmente
as laterais. Onde se assentam as t. i.buas que formam o convés da
Jan gada.
Leme peça de madeira submersa, instalada na popa, clUR
gira afim de dar direaa . ligado a jangada por intermédio de
argólas, por onde passa o 'guia'. feito de pequ
.Ligeira - corda vinda do punho superior da vela. amarrada
no espeque. Serve para' segurar e equilibrar o mastro.
Limar a vela - esTregar a vela da jangada com sangue de
-ecloAad
ap -eta^ ap ouA3A06 ap sopu'eg sop sad s)2uAad
"oA4som op aidop'esap
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cr. • C! EL rr; a*, a.; C! tt er; IT; rii r--, ... r: r--; ai C: IS.: !f! '4.... a. . - - • 1.3 iir, .... 4.4 . - iii gi r- ..C! kJ gi - 0 .r- _ E ...• . _ .. .4... ili !it 7-: if I 17. •-n , ri ... .-. ..iJ (1,! ,..., , c•-• ;..: :— 61 If! := -!-: re-; .... rr. o 0 a; a_ . •••• _. --i ,. o • -:, o „ .-_._-. gi if i T.7; ! F.11 _E-. • .- :.; C-i- fl! r.,..; CL .71. !f! i...i ....i... if!
.--: ..., o ! 1-1 ,--; !I! ifi :1! 0 LI k !Tb` :3.: :I • ..,, C. : f: I C.: Ci ..1--: 11 :T.; if i > • g; :.j C.- Li• • ,... r.i..i 0 44 01 ',... __. ::.. LI !:- I- 0 a. 0 11! ili 1! .), u LI O rii .4.-. E e. g;
T-i i...; *,.,.. 'a....
a. •,--, .._., n a. -I ,s:, --. 17 '`...": Ct 1... g; 7.> iSi ili ... ... i. - ....- O I': ! -. Ili - ?.., CL 4_ IT.; n ai "TI , C E :::.• C .... a; isi r, !, :5. ....- a; ...; :J.. r -, 4-, I.:, i'!"; '4... ,'r. !T.; fo ..r•-•.'• _ . !:... ..!.... r. r--. .4.... -, -; ii:. •-. ..-.... cr: .... 0 ili it !T.; ,. . .T.:-...: r•-•I r.l. co 1.,... O CL! E TI ...._. .T! co i.,!.; f.!.. 1:1 C' O O 1-?. ;.71 Lf; ET.; r- ri; • - • - C! 72 -;••••' -Ci r--; "'"! !_! r; ; FT; 0 i -7-1 LI :- . .... CL g.i 1.
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20
6. GONCLUS6ES
Das informac3es gerais sobre o uso, navegacao e dados
tecnicos de construcao e operacionalidadu jd.nyda de
permIt iu -se concluir:
- A jangada de tabuas 6 uma embarcacao rústica, qUe
apresenta qualidades nauticas como: estabilidade, tranquilidade e
facilidade de manobras.
- 0 número de acidentes envolvendo jangadas 6 m(nimo.
Em decorr&ncia, a jangada nao vira com f'acilidade, devido a sua
chata e baixa, cuja conformacao mantem a parte inferior da
jangada, quase toda em contato com a ua.Os acidentes
ocorrem, derivam-se ,principalmente dos choques causados por.
navios e as mas condic3es de tempo e de conservacgo das mesmas.
- Em m6dia, dois carpinteiros constroem uma jangada de
sete metros de comprimento em aproximadamente sessenta dias,
utilizando as mesmas ferramentas da carpintaria comum,
trabalhando com madeiras vindas principaimente do Estado do Par.L
A jangada de tabuas em relaCi(ko a jangada de piúba
apresenta maior con.Porto para os pescadores, bem como, maior raio
de agar.), desde que se leve barras de gelo em caixa isot6rmica
para conservacao do pescado.
Apresenta quatro arqueaduras, uma em cada lateral,
uma na parte superior (conv6s- ) e outra na parte inferior, bem
2i
melI or "cortar' o embate das ondas.
Os principais tipos de materiais utilizados na
con.Peccao de jangada de tabuas sao: madeira, pregos galvanizados,
panos e cabos sinteticos de polietileno.
As jangadas de pidba tém vida ¡Atli media de um ano,
enquanto que as jangadas de tabuas duram de vinte a trinta anos,
dependendo da manutencao.
Os principais consertos realizados para manutencao
das jangadas de tabuas sao: troca de tabuas do casco ou do
cots, .substituicao de cavernas estragadas e cala.fetagem.
Os avancos introduzidos das jangadas de ta buas sobre
as de piliba .Form : local para acomodacao dos pescadores, a
introducao da caixa isotérmica (isopor), cOm barras de gel° Para
guardar o peixe e tratamento das madeiras com tinta a 61eo que
permitiu maior durabilidade da embarcacao.
- Em media, o custo de contrucao de uma jangada de
tabuas de sete metros de comprimento, -Pica em torno de
US$1.560,22, preço este que podera ser reduzido ou aumentado em
7. SUM4RIO
No presente trabalho, verificou -se importancia
de
descrever o processo de construçgo de jangadas de tbuas,
identificar e relacionar os materiais e ferramentas empregadas,
bem como analisar os custos de produço.
Todos os dados .Foram coletados nas praias do Mucuripe
Fort :a1 e na Praia das Fontes - Beberibe, on
-Foram
entrevistados pescadores e carpinteiros que :Forneceram
informaç3es para elaboraçgo desse trabalho.
Durante um par (orlo de um ano e seis meses, acompanhou -se
construçgo de jaJlgadas de tbuas, desde a moldagem das peças, ate
o lanqamento da jangada no mar.
Realizou -se ainda uma ani-ilise sumria dos custos de produqgo
de uma jangada de sete metros de comprimento.
Das informaq3es obtidas permitiu -se conclus3es principais:
- Os principais Lipo-* de materiais utilizados na
construqgo sgo: madeiras, pregos galvanizados, Panos e cabos
sI ntéticos.
05 principais consertos realizados para manutencgo
sgo: troca de t...i.buas do casco ou convés, substituiçgo de cavernas
e calafetagem.
- Principais avanços introduzidos na jangada de t- i_bua:
--local para acomodaçgo dos pescadores, caixa isotérmica, proteçgo
da madeira com tinta a
O
6leo.
custo de produçgo de uma jangada 6 em torno de
8. BIBLIOGRAFIA CITADA E CONSULTADA
ARAOJO, M. N. de - fasaaaidaEag .e.iii.
Tese de graduaço apresentada ao Departamento de
Engenharia de Pesca da
UFO,
SOpp - Fortaleza -
1992.2.
ARA6J0,
N.
B. G. de -
laagadaa
- Banco do Nordeste do Brasil
Ministerio do interior. Fortaleza - 1985.
C4MARA, A. A., Almirante
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. CatiatE1121..a5.
ria::eaja__Iadiaaaaa__!,j.g_alLas11,
Pref..:kio de 4Ivares Ci.mara
Jiinior. Segunda Ediqgo. Companhia Editorial Nacional
SP, Rj, Recifee - 1937.
CASCUDO, L. da - Jamaaslaa
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Serviço de InTormacgo
Agricola,
Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro,
Brasil. :1.955.
CMARA CASCUDO, L. da -
J.an_gadgdzaa
- Serviço de Informaçao
Agricola,
Ministério da Agricultura, RJ, Brasil. 1957.
HOLANDA,
N.
jam3jEdEDs. (romance). Rio de Janeiro, Letras e
Artes. 179p. 1964.
Fortaleza,
IBAMA,
2 6
Figura t - Algumas das ferramentas:utilizadas na construggo de
uma jangada de tábuas.
27
Figura 2 - Etapa de construgio onde se observa: laterais, espelho de popa, roda de popa, ligados -entre si por pregos
Figura 3 - Formaçgo da primeira estrutura O conjunto roda de
proa, P-spelho de popa e laterais, estgo pregados e
suspensos do solo.
Figura 4 - Aspecto dos 'cabeços', ligando as cavernas as
laterais.
• ,U `.„ ,•,f .; • ,v ii , A:1. ... /, • .k, . .
Ns4
—44
,ESC. 1:36
ANEXO- I - VISTA SUPERIOR DO ARCABOUÇO DA JANGADA DE T4BUAS
1 -.LABAÇA 2- LATA 3- CABEÇO 4-DORMENTE
5-
ESCOA 6 - RODA DE PROA 7 - ESPELHO DE POPA BC ALÇO DA BOLINA 9- LATERAL 10-ESCOTILHAESC. 1:36
ANEXO - 2 - VISTA SUPERIOR DA JANGADA DE TÁBUAS
- BANCO DE GOVERNO 2- TAMANCA DE POPA 3- TRINCHEIRA LEME 5-TAMANCA DE PROA 6 - RODA DE PROA
7 - ESCOTILHA 13-CANA DO LEME
- ESPEQUE 14 - PgS DO BANCO DE GOVERNO 9- FURO DO CALO I5 - PS DO BANCO DE VELA
DA BOLINA 16 - BANCO DE VELA
lo
-FURO DA CARLINGA 17 - CAL QADOR11 - CARLINGA - 18 - ESPEI140 DE POPA 12-CABRESTOS